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Aula 11

Português p/ PG-DF (Todos os Cargos)


Com Videoaulas - Pós-Edital

Autor:
Décio Terror Filho
Aula 11

9 de Janeiro de 2020

12408552737 - Thamirys Figueredo Evangelista


Décio Terror Filho
Aula 11

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS.


Sumário

1 – Princípios Gramaticais .................................................................................................................................. 2

1 – Pronomes pessoais ........................................................................................................................................ 4

1 – Pronomes pessoais do caso reto ............................................................................................................... 4

2 – Pronomes pessoais do caso oblíquo ......................................................................................................... 4

a) Pronomes pessoais oblíquos átonos ........................................................................................................


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Colocação dos pronomes oblíquos átonos ................................................................................................ 10

Ênclise ........................................................................................................................................................ 10

Próclise ...................................................................................................................................................... 10

Mesóclise ................................................................................................................................................... 12

Valor do pronome oblíquo átono “se” ...................................................................................................... 15

b) Pronomes pessoais oblíquos tônicos ...................................................................................................... 23

2 – Demais pronomes ....................................................................................................................................... 25

1 – Pronomes indefinidos .............................................................................................................................. 25

2 – Pronomes possessivos .............................................................................................................................. 27

3 – Pronomes demonstrativos ........................................................................................................................ 28

4 – Pronomes interrogativos ......................................................................................................................... 30

5 – Pronomes de tratamento......................................................................................................................... 31

6 – Pronomes relativos .................................................................................................................................. 32

3 – Lista de questões ........................................................................................................................................ 59

4 – Gabarito .................................................................................................................................................... 71

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Olá, pessoal!

Nesta aula, falaremos das classes de palavras!

Mas, para entendermos as classes de palavras, vamos observar alguns princípios gramaticais.

1 – PRINCÍPIOS GRAMATICAIS
Nesta aula, trabalharemos os pronomes!

Nossa metodologia nesta aula será um pouquinho diferente.

A cada parte da teoria, resolveremos uma ou outra questão do CESPE para ilustrarmos a cobrança
em prova, e isso terá um efeito didático importante no ponto específico da aula. Tais questões não terão
numeração, nem ano de aplicação da prova.

Depois de vermos toda a teoria, teremos o treinamento e aprofundamento com mais questões da
banca CESPE já com numeração e ano de aplicação da prova.

Tais questões propositalmente não seguem a ordenação dos assuntos que vimos. Elas estão dispostas
de forma aleatória, como um aprofundamento.

Vamos à primeira parte da aula:

Pronomes

O pronome é a classe gramatical que é empregada para substituir ou acompanhar um nome. É


considerado um elemento de coesão, pois retoma ou projeta nomes no texto. Veja:

Ana Clara realizou uma prova ontem. Ela não havia levado seu material de estudo, então pediu
a um amigo que morava perto de sua casa que o trouxesse à faculdade, pois todo o resumo se
encontrava nele.

Perceba que o pronome pessoal “Ela” retomou “Ana Clara”. O pronome possessivo “seu”, além de
fazer subentender a preposição “de”, retoma “Ela” (=material dela). O pronome relativo “que” se refere ao
vocábulo “amigo” (amigo morava...). O pronome “sua” novamente retoma “Ela” (casa dela). Os pronomes
“o” e “nele” fazem referência à expressão “material de estudo”.

Com isso, podemos perceber o papel crucial dos pronomes na retomada de palavras. Essa referência
ao que foi dito anteriormente é chamada de recurso anafórico ─ recurso muito utilizado.

Mas ele também pode projetar o sentido, isto é, fazer uma abertura para depois inserir o elemento.
Veja:

Ana já soube de sua nota: cinco.

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A nota de Ana foi esta: cinco.

Preciso de algo: descanso.

Chamamos isso de recurso catafórico. Não temos que decorar os nomes, mas saber identificar a
quem o nome se refere, quem ele retoma e quem ele projeta. Para tal, basta lermos com calma o texto e
confirmarmos os dados nele.

Verifique essa coesão referencial em um texto da prova de Analista de Finanças e Controle (STN)
2008:

O Brasil vive hoje seu primeiro momento plenamente democrático.


Todas as experiências anteriores ou foram autoritárias ou tinham
algumas características da democracia, mas não a realizavam por
completo. Boa parte desse resultado político se deve à Constituição
de 1988, num sentido mais amplo que as regras por ela
determinadas. Além do arcabouço institucional original, o espírito
quer norteou a confecção do texto democratizantes na vida política
brasileira. Ainda há, no plano da cidadania, distância entre Brasil
legal e o Brasil real. As formas de participação extraeleitoral ainda
são subaproveitadas. Grande parte da população não as usa.

(CESPE / Assembleia Legislativa ES nível superior)

Fragmento de texto: Em milênios de filosofia, só dois filósofos quebraram as fronteiras da academia para
que seus nomes gerassem adjetivos conhecidos de todos, até de quem não sabe quem eles foram: Platão e
Maquiavel. Todos ouvimos falar em amor platônico ou em pessoas maquiavélicas. Não interessa que os
especialistas se irritem porque Maquiavel não foi maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma
marca no imaginário social.

Na linha 7, o pronome “ele” refere-se a “Platão”, o referente mais próximo.

Comentário: O pronome pessoal “ele” também trabalha a coesão referencial anafórica. Assim retoma
palavra expressa anteriormente, e não posteriormente, como a questão faz subentender.

Assim, o substantivo retomado foi “Maquiavel”, e não “Platão”.

Gabarito: E

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Bom, vimos a aplicação do pronome como elemento anafórico ou catafórico. Agora, vamos estudar
algumas nomenclaturas importantes do pronome e seu emprego.

1 – PRONOMES PESSOAIS
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: quem fala
(locutor), com quem se fala (interlocutor) e de quem se fala (referente).

1 – Pronomes pessoais do caso reto

São os que desempenham a função sintática de sujeito da oração, vocativo e predicativo. São os
pronomes eu, tu, ele (ela), nós, vós, eles (elas).

Eu sou professor. O professor sou eu.


Tu és professor. O professor és tu. Tu, não deixes de estudar!
Ele é professor. O professor é ele.
Nós somos professores. Os professores somos nós.
Vós sois professores. Os professores sois vós. Vós, aceitai a reprimenda.
Eles são professores. Os professores são eles.
sujeito predicativo vocativo

2 – Pronomes pessoais do caso oblíquo

São os que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto),
complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal.

Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que não são antecedidos por
preposição, e os tônicos, precedidos por preposição.

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a) Pronomes pessoais oblíquos átonos: são os seguintes: “me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os,
as, lhes”. Eles podem exercer diversos valores morfossintáticos nas orações:

Objeto direto: “me, te, se, o, a, nos, vos, os, as”.

Ana informou-me do ocorrido.

Ana informou-te do ocorrido.

Ana informou-se do ocorrido.

Ana informou-o (a) do ocorrido.

Ana informou-nos do ocorrido.

Ana informou-vos do ocorrido.

Ana informou-os (as) do ocorrido.


sujeito VTDI + OD + OI

Se o verbo termina com as nasalizações “m”, ou “õe”; os pronomes o, a, os, as transformam-se em


no, na, nos, nas.

Quando encontrarem o material, tragam-no até mim.

Os sapatos, põe-nos fora, para aliviar a dor.

Se o verbo termina em “r”, “s” ou “z”; excluem-se essas terminações, e os pronomes o, a, os, as
mudam para lo, la, los, las.

Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim.


deverão trazer + as deverão trazê-las

As apostilas, perde-las toda semana. (sujeito oculto “tu”)


perdes + as perde-las

As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade.


seduz + as sedu-las

Independentemente da predicação verbal, se o verbo termina em “-mos”, seguido de “nos” ou de


“vos”, retira-se a terminação “-s”.

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Encontramo-nos ontem à noite.

Solicitamo-vos a acolhida nesta noite.

Objeto Indireto: “me, te, se, lhe, nos, vos, lhes”. (valor sintático)

Ana informou-me o ocorrido.

Ana informou-te o ocorrido.

Ana informou-lhe o ocorrido.

Ana informou-nos o ocorrido.

Ana informou-vos o ocorrido.

Ana informou-lhes o ocorrido.

Ana revoga-se o direito de ficar calada.


sujeito VTDI + OI + OD + oração subordinada substantiva completiva
nominal

Se o verbo for transitivo indireto terminado em “s”, seguido de lhe, lhes, não se retira a terminação
“-s”.

Obedecemos-lhe cegamente.

Complemento nominal: “me, te, lhe, nos, vos, lhes”.

Vemos na aula de sintaxe da oração que o complemento nominal é o termo que é exigido pelo nome.
Assim, note que o substantivo “respeito” exigiu os complementos nominais que estão em negrito abaixo:

(você) Tenha-me respeito. Tenha respeito a mim.


(eu) Tenho-te respeito. Tenho respeito a ti.
(eu) Tenho-lhe respeito. Tenho respeito a ele.
(você) Tenha-nos respeito. Tenha respeito a nós.
(eu) Tenho-vos respeito. Tenho respeito a vós.
(eu) Tenho-lhes respeito. Tenho respeito a eles.
sujeito VTD + CN + OD VTD + OD + CN

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Valor de posse (algo de alguém): “me, te, lhe, nos, vos, lhes”.

Algumas gramáticas determinam a esses pronomes a função de adjunto adnominal, outras, objeto
indireto. Para concurso, basta entender o valor de posse.

Doem-me as pernas. (As minhas pernas doem.)

Doem-te as pernas. (As tuas pernas doem.)

Doem-lhe as pernas. [As suas pernas doem. As pernas dele(dela) doem.]

Doem-nos as pernas. (As nossas pernas doem.)

Doem-vos as pernas. (As vossas pernas doem.)

Doem-lhes as pernas. [As suas pernas doem. As pernas deles(delas) doem.]

Sujeito acusativo: Os pronomes que funcionam como sujeito acusativo são “me, te, se, o, a, nos, vos,
os, as”, quando estiverem em um período composto formado pelos verbos “fazer, mandar, ver, deixar, sentir
ou ouvir”, e um verbo no infinitivo ou no gerúndio. Esses são os verbos causativos e sensitivos, os quais foram
mencionados quando estudamos as peculiaridades das orações subordinadas substantivas objetivas diretas.

Ex. Deixei-a entrar atrasada.

Mandaram-me conversar com o diretor.

(CESPE / Assistente de Chancelaria nível superior) Julgue a frase abaixo quanto à correção gramatical.

Já que eu não posso amar ela, vou procurar outro amor.

Comentário: O vocábulo “ela”, dependendo de seu valor sintático, poderá ser pronome pessoal do caso reto
ou oblíquo tônico. Como este pronome está na função de objeto direto, deve ser substituído por “a”, com
as devidas adaptações: “amá-la”. Porém, esta estrutura pode despertar um desprestígio linguístico,
produzindo a pronúncia (a mala), em determinados contextos causando até ambiguidade. Por isso, é
relevante posicionar esse pronome átono antes do verbo “posso”: “eu não a posso amar”.

Gabarito: E

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(CESPE / Assistente de Chancelaria nível superior) Ao escrever um texto, determinado profissional produziu
a frase:

A inflação é a maior inimiga da Nação. É meta prioritária do governo eliminá-la.

O profissional poderia substituir “eliminá-la” por eliminar-lhe, e, dessa forma, a frase estaria mais
bem formulada e de acordo com a escrita padrão.

Comentário: O verbo “eliminar” é transitivo direto e “-la” é o objeto direto, corretamente empregado. A
referida substituição implicaria erro gramatical, pois o pronome “lhe” nunca ocupará a função de objeto
direto.

Gabarito: E

(CESPE / TRE - ES Técnico)


Fragmento de texto: No artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, dispôs a Carta Magna
de 1988: “Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é
reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.” Era o
reconhecimento de um direito.

Em “emitir-lhes”, o pronome exerce a função de objeto direto.

Comentário: O pronome “lhes” não pode ocupar a função sintática de objeto direto. Neste contexto, sua
função é de objeto indireto.

Gabarito: E

(CESPE / FUB Técnico)


Fragmento de texto: O Teach for America consegue atrair os mais talentosos alunos para a docência
oferecendo-lhes algo bem concreto. Depois de dois anos no papel de professor de escola pública — tempo
mínimo de estada no programa —, esses jovens ingressam quase que automaticamente em algumas das
maiores empresas americanas, com as quais o Teach for America estabeleceu uma produtiva parceria.

O pronome “lhes” poderia ser substituído por os, sem prejuízo da correção gramatical do texto, dada a
possibilidade de dupla regência do verbo oferecer.

Comentário: O verbo “oferecendo” é transitivo direto e indireto. Seu objeto direto é “algo” e o objeto
indireto é “lhes”. Assim, este não pode ser substituído por “os”.

Gabarito: E

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(CESPE / TRE - MA Analista)


Fragmento do texto: Ser cidadão, perdoem-me os que cultuam o direito, é ser como o Estado, é ser um
indivíduo dotado de direitos que lhe permitem não só se defrontar com o Estado, mas afrontar o Estado. O
cidadão seria tão forte quanto o Estado. O indivíduo completo é aquele que tem a capacidade de entender o
mundo, a sua situação no mundo e que, se ainda não é cidadão, sabe o que poderiam ser os seus direitos.

Estaria garantida a obediência às regras de regência verbal, caso se substituísse a expressão “afrontar o
Estado” por afrontar-lhe.

Comentário: O verbo “afrontar” é transitivo direto, então só cabe objeto direto, por isso não se utiliza o
pronome “-lhe” (objeto indireto), mas o pronome “lo” (objeto direto) (imposição do “L” pela retirada do “r”
final do verbo). Verifique que esta troca pode ser feita porque a palavra “Estado” já havia sido expressa no
texto.

Gabarito: E

(CESPE TRE - MA Analista)


Fragmento do texto: Ser cidadão, perdoem-me os que cultuam o direito, é ser como o Estado, é ser um
indivíduo dotado de direitos que lhe permitem não só se defrontar com o Estado, mas afrontar o Estado. O
cidadão seria tão forte quanto o Estado. O indivíduo completo é aquele que tem a capacidade de entender o
mundo, a sua situação no mundo e que, se ainda não é cidadão, sabe o que poderiam ser os seus direitos.

A substituição da expressão “capacidade de entender o mundo” por capacidade de entendê-lo mantém a


coesão e a coerência do texto, além de conferir ao período maior concisão.

Comentário: Observe que a expressão “o mundo” é objeto direto do verbo “entender”. É gramaticalmente
correta a substituição; porém, textualmente, deve-se observar que o recurso de se substituir um substantivo
por um pronome oblíquo ocorre quando esse substantivo está sendo repetido; no entanto, a palavra
“mundo” não havia sido expressa no texto anteriormente, e sua substituição causaria uma incoerência no
texto.

Ficou com dúvida? Pense nesta frase iniciando um texto:

Ela chegou tarde hoje.

Ela quem? Para que esse pronome tenha coesão e coerência no texto, deve-se substituir um substantivo
escrito anteriormente no texto:

Margarida saiu às cinco horas da manhã. Ela chegou tarde hoje.


Agora se sabe quem é ela: Margarida.
Gabarito: E

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Colocação dos pronomes oblíquos átonos

Numa relação frasal, muitas vezes há dúvida quanto ao posicionamento desses pronomes, que
podem ficar antes do verbo (próclise), no meio dele (mesóclise) e depois dele (ênclise).

a. Em relação a um só verbo:

A estrutura básica da oração é o sujeito (S), verbo (V) e complemento (O). Essa é a sequência natural,
pois é mais prático ao falante concordar o verbo com o sujeito que já foi dito. Os pronomes pessoais oblíquos
átonos ocupam a função de complemento (representado adiante por “O”). Então, façamos a seguinte
depreensão:

S V O
oblíquo
átono

ênclise

Ênclise: o pronome surge após o verbo. Pode ser considerada a colocação básica do pronome,
pois obedece à sequência verbo-complemento. Na língua culta, é observada no início das frases ou quando
não houver palavra que atraia esse pronome:

Apresento-lhe meus cumprimentos. Contaram-te tudo?

Joana cansou-se de tanto andar.

Observação: deve-se ter em mente que não se inicia oração com pronome oblíquo átono: estão erradas as
construções “Me disseram assim.”, o ideal é “Disseram-me assim.”

Próclise: o pronome surge antes do verbo, porque há uma palavra que o atrai, chamada palavra
atrativa, ou se houver conveniência eufônica:

S O V
oblíquo
átono

próclise
Não nos mostraram nada. Nada me disseram.

a) São palavras atrativas: advérbios¹, pronomes relativos², interrogativos³, conjunções subordinativas 4 e,


normalmente, as negações5:

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Sempre¹ se encontram.

É a pessoa que² nos orientou.

Quem³ te disse isso?

Nada foi feito, embora4 se conhecessem as consequências da omissão.

Não5 me falaram nada a respeito disso.

b) Se, após a palavra atrativa houver pausa (vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos etc), a atração perde força
e o pronome deve posicionar-se após o verbo:

Não nos falaram a verdade. Não, falaram-nos a verdade.

Agora nos fale a verdade. Agora, fale-nos a verdade.

c) O pronome átono, não inicial, pode vir antes da palavra negativa:

“...descia eu para Nápoles a busca de sol que o não havia nas terras do norte.”

d) A colocação pronominal enclítica ocorre por força gramatical, porém os autores modernos têm optado
pela próclise, mesmo não havendo palavra atrativa, haja vista o processo eufônico (soar melhor). Veja:

O marceneiro feriu-se com a lâmina.

O marceneiro se feriu com a lâmina.

Observação: a tradição fixou a próclise ainda nos seguintes casos:

1) com o gerúndio precedido da preposição em:

Em lhe chegando o turno, volte ao trabalho com eficiência.

2) nas orações exclamativas e optativas, com o verbo no subjuntivo e sujeito anteposto ao verbo:

Bons ventos o levem! Deus te ajude!

Note a diferença com: “Benza-o Deus!”. Nesta frase, o sujeito ficou posposto ao verbo, porque o
pronome teve de ser deslocado para não iniciar a frase.

3) Com a preposição “para” seguida de infinitivo, a colocação pronominal é facultativa (próclise ou ênclise),
inclusive com palavra negativa:

Para se equilibrar, ele segurou um graveto.

Para equilibrar-se, ele segurou um graveto.

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Para não se esquecer, escreveu o recado na mão.

Para não esquecer-se, escreveu o recado na mão.

Mesóclise: o pronome é intercalado ao verbo, que deve estar no futuro do presente do indicativo ou
futuro do pretérito do indicativo. Mas, se houver palavra atrativa, mesmo com os verbos nestes tempos, a
colocação é a próclise:

Mostrar-lhe-ei meus escritos. Falar-vos-iam a verdade?

Nunca lhe mostrarei meus escritos. Jamais vos falarei a verdade.

Agora, veja essas regras com uma locução verbal:

O pronome oblíquo átono pode posicionar-se em qualquer das três formas a seguir:

infinitivo gerúndio particípio


1 Vou-lhe falar. Estou-lhe falando. Tenho-lhe falado.
2 Vou lhe falar. Estou lhe falando. Tenho lhe falado.
3 Vou falar-lhe. Estou falando-lhe. —
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal

Quando há hífen, sabe-se que ocorre ênclise. Assim, na estrutura 1, há ênclise ao verbo auxiliar; na 2
há próclise ao verbo principal e na 3 há ênclise ao verbo principal. Note que não pode haver ênclise com
verbo no particípio.

“Dica para memorizar: o particípio não participa da colocação pronominal.”

Observe também que não se muda o sentido com a mudança de posição do pronome oblíquo átono.

Outra importante observação: via de regra, com palavra atrativa, o pronome oblíquo átono ficará
proclítico ao auxiliar¹ ou ao principal², e enclítico ao principal³:

infinitivo gerúndio particípio


1 Não lhe vou falar. Não lhe estou falando. Não lhe tenho falado.
2 Não vou lhe falar. Não estou lhe falando. Não tenho lhe falado.
3 Não vou falar-lhe. Não estou falando-lhe. —
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal

Portanto, há de se concluir que as normas de colocação pronominal não devem ser vistas como
preceitos intocáveis, ficando, em muitos casos, subordinados às exigências da ênfase, da harmonia e
espontaneidade da expressão.

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Cabe relembrarmos aqui dois valores do pronome “se”: índice de indeterminação do sujeito e
pronome apassivador. Além disso, veremos outros valores desse pronome que caem muito em prova.

(CESPE / Sec Edu AM nível superior)


Fragmento do texto: Não se trata, nessas condições, de querer liquidar a angústia, mas de saber se o homem
deve procurar evitá-la, fugir dela por qualquer saída, ou se, em vez disso, deve aceitá-la e aventurar-se a
viver longe da terra firme.

Em “Não se trata” (linha 1), a partícula “se” poderia ser corretamente empregada após o verbo, escrevendo-
se Não trata-se.

Comentário: A palavra atrativa “Não” obriga o posicionamento do pronome átono “se” antes do verbo.
Assim, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

(CESPE / TCE TO Analista) No trecho “se ela não parava de brigar”, o pronome “se” está anteposto ao sujeito
devido à presença do advérbio de negação.

Comentário: O vocábulo “se”, na realidade, é uma conjunção condicional.

Gabarito: E

(CESPE / TCE TO Analista) O trecho “Ela não o viu ficar paralítico” admite, sem prejuízo para a correção
gramatical e o sentido original do texto, a seguinte reescrita: Ela não viu ficá-lo paralítico.

Comentário: O pronome “o” está entre dois verbos de duas orações diferentes. Nesta estrutura não há
locução verbal, por isso, o pronome não pode se movimentar de um verbo a outro. Assim, o sentido muda e
a estrutura fica incoerente.

Esta estrutura ocorre porque o verbo “viu” é chamado de sensitivo, seguido de uma oração
subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.

Gabarito: E

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(CESPE / TRT - RJ Analista)


Fragmento do texto: Em consequência, nas vilas próximas às fazendas, se concentra uma população
detritária de velhos desgastados no trabalho e de crianças entregues a seus avós.

Seria mantida a correção gramatical caso se empregasse o pronome posposto ao verbo: concentra-se.

Comentário: O pronome oblíquo átono “se” está antecipado do verbo por motivo eufônico, numa liberdade
expressiva. A banca, então, sugere a recolocação em ênclise, que seria o padrão natural, pois o termo atrativo
(a locução adverbial “Em consequência”) está separado por outra locução adverbial intercalada de vírgulas.
Perceba que a banca não diz que a colocação original em próclise está errada, mesmo não havendo palavra
atrativa, pelo motivo anteriormente exposto.

Gabarito: C

(CESPE / Banco do Brasil Escriturário)


Fragmento do texto: Some-se a isso o faturamento com as tarifas e chega-se aos resultados do ano passado,
com os quais as instituições financeiras do país se elevaram à condição de instituições mais rentáveis do
planeta.

As regras gramaticais de emprego dos pronomes átonos permitem também a redação de elevaram-se à
condição, em lugar de “se elevaram à condição”, sendo ambas as construções apropriadas a documentos
oficiais.

Comentário: O pronome átono “se” está proclítico ao verbo “elevaram”, mesmo não havendo palavra
atrativa, o que é natural na linguagem atual por motivo de eufonia. Assim, esse pronome pode ser deslocado
também para depois do verbo (ênclise).

Gabarito: C

(CESPE / TRE-TO Analista)


Fragmento de texto: Amanhã serão definidos os nomes do presidente da República e dos governadores de
alguns estados.

A substituição da expressão “serão definidos” por definir-se-ão garante a correção gramatical do período.

Comentário: Normalmente se poderia substituir “serão definidos os nomes” (voz passiva analítica) por
“definir-se-ão os nomes” (voz passiva sintética). O problema é que o advérbio “Amanhã” é palavra atrativa e
exige a próclise; por isso, o correto seria: “Amanhã se definirão os nomes”.

Gabarito: E

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Valor do pronome oblíquo átono “se”

Índice de indeterminação do sujeito (voz ativa):

Vemos na aula de concordância que o pronome “se” pode ser índice de indeterminação do sujeito
(IIS), o qual se junta a verbo transitivo indireto, intransitivo e de ligação, na intenção de indeterminar o
agente (sujeito). Perceba que todas as orações em que ele aparece obrigatoriamente estão na voz ativa e o
verbo obrigatoriamente fica na 3ª pessoa do singular.

Trata-se de assuntos sigilosos.

(verbo transitivo indireto + IIS + objeto indireto)

Morre-se de fome em várias partes do mundo.

(verbo intransitivo + IIS + adjunto adverbial de causa + adjunto adverbial de lugar)

É-se feliz aqui.

(verbo de ligação + IIS + predicativo + adjunto adverbial de lugar)

Pronome apassivador (voz passiva sintética):

Também vemos na mesma aula que o pronome “se” pode ser pronome apassivador (PAp), o qual se
junta a verbo transitivo direto ou a verbo transitivo direto e indireto, na intenção de indeterminar o agente
(agente da passiva). Perceba que todas as orações em que ele aparece obrigatoriamente estão na voz passiva
sintética e o verbo concorda com o sujeito paciente:

Consertam-se carrocerias. Carrocerias são consertadas.


VTD + PAp + sujeito sujeito locução verbal
paciente paciente
voz passiva sintética voz passiva analítica

Pronome reflexivo (voz reflexiva):

Esse é um valor ainda não visto em nossas aulas. Diz-se que um pronome é reflexivo quando este
“reflete” a ação ao mesmo elemento. Isto é, o sujeito age e o objeto direto sofre a ação, porém a mesma
pessoa (ou coisa) sujeito será também o objeto direto. Veja:

Ela olhou-se no espelho. (ela olhou e foi olhada)

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Porém, podemos ter dúvida se esse pronome é reflexivo ou apassivador. Por isso, vamos a suas
diferenças:

Feriu-se o atleta durante a partida.

Há ambiguidade gerada a partir do se, pois não se sabe se o atleta agiu ou sofreu a ação. Por isso há
necessidade de um contexto, e é isso que tem caído em prova.

Supondo-se que o atleta agiu contra ele mesmo (caiu sozinho, por exemplo), o pronome se será
entendido como pronome reflexivo:

Feriu-se o atleta durante a partida.


VTD + P Refl Sujeito adjunto adverbial
(OD) Agente de tempo

Desfar-se-á a ambiguidade, substituindo o pronome átono “se” pela expressão tônica “a si mesmo”,
da seguinte maneira:

O atleta feriu a si mesmo durante a partida.


Sujeito VTD + P Refl (OD prep) adjunto adverbial
Agente de tempo

Supondo-se que o atleta sofreu a ação de alguém (agente da passiva) que não foi identificado, o
pronome se será entendido como pronome apassivador:

Feriu-se o atleta durante a partida. O agente da passiva está


VTD + P Ap Sujeito adjunto adverbial indeterminado
Agente de tempo

Desfar-se-á a ambiguidade da seguinte maneira:

O atleta foi ferido durante a partida. O agente da passiva


Sujeito Locução adjunto adverbial continua indeterminado
Agente Verbal de tempo

Pronome reflexivo recíproco (voz reflexiva recíproca):

Esse pronome transmite uma reação dos objetos direto ou indireto à ação do sujeito, por isso é
chamado de pronome reflexivo recíproco (P Rec) e compõe a voz recíproca, que é apenas uma variação da
reflexiva, com o detalhe de que se necessita de no mínimo dois indivíduos para se efetivar a reciprocidade.
Uma forma prática de visualizar o pronome reflexivo recíproco é subentender os advérbios de modo
“reciprocamente”, “mutuamente”:

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Os deputados cumprimentaram-se após a sessão plenária.


sujeito VTD + P Rec (OD) adjunto adverbial de tempo
voz reflexiva recíproca

Com base no que foi visto anteriormente sobre o pronome apassivador, reflexivo recíproco e o
puramente reflexivo, entendamos a diferença entre eles, dependendo do contexto. Usamos para isso o
sujeito iniciado com a expressão “mais de um”:

Feriu-se mais de um atleta durante a partida.


VTD + P Refl sujeito agente adjunto adverbial de
tempo Pronome reflexivo: cada atleta a
seu tempo se machucou durante a
partida; portanto, verbo no singular.
Mais de um atleta feriu a si mesmo durante a partida.
sujeito agente VTD + P Refl adjunto adverbial de
tempo

Feriu-se mais de um atleta durante a partida. Pronome apassivador: cada atleta a


VTD + P Ap sujeito paciente adjunto adverbial de
seu tempo foi machucado por um
tempo
agente (agente da passiva) que não
foi identificado, isto é, está
Mais de um atleta foi ferido durante a partida. indeterminado. Verbo concorda no
sujeito paciente locução adjunto adverbial de
singular.
verbal tempo

Feriram-se mais de um atleta durante a partida.


VTD + P Rec sujeito agente adjunto adverbial de
tempo Pronome recíproco:
os atletas se
chocaram. Um contra
Mais de um atleta feriram-se mutuamente durante a partida.
o outro. Esta é a
sujeito agente VTD + P Rec + adj adv adjunto adverbial de
modo tempo
exceção à regra da
concordância com o
sujeito “mais de um”.
Verbo no plural.
sujeito agente VTD + P Rec + adj adv adjunto adverbial de
modo tempo

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(CESPE / SEDU-ES Agente educacional)


Fragmento do texto: Trata-se da chamada poluição urbana, observada, sobretudo, nas grandes regiões
metropolitanas de acelerado crescimento demográfico.

Caso a expressão “da chamada poluição urbana” estivesse no plural, a forma verbal “Trata-se” deveria
também ser flexionada no plural.

Comentário: O verbo “Trata” é transitivo indireto, com isso, o pronome “se” é índice de indeterminação do
sujeito. Esse verbo ficará no singular independentemente da flexão do objeto indireto.

Gabarito: E

(CESPE / PMDF CHOAEM)


Fragmento do texto: O medo tem raízes profundas na alma dos seres. Radica-se no inconsciente e é objeto
constante da pesquisa científica, com destaque para a psicanálise.

Em “Radica-se”, o pronome indica que o sujeito é indeterminado.

Comentário: Afirmou-se que o “se” é índice de indeterminação do sujeito. Isso não é verdade, pois o verbo
radicar é transitivo direto. Com isso o “se” é pronome apassivador e seu sujeito paciente está subentendido
como “O medo”. Para a confirmação de ser pronome apassivador, temos sempre que passar esta voz passiva
sintética para a voz passiva analítica: O medo é radicado no inconsciente...”

Gabarito: E

(CESPE / Polícia Federal Auxiliar Administrativo)


Fragmento do texto: Não se pode negar que o advento dos regimes liberais em 1989-90, em todos os grandes
Estados da América do Sul, criou uma ilusão de modernidade. (...)

A partir de 1995, a ilusão começou a desfazer-se e a dura vida real transformou sonhos em pesadelos.

O emprego do pronome “se” marca a formalidade da linguagem utilizada e indica, nas duas ocorrências, que
o sujeito da oração é indeterminado, impessoal.

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Comentário: O pronome “se” é uma forma de tornar o texto objetivo, flexionando o verbo em terceira
pessoa, isso o leva mais próximo à formalidade (não que isso seja o determinante na formalidade). O erro
está em afirmar que o “se” é uma forma de indeterminação do sujeito. O “se” nas duas ocorrências não é
índice de indeterminação do sujeito, mas pronome apassivador. Para se ter certeza, deve-se transpor as duas
construções em voz passiva analítica e notar que o termo sublinhado é o sujeito paciente. Assim:

Não pode ser negado que o advento dos regimes liberais... (sujeito oracional)

A ilusão começou a ser desfeita... (sujeito determinado simples)

Gabarito: E

(CESPE / TCE RN Inspetor de Controle Externo)


Fragmento do texto: Em todos os povos ou períodos da história, a sensação de pertencimento a uma
comunidade sempre foi construída com base nas diferenças em relação aos que estão de fora, “os outros”.
Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam a si próprias de “homens” ou “gente” e
denominam pejorativamente integrantes de outros grupamentos — esses são “seres inferiores” ou “narizes
chatos”.

Na linha 4, seriam preservadas a coerência da argumentação e a correção gramatical do texto se a opção


fosse por não enfatizar o objeto de chamar, conferida pelo pronome “próprias”, e se substituísse “a si” por
se, escrevendo-se chamam-se.

Comentário: Fazendo-se as trocas necessárias na questão, percebemos que há coerência com os argumentos
do texto, bem como há correção gramatical. Compare:

Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam a si próprias de “homens” ou “gente” e
denominam pejorativamente integrantes de outros grupamentos — esses são “seres inferiores” ou “narizes
chatos”.

Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam-se de “homens” ou “gente” e denominam
pejorativamente integrantes de outros grupamentos — esses são “seres inferiores” ou “narizes chatos”.

No primeiro caso, o pronome oblíquo tônico “si” foi seguido do pronome demonstrativo de reforço
“próprias”, para enfatizar o valor reflexivo.

No segundo caso, não há ênfase no valor reflexivo, mas o contexto nos mantém com este sentido.
Quando usamos a expressão “a si próprias” temos certeza do valor reflexivo; mas, quando usamos apenas o
“se”, em determinados contextos, como este, pode-se confundir o “se” reflexivo com o pronome
apassivador. Veja:

Pronome reflexivo “se”: Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam-se de “homens” ou
“gente” (chamam a si próprias de).

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Pronome apassivador “se”: Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam-se de “homens” ou
“gente” (são chamadas de).

Como pode haver ambiguidade na construção apenas com o “se”, a banca perguntou simplesmente
se conserva a coerência com os argumentos e com a correção gramatical. Ela não mencionou sentido original,
pois isso poderia ser contestado pela possibilidade de se entender voz passiva nesta última construção.

Gabarito: C

(CESPE / PM - ES nível médio)


Fragmento de texto: O currículo não é mais um fim em si, mas um meio bem estruturado para que o
indivíduo, na relação entre teoria e prática, se torne capaz de incorporar determinadas habilidades.

Em “se torne”, o pronome “se” indica sujeito indeterminado.

Comentário: A questão afirma que o “se” é o índice de indeterminação do sujeito. Mas note que o sujeito
está expresso na oração: o indivíduo. Na realidade esse vocábulo “se” é parte integrante do verbo, fazendo
com que “torne” seja um verbo de ligação.

Gabarito: E

(CESPE / TRE - TO Analista)


Fragmento de texto: Em um continente em que países e economias estão interligados não apenas por
fronteiras comuns ou por interesses convergentes, mas especialmente por laços comerciais e culturais, é
imperioso que se dê atenção ao que está ocorrendo na Venezuela.

A substituição de “que se dê atenção” por que atenção seja dada mantém a correção gramatical do período.

Comentário: O verbo “dê” é transitivo direto e indireto, seu objeto indireto é “ao”. Note que ocorre a
preposição “a” e em seguida o pronome demonstrativo “o” (=aquele). Como o verbo é transitivo direto, o
pronome “se” é apassivador e “atenção” é o sujeito paciente. A banca apenas pediu para transpor para a voz
passiva analítica: atenção seja dada.

Gabarito: C

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(CESPE / FUB Superior)


Fragmento de texto: Essas conexões seriam os nossos hiperlinks cerebrais, e a Internet seria uma das formas
de comunicação que mais se assemelha a nós próprios. Criador e criatura se influenciam de forma parecida.

O vocábulo “se” é empregado com a mesma função nas duas ocorrências: a de marcar reciprocidade de ação.

Comentário: Para ocorrer a reciprocidade, necessita-se de que haja uma ação provocada por um indivíduo
e uma resposta a essa ação por outro indivíduo.

Assim, no mínimo dois agentes devem estar presentes na ação. O primeiro “se” é reflexivo. Note que
a comunicação assemelha alguma coisa a outra, mas alguém pode assemelhar “ele mesmo” a algo. Isso
confirma a ideia reflexiva.

A segunda ocorrência do “se” realmente é de reciprocidade. Criador influencia a criatura e vice-versa.

Gabarito: E

(CESPE / ANVISA Superior)


Fragmento de texto: O biólogo norte-americano Craig Venter acredita que o código genético de
microrganismos pode se transformar num excelente negócio no futuro.

De acordo com os sentidos do texto, a troca da expressão verbal “pode se transformar” por pode vir a ser
transformado mantém a correção gramatical e a voz passiva verbal.

Comentário: Cuidado com esta questão, pois houve a passagem da voz passiva sintética para a analítica,
porém esta transposição não foi exatamente a mesma, mas de expressões semelhantes semanticamente.
Veja:

1. O código... pode se transformar (voz passiva sintética)

2. O código... pode ser transformado (voz passiva analítica)

3. O código... pode vir a se transformar (voz passiva sintética)

4. O código... pode vir a ser transformado (voz passiva analítica)

Sabendo-se que as frases 1 e 3 estão na voz passiva sintética e possuem mesmo sentido, suas transposições
para a voz passiva analítica (2 e 4) também possuem mesmo sentido. Por isso a troca é possível.

Gabarito: C

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(CESPE / TRE–AP Analista)


Fragmento de texto: “Quando a gente não sabe resolver um problema, não é preciso lutar, nem insistir,
cansar-se bobamente. Basta entregá-lo à alma, ela cuida de tudo”. Fiquei devendo à Vicentina Correias essa
pérola. Foi o Soledade que me ensinou, ela disse. Engraçado, foi exatamente o que fiz, não por virtude, mas
por fraqueza, quando parei de falar e pensar no dente. Ainda assim deu certo. Não fui ao Clemente e tenho
levado uma vida normal com meu molar de parede derruída, faz uns catorze meses já. Até o esqueço.
Vicentina disse que quando respondeu ao Soledade já haver perdoado a mãe, ele insistiu: não perdoou, não.
Mas, se eu mesma não sei disso, como vou perdoar de novo, se acho que já perdoei, ela falou. “Entregue
para sua alma, ela resolve para você”. Como ele disse, aconteceu.

No trecho ‘cansar-se bobamente’ (linha 2), o pronome ‘se’ indica reciprocidade.

Comentário: Na realidade, o pronome “se”, neste contexto, é reflexivo. Veja que podemos entender que
podemos cansar alguém, porém esse “alguém” poderia ser “nós mesmos”. Além disso, podemos substituir
o “se” pelo pronome oblíquo tônico “si” e o reforço reflexivo “mesmo”: cansar a si mesmo bobamente.

Gabarito: E

(CESPE / MPOG Analista)


Fragmento de texto: Se, atualmente, em raras empresas, já é aceitável que uma mulher reivindique tempo
parcial de trabalho para dedicar-se à família, sem que isso a desqualifique aos olhos do empregador, o
mesmo não acontece com um homem.

A supressão do pronome “se” em “dedicar-se” acarretaria mudança de sentido do período.

Comentário: Podemos entender, na frase, que a mulher pode dedicar seu tempo, sua atenção à família. Com
a retirada desse pronome reflexivo, ela iria dedicar o tempo parcial de trabalho à família. Assim, teríamos
mudança de sentido.

Gabarito: C

(CESPE / TRE - TO Técnico)


Fragmento de texto: Nas décadas de 70 e 80 do século passado, foram denunciados incêndios propositais
na região, provocados por proprietários rurais, com o objetivo de aproveitar os espaços para a pecuária.

A substituição de “foram denunciados” por denunciaram-se mantém a correção gramatical do período.

Comentário: Houve apenas a transformação da voz passiva analítica em voz passiva sintética: ...
denunciaram-se incêndios propositais...

VTD + Pron Ap + sujeito paciente.

Gabarito: C

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(CESPE / TRE – TO Analista)


Fragmento do texto: Geralmente, as oposições não gostam dos governos. Partido vencido contesta a eleição
do vencedor, e partido vencedor é simultaneamente vencido, e vice-versa. Tentam-se acordos, dividindo os
deputados; mas ninguém aceita minorias.

A substituição de “Tentam-se” (linha 3) por São tentados prejudica a correção gramatical do período.

Comentário: O erro foi afirmar que essa substituição prejudicaria a correção gramatical, pois, em “Tentam-
se”, há verbo transitivo direto, seguido de pronome apassivador, e o sujeito paciente é “acordos”. Logo, a
substituição desta voz passiva sintética para a voz passiva analítica realmente é “São tentados acordos”.

Gabarito: E

b) Pronomes pessoais oblíquos tônicos:

Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de preposição e são os seguintes: mim, comigo, ti,
contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.

Abaixo segue a diferença entre os tipos de pronomes pessoais:

Eu, tu / Mim, ti

Eu e tu exercem a função sintática de sujeito (então são pronomes pessoais do caso reto). Mim e ti
exercem a função sintática de complemento verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e
sempre são precedidos de preposição (então são pronomes pessoais do caso oblíquo tônico).

Ex. Trouxeram aquela encomenda para mim.

Era para eu conversar com o diretor, mas não houve condições.

Si, consigo

São pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados na voz reflexiva ou na voz
reflexiva recíproca.

Ex. Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho.

Gilberto trouxe consigo os três irmãos.

Assim, é considerada errada a construção de “consigo” com o valor de “com você”:

Gostaria de falar consigo. (vício de linguagem)

Deve-se trocar para:

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Gostaria de falar com você.

Com nós, com vós / conosco, convosco

Usa-se com nós ou com vós, quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros,
mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.

Ex. Ele conversou com nós todos a respeito de seus problemas.

Ele disse que sairia com nós dois.

Dele (do) + substantivo / De ele (de o) + substantivo.

Quando os pronomes pessoais ele(s), ela(s), ou qualquer substantivo, funcionarem como sujeito, não
devem ser contraídos com a preposição de.

Ex. É chegada a hora de ele assumir a responsabilidade.

No momento de o orador discursar, faltou-lhe a palavra.

(CESPE / TSE Analista)


Fragmento de texto: Às vezes quebravam só as cabeças e metiam nas urnas maços de cédulas. Estas cédulas
eram depois apuradas com as outras, pela razão especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum
pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram dados pela vontade soberana do país.

A expressão “lhe foram dados” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituída
por foram dados a ele.

Comentário: O pronome “lhe” é átono e se refere a “candidato”. A substituição deste pronome por um
tônico (a ele) preserva a correção gramatical.

Gabarito: C

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2 – DEMAIS PRONOMES

1 – Pronomes indefinidos

Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de uma maneira vaga, imprecisa,
genérica. São eles:

Invariáveis Variáveis
alguém, ninguém, algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas, todo,
tudo, nada, algo, cada, todos, toda, todas, muito, muitos, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco,
outrem, , alhures, poucos, pouca, poucas, certo, certos, certa, certas, tanto, tantos, tanta, tantas,
mais, menos, demais. quanto, quantos, quanta, quantas, um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer,
vário, vária, vários, várias, etc

Acrescentam-se, ainda, as locuções pronominais indefinidas: cada um, cada qual, quem quer que,
todo aquele que, tudo o mais...

Usos de alguns pronomes indefinidos

Todo: Deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o substantivo à sua frente o exigir; caso
signifique cada ou todos, não terá artigo, mesmo que o substantivo exija.

Todo dia telefono a ela. (Todos os dias)

Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro)

Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele não admite artigo.)

Todos, todas: Devem ser usados com artigo, se o substantivo à sua frente o exigir.

Todos os colegas o desprezam.

Todas as meninas foram à festa.

Todos vocês merecem respeito.

Algum: Tem sentido afirmativo, quando usado antes do substantivo; passa a ter sentido negativo,
quando está depois do substantivo.

Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo)

Algum amigo o ajudará. (Alguém)

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Certo: Será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e será adjetivo, quando estiver
posposto a substantivo.

Certas pessoas não se preocupam com os demais.

As pessoas certas sempre nos ajudam.

Qualquer: Designa coisa, lugar ou indivíduo indeterminado:

Veio duma cidade qualquer.

Dependendo do contexto, a troca de posição faz mudar o sentido

Qualquer pessoa pode entrar naquela empresa!! (sentido de “toda”)

Ele não é uma pessoa qualquer! (sentido pejorativo)

(CESPE / PGM RR Superior)


Fragmento de texto: A cidadania exige modelos econômicos que incluam a todos e existe uma demanda
ativa e crescente em muitos países nesse sentido.

Mantêm-se a coerência e a correção gramatical do texto ao se retirar a preposição do termo “a todos”.

Comentário: É natural ocorrer a preposição “a” antes do pronome indefinido “todos”, mesmo com verbo
transitivo direto. Isso acontece por estilo do autor, não porque o verbo exija.

Gabarito: C

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2 – Pronomes possessivos

São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas do discurso. São eles: meu(s), minha(s),
teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s).

Empregos dos pronomes possessivos:

O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas pode dar duplo sentido à frase
(ambiguidade). Para evitar isso, coloca-se à frente do substantivo dele, dela, deles, delas, ou troca-se o
possessivo por esses elementos.

Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos.

De quem eram os documentos? Não há como saber. Então a frase está ambígua. Para evitar a
ambiguidade, coloca-se, após o substantivo, o elemento referente ao dono dos documentos: se for Joaquim:
Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos dele; se for Sandra: Joaquim contou-me
que Sandra desaparecera com seus documentos dela. Pode-se, ainda, eliminar o pronome possessivo:
Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com os documentos dele (ou dela).

É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos.

Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus amigos.

(CESPE / MPOG Analista)


Fragmento de texto: As empresas se transformaram profundamente. Modernizaram sua tecnologia e seus
métodos de gestão para tornarem-se competitivas e ajustarem-se às exigências da globalização. Mexeram
em seus horários em razão dos interesses da produção, mas mantiveram-se, em sua esmagadora maioria,
cegas e alheias à existência da vida privada de seus empregados. Parques industriais de última geração não
rimam com o impressionante atraso no tratamento do que chamam de capital humano.

No trecho “Mexeram em seus horários”, o pronome “seus” refere-se a “empregados”.

Comentário: O pronome “seus” retoma “empresas” (horários das empresas).

Gabarito: E

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3 – Pronomes demonstrativos

Esses pronomes situam os seres no tempo, no espaço e no discurso (posição dentro do próprio
texto). O posicionamento no discurso é dividido em anafórico e catafórico, os quais trabalham a coesão
referencial, por retomar palavra ou expressão dita anteriormente ou referenciar-se a termo posterior,
respectivamente.

Os pronomes demonstrativos são este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo; tal;
semelhante; próprio; mesmo; o; a. Os pronomes isto, isso, aquilo são invariáveis.

a. Uso de este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo:

I - Posicionamento referente a lugar e tempo:

Este, esta, isto: são usados para o que está próximo da pessoa que fala e para o tempo presente.

Este chapéu que estou usando é de couro.

Este ano está sendo cheio de surpresas.

Esse, essa, isso: são usados para o que está próximo da pessoa com quem se fala, para o tempo
passado recente e para o futuro.

Esse chapéu que você está usando é de couro?

Dezembro. Esse mês será marcado pelo meu casamento.

Em novembro de 2007, inauguramos a loja. Até esse mês, nada sabíamos sobre comércio.

Aquele, aquela, aquilo: são usados para o que está distante da pessoa que fala e da pessoa com quem
se fala e para o tempo passado remoto.

Aquele chapéu que ele está usando é de couro?

Em 1980, eu tinha 15 anos. Naquela época, Campinas ainda era considerada uma cidade
pequena.

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II - Posicionamento no discurso (no próprio texto):

Em uma citação oral ou escrita, usa-se “este, esta, isto” para o que ainda vai ser dito ou escrito
(recurso catafórico), e “esse, essa, isso” (recurso anafórico) para o que já foi dito ou escrito.

A verdade é esta: o Brasil será campeão.

O Brasil será campeão. A verdade é essa.


C

Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente citados, usa-se “este, esta, isto”
em relação ao que foi mencionado por último e “aquele, aquela, aquilo”, em relação ao que foi nomeado
em primeiro lugar.

(A, B. Este, aquele)


C

Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio destes sobre aquele.

Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu prefiro aqueles a estas.

b. O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s).

Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou)

Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu)

A que apresentar o melhor texto será aprovada. (aquela que apresentar)

c. Tal, tais podem ter sentido próximo ao dos pronomes demonstrativos ou de semelhante, semelhantes:

Os dois estão casados há 50 anos. Tal amor não se encontra facilmente.

Embora tenha sido o mentor do plano, ele nunca admitiu tal fato.

d. Da mesma forma, semelhante, semelhantes são demonstrativos quando equivalem a tal, tais:

O Brasil ficou em choque com a tragédia na Região Serrana do Rio de janeiro. Não se veriam
semelhantes catástrofes se os projetos urbanísticos municipais fossem eficazes ou, pelo menos,
existissem.

Para o romano, o mundo dos prodígios ficava a Ocidente. Semelhante tradição vinha de longe,
através dos escritores gregos, sobretudo de Platão” (Aquilino Ribeiro).

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e. Mesmo, mesmos, mesma, mesmas; próprio, próprios, própria, próprias são demonstrativos quando têm
o sentido de "idêntico", "em pessoa":

Não é possível continuar insistindo nos mesmos erros.

Ela própria deve fiscalizar a mercadoria que lhe é entregue.

Os recursos anafóricos e catafóricos não são exclusividades do pronome demonstrativo, a retomada,


por exemplo, já foi vista com outros pronomes substantivos, como o relativo, o pessoal, e também cabe a
substantivos e a outras classes gramaticais:

Algo me incomoda: a fome no mundo. (recurso catafórico: algo→fome)

Há dois detalhes não previstos: comida e água. (recurso catafórico: detalhes→comida, água)

4 – Pronomes interrogativos

Os pronomes indefinidos quem, que, qual e quanto tomam o valor interrogativo em frases
interrogativas diretas e indiretas.

A frase interrogativa direta é aquela que é finalizada com ponto de interrogação:

Quem é você?

Que você quer?

Qual a sua profissão?

Quantos anos você tem?

A frase interrogativa indireta é vista em nossa de sintaxe do período composto por subordinação
substantiva, momento em que falamos das peculiaridades da oração subordinada substantiva objetiva
direta, quando esta é iniciada por “quem”, “que”, “qual”, “quanto” e se liga à oração principal com verbos
que transmitem dúvida, questionamento, incerteza, como “perguntar”, “indagar”, “(não) saber”, “ignorar”:

Não sei quem é você.

Indaguei que você quer, mas você não me respondeu.

Perguntei qual é a sua profissão, mas você não me respondeu.

Eles ignoraram quantos anos você tem.

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5 – Pronomes de tratamento

Esses pronomes são empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou respeitosamente.


Vejamos um quadro com os principais tratamentos:

Pronome de tratamento Abreviatura Usado para se dirigir a


Vossa Alteza V. A. príncipes e duques
Vossa Eminência V. Emª. cardeais
Vossa Excelência V. Exª. altas autoridades *
Vossa Magnificência V. Magª. reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis, imperadores
Vossa Santidade V. S. papa
Vossa Senhoria V. Sª. tratamento cerimonioso

* Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, o pronome de tratamento Vossa Excelência é


empregado para as seguintes autoridades:

• do Poder Executivo: Presidente da República, Vice-Presidente da República, Ministros de Estado1,


Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal, Oficiais-Generais das Forças
Armadas, Embaixadores, Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de
natureza especial, Secretários de Estado dos Governos Estaduais, Prefeitos Municipais.

Obs.: Algumas gramáticas entendem o tratamento a prefeito como Vossa Senhoria. Então, tome cuidado e,
por eliminação das alternativas, resolva a questão que envolva este cargo.

• do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores, Ministros do Tribunal de Contas da União,


Deputados Estaduais e Distritais, Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais, Presidentes das
Câmaras Legislativas Municipais.
• do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores, Membros de Tribunais, Juízes, Auditores da
Justiça Militar.

a. Quando esses pronomes de tratamento se encontram na função de sujeito, o verbo e pronomes adjetivos
flexionam-se na terceira pessoa do singular e os adjetivos podem concordar literalmente (com a palavra
feminina Excelência, Alteza, etc) ou por silepse (concordância com a pessoa do sexo masculino ou feminino)
:

Vossa Excelência está cansado, deputado!

1
Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado,
além dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de
Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o
Chefe da Corregedoria-Geral da União.

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Vossa Senhoria remeteu seu documento ao endereço errado.

b. Quando esses pronomes estão na função de objeto indireto ou complemento nominal, antecedidos da
preposição “a”, não recebem crase, pois não admitem artigo:

Refiro-me a Vossa Senhoria.

c. Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. O senhor e a senhora são
empregados num tratamento formal; você e vocês, no tratamento familiar e amigável.

Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”, por isso, se esse pronome for
precedido de preposição “a”, haverá crase:

Refiro-me à senhora Gioconda.

d. Usa-se “Vossa”, quando conversamos com a pessoa, e “Sua”, quando falamos da pessoa.

Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de Sua
Excelência, o Prefeito, que se encontra ausente.

6 – Pronomes relativos

Vimos na aula de orações subordinadas adjetivas que o pronome relativo é um conectivo que retoma
palavra anterior. Além disso, ele ocupa função sintática nesta oração.

(CESPE / PM - ES nível médio)


Fragmento de texto: No entanto, a partir das revoluções burguesas, principalmente da inglesa e francesa, a
cidadania voltou a fazer parte dos discursos e das práticas dos que defendiam um novo modelo de sociedade.

Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “dos”, em “dos que defendiam”, por daqueles.

Comentário: Note que o vocábulo “dos” é a contração da preposição “de” mais o pronome demonstrativo
“os”, o qual obrigatoriamente subentende “aqueles”. Assim, “de” + “aqueles = “daqueles”

Gabarito: C

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(CESPE / IBRAM Superior)


Fragmento de texto: As áreas urbanas são as que mais expressam intervenções humanas no meio natural.
O desmatamento, as edificações, a canalização, a mudança do curso dos rios, a poluição da atmosfera, dos
cursos de água e a produção de calor geram diversos efeitos sobre o ambiente. As alterações ambientais
causadas pelas atividades urbanas são sentidas pela população, tais como o aumento da temperatura nas
áreas centrais, o aumento da precipitação e as enchentes.

Esta última consequência do processo de urbanização teve como causa principal a construção de
casas, indústrias, vias marginais implantadas nas áreas dos rios e proximidades e é, atualmente, um problema
constante nos períodos chuvosos nos principais centros urbanos.

A partir do último parágrafo do texto, infere-se que o termo “Esta” (linha 7) reporta-se a “enchentes” (linha
6).

Comentário: O pronome que retoma o último termo em relação a vários outros é o “este, esta, isto”. Note
que a própria oração frisou isso: “Esta última consequência”.

Gabarito: C

(CESPE / SEDU-ES Agente educacional)


Fragmento do texto: Passados os tremores do sismo, a dor da perda de 230 mil mortos, enterrados muitos
em valas comuns, a vida no Haiti precisa continuar. E o que o governo brasileiro escolheu para mostrar aos
haitianos como se pode construir um país? A educação. Um dos convênios assinados pelo Haiti com o Brasil
dá o suporte na reordenação e reconstrução de todo o sistema educacional haitiano. Dadas as condições,
será uma tarefa hercúlea, mas vale lembrar que temos competência nesse assunto; afinal, foram os
professores que partiram das cidades brasileiras que transformaram a realidade dos habitantes de Timor
Leste depois da independência e reduziram a influência que anos de ditadura da Indonésia haviam deixado.
No caso haitiano, esse elemento não existe, e a população não só está interessada como apoia qualquer
medida nesse sentido.

A expressão “esse elemento” (linha 8) refere-se ao antecedente “influência que anos de ditadura da
Indonésia haviam deixado” (linha 7).

Comentário: Uma leitura atenta nos remete a entender que o elemento não existente é mesmo “a influência
que anos de ditadura da Indonésia haviam deixado”.

Gabarito: C

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Pelos sentidos do texto, é correto inferir que a expressão “Dadas as condições” (linha 4) faz alusão à realidade
de destruição em que se encontra o Haiti após o terremoto.

Comentário: Perceba que a retomada agora foi realizada pelo substantivo “condições”. Entende-se,
portanto, que, por causa das condições da realidade da destruição após o terremoto no Haiti, a tarefa será
hercúlea, de grande dimensão.

Gabarito: C

A expressão “nesse sentido” (linha 19) retoma a ideia antecedente de “reordenação e reconstrução de todo
o sistema educacional haitiano” (linha 4).

Comentário: Primeiro, perceba o recurso anafórico em “esse elemento não existe”, mostrando que não há
no Haiti a barreira de problemas deixados por uma ditadura, como ocorreu no Timor Leste em experiência
anterior dos professores brasileiros. E o que a população haitiana está interessada e apoia é a reordenação
e a reconstrução de todo o sistema educacional haitiano, expressão que foi retomada pelo recurso anafórico
“nesse sentido”.

Gabarito: C

Agora, é hora de treinarmos!

Anteriormente, as questões eram bem localizadas a cada tema. A seguir, você vai se deparar com
várias questões do CESPE distribuídas de forma aleatória, para você treinar o assunto estudado!

Isso é muito importante para seu treinamento!

1. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: Mas e antes dos sensores, como é que se fazia? Imagino que algum funcionário trepava
na antena mais alta no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da luz solar, acionava um
interruptor, e a cidade toda se iluminava.
A substituição da locução “a cidade toda” (ℓ.3) por toda cidade preservaria os sentidos e a correção
gramatical do período.

Comentário: Nesta questão podemos observar que o destaque está no pronome “toda”. O pronome
indefinido “todo” (no singular e sem artigo) corresponde a “qualquer”. Já a expressão “todo o” corresponde
a “por inteiro”.

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Assim, o trecho “a cidade toda” poderia ser substituído por “toda a cidade”, preservando o sentido e
correção gramatical.

No entanto, a banca pede que a locução “a cidade toda” seja substituída por “toda cidade”, o que
mudaria o sentido, pois deixaria de ser a cidade por inteiro e passaria a se referir a uma cidade qualquer ou
a todas as cidades.

Portanto, a afirmação está errada.

Gabarito: E

2. (CESPE / STJ Técnico Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: O debate se enquadra em torno de três principais ideias: bem-estar; liberdade e
desenvolvimento; e promoção de formas democráticas de participação. Autores importantes do campo da
ciência política e da filosofia política e moral se debruçaram intensamente em torno dessa questão ao longo
do século XX, e chegaram a conclusões diversas uns dos outros. Embora a perspectiva analítica de cada um
desses autores divirja entre si, eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de situações de
justiça social e têm hipóteses concretas para se chegar a esse estado de coisas.
Nos trechos “se debruçaram” (linha 3) e “se chegar” (linha 6), a partícula “se” recebe classificações distintas.

Comentário: A afirmação está correta, pois realmente as classificações são distintas. O verbo “debruçaram”
é transitivo direto e entendemos que os autores agiram, eles se debruçaram intensamente. Assim, o
pronome é o objeto direto, ele é reflexivo.

Já o verbo “chegar” é transitivo indireto e “a esse estado de coisas” é o objeto indireto. Como não
conseguimos identificar o sujeito, percebemos que o pronome “se” é o índice de indeterminação sujeito.

Gabarito: C

3. (CESPE / STJ Técnico Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: No pensamento filosófico da Antiguidade, a dignidade (dignitas) da pessoa humana era
alcançada pela posição social ocupada pelo indivíduo, bem como pelo grau de reconhecimento dos demais
membros da comunidade. A partir disso, poder-se-ia falar em uma quantificação (hierarquia) da dignidade,
o que permitia admitir a existência de pessoas mais dignas ou menos dignas.
A correção do texto seria mantida caso o pronome “se”, em “poder-se-ia falar” (linha 3), fosse deslocado
para imediatamente após a forma verbal “falar”, escrevendo-se poderia falar-se.

Comentário: A afirmação está correta, pois, dentro de uma locução verbal, o pronome átono pode se
posicionar após o verbo principal, ou até mesmo antes. Veja as formas possíveis:

poder-se-ia falar

poderia falar-se

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poderia se falar

Assim, você percebeu que a forma que não cabe é a ênclise ao verbo auxiliar, só porque ele está
flexionado no futuro do pretérito do indicativo: poderia-se.

Gabarito: C

4. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Inicialmente me parece interessante reafirmar que sempre vi a alfabetização de adultos
como um ato político e um ato de conhecimento, por isso mesmo, como um ato criador.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso o pronome “me”, em “me parece” (linha 1), fosse
deslocado para logo após “parece”, da seguinte forma: parece-me.
==d674c==

Comentário: Na linha 1, o advérbio “Inicialmente” é palavra atrativa e força a próclise. Como a questão
afirmou haver prejuízo à correção gramatical com o deslocamento do pronome, está correta.

Gabarito: C

5. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto 11A3CCC: Parece-me, pois, que primeiro a literatura nos faz sentir o que a língua é e
pode, e, só depois, a gramática e a linguística nos possibilitam saber o que é e como a língua é e o que ela
pode. (...)
Fragmento do texto 11A3BBB: Tenho estado pensando todos estes dias em você e Dolores. Como vai ela
agora? Não tenho direito de exigir contínuas porque imagino as preocupações de você porém assim que ela
melhorar me mande apenas uma nota avisando que ela melhorou. Meu pensamento está aí com vocês e
meus desejos nem se fala! Me lembre a Dolores e tenha a certeza deste abraço de companhia. (...)
Considerando-se os gêneros dos textos e as variedades da língua portuguesa, estaria adequado o emprego
da próclise em “Parece-me” (ℓ.1 do texto 11A3CCC), assim como está adequado seu emprego em “Me
lembre” (ℓ.4 do texto 11A3BBB).

Comentário: Na linha 1, a ênclise está correta, pois o verbo inicia a frase. Porém, como sabemos que o
pronome átono não deve iniciar frase, a construção “Me lembre” não está de acordo com a norma culta.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

6. (CESPE / TCE BA Auditor – 2018)


Fragmento do texto: Temendo-se a naturalização da moral, moraliza-se a natureza; finge-se confundir a
ordem política e a ordem natural, e decreta-se imoral tudo o que conteste as leis estruturais da sociedade
que se quer defender. Para os prefeitos de Carlos X, assim como para os leitores do Figaro de hoje, a greve
constitui, em primeiro lugar, um desafio às prescrições da razão moralizada: “fazer greve é zombar de todos
nós”, isto é, mais do que infringir uma legalidade cívica, é infringir uma legalidade “natural”, atentar contra

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o bom senso, misto de moral e lógica, fundamento filosófico da sociedade burguesa. Nesse caso, o escândalo
provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa porque incomoda precisamente aqueles a quem
ela não diz respeito. É a razão que sofre e se revolta: a causalidade direta, mecânica, essa causalidade é
perturbada; o efeito se dispersa incompreensivelmente longe da causa, escapa-lhe, o que é intolerável e
chocante. Ao contrário do que se poderia pensar sobre os sonhos da burguesia, essa classe tem uma
concepção tirânica, infinitamente suscetível, da causalidade: o fundamento da moral que professa não é de
modo algum mágico, mas, sim, racional.
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso se substituísse o trecho
A) “Temendo-se” (linha 1) por Se temendo.
B) “finge-se confundir” (linha 1) por finge confundir-se.
C) “decreta-se” (linha 2) por se decreta.
D) “que se quer defender” (linha 3) por que quer defender-se.
E) “se poderia pensar” (linha 10) por poderia-se pensar.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não se pode iniciar frase com pronome pessoal oblíquo átono.

A alternativa (B) está errada, pois o verbo “finge” não forma locução verbal com “confundir”. Assim,
não cabe o deslocamento do pronome átono para o outro verbo sem mudança de sentido.

A alternativa (C) é a correta, pois, mesmo não havendo palavra atrativa, cabe próclise por eufonia,
quando tal pronome átono não inicia frase.

A alternativa (D) está errada, pelo mesmo motivo visto na alternativa (B). Note que o deslocamento
do pronome átono do verbo “quer” para após o verbo “defender” implica mudança de sentido, pois tais
verbos não formam locução verbal, eles fazem parte de orações diferentes.

A alternativa (E) está errada, pois não cabe ênclise em verbo no futuro do pretérito. O ideal seria a
mesóclise: “poder-se-ia”.

Gabarito: C

7. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018)


Fragmento do texto: Atualmente, como em nenhum outro período da história, crescem e se multiplicam as
agências governamentais em uma complexa rede internacional à procura de ameaças veladas ou qualquer
tipo de informação considerada sensível, em um jogo estratégico de poder e influência globais. E é esse
processo de identificação de ameaças, a busca por informações e dados, que pretende detectar intenções
dissimuladas que ocultem os mais diversos interesses, o que chamo de guerra secreta. Essa modalidade de
guerra se desenvolve entre agências ou serviços secretos, em uma corrida para ver quem chega primeiro.
A próclise observada em “se multiplicam” (linha 1) e “se desenvolve” (linha) é opcional, de modo que o
emprego da ênclise nesses dois casos também seria correto — multiplicam-se e desenvolve-se,
respectivamente.

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Comentário: Tanto na linha 1 quanto na linha 6, o pronome “se” encontra-se antes do verbo. Note que,
mesmo não havendo palavra atrativa, permite-se o pronome átono antes do verbo por eufonia. Assim, cabe
o pronome átono “se” após os verbos “multiplicam” e “desenvolve”.

Gabarito: C

8. (CESPE / STM Revisor de Texto – 2018)


Fragmento do texto: Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros estão aqui, como uma galáxia
pulsante, e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá fixar
num sentido ou nelas procurará o sentido novo, porque assim como vão variando as explicações do universo,
também a sentença que antes parecera imutável para todo o sempre oferece subitamente outra
interpretação, a possibilidade duma contradição latente, a evidência do seu erro próprio. Aqui, neste
escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes,
estão os costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas,
algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].
Na linha 5, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de modo que sua substituição
por nesse resultaria em incorreção gramatical.

Comentário: O pronome demonstrativo “neste” está sendo empregado com o recurso dêitico de lugar
próximo ao locutor, isto é, o escritório onde se encontra o locutor da mensagem. Isso é reforçado pelo
emprego do advérbio “Aqui”. Assim, não cabe o pronome “nesse”, o qual mencionaria o local próximo ao
interlocutor.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

9. (CESPE / STM Revisor de Texto – 2018)


Fragmento do texto: Todos os seus cuidados, todos os seus bens, todos os frutos de suas laboriosas vigílias,
tudo deixam quando se vão. Não pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com
a morte.
Na linha 2, se a forma pronominal “alguma”, em vez de anteposta, estivesse posposta a “coisa”, a correção
gramatical do texto seria mantida.

Comentário: Note que a questão não fez menção a sentido do texto, pois isso poderia confundir o candidato.
Houve referência apenas à correção gramatical e naturalmente tal correção se mantém quando o pronome
indefinido “alguma” se encontra após ou antes do substantivo “coisa”.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

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10. (CESPE / STM Revisor de Texto – 2018)


Fragmento do texto: Para Maquiavel, o que importa, na política, é o poder real. Não é uma questão de justiça
ou de princípios, mas de capacidade de impor-se aos outros.
Na linha 2, a expressão “aos outros” poderia ser substituída por a outrem, sem prejuízo para a coerência e
coesão do texto, preservando-se seu sentido original.

Comentário: O pronome indefinido “outrem” significa “outras pessoas”, “outros”. Assim, cabe a substituição
de “aos outros” por “outrem”.

Gabarito: C

11. (CESPE / STM Revisor de Texto – 2018)


2 Informo, ainda, que a pauta e os documentos da reunião serão enviados oportunamente.
3 Por fim, solicito, encarecidamente, que seja feito contato com a equipe de apoio deste Ministério
para confirmação de sua presença na reunião, por meio do endereço eletrônico ministerio@mp.gov.br.
Atenciosamente,
O pronome demonstrativo contido na contração deste refere-se ao órgão ao qual se destina o expediente
em questão.

Comentário: O pronome demonstrativo “deste” está sendo empregado com o recurso dêitico de lugar
próximo ao locutor, isto é, a resposta deve ser enviada ao órgão que enviou o documento, e não ao órgão
ao qual se destina o expediente em questão.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

12. (CESPE / IHBDF Analista – 2018)


Fragmento do texto: Em 1988, o SUS passou a fazer parte da Constituição Federal. Nós nos tornamos o único
país com mais de 100 milhões de habitantes que ousou oferecer saúde para todos.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse “nos tornamos” (linha 1) por tornamo-
nos.

Comentário: Como o pronome pessoal do caso reto “nós” não é palavra atrativa, o pronome oblíquo átono
“nos” pode se posicionar antes ou depois do verbo.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

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13. (CESPE / IHBDF Técnico – 2018)


Fragmento do texto: Surpresas fazem parte da rotina de um socorrista. Quando um chamado chega via 192,
as informações nem sempre vêm de acordo com a real situação. Às vezes, é menos grave do que se dizia.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se deslocasse a partícula “se”, em “se dizia” (linha 2),
para imediatamente após a forma verbal: dizia-se.

Comentário: O pronome relativo “que” é palavra atrativa. Assim, o pronome oblíquo átono “se” só pode se
posicionar antes do verbo.

Como a questão afirmou que tal deslocamento prejudicaria a correção gramatical, está correta.

Gabarito: C

14. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: Até meados da década de 90 do século XX, ainda na era da cédula de papel, a apuração
geralmente era feita em ginásios esportivos e durava muitos dias. As pessoas que tiveram a oportunidade
de ver uma dessas apurações devem se lembrar das fases da contagem de votos.
A correção gramatical do texto seria mantida caso o trecho “devem se lembrar” (linha 3) fosse reescrito de
qualquer uma das seguintes formas: devem-se lembrar ou devem lembrar-se.

Comentário: A afirmação está correta, pois o posicionamento de pronome pessoal oblíquo átono numa
locução verbal basicamente ocorre de três formas:

As pessoas ... devem se lembrar (próclise ao verbo principal)

As pessoas ... devem-se lembrar (ênclise ao verbo auxiliar)

As pessoas ... devem lembrar-se (ênclise ao verbo principal)

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

15. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: Desde que a urna eletrônica foi adotada em todo o território brasileiro, votar passou a
ser uma atividade relativamente simples.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam mantidos caso se substituísse “foi adotada” (linha
1) por se adotou.

Comentário: A locução verbal “foi adotada” marca a voz passiva analítica. A expressão “se adotou” até
parece ser passiva sintética; mas, pela posição dos termos e pelo contexto, o pronome “se” é reflexivo, isto
é, na substituição pedida na questão, o sujeito “a urna eletrônica” passaria de paciente para agente. Assim,
a afirmação está errada.

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Gabarito: E

16. (CESPE / TRF 1ª R Analista – 2017)


Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais,
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida baseia-se em
um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade de garantir um hábitat
saudável às atuais e futuras gerações humanas.
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, o trecho “são protegidos” (linha 3)
poderia ser substituído por protegem-se.

Comentário: Da mesma que na questão anterior, a locução verbal “são protegidos” marca a voz passiva
analítica. A expressão “protegem-se” até parece ser passiva sintética; mas, pela posição dos termos e pelo
contexto, o pronome “se” é reflexivo, isto é, na substituição pedida na questão, o sujeito “os animais”
passaria de paciente para agente.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

17. (CESPE / TRF 1ª R Analista – 2017)


Fragmento do texto: O pensamento do filósofo grego Sócrates, no século V a. C., marcou uma reviravolta na
história humana. Até então, a filosofia procurava explicar o mundo com base na observação das forças da
natureza. A partir de Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo.
O pronome na forma verbal “voltou-se” (linha 3) denota reciprocidade, aspecto enfatizado pela expressão
“para si mesmo”.

Comentário: A expressão “para si mesmo” reforça o valor reflexivo do pronome “se”. Assim, não cabe a
reciprocidade e a afirmação está errada.

Gabarito: E

18. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e
energia vital toda vez que o ser humano se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já
estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
No trecho “rendendo-se” (linha 3), o pronome “se” indica que o sujeito dessa forma verbal é indeterminado.

Comentário: O pronome “se” que indica que o sujeito é indeterminado é o índice de indeterminação do
sujeito. Porém, notamos que o sujeito do verbo “rendendo” é determinado e está subentendido na
expressão “o ser humano”.

Tal pronome pode ser interpretado como pronome apassivador, pois o contexto admite a
transposição para a voz passiva analítica: sendo rendido à sedução do repouso...

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Dessa forma, a afirmação está errada.

Gabarito: E

19. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: Entretanto, no início do século XX, a pedagogia tradicional foi contestada pela Escola
Nova. A pedagogia nova se constitui como oposição estreita à tradição: concentração da atenção na criança,
suas afinidades e seus campos de interesse; definição do docente como guia etc. A pedagogia nova se opõe
a uma pedagogia tradicionalmente centrada no mestre e nos conteúdos a transmitir.
Nos segmentos “A pedagogia nova se constitui como oposição” (linha 2) e “A pedagogia nova se opõe” (linha
3), o pronome “se” desempenha a mesma função sintática.

Comentário: Note que o pronome “se” se junta ao verbo transitivo direto “constitui” e ao transitivo direto e
indireto “opõe”. Assim, poderíamos ficar na dúvida entre este pronome ser apassivador ou reflexivo.

Note que o sujeito “A pedagogia nova”, nas duas construções, tem um papel agente: a pedagogia
nova constitui ela mesma como oposição estreita à tradição; ela opõe ela mesma a uma pedagogia
tradicionalmente centrada no mestre.

Assim, entendemos o mesmo valor reflexivo em tal pronome. Como a afirmação tem relação com o
seu papel sintático, este pronome, nas duas ocorrências, funciona como objeto direto.

Portanto, a afirmação está correta.

Gabarito: C

20. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: Os biógrafos dos grandes autores sempre tentam rastrear os livros que seus
personagens leram na juventude, porque sabem que essas fontes escondem o segredo de seu
aperfeiçoamento como escritores.
Na linha 1, o pronome “que” retoma “os livros”, e ambos os termos exercem a mesma função sintática nas
orações em que ocorrem.

Comentário: Na oração subordinada adjetiva “que seus personagens leram na juventude”, o pronome
relativo “que” pode ser substituído por “os quais”, pois realmente retoma “livros”. Dentro desta oração, note
que o verbo “leram” é transitivo direto, concorda com o sujeito “seus personagens” e tem como objeto
direto o pronome relativo “que”, pois entendemos que os personagens leram os livros.

Na oração principal “Os biógrafos dos grandes autores sempre tentam rastrear os livros”, ocorre o
sujeito “Os biógrafos dos grandes autores”, a locução verbal transitiva direta “tentam rastrear” e o objeto
direto “os livros”.

Assim, a afirmação está correta.

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Gabarito: C

21. (CESPE / TRE PE Técnico - 2017)


Fragmento do texto: Na teoria constitucional moderna, cidadão é o indivíduo que tem um vínculo jurídico
com o Estado, sendo portador de direitos e deveres fixados por determinada estrutura legal (Constituição,
leis), que lhe confere, ainda, a nacionalidade. Cidadãos, em tese, são livres e iguais perante a lei, porém
súditos do Estado.
No texto, o pronome “lhe” (linha 3) faz referência a
a) “Estado” (linha 2).
b) “portador de direitos e deveres” (linha 2).
c) “nacionalidade” (linha 3).
d) “teoria constitucional moderna” (linha 1).
e) “cidadão” (linha 1).

Comentário: Entendemos do texto que a estrutura legal (Constituição, leis) confere ao cidadão a
nacionalidade. Note que em seguida, a palavra “Cidadãos” reforça esse entendimento e complementa que
os cidadãos são livres e iguais perante a lei.

Assim, a alternativa correta é a (E), pois o pronome “lhe” retoma “cidadão”.

Gabarito: E

22. (CESPE / TRE PE Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Disso é possível deduzir que os membros de uma corporação profissional — no caso,
funcionários e servidores da administração pública — também devem ser submetidos ao julgamento ético-
moral. A administração pública deve pautar-se nos princípios constitucionais que a regem. É necessário,
ainda, que tais princípios estejam pública e legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os cidadãos,
para que estes possam respeitá-los e vivenciá-los. Nesse contexto, destacam-se os princípios constitucionais
tidos como base da função pública e que, sem dúvida, constituem pilares de sustentabilidade da função
gestora.
Na linha 5 do texto, a forma pronominal “los”, em “respeitá-los” e “vivenciá-los", remete a
a) “todos os cidadãos” (linha 4).
b) “princípios constitucionais” (linhas 5).
c) “estes” (linha 5).
d) “os membros de uma corporação profissional” (linha 1).
e) “funcionários e servidores da administração pública” (linha 2).

Comentário: Entendemos do texto que é necessário que os princípios constitucionais estejam pública e
legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os cidadãos, para que estes (os cidadãos) possam

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respeitar e vivenciar esses princípios. Assim, a alternativa correta é a (B), pois o pronome “los”, em suas duas
ocorrências, retoma “princípios constitucionais”.

Gabarito: B

23. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento do texto: Pedir ao educador que situe o centro de gravidade na própria criança é pedir-lhe nada
menos que fazer uma revolução, se é verdade que até agora o centro de gravidade foi situado fora dela. É
essa revolução — exigência fundamental do movimento da educação nova — que Claparède compara à que
Copérnico realizou na astronomia, e que ele define, com tanta felicidade, nas seguintes linhas: “são os
métodos e os programas que gravitam em torno da criança e não mais a criança que gira em torno de um
programa decidido fora dela. Essa é a revolução copernicana à qual a psicologia convida o educador”.
Na linha 4, o pronome “ele” tem como referente o nome “Copérnico”.

Comentário: O pronome “ele” se refere a “Claparède”, e não a “Copérnico”. Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

24. (CESPE / SEEDF Médio – 2017)


Fragmento do texto: Não têm conta entre nós os pedagogos da prosperidade que, apegando-se a certas
soluções onde, na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais, transformam-nas em requisito obrigatório
e único de todo progresso. É bem característico, para citar um exemplo, o que ocorre com a miragem da
alfabetização. Quanta inútil retórica se tem desperdiçado para provar que todos os nossos males ficariam
resolvidos de um momento para o outro se estivessem amplamente difundidas as escolas primárias e o
conhecimento do abc.
A muitos desses pregoeiros do progresso seria difícil convencer de que a alfabetização em massa não
é condição obrigatória nem sequer para o tipo de cultura técnica e capitalista que admiram.
Desacompanhada de outros elementos fundamentais da educação, que a completem, é comparável, em
certos casos, a uma arma de fogo posta nas mãos de um cego.
A forma pronominal “nas”, em “transformam-nas” (linha 2), refere-se a “verdades parciais” (linha 2).

Comentário: O texto é uma crítica a alguns pedagogos. Entende-se do trecho que os pedagogos da
prosperidade transformam certas soluções em requisito obrigatório e único de todo progresso.

Nessas soluções se abrigam verdades parciais, por isso o texto critica e afirma ser uma inútil retórica.

Dessa forma, a afirmação da questão está errada.

Gabarito: E

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25. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Meu querido neto Mizael,
Recebi a sua cartinha. Ver que você se tem adiantado muito me deu muito prazer.
Fiquei muito contente quando sua mãe me disse que em princípio de maio estarão cá, pois estou com
muitas saudades de vocês todos. Vovó te manda muitas lembranças.
A menina de Zulmira está muito engraçadinha. Já tem 2 dentinhos.
Com muitas saudades te abraça sua Dindinha e Amiga,
Bárbara
Carta de Bárbara ao neto Mizael (carta de 1883). Corpus Compartilhado Diacrônico: cartas pessoais
brasileiras. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras. Internet: (com adaptações).
A próclise observada em todas as ocorrências dos pronomes oblíquos átonos no texto é atestada no
português brasileiro coloquial.

Comentário: O Português brasileiro coloquial expressa uma liberdade linguística, a qual muitas vezes fere a
norma culta, mas nem sempre. Certamente, você percebeu que a colocação do pronome antes da locução
verbal “tem adiantado” é típica da linguagem formal, culta, e muito empregada no Português de Portugal.
Normalmente, o brasileiro, numa linguagem coloquial, expressa-se da seguinte forma: você tem se
adiantado. Ambas as construções estão de acordo com a norma culta, mas a segunda é a forma mais
evidente na linguagem falada e coloquial.

Dessa forma, a afirmação está errada.

Gabarito: E

26. (CESPE / SEEDF Médio – 2017)


Fragmento do texto: Rubião tinha vexame, por causa de Sofia; não sabia haver-se com senhoras. Felizmente,
lembrou-se da promessa que a si mesmo fizera de ser forte e implacável.
O sentido original do texto seria alterado caso a expressão “a si mesmo” (linha 2) fosse substituída por lhe.

Comentário: Certamente o sentido muda da estrutura pronominal reflexiva “a si mesmo” para o pronome
pessoal oblíquo átono “lhe”.

Na primeira construção, a promessa foi feita por Rubião a ele mesmo. Já, na segunda construção,
entender-se-ia que Rubião teria feito tal promessa a uma outra pessoa: Sofia.

Como a questão afirmou que o sentido original do texto seria alterado com a troca, a afirmação está
correta.

Gabarito: C

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27. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: Um estudo coordenado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que, enquanto 80% dos
professores de educação infantil da rede pública do país têm nível superior completo, 65,6% dos docentes
dessa mesma etapa na rede privada têm igual escolaridade.
Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram que a formação dos professores das instituições
públicas continua melhor que a dos professores da rede privada nos anos iniciais do ensino fundamental.
Nos anos finais dessa etapa, a proporção de docentes com formação adequada muda: 92% dos docentes na
rede privada e 89% na pública. No ensino médio, a formação é praticamente igual.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso o pronome “dessa” (linha 6) fosse substituído por da.

Comentário: A troca do pronome demonstrativo pelo artigo definido normalmente é bem aceita e cabe
gramática e textualmente, mas sempre devemos observar o contexto, para evitar “pegadinhas”.

A interpretação do texto é fundamental na resposta a esta questão!

Devemos lembrar que esta prova foi aplicada para cargos da área de educação em que o candidato
deveria saber diferenciar as etapas da educação. Vamos a uma explicação prévia para entendermos bem o
texto.

A educação infantil é a primeira etapa da educação básica e abrange a creche e a pré-escola para as
crianças de 0 a 5 anos. As outras fases do ensino básico são o ensino fundamental, dos 6 aos 14 anos, (do 1º
ano escolar ao 9º ano escolar, antigo primeiro grau) e o ensino médio, dos 15 aos 17 anos (do 1º ano escolar
ao 3º ano escolar, antigo segundo grau).

Vamos ao texto!

No primeiro parágrafo, fala-se de um estudo na etapa de educação infantil (crianças de 0 a 5 anos).


Quando se quis retomar a etapa da “educação infantil”, colocou-se a expressão “dessa mesma etapa” (linha
3).

No segundo parágrafo, faz-se menção aos “anos iniciais do ensino fundamental”. Em seguida é dito
que, nos anos finais dessa etapa, a proporção de docentes com formação adequada muda: 92% dos docentes
na rede privada e 89% na pública. Assim, “dessa etapa” retoma obrigatoriamente o “ensino fundamental”
(do 1º ano escolar ao 9º ano escolar, antigo primeiro grau). Os anos finais dessa etapa são “8º e 9º anos”.

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Se se permitisse usar no lugar do pronome “essa” o artigo “a”, ele faria entender a palavra “etapa” já
falada anteriormente no texto. Assim, a informação seria incoerente, pois se entenderia que seriam os anos
finais da educação infantil (4 e 5 anos de idade da criança), o que prejudicaria a informação por um vício de
linguagem. Veja a substituição e localize a mudança de informação pelas setas:

Um estudo coordenado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que, enquanto 80% dos professores de
educação infantil da rede pública do país têm nível superior completo, 65,6% dos docentes dessa mesma
etapa na rede privada têm igual escolaridade.

Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram que a formação dos professores das instituições
públicas continua melhor que a dos professores da rede privada nos anos iniciais do ensino fundamental. Nos
anos finais da etapa, a proporção de docentes com formação adequada muda: 92% dos docentes na rede
privada e 89% na pública. No ensino médio, a formação é praticamente igual.

Agora, localize a informação com o pronome demonstrativo:

Um estudo coordenado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que, enquanto 80% dos professores de
educação infantil da rede pública do país têm nível superior completo, 65,6% dos docentes dessa mesma
etapa na rede privada têm igual escolaridade.

Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram que a formação dos professores das instituições
públicas continua melhor que a dos professores da rede privada nos anos iniciais do ensino fundamental. Nos
anos finais dessa etapa, a proporção de docentes com formação adequada muda: 92% dos docentes na rede
privada e 89% na pública. No ensino médio, a formação é praticamente igual.

Como houve incoerência da informação por meio do emprego equivocado do artigo “a”, houve
incorreção gramatical e a afirmação está errada.

Gabarito: E

28. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Meu querido neto Mizael,
Recebi a sua cartinha. Ver que você se tem adiantado muito me deu muito prazer.
Fiquei muito contente quando sua mãe me disse que em princípio de maio estarão cá, pois estou com
muitas saudades de vocês todos. Vovó te manda muitas lembranças.
A menina de Zulmira está muito engraçadinha. Já tem 2 dentinhos.
Com muitas saudades te abraça sua Dindinha e Amiga,
Bárbara
Carta de Bárbara ao neto Mizael (carta de 1883). Corpus Compartilhado Diacrônico: cartas pessoais
brasileiras. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras. Internet: (com adaptações).
O texto se caracteriza por uma uniformidade de tratamento do destinatário da carta, verificada no emprego
das formas pronominais.

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Comentário: A uniformidade de tratamento se refere a verbo e pronomes na mesma pessoa do discurso: ou


todos na 1ª, ou todos na 2ª, ou todos na 3ª.

Note que Bárbara refere-se ao neto em terceira pessoa do singular, por meio do pronome de
tratamento “você”, do pronome possessivo “sua”, além dos verbos. Porém, ao empregar o pronome pessoal
oblíquo átono “te”, que é de segunda pessoa do singular, houve o rompimento da uniformidade de
tratamento. Para manter essa uniformidade, o ideal será o pronome átono “o”.

Dessa forma, a afirmação está errada.

Gabarito: E

29. (CESPE / SEEDF Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Não têm conta entre nós os pedagogos da prosperidade que, apegando-se a certas
soluções onde, na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais, transformam-nas em requisito obrigatório
e único de todo progresso. É bem característico, para citar um exemplo, o que ocorre com a miragem da
alfabetização. Quanta inútil retórica se tem desperdiçado para provar que todos os nossos males ficariam
resolvidos de um momento para o outro se estivessem amplamente difundidas as escolas primárias e o
conhecimento do abc.
A muitos desses pregoeiros do progresso seria difícil convencer de que a alfabetização em massa não
é condição obrigatória nem sequer para o tipo de cultura técnica e capitalista que admiram.
Desacompanhada de outros elementos fundamentais da educação, que a completem, é comparável, em
certos casos, a uma arma de fogo posta nas mãos de um cego.
O vocábulo “Quanta” (linha 4) classifica-se, na oração em que ocorre, como pronome interrogativo.

Comentário: O pronome “Quanta” pode ser interrogativo em frases interrogativas diretas ou indiretas,
como:

Quanta emoção há neste coração?

Quero saber quanta emoção há neste coração.

Note que a interrogativa direta termina com ponto de interrogação e a interrogativa indireta termina
com ponto final. A segunda frase é interrogativa indireta, como vimos na aula de sintaxe do período
composto por subordinação substantiva, momento em que vimos as peculiaridades da oração subordinada
substantiva objetiva direta.

Agora, voltemos à questão!

Não havendo essa expressividade interrogativa, o pronome passa a ser indefinido, como ocorre no
contexto:

Quanta inútil retórica se tem desperdiçado para provar que todos os nossos males ficariam resolvidos de um
momento para o outro se estivessem amplamente difundidas as escolas primárias e o conhecimento do abc.

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A banca deu como correta a afirmação, admitindo como pronome interrogativo o vocábulo “Quanta”.
Para que houvesse uma noção interrogativa, neste contexto, deveria ter havido ponto de interrogação ao
final, pois não se enquadra numa frase interrogativa indireta, como falamos anteriormente.

Assim, o gabarito da banca CESPE foi correto, mas isso foge à base gramatical. O ideal seria a
afirmação ter sido considerada como errada.

Gabarito: C

30. (CESPE / DPU Nível Superior – 2016)


Fragmento do texto: O objetivo do referido projeto é o de ir até a população que normalmente não tem
acesso à Defensoria Pública. “Nós chegamos de forma humanizada até essas pessoas em situação de rua.
Com esse trabalho nós estamos garantindo seu acesso à justiça e aos direitos para que consigam se beneficiar
de outras políticas públicas”, explica a coordenadora do Departamento de Atividade Psicossocial.
Seria mantida a correção gramatical do período caso a partícula “se”, em “se beneficiar” (linha 3), fosse
deslocada para imediatamente após a forma verbal “beneficiar” — escrevendo-se beneficiar-se.

Comentário: Como vimos anteriormente, dentre as formas de colocação de um pronome numa locução
verbal, podemos ter o pronome átono proclítico ao verbo principal (forma adotada no texto original:
consigam se beneficiar) e enclítico ao verbo principal (forma pedida na questão: consigam beneficiar-se).

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

31. (CESPE / FUNPRESP Nível Superior – 2016)


Fragmento do texto: Quando se cansava, sentava-se a uma grande mesa ao fundo da sala e escrevia o resto
da noite. Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a artigos, uns quarenta ou
cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa
diferente daquela e pagar ao barbeiro.
A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos” (linha 2), por lhe preservaria a correção gramatical
do texto.

Comentário: O verbo “reduziu” é transitivo direto e indireto, o pronome “o” é o objeto direto e “a artigos”
é o objeto indireto. Assim, não pode haver tal substituição.

Gabarito: E

32. (CESPE / DPU Nível Superior – 2016)


Fragmento do texto: No Brasil, pode-se considerar marco da história da assistência jurídica, ou justiça
gratuita, a própria colonização do país, ainda no século XVI. O surgimento de lides provenientes das inúmeras
formas de relação jurídica então existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver essas contendas

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— já dava início a situações em que constantemente as partes se viam impossibilitadas de arcar com os
possíveis custos judiciais das demandas.
Em “as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas” (linhas 4 e
5), a partícula “se” foi empregada no sentido de umas às outras.

Comentário: Devemos entender que o sujeito “as partes” é agente. Assim, eliminamos a possibilidade de o
pronome “se” ser apassivador. Note que as partes não eram vistas, elas viam a si mesmas impossibilitadas
de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas. Assim, entendemos que há o pronome reflexivo. A
possibilidade de se entender a expressão “a si mesmas” nos conduz a esta ideia.

A questão tentou nos induzir, por meio da expressão “uns com os outros”, a entender o sentido de
reciprocidade. Por isso, a afirmação está errada.

Gabarito: E

33. (CESPE / FUNPRESP Nível Superior – 2016)


Fragmento do texto: Parece que foi de nascença. Ele já teria vindo ao mundo assim, com todas as certezas
junto, pulou a fase dos porquês e nunca soube o que era curiosidade na vida. Cresceu achando natural viver
derramando afirmações pela boca. A notícia espalhou-se rapidamente. Não demorou muito para se tornar
capa de todas as revistas e personagem assíduo dos programas de TV.
A supressão da partícula “se”, em “espalhou-se” (linha 3), prejudicaria a correção gramatical do texto e seu
sentido original.

Comentário: O verbo “espalhou” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e conseguimos perceber
o termo “A notícia” como sujeito paciente, pois entendemos que a notícia foi espalhada por alguém não
informado no texto.

Com a exclusão do pronome, o sujeito passa a ser agente e o verbo deixa de ter seu complemento
verbal, o que torna a estrutura incoerente. Tal verbo precisa de uma pessoa como agente, mesmo que fique
subentendida.

Alguém espalha algo. Algo é espalhado por alguém. Algo é espalhado.

Como a questão afirmou que a exclusão do pronome prejudicaria a correção e o sentido, está correta.

Gabarito: C

34. (CESPE / Anatel Técnico – 2014)


Fragmento do texto: “Amanhã” significa, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou
desaparecer”, “procure outro”, “não quero”, “no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”,
“vamos mudar de assunto” etc. e, em casos excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro
que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos de treinamento para distinguir qual o sentido
pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual cordialidade, que fará tal ou
qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave.

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O pronome “ele” (linha 5) tem como referente “Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil” (linhas 3 e
4).

Comentário: Fica claro após a leitura do trecho que o pronome “ele” refere-se a “interlocutor brasileiro”
(linha 5), e não a “Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil”. Assim, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

35. (CESPE / MPE PI Superior – 2012)


Fragmento do texto: Na era das redes sociais, algumas formas de comunicação arcaicas ainda dão resultado.
O canadense Harold Hackett que o diga. Morador da Ilha Príncipe Eduardo, uma das dez províncias do
Canadá, ele enviou mais de 4.800 mensagens em uma garrafa e recebeu 3.100 respostas de pessoas de várias
partes do mundo. De acordo com a BBC, o canadense envia as mensagens desde 1996.
O seu método é simples. Harold utiliza garrafas de suco de laranja e se certifica de que as mensagens
estão com data. Antes de enviá-las, checa o sentido dos ventos — que devem rumar de preferência para
oeste ou sudoeste. Algumas cartas demoraram 13 anos para voltar para ele.
A forma pronominal “las”, em “enviá-las” (linha 6), pode fazer referência tanto ao termo “garrafas” (linha 5)
quanto ao termo “mensagens” (linha 5).

Comentário: A forma pronominal “las" retoma explicitamente o substantivo “mensagens”. Como essas
mensagens são enviadas por meio de “garrafas”, contextualmente, “mensagens” e “garrafas” possuem o
mesmo sentido na retomada por este pronome. Veja:

“Harold utiliza garrafas de suco de laranja e se certifica de que as mensagens estão com data. Antes de enviá-
las(as mensagens, as garrafas)...”

Gabarito: C

36. (CESPE / Ancine Analista Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: A perfeita fruição do ato de ir ao cinema é prejudicada por qualquer distúrbio visual ou
auditivo, que lembra ao espectador, contra a sua vontade, que ele estava a ponto de suscitar uma
experiência especial mediante a exclusão da realidade trivial da vida corrente. Esses distúrbios o remetem à
existência de um mundo exterior, totalmente incompatível com a realidade psicológica de sua experiência
cinematográfica.
Os pronomes “ele” (linha 2), “sua” (linhas 2 e 5) e “o” (linha 4) referem-se ao termo “espectador” (linha 2),
com o qual estabelecem uma cadeia coesiva.

Comentário: A cadeia coesiva ocorre quando há uma sequência de palavras que retomam o mesmo
referente, como ocorreu neste texto. Para ficar mais fácil compreender, observe as indicações:

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A perfeita fruição do ato de ir ao cinema é prejudicada por qualquer distúrbio visual ou auditivo,
que lembra ao espectador, contra a sua vontade, que ele estava a ponto de suscitar uma experiência
especial mediante a exclusão da realidade trivial da vida corrente. Esses distúrbios o remetem à existência de
um mundo exterior, totalmente incompatível com a realidade psicológica de sua experiência
cinematográfica.

Gabarito: C

37. (CESPE / ANS Analista Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: Os planos com pior avaliação — durante dois períodos consecutivos — estão sujeitos à
suspensão temporária da comercialização. Quando isso ocorre, os clientes que já haviam contratado o
serviço continuam no direito de usá-lo, mas a operadora não pode aceitar novos beneficiários nesses planos.
Em “usá-lo” (linha 3), o pronome “lo” é elemento coesivo que se refere ao antecedente “serviço” (linha 3).

Comentário: Entendemos, de acordo com o texto, que os clientes continuam no direito de usar o “serviço”,
concorda? Assim, o pronome “-lo” retomou o antecedente “serviço” e a questão está correta.

Gabarito: C

38. (CESPE / BSF nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Não se trata, contudo, de luta do bem contra o mal, pois tal embate tem uma
especificação histórica cuja raiz se encontra no próprio surgimento do Brasil como país.
Na linha 1, seria mantida a correção gramatical do texto se o pronome “se” fosse deslocado para
imediatamente depois do verbo, escrevendo-se Não trata-se.

Comentário: O advérbio “Não” é palavra atrativa e força a próclise: Não se trata. Assim, a afirmativa está
errada.

Gabarito: E

39. (CESPE / TJSE Analista – 2014)


Fragmento do texto: Dinheiro, também. E motivação política, isso então nem se fala.
No segmento “isso então nem se fala”, a posição do pronome “se” justifica-se pela presença de palavra de
sentido negativo.

Comentário: O vocábulo “não” tem valor negativo, por isso é palavra atrativa e força a próclise: “isso então
nem se fala”. Assim, a afirmativa está correta.

Gabarito: C

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40. (CESPE / TJSE Analista – 2014)


Fragmento do texto: A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações Filipinas, um código legal que se
aplicava a Portugal e seus territórios ultramarinos. Com todas as letras, as Ordenações Filipinas asseguravam
ao marido o direito de matar a mulher caso a apanhasse em adultério. Também podia matá-la por
meramente suspeitar de traição.
Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso os pronomes “se” (linha 1) e “a” (linha 3)
fossem deslocados para imediatamente após as formas verbais “aplicava” (linha 2) e “apanhasse” (linha 3),
escrevendo-se que aplicava-se e caso apanhasse-a, respectivamente.

Comentário: Como o pronome relativo “que” e a conjunção subordinativa condicional “caso” são palavras
atrativas, elas forçam a próclise: que se aplicava e caso a apanhasse. Assim, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

41. (CESPE / CADE Agente Administrativo – 2014)


No trecho “nos teria afligido um projeto de educação totalitária”, o pronome “nos” poderia ser corretamente
empregado imediatamente após a forma verbal “teria”, escrevendo-se teria-nos.

Comentário: Não pode haver ênclise a um verbo no futuro do pretérito do indicativo. Neste caso, cabe, além
da próclise, conforme o texto original, a mesóclise: ter-nos-iam.

Gabarito: E

42. (CESPE / CADE Analista Técnico-Administrativo – 2014)


Fragmento do texto: Venezuela e Argentina, por sua vez, começam a se parecer com casos econômicos sem
solução. Na Venezuela, a inflação passa de 50% ao ano — igual à da Síria, país devastado pela guerra.
Em “começam a se parecer” (linha 1), o pronome “se” poderia ser deslocado para imediatamente após a
forma verbal “parecer”, escrevendo-se começam a parecer-se.

Comentário: A colocação pronominal nesta locução verbal admite a próclise ao verbo principal “começam a
se parecer” e a ênclise ao verbo principal: “começam a parecer-se”. Assim, a afirmativa da questão está
correta.

Gabarito: C

43. (CESPE / Câmara Deputados Consultor Legislativo – 2014)


Fragmento de texto: À primeira vista, o Plano Piloto de Brasília parece uma repetição de construções. As
quadras, distribuídas simetricamente pelas asas, têm prédios com plantas semelhantes, que se repetem a
cada quadradinho, muitas vezes até localizados de forma análoga. Dentro dos apartamentos, entretanto,
esconde-se o estilo de cada morador, que se revela não apenas em detalhes decorativos, mas em
modificações nas plantas e na função dos cômodos.

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Nas estruturas “que se repetem” (linha 2) e “que se revela” (linha 4), o pronome “se” poderia ser deslocado,
sem prejuízo da correção gramatical do texto, para imediatamente após as formas verbais “repetem” e
“revela” — que repetem-se e que revela-se, respectivamente.

Comentário: O pronome relativo “que” é palavra atrativa e força a colocação pronominal antes do verbo.
Assim, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

44. (CESPE / MTE Contador – 2014)


Fragmento de texto: Não por menos, tal massa de compradores se converteu na locomotiva da economia
brasileira e em alvo preferido das Empresas.
Na linha 1, o pronome “se” poderia ser deslocado para imediatamente após a forma verbal “converteu”,
escrevendo-se converteu-se, sem prejuízo da correção gramatical do texto.

Comentário: No texto original, o pronome oblíquo átono “se” encontra-se antes do verbo “converteu”,
tendo em vista a eufonia, isto é, soa agradável, menos artificial. Então, mesmo não havendo palavra atrativa,
admite-se a próclise. A questão pede apenas para transpor o pronome para sua posição normal, após o
verbo. Assim, a afirmativa está certa.

Gabarito: C

45. (CESPE / Câmara Deputados Polícia Legislativa – 2014)


Fragmento de texto: Assim, podemos perceber que a ideia de polícia está intimamente ligada à noção de
política. Não há como dissociá-las. A atividade de polícia é, portanto, política, uma vez que diz respeito à
forma como a autoridade coletiva exerce seu poder.
O trecho “Não há como dissociá-las” (linha 2) poderia ser corretamente reescrito de diferentes maneiras, a
exemplo das seguintes: É impossível separá-las; Não há forma de as dissociar; Não separam-se.

Comentário: As substituições estão corretas quanto ao sentido, porém a última expressão possui a palavra
atrativa “Não”, por isso deve haver próclise: Não se separam. Assim, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

46. (CESPE / Ancine Analista Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: Pouco lhe importam as condições técnicas e socioeconômicas das indústrias que, em
primeira instância, lhe possibilitam assistir aos filmes; na verdade, esse tipo de preocupação nem lhe passa
pela cabeça.
Mantendo-se a correção gramatical do texto, no último período do primeiro parágrafo, o pronome “lhe”
poderia ser deslocado para logo depois das formas verbais “importam” (linha 1), “possibilitam” (linha 2) e
“passa” (linha 2), escrevendo-se importam-lhe, possibilitam-lhe e passa-lhe, respectivamente.

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Comentário: Quando há palavra atrativa, o pronome pessoal oblíquo átono deve se posicionar antes do
verbo. No texto, o advérbio “Pouco” e a palavra negativa “nem” atraem o pronome “lhe” para antes do verbo
obrigatoriamente. Assim, deve permanecer a próclise. Veja:

Pouco lhe importam as condições técnicas e socioeconômicas das indústrias que, em primeira instância, lhe
possibilitam assistir aos filmes; na verdade, esse tipo de preocupação nem lhe passa pela cabeça.

Gabarito: E

47. (CESPE / Bacen Analista – 2013)


Fragmento do texto: Ele é agora gerente de uma loja de sapatos. Não porque escolheu, mas foi o que lhe
restou.
No trecho “Não porque escolheu, mas foi o que lhe restou” (linhas 1 e 2), o emprego da próclise relativa ao
pronome “lhe” explica-se pela presença do pronome relativo.

Comentário: A afirmação está corretíssima e autoexplicativa, concorda? Vimos que o pronome relativo
“que” é palavra atrativa, por isso o pronome “lhe” está posicionado antes do verbo “restou”, isto é, ocorreu
próclise.

Gabarito: C

48. (CESPE / TRT 10ªR Analista Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: A economia solidária vem-se apresentando como uma alternativa inovadora de geração
de trabalho e renda e uma resposta favorável às demandas de inclusão social no país.
No trecho “A economia solidária vem-se apresentando”, o deslocamento do pronome pessoal oblíquo para
depois do verbo principal da locução não prejudicaria a correção gramatical do texto: vem apresentando-
se.

Comentário: Conforme vimos na teoria, com a locução verbal, cabe o posicionamento vem-se apresentando,
vem se apresentando e vem apresentando-se. Assim, a afirmativa está correta.

Gabarito: C

49. (CESPE / TRE-MS Analista Judiciário – 2013)


No trecho “o de que não se trata de norma penal”, o emprego da próclise em vez da ênclise — não trata-se
— justifica-se pela presença de palavra negativa antecedendo a forma verbal.

Comentário: Note que realmente a palavra negativa “não” é atrativa, por isso deve haver o posicionamento
do pronome oblíquo átono “se” antes do verbo, como ocorreu no texto original. Assim, não cabe ênclise.

Gabarito: C

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50. (CESPE / ANS Analista Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: A avaliação das operadoras de planos de saúde em relação às garantias de
atendimento, previstas na RN 259, é realizada de acordo com dois critérios: comparativo, cotejando-as entre
si, dentro do mesmo segmento e porte; e avaliatório, considerando evolutivamente seus próprios resultados.
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir “é realizada” (linha 2) por realiza-se.

Comentário: A locução verbal “é realizada” encontra-se na voz passiva analítica. Na transposição para a voz
passiva sintética, devemos conservar o verbo principal (realizada) no mesmo tempo verbal do verbo “é”
(realiza: presente do indicativo) e devemos inserir o pronome apassivador “se”. Veja:

A avaliação ... é realizada (voz passiva analítica)

A avaliação ... realiza-se (voz passiva sintética)

Assim, a substituição está correta, porém a questão está errada, por afirmar que a substituição
prejudicaria a correção gramatical.

Gabarito: E

51. (CESPE / Bacen Técnico – 2013)


Fragmento do texto: Uma crise bancária pode ser comparada a um vendaval. Suas consequências sobre a
economia das famílias e das empresas são imprevisíveis. Os agentes econômicos relacionam-se em suas
operações de compra, venda e troca de mercadorias e serviços de modo que cada fato econômico, seja ele
de simples circulação, de transformação ou de consumo, corresponde à realização de ao menos uma
operação de natureza monetária junto a um intermediário financeiro, em regra, um banco comercial que
recebe um depósito, paga um cheque, desconta um título ou antecipa a realização de um crédito futuro.
A ideia de reciprocidade presente em “relacionam-se” (linha 2) seria reforçada caso fosse inserida,
imediatamente após essa forma, a expressão uns com os outros.

Comentário: Nesta questão, basta inserirmos a expressão para confirmarmos o valor de reciprocidade. Veja:

Os agentes econômicos relacionam-se em suas operações de compra, venda e troca de mercadorias e


serviços...

Os agentes econômicos relacionam-se uns com os outros em suas operações de compra, venda e troca de
mercadorias e serviços...

Questão tranquila, não é mesmo?!

Gabarito: C

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52. (CESPE / ANTT Superior – 2013)


Fragmento do texto: O baixo custo de aquisição e manutenção da bicicleta, assim como a facilidade de
manuseio, faz que ela seja um instrumento acessível para as diversas rendas e idades.
O trecho “faz que ela seja” (linha 2) poderia ser corretamente substituído por faz dela.

Comentário: Primeiramente, devemos realizar a troca e ler todo o período novamente para perceber se há
algum problema na construção. Ao fazer isso, notamos que a construção está correta.

Além disso, é interessante notarmos que houve apenas a troca de uma oração subordinada
substantiva objetiva direta em objeto indireto e direto. Com isso, deixamos de ter um pronome pessoal do
caso reto “ela” para termos um pronome pessoal oblíquo tônico “dela”. Compare:

O baixo custo (...) faz que ela seja um instrumento acessível ...
oração subordinada substantiva objetiva direta

(“ela” é pronome pessoal do caso reto na função de sujeito)

O baixo custo (...) faz dela um instrumento acessível ...


OI + objeto direto

(“dela” é pronome pessoal do caso oblíquo tônico na função de objeto indireto)

Gabarito: C

53. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2013)


Fragmento do texto: A mera declaração formal das liberdades nos documentos e nas legislações esboroava
diante da inexorável exclusão econômica da maioria da população. Em vista disso, já no século XIX, buscaram-
se os direitos sociais com ações estatais que compensassem tais desigualdades, municiando os desvalidos
com direitos implantados e construídos de forma coletiva em prol da saúde, da educação, da moradia, do
trabalho, do lazer e da cultura para todos.
A expressão “tais desigualdades” (linha 3), empregada, no período em que ocorre, sem um referente
explícito, está associada à “inexorável exclusão econômica da maioria da população” (linha 2).

Comentário: De acordo com o contexto, realmente podemos entender que a desigualdade a que se refere o
texto é a inexorável exclusão econômica da maioria da população. Assim, o pronome demonstrativo “tais”
ajuda na retomada da expressão anterior.

Gabarito: C

54. (CESPE / ANS Analista Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: As operadoras de planos de saúde deverão criar ouvidorias vinculadas às suas
estruturas organizacionais. A determinação é da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em norma
que será publicada no Diário Oficial da União.

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A medida está disposta na Resolução Normativa n.º 323 e objetiva reduzir conflitos entre operadoras
e consumidores, ampliando a qualidade do atendimento oferecido pelas empresas.
A expectativa é de que o funcionamento regular dessas estruturas possa gerar subsídios para a
melhoria de processos de trabalho nas operadoras, em especial no que diz respeito ao relacionamento com
o público e à racionalização do fluxo de demandas encaminhadas à ANS.
A expressão “dessas estruturas” (linha 6) refere-se ao antecedente “empresas” (linha 5).

Comentário: A afirmativa está errada, pois a expressão “dessas estruturas” faz referência à expressão
“ouvidorias vinculadas às suas estruturas organizacionais” (linhas 1 e 2).

Gabarito: E

55. (CESPE / Bacen Analista – 2013)


Fragmento do texto: Ele é agora gerente de uma loja de sapatos. Não porque escolheu, mas foi o que lhe
restou.
No segmento “mas foi o que lhe restou”, a referência do pronome “o” é a expressão nominal “uma loja de
sapatos”, e a do pronome “lhe” é o substantivo “gerente”.

Comentário: De acordo com o texto, podemos entender que aquilo que restou a ele foi ser gerente de uma
loja de sapatos. Assim, o pronome demonstrativo “o” não faz referência à expressão “uma loja de sapatos”,
mas à situação de ele ser o gerente de uma loja.

O pronome “lhe” realmente retoma o substantivo “gerente”.

Tendo em vista que apenas o segundo pronome possui referência correta, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

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3 – LISTA DE QUESTÕES

1. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: Mas e antes dos sensores, como é que se fazia? Imagino que algum funcionário trepava
na antena mais alta no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da luz solar, acionava um
interruptor, e a cidade toda se iluminava.
A substituição da locução “a cidade toda” (ℓ.3) por toda cidade preservaria os sentidos e a correção
gramatical do período.
2. (CESPE / STJ Técnico Judiciário – 2018)
Fragmento do texto: O debate se enquadra em torno de três principais ideias: bem-estar; liberdade e
desenvolvimento; e promoção de formas democráticas de participação. Autores importantes do campo da
ciência política e da filosofia política e moral se debruçaram intensamente em torno dessa questão ao longo
do século XX, e chegaram a conclusões diversas uns dos outros. Embora a perspectiva analítica de cada um
desses autores divirja entre si, eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de situações de
justiça social e têm hipóteses concretas para se chegar a esse estado de coisas.
Nos trechos “se debruçaram” (linha 3) e “se chegar” (linha 6), a partícula “se” recebe classificações distintas.

3. (CESPE / STJ Técnico Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: No pensamento filosófico da Antiguidade, a dignidade (dignitas) da pessoa humana era
alcançada pela posição social ocupada pelo indivíduo, bem como pelo grau de reconhecimento dos demais
membros da comunidade. A partir disso, poder-se-ia falar em uma quantificação (hierarquia) da dignidade,
o que permitia admitir a existência de pessoas mais dignas ou menos dignas.
A correção do texto seria mantida caso o pronome “se”, em “poder-se-ia falar” (linha 3), fosse deslocado
para imediatamente após a forma verbal “falar”, escrevendo-se poderia falar-se.

4. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Inicialmente me parece interessante reafirmar que sempre vi a alfabetização de adultos
como um ato político e um ato de conhecimento, por isso mesmo, como um ato criador.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso o pronome “me”, em “me parece” (linha 1), fosse
deslocado para logo após “parece”, da seguinte forma: parece-me.

5. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto 11A3CCC: Parece-me, pois, que primeiro a literatura nos faz sentir o que a língua é e
pode, e, só depois, a gramática e a linguística nos possibilitam saber o que é e como a língua é e o que ela
pode. (...)

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Fragmento do texto 11A3BBB: Tenho estado pensando todos estes dias em você e Dolores. Como vai ela
agora? Não tenho direito de exigir contínuas porque imagino as preocupações de você porém assim que ela
melhorar me mande apenas uma nota avisando que ela melhorou. Meu pensamento está aí com vocês e
meus desejos nem se fala! Me lembre a Dolores e tenha a certeza deste abraço de companhia. (...)
Considerando-se os gêneros dos textos e as variedades da língua portuguesa, estaria adequado o emprego
da próclise em “Parece-me” (ℓ.1 do texto 11A3CCC), assim como está adequado seu emprego em “Me
lembre” (ℓ.4 do texto 11A3BBB).

6. (CESPE / TCE BA Auditor – 2018)


Fragmento do texto: Temendo-se a naturalização da moral, moraliza-se a natureza; finge-se confundir a
ordem política e a ordem natural, e decreta-se imoral tudo o que conteste as leis estruturais da sociedade
que se quer defender. Para os prefeitos de Carlos X, assim como para os leitores do Figaro de hoje, a greve
constitui, em primeiro lugar, um desafio às prescrições da razão moralizada: “fazer greve é zombar de todos
nós”, isto é, mais do que infringir uma legalidade cívica, é infringir uma legalidade “natural”, atentar contra
o bom senso, misto de moral e lógica, fundamento filosófico da sociedade burguesa. Nesse caso, o escândalo
provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa porque incomoda precisamente aqueles a quem
ela não diz respeito. É a razão que sofre e se revolta: a causalidade direta, mecânica, essa causalidade é
perturbada; o efeito se dispersa incompreensivelmente longe da causa, escapa-lhe, o que é intolerável e
chocante. Ao contrário do que se poderia pensar sobre os sonhos da burguesia, essa classe tem uma
concepção tirânica, infinitamente suscetível, da causalidade: o fundamento da moral que professa não é de
modo algum mágico, mas, sim, racional.
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso se substituísse o trecho
A) “Temendo-se” (linha 1) por Se temendo.
B) “finge-se confundir” (linha 1) por finge confundir-se.
C) “decreta-se” (linha 2) por se decreta.
D) “que se quer defender” (linha 3) por que quer defender-se.
E) “se poderia pensar” (linha 10) por poderia-se pensar.

7. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018)


Fragmento do texto: Atualmente, como em nenhum outro período da história, crescem e se multiplicam as
agências governamentais em uma complexa rede internacional à procura de ameaças veladas ou qualquer
tipo de informação considerada sensível, em um jogo estratégico de poder e influência globais. E é esse
processo de identificação de ameaças, a busca por informações e dados, que pretende detectar intenções
dissimuladas que ocultem os mais diversos interesses, o que chamo de guerra secreta. Essa modalidade de
guerra se desenvolve entre agências ou serviços secretos, em uma corrida para ver quem chega primeiro.
A próclise observada em “se multiplicam” (linha 1) e “se desenvolve” (linha) é opcional, de modo que o
emprego da ênclise nesses dois casos também seria correto — multiplicam-se e desenvolve-se,
respectivamente.

8. (CESPE / STM Revisor de Texto – 2018)


Fragmento do texto: Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros estão aqui, como uma galáxia
pulsante, e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá fixar

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num sentido ou nelas procurará o sentido novo, porque assim como vão variando as explicações do universo,
também a sentença que antes parecera imutável para todo o sempre oferece subitamente outra
interpretação, a possibilidade duma contradição latente, a evidência do seu erro próprio. Aqui, neste
escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes,
estão os costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas,
algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].
Na linha 5, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de modo que sua substituição
por nesse resultaria em incorreção gramatical.

9. (CESPE / STM Revisor de Texto – 2018)


Fragmento do texto: Todos os seus cuidados, todos os seus bens, todos os frutos de suas laboriosas vigílias,
tudo deixam quando se vão. Não pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com
a morte.
Na linha 2, se a forma pronominal “alguma”, em vez de anteposta, estivesse posposta a “coisa”, a correção
gramatical do texto seria mantida.

10. (CESPE / STM Revisor de Texto – 2018)


Fragmento do texto: Para Maquiavel, o que importa, na política, é o poder real. Não é uma questão de justiça
ou de princípios, mas de capacidade de impor-se aos outros.
Na linha 2, a expressão “aos outros” poderia ser substituída por a outrem, sem prejuízo para a coerência e
coesão do texto, preservando-se seu sentido original.

11. (CESPE / STM Revisor de Texto – 2018)


2 Informo, ainda, que a pauta e os documentos da reunião serão enviados oportunamente.
3 Por fim, solicito, encarecidamente, que seja feito contato com a equipe de apoio deste Ministério
para confirmação de sua presença na reunião, por meio do endereço eletrônico ministerio@mp.gov.br.
Atenciosamente,
O pronome demonstrativo contido na contração deste refere-se ao órgão ao qual se destina o expediente
em questão.

12. (CESPE / IHBDF Analista – 2018)


Fragmento do texto: Em 1988, o SUS passou a fazer parte da Constituição Federal. Nós nos tornamos o único
país com mais de 100 milhões de habitantes que ousou oferecer saúde para todos.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse “nos tornamos” (linha 1) por tornamo-
nos.

13. (CESPE / IHBDF Técnico – 2018)


Fragmento do texto: Surpresas fazem parte da rotina de um socorrista. Quando um chamado chega via 192,
as informações nem sempre vêm de acordo com a real situação. Às vezes, é menos grave do que se dizia.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se deslocasse a partícula “se”, em “se dizia” (linha 2),
para imediatamente após a forma verbal: dizia-se.

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14. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: Até meados da década de 90 do século XX, ainda na era da cédula de papel, a apuração
geralmente era feita em ginásios esportivos e durava muitos dias. As pessoas que tiveram a oportunidade
de ver uma dessas apurações devem se lembrar das fases da contagem de votos.
A correção gramatical do texto seria mantida caso o trecho “devem se lembrar” (linha 3) fosse reescrito de
qualquer uma das seguintes formas: devem-se lembrar ou devem lembrar-se.

15. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: Desde que a urna eletrônica foi adotada em todo o território brasileiro, votar passou a
ser uma atividade relativamente simples.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam mantidos caso se substituísse “foi adotada” (linha
1) por se adotou.

16. (CESPE / TRF 1ª R Analista – 2017)


Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais,
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida baseia-se em
um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade de garantir um hábitat
saudável às atuais e futuras gerações humanas.
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, o trecho “são protegidos” (linha 3)
poderia ser substituído por protegem-se.

17. (CESPE / TRF 1ª R Analista – 2017)


Fragmento do texto: O pensamento do filósofo grego Sócrates, no século V a. C., marcou uma reviravolta na
história humana. Até então, a filosofia procurava explicar o mundo com base na observação das forças da
natureza. A partir de Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo.
O pronome na forma verbal “voltou-se” (linha 3) denota reciprocidade, aspecto enfatizado pela expressão
“para si mesmo”.

18. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e
energia vital toda vez que o ser humano se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já
estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
No trecho “rendendo-se” (linha 3), o pronome “se” indica que o sujeito dessa forma verbal é indeterminado.

19. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: Entretanto, no início do século XX, a pedagogia tradicional foi contestada pela Escola
Nova. A pedagogia nova se constitui como oposição estreita à tradição: concentração da atenção na criança,
suas afinidades e seus campos de interesse; definição do docente como guia etc. A pedagogia nova se opõe
a uma pedagogia tradicionalmente centrada no mestre e nos conteúdos a transmitir.
Nos segmentos “A pedagogia nova se constitui como oposição” (linha 2) e “A pedagogia nova se opõe” (linha
3), o pronome “se” desempenha a mesma função sintática.

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20. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: Os biógrafos dos grandes autores sempre tentam rastrear os livros que seus
personagens leram na juventude, porque sabem que essas fontes escondem o segredo de seu
aperfeiçoamento como escritores.
Na linha 1, o pronome “que” retoma “os livros”, e ambos os termos exercem a mesma função sintática nas
orações em que ocorrem.

21. (CESPE / TRE PE Técnico - 2017)


Fragmento do texto: Na teoria constitucional moderna, cidadão é o indivíduo que tem um vínculo jurídico
com o Estado, sendo portador de direitos e deveres fixados por determinada estrutura legal (Constituição,
leis), que lhe confere, ainda, a nacionalidade. Cidadãos, em tese, são livres e iguais perante a lei, porém
súditos do Estado.
No texto, o pronome “lhe” (linha 3) faz referência a
a) “Estado” (linha 2).
b) “portador de direitos e deveres” (linha 2).
c) “nacionalidade” (linha 3).
d) “teoria constitucional moderna” (linha 1).
e) “cidadão” (linha 1).

22. (CESPE / TRE PE Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Disso é possível deduzir que os membros de uma corporação profissional — no caso,
funcionários e servidores da administração pública — também devem ser submetidos ao julgamento ético-
moral. A administração pública deve pautar-se nos princípios constitucionais que a regem. É necessário,
ainda, que tais princípios estejam pública e legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os cidadãos,
para que estes possam respeitá-los e vivenciá-los. Nesse contexto, destacam-se os princípios constitucionais
tidos como base da função pública e que, sem dúvida, constituem pilares de sustentabilidade da função
gestora.
Na linha 5 do texto, a forma pronominal “los”, em “respeitá-los” e “vivenciá-los", remete a
a) “todos os cidadãos” (linha 4).
b) “princípios constitucionais” (linhas 5).
c) “estes” (linha 5).
d) “os membros de uma corporação profissional” (linha 1).
e) “funcionários e servidores da administração pública” (linha 2).

23. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento do texto: Pedir ao educador que situe o centro de gravidade na própria criança é pedir-lhe nada
menos que fazer uma revolução, se é verdade que até agora o centro de gravidade foi situado fora dela. É
essa revolução — exigência fundamental do movimento da educação nova — que Claparède compara à que
Copérnico realizou na astronomia, e que ele define, com tanta felicidade, nas seguintes linhas: “são os

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métodos e os programas que gravitam em torno da criança e não mais a criança que gira em torno de um
programa decidido fora dela. Essa é a revolução copernicana à qual a psicologia convida o educador”.
Na linha 4, o pronome “ele” tem como referente o nome “Copérnico”.

24. (CESPE / SEEDF Médio – 2017)


Fragmento do texto: Não têm conta entre nós os pedagogos da prosperidade que, apegando-se a certas
soluções onde, na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais, transformam-nas em requisito obrigatório
e único de todo progresso. É bem característico, para citar um exemplo, o que ocorre com a miragem da
alfabetização. Quanta inútil retórica se tem desperdiçado para provar que todos os nossos males ficariam
resolvidos de um momento para o outro se estivessem amplamente difundidas as escolas primárias e o
conhecimento do abc.
A muitos desses pregoeiros do progresso seria difícil convencer de que a alfabetização em massa não
é condição obrigatória nem sequer para o tipo de cultura técnica e capitalista que admiram.
Desacompanhada de outros elementos fundamentais da educação, que a completem, é comparável, em
certos casos, a uma arma de fogo posta nas mãos de um cego.
A forma pronominal “nas”, em “transformam-nas” (linha 2), refere-se a “verdades parciais” (linha 2).

25. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Meu querido neto Mizael,
Recebi a sua cartinha. Ver que você se tem adiantado muito me deu muito prazer.
Fiquei muito contente quando sua mãe me disse que em princípio de maio estarão cá, pois estou com
muitas saudades de vocês todos. Vovó te manda muitas lembranças.
A menina de Zulmira está muito engraçadinha. Já tem 2 dentinhos.
Com muitas saudades te abraça sua Dindinha e Amiga,
Bárbara
Carta de Bárbara ao neto Mizael (carta de 1883). Corpus Compartilhado Diacrônico: cartas pessoais
brasileiras. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras. Internet: (com adaptações).
A próclise observada em todas as ocorrências dos pronomes oblíquos átonos no texto é atestada no
português brasileiro coloquial.

26. (CESPE / SEEDF Médio – 2017)


Fragmento do texto: Rubião tinha vexame, por causa de Sofia; não sabia haver-se com senhoras. Felizmente,
lembrou-se da promessa que a si mesmo fizera de ser forte e implacável.
O sentido original do texto seria alterado caso a expressão “a si mesmo” (linha 2) fosse substituída por lhe.

27. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: Um estudo coordenado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que, enquanto 80% dos
professores de educação infantil da rede pública do país têm nível superior completo, 65,6% dos docentes
dessa mesma etapa na rede privada têm igual escolaridade.
Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram que a formação dos professores das instituições
públicas continua melhor que a dos professores da rede privada nos anos iniciais do ensino fundamental.

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Nos anos finais dessa etapa, a proporção de docentes com formação adequada muda: 92% dos docentes na
rede privada e 89% na pública. No ensino médio, a formação é praticamente igual.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso o pronome “dessa” (linha 6) fosse substituído por da.

28. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Meu querido neto Mizael,
Recebi a sua cartinha. Ver que você se tem adiantado muito me deu muito prazer.
Fiquei muito contente quando sua mãe me disse que em princípio de maio estarão cá, pois estou com
muitas saudades de vocês todos. Vovó te manda muitas lembranças.
A menina de Zulmira está muito engraçadinha. Já tem 2 dentinhos.
Com muitas saudades te abraça sua Dindinha e Amiga,
Bárbara
Carta de Bárbara ao neto Mizael (carta de 1883). Corpus Compartilhado Diacrônico: cartas pessoais
brasileiras. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras. Internet: (com adaptações).
O texto se caracteriza por uma uniformidade de tratamento do destinatário da carta, verificada no emprego
das formas pronominais.

29. (CESPE / SEEDF Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Não têm conta entre nós os pedagogos da prosperidade que, apegando-se a certas
soluções onde, na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais, transformam-nas em requisito obrigatório
e único de todo progresso. É bem característico, para citar um exemplo, o que ocorre com a miragem da
alfabetização. Quanta inútil retórica se tem desperdiçado para provar que todos os nossos males ficariam
resolvidos de um momento para o outro se estivessem amplamente difundidas as escolas primárias e o
conhecimento do abc.
A muitos desses pregoeiros do progresso seria difícil convencer de que a alfabetização em massa não
é condição obrigatória nem sequer para o tipo de cultura técnica e capitalista que admiram.
Desacompanhada de outros elementos fundamentais da educação, que a completem, é comparável, em
certos casos, a uma arma de fogo posta nas mãos de um cego.
O vocábulo “Quanta” (linha 4) classifica-se, na oração em que ocorre, como pronome interrogativo.

30. (CESPE / DPU Nível Superior – 2016)


Fragmento do texto: O objetivo do referido projeto é o de ir até a população que normalmente não tem
acesso à Defensoria Pública. “Nós chegamos de forma humanizada até essas pessoas em situação de rua.
Com esse trabalho nós estamos garantindo seu acesso à justiça e aos direitos para que consigam se beneficiar
de outras políticas públicas”, explica a coordenadora do Departamento de Atividade Psicossocial.
Seria mantida a correção gramatical do período caso a partícula “se”, em “se beneficiar” (linha 3), fosse
deslocada para imediatamente após a forma verbal “beneficiar” — escrevendo-se beneficiar-se.

31. (CESPE / FUNPRESP Nível Superior – 2016)


Fragmento do texto: Quando se cansava, sentava-se a uma grande mesa ao fundo da sala e escrevia o resto
da noite. Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a artigos, uns quarenta ou

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cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa
diferente daquela e pagar ao barbeiro.
A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos” (linha 2), por lhe preservaria a correção gramatical
do texto.

32. (CESPE / DPU Nível Superior – 2016)


Fragmento do texto: No Brasil, pode-se considerar marco da história da assistência jurídica, ou justiça
gratuita, a própria colonização do país, ainda no século XVI. O surgimento de lides provenientes das inúmeras
formas de relação jurídica então existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver essas contendas
— já dava início a situações em que constantemente as partes se viam impossibilitadas de arcar com os
possíveis custos judiciais das demandas.
Em “as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas” (linhas 4 e
5), a partícula “se” foi empregada no sentido de umas às outras.

33. (CESPE / FUNPRESP Nível Superior – 2016)


Fragmento do texto: Parece que foi de nascença. Ele já teria vindo ao mundo assim, com todas as certezas
junto, pulou a fase dos porquês e nunca soube o que era curiosidade na vida. Cresceu achando natural viver
derramando afirmações pela boca. A notícia espalhou-se rapidamente. Não demorou muito para se tornar
capa de todas as revistas e personagem assíduo dos programas de TV.
A supressão da partícula “se”, em “espalhou-se” (linha 3), prejudicaria a correção gramatical do texto e seu
sentido original.

34. (CESPE / Anatel Técnico – 2014)


Fragmento do texto: “Amanhã” significa, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou
desaparecer”, “procure outro”, “não quero”, “no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”,
“vamos mudar de assunto” etc. e, em casos excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro
que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos de treinamento para distinguir qual o sentido
pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual cordialidade, que fará tal ou
qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave.
O pronome “ele” (linha 5) tem como referente “Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil” (linhas 3 e
4).

35. (CESPE / MPE PI Superior – 2012)


Fragmento do texto: Na era das redes sociais, algumas formas de comunicação arcaicas ainda dão resultado.
O canadense Harold Hackett que o diga. Morador da Ilha Príncipe Eduardo, uma das dez províncias do
Canadá, ele enviou mais de 4.800 mensagens em uma garrafa e recebeu 3.100 respostas de pessoas de várias
partes do mundo. De acordo com a BBC, o canadense envia as mensagens desde 1996.
O seu método é simples. Harold utiliza garrafas de suco de laranja e se certifica de que as mensagens
estão com data. Antes de enviá-las, checa o sentido dos ventos — que devem rumar de preferência para
oeste ou sudoeste. Algumas cartas demoraram 13 anos para voltar para ele.
A forma pronominal “las”, em “enviá-las” (linha 6), pode fazer referência tanto ao termo “garrafas” (linha 5)
quanto ao termo “mensagens” (linha 5).

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36. (CESPE / Ancine Analista Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: A perfeita fruição do ato de ir ao cinema é prejudicada por qualquer distúrbio visual ou
auditivo, que lembra ao espectador, contra a sua vontade, que ele estava a ponto de suscitar uma
experiência especial mediante a exclusão da realidade trivial da vida corrente. Esses distúrbios o remetem à
existência de um mundo exterior, totalmente incompatível com a realidade psicológica de sua experiência
cinematográfica.
Os pronomes “ele” (linha 2), “sua” (linhas 2 e 5) e “o” (linha 4) referem-se ao termo “espectador” (linha 2),
com o qual estabelecem uma cadeia coesiva.

37. (CESPE / ANS Analista Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: Os planos com pior avaliação — durante dois períodos consecutivos — estão sujeitos à
suspensão temporária da comercialização. Quando isso ocorre, os clientes que já haviam contratado o
serviço continuam no direito de usá-lo, mas a operadora não pode aceitar novos beneficiários nesses planos.
Em “usá-lo” (linha 3), o pronome “lo” é elemento coesivo que se refere ao antecedente “serviço” (linha 3).

38. (CESPE / BSF nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Não se trata, contudo, de luta do bem contra o mal, pois tal embate tem uma
especificação histórica cuja raiz se encontra no próprio surgimento do Brasil como país.
Na linha 1, seria mantida a correção gramatical do texto se o pronome “se” fosse deslocado para
imediatamente depois do verbo, escrevendo-se Não trata-se.

39. (CESPE / TJSE Analista – 2014)


Fragmento do texto: Dinheiro, também. E motivação política, isso então nem se fala.
No segmento “isso então nem se fala”, a posição do pronome “se” justifica-se pela presença de palavra de
sentido negativo.

40. (CESPE / TJSE Analista – 2014)


Fragmento do texto: A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações Filipinas, um código legal que se
aplicava a Portugal e seus territórios ultramarinos. Com todas as letras, as Ordenações Filipinas asseguravam
ao marido o direito de matar a mulher caso a apanhasse em adultério. Também podia matá-la por
meramente suspeitar de traição.
Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso os pronomes “se” (linha 1) e “a” (linha 3)
fossem deslocados para imediatamente após as formas verbais “aplicava” (linha 2) e “apanhasse” (linha 3),
escrevendo-se que aplicava-se e caso apanhasse-a, respectivamente.

41. (CESPE / CADE Agente Administrativo – 2014)


No trecho “nos teria afligido um projeto de educação totalitária”, o pronome “nos” poderia ser corretamente
empregado imediatamente após a forma verbal “teria”, escrevendo-se teria-nos.

42. (CESPE / CADE Analista Técnico-Administrativo – 2014)


Fragmento do texto: Venezuela e Argentina, por sua vez, começam a se parecer com casos econômicos sem
solução. Na Venezuela, a inflação passa de 50% ao ano — igual à da Síria, país devastado pela guerra.

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Em “começam a se parecer” (linha 1), o pronome “se” poderia ser deslocado para imediatamente após a
forma verbal “parecer”, escrevendo-se começam a parecer-se.

43. (CESPE / Câmara Deputados Consultor Legislativo – 2014)


Fragmento de texto: À primeira vista, o Plano Piloto de Brasília parece uma repetição de construções. As
quadras, distribuídas simetricamente pelas asas, têm prédios com plantas semelhantes, que se repetem a
cada quadradinho, muitas vezes até localizados de forma análoga. Dentro dos apartamentos, entretanto,
esconde-se o estilo de cada morador, que se revela não apenas em detalhes decorativos, mas em
modificações nas plantas e na função dos cômodos.
Nas estruturas “que se repetem” (linha 2) e “que se revela” (linha 4), o pronome “se” poderia ser deslocado,
sem prejuízo da correção gramatical do texto, para imediatamente após as formas verbais “repetem” e
“revela” — que repetem-se e que revela-se, respectivamente.

44. (CESPE / MTE Contador – 2014)


Fragmento de texto: Não por menos, tal massa de compradores se converteu na locomotiva da economia
brasileira e em alvo preferido das Empresas.
Na linha 1, o pronome “se” poderia ser deslocado para imediatamente após a forma verbal “converteu”,
escrevendo-se converteu-se, sem prejuízo da correção gramatical do texto.

45. (CESPE / Câmara Deputados Polícia Legislativa – 2014)


Fragmento de texto: Assim, podemos perceber que a ideia de polícia está intimamente ligada à noção de
política. Não há como dissociá-las. A atividade de polícia é, portanto, política, uma vez que diz respeito à
forma como a autoridade coletiva exerce seu poder.
O trecho “Não há como dissociá-las” (linha 2) poderia ser corretamente reescrito de diferentes maneiras, a
exemplo das seguintes: É impossível separá-las; Não há forma de as dissociar; Não separam-se.

46. (CESPE / Ancine Analista Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: Pouco lhe importam as condições técnicas e socioeconômicas das indústrias que, em
primeira instância, lhe possibilitam assistir aos filmes; na verdade, esse tipo de preocupação nem lhe passa
pela cabeça.
Mantendo-se a correção gramatical do texto, no último período do primeiro parágrafo, o pronome “lhe”
poderia ser deslocado para logo depois das formas verbais “importam” (linha 1), “possibilitam” (linha 2) e
“passa” (linha 2), escrevendo-se importam-lhe, possibilitam-lhe e passa-lhe, respectivamente.

47. (CESPE / Bacen Analista – 2013)


Fragmento do texto: Ele é agora gerente de uma loja de sapatos. Não porque escolheu, mas foi o que lhe
restou.
No trecho “Não porque escolheu, mas foi o que lhe restou” (linhas 1 e 2), o emprego da próclise relativa ao
pronome “lhe” explica-se pela presença do pronome relativo.

48. (CESPE / TRT 10ªR Analista Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: A economia solidária vem-se apresentando como uma alternativa inovadora de geração
de trabalho e renda e uma resposta favorável às demandas de inclusão social no país.

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No trecho “A economia solidária vem-se apresentando”, o deslocamento do pronome pessoal oblíquo para
depois do verbo principal da locução não prejudicaria a correção gramatical do texto: vem apresentando-
se.

49. (CESPE / TRE-MS Analista Judiciário – 2013)


No trecho “o de que não se trata de norma penal”, o emprego da próclise em vez da ênclise — não trata-se
— justifica-se pela presença de palavra negativa antecedendo a forma verbal.

50. (CESPE / ANS Analista Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: A avaliação das operadoras de planos de saúde em relação às garantias de
atendimento, previstas na RN 259, é realizada de acordo com dois critérios: comparativo, cotejando-as entre
si, dentro do mesmo segmento e porte; e avaliatório, considerando evolutivamente seus próprios resultados.
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir “é realizada” (linha 2) por realiza-se.

51. (CESPE / Bacen Técnico – 2013)


Fragmento do texto: Uma crise bancária pode ser comparada a um vendaval. Suas consequências sobre a
economia das famílias e das empresas são imprevisíveis. Os agentes econômicos relacionam-se em suas
operações de compra, venda e troca de mercadorias e serviços de modo que cada fato econômico, seja ele
de simples circulação, de transformação ou de consumo, corresponde à realização de ao menos uma
operação de natureza monetária junto a um intermediário financeiro, em regra, um banco comercial que
recebe um depósito, paga um cheque, desconta um título ou antecipa a realização de um crédito futuro.
A ideia de reciprocidade presente em “relacionam-se” (linha 2) seria reforçada caso fosse inserida,
imediatamente após essa forma, a expressão uns com os outros.

52. (CESPE / ANTT Superior – 2013)


Fragmento do texto: O baixo custo de aquisição e manutenção da bicicleta, assim como a facilidade de
manuseio, faz que ela seja um instrumento acessível para as diversas rendas e idades.
O trecho “faz que ela seja” (linha 2) poderia ser corretamente substituído por faz dela.

53. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2013)


Fragmento do texto: A mera declaração formal das liberdades nos documentos e nas legislações esboroava
diante da inexorável exclusão econômica da maioria da população. Em vista disso, já no século XIX, buscaram-
se os direitos sociais com ações estatais que compensassem tais desigualdades, municiando os desvalidos
com direitos implantados e construídos de forma coletiva em prol da saúde, da educação, da moradia, do
trabalho, do lazer e da cultura para todos.
A expressão “tais desigualdades” (linha 3), empregada, no período em que ocorre, sem um referente
explícito, está associada à “inexorável exclusão econômica da maioria da população” (linha 2).

54. (CESPE / ANS Analista Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: As operadoras de planos de saúde deverão criar ouvidorias vinculadas às suas
estruturas organizacionais. A determinação é da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em norma
que será publicada no Diário Oficial da União.

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A medida está disposta na Resolução Normativa n.º 323 e objetiva reduzir conflitos entre operadoras
e consumidores, ampliando a qualidade do atendimento oferecido pelas empresas.
A expectativa é de que o funcionamento regular dessas estruturas possa gerar subsídios para a
melhoria de processos de trabalho nas operadoras, em especial no que diz respeito ao relacionamento com
o público e à racionalização do fluxo de demandas encaminhadas à ANS.
A expressão “dessas estruturas” (linha 6) refere-se ao antecedente “empresas” (linha 5).

55. (CESPE / Bacen Analista – 2013)


Fragmento do texto: Ele é agora gerente de uma loja de sapatos. Não porque escolheu, mas foi o que lhe
restou.
No segmento “mas foi o que lhe restou”, a referência do pronome “o” é a expressão nominal “uma loja de
sapatos”, e a do pronome “lhe” é o substantivo “gerente”.

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4 – GABARITO

1. E 15. E 29. C 43. E


2. C 16. E 30. C 44. C
3. C 17. E 31. E 45. E
4. C 18. E 32. E 46. E
5. E 19. C 33. C 47. C
6. C 20. C 34. E 48. C
7. C 21. E 35. C 49. C
8. C 22. B 36. C 50. E
9. C 23. E 37. C 51. C
10. C 24. E 38. E 52. C
11. E 25. E 39. C 53. C
12. C 26. C 40. E 54. E
13. C 27. E 41. E 55. E
14. C 28. E 42. C

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