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Generalidades
Ao Jean Piaget (1896 – 1980), de nacionalidade suíça, devemos uma obra
pioneira no âmbito do desenvolvimento cognitivo. Formado em biologia e
publicando o seu primeiro trabalho científico (sobre moluscos) pouco depois dos
10 anos de idade, Piaget começou a trabalhar no laboratório de Alfred Binet,
inventor do primeiro teste de inteligência, em 1918. Durante a tarefa rotineira de
medir os resultados dos testes, Piaget detectou uma certa uniformidade no
modo como crianças pertencentes a diversas faixas etárias “passavam” ou
“falhavam” em várias secções dos testes. As crianças da mesma idade tendiam
a cometer o mesmo tipo de erros. Pensou que na resolução dos testes as
crianças mais jovens – já todas em idade escolar – poderiam estar a seguir um
modo de pensar distinto do das crianças mais velhas.
Investigações recentes indicam que os estágios não são tão estanques como
se pensava e que podemos encontrar algumas características de um estádio
no anterior e no seguinte. Assim, as idades médias de início e fim de cada
estádio são meras referências teóricas.
Esquema
Esquema é uma sequência bem definida de acções físicas ou mentais. Um
esquema é qualquer conjunto de acções coordenadas com objectivo bem
definido. Por exemplo, mamar ou manipular objectos são esquemas. O
esquema é móvel no sentido de que pode funcionar em várias situações e
em diferentes objectos. Esquemas, portanto, são estruturas cognitivas de
adaptação que permitem a coordenação de acções para fim específico em
diferentes maneiras e em diferentes condições.
Assimilação
Assimilação se refere à tentativa, feita pelo sujeito, de solucionar uma
determinada situação, utilizando uma estrutura mental (esquema) já formada,
isto é, a nova situação, ou o novo elemento é incorporado e assimilado a um
sistema já pronto. Exemplo: a partir do momento em que a criança aprende a
subir escadas saberá fazê-lo em qualquer circunstância. O mesmo exemplo
vale para a aquisição de outros comportamentos motores, como correr,
andar de bicicleta, chutar a bola, varrer a casa, etc. Ou ainda, se a criança
passou a dominar as quatros operações aritméticas básicas (somar, subtrair,
multiplicar, dividir) saberá fazê-lo, sempre que solicitada. Ou mesmo, se
aprender o caminho que vai de sua casa à escola, poderá ir sozinha à escola
todos os dias.
Acomodação
Acomodação é um processo psicológico de alteração dos esquemas de
acção para que possa haver assimilação de novos e diferentes factos do
mundo exterior, para os quais a vida mental não possui esquemas de acção
específicos. Suponhamos que uma, que aprendeu a andar de triciclo, se
depare com outro veículo que guarde algumas semelhanças com o primeiro,
porém contenha elementos novos que a criança desconhece, como por
exemplo bicicleta. Nesta situação a criança tentará agir com o segundo
veículo da mesma maneira como fazia com o primeiro, e não obterá sucesso.
Estará usando um processo de assimilação, isto é, de tentar solucionar a
situação nova com base nas estruturas (esquemas) antigas. Este processo
não será eficiente, pois estas estruturas são inadequadas e insuficientes para
este novo elemento. O sujeito tentará então novas maneiras de agir, levando
agora em consideração as propriedades específicas daquele objecto. Isto é,
irá modificar suas estruturas (esquemas) antigas para poder dominar uma
nova situação. O processo de modificação de estruturas antigas com vista à
solução do novo problema, chama-se acomodação. E no momento em que a
criança conseguir dominar o segundo veículo, diremos que se acomodou a
ele e, portanto, adaptou-se a esta nova exigência da realidade.
Equilibração
Equilibração é o processo pelo qual se estabelece um equilíbrio entre as
estruturas cognitivas (esquemas ou capacidades do indivíduo) e as
exigências do meio.
Fases do desenvolvimento
Fase sensório-motora (0 – 2 anos)
Primeiro mê de vida:
As primeiras semanas de vida da criança destina-se a desenvolver
coordenação entre os reflexos inatos, como seguir objectos móveis com
olhos, tentar agarrar os mesmos, etc.
Assim, a criança somente põe em prática os seus reflexos inatos, que são os
seus únicos esquemas de acção.
De 1 aos 4 meses
A criança começa a coordenar as suas reacções. Por exemplo o movimento
das mãos coordena-se com o dos olhos, uma vez que volta o olhar em
direcção a um ruído, tenta alcançar objectos, bem como os agarra e os
chupa, levando-os à boca, etc.
Pode deixar cair objectos para observar a queda e seus efeitos, puxar
brinquedos com cordões e usar vara para empurrar coisas.
Este egocentrismo, que é muito marcado no começo desta fase, vai sofrendo
uma parcial descentração à medida que nos aproximamos da fase seguinte.
Não nos podemos esquecer que as coisas têm, como finalidade, a própria
criança, dado o seu egocentrismo. Assim, o monte é em declive para ela
poder correr.
Bibliografia: