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SUMÁRIO
1 CONCEITO DE NUTRIÇÃO............................................................................ 2
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 29
11 LEITURA COMPLEMENTAR..................................................................... 31
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1 CONCEITO DE NUTRIÇÃO
Fonte:vidanutritiva.net
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Texto origina extraído no link: https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/3565/1/TeseMariaJoaoFerreira.pdf
2
Os estudos sobre nutrição centram-se sobretudo na criança e, mais tarde, tam-
bém um pouco sobre os adolescentes, isto é, nas fases de crescimento do indivíduo. Só
bastante mais tarde, e em parte devido ao progressivo envelhecimento da população
que chamou a atenção para novas questões e problemas relacionados com uma parte
cada vez mais numerosa da sociedade, começam a surgir estudos e publicações com
recomendações alimentares e nutricionais para idosos, nomeadamente as de Cathcart
e Murray (1931), as da Liga das Nações (1935) e as Atas da Sociedade da Nutrição, em
1944. A partir dos finais do século XX, a nutrição é reconhecida como uma preocupação
de saúde pública, para todos em geral e para os idosos em particular.
Fonte:www.estaciocarreiras.com.br
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2 CONCEITO DE IDOSO
Fonte:fazendocontas.com.br
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Mas, para além destas distinções de ordem puramente prática, interessa lembrar
que as representações sociais do idoso têm variado através dos tempos, determinando
também comportamentos diferentes.
Fonte:nutrixesaude.blogspot.com.br
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Fonte:odontopalladium.com.br
Mas é sobretudo a partir da segunda metade do século XX, com o notável au-
mento da esperança de vida das populações e o consequente aumento do número de
idosos que estes começam a ser encarados, muitas vezes, como um encargo para as
famílias e para a sociedade. Muitas vezes a solução encontrada é a institucionalização
do idoso ou o seu acompanhamento por alguém que desconhece o seu percurso de vida,
os seus gostos, as suas necessidades. Em ambos os casos há uma ruptura com o seu
passado e esse desconhecimento leva a um reforço dos estereótipos ligados ao idoso,
já que a sua individualidade, aquilo que o torna diferente dos outros, é desvalorizado. Há
a tendência para perceber todas as pessoas de determinada idade como um grupo ho-
mogéneo que é caracterizado geralmente por determinados traços negativos, como a
incapacidade, a dependência, a doença. A esta tendência deu-se o nome de “idadismo”
(ageism). Em termos gerais, refere-se às atitudes e práticas negativas generalizadas em
relação a certos indivíduos baseadas apenas numa característica – a sua idade. Na
nossa sociedade, o idadismo está associado sobretudo às crenças, estereótipos ou pre-
conceitos em relação às pessoas idosas. Não é apenas uma atitude negativa individua-
lizada, mas revela os nossos valores culturais mais profundos e está presente na maioria
das práticas institucionais da nossa sociedade. Pode manifestar-se através de atitudes
de desdém ou mesmo desprezo em relação às pessoas mais velhas ou, pelo contrário,
de piedade ou paternalismo, igualmente humilhantes.
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Fonte:blogjp.jovempan.uol.com.br
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3 NECESSIDADES NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS DOS IDOSOS EM RELAÇÃO À
POPULAÇÃO ADULTA EM GERAL
Fonte:www.youtube.com
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mais difíceis de mastigar e deglutir. Além disso, uma má mastigação reduz a saliva, difi-
cultando assim a preparação dos alimentos para serem deglutidos e digeridos. Os pro-
blemas de mastigação podem também ser provocados por próteses dentárias inadequa-
das ou desajustadas que provocam mal – estar ou dor;
Fonte:www.esbocosermao.com
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sinta sede. A dose geralmente recomendada é de cerca de 1,5 litros de água, mesmo
tendo em conta a água contida nos alimentos;
alteração no aparelho digestivo – diminui a produção de saliva, como já foi refe-
rido, sobretudo se a mastigação for deficiente e houver défice de hidratação. O estômago
tem menor produção de ácido clorídrico, a passagem dos alimentos do estômago para o
restante tubo digestivo é mais demorada, todo o intestino funciona mais lentamente do
que no jovem. Por isso as digestões são mais demoradas, havendo frequentemente pro-
blemas de obstipação.
Fonte:br.depositphotos.com
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4 IMPACTO DAS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NAS NECESSIDADES NUTRICI-
ONAIS DOS IDOSOS
Fonte:robertaescolastico.blogspot.com.br
4.1 Vitaminas
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Vitamina E – atua como antioxidante, combatendo os radicais livres, responsáveis
pela oxidação do nosso metabolismo. Combate a agregação plaquetária. Fontes alimen-
tares: óleo de gérmen de trigo, óleo de milho, óleo de soja, óleo de girassol, amêndoas,
batata doce, abacate, damasco, azeite de oliveira, gema de ovo.
Vitamina B12 ou Cobalamina – está relacionada com o metabolismo de todas as
células, especialmente as do trato gastrointestinal, as da medula óssea e as do sistema
nervoso. A sua absorção é facilitada pelo suco gástrico. Como a produção deste diminui
com a idade, é necessária a ingestão diária deste nutriente que, juntamente com outros
micronutrientes como a vitamina C, ácido fólico, ferro, cobre e vitamina B6, é necessário
para a formação de hemácias. Encontra-se quase exclusivamente em alimentos de ori-
gem animal como fígado, leite, ovos, peixe, queijo e carne.
Vitamina C ou ácido ascórbico – tem um papel importante na formação de colá-
geno, pelo que é essencial no metabolismo do tecido conjuntivo, ósseo, cartilaginoso,
bem como nos processos de cicatrização. Principais fontes alimentares: sumo de ace-
rola, sumo de laranja, pimentos verdes, Kiwi, manga, melão, papaia, morangos, entre
outros.
Ácido fólico – é essencial na formação e na maturação de hemácias e de leucóci-
tos na medula óssea. É necessário ao equilíbrio das funções cerebrais e à saúde mental
e emocional. A sua deficiência é comum na gestação, alcoolismo, desnutrição, leucemia,
terceira idade e doença de Hodgkin. As suas principais fontes alimentares são: fígado,
leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico e ervilha), espinafres, espargos, sumo de la-
ranja e brócolos.
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4.2 Minerais
Fonte:www.mundoboaforma.com.br
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5 RELAÇÃO DOS FÁRMACOS COM A ABSORÇÃO DE NUTRIENTES
Fonte:beleza.culturamix.com/dicas/nutrientes-essenciais-para-a-beleza
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6 PRINCIPAIS CAUSAS DO DÉFICE VITAMÍNICO NOS IDOSOS
Fonte:conaz.com.br/portal/15-nutrientes-que-ajudam-na-concentracao-e-na-memoria/
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adequada. O mesmo acontece com sucessivos reaquecimentos, muito frequentes em quem
vive só com dificuldade em se abastecer, por perda de autonomia ou carências económica;
Necessidades superiores ao habitual por razões fisiológicas ou existência de patologias;
Perturbações de absorção e do metabolismo das vitaminas por patologias digestivas crónicas,
interferências com medicamentos, alcoolismo, etc....
Fonte:solucaoperfeita.com/substanciasvitais/vitamina-d-colecalciferolergocalciferol/
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que chegam a recomendar um produto que contém “vitaminas e minerais de A a Z”,
sendo o A a vitamina A e o Z o zinco. Raciocinando, facilmente se conclui que nem todos
os indivíduos precisarão da mesma forma destes micronutrientes “de A a Z”, correndo-
se até o risco de provocar desequilíbrios perigosos para a saúde.
Os suplementos vitamínicos são importantes em certos casos, mas devem ser
prescritos por alguém especializado nessa área e depois de uma avaliação séria das
necessidades nutricionais do indivíduo.
Fonte:krispavezi.com.br/servicos/nutricao-clinica/
Desde que estudos cada vez mais numerosos e abordando aspetos mais diferen-
ciados foram estabelecendo a estreita relação entre a nutrição e o aparecimento de de-
terminadas doenças, têm-se multiplicado as tentativas de melhor compreender como se
relacionam estes dois aspetos e também de criar instrumentos que permitam avaliar o
estado nutricional de um indivíduo.
Com efeito, estes estudos abrem caminho para uma abordagem do envelheci-
mento e da origem de certas patologias um pouco diferente da visão biomédica ou psi-
cossocial, possibilitando prevenir ou atenuar certos problemas que, depois de instalados,
são de difícil tratamento. A desnutrição ou má nutrição têm consequências sobre aspetos
fisiológicos, como a capacidade imunológica ou a fadiga, e psicológicos, como a apatia,
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o desleixo consigo próprio, a depressão. Estas situações aumentam o risco de doença e
o recurso à hospitalização ou a institucionalização.
Fonte:cursosabrafordes.com.br/area-saude
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A avaliação clínica e funcional engloba a história clínica (antecedentes pessoais e familiares,
atividades diárias habituais, atividade física, medicação alterações de peso, etc.), o exame fí-
sico (sinais de desnutrição visíveis na face unhas, pele, etc., perda de gordura subcutânea,
perda de massa muscular), a força muscular.
Avaliação da ingestão alimentar, feita pelo próprio (se possível) ou pelo seu cuidador (registo
dos alimentos ingeridos, frequência do seu consumo, etc.)
Avaliação antropométrica e da composição corporal – baseia-se na estatura, peso, índice de
massa corporal (IMC), perímetros (do braço e da barriga da perna; da cintura – importante
como indicador da gordura visceral), pregas cutâneas, impedância bioeléctrica, dados de re-
ferência e perfis antropométricos (no caso de Portugal, comparação com perfis traçados para
os idosos portugueses)
Avaliação bioquímica e imunológica – os indicadores bioquímicos são utilizados para aferir o
estado nutricional na prática clínica e na investigação. O nível desses indicadores no orga-
nismo também dá indicações sobre o estado nutricional do indivíduo e da sua capacidade
imunológica. Uma contagem excessivamente baixa de linfócitos, por exemplo, indica mal nu-
trição grave e tem alta correlação com mobilidade e mortalidade.
Fonte:www.sempretops.com/saude/reeducacao-alimentar-para-idosos/
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Embora seja geralmente reconhecida a importância da alimentação na saúde de
um indivíduo, é menos conhecido o grande número de fatores que se conjugam para que
essa alimentação seja equilibrada em quantidade e em qualidade, sobretudo nas
pessoas idosas. Fala-se hoje muito de alimentação e nutrição, mas as precauções com
esse
assunto têm-se centrado sobretudo no problema da obesidade, pela dimensão
social que tem vindo a tomar nos países industrializados ou, no extremo oposto, na ano-
rexia.
São raros os programas de divulgação que se dirigem especificamente à nutrição
das pessoas idosas e, no entanto, isso seria de extrema importância para os próprios
idosos e para os seus cuidadores porque, com pequenas alterações nos seus hábitos
alimentares, conseguiriam proporcionar-lhes uma alimentação mais correta.
8 ALTERNATIVAS ALIMENTARES
Fonte:dicassobresaude.com/12-dicas-de-alimentacao-saudavel-para-os-idosos/
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Tudo se modificou, principalmente a partir da segunda metade do século XX. A
facilidade de transporte, que permitiu consumir produtos até então desconhecidos ou
demasiado caros, a substituição de outros até então muito utilizados, como o azeite, por
produtos industriais apoiados por fortíssimas campanhas de marketing, como as marga-
rinas e os óleos industriais (mais baratos), modificaram profundamente os hábitos ali-
mentares tradicionais. Ao mesmo tempo o aparecimento dos mais variados produtos ali-
mentares, enlatados, pré-cozinhados, refeições prontas, das cadeias de “fast food”, etc.,
que em muitos casos vieram dar resposta a um menor tempo disponível para adquirir e
preparar os alimentos, alteraram os hábitos de consumo e os gostos alimentares. Estes
novos hábitos, tornados rotina em muitas famílias, vieram desequilibrar, pelo excesso de
sal, gorduras ou açucares utilizados e a quase ausência do consumo de frutos e legu-
mes, a variedade e quantidade de nutrientes necessários ao nosso organismo e de que
a obesidade e pré-obesidade que se verificam em grande parte da população, mesmo
infantil, são consequência, sendo já consideradas um problema de saúde pública.
Fonte:emagrecer.eco.br/dieta-e-cardapio/mediterranea/
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no consumo de produtos alimentares locais, frescos e sazonais (o que assegura a ne-
cessária variedade). Na confecção dos alimentos, privilegiam-se as sopas, os ensopa-
dos, as caldeiradas, os assados com pouca gordura. A gordura mais utilizada é o azeite
(cuja produção se situa sobretudo na zona mediterrânica).
Embora Portugal não esteja situado mesmo no Mediterrâneo, sofre a sua influên-
cia e a suas culturas são do tipo mediterrânico.
O interesse pela dieta mediterrânica iniciou-se nos Estados Unidos, nos anos 60,
quando o Professor A. Keys, da Universidade de Minnesota notou a baixa incidência de
doenças cardiovasculares e a relativamente elevada esperança de vida nas populações
mediterrânicas, relacionando o consumo de gordura com o aumento do colesterol e o
risco de mortalidade por doença cardiovascular.
Fonte:regimesedietas.com
A dieta vegetariana, que desde sempre foi praticada por alguns grupos (muitas
vezes por razões religiosas) ou individualmente, tem vindo a ganhar adeptos, em parte
por reação aos excessos ou desequilíbrios alimentares das sociedades modernas.
A dieta vegetariana substitui a carne e o peixe por proteínas de origem vegetal. A
soja, por exemplo, é uma boa fonte de proteínas e da maior parte dos aminoácidos es-
senciais. As proteínas de origem animal contêm colesterol e níveis elevados de gorduras
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saturadas que contribuem para o estreitamento e endurecimento das artérias, com a
agravante de serem ingeridas normalmente em quantidade superior às necessidades do
organismo.
São preferidos os hidratos de carbono integrais porque, em relação aos refinados,
têm mais fibra, mais vitaminas, sais minerais e proteínas.
Só os alimentos de origem animal contêm colesterol, pelo que ele não existe numa
alimentação totalmente vegetariana. Um regime lacto-ovo-vegetariana contém colesterol
numa proporção que depende do número de ovos e produtos lácteos ingeridos.
Como gorduras polinsaturadas, e para substituir o ómega-3 existente no peixe,
podem ser consumidos alimentos que também são ricos em ómega-3, como nozes,
amêndoas, óleo de gérmen de trigo, óleo de soja. As gorduras monoinsaturadas, como
o azeite, são benéficas para o organismo (como foi dito para a dieta mediterrânica). No
entanto, é bom ter em conta que as gorduras, mesmo benéficas, devem ser consumidas
com moderação.
2
9 ESTADO NUTRICIONAL DA POPULAÇÃO IDOSA BRASILEIRA
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Fonte:www.luizcouto.com/noticias/3499.html
Em 1989, foi realizada a Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN), com
o objetivo central de avaliar o estado nutricional da população brasileira mediante a co-
leta de dados antropométricos. Essa pesquisa, de âmbito nacional, revelou que a situa-
ção nutricional de adultos e idosos sofreu grande alteração, nos últimos 15 anos. Estima-
se uma redução de 36% no grupo de baixo peso, com aumento maior dos casos de
sobrepeso e obesidade, tendo reduzido o número de indivíduos antropocentricamente
normais. Essa tendência foi verificada tanto no meio rural quanto no urbano, em todas
as faixas etárias. Portanto, a população adulta e idosa brasileira apresenta alta preva-
lência de baixo peso e também de obesidade.
No que tange a geriatria, no início da década de 90, a frequência do baixo peso
atingia 20,75% dos homens e 17,00% das mulheres. Em números absolutos, o país pos-
suía 1 milhão e 300 mil idosos com baixo peso. Os idosos de baixa renda eram os mais
atingidos, visto que, à medida que aumentava a renda per capita, reduzia o percentual
de baixo peso. O sobrepeso e, principalmente, a obesidade afetava, proporcionalmente,
mais as mulheres do que os homens. Praticamente, metade da população idosa brasi-
leira possuía excesso de peso, em todas as regiões do Brasil (Coitinho et al., 1991).
Estudos realizados em regiões metropolitanas no Brasil têm demonstrado um au-
mento do excesso de peso na população idosa, em ambos os sexos (Chaar, 1996; Frank,
1996; Pereira, 1998).
Fonte:www.revistabrazilcomz.com
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A elevada prevalência de desvio nutricional na população idosa vem sendo de-
monstrada por meio de diferentes estudos, em vários países, onde, a desnutrição, o so-
brepeso e a obesidade predominam sobre os indivíduos eutróficos. Esses resultados são
decorrentes das condições peculiares em que os idosos se encontram, seja no ambiente
familiar, vivendo sozinho, ou em residência de Terceira Idade, agravadas pelas condi-
ções socioeconômicas, pelas alterações fisiológicas inerentes à idade e pela progressiva
incapacidade para realizar sozinho as suas atividades cotidianas. Nesse contexto, os
efeitos da alimentação inadequada, tanto por excesso como por déficit de nutrientes, têm
expressiva representação, o que reflete num quadro latente de má nutrição em maior ou
menor grau (Campos,1996).
A situação nutricional da população geriátrica brasileira sinaliza a necessidade de
buscar conhecer e compreender todas as peculiaridades que afetam o consumo alimen-
tar do idoso, levando-se em consideração as características regionais nas quais estão
inseridos.
Fonte:debora-enfermagem.blogspot.com.br
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10.1 Fatores Socioeconômicos
Fonte:wwwminhasescolhas.blogspot.com.br
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cação no comportamento alimentar certamente afeta a adequação de nutrientes ao or-
ganismo dos idosos e coloca-os em risco de má nutrição (Aranceta-Bartrina, 1988;
Arhontaki, 1990; Nogués, 1995).
O estado de ânimo do idoso para ingerir o alimento é, muitas vezes, modificado
por atitudes simples, como posicionar-se confortavelmente à mesa em companhia de
outras pessoas. Os levantamentos que comparam participantes idosos de Programa de
Alimentação com não participantes mostraram que o fornecimento de energia, e a inges-
tão de proteína, vitaminas e minerais pelo primeiro grupo foi aumentado (Podrabsky,
1995). Isso indica que a integração realmente tem conotação social muito importante na
alimentação do idoso e influencia na aceitação ou na recusa do alimento (Nogués, 1995).
De acordo com Morales-Rodriguez et al. (1989), a má nutrição do idoso pode tam-
bém ser decorrente de sua progressiva incapacidade de realizar sozinho as atividades
cotidianas. A coordenação motora, geralmente, é comprometida e tende a piorar com as
doenças neurológicas, o que pode levá-lo a evitar alimentos que possam causar dificul-
dades de manipulação durante a refeição, o que contribui para a inadequação alimentar
(Moriguti et al. , 1998). Nessas circunstâncias, a aquisição de alimentos e a preparação
das refeições podem tornar tarefas muito difíceis (Podrabsky, 1995).
Fonte:www.gazetatoledo.com.br
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para realizar atividades diárias, como transferir-se da cama para o sofá, vestir-se, ali-
mentar-se e cuidar da própria higiene, dependência esta que é intensificada com o
avanço da idade (Chaimowicz, 1998). Outro inquérito domiciliar brasileiro revelou que
pouco mais da metade dos idosos entrevistados podia realizar todas as atividades diárias
sem nenhuma necessidade de ajuda (Ramos et al., 1993). O primeiro estudo epidemio-
lógico longitudinal com idosos residentes na comunidade, no Brasil, revelou que o perfil
da população não diferiu de estudos transversais anteriores, mostrando maioria de mu-
lheres, viúvas, vivendo em domicílios multigeracionais, com alta prevalência de doenças
crônicas, distúrbios psiquiátricos e incapacidade físicas (Ramos et al., 1998). Exata-
mente na velhice, fase da vida em que os indivíduos necessitam de maior apoio familiar
e comunitário, verifica-se que no país está ocorrendo redução desta assistência. A situ-
ação de isolamento vivido pelo idoso brasileiro é ainda potencializada pela sua posição
econômica, que, nos últimos anos, tem contribuído para o aumento da desnutrição (Coi-
tinho et al., 1991).
Na terceira idade, deve-se também estar atento a outros fatores, tais como perda
do cônjuge e depressão, pois ambos levam à perda do apetite ou à recusa do alimento.
Por outro lado, a ansiedade pode desencadear o aumento excessivo de peso.
BIBLIOGRAFIA
29
Magaly, R. & Hagen, I. (2008). Ame as suas Rugas. Coisas de Ler Edições, Lda.
ISBN:
Manuel dos Santos. Relógio D`Água Editores.
Marques, S. (2011). Discriminação da Terceira Idade. Fundação Francisco Ma-
nuel dos
Marujo, J. (2012). Envelhecimento e velhice: papel do gerontólogo social”.–
III
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771-
Paúl, C. & Ribeiro, O. (2012). Manual de Gerontologia. LIDEL. ISBN: 978-972-
757-
Permanyer Portugal. ISBN: 978-972-733-262-5.
Rosa, M. (2012). O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa. Fundação Fran-
cisco
Santos. Relógio D`Água Editores.
Técnicas e Científicas. Revisão Técnica da Tradução: Profª Isabel do Carmo.
ISBN:
Watson, R.R. (2001). Handbook of Nutrition in the Aged. CRC Press. ISBN: 0-
8493-
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11 LEITURA COMPLEMENTAR
RESUMO
Uma revisão integrativa da literatura sobre a qualidade da dieta de idosos foi rea-
lizada, no presente estudo, com o objetivo de caracterizar as pesquisas correlatas em-
preendidas no Brasil. O levantamento bibliográfico abrangeu publicações nacionais em
nutrição, de 2000 a 2012 na base de dados LILACS e SciELO, sendo identificados 18
artigos científicos. Os resultados apontaram que o Índice de Qualidade da Dieta Revi-
sado (IQD-R) foi o instrumento mais utilizado para a coleta dos dados. Deve-se enfatizar
a importância de novos estudos sobre qualidade da dieta, para contribuir com a identifi-
cação de prioridades nas políticas públicas para a população idosa.
Introdução
31
Com isso, surgem os índices dietéticos, instrumentos usados para determinar a
qualidade da dieta por meio de parâmetros como ingestão adequada de nutrientes, nú-
mero de porções consumidas de grupos alimentares e quantidade e variabilidade de ali-
mentos (Patterson et al., 1994).
Esses instrumentos fundamentam-se em conhecimentos sobre os constituintes da
dieta na saúde, e os componentes avaliados são os grupos alimentares, alimentos ou
nutrientes (Trichopoulos & Lagiou, 2001), e geralmente objetivam sintetizar os padrões
alimentares e possíveis relações entre dieta e doenças crônicas (Kant, 2004).
O primeiro Índice Dietético publicado foi o Dietary Quality Index (DQI), baseado
nas recomendações dietéticas americanas para dieta e saúde. O DQI é formado por oito
componentes: frutas, verduras e legumes, cereais, leguminosas e gorduras (total, gor-
dura saturada e colesterol), cálcio, sódio além de proteínas (Patterson et al., 1994).
Com o passar dos anos, o DQI sofreu alterações, originando outros índices, des-
tacando-se o Healthy Eating Index (HEI) desenvolvido pelo United States Department of
Agriculture (USDA), considerado pela American Dietetic Association (ADA) adequado
para medir a qualidade da dieta e também a avaliar os impactos de ações para interven-
ção nutricional da população americana (Kennedy et al., 1995; Hann et al., 2001).
Esse índice é constituído de dez componentes, sendo cinco grupos de alimentos
(cereais, pães, tubérculos e raízes; verduras e legumes; frutas, leite e produtos lácteos;
carnes, ovos e leguminosas), quatro nutrientes (gordura total, gordura saturada, coleste-
rol e sódio) e uma medida de variedade da dieta (Bowman et al., 1998).
Após publicações do Dietary Guidelines for Americans no ano de 2005, o HEI
sofreu modificações nos aspectos qualitativos importantes na qualidade da dieta, como
a inclusão de cereais integrais, de vários tipos de vegetais e o uso de “calorias vazias”
(Gunther et al., 2007).
O uso de índices dietéticos em outros países requer adaptações para a realidade
populacional (Kennedy et al., 1995; USDA, 1995). No primeiro trabalho realizado no Bra-
sil, Fisberg et al. (2006) adaptaram o HEI com a substituição do componente gordura
saturada pelo grupo das leguminosas, por conta do alto consumo de feijões pela popu-
lação, considerando o tamanho das porções dos alimentos para calcular a variedade da
dieta, e a pontuação, distribuída em dez componentes, foi mantida do modelo original.
A avaliação da qualidade da dieta pode ser realizada em qualquer estágio de vida
sendo que a alimentação na terceira idade não vem recebendo a atenção devida. É
32
quase desconhecida a situação alimentar da população idosa, no Brasil, e esse fato
exige pesquisas sobre a atual realidade demográfica (Malta et al., 2013).
Os trabalhos de metaciência são fundamentais para avaliação do avanço cientí-
fico de uma determinada área do conhecimento e também para verificar a necessidade
de outras pesquisas em determinado assunto (Cristofi & Witter, 2007).
A pesquisa de revisão de literatura permite informar ao leitor o estado da arte na
área pesquisada e identificar as relações, contradições e inconsistências na literatura e,
ao mesmo tempo, sugerir soluções para resolução de problemas (Ferreira, 2010). De
acordo com Brasil (2008), a produção científica no Brasil vem tomando outras proporções
na ampliação de sua participação no cenário mundial.
O Brasil, hoje, corresponde a 2,02% da produção científica no mundo com valores
próximos aos países da Holanda, Bélgica e Rússia; no mesmo período o Brasil passou
de 15ª para 13ª posição no ranking de produções científicas em números de artigos pu-
blicados em revistas especializadas (Brasil, 2008).
Assim, tendo em vista a relevância do tema e o nosso interesse em desenvolver
uma revisão integrativa, o presente estudo teve como objetivo geral analisar a produção
científica na base de dados LILACS e SciELO no período de 2000 a 2012, referente à
qualidade da dieta dos idosos no Brasil, que merece ser explorada à altura relativamente
ao segmento idoso para possibilitar as necessárias intervenções futuras.
Método
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O LILACS (Literatura Latino-Americano em Ciências da Saúde) é o mais impor-
tante e abrangente índice de literatura científica da América Latina e Caribe, há 27 anos
contribuindo para o aumento da visibilidade, acesso e qualidade da informação em saúde
na região.
Em relação aos números, o LILACS apresenta-se em 27 países, possuindo 856
periódicos, 639.407 registros, 521.108 artigos, 81.746 monografias, 29.801 teses e
252.543 textos completos. A metodologia é um componente da biblioteca virtual em sa-
úde em contínuo desenvolvimento, constituído de normas, manuais, guias e aplicativos,
destinados à coleta, seleção, descrição, indexação de documentos e geração de bases
de dados. Esta metodologia foi desenvolvida a partir de 1982, e surgiu diante da neces-
sidade de uma metodologia comum para o tratamento descentralizado da literatura cien-
tífico-técnica em saúde produzida na América Latina e Caribe (BVS, 2013).
O modelo SciELO contém três componentes, sendo: Metodologia SciELO, Aplica-
ção à Metodologia SciELO na operação de websites de coleções de revistas eletrônicas
e Desenvolvimento de alianças entres os atores nacionais e internacionais da comuni-
cação científica (autores, editores, instituições científico-tecnológicas, agências de finan-
ciamento, universidades, bibliotecas, centros de informação científica e tecnológica etc.),
componentes estes com o objetivo de acrescentar no desenvolvimento da pesquisa ci-
entífica nacional, aperfeiçoando e ampliando os meios de disseminação, publicação e
avaliação de seus resultados, oferecendo subsídios para avaliação dos periódicos, mo-
nitorando o desempenho destes e produzindo indicadores de sua eficácia (SciELO,
2013).
Para levantamento dos dados no presente estudo, foram utilizados os descritores
“qualidade da dieta” e “idoso” no período de 2000 a 2012, limitado ao idioma português.
Foram incluídos estudos originais, realizados no Brasil e com seres humanos, contendo
textos completos e tema compatível ao pesquisado.
A partir desses critérios, foram identificadas 17 publicações, das quais um artigo
foi selecionado pelo resumo por conter os instrumentos de avaliação de qualidade da
dieta. As demais foram excluídas por não abordar o tema compatível ao pesquisado.
Ampliando-se a busca, e não limitando os estudos quanto à população de idosos, resul-
taram 490 trabalhos.
Posteriormente, procedeu-se à leitura dos resumos, selecionando-se apenas arti-
gos compatíveis ao tema pesquisado, totalizando 29 artigos, tendo sido descartadas dis-
sertações e monografias. Ao final do levantamento, totalizaram-se 18 artigos científicos.
34
Resultados
Quanto à temática, a maior frequência observada nos estudos (Tabela 1) foi a
qualidade da dieta (66,67%), seguida de outros temas (18,52%) como consumo alimen-
tar, reeducação alimentar, comportamento alimentar, padrão alimentar e fatores socioe-
conômicos.
Vale ressaltar que a frequência observada é maior do que o número de estudos
selecionados para as análises, visto que um estudo poderia abordar mais que uma te-
mática.
Aplicando o teste do Qui-quadrado, x 2 0= 7,35 (x2 c = 3,84 p. = 0,05 e n.g.l. = 1),
observou-se que houve diferença estatisticamente quanto às temáticas. Para o tipo de
interconexão das ciências, os estudos apresentaram-se desta forma: 66,66% como mul-
tidisciplinares; e 33,33% como interdisciplinares.
Para a tipologia da pesquisa - a categoria descritiva - incluem-se investigações
que apresentaram informações dos dados coletados por meio de entrevistas, aplicação
de questionários, escalas ou demais recursos, cujo objetivo foi investigar e interpretar a
realidade, entretanto sem nela intervir.
Nos trabalhos teóricos, incluem-se apenas estudos que apresentam revisões nar-
rativas ou sistemáticas que abordam diversos temas.
Verificou-se que as pesquisas descritivas somaram 83,33%, enquanto as pesqui-
sas teóricas representavam 16,67% dos artigos pesquisados. As pesquisas que mais se
destacaram na área da nutrição foram as descritivas.
Quanto ao delineamento dos trabalhos publicados, as pesquisas de levantamento
tiveram a maior frequência (72,22%) e pesquisa correlacional, 27,77%. Aplicando o teste
estatístico do qui-quadrado x 2 0 = 3,56 (x 2 c = 3,84 e n.g.l = 3), não se observou dife-
rença estatisticamente significante.
Outra variável estudada foi o tipo de instrumento utilizado para a coleta de dados
(Tabela 2, a seguir).
Verificou-se que a frequência observada é superior ao número de resumos de
pesquisas que compõe o corpus deste trabalho, tendo em vista que uma mesma pes-
quisa pode utilizar-se de mais de um instrumento para a coleta dos dados.
No total, pode-se observar que os instrumentos mais utilizados para analisar a
qualidade das dietas foram os índices de qualidade da dieta com 28,85% (Índice de Qua-
35
lidade da Dieta Revisado- IQD-R; Índice de Qualidade da dieta- IQD; Healthy Eating In-
dex- HEI; Índice de Alimentação Saudável- IAS; Índice de Alimentação Saudável Alter-
nado- IASA; Índice de Alimentação Saudável Adaptado- IASAd; Índice de Qualidade da
Dieta Infantil Revisado- RC-DQI; “Como está a sua alimentação”?) seguido da avaliação
dietética (28,85%) representados por questionário de frequência alimentar (QFA) e re-
cordatório de 24 horas (R24h).
A avaliação antropométrica (15,38%) foi representada por índice de massa corpo-
ral (IMC); circunferência abdominal (CA) e circunferência cintura-quadril (CCQ).
O questionário sociodemográfico (21,15%) abrange variáveis de idade, gênero,
escolaridade, estado civil, composição familiar e renda mensal familiar. No item “Sem
instrumentos” foram categorizados apenas os artigos científicos de revisão, que são uma
forma de pesquisa utilizando de informações bibliográficas ou eletrônicas para obtenção
de resultados de outros autores e fundamentar teoricamente um determinado objetivo
(Rother, 2007).
Recorrendo-se ao teste Qui-quadrado, obtendo ᵡ 2 0 = 2,83 (ᵡ 2 c = 7,82; p = 0,05
e n.g.l = 3), nota-se que não houve diferença estatisticamente significante quanto aos
instrumentos utilizados para a coleta dos dados.
Os resultados demonstram que as pesquisas quantitativas procuram seguir com
rigor um plano estabelecido, baseado em hipótese e variáveis, que são objeto operacio-
nal.
As pesquisas qualitativas não buscam enumerar ou medir eventos e, geralmente,
não empregam o poder estatístico para a análise dos dados; faz parte obter dados des-
critivos do pesquisador com o objeto de estudo; nessas pesquisas é frequente o pesqui-
sador procurar entender os fenômenos (Neves, 1996).
Mostra-se, então, que a pesquisa qualitativa obteve 33,33% e as pesquisas quan-
titativas 66,67% dos artigos analisados, destacando-se nesse caso as pesquisas quan-
titativas.
Para a qualidade da dieta, as pesquisas quantitativas são importantes para de-
monstrar a realidade da população estudada com possíveis intervenções futuras, dife-
rentemente das pesquisas qualitativas, que utilizam levantamento bibliográfico sobre o
assunto para discutir seus objetivos.
Aplicando-se o teste Qui-quadrado para verificar se existia diferença estatistica-
mente significante entre as análises, obteve-se x 2 0= 2,00 (x2 c = 3,84 p. = 0,05 e n.g.l.
36
= 1), podendo-se afirmar que não se observou diferença estatisticamente significante
entre as categorias dos trabalhos.
Outro aspecto estudado foram as análises estatísticas empregadas nas pesquisas
analisadas, destacando-se as análises inferenciais (79,16%), seguidas de 20,83% das
descritivas.
No que diz respeito às análises estatísticas dos dados, a análise descritiva com-
preende os seguintes testes: mediana, frequência relativa, frequência absoluta e análise
de variância; o teste mais utilizado nos artigos analisados foi à mediana com 40% e os
outros testes apresentaram 20%, respectivamente.
No caso da análise inferencial, está compreende os testes: teste exato de Fisher,
teste de Hausman- Wi, teste de Wald, teste de qui-quadrado de Pearson, regressão li-
near múltipla e simples, variável quantitativa contínua, amplitude inter-quartil, análise bi-
variada, intervalo de confiança, erro-padrão e coeficiente de contingência de correção de
Yates.
Os testes mais utilizados nas pesquisas foram: a regressão linear múltipla com
16,66%, seguido dos testes qui-quadrado de Pearson, erro-padrão, regressão linear sim-
ples e o teste exato de Fisher, representando 11,11% das análises, e com 5,55% foram
os testes de coeficiente de contingência de correção de Yates; intervalo de confiança;
análise bivariada; amplitude inter-quartil; variável quantitativa contínua; regressão logís-
tica multinominal; teste de Wald e o teste de Hasman-Wi.
Para verificar se a diferença era significante, foi calculado o teste Qui-quadrado,
obtendo-se x 2 0= 8,17 (x2 c = 3,84 p. = 0,05 e n.g.l. = 1), observando-se diferença
estatisticamente significante nas análises estatísticas.
Na análise entre os objetivos versus conclusões, observou-se que 83,33% dos
artigos analisados atenderam aos objetivos propostos pelos pesquisadores; em Atende-
ram Parcialmente, ficou com 11,11% e Não Atenderam, 5,55%.
Quanto aos autores (Tabela 3, a seguir), observou-se que os mais referenciados
nos trabalhos de qualidade da dieta, considerando uma relevância de no mínimo 10 re-
ferenciais, apareceu em destaque Fisberg (2004), com 23,15% das pesquisas, a primeira
autora do Brasil em adaptar o índice de qualidade da dieta para a população brasileira.
Kant (2004), com 15,78%, foi o primeiro autor americano a desenvolver o índice
de qualidade da dieta baseado nas recomendações americanas.
37
Para verificar se a diferença era significante, foi calculado o teste Qui-quadrado,
obtendo-se χ²ₒ=7,49 e χ²c=12,59 (n.g.l 6), mostrando-se, assim, que existe diferença es-
tatisticamente significante nos referenciais dos autores para construção do conheci-
mento científico.
Com relação ao ano de publicação, verificou-se que 2008 e 2012 apresentaram
maior produção na área de qualidade da dieta, com três estudos respectivamente.
Observa-se que, nos últimos cinco anos, aumentou a preocupação em investigar
o consumo alimentar populacional brasileiro, para prevenção e tratamento de doenças
na promoção da saúde.
Observou-se variedade na faixa etária desde crianças (2 a 5 anos) até idosos (60
anos ou mais).
A partir do pressuposto do presente trabalho, verificou-se que 33,33% (n=6) ava-
liaram 60 anos ou mais como a principal população de seus estudos.
Dentre os artigos analisados, 40% dos estudos utilizaram o Índice de Qualidade
da Dieta Revisado (IQD-R) para avaliar a qualidade da dieta; e 33,33% o Índice de Ali-
mentação Saudável (IAS); seguido dos instrumentos Índice de Alimentação Saudável
Alternativo (IASA); Revised Children’s Diet Quality Index (RC-DQI); Índice de Alimenta-
ção do Escolar (ALES); e “Como está a sua alimentação”? com uma frequência cada.
Discussão
38
Os resultados aqui apresentados vão ao encontro de Monteiro et al. (2012), que,
utilizando os descritores “Políticas Públicas”, observaram que apenas 2,3% dos artigos
abordavam a temática selecionada no período determinado de 2001 a 2010, nos perió-
dicos que veiculam a produção científica das Ciências Humanas e Sociais.
Na interconexão das ciências dos estudos analisados, verificaram-se, no campo
da nutrição, pesquisas multidisciplinares.
Resultados que podem significar um aumento no interesse por parte de diversos
profissionais da área em gerar novos conhecimentos e ao mesmo tempo contribuir para
a melhoria da saúde da população. Estudos realizados por Silveira e Faro (2008) reve-
laram que a abordagem multidisciplinar na reabilitação pode contribuir para a qualidade
de vida e para a diminuição das doenças crônicas e orgânicas, beneficiando idosos, fa-
miliares e sociedade.
A pesquisa científica e a interconexão das ciências conjuntamente com seus pes-
quisadores buscam o avanço científico para aumentar a produção do campo do conhe-
cimento humano e, assim, apresentar interações positivas de todos os setores da socie-
dade. Estudos na área da nutrição precisam ganhar novos espaços para poder repre-
sentar a ciência na busca de seus resultados.
Na metanálise de Chaves et al. (2007), sobre o periódico de psicologia escolar e
educacional nos anos de 2002-2003, com o objetivo de analisar a produção científica na
área, observou-se que 41,9% das pesquisas publicadas foram descritivas.
Na área da saúde, utilizando os descritores políticas públicas de saúde; idosos e
enfermagem, Camacho e Coelho (2010) encontraram um total de 70% dos estudos vol-
tados para as pesquisas descritivas. O delineamento empregado na área foi de mero
levantamento.
O trabalho de Ferrara e Witter (2007) é um exemplo de pesquisa com delinea-
mento de levantamento, que teve por objetivo levantar e analisar a produção científica
sobre a formação e atuação do psicólogo no periódico “Psicologia, Ciência e Profissão”,
no período entre 2000 a 2004. Estudos de Luiz, Buriti e Witter (2007), sobre a produção
científica em Psicologia, nos anais dos congressos de iniciação científica de uma univer-
sidade privada do alto do Tietê, nos períodos de 1998-2006, resultaram em 94,9% das
pesquisas analisadas com delineamento de levantamento.
O presente estudo encontrou pesquisas do tipo descritivas com delineamento de
levantamento; esses resultados apresentam a Ciência da Nutrição em estágio inicial na
39
busca do conhecimento e colocando desfechos para possíveis investigações experimen-
tais; assim, a maioria de seus estudos demonstra geralmente as condições de grandes
populações identificando, interpretando as variáveis que constituem a realidade para o
avanço científico, sem nela interferir e após buscar subsídios para conseguir interven-
ções futuras necessárias para o público em questão.
Para o trabalho de coleta dos dados, utilizou-se com maior frequência o Índice de
Qualidade da Dieta (IQD), instrumento específico e qualificado na área para avaliar a
dieta de indivíduos ou população; portanto, a utilização deste instrumento demonstra
mais fidedignidade nos métodos para alcançar os resultados propostos. No estudo sobre
a revisão dos índices e instrumentos dietéticos para determinação da qualidade de die-
tas, Volp (2011) encontrou que a determinação dos padrões alimentares por meio dos
índices é um processo relativamente fácil e, para apresentar confiabilidade nos resulta-
dos, é necessário conhecer o viés de cada índice ou instrumento.
Os instrumentos específicos utilizados na área da nutrição para a coleta dos da-
dos permitem acessar os padrões alimentares em relação aos fatores associados, de-
monstrando ferramentas disponíveis para investigar e identificar possíveis característi-
cas aumentando a eficácia da avaliação dietética.
Vale ressaltar que é necessário o desenvolvimento de índices dietéticos mais re-
centes para a realidade da população brasileira, levando em consideração o novo perfil
do consumo, alimentar e epidemiológico, e principalmente recomendações atuais para
uma alimentação saudável.
No estudo de Vasconcelos (1999), sobre revisão de artigos originais publicados
pelo arquivo brasileiro de nutrição no período de 1944 a 1968, observou-se que 36% das
pesquisas apresentaram importantes esforços para construir e aperfeiçoar os instrumen-
tos metodológicos específicos para verificar as condições nutricionais da população bra-
sileira e consolidar o campo da nutrição no Brasil.
Em relação à análise dos dados, as pesquisas quantitativas destacaram-se no
campo da nutrição. Um estudo da área em questão teve por objetivo avaliar a produção
científica no âmbito da atenção primária a saúde no Brasil no período de 2011. Foram
identificados 117 artigos; destes, 104 utilizaram o método de análise quantitativa (Ca-
nella, Silva & Jaime, 2013).
Observou-se que a Ciência da Nutrição utiliza em sua maioria pesquisas que apre-
sentam análises para verificar possíveis relações entre as variáveis estudadas, sendo
40
um importante método que evidencia o esforço dos pesquisadores para um avanço ci-
entífico e tecnológico nas diversas áreas do saber. No campo da nutrição, pesquisas
qualitativas também merecem mais destaque, pois com elas descrevemos as variáveis,
que mais tarde podem ser possíveis de análises.
Nas análises estatísticas, verificou-se predomínio das análises inferenciais, sendo
o conjunto de técnicas utilizadas para identificar relação entre as variáveis que represen-
tam ou não relação de causa e efeito. Dentre as análises inferenciais, destacou-se o
teste de regressão linear múltipla, técnicas estatísticas para construir modelos que des-
crevem, de maneira razoável, relações entre as várias variáveis de um determinado pro-
cesso.
O crescente uso da estatística na pesquisa científica por meio da interpretação
dos resultados vem ao encontro de realizar análises e avaliações objetivas. Essa área
torna-se responsável pelo desenvolvimento no campo científico de modo geral (Ignácio,
2010). Assim, o mais importante é melhorar de forma eficaz e eficiente o avanço científico
nas variadas áreas do saber para a produtividade e o nível de confiança das informações
divulgadas nos diferentes ramos do conhecimento.
Em relação aos objetivos versus conclusões, pesquisadores preocupam-se em
atendê-los; observou-se, na atual pesquisa, que grande parte dos estudos atenderam ao
proposto, mas uma parcela de 11%, quer dizer, duas pesquisas para 18 artigos analisa-
dos não atenderam seus objetivos, um número preocupante para os leitores que possi-
velmente possam deixar de entender o que foi proposto pelo pesquisador em seu estudo.
Os pesquisadores buscam responder a seus objetivos e atender a eles e seus
estudos se tornam mais fidedignos e positivos para o aumento do conhecimento cientí-
fico de seus leitores. Os mesmos poderão compreender todo o recurso metodológico
empregado para, assim, não apresentar falsas interpretações dos resultados encontra-
dos nas pesquisas. É importante que os pesquisadores busquem aprimorar seus conhe-
cimentos na área específica para desenvolver estudos com resultados que apresentam
informações relevantes e necessárias para colaborar com o avanço da atual ciência.
Para conhecer um determinado assunto, deve-se informar sobre os autores refe-
rência na área, permitindo, assim, um conhecimento adequado a ser estudado. Na área
estudada, há destaque para Fisberg et al. (2004) e Kant (2004), contribuindo para o au-
mento ou construção do conhecimento científico na área da avaliação dietética principal-
mente a qualidade da dieta.
41
Segundo Leite (2008), o papel fundamental da produção do conhecimento é servir
de referências para praticantes e estudiosos; assim, a publicação nos periódicos e anais
de congresso da área constitui o caminho da pesquisa científica da área. Em sua pes-
quisa empírico-analítica com o objetivo de analisar anais de congresso e periódicos na
área de contabilidade no Brasil, o autor demonstra que os autores mais prolíficos com
frequência de 10 trabalhos ou mais, corresponderam a 26,3% do total da produção cien-
tífica na área, indo ao encontro do presente estudo que encontrou 39% dos autores re-
ferência contribuindo para a produção do conhecimento na área da avaliação dietética.
Autores-referência na área contribuem imensamente para o aumento do conheci-
mento científico dos atuais pesquisadores, uma contextualização mais adequada e es-
pecífica para o aperfeiçoamento e construção do saber científico na área desejada. Con-
tudo, os autores devem estar atualizados no conhecimento específico da área de atua-
ção para contribuir no avanço da ciência em seus diferentes setores.
Os trabalhos sobre qualidade da dieta em idosos são poucos estudados até o
momento, sendo essencial para o direcionamento de políticas públicas voltadas para
alimentação e nutrição nessa faixa etária, os mesmos merecem uma atenção especial
por parte de todos os profissionais da área para conseguir um envelhecimento saudável
e com qualidade de vida. A realidade epidemiológica brasileira demonstra mudanças
necessárias e novos modelos de atenção à saúde do idoso com propostas de ações
diferentes para o sistema de saúde (Camacho & Coelho, 2010).
Conclusão
A partir desta pesquisa, pode-se concluir que os estudos analisados sobre a qua-
lidade da dieta em idosos, abordam exclusivamente a temática em questão. Os trabalhos
foram principalmente descritivos com o delineamento de levantamento, destacando as
pesquisas quantitativas com ênfase na multidisciplinaridade. Os instrumentos mais utili-
zados foram específicos e qualificados para obter dados qualitativos da dieta do público-
alvo. Observou-se também que os trabalhos quantitativos empregaram as análises infe-
renciais, mais especificamente o teste de regressão linear múltipla. Existe a preocupação
dos pesquisadores em corresponder aos objetivos propostos. Os autores-referência no
assunto mostram-se ativos para a construção do conhecimento científico na área pes-
quisada.
42
Deve-se enfatizar a importância de novos estudos sobre a qualidade da dieta com
a população idosa para aprimorar e desenvolver políticas públicas voltadas à alimenta-
ção e nutrição e, dessa forma, contribuir nas mudanças do comportamento alimentar e
do estilo de vida, visando à promoção da saúde, qualidade de vida e, consequentemente,
a prevenção e o tratamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na idade
adulta.
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Data de acesso: 26/01/2017
44
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA IDOSOS COM HIPERTENSÃO
RESUMO
O presente estudo teve seu objetivo traçar, fatores de risco, hábitos alimentares e
frequência alimentar dos pacientes idosos hipertensos, bem como sua relação com a
hipertensão arterial sendo que na dietoterapia para hipertensos tem o objetivo de ofere-
cer uma dieta que reduza os níveis pressóricos, que elimine ou minimize a quantidade
de medicamentos, que possa controlar o peso do paciente, evitando a obesidade aju-
dando a melhorar suas condições de vida aliado a prática regular de atividade física. A
dieta de um indivíduo hipertenso deve ser pobre em sal, porém rica em cálcio, magnésio
e potássio. A quantidade de sal deve ser de uma ingestão diária de 6 gramas, o mesmo
que 4 colheres de café rasas para que sejam preparadas as refeições.
INTRODUÇÃO
45
do componente elástico. Essa perda de flexibilidade das artérias abaixa sua capacitância
com expansão da velocidade da onda de pulso. A parede dos vasos quando rígidas
tende a elevar a pressão sistólica e o aumento da velocidade da onda de pulso mantém
a pressão arterial diastólica (GAZONI, 2009).
Acredita-se que até o ano de 2020 as doenças crônicas não transmissíveis
serão a principal causa de incapacidades, e entre a mais comum doença é a hipertensão
arterial (HA), por ser uma eminencia com muitos fatores e depender da participação e
colaboração ativa do indivíduo hipertenso para seu controle, assume-se a um grande
desafio aos profissionais da saúde. A HA é considerada um dos mais importantes fatores
de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV), explicando assim
40% das mortes por acidente vascular encefálico (AVE) e 25% de mortes por doença
arterial coronariana no país. É de grande importância que se reflita a gravidade das con-
sequências desses eventos. São dados como este que por si só justificam a importância
dos profissionais da saúde para que estimulem e orientem constantemente o portador
de hipertensão a modificar hábitos nocivos a sua saúde, auxiliando-o a controlar seus
níveis pressóricos (OLIVEIRA, 2010).
METODOLOGIA
DESENVOLVIMENTO
46
do que muitas pessoas dizem não é comum que haja aumento da pressão com a che-
gada da idade, prevenir seu aumento é a maneira mais eficiente para o combate da HA,
evitando desta maneira dificuldades e alto custo com o tratamento (LOPES, 2006).
A dieta de um hipertenso deve ser pobre em sal, porém rica em cálcio, magnésio
e potássio. A quantidade de sal deve ser de uma ingestão diária de 6 gramas, o mesmo
que 4 colheres de café rasas para que sejam preparadas as refeições, é necessário que
seja evitado alimentos como: enlatados, frios, conservas, molhos prontos, embutidos,
salgados, queijos amarelos etc. É permitido o consumo de ervas, pimenta, limão, vina-
gre, azeite de oliva, sendo que estes não influenciam a pressão arterial (LOPES, 2006).
A hipertensão é uma doença que é possível fazer o controle com o uso de medi-
camentos contínuos, sendo necessária uma mudança no estilo de vida, como uma prá-
tica regular de atividade física, procurando uma alimentação saudável e deixando escla-
recido aos seus portadores a necessidade do controle por toda a vida, é necessário um
rigoroso esquema para que haja cuidado e controle permanentes em função de possíveis
sequelas, sendo que pode ser incapacidade funcional, o que deixa em evidência o papel
da família ou cuidador ás suas responsabilidades na condução do cuidado doméstico
(CONTIERO, 2009).
No envelhecimento há uma maior prevalência do consumo de fármacos e enfer-
midades crônico degenerativas, considerando que aumentam a incidência de muitos pro-
blemas em relação ao consumo de medicamentos, levando em consideração que dessa
forma a população se torna mais vulnerável a muitos problemas de saúde e aumentando
o custo do sistema de atenção sanitária, com referência ao uso de medicamentos eles
estão em primeiro lugar em causadores de intoxicações (LYRA JUNIOR, 2006).
Como uma forma de tratamento muitos idosos têm como costume fazer o uso de
plantas medicinais o que corresponde há uma das mais antigas “armas” utilizadas pelo
homem no tratamento de diversas enfermidades, porém o uso indiscriminado destas
plantas e seus derivados podem trazer sérios danos à saúde devido à presença de prin-
cípios tóxicos. As plantas quando usadas na forma correta tem a capacidade de prevenir
e ou reduzir a pressão, levando em consideração que não é qualquer tipo de planta que
contém o princípio ativo que atua nessa função (OLIVEIRA, 2007).
Mudança no estilo de vida é algo primordial para que seja possível obter o controle
da pressão independente dos níveis pressóricos, essas mudanças podem prevenir ou
retardar a instalação da doença. Algumas das modificações com maior impacto são as
47
práticas de atividade física com mudanças de hábitos nutricionais, não esquecer a redu-
ção de ingestão de sódio e o controle de peso. Quando se deparam com pessoas se-
dentárias estas têm uma maior probabilidade de desenvolver a doença quando são com-
paradas com pessoas ativas fisicamente. Há uma falta de valorização no combate ao
sedentarismo do idoso, sendo que é possível diminuir doenças coronarianas, com fator
de risco comparável a hipertensão (GRAVINA, 2007).
Há estudos realizados em que foram feitas comparações em diferentes grupos de
idosos praticantes de atividade física, com intensidade leve e moderada que foram pres-
critas após exames e avaliação clínica, respeitando condicionamento e limitações de
cada indivíduo. Com relação há segurança da prática de atividade não foram observadas
ocorrência de reações adversas. Há relatos que no Brasil existe um percentual maior de
mulheres hipertensas em relação aos homens, considerando que houve resultados com
á prática regular de atividade que no estudo foram seis meses, mas se deve ressaltar
que com uma alimentação equilibrada os resultados seriam mais satisfatórios (BAR-
ROSO, 2008).
A nutrição tem como objetivo oferecer uma dietoterapia para pacientes hiperten-
sos aos quais reduzam os níveis pressóricos, que sejam capazes de minimizar ou elimi-
nar a quantidade de medicamentos, que seja feito o controle de peso do paciente evi-
tando que este se torne obeso e ajudando na qualidade de vida. Devem ser feitos traba-
lhos sociais que sejam capazes de incluir essa população, em sua grande maioria anal-
fabeta ou não conseguiram terminar o ensino fundamental e com uma renda considerada
baixa que seria de um salário mínimo para o sustento de três a quatro pessoas por mês,
já em grupos sociais com um maior poder econômico são baixíssimos os níveis de pes-
soas com hipertensão. Sabe-se também que não é preciso uma renda alta para que se
consiga fazer uma refeição saborosa e de qualidade, precisam aprimorar a criatividade
sem aumentar os custos, conseguindo desta forma aumentar a qualidade de vida
(COCA, 2010).
Na alimentação brasileira houve uma crescente mudança com o passar dos anos,
caracterizada por calorias de densidade elevada, com alto teor de gorduras, sal, açúcar,
que quando aliada ao sedentarismo contribui para o desenvolvimento de doenças crôni-
cas, sabe-se também que a grande maioria de idosos que recebem orientações quanto
a ingestão de água, frutas, verduras, horários das refeições porém não seguem as ori-
entações conformes descritas para cada paciente (WHITE, 2014).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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OLIVEIRA, Célida Juliana de; ARAÙJO, Thelma Leite de. Plantas Medicinais: uso
e crenças de idosos portadores de hipertensão arterial. Rev. Eletrônica de Enfermagem
; v. 9, n. 1, p. 93-105, 2007.
OLVEIRA, Célida Juliana de; MOREIRA, Thereza Maria Magalhães. Caracteriza-
ção do tratamento não-farmacológico de idosos portadores de hipertensão arterial. Rev.
Rene. Fortaleza: v. 11, n. 1, p.76-85, jan/mar, 2010.
WHITE, Harriet Jane; LEÓN, Leticia Marín. Orientações nutricionais em serviços
de saúde: a percepção de idosos portadores de hipertensão e diabetes. Demetra: v. 9,
n. 4, p. 867-880, 2014.
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