Ministério da Educação

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica

Instituto Federal Catarinense – Campus Camboriú

Disciplina: Epistemologia e Educação

Professoras: Filomena L. G. Rodrigues da Silva
Marilândes Mól Ribeiro de Melo
CURSO Mestrado em Educação
DISCIPLINA Epistemologia e Educação
MESTRANDO(A) Kerén Talita Silva Miron
REFERÊNCIA
TOURINHO, C. C. (2016). A dupla tarefa da Teoria do Conhecimento no itinerário das "Cinco Lições" de
Husserl. Pensando-Revista de Filosofia, 7(13), 144-162.

4º SEMINÁRIO: A DUPLA TAREFA DA TEORIA DO CONHECIMENTO NO ITINERÁRIO DAS

"CINCO LIÇÕES" DE HUSSE

Proferidas em 1907
CINCO LIÇÕES

Publicadas em 1950

Marca uma da primeiras exposições públicas do método de redução

fenomenológicas. (TOURINHO, 2016, p. 144)

Marca o início do pensar a fenomenologia de Husserl como um novo idealismo

transcendental no séc XX. (TOURINHO, 2016, p. 145)

Esforço para que a filosofia fenomenologica não mais passasse por uma mera
psicologia descritiva, e sim, transcendental. (TOURINHO, 2016, p. 145)

Procura elucidar estratégias metodológicas adotada pela fenomenologia para

apreensão e intuição do que aparece como um dado efetivo e autêntico à
consciência. (TOURINHO, 2016, p. 146)
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INTINERÁRIO PRÓPRIO

Concentra-se no problema do conhecimento Reflexão teórico-cognosciva que estabelece a

trascendental. (TOURINHO, 2016, p. 146) disciplina filosófica "teoria do conhecimento",
para realizar a investigação sobre o "enigma do
conhecimento" e cumprir duas tarefas.
(TOURINHO, 2016, p. 146)

TAREFA CRITICA TAREFA POSITIVA

Ao ignorar o caráter inigmático do Percebe o conhecimento como não enigmático.

conhecimento transcendental, permite (TOURINHO, 2016, p. 147)
perceber um ceticismo obscuro realizado pelas
ciências naturais. (TOURINHO, 2016, p. 147)
Baseia-se no questionamento da essência do
Quando ocorre a reflexão do problema há a conhecimento. (TOURINHO, 2016, p. 147)
generalização do atributo enigmático para toda
e qualquer forma de conhecimento, o que
resulta, na aceitação do ceticismo manifesto.
(TOURINHO, 2016, p. 147)

A reflexão do referido problema , por parte da

teoria do conhecimento, faz surgir uma terceira
linha de investigação, distintamente do
ceticismo manifesto. Segundo ela, se o
conhecimento do que é transcendental torna-
se inigmático, isto não nos autoriza dizer que
todo o conhecimento o seja. (TOURINHO, 2016,
p. 147)

A estratégia metodológica proposta por Husserl estava associada em acabar

com uma concepção naturalista. Para tanto, isso seria possível por meio da
“própria elucidação da essência do conhecimento [...]. Tal estratégia
consiste na suspensão do juízo em relação à posição de existência de tudo
o que é transcendente.” (TOURINHO, 2016, p. 152) Nesse sentido, como se
dá a estruturação das cinco lições da fenomenologia para atingir esse
objetivo? E qual a relação com o conhecimento transcendental?
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O EXERCÍCIO DA “TAREFA CRÍTICA” É:

de denunciar o contrasenso a que nos conduz o ceticismo em relação à temática
do conhecimento, bem como, identificar que, ao ignorar o caráter “enigmático”
do conhecimento transcendente, a posição assumida pelas ciências naturais
implica em um ceticismo obscuro (ou “não declarado”), na medida em que se
torna inapercebido por tais ciências. (TOURINHO, 2016, p. 149)

PRIMEIRA REFLEXÃO TEÓRICO-

COGNOSCITIVA

TRANSCENDENTE IMANENTE

o conhecimento que evidencia a própria

conhecimento das ciências naturais
cogitatio (pensamento)

temos uma certeza que, a princípio, que se

o que está fora da vivência apresenta o
conhecimento transcendente e é alvo de
questionamentos; (TOURINHO, 2016, p.
152)
revela imune a tais questionamentos,
sinalizando à teoria do conhecimento a
possibilidade de exercer a sua “tarefa
positiva”: a investigação do que é
essencial ao conhecimento e, portanto,
livre do assédio do que é “enigmático”.
(TOURINHO, 2016, p. 152)
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INTINERÁRIO
DAS CINCO
LIÇÕES
• o que está fora da vivência e
conhecimento transcendente,
PRIMEIRO torna-se alvo de
questinamentos. (TOURINHO,
2016, p. 152)
• uma certeza se revela imune a tais
questionamentos, sinalizando à teoria
do conhecimento a possibilidade de
exercer a sua “tarefa positiva”: a
SEGUNDO investigação do que é essencial ao
conhecimento e, portanto, livre do
assédio do que é “enigmático”.
(TOURINHO, 2016, p. 152)

A estratégia metodológica proposta por Husserl estava associada em acabar com uma concepção
naturalista. Para tanto, isso seria possível por meio da “própria elucidação da essência do
conhecimento [...]. Tal estratégia consiste na suspensão do juízo em relação à posição de existência de
tudo o que é transcendente.” (TOURINHO, 2016, p. 152) Nesse sentido, como se dá a estruturação das
cinco lições da fenomenologia para atingir esse objetivo? E qual a relação com o conhecimento
transcendental?

A redução fenomenológica exige, como vimos, que tudo o que é transcendente possa ser submetido a
um índice de nulidade, forçando-nos à abstenção de considerações sobre toda e qualquer posição de
existência. (TOURINHO, 2016, p. 155)

Ao considerar a investigação fenomenológica como uma “investigação de

essências” (Wesensforschung), considerando ainda que a teoria do conhecimento remete-nos, pela
redução fenomenológica, para a apreensão e intuição da intentio como essência do fenômeno
cognoscitivo, Husserl não hesitará em equiparar a teoria do conhecimento a uma “fenomenologia do
conhecimento”, concebida, a partir de então, como um “fragmento primeiro e básico” da
fenomenologia em geral. (TOURINHO, 2016, p. 157)

QUESTIONAMENTO
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• COMO A FENOMENOLOGIA A SUBJETIVIDA EM RELAÇÃO A

ESTRUTURAÇÃO DA PESQUISA COMO UM MÉTODO DE SE ALCANÇAR O
CONHECIMENTO?