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FACULDADE ESPÍRITO SANTENSE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS

CURSO DE DIREITO PENAL II

FÁBIO SANTOS DE SOUZA

AVALIAÇÃO N1B1

SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA


PRIVATIVA DE DIREITO

Cariacica/ES, 31 de agosto de 2020


FÁBIO SANTOS DE SOUZA

AVALIAÇÃO N1B1

SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA


PRIVATIVA DE DIREITO

Trabalho apresentado para o Matéria de Direito


PENAL II, pelo Curso de Direito da Faculdade
Espírito Santense de Ciências Jurídicas, PIO XII,
ministrada pela professor Marcelo Menezes
Loureiro

Palavra chave: Penas Privativas de Direito

Cariacica, 31 de agosto de 2020

1 – INTRODUÇÃO
Acompanhamos na história que com o nascimento da sociedade, grupos familiares
que foram se organizando para se proteger, para isso criavam baseado nas suas
crenças às punições aos que não cumprissem o combinado, estas famílias foram se
juntando em grupos maiores e surgem as cidades e com elas as leis, consideradas
sagrada para os povos antigos e até hoje representada pela Deusa da Justiça.

Pena é fazer o indivíduo sentir o peso de seu desvio de conduta, intimidando de


cometê-la novamente. O objetivo é fazer saber e respeitar o ordenamento jurídico
vigente. Na babilônia a lei do Rei Nabucodonosor, onde, pois fim as vinganças
publicas, ordenou que ao praticar o crime fosse executado a pena e acabava ali, se
outro crime como o de morte, que um condenado podia ser vingado por um parente
do morto, acontecesse novamente, seria um novo crime e uma nova pena.

A privação de liberdade é a forma adotada pelo Código Penal, impedindo um direito


fundamental de ir e vir, recolhendo o condenado junto a um estabelecimento
prisional com a finalidade de futuramente o reinseri-lo na sociedade, bem como
prevenir a reincidência. Esta restrição dependendo do crime e da pena pode ser
fechado, presídio de segurança máxima e o semi-aberto como observamos na
colônia aurícula de Xurí, pode também ocorrer em indústria ou equivalente. O Aberto
deverá ser cumprido em Casa de Albergado ou Similar. Com ausência de albergues
aqui no estado do Espírito Santo, o condenado deverá se apresentar ao juiz
mensalmente, não podendo se ausentar de sua cidade de moradia, sem autorização
do Judiciário. Convidamos ao exame da substituição das penas privativas de
liberdade com condenações de até 4 anos, seja substituída pela Pena Restritiva de
Direito, como forma alternativa para ressocialização do condenado e também evitar
as superlotações dos presídios principalmente aqui no Espírito Santo.STFDF, 2018
e QUINTINO 2011.

Usando um método dissertativo e bibliográfica, usando Artigos do STF, STFDF,


CNJ e a opinião de doutrinadores sobre o assunto. Esperamos oferecer através de
uma linguagem simples e resumida a importância do assunto.
2 - PENA RESTRITIVA DE DIREITO

Compõem uma das três penas prevista no Direito Penal, aplicadas conforme dito no
Art. 32 do Código Penal, alem da privativa de liberdade e Multa. As chamadas penas
alternativas a prisão do condenado, beneficiando o condenado que sofrerá
limitações em alguns direitos como forma de cumprir a pena. Das quatro restrições,
pode o julgador aplicar uma e dependendo do crime ir acrescentando, descrito no
Artigo 44 do Código Penal. Um pressuposto essencial ao direito condenado até 4
anos. Salvo-se conforme Súmula nº 588 do STF crimes em âmbito de violência
doméstica. STJDF, 2018.

De acordo com o coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização


do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas,
(DMF/CNJ), juiz Luciano Losekann, que representou o CNJ na audiência pública, o
decreto do indulto natalino de 2012 “vem sendo um desestímulo ao cumprimento de
penas restritivas de direitos e há vários bons programas instituídos no Brasil para
esse fim”. Para o magistrado, quando o texto estende o indulto às pessoas
condenadas à prisão que tenham tido suas penas substituídas por uma ou duas
penas restritivas de direito (uma prestação pecuniária e uma prestação de serviços à
comunidade, por exemplo), permitindo ao sentenciado que pague uma delas e se
livre da outra, “tem-se a consagração de impunidade para quem já foi beneficiado
por não ir para o cárcere. Esses casos têm acontecido freqüentemente com
condenados na Justiça Federal, segundo relatos de colegas”, disse. não tem direito
a induto natalino, pois o condenado a cumpri penas no modelo restritivo de direito, já
teve a vantagem de não estar detido em instituição prisional. MONTENEGRO, 2013.

3 - CONVERSÕES DA PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS

Só ocorre a conversão após à pena privativa de liberdade, a ser anualizada pelo juiz
e somente podendo ser aplicadas após a delimitação da respectiva pena privativa de
liberdade, uma vez que esta é um dos elementos a se avaliar na concessão ou não
da conversão da pena. Em casos de crime culposo, poderá ser feita a substituição
sem limite temporal de condenação.

Na substituição da pena, deverá o juiz, ainda, atentar para a “culpabilidade, os


antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os
motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.” (artigo
44, II, do Código Penal). QUINTINO, 2011.

O Juiz vai examinar o desenvolvimento do crime, se analisado que o réu não oferece
perigo a sociedade e se enquadra nos critérios permitidos para conversão de Penas
Restritiva de Liberdade por Penas Restritivas de Direito.

4 - TIPOS DE PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO

As penas seguem regras, e de acordo com o tempo de condenação e o tipo poderá


o juiz determinar uma ou mais prenas restritivas de direito. Os motivos e
circunstâncias que levaram o indivíduo a cometer o ilícito determinarão o grau de
envolvimento do mesmo com a prática do ato a ser reprimido. Sobrelevarão eles se
a conduta foi efetuada de modo desarrazoado ou desproporcional, caminhando para
uma melhor configuração da atividade delituosa e sua melhor adequação ao tipo de
pena a ser aplicada. SANTOS NETO, 2015.

4.1 - Prestação Pecuniária

Na fixação da prestação pecuniária, deverá o juiz dar prioridade ao pagamento à


vítima ou seus dependentes, não podendo determinar que o valor seja repassado a
entidades públicas ou privadas na hipótese de existir aqueles. As entidades poderá
ocorrer na hipótese de inexistência de vítima determinada ou determinável. Se,
porventura, vier a ocorrer uma reparação civil, o valor pago à vítima ou a seus
dependentes deverá ser deduzido no valor um salário mínimo nem superior a 360
(trezentos e sessenta) salários mínimos. SANTOS NETO, 2015.

Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo anterior, proceder-se-á na


forma deste e dos arts. 46, 47 e 48. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998):
§ 1o A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a
seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de
importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360
(trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de
eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários.
(Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998);

§ 2o No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a


prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza. (Incluído pela
Lei nº 9.714, de 1998);

§ 3o A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á,


ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu
valor terá como teto – o que for maior – o montante do prejuízo causado ou do
provento obtido pelo agente ou por terceiro, em conseqüência da prática do crime.
(Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998).

4.2 - Prestação de Serviços à Comunidade ou Entidades Públicas

Da leitura do artigo, inferimos ser a pena aplicável apenas às condenações cuja


pena privativa de liberdade seja superior a seis meses. O seu cumprimento será
feito nas instituições relatadas no §2° do artigo supratranscrito, devendo o juiz, na
aplicação da pena, ponderar para as aptidões do condenado. SANTOS NETO,
2015.

Escrito no Art. 46 à prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é


aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade.
(Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)

§ 1o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste


na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. (Incluído pela Lei nº 9.714, de
1998)

§ 2o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais,


hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas
comunitários ou estatais. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão atribuídas conforme as aptidões do
condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de
condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho.
(Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)

§ 4o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado


cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da
pena privativa de liberdade fixada. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)

4.3 - Interdição Temporária de Direitos

A interdição temporária de direitos admite cinco formas de aplicação, segundo o


Código Penal Brasileiro. São elas: proibição do exercício de cargo, função ou
atividade pública, bem como de mandato eletivo; proibição do exercício de profissão,
atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização
do poder público; suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo;
proibição de freqüentar determinados lugares; proibição de inscrever-se em
concurso, avaliação ou exame público. MONTENEGRO, 2013.

É normatizada no Art. 47, as penas de interdição temporária de direito, A Lei nº


7.209/84:

I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de


mandato eletivo; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de


habilitação especial, de licença ou autorização do poder público;(Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. (Redação


dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

IV – proibição de freqüentar determinados lugares. (Incluído pela Lei nº 9.714,


de 1998)

V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame públicos.


(Incluído pela Lei nº 12.550, de 2011)

4.4 – Limitação de Fim de Semana


Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos
sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado ou outro
estabelecimento adequado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984),
MONTENEGRO, 2013.

Parágrafo único - Durante a permanência poderão ser ministrados ao


condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

STJ Súmula 588 - A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com
violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da
pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. (Súmula 588, TERCEIRA
SEÇÃO, julgado em 13/09/2017, DJe 18/09/2017), STJDF, 2018.

4.5 - Perda de Bens e Valores

A perda de bens e valores dar-se-á em favor do Fundo Penitenciário Nacional. Tal


perda não poderá ultrapassar o valor do prejuízo causado pela infração penal ou do
proveito obtido pelo agente. Cabe-se ressaltar que tal modalidade está quase em
desuso, tendo-se a ela sido levantadas numerosas críticas, destacando-se a mais
feroz pela sua associação a uma pena de confisco. SANTOS NETO, 2015.

5 – CONCLUSÃO

Concluímos apontado as Penas Privativas de Direito, como um dos instrumentos do


Direito Penal para aplicação da Pena, é uma forma de oportunizar uma oportunidade
ao condenado de entender o peso da lei, pode ser utilizado como instrumento de
ressocialização e recuperação, desde de que seja bem aplicado e em conformidade
com as normas exigidas. Outra vantagem este como solução a crise do nosso
sistema prisional. MONTENEGRO, 2013.

Hellen Renata Santos Neto defende que as restrições de liberdade deve ser
encarada como exceção, O CNJ promove que se empregue em todo seu potencial
esta penas alternativas, indicando uma solução plausível e eficaz para reprimir o ato
ilícito. SANTOS NETO, 2015.

6 - BIBLIOGRAFIA

CNJ - Conselho Nacional de Justiça. Publicado em 16 de setembro de 2013, no


endereço: https://www.cnj.jus.br/condenados-a-pena-restritiva-de-direito-nao-devem-
ser-beneficiarios-de-indulto-defende-cnj/, Visto 28/08/2020.

TJDFT – Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Pena privativa de


liberdade x Pena restritiva de direitos. Publicado no ano de 2018, no endereço:
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-
facil/edicao-semanal/pena-privativa-de-liberdade-x-pena-restritiva-de-direitos, Visto
28/08/2020.

QUINTINO, Eudes, Jusbrasil, Regime Aberto: Prisão Domiciliar X Casa do


Albergado. Publicado no ano de 2011, no endereço:
https://eudesquintino.jusbrasil.com.br/artigos/121823069/regime-aberto-prisao-
domiciliar-x-casa-do-albergado, Visto 30/08/2020.

CÓDIGO PENAL, SENADO FEDERAL, atualizado em abril de 2017, Visto


31/08/2020.

MPPR – MINISTÉRIO PUBLICO DO PARANÁ. Pena privativa de liberdade x Pena


restritiva de direitos. Publicado em 15 de agosto de 2013, no endereço:
http://criminal.mppr.mp.br/pagina-954.html, visto em 31/08/2020.

SANTOS NETO, Hellen Renata, JUZ. Penas Restritivas de Direitos, publicado em


agosto de 2015, no endereço: https://jus.com.br/artigos/41637/penas-restritivas-de-
direitos, visto 31/08/2020.

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