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30/10/2020 Pierre Bourdieu – Wikipédia, a enciclopédia livre

Pierre Bourdieu
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Pierre Félix Bourdieu (Denguin, França, 1 de agosto


de 1930 — Paris, França, 23 de janeiro de 2002) foi um
Pierre Bourdieu
sociólogo francês.

De origem campesina, filósofo de formação, foi docente


na École de Sociologie du Collège de France.
Desenvolveu, ao longo de sua vida, diversos trabalhos
abordando a questão da dominação e é um dos autores
mais lidos, em todo o mundo, nos campos da
antropologia e sociologia, cuja contribuição alcança as
mais variadas áreas do conhecimento humano, discutindo
em sua obra temas como educação, cultura, literatura,
arte, mídia, linguística e política. Também escreveu muito
sobre a sociologia da Sociologia. A sociedade cabila, na
Argélia, foi o palco de suas primeiras pesquisas. Seu
primeiro livro, Sociologia da Argélia (1958), discute a
organização social da sociedade cabila e, em particular,
como o sistema colonial interferiu na sociedade cabila, em
suas estruturas e desculturação. Dirigiu, por muitos anos,
a revista Actes de la recherche en sciences sociales e
presidiu o CISIA (Comitê Internacional de Apoio aos Bourdieu em 1969
Intelectuais Argelinos), sempre se posicionado
Nascimento 1 de agosto de 1930
claramente contra o liberalismo e a globalização. Denguin, França
O mundo social, para Bourdieu, deve ser compreendido à Morte 23 de janeiro de 2002 (71 anos)
luz de três conceitos fundamentais: campo, habitus e Paris, França
capital. Sepultamento cemitério do Père-Lachaise
Nacionalidade Francês
Cidadania França
Índice Cônjuge Marie Claire Brizard
Biografia Filho(s) 3

Teoria social Alma mater École pratique des hautes


études
Construtivismo estruturalista ou estruturalismo
construtivista Ocupação sociólogo

Bourdieu e a educação Prémios Medalha de Ouro CNRS (1993)

Obras Empregador École des hautes études en


sciences sociales, Collège de
A Dominação Masculina France, Faculdade de Artes de
O Senso Prático Paris, École des hautes études
en sciences sociales,
Sobre a Televisão Universidade de Lille,
La reproduction
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30/10/2020 Pierre Bourdieu – Wikipédia, a enciclopédia livre

Outros textos Universidade de Paris,


Universidad de Lille 1
Ver também
Ideologia altermundialismo, Terceira
Notas e referências política posição
Notas Causa da carcinoma de células pequenas
Referências morte

Ligações externas [edite no Wikidata]

Biografia
Nascido em uma família campesina, ingressou, no ano de 1951, na Faculdade de Letras, em Paris, na
Escola Normal Superior e ,em 1954, graduou-se em filosofia, assumindo um cargo de professor
secundário em Moulins, Allier. Após prestar o serviço militar na Argélia, assumiu, em 1958, o cargo de
professor assistente na Faculdade de Letras em Argel, quando iniciou sua pesquisa acerca da sociedade
cabila. Em 1960, torna-se assistente de Raymond Aron na Faculdade de Letras de Paris e principia seus
estudos a respeito do celibato na região de Béarn. Ainda em 1960, integrou-se ao Centro de Sociologia
Europeia, do qual tornou-se secretário geral em 1962.

Ao longo das décadas de 1960 a 1980, desenvolveu farta obra, contribuindo significativamente para a
formação do pensamento sociológico do século XX. Na década de 1970, estendeu sua atividade docente a
destacadas instituições estrangeiras, como as universidades de Harvard e Chicago e o Instituto Max
Planck de Berlim. Em 1982, ministrou sua aula inaugural (Lições de Aula) no Collège de France
(instituição que três anos mais tarde se associou ao Centro de Sociologia Europeia), propondo uma
"sociologia da sociologia", constituída de um olhar crítico sobre a formação do sociólogo como censor e
detentor de um discurso de verdade sobre o mundo social. Nesse sentindo, tal aula inaugural encontra-
se com a ministrada por Barthes (A aula) e Foucault (A Ordem do Discurso), privilegiando a discussão
acerca do saber acadêmico. É consagrado doutor honoris causa das universidades Livre de Berlim
(1989), Johann-Wolfgang-Goethe de Frankfurt (1996) e Atenas (1996). Morreu em Paris, depois de
finalizar um curso sobre sua própria produção acadêmica, que servirá de fundamento a seu último livro,
Esboço para uma autoanálise.

Teoria social
Na agenda teórica proposta à teoria sociológica contemporânea, alguns elementos merecem destaque: a
releitura dos clássicos, a construção de conceitos e a postura crítica do intelectual diante de uma tomada
de posicionamento político, os quais amalgamados em sua discussão sociológica.

Ao compor, por exemplo, a ideia de campo, Bourdieu dialoga com a ideia de esferas, proposta por Max
Weber, e, ainda, com o conceito de classe social de Marx.

É possível entender o conceito campo como uma rede de relações, uma noção que assinala a autonomia
de afluências e disputas internalizadas, um verdadeiro espaço estruturado de tomada de posições, em
que os agentes inseridos nele estão em constante debate e concorrência pelos despojos e insígnias das
vitórias desse processo. Também, pode-se pensar em sua utilidade como uma chave de estudo das
dominações e práticas específicas de um determinado espaço social. Esse espaço equivale-se a um campo
específico – por exemplo, jornalístico, literário, econômico, cultural, educacional, científico, entre tantos
outros –, no qual é demarcada a posição social dos agentes e onde eles também se revelam.[1]

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Construtivismo estruturalista ou estruturalismo


construtivista

Bourdieu, permitindo ter seu pensamento rotulado, adota como


nomenclatura o construtivismo estruturalista ou estruturalismo
construtivista.

Essa postura consiste em admitir que existe, no mundo social,


estruturas objetivas que podem dirigir, ou melhor, coagir a ação e a
representação dos indivíduos, dos chamados agentes. No entanto,
tais estruturas são construídas socialmente, assim como os
esquemas de ação e pensamento, chamados por Bourdieu de
habitus.

Bourdieu tenta fugir da dicotomia subjetivismo/objetivismo dentro


das ciências humanas. Rejeita tanto trabalhar no âmbito do
fisicalismo, considerando o social enquanto fatos objetivos, como no Túmulo de Bourdieu no Cemitério
do psicologismo, o que seria a "explicação das explicações". do Père Lachaise.

O momento objetivo e subjetivo das relações sociais estão numa


relação dialética. Existem realmente as estruturas objetivas que coagem as representações e ações dos
agentes, mas estes, por sua vez, na sua cotidianidade, podem transformar ou conservar tais estruturas,
ou almejar a tanto.

A verdade da interação nunca está totalmente expressa na maneira como ela se nos apresenta
imediatamente. Uma das mais importantes questões na obra de Bourdieu se centraliza na análise de
como os agentes incorporam a estrutura social, ao mesmo tempo que a produzem, legitimam e
reproduzem. Nessa perspectiva, é pertinente afirmar que ele dialoga com o Estruturalismo, ao mesmo
tempo que pensa em que espécie de autonomia os agentes detêm. Bourdieu, então, se propõe a superar
tanto o objetivismo estruturalista quanto o subjetivismo interacionista (fenomenológico, semiótico).

Bourdieu e a educação
Bourdieu dedicou parte significativa de seus mais de 40 anos de vida acadêmica aos estudos no campo
da educação, tendo exercido influência em gerações de intelectuais de diversas áreas, mas
principalmente aos que se dedicaram a estudos sobre educação.[2] Inicialmente, tais estudos estiveram
principalmente concentrados em demonstrar os mecanismos escolares de reprodução cultural e social e
as “estratégias” do sistema escolar para diferentes agentes e grupos sociais. O sociólogo sempre manteve
uma concepção pessimista em relação à escola e ao sistema educacional, uma vez que ele entendia como
uma grande ilusão afirmar que o sistema escolar é um facilitador da mobilidade social, quando ,na
verdade, na escola se demonstra como o ambiente onde todas diferenças de classes não são atenuadas e
assim coopera com a conservação social. São essas noções que posteriormente fundamentam afirmações
sobre a legitimidade das desigualdades sociais e meritocracia.[3][4]

Obras
Entre as obras de Bourdieu traduzidas para o português, contam-se:

Bertrand Brasil, 1999.


A Dominação Masculina, Rio de Janeiro,

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Sobre a Televisão, Rio de Janeiro: Jorge A Produção da Crença: contribuição para uma
Zahar, 1997. economia dos bens simbólicos, Porto Alegre,
O Senso Prático, Petrópolis, Vozes, 2009 Editora Zouk, 2001
A Reprodução: elementos para uma teoria do As Estruturas Sociais da Economia, Lisboa:
sistema de ensino, Lisboa: Editorial Vega, Instituto Piaget, 2001
1978 Lições da Aula: aula inaugural proferida no
Questões de Sociologia, Lisboa: Fim de Collége de France em 23 de abril de 1982. São
Século, 2003 Paulo: Ática, 2001.
O Que Falar Quer Dizer: a economia das Esboço de Uma Teoria da Prática, Precedido
trocas simbólicas, Algés: Difel, 1998. de Três Estudos de Etnologia Cabila, Oeiras:
A Economia das Trocas Simbólicas, São Celta Editora, 2002
Paulo, Editora Perspectiva S.A., 2003 O Amor Pela Arte: museus de arte na europa e
seu público, Porto Alegre, Editora Zouk, 2003
O Poder Simbólico, Rio de Janeiro, Bertrand
Brasil, 1992. A Miséria do Mundo. Petrópolis: Vozes, 2003.
As Regras da Arte: génese e estrutura do Esboço para uma Autoanálise, Lisboa :
campo literário, Lisboa: Presença, 1996 Edições 70, 2004
Razões Práticas: Sobre a teoria da ação, Para uma Sociologia da Ciência, Lisboa:
Campinas, Papirus Editora, 1996 Edições 70, 2004 (Trad. de: Science de la
science et reflexivité)
Razões Práticas: sobre a teoria da acção,
Oeiras: Celta Editora, 1997 Os Usos Sociais da Ciência: por uma
Contrafogos: táticas para resistir à invasão sociologia clínica do campo científico. São
neoliberal. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. Paulo: Editora UNESP, 2004.
Meditações Pascalianas, Rio de Janeiro, Ofício de Sociólogo: metodologia da pesquisa
Bertrand Brasil, 2001. na sociologia. Petrópolis: Vozes, 2004. (em
colaboração com Jean-Claude Chamboredon e
Contrafogos 2: por um movimento social Jean-Claude Passeron.)
europeu. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
A Distinção: crítica social do julgamento, Porto
Alegre, Editora Zouk, 2007.

A Dominação Masculina

A Dominação Masculina (La domination masculine, em francês) é um livro escrito pelo sociólogo
Pierre Bourdieu e publicado em 1998 pela Éditions du Seuil. No Brasil, a obra foi publicado pela editora
Bertrand Brasil.[5]

No livro, Bourdieu desenvolve uma análise sociológica das relações sociais entre os sexos, e procura
explicar as causas da persistência da dominação dos homens sobre as mulheres em todas as sociedades
humanas. livro foi criticado por sua ênfase unilateral na introjeção da dominação masculina pelas
próprias mulheres, negligência aos aspectos de resistência e desconsideração da extensa bibliografia dos
estudos de gênero e da teoria feminista.[6]

O Senso Prático

O Senso Prático (Le sens pratique) é um livro escrito pelo sociólogo Pierre Bourdieu, publicado em
1980. Foi publicado no Brasil pela Editora Vozes.[7]

Sobre a Televisão

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Sobre a Televisão (Sur la télévision, no original em francês) é um livro de 1996, escrito pelo sociólogo
Pierre Bourdieu, e publicado no Brasil por Jorge Zahar Editor.[8]

La reproduction

A reprodução[nota 1] (em francês: La reproduction) é título de uma obra de sociologia publicada em


1970.

Nesta obra co-escrita por Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron, é desenvolvida uma teoria geral da
violência simbólica legítima.

Outros textos
BONNEWITZ, Patrice. Primeiras lições sobre a sociologia de P. Bourdieu. Rio de Janeiro:
Petrópolis, 2003.
BOURDIEU, Pierre. Pierre Bourdieu entrevistado por Maria Andréa Loyola. Rio de Janeiro: EdUERJ,
2002.
BOURDIEU, Pierre e MICELI, Sergio (orgs.) Liber 1. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 1997.
ORTIZ, Renato. Pierre Bourdieu: Sociologia. São Paulo: Ática, 1983.

Ver também
Construtivismo Crítico
Capital simbólico

Notas e referências

Notas
1. O título original completo é: La Reproduction. Éléments pour une théorie du système
d'enseignement. Ed. Minuit, 1970. Na tradução portuguesa: A Reprodução: Elementos para uma
teoria do sistema de ensino.

Referências
1. SACOMAN, Mateus Barroso (30 de setembro de 2019). «Vargas Llosa, sob as perspectivas de
campo e habitus» (https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/14676/12230).
Temporalidades – Revista de História. Consultado em 2 de outubro de 2019
2. Ana Paula Hey e Afrânio Mendes Catani,Bourdieu e a educação (http://revistacult.uol.com.br/home/2
010/03/bourdieu-e-a-educacao/) Arquivado em (https://web.archive.org/web/20131210181305/http://r
evistacult.uol.com.br/home/2010/03/bourdieu-e-a-educacao/) 10 de dezembro de 2013, no Wayback
Machine., Site da Revista Cult, 31/04/2014
3. NOGUEIRA, Maria Alice & NOGUEIRA, Claúdio M. Martins. Bourdieu & a Educação, p.49 a 60,
Autêntica Editora, 2014
4. BOURDIEU, P. A Escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In: Escritos de
educação. Organizadores Maria Alice Nogueira e Afrânio Catani. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007, p. 41-
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_Bourdieu 5/6
30/10/2020 Pierre Bourdieu – Wikipédia, a enciclopédia livre

64.
5. «O CORPO COMO CAPITAL: PARA COMPREENDER A CULTURA BRASILEIRA» (https://web.arch
ive.org/web/20151004100336/http://boletimef.org/biblioteca/1930/artigo/BoletimEF.org_O-corpo-com
o-capital-para-compreender-a-cultura-brasileira.pdf) (PDF). Arquivos em Movimento. Boletimef.org.
2006. 9 páginas. Consultado em 7 de julho de 2012. Arquivado do original (http://boletimef.org/bibliot
eca/1930/artigo/BoletimEF.org_O-corpo-como-capital-para-compreender-a-cultura-brasileira.pdf)
(PDF) em 4 de outubro de 2015. "BOURDIEU, P. A Dominação Masculina. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1999."
6. Mariza Corrêa, "O sexo da dominação". Novos Estudos Cebrap", n. 54, 1999.
7. «A Escola e a Reprodução das Desigualdades Sociais» (http://www.sigeventos.com.br/jepex/inscrica
o/resumos/0001/R1889-1.PDF) (PDF). sigeventos.com.br. 3 páginas. Consultado em 7 de julho de
2012. "BOURDIEU, P. O senso prático. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2009."[ligação inativa]
8. «Educação online» (http://books.google.com.br/books?id=-Cyr1pX0kGoC&lpg=PA185&ots=oB4u3Ry
1Mp&dq=%22sobre%20a%20televis%C3%A3o%22%20bourdieu&lr=lang_pt&hl=pt-BR&pg=PA200#
v=snippet&q=bourdieu&f=false). Google Books. 200 páginas. Consultado em 9 de julho de 2012

Ligações externas
A engenhosa razão imperialista (https://web.archive.org/web/20151224061805/http://www.loicwacqu
ant.net/assets/Papers/CUNNINGIMPERIALISTREASON.pdf), por Pierre Bourdieu
«HyperBourdieu© WorldCatalogueHTM» (http://hyperbourdieu.jku.at) (em alemão, inglês, espanhol,
e francês). (Bibliografia completa do autor)
«Os óculos de Bourdieu» (http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/showNews/iq05062000.
htm). Observatório da Imprensa
«Putting habitus in its place: rejoinder to the symposium» (http://www.loicwacquant.net/assets/Recen
t-Papers/PUTTINGHABITUSPLACE-final.pdf) (PDF) (em inglês). Loïc Wacquant sobre o conceito de
habitus
Bourdieu, a herança sociológica, Maria Drosila Vasconcellos (http://www.scielo.br/pdf/es/v23n78/a06
v2378.pdf)
Pierre Bourdieu: a teoria na prática, Hermano Roberto Thiry Cherques (http://www.scielo.br/pdf/rap/v
40n1/v40n1a03.pdf)

Precedido por Medalha de Ouro CNRS Sucedido por


Jean-Pierre Changeux 1993 Claude Allègre

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