Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
vinit@uol.com.br (mailto:vinit@uol.com.br)
5.set.2020 às 23h15
Em julho do ano passado, quase 36 milhões de pessoas pagaram bilhetes nos trens da CPTM,
empresa que atende a região metropolitana de São Paulo. No mês de julho deste ano de
calamidade (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/03/entenda-o-que-sao-estado-de-calamidade-publica-de-sitio-e-de-defesa-e-seus-
efeitos-para-o-gasto-publico.shtml), os pagantes eram apenas 20,5 milhões, queda de 43%.
não saíram os dados de agosto, mas dá para ter uma ideia do tamanho da desgraça, que já foi
pior, mas continua desgraça.
Muitas pessoas assustadas com o vírus ou com o futuro deixam de gastar na lojinha de rua, no
quilo, na lanchonete, no café com bolo da calçada, no pastel, no dogão, no ambulante. Não vai à
manicure, ao barbeiro. A economia se recupera, na verdade apenas despiora
(https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/09/16-milhao-voltam-a-procurar-emprego-com-fim-do-isolamento-diz-ibge.shtml), dizem os
grandes números.
Mas a vida miúda dos pequenos negócios que são o sustento de tanta gente ainda é duríssima.
Vai depender do que será dos auxílios e do espalhamento do vírus, como explica qualquer
estudioso capaz, economista ou epidemiologista, psicólogo ou sociólogo.
Pelos grandes números, o segundo trimestre teria sido o pior. O PIB caiu 9,7%
(https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/09/pib-do-brasil-cai-97-no-2o-trimestre-com-efeitos-economicos-da-pandemia-segundo-ibge.shtml)em
relação ao primeiro trimestre do ano. No terceiro, estima-se que haveria crescimento de 6%. Há
sinais disso. O consumo de energia elétrica de julho e agosto foi praticamente o mesmo desses
meses no ano passado.
As vendas de combustíveis em julho ainda eram mais de 8% menores que no ano passado,
segundo dados da Agência Nacional do Petróleo. No final de agosto, os postos de gasolina
vendiam 24% menos que em fevereiro, diz a Cielo.
O problema dos serviços e do comércio não para aí, em restaurantes e similares, o tipo de
empreendimento mais comum do Brasil, e nas lojas.
Diz-se que a poupança aumentou (isto é, gastou-se menos do que a renda disponível). É verdade,
na soma de todos os dinheiros do país, “no agregado”. Esse saldo pode sustentar o nível geral de
consumo depois do corte do gasto público. Mas isso vai chegar à manicure ou à vendinha da
comunidade?
Assim, ao final do ano que vem a recuperação do nível de renda e produção seria de apenas 74%
do que se perdeu na calamidade de 2020. Ou seja, apenas em 2022 voltaríamos à pobreza de
2019. Um problema é que o povo miúdo não deve nem pegar esse trem de volta para um
passado menos ruim.
(https://play.google.com/store/apps/details?
ENDEREÇO DA PÁGINA
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2020/09/pobres-devem-perder-o-trem-
de-volta-para-a-economia-pobre-de-2019.shtml