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UMA INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA - PROF.

JOSÉ AUGUSTO FIORIN

Disciplina que se distingue das demais ciências sociais pela


abrangência de seu objeto, a sociologia busca conhecer, mediante métodos
científicos, a totalidade da realidade social como tal, sem proposta de
transformação.

Sociologia é a ciência que estuda a natureza, causas e efeitos das


relações que se estabelecem entre os indivíduos organizados em sociedade.
Assim, o objeto da sociologia são as relações sociais, as transformações por
que passam essas relações, como também as estruturas, instituições e
costumes que têm origem nelas. A abordagem sociológica das relações entre
os indivíduos distingue-se da abordagem biológica, psicológica, econômica e
política dessas relações.

Seu interesse focaliza-se no todo das interações sociais e não em


apenas um de seus aspectos, cada um dos quais constitui o domínio de uma
ciência social específica. As preocupações de ordem normativa são estranhas
à sociologia e não lhe cabe a aplicação de soluções para problemas sociais ou
a responsabilidade pelas reformas, planejamento ou adoção de medidas que
visem à transformação das condições sociais.

Vários obstáculos impediram a constituição da sociologia como


ciência, desde que ela surgiu, no século XIX. Entre os mais importantes citam-
se a inexistência de terminologia clara e precisa; a tendência a subjetivar os
fatos sociais; a multiplicidade de temas de seu interesse e aplicação; as
afinidades partilhadas com outras ciências sociais; a dificuldade de
experimentação, já que os elementos com que lida são seres humanos; e a
proliferação de métodos, técnicas e escolas que tentaram elaborar uma teoria
sociológica unificada como instrumento adequado de análise, descrição e
interpretação dos fenômenos sociais.

Antecedentes. O interesse pelos fenômenos sociais já existia na


Grécia antiga, onde foram estudados pelos sofistas. Os filósofos gregos,
porém, não elaboraram uma ciência sociológica autônoma, já que
subordinaram os fatos sociais a exigências éticas e didáticas. Assim, a
contribuição grega à sociologia foi apenas indireta.

Um pensamento social existiu na Idade Média, mas sob uma forma


não-sistemática de raciocínio e análise dos fenômenos sociais, pois se baseava
na especulação e não na investigação objetiva dos fatos. Além disso, nesse
período anulou-se a distinção entre as leis da natureza e as leis humanas e
impôs-se a concepção da ordem natural e social como decorrência da vontade
divina, que não seria passível de transformação. Assim, eivado de conotações
ideológicas, éticas e religiosas, o pensamento social medieval pouco evoluiu.

As profundas modificações econômicas, sociais e políticas ocorridas


na sociedade européia nos séculos XVIII e XIX, em decorrência da revolução
industrial, permitiram o surgimento do capitalismo e libertaram pensamento
dos dogmas medievais. Assim, as ciências naturais e humanas fizeram rápidos
progressos.

Os principais antecedentes da sociologia são a filosofia política, a


filosofia da história, as teorias biológicas da evolução e os movimentos pelas
reformas sociais e políticas, que ensaiaram um levantamento das condições
sociais vigentes na época. Nos primórdios da sociologia, foram mais influentes
a filosofia da história e os movimentos reformistas.

A história permitiu o acesso ao conhecimento de dados objetivos


sobre a sociedade, acumulados ao longo do tempo. Além disso, a evolução da
historiografia contribuiu em parte para o aperfeiçoamento dos métodos
empíricos de compilação de dados e a análise dos fatos sociais. Em relação
aos movimentos reformistas, a sociologia partilhou com eles sua preocupação
com os problemas sociais e não mais aceitou como fato natural condições
como a pobreza, seqüela da industrialização. Incorporou também os
procedimentos dos reformistas, que se basearam nos métodos das ciências
naturais para fazer levantamentos sociais, numa tentativa de classificar e
quantificar os fenômenos sociais.

A pré-história da sociologia situa-se, assim, num período


aproximado de cem anos, de 1750 a 1850, entre a publicação de L'Esprit des
lois (O espírito das leis), de Montesquieu, e a formulação das teorias de
Auguste Comte e Herbert Spencer. Sua constituição como ciência ocorreu na
segunda metade do século XIX.

O termo sociologia foi consagrado por Auguste Comte na obra Cours


de philosophie positive (1839; Curso de filosofia positiva), em que batizou a
nova "ciência da sociedade" e tentou definir seu objeto. No entanto, a palavra
sociologia continuou suscetível de inúmeras interpretações e definições no
que diz respeito à delimitação de seu objeto, pois cada escola sociológica
criou suas próprias definições, de acordo com as perspectivas teóricas,
filosóficas e metodológicas adotadas. Todas essas definições, no entanto,
partilhavam um substrato comum: o estudo das relações e interações
humanas.

Abrangência. As ciências sociais se constituem a partir de dois


pilares: a teoria e o método. A teoria se ocupa dos princípios, conceitos e
generalizações; o método proporciona os instrumentos necessários para a
pesquisa científica dos fenômenos sociais.

A sociologia subdivide-se em disciplinas especializadas: a sociologia


do conhecimento, da família, dos meios rurais e urbanos, da religião, da
educação, da cultura etc. A essa lista seria possível acrescentar um sem-
número de novas especializações, como a sociologia da vida cotidiana, do
teatro, do esporte etc., já que os interesses do pesquisador se orientam para
a compreensão e explicação sistemática, mediante a utilização das teorias e
dos métodos mais adequados, dos aspectos sociais de todos os setores e
atividades da vida humana.

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