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O problema da definição: aceções comuns e conceções típicas”
“Currículo Formal, Informal e Oculto”
“Currículo a Sistema Educativo”, “Subsistemas do Sistema Educativo” e “O sistema Educativo como Quadro Referencial”
“Fatores de Enquadramento Curricular”
O problema da definição: aceções comuns e conceções típicas”
“Currículo Formal, Informal e Oculto”
“Currículo a Sistema Educativo”, “Subsistemas do Sistema Educativo” e “O sistema Educativo como Quadro Referencial”
“Fatores de Enquadramento Curricular”
O problema da definição: aceções comuns e conceções típicas”
“Currículo Formal, Informal e Oculto”
“Currículo a Sistema Educativo”, “Subsistemas do Sistema Educativo” e “O sistema Educativo como Quadro Referencial”
“Fatores de Enquadramento Curricular”
O problema da definição: aceções comuns e conceções típicas”
Uma das aceções mais comuns identifica o currículo “como um elenco e
sequências de matérias ou disciplinas propostas para todo o sistema escolar, um ciclo de estudos, um nível de escolaridade ou um curso”, outra identifica o currículo com “programas de ensino num determinado nível ou área de estudo do sistema escolar”, e ainda podemos identificar uma terceira aceção que identifica o currículo “com o conjunto estruturado de matérias e de programas de ensino.”
Quanto às conceções típicas podemos identificar quatro definições, embora essas
quatro definições se fundem em apenas duas devido aos princípios que as caracteriza. Portanto numa das definições o currículo é descrito “como um conjunto de experiências educativas vividas pelos alunos, sob a tutela da escola”, neste sentido a aprendizagem acontece quando o aluno é capaz de fazer e o ser capaz lhe permite adquirir outras aprendizagens. Noutra definição, o currículo é definido “como o que se planeia ensinar e o que se pretende que os alunos aprendam”, ou seja, é entendido “como um plano e organização do ensino-aprendizagem”. As definições apresentadas globalmente caracterizam o currículo como “um plano estruturado de ensino-aprendizagem, englobando a proposta de objetivos, conteúdos e processos.”
“Currículo Formal, Informal e Oculto”
Penso que a natureza do currículo pode tornar-se mais clara quando
relacionamos o termo "Currículo" com o ensino, nas suas atividades escolares curriculares e/ou extracurriculares. Trona-se assim, importante, efetuar a distinção entre Currículo Formal, Informal e Oculto. Centrando-nos no processo educativo atual, podemos definir o Currículo Formal, como sendo, o plano de ensino-aprendizagem, contendo os objetivos, conteúdos e atividades, pretendendo promover as aprendizagens formais dos alunos. Representa a obrigação formal do professor, ou seja, traduz-se num horário letivo semanal para os alunos e professor, no cumprimento de programas previamente concebidos. O Currículo Informal, refere-se a todas as atividades estruturadas ou não estruturadas que decorram para além das atividades letivas dos alunos. Pode considerar-se parte do currículo informal atividades como: visitas de estudo, atividades desportivas, cívicas culturais que decorrem na escola como atividades extralectivas. No sistema educativo atual são exemplo, os clubes, o desporto escolar, as associações de estudantes, entre outras. No entanto estas atividades informais não devem estar dissociadas das atividades formais, visto que não deverão prejudicar o desenrolar das atividades formais. Paralelamente ao currículo formal e informal, aparece o termo Currículo Oculto ou também designado por currículo “escondido”. Este conceito de currículo designam as aprendizagens adquiridas pelos alunos que não se encontram explicitamente definidas no currículo formal, e ainda, as respeitantes à aquisição de valores, atitudes, processos de socialização em que estão envolvidos. Dewey (1969, p.48), defendia que estas aprendizagens não devem ser desconsideradas, ao afirmar que “a aprendizagem colateral, no sentido, de formação de atitudes, aversões ou gostos duradouros, talvez seja e é, muitas vezes, mais importante do que a lição de ortografia, geografia, ou história que se está a aprender”. Para compreender-mos a importância e as implicações deste currículo para o currículo formal, torna-se importante clarificar algumas das suas características. Uma das características principais é o facto de as aprendizagens serem mais lentas mais duradouras e exercerem bastante influência futura sobre os alunos. Outro aspeto importante é que por vezes estas aprendizagens podem ser contraditórias em relação ao ensino mais formal, isto é, se por exemplo pretendermos que os nossos alunos sejam críticos em relação à sociedade, e por outro lado as suas vivências sociais ou religiosas apelam no sentido contrário, poderemos encontrar resistência nos alunos. Deste modo, é importante que quando se reflete sobre melhorias ou alterações a efetuar nos currículos, todas estas vertentes do currículo sejam tidas em conta.
“Currículo a Sistema Educativo”, “Subsistemas do Sistema Educativo” e
“O sistema Educativo como Quadro Referencial”
Podemos afirmar que o currículo “constitui um dos subsistemas do sistema
educativo”, além disso, representa a “substância” deste sistema. Portanto, o sistema educativo funciona como um princípio orientador e indispensável para que possamos elaborar e conceder currículos. Embora o currículo seja um subsistema, engloba uma grande parte do sistema educativo, já que está diretamente relacionado com o plano de estudo, com os programas de ensino, com os métodos, a organização pedagógica e a avaliação do ensino-aprendizagem.
“Fatores de Enquadramento Curricular”
Por forma a elaborarmos e implementarmos o currículo, há que considerar
diversos fatores condicionadores ou motivadores neste processo. Entre os diversos fatores podemos mencionar a organização do processo de aprendizagem nas escolas e o modo de progressão no sistema escolar. Quanto à organização do processo aprendizagem nas escolas, o currículo pode seguir uma vertente espacial, na medida que se pretende por em prática o plano de estudos num determinado espaço físico, sendo este na maioria das vezes diferente de sala para sala, de escola para escola; ou pode seguir uma vertente mais temporal, ou seja, o currículo é delineado tendo em conta não o espaço físico mas o tempo global necessário para a sua execução, “bem como a duração das unidades temporais em que aquele se decompõe. O modo de progressão no sistema escolar, depende do cruzamento das duas variáveis, espaço e tempo, pois determinam “a constituição de agrupamentos de alunos com diferentes dimensões e diferentes naturezas, pois pode-se seguir um ensino mais individualizado ou não, alterando-se os grupos consoantes as necessidades que vão decorrendo ao longo do plano.
Outro fator de grande importância para que se proporcione o enquadramento
curricular, além dos fatores físicos, temos o fator humano, os docentes. Esta implementação requer docentes qualificados com formação didática pedagógica nas áreas e matérias para a estrutura específica do currículo. Também os alunos, ou melhor o modo de progressão dos mesmos contribui para o enquadramento curricular, obedecendo a uma orientação pedagógica própria, sendo por isso um limite ao processo de desenvolvimento do plano de estudos e programas de ensino.
Racionalidade e Projeto Político-pedagógico: um olhar a partir do Currículo e do relato das Práticas Docentes de professores do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Ceará