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9152 – Técnicas de drenagem

linfática manual
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9152 – Técnicas de drenagem
linfática manual
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Índice

Enquadramento 5
Benefícios e condições de utilização.................................................................................................... 5
Destinatários....................................................................................................................................... 5
Objectivos Específicos......................................................................................................................... 5
Objectivos Gerais................................................................................................................................. 5
Conteúdos Programáticos................................................................................................................... 5

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9152 – Técnicas de drenagem
linfática manual
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Capítulo I – Drenagem Linfática Manual (DLM)............................................................................................... 7


Tema I - Breve noção histórica.......................................................................................................... 10
Tema II - Correntes de DLM (Vodder, Le Duc. )................................................................................. 11
Tema III - Papel e funções da DLM.................................................................................................... 11
Tema IV - Noções de líquidos biológicos........................................................................................... 12
Tema V -Noções da Linfa e do Sistema Circulatório.......................................................................... 14
2. Organização Física do Espaço de trabalho....................................................................... 35
3. Protocolo de instalação do/a cliente................................................................................ 36
5. Manobras de DLM (notas importantes)..................................................................................................... 41
5.4. DLM por zonas....................................................................................................................... 46
5.4.1. Subclavicular.................................................................................................................... 47

Enquadramento

Benefícios e condições de utilização


O manual da unidade de formação “Técnicas de drenagem linfática manual” está organizado por secções:

 Secção I: Enquadramento da unidade de formação.

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 Secção II: Está organizada por capítulos e contém todos os documentos e materiais de apoio sobre
os conteúdos temáticos abordados ao longo da unidade. No final de cada capítulo estão reunidas
um conjunto de informações dirigidas aqueles que pretendam complementar o estudo,
aprofundando conhecimentos.
 Secção III: É constituída pela bibliografia e documentos electrónicos

Esta forma de apresentação permite uma consulta rápida e direccionada. Para que possa consolidar os
conhecimentos adquiridos com a leitura deste manual propomos que realize os exercícios práticos
fornecidos pelo formador durante a sessão de formação.

Destinatários
São destinatários deste manual os/as formandos/as que frequentem a unidade “Técnicas de drenagem
linfática manual” bem como outras pessoas que pretendam adquirir competências ou actualizar/reciclar
conhecimentos na área de formação.

Objectivos Específicos
A unidade de formação “Técnicas de drenagem linfática manual” tem por objectivo dotar o/a formando/a
com as competências necessárias para:
 Identificar os conceitos de drenagem linfática manual e sua aplicação.
 Identificar as indicações e contraindicações da drenagem linfática manual.
 Adequar as condições ambientais do local de trabalho à drenagem linfática manual.
 Aplicar o protocolo de instalação do cliente.
 Identificar e aplicar as manobras de drenagem linfática manual respeitando a sequência e sistema.

Objectivos Gerais
A unidade de formação “Técnicas de drenagem linfática manual” tem por objectivo dotar o/a formando/a
com as competências necessárias para:
 Identificar os conceitos de drenagem linfática manual e sua aplicação.
 Identificar as indicações e contraindicações da drenagem linfática manual.
 Adequar as condições ambientais do local de trabalho à drenagem linfática manual.
 Aplicar o protocolo de instalação do cliente.
 Identificar e aplicar as manobras de drenagem linfática manual respeitando a sequência e sistema.

Conteúdos Programáticos

 Drenagem Linfática Manual (DLM)


o Breve noção histórica
o Correntes de DLM (Vodder, Le Duc…)
o Papel e funções da DLM
o Noções de líquidos biológicos
o Noções de linfa e sistema circulatório
o Indicações e contraindicações
o Patologias associadas
 Organização física do espaço de trabalho

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o Equipamento, distribuição, ocupação do espaço


o Caracterização de material
- Efeitos, uso e cuidados do material
 Protocolo de instalação do/a cliente
o Preparação do posto de trabalho
- Receção e instalação do/a cliente
- Ficha técnica
- Plano do trabalho a executar
- Preparação do material e mesa de trabalho
 Preparação da profissional para a atividade a efetuar
o Mãos e os utensílios
o Ginástica preparatória das mãos
o Manejo prático dos utensílios
 Manobras de DLM
o Pressão das manobras de DLM
o Efeitos das manobras
o Efeitos fisiológicos das manobras de DLM e das manobras de massagem clássica
o DLM por zonas
- Costas
- Abdómen
- Cabeça, rosto e nuca
- Cabeça
- Membros Inferiores e superiores
- Seio
- DLM do corpo em geral

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Capítulo I – Drenagem Linfática Manual (DLM)

A drenagem linfática é realizada à base de pressões com os dedos ou as mãos de acordo com a zona do

corpo. As manobras devem ser suaves e superficiais com movimentos de deslizamento sobre o trajecto dos

vasos linfáticos e de compressão (bombeamento) na região dos linfonodos (gânglios), como na região das

axilas, do pescoço e inguinal (virilhas). A pressão exercida deve seguir sempre o sentido fisiológico da

drenagem, ou seja, dos membros em direcção ao tronco.

A drenagem linfática é basicamente composta de dois processos ou procedimentos que visam transportar e

remover esse líquido do edema de volta à circulação sanguínea, são eles:

Evacuação: é o processo que se realiza em gânglios (ou linfonodos) e em outras vias linfáticas
com o objectivo de descongestioná-los.

Captação: é a drenagem propriamente dita que é realizada principalmente dos locais de edema em direcção à

desembocadura mais próxima.

As manobras da DLM do método Vodder são as seguintes:

* Círculos com os dedos ou com as mãos;

* Círculos com o polegar;

* Movimentos combinados;

* Enrolamento;

* Pressão em bracelete.

As manobras da DLM do método Le Duc são as seguintes:

 Absorção/Reabsorção – manobras no local a tratar

 Chamada – manobras a jusante (fluxo abaixo desse ponto) Estas

2 manobras resumem-se fundamentalmente em:

1. Promover a entrada nos capilares linfáticos do excedente de líquidos e substâncias em excesso

(absorção). Esta é conseguida pelo aumento local da pressão intersticial, por compressão externa

(que não pode exceder certos limites: +/- 20 a 40 mmHg) e por um ligeiro movimento dos tecidos. A

compressão /descompressão estimula a contractilidade das paredes dos angiões presentes nos pré-

colectores e coletores e, além disso, promove a formação de anastomoses. A mão (palma e dedos)

contata a pele pelo bordo cubital e vai rolando sucessivamente e pressionando, à medida que

afastamos o cotovelo do corpo (abdução). O movimento da própria mão é de distal – proximal.

Nas situações de edema, os linfáticos a jusante estão repletos de linfa, assim como nos gânglios onde a

drenagem é mais lenta. Para contornar estas dificuldades executam-se manobras de chamada: ao

“espremermos” os gânglios, a linfa que lá se encontra progride para os canais eferentes. O processo facilita a

entrada da linfa contida nos coletores aferentes. Se formos comprimindo no sentido inverso do fluxo, o

fenómeno vai-se repetindo havendo de facto uma chamada da linfa.A compressão/descompressão estimula a

atividade contractil das paredes do vaso. A mão contata com a pele pelo bordo radial do dedo indicador
quase não havendo contato cubital (roda em sentido proximal – distal). Os dedos rolam desde o indicador até

ao mínimo
estirando a ele no sentido proximal.

O uso da técnica requer conhecimentos dos aspectos teóricos do método, bem como das manipulações

práticas que não devem ser confundidas com a massagem convencional. Aliás, a palavra massagem foi

cuidadosamente retirada da técnica para que não se estabeleçam confusões.

Tema I - Breve noção histórica

Desde a antiguidade os médicos possuíam noções sobre a linfa e os vasos linfáticos, sendo conhecidos desde

as primeiras dissecações feitas por Hipócrates (450 a.C.), ele cita pequenos vasos que conduziam “sangue

branco”, identificados no abdómen. De facto, nos linfáticos intestinais circula linfa com partículas de gordura,

o que lhe confere o aspeto leitoso e, posteriormente Vesalius no século XVI. No século XVII, porém, foi que

alguns anatomistas descobriram e estudaram a linfa e os vasos linfáticos. Em 1651, Pecquet observou o ducto

linfático descrevendo a “Cisterna Chyli”, comprovando que o quilo não é drenado para o fígado e sim para

um local determinado que mais tarde recebera o nome de “Cisterna de Pecquet”.

Em 1628, Gassend fez uma descrição de veias leitosas que ele observou no cadáver de um condenado a

morte, porém a descoberta da importância e das funções da linfa é creditada ao anatomista dinamarquês

Thomas Bartholin, que comparou em seu trabalho a circulação linfática ao fértil vale do rio Nilo.

O primeiro relato de utilização da drenagem linfática data de 1892, quando Winiwarter, um cirurgião

austríaco iniciou a aplicação da técnica. Em 1936, o dinamarquês Emil Vodder e sua esposa Estrid

desenvolveram o estudo e a prática da drenagem linfática na Riviera Francesa. Observou-se sucesso no

tratamento de pacientes com estados gripais crônicos por meio de estimulação suave nos linfonodos

cervicais.

Em 1967 foi criada a Sociedade de Drenagem Linfática Manual incorporada em 1976 à Sociedade Alemã de

Linfologia. Muitos grupos aderiram à técnica e passaram a difundi-la, acrescentando contribuições individuais,

porém mantendo os princípios preconizados por Vodder.

Na década de 60, Foldi estudou as vias linfáticas da cabeça e suas relações com o líquor cérebro espinhal. Ele

e sua equipe desenvolveram a terapia complexa descongestiva, associando cuidados higiênicos, o uso de

bandagens compressivas e exercícios linfomiocinéticos à drenagem linfática manual, principalmente no

tratamento clínico do linfedema.


Em 1977, os professores Albert e Oliver Leduc, adaptaram o método do professor Foldi e do Dr. Vodder,

demonstrando mediante radioscopia, o efeito de aceleração do fluxo linfático mediante drenagem linfática

manual. Em 1978, num Congresso Internacional da Associação para Drenagem Linfática Manual, na Áustria,

comprovou-se a eficácia da drenagem linfática manual em pacientes pós-mastectomizados.

Atualmente a técnica de drenagem linfática manual difundiu-se por todo o mundo e é utilizada em diversos

serviços de saúde para o tratamento de muitas patologias.

Tema II - Correntes de DLM (Vodder, Le Duc. )

Vodder foi o mentor deste tipo de manipulações, foi ele que percebeu o que fazer e que transmitiu os

conhecimentos a todos os seus seguidores inclusivé Le Duc. Para ele a massagem é muito de dedos, é muito

suave - é só uma estimulação. Le duc foi o grande responsável pela sua divulgação, por isso o seu método,

constituído por manobras mais rápidas e não tão suaves (havendo inclusive manobras mais profundas). Até à

data de hoje o método de Le Duc era o mais seguido, porém as novas descobertas vieram comprovar uma

maior eficiência no método de Vodder além de se ter provado a não necessidade de trabalhar gânglios muito

profundos. Assim, o método aqui ensinado neste módulo será o método de Vodder e Le Duc.

Tema III - Papel e funções da DLM

O sistema linfático possui a função de drenar o excesso de líquido intersticial (líquido onde as células ficam

mergulhadas e de onde elas retiram seus nutrientes e eliminam substâncias residuais de seu metabolismo)

afim de devolvê-lo ao sangue e assim manter o equilíbrio dos fluidos no corpo.

Ele também transporta as vitaminas e os lipídeos, absorvidos durante o processo de digestão, até o sangue,

para que este, leve os nutrientes para todo o corpo. Uma outra função do tecido linfático é a realização de

respostas imunes, ele impede que a linfa lance microorganismos na corrente sanguínea através da retenção e

destruição destes dentro de seus linfonodos.

Para entendermos o que são os linfonodos/gânglios, uma forma bem simples é pensarmos neles como filtros,

uma vez que a linfa passa por vários deles antes de chegar à corrente sanguínea, e, como já vimos acima,

neles ficam retidos os agentes causadores de doenças até sua eliminação.

É importante saber que os capilares sanguíneos e os capilares linfáticos possuem funções bem diferentes,

pois no caso dos primeiros, há a entrada e saída de substâncias, já no segundo, ocorre apenas a entrada

destas.
O capilar linfático não realiza trocas, ele somente coleta o líquido com o que tiver nele, as trocas são

realizadas pelo sangue. É o sangue que faz o transporte de nutrientes e remoção de toxinas, ou seja, é pelo

sangue que são realizadas as trocas necessárias ao equilíbrio do organismo.

Em suma, o sistema linfático atua na manutenção da saúde de nosso organismo através da remoção de

agentes como: bactérias, fungos, vírus (estes penetram na corrente sanguínea), células mortas, glóbulos

vermelhos que saíram da corrente sanguínea e metástases (células sanguíneas que se soltam do tumor).

Tema IV - Noções de líquidos biológicos

Os líquidos biológicos são os seguintes:

 Liquido Intracelular

 Liquido Extracelular

Composição dos líquidos (intra e extracelular) é basicamente a mesma: água, eletrólitos, glicose, proteína e

lipídios.

a) LIQUIDO INTRACELULAR

Encontra-se dentro da célula e comunica-se através da membrana celular, com o liquido intersticial de onde

recebe substancias para a manutenção da célula e, para onde lança os resíduos.

b) LIQUIDO EXTRACELULAR

Este ocupa os espaços que circundam as células é chamado liquido intersticial ou substancia fundamental

amorfa. Aqui transitam todas as substancias que entram e saem da célula, na forma liquida ou gelatinosa

dependendo da ação enzimática. Sua composição é de glicoproteinas, enzimas carboidratos, lipídios e água.

A principal função do líquido é a NUTRIÇÃO CELULAR, esta ocorre por duas vias: a corrente sanguínea e a

difusão celular (através do liquido intersticial), para esta função acontecer, substancias que compõe o liquido

intersticial chegam às células trazidas pelo sangue arterial e fazem a difusão através da membrana celular

semipermeável permitindo assim a entrada e saída de água e substancias pequenas em cadeia molecular

hidrossolúveis. Quando esta difusão ocorre através da membrana semipermeável é denominada de osmose (a

quantidade e a qualidade das trocas de liquidos são reguladas pelo seu gradiente de concentração). A difusão

molecular ocorre de uma solução menos concentrada para uma solução mais concentrada.
A membrana apresenta também minúsculos poros que permitem a passagem das substancias que não

conseguem ultrapassar diretamente por ela. (A membrana celular é uma camada fina e altamente estruturada

de moléculas de lípidos e proteínas, organizadas de forma a manter o potencial eléctrico da célula e a

controlar o que entra e sai da célula (permeabilidade selectiva da membrana)).

Então, a diferença de concentração dos liquidos desencadeia o deslocamento de substancias do meio intra e

extracelular no sentido de igualar as pressões, ou seja, mantendo certo equilibrio.

SISTEMAS DE PRESSÕES

Embora a pressão na extremidade arterial varie, a média da pressão que o liquido exerce na parede do capilar

é de 18 mmhg. A pressão do liquido intersticial e a pressão do liquido existente entre as células se encontra

em média – 6 mmHg.

CONCLUSÃO: A pressão do liquido dentro dos capilares é de 18 mmHg e a pressão do liquido intersticial é de

– 6 mmHg a diferença de pressões através da membrana capilar é de 24 mmHg

18 - (- 6) = 24 mmHg
Isso quer dizer que a pressão dentro do capilar é maior dentro do capilar (24 mmHg) do que fora do capilar,

essa diferença faz com que o liquido tenda a se mover para fora do capilar. Entretanto existe outro

mecanismo de pressão chamada de coloidosmotica (ou oncótica)

PRESSÃO COLOIDOSMÓTICA

Esta pressão é exercida por proteínas do plasma e do liquido intersticiais, pois suas moléculas são tão grandes

que a maior parte delas não consegue passar através da membrana, nem pelos poros maiores, sendo assim as

proteínas exerceram pressão sobre a mesma, chamada esta de pressão coloidosmotica, onde o valor médio

da pressão coloidosmotica do plasma é de 28 mmHg (dentro do vaso) e a pressão coloidosmotica no liquido

intersticial é de 4 mmHg, portanto a diferença entre essas pressões é de 24 mmHg.

28 – 4 = 24 mmHg

EQUILIBRIO DAS PRESSÕES: No primeiro momento o liquido tinha a tendências de sair do vaso, opondo-se a

ela existe então a pressão coloidosmotica que mantem o equilíbrio do liquido dentro do capilar. Pode-se

escapar certa quantidade de liquido para o espaço intersticial, mas o mesmo retorna para a circulação através

do Sistema Linfático.
Tema V -Noções da Linfa e do Sistema Circulatório

A função do sistema circulatório é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O sangue possui ainda

células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e microorganismos.

O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação para o exterior, constituído por tubos, no

interior dos quais circulam humores. Os tubos são chamados vasos e os humores são o sangue e a linfa. Para

que estes humores possam circular através dos vasos, há um órgão central

– o Coração, que funciona como uma boma contrátil – propulsora. As trocas entre o sangue e os tecidos vão

ocorrer em extensas redes de vasos de calibre reduzido e de paredes muito finas; os capilares.

S istema Linfático
O sistema linfático assemelha-se ao sistema sanguíneo que esta intimamente relacionada anatômica e

funcionalmente ao sistema linfático. Há diferenças entre os dois sistemas como a ausência de um órgão

central bombeador no sistema linfático, além de ser microvasculotissular. Este sistema possui varias funções

importantes como: Retorno do liquido intersticial para a corrente sanguínea, destruição de microorganismos e

partículas estranhas na linfa, e respostas imunes especificas, como a produção de anticorpos. Este então

consiste em:

1. Sistema vascular, constituído por um conjunto particular de capilares linfáticos, vasos coletores e

troncos linfáticos;

2. Gânglios linfáticos, (Linfonodos), que servem como filtros do liquido coletado pelos vasos;

3. Órgãos linfóides, que incluem tonsilas, baço e o timo, encarregados de recolher, na intimidade dos

tecidos o líquido intersticial e reconduzi-lo ao sistema vascular sanguíneo

LINFA

É o líquido encontrado nos "vasos" linfáticos. Era "Líquido Intersticial" que, por sua vez era "Líquido

Intracelular" ou ainda "Sangue Arterial".


Após penetrar nos vasos do sistema linfático (capilares linfáticos), o líquido intersticial passa a ser

denominado linfa. A linfa apresenta uma composição semelhante a do plasma sanguíneo, ela consiste

principalmente de água, eletrólitos e de quantidades variáveis de proteínas plasmáticas que escaparam do

sangue através dos capilares sanguíneos. Além da parte liquida, a linfa transporta macromoléculas (proteínas,

mucopolissacarídeos, lipoproteínas, ácidos graxos e também bactérias e fragmentos de células), para as quais

os capilares linfáticos representam à única possibilidade de remoção do âmbito intersticial, para garantir a

homeostase. A Linfa representa também um tecido imunológico circulante que transporta uma grande

quantidade de

leucócitos, predominado quase

exclusivamente os linfócitos. A linfa difere do sangue principalmente pela ausência de células sangüíneas.

CAPILARES LINFÁTICOS

São vasos em fundo cego. Portanto, o sistema linfático é um sistema de mão única, isto é, ele somente

retorna o líquido intersticial para a corrente circulatória. As paredes dos capilares linfáticos, como as dos

capilares sangüíneos, estão compostas de uma fina camada de endotélio. Contudo, os capilares linfáticos não
apresentam a membrana basal que reveste os capilares
sangüíneos. Uma outra diferença entre os capilares linfáticos e os sangüíneos, é que as bordas das células

adjacentes dos capilares linfáticos estão unidas frouxamente entre si, sobrepondo-se freqüentemente. Assim o

líquido intersticial, juntamente com as partículas suspensas, pode abrir as células endoteliais e penetrar no

interior do capilar. É impossível ocorrer o refluxo do líquido intersticial que penetrou no capilar linfático, pois

as células endoteliais encostam-se novamente pela pressão interna do seu conteúdo. Os capilares linfáticos,

dispostos em forma de redes fechadas, espalham-se por todo o corpo, dando origem aos vasos linfáticos.

2. Capilar Linfático

VASOS LINFATICOS

Os vasos linfáticos possuem as propriedades físicas de alongamento e contractibilidade. Possuem também,

em seu interior, ao contrário dos capilares linfáticos, válvulas que permitem a passagem da linfa e impedem o

seu refluxo. Divide-se em:

Pré – coletores ou vasos pós capilares: (de menor calibre). Coletores linfáticos: que são os vasos de maior

calibre. Vasos de calibres diferentes, porém de estrutura similar, os pré-coletores e os coletores constituem

uma via de esvaziamento muito importante. Eles prolongam os capilares e encaminham a linfa em direção

aos gânglios. Eles são de dois tipos:

1) Superficiais e supra – aponeuróticos: numerosos, eles vão drenar os três quartos da carga linfática da

derme, do tecido cutâneo e estão ligados a uma rede de fibras de colágenos. Alojam-se entre as

camadas de gordura e quase não são satélites dos vasos sangüíneos.

2) Profundos e infra – aponeuróticos: pouco numerosos, drenam um quarto do potencial linfático dos

órgãos, das aponeuroses, dos músculos, dos ossos etc. Estão situados sobre ou nas trabéculas

lipídicas e são satélites dos vasos sangüíneos e dos nervos.


TRONCO LINFÁTICO

Ducto ou canal torácico, Ducto esquerdo e Ducto direito. O ducto torácico inicia-se na parte inferior do

abdômen, na junção dos troncos intestinais, intercostais descendentes e lombares. Essa junção forma uma

dilatação denominada cisterna do quilo, que recebe a linfa dos membros inferiores e dos órgãos abdominais.

Em seguida, o ducto torácico dirige-se para o pescoço. Pouco antes de desembocar no ângulo venoso

esquerdo(junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda), ele recebe a linfa do ducto

esquerdo.

Portanto, o ducto torácico recebe a linfa da metade esquerda da cabeça, pescoço e tórax, do membro

superior esquerdo e da metade inferior do corpo. O ducto esquerdo e formado pela união do tronco jugular

esquerdo e do tronco subclávio esquerdo. Os dois troncos unem-se pouco antes de penetrar no ducto

torácico. Sua função e drenar a linfa da parte esquerda da cabeça e do membro superior esquerdo. Como

pode observar torácico esquerdo recolhe a linfa para a corrente circulatória, de todo o corpo, exceto do

membro superior direito.

O ducto direito e bem menor que o ducto torácico, porém termina de forma semelhante, abrindo-se

diretamente no ângulo das veias jugular interna direita e subclávia direita. E formado pela junção do tronco

broncomediastinal direito, do tronco subclávio e do tronco jugular direito. Sua função e drenar a linfa do

membro superior direito, do hemitorax direito e da porção direita da cabeça.

3. CISTERNA DO QUILO E DUCTO TORÁCICO

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GânNGLIOS LINFÁTICOS (LINFONODOS)

São estruturas ovais nas quais os vasos linfáticos penetram trazendo a linfa e seus componentes. Constituídos

de tecido linfático são cobertos por uma cápsula de tecido fibroso. Formam os Nodos: Trabéculas, vasos

aferentes (que trazem a linfa), seios linfáticos, vasos eferentes (por onde sai à linfa), nódulos corticais, córtex,

centro germinativo, cordões medulares, artérias e veias. Temos de 400 a 600 Nodos Linfáticos agrupados em

cadeias no corpo, dos quais 160 encontram-se na região do pescoço. Outros locais de acúmulo de gânglios

linfáticos são as axilas, virilhas e a região poplítea. As principais cadeias são: cervical, axilar, fossa do olecrano,

ducto torácico, pré-aórtico, inguinais e fossa poplíteo. Tem por função purificar a linfa, formar linfócitos,

também aprisiona agentes patogênicos ou células "estranhas" (este processo, às vezes, forma ínguas). Nele

ocorrem linfócitos, macrófagos e plasmócitos (Macrófagos: Eles tem capacidade de fagocitose, podendo

ingerir até 100 bactérias antes deles mesmos morrerem, o que os tornam também, importantes na eliminação

de tecidos necrosados) e são verdadeiros laboratórios produzindo defesas na forma de linfócitos e

"anticorpos”.

Constituintes do Sistema Linfático

Linfa - Rica em glóbulos brancos e lípidos (O corpo humano é constituído por cerca de 60 a 70% de água. Por

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dia passam cerca de 30 litros de líquidos dos capilares para o espaço intersticial dos quais apenas 27 litros

retornam aos capilares. Estes 3 litros de líquidos entram nos capilares linfáticos onde tomam o nome de linfa.

Gânglios linfáticos - Produzem glóbulos brancos e destroem substâncias tóxicas. Encontram-se ao longo do

trajeto da corrente linfática. São estruturas imunologicamente ativas existindo cerca de 400 em cada individuo

e estando cerca de 160 no pescoço e outras tantas em zonas como as axilas, a região inguinal e a poplítea.

Medula óssea - Existem 2 tipos a medula óssea vermelha e a amarela (A medula óssea é imprescindível para a

sobrevivência do homem. É nela que o organismo produz praticamente todas as células do sangue).

Rede de capilares linfáticos - com origem no tecido intersticial, estes capilares unificam-se formando vasos

linfáticos de maior calibre. Estes vasos percorrem 1 ou mais gânglios linfáticos antes de se reunirem em

troncos linfáticos, que por sua vez vão despejar a linfa dentro da circulação venosa.

Orgãos linfoides - Timo (Situado atrás da parte superior do esterno, a principal função deste orgão linfático

está ligada ao sistema imunológico).; Baço (É o maior órgão linfático do organismo. Situa- se no lado

esquerdo superior do abdómen, protegido pelas costelas inferiores. Tem como função : defender o

organismo e filtrar os microorganismos estranhos do sangue, produzindo linfócitos e plasmócitos que

fabricam anticorpos).

Vias linfáticas - Capilares, vasos e troncos linfáticos

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Após a recolha dos 3 litros de líquido pelos vasos linfáticos, este é devolvido à circulação sanguínea após o

controlo e limpeza nos gânglios linfáticos, pelos quais a linfa tem obrigatoriamente que passar. Essa devolução é

levada a cado nos troncos linfáticos.

Em suma: O corpo humano é percorrido por um líquido incolor: a linfa,

canalizada por trama muito tênue de vasos: os vasos linfáticos. Sua

função é carregar as substâncias tóxicas, contribuir para a eliminação

dos líquidos, ativar o sistema de defesa (o sistema imunológico), além

de atuar como relaxante e analgésico (em casos de fraturas ósseas, pelo

alívio da pressão sobre os nervos, quando causada pelo inchaço

[edema]).

6. Vasos Linfáticos

Os vasos apresentam ao longo de seu trajeto pequenos nódulos, os gânglios linfáticos (responsáveis pela

depuração da linfa), a que se somam órgãos especializados na produção de células destinadas a auxiliar os

gânglios na depuração, como o baço, o timo e as amídalas - este é o sistema linfáticos. O Sistema Linfático

não possui uma bomba mecânica, como o coração, que impulsiona o sangue através dos vasos e capilares

venosos e arteriais. A linfa é movimentada pela pressão dos músculos e da respiração.

S istema Circulatório Sanguíneo


Todas as células de nosso corpo necessitam de oxigénio para viver. O papel do coração é enviar sangue rico

em oxigénio a todas as células que compõem o nosso organismo. As artérias são as vias por onde o sangue

oxigenado é enviado. A aorta é a maior de todas as artérias, e origina-se no ventrículo esquerdo. As artérias

dividem-se em ramos cada vez menores, até aos capilares sistémicos, que são vasos extremamente finos

através dos quais o oxigénio sai para os tecidos.


Após a retirada do oxigénio e a entrada de dióxido de carbono que se encontrava nos tecidos, os capilares

levam o sangue até às veias. As veias transportam sangue com baixa quantidade de oxigénio e alto teor de

dióxido de carbono, desde os tecidos de volta ao coração e daí os pulmões, chegando aos capilares

pulmonares, onde o sangue volta a receber oxigénio e a ter o dióxido de carbono removido, sendo o

processo reiniciado. O sangue flui continuamente pelo sistema circulatório, e o coração é a “bomba” que

torna isso possível.

VASOS DE SANGUE
As artérias são vasos de parede espessa devido à presença de tecido muscular que é capaz de fazer a

propulsão do sangue no seu interior, bem como tecido elástico (colagénio) que pernite distender a parede

em resposta à pressão do sangue bombeado do coração. As veias têm parede mais fina com escasso tecido

muscular, pelo que o sangue no sistema venoso tem dificuldade em voltar ao coração.

7. Veias Artérias Capilares

O retorno do sangue dos membros inferiores para o coração depende da presença de válvulas no interior das

veias, da contração dos músculos ao redor, da pulsatilidade das artérias vizinhas, e das diferenças de pressão

entre o tórax e o abdómen.

No entanto, em pessoas com defeitos congénitos das válvulas venosas, ou pessoas que passam longas horas

de pé, o sangue estagna nos membros inferiores, causando dilatação das veias que ficam tortuosas e

salientes e transformam-se em varizes. Além disso, o plasma sanguíneo extravasa para o espaço extravascular

formando edema por debaixo da pele,que geralmente é mais acentuado ao final do dia e está ausente de

manhã.

Tema VI - Indicações e Contra-Indicações

As indicações da DLM são as seguintes:


 Linfedema, Edemas e Varizes;
 Algias musculares;
 Relaxamento muscular corporal;

 Pós-mesoterapia;
 Marcas de Expressão e olheiras;
 Pré e pós-cirurgia plástica;
 Hematomas e equimoses;

 Envelhecimento cutâneo e Rejuvenescimento facial;


 Tratamento pré e pós cirurgia plástica;
 Síndrome pré-menstrual;
 Retenção hídrica;

 Celulites;
 Obesidade.

Há contra-indicações absolutas e relativas para a realização da DLM. As

contra-indicações absolutas da DLM são as seguintes:

o Portadores de asma ou qualquer alteração respiratória (situação ativa - caso não se esteja a

manifestar é indicação);

o Inflamação aguda nos gânglios;

o Cancro em evolução;

o Afeções Cutâneas;

o Insuficiência Cardíaca e Renais;

o Tumores Malignos;

o Tuberculose;

o Erisipela em fase aguda ( a aceleração do fluxo pode disseminar a infeção)

Entre as contra-indicações relativas da DLM são as seguintes:

o Hipertensão: porque ajuda no relaxamento do SNC, por ser uma massagem lenta e suave;

o Hipertireoidismo: a estimulação direta sobre a glândula pode alterar a secreção hormonal, portanto,

a drenagem linfática deve ser realizada sem manipulação sobre a área da tiróide;

o Insuficiência cardíaca: o aumento do fluxo cardíaco ocasionado pela drenagem linfática pode

ocasionar aumento do trabalho cardíaco e colapso do sistema, portanto, a drenagem linfática só

deve ser realizada em pacientes compensados metabolicamente e com autorização do médico

cardiologista;

o Asma brônquica e bronquite: deve-se evitar estimular a região esternal para não potencializar as

crises;

o Hipotensão arterial: pacientes hipotensos devem ser monitorados quanto à pressão,


antes, durante após os atendimentos de drenagem linfática;
o Afeções da pele: não massagear diretamente as áreas acometidas;

o Estados febris: a aceleração do fluxo linfático pode disseminar processos infeciosos.

Tema VII - Patologias Associadas

O corpo humano é constituído por cerca de 60 a 70% de água.

Por dia passam cerca de 30 litros de líquidos dos capilares para o espaço intersticial dos quais apenas 27 litros

retornam aos capilares.

Se os 3 litros de diferença permanecessem no espaço intersticial, estabelecer-se-ia o edema, edema este que

iria lesar os tecidos e eventualmente conduzir à morte. Porém, estes 3 litros de líquidos entram nos capilares

linfáticos onde tomam o nome de linfa.

Quando se verifica uma situação de estase (estagnação, acumulação) de líquido nos tecidos, acentua-se a

quantidade de resíduos metabólicos nos tecidos o que pode provocar situações de acidose (excesso de

acidez no sangue), dor, fibroses (formação de tecido cicatricial), esclerose (endurecimento do tecido) e em

casos mais graves a morte do tecido.

Vodder compara a parte do corpo onde se verifica estase, a um terreno pantanoso que só melhorará a sua

qualidade se forem cavados canais de drenagem (no caso do nosso corpo, este só se tornará saudável se o

sistema linfático for estimulado). Quando se dá uma situação mau

funcionamento do sistema linfático ou de doença onde

há necessidade de remoção de partes de tecido, são

removidos também vasos linfáticos. Como estes não se

reproduzem, o edema vai obrigatoriamente manifestar-

se, obrigando assim à intervenção de pessoal

especializado na prática da Drenagem Linfática Manual.

Esta prática é cada vez mais solicitada especialmente nos

pré e pós operatórios dadas as provas demonstradas na

mais

rápida e eficiente recuperação.

Assim, são fatores que levam ao aparecimento


19
 Aumento da Pressão Hidroestática PH (A PH varia com a ação da gravidade aumentando nas veias na

posição de pé e anulando-se quando o paciente está deitado. Pode ainda ter um valor negativo se o

paciente estiver deitado com os membros inferiores elevados). Estes valores aumenam na presença

de:

a. Varizes (são um obstáculo à circulação venosa; acontecem quando as paredes das veias se distendem

tornando-se mecanicamente menos eficazes e provocando um refluxo. A estase de


sangue não oxigenado torna a parede da veia mais permeável; as proteínas sanguíneas atravessam as paredes

mais permeáveis e acumulam-se no interstício; O edema pode surgir se a rede linfática não for capaz de eliminar

estas substâncias).

b. Flebites (São um obstáculo intransponível ao retorno venoso; a pressão venosa vem embater contra o

obstáculo: o sangue reflui nos vasos e aumenta a pressão hidroestática local; Aumenta a

permeabilidade vascular).

c. Insuficiência cardíaca (A insuficiência do coração aumenta a pressão venosa nos grandes troncos,

debilitando a corrente de retorno e tornando também mais difícil o retorno da linfa).

 Diminuição da Pressão Oncótica PO (A PO está ligada à presença de proteínas sanguíneas - estas opõem-se à

filtração retendo a água no lúmen do capilar. Uma diminuição das proteínas plasmáticas aumenta a filtração e

diminui a reabsorção. O desequilíbrio instala-se progressivamente e o edema de carência aparece).

 Alteração da parede vascular (A alteração da membrana vascular constitui fator susceptível de produzir um

aumento da sua permeabilidade. Poderá ocorrer a filtração de alguns elementos não desejados para o

exterior do vaso, desencadeando por vezes nos tecidos processos inflamatórios, susceptíveis de alterar a

parênquima vascular).

 Formação de linfedema ou edema linfático (Quando o equilíbrio entre a filtração e a reabsorção é quebrado

pelo défice de drenagem (reabsorção), mesmo em situações em que não existe um aumento de líquido

filtrado, temos um linfedema. Os fatores que levam à sua formação são:

a. Alterações congénitas ou adquiridas (São pouco frequentes mas se existem estão presentes desde o

nascimento e têm maior incidência no sexo feminino).

b. Obstrução das vias linfáticas (pode ser de origem exógena - associada a uma compressão por um

tumor, quisto ou fibrose tecidular ou de origem endógena - quando se dá um processo inflamatório

que aumenta o bloqueio linfático).

c. Destruição dos coletores ou dos gânglios linfáticos (provocada por uma incisão - corte -

perpendicular aos coletores; devido à área onde estes se inseriam ter sido afetada por doença -

cancro - que provocou a sua remoção; Em situação de fratura de ossos muito deslocada - nestes

casos a sua destruição é apenas parcial).

 Insuficiência funcional (diminuição da motricidade linfática por ausência de estimulação - situação frequente

nos idosos).

Fisiopatologia do Edema

O edema é o resultado da expansão do liquido extracelular do organismo, este é um sinal comum à uma

variedade de moléstias. Todos os edemas originam-se do sangue circulante e sua composição é semelhante à

do plasma.

O edema pode ser generalizado (é quando se espalha por todo o corpo e nas cavidades pré- formadas. Pode
ocorrer também dentro do abdômen ascite e dentro do pulmão (edema pulmonar
ou derrame pleural). Por ocasião de qualquer tipo de edema, em qualquer localização, sua presença faz

diminuir a velocidade da circulação do sangue, assim prejudicando a nutrição e a eficiência dos tecidos) ou

localizado (são edemas que comprometem um território do organismo ou órgão, resultam de distúrbios

locais). No exame clínico do edema, onde se faz uma pressão do dedo contra a pele da região edemaciada

podemos observar um edema de cacifo ou um edema sem cacifo. No edema de cacifo, nota-se uma

depressão no ponto onde foi exercida a pressão do dedo. Essa depressão desaparecerá alguns segundos após

cessada a pressão. Todo este processo ocorre porque, sob pressão, o líquido intercelular desloca-se para

regiões vizinhas e, cessada a pressão, o líquido retorna ao espaço que ocupava anteriormente. No edema sem

cacifo, não se observa a depressão, pois o líquido intercelular não se desloca. Existe uma coagulação do fluido

e uma fibrose conseqüente. A esse grave tipo de edema, denominamos fibroedema.

Tipos de edemas generalizados Edemas causados por drogas

Edema renal Antidepressivos

Edema cardíaco Antihipertensivos

Edema da gravidez Hormônios

Edema das cirroses Diuréticos


hepáticas

Edema iatrogênico Catárticos

Causas Básicas de Edema

 Elevação da Pressão Hidrostática nos Capilares (de 18 mmHg (milímetro de mercúrio) pode- se

elevar até 40 ou 50 mmHg);

 Baixa Pressão Coloidosmótica no Plasma (quando a concentração de proteínas plasmáticas cai

a menos de 2,5% a pressão de negativa normal nos espaços intersticiais passa a ser positiva);

 Aumento da Pressão Coloidosmótica do Liquido Intersticial (é o bloqueio dos linfáticos que

impedem o retorno de proteínas à circulação)

 Aumento da Permiabilidade Capilar (os poros podem se tornar muito aumentados e provocar

edema volumoso).

 Edema por obstrução venosa (O edema causado por uma obstrução venosa pode
ocorrer, por exemplo, numa trombose venosa ou na existência de tumores). Na obstrução

venosa a absorção do líquido intersticial estará diminuída, os capilares linfáticos, além de

apresentarem um grau maior de dilatação, terão que absorver todo o fluído e o fluxo linfático

estará aumentado.

 Edema por obstrução linfática (É quase impossível um bloqueio total no sistema linfático, pois

o grande número de anastomoses existentes entre a circulação venosa e a linfática faz com

que o fluxo linfático, através dessas anastomoses, retorne à circulação sangüínea, as principais

causas são as neoplasias, a filariose ou as alterações congênitas do sistema linfático.

Observamos também uma obstrução linfática crônica em tecidos constantemente agredidos e

que apresentaram reações inflamatórias repetidas).

Edema Gestacional

Diversos fatores podem estar agindo para a formação de edema que são: Pressão capilar aumentada; Pressão

coloidosmotica do plasma diminuída e retenção renal de sal e agua. Então o edema gestacional decorre do

aumento de substancias hormonais retentoras de sódio, em adição ao aumento da pressão intra abdominal

decorrente do crescimento uterino, provoca hipertensão da veia cava inferior e consequentemente estase

venosa nos MMII.

Linfedema

O linfedema é um inchaço causado por uma interferência com a drenagem normal da linfa para o sangue.

Muitas vezes, aparece em fases posteriores da vida devido a causas congênitas ou adquiridas. O linfedema

adquirido é mais freqüente do que o congênito. Aparece geralmente depois de uma grande cirurgia,

sobretudo após um tratamento no qual se tenham extirpado gânglios e vasos linfáticos ou quando estes

foram irradiados com raios X. Por exemplo, o braço pode tornar-se propenso ao inchaço depois da extirpação

de uma mama e dos gânglios linfáticos próximos. A cicatrização de vasos linfáticos que sofrem infecções de

forma repetida também pode causar linfedema, mas é muito pouco freqüente, exceto em infecções pelo

parasita tropical Filaria. No linfedema adquirido, a pele parece sã, mas está inchada. Se pressiona a zona com

um dedo, não fica sinal, como acontece quando o inchaço por acumulação de líquidos (edema) é o resultado

de um fluxo inadequado de sangue pelas veias. Em raras ocasiões, a extremidade incha exageradamente e a

pele é tão espessa e enrugada que tem o aspecto da pele de um elefante (elefantías).
Uma das causas de linfedema
A mastectomia com remoção de gânglios linfáticos é
uma das causas de linfedema (neste caso, no braço
esquerdo).

Em sua fase inicial o linfedema é mole, depressível, frio, indolor e regride com o repouso. O de longa duração

costuma ser duro. não depressível, frio, indolor e não regride com o repouso. No linfedema secundário a

alteração dos vasos linfáticos decorre da ligadura, secção, resseco ou trombose dos vasos coletores linfáticos.

Dos processos infecciosos o que mais freqüente leva à oclusão linfática é a erisipela.

O linfedema secundário à alteração dos linfonodos é mais freqüente nos casos de comprometimento dos

gânglios linfáticos por neoplasia, primaria ou metastásica. Nos membros superiores é freqüente após a

mastectomia com o esvaziamento ganglionar da axila.

25
Linfedema Primário:

 Precoce: comum no sexo feminino no início da puberdade, idiopático.


 Congênito: - Hereditário ou doença de Milroy: Presente desde o nascimento se caracteriza por

insuficiência valvular, diminuição do numero de linfáticos, linfangiectasia (dilatação dos vasos

linfáticos).

 Congênito Simples: Idêntico a doença de Milroy, mas sem padrão hereditário

Linfedema Secundário:

 Por lesões teciduais locais

 Por filariose (Elefantíase)


 Recidivas de erisipela (Doença causada pela bactéria Streptococcus pyogenes que afeta a pele e o

tecido subcutâneo, manifestando áreas edematosas elevadas, avermelhadas e dolorosas)

 Celulite
 Por estase venosa (diminuição do fluxo sanguíneo venoso)
 Metástases de tumores malignos

 Ressecção cirúrgica de gânglios e vasos linfáticos – Pós-mastectomia


 Fibrose após radioterapia.
 Por lesões teciduais locais: Linfangite Aguda (Inflamação nos vasos linfáticos) e em casos mais graves

linfadenite (Inflamação nos linfonodos).


Linfedema Primário Linfedema Secundário por Linfedema ár
Alteração dos Secund por i
Vasos Alteração o
Linfáticos Linfonodos d
o
s
Congênito  Pós surtos  Neoplasias

de erisipela
Precoce  Pós estase venosa  Fibrose

crônica pós- radioterapia

Tardio  Pós traumas  Esvaziament

o ganglionar

 Filariose  Tuberculose
 Iatrogênico  Medicamentos

26
15. Tipos de Linfedema

Capítulo II – Organização física do espaço de trabalho


Tema I - Equipamento, Distribuição e ocupação do espaço

Para evitar surpresas é conveniente desenhar um plano de distribuição destinado ao gabinete.

Assim irá saber o espaço de que dispõe e como irá distribuir racionalmente, colocando

adequadamente os móveis, os aparelhos, as marquesas, etc. Como em qualquer massagem,

quando se aplica a DLM há que ter cuidados com a temperatura, com a higiene e com a

privacidade do paciente. Há ainda que não esquecer a nossa própria desinfeção, bem como a

ginástica das mãos - essencial a uma boa destreza de movimentos.

Tema II – Caracterização do material


Este tipo de estimulação de tecidos não necessita de nada mais que uma pele devidamente

desinfetada. Não se utilizam óleos, pó talcos ou qualquer outro agente de potencialização do

deslizamento da mão.
- Evitar ruídos, luz direta;

- Criar um ambiente com temperatura adequada;

Capítulo III – Protocolo de instalação do/a cliente


Tema I - Preparação do Posto de Trabalho

Receção e instalação do/a cliente

A receção do cliente é o cartão de visitas da Empresa e desempenha um papel fundamental no

atendimento das necessidades do cliente, na fidelização e satisfação desse cliente e na

distribuição de informação e agilidade nos processos administrativos dentro da empresa.

Antes de iniciar os atendimentos do dia, a sala deve estar perfeitamente limpa e higienizada. Um

aroma delicado (camomila, lavanda, eucalipto) pode envolver todo o ambiente. Música

relaxante, ambiente suave e, temperatura amena. Tudo deve combinar ao relax, que é a palavra

chave deste século. A pessoa que busca tratamentos de beleza entra num mundo onde os

despertar dos 5 sentidos são muito importantes para que se tenha um real estado de

relaxamento. Busque a Tranquilidade.

Como receber um cliente


O cliente, geralmente, telefonará para marcar um horário. Se tiver uma secretária deverá treiná-

la para que atenda bem os clientes. Se tiver uma secretária eletrónica, retorne sempre todas as

ligações, de preferência no mesmo dia.

Procure marcar clientes com uma certa folga no horário entre eles, pois do contrário, a sua sala

de espera pode ficar tumultuada com clientes insatisfeitos e nervosos pelo seu atraso.

O próximo passo é preencher a ficha do cliente com a sua qualificação (nome, endereço,

telemóvel, profissão, idade, indicação) e fazer a ficha de avaliação corporal. Fidelizar o cliente é

objetivo a ser alcançado em toda a área de atuação profissional que ofereça serviços.

Conquistar e manter um cliente é tarefa difícil, porém realizável. Para isso, é fundamental

garantir a qualidade do relacionamento interpessoal e da capacidade técnico-profissional do

terapeuta. O bom atendimento é o primeiro passo na fidelização. Simpatia, receptividade,

habilidade para ouvir e manter discrição, não


omitir opiniões em questões da vida pessoal do cliente, não comentar sobre os seus problemas

com o cliente. Manter sempre o profissionalismo. Portanto, ouvir e discrição são virtudes

fundamentais nesta profissão.

Regras de Ouro
Doe-se: faça sempre o seu melhor, sem que para isso precise comentar negativamente sobre

outros colegas de trabalho (mas não exagerado claro). Para o cliente isso não interessa, se ele te

escolheu, é porque te acha melhor. Deve,mos ser um veículo de calma e serenidade. Tenha a

mente sempre voltada para o seu maior património: O Cliente.

A responsabilidade do toque: neste momento, o cliente deve ser “único”. Devemos tocar nas

pessoas respeito e devoção. Devemos transmitir confiança, conforto e afeto. Procure entender

ao invés de ser ententido: quando nos dispomos a compreender o cliente, há uma melhor

comunicação e enendimento entre as partes.

Aprenda sempre: faça planos de crescer, estude, pesquise, participe em eventos, pergunte, lei-a,

investigue e nunca dúvide de milagres.

Dedicação ao seu crescimento pessoal: tenha um objetivo. Seja positivo e paciente. Seja parte

de algo grande: aquilo que fazemos é terapêutico e poderoso, aumentámos a auto-estima do

cliente, porque ajudamos, aliviando o stress, a solidão.

Seja condutor do bem-estar: seja positivo, alegre, mas não brincalhão. Lembre-se que o cliente

veio para momentos prazerosos e positivos.

O seu êxito dependerá dos seguintes fatores:

 De si próprio e da sua personalidade, ou seja, saber o que quer, porque é que quer e

como quer, quando e onde o quer, manter-se fiel às suas ideologias.

 Dos conhecimentos que possui acerca da profissão e da sua cultura profissional. É

muito importante que o que aprendeu se comprenda bem e, caso não aconteça, peça

esclarecimentos (não fique desinteressado, indiferente nem passivo). Se não tem ideias

claras, não as poderá aplicar corretamente na prática.

 Dos conhecimentos que possui acerca dos produtos que vai empregar. Só apenas

quando se tem uma boa informação é que se pode conseguir ótimos resultados. Todos

os dias saem novos produtos dos quais os fabricantes aferecem todo o tipo de

informação.

 Dos tratamentos que oferece. Tanto as técnicas como os produtos avançam


sem parar e é necessário que se aperfeiçoe continuamente. Não é suficiente o que se

aprende na primeira vez, devendo pôr-se em dia através de revistas, conferências e

congressos.

 Do seu próprio estilo, que deve ser positivo, seguro e vigoroso. Os pacientes não

gostam de profissionais dubitativos. A vacilação e a insegurança só demonstram falta de

conhecimentos ou falta de profissionalismo. Se está seguro daquilo que faz os seus

argumentos terão base e conseguirá convencer.

 Da sua hostilidade profissional. Não se trata de prometer qualquer coisa para obter

fama, trata-se de adaptar, adequar cada um dos tratamentos ou dos produtos ao

problema de cada pessoa, para conseguir o máximo de resultado num prazo mais curto

possivel.

 Não transforme em amizade a simpatia que possa haver entre si e o seu paciente. É

um erro grave. O gabinete não é uma sala de conferências e, mais tarde o paciente

pode lamentar as confidências que lhe fez e sentir-se embaraçado com a sua presença.

Ficha Técnica

Anamnese
A Anamnese é obter informações a respeito de algum problema de Saúde. Serão feitos diversos

questionamentos sobre uma série de aspetos relacionados ao problema em questão.

Deve ser feita, sempre, uma FICHA DE ANAMNESE onde ficarão registradas as informações

fornecidas pelo cliente.

Como proceder à ficha de Anamnese?

Os profissionais de saúde devem, quando da primeira visita do seu cliente, fazer a anamnese e

não esquecer a foto corporal do cliente, no começo desta avaliação (antes, durante e depois do

tratamento). O formulário ou ficha da anamnese deve incluir um registo pessoal e familiar e de

fatores de risco associados à medicação e o tratamento a que está submetido, hábitos

alimentares e dieta, história do tabagismo pessoal e familiar e os padrões atuais de atividade

física.

Além disso, quaisquer outros problemas clínicos pertinentes ou incapacidades físicas devem ser

anotadas.

A anamnese tem como objetivos estabelecer o contato inicial com o seu cliente, com o intuito

de conquistar a confiança a confiança da pessoa; de suma importância, esse


procedimento, às vezes, é o único instrumento para se chegar a um diagnóstico; coleta-se as

informações necessárias para elaborar as hipóteses diagnósticas; a partir dela define-se os

objetivos terapêuticos.

O que deve constar numa ficha de anamnese


1. ANAMNESE: Nome – Sexo – Idade – Raça – Estado Civil – Profissão – Naturalidade –

Endereço – Telemóvel

2. QUEIXA PRINCIPAL: Motivo ou problema que fez o paciente procurar o seu atendimento

3. HISTÓRIA DA DISFUNÇÃO CORPORAL: Deve ser um relato claro e em ordem

cronológica dos problemas que levaram o paciente a procurar o seu auxílio

4. HISTÒRIA PREGRESSA COMPORTAMENTAL: Hábitos: - Tabagismo – Uso de Álcool – Uso

de drogas ilícitas – Atividade Física – Alimentação

5. HISTÓRIA FAMILIAR: Pesquisar na família (país, irmãos, filhos) especialmente sobre

aspetos relacionados com a disfunção corporal como: alterações vasculares,

dificuldades circulatórias, diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, presença

de seborreia na face e couro cabeludo, acnes, envelhecimento precoce, etc.

6. HISTÓRIA DE QUEIXAS DE OUTROS SISTEMAS: Consiste na realização de uma série de

perguntas sobre sintomas específicos ligados aos diversos aparelhos, sistemas e regiões

do corpo

7. HISTÓRIA PSICOSOCIAL: pode sugerir fatores adicionais dos distúrbios. São: a condição

da casa; a vida diária; o estado de espírito atual; a perspetiva do seu cliente em relação

ao tratamento; se ele(a) possui vícios (Tabagista? Quantos cigarros por dia? Bebidas

Alcoólicas? Com que frequência?; o número e o tipo de alimentações diárias; se o

cliente pratica alguma atividade física (O que pratica?, Quantas vezes por semana?,

Tempo de duração da atividade? Qual a intensidade?. Todos estes fatores são de suma

importância para o profissional.

Capítulo IV – Preparação da profissional para a atividade a efetuar


4.

Tema I - Mãos e Utensílios

 Devidamente fardado;

 Ter uma imagem cuidada (maquilhagem suave); mãos e unhas cuidadas;


cabelo bem apanhado; pele cuidada; calçado cómodo e silencioso; evitar aneis,

pulseiras e relógios.

Tema II - Ginástica preparatória das mãos

As mãos são uma ferramenta muito importante para o exercício da profissão de estética. Por

isso, devemos cuidar muito bem delas.

Para controlar os movimentos dos dedos, para que os dedos sejam interdependentes, para que

cada um deles possa fazer aquilo que quiser, existem vários exercícios simples que qualquer

pessoa pode fazer para treinar a sua mão.

Tema III – Manejo prático dos utensílios

A ginástica Laboral consiste em 3 aspetos:

1. Preparatória (exercícios de alongamento, aquecimento, mobilidade articular) – 10/15

minutos

2. Compensatória (exercícios de alongamento, descontração) – 5/10 minutos

3. Relaxamento (exercícios de relaxamento, respiração, massagem) – 20/30 minutos


16. 6. Ginástica
17. 7. Ginástica

Capítulo V – Manobras de DLM

1. A drenagem inicia e acaba sempre pela estimulação (abertura e fecho) dos gânglios da

subclavicular, independentemente da zona a trabalhar.

2. A drenagem deve iniciar-se pela evacuação dos nódulos linfáticos proximais ao

segmento trabalhado.

3. A DLM deve iniciar-se pela manobra de evacuação, objetivando

descongestionar as vias linfáticas.

4. Caso não se possa manipular a zona que necessita de cuidados deve executar-se 10

minutos de DLM nos gânglios da subclavicular.

5. O conhecimento das vias de drenagem é fundamental para o sucesso da terapia;

6. Não é necessário o uso de produtos apenas a pele higienizada.

Tema I - Pressão das Manobras de DLM

A pressão exercida deve seguir sempre o sentido fisiológico da drenagem;

Pressão: superficial;

Ritmo: constante –”pressionar – afrouxar”

Repetição: cada movimento deve ser repetido 5 a 10 X no local num total de 50 vezes; Duração:

depende da região, patologia e constituição física (mínimo 30 minutos);


Frequência: desde 1/2 vezes por semana.

Tema I - Efeitos das manobras

Efeitos da Drenagem

A Drenagem Linfática Manual é uma técnica que emprega um ritmo lento, suave com o

objectivo da estimulação do sistema imunitário. Requer o conhecimento prévio da fisiologia do

sistema linfático para de seguida ser executada profissionalmente com êxito. A Drenagem

Linfática Manual surgiu por volta dos anos 30 do Século XX pela mão do Dr. Emil Vodder, que a

criou para o tratamento das afecções das vias respiratórias superiores.

A drenagem linfática manual tem como objectivo principal direccionar e aumentar o fluxo

linfático, promovendo, uma remoção mais rápida do excesso de liquido intersticial.

Apesar da acção da drenagem linfática manual ser sobre o sistema linfático, os seus efeitos

também podem ser observados sobre a circulação sanguínea, o metabolismo, o tecido muscular,

a pele e o sistema nervoso vegetativo.

Efeitos na Circulação Sanguínea

A pressão exercida age sobre a circulação sanguínea venosa, deslocando-se em direção

convergente. Ativa a circulação.

Efeitos sobre o Metabolismo

A drenagem linfática manual não exerce nenhuma alteração no metabolismo geral. No entanto,

em função da alteração circulatória, alguns processos metabólicos locais são beneficiados, como

por exemplo a nutrição celular.

Efeitos sobre o Tecido Muscular

A drenagem linfática manual é realizada com movimentos leves e calmos que provocam o

relaxamento da musculatura, favorecendo a eliminação do ácido láctico nos músculos que

foram submetidos a exercícios prolongados. Mesmo no tecido muscular que não está sob

fadiga o efeito da drenagem manual é benéfico, pois melhora a nutrição das células musculares.

Efeitos sobre a Pele


Como os movimentos de drenagem manual são muito suaves e lentos, o aquecimento da pele é

reduzido. Esse efeito da drenagem é positivo, pois, do contrário a técnica não seria indicada em

casos de pele avermelhada (com edema e inflamação). Os outros efeitos sobre a pele estão

relacionados com a diminuição de inchaços, a desintoxicação dos tecidos e a melhoria da

oxigenação e da nutrição celular.

Sobre a epiderme
 Acelera a descamação das células mortas, tendo efeito de limpeza superficial;
 Aumenta o ritmo de multiplicação das células da camada basal;
 Não se encontra nesta camada vasos sanguíneos;

 Reativação mitótica, particularmente nas peles envelhecidas ( Regeneração celular).

Sobre a derme ( Camada inf. Renovável e irrigada [Camada Viva])


 Eliminação de radicais livres;
 Favorece o fornecimento de nutrientes;
 As melhorias ao nível da derme traduz-se por uma melhoria de luminosidade e por uma

menor aparência de rugas;

 Retarda o aparecimento das rugas;


 Esta camada é altamente vascularizada e sede das estruturas linfáticas superficiais e de

trocas metabólicas intensas, será flexibilizada, mais bem nutrida e mais rapidamente

libertada dos radicais livres.

Na DLM, as primeiras sessões poderão dar a sensação de maior celulite, porque existe o

encaminhamento do líquido intersticial que inunda os adipócitos fazendo com que estas células

pareçam maiores, embora toda aquela zona seja reencaminhada.

Sobre a hipoderme:
 Melhoria da circulação;
 Redução das distâncias entre os conglomerados de adipócitos e a microcirculação

( aumentando a facilidade do mecanismo essencial de trocas entre células- difusão);

 Equilibrar o Sistema.

Acne e Seborreia:
A técnica de DLM manifesta efeitos ao nível da microcirculação.

Globalmente, pode-se afirmar que é:

 Delicadamente exfoliante (elimina as células mortas);


 Dinamizante em relação a todas as trocas líquidas e em relação à regeneração celular;

 Favorece melhorias do estado dos tecidos, aumentando as suas capacidades

imunológicas.

Manobra de apoio Manobra de estiramento

Manobra de relaxamento

Todo o tratamento começa e acaba com um deslizamento (muito, muito suave), o qual

podemos chamar toque neuro-cutâneo. É uma forma de contacto e de relaxamento final.

Cada manipulação deve repetir-se muitas vezes, para que surta efeito. Temos

que ter em conta:

- Zonas de tratamento prévio


- Várias divisórias linfáticas
- Via de escoamento principal

Para aplicar corretamente uma DLM não só é importante o domínio das distintas técnicas de

manipulações específicas; Precisamos conhecer a localização dos principais grupos

ganglionares e as divisórias ou quadrantes linfáticos.


19. Direções da Linfa

Tema III - Efeitos Fisiológicos das manobras de DLM e das manobras de Massagem Clásica

- Dinamização do peristaltismo dos coletores e, consequentemente, aumento do ritmo natural


que se prolonga por horas após a drenagem;

- Desentupimento sistemático das vias de acesso à região afetada;

- Suaviazação e "desfibragem" minuciosa da organização conjuntiva;

- Solicitação máxima da reabsorção;

- Eliminação progressiva nas principais zonas de drenagem da estase (estagnação) dos tecidos e
de todos os resíduos tóxicos resultantes do traumatismo.

Efeitos Positivos

 Melhor oxigenação;

 Melhora a defesa e ação antiinflamatória;

 Aumento do potencial reparador;

 Dinamização de todos os processos catalisadores de uma boa cicatrização.


Massagem Corporal Objetivos DL
M
Melhorar a circulação Melhorar a drenagem do

sanguínea espaço intersticial

Aumentar a filtração e Não aumentar a filtração

reabsorção

Regular o tônus muscular Influir nas fibras musculares

Melhora a elasticidade do Pretende apenas que os

tecido conjuntivo tecidos fiquem mais “limpos”

Estimulante inicial a que Relaxamento geral pelo

se segue de relaxamento efeito vago tónico

Maior pressão utilizada Pressão suave (+/-

(+/- 70 mmHg) 30mmHg)

Pode produzir dor Nunca deve produzir dor

Ritmo mais rápido Ritmo lento (os vasos

linfáticos normais contraem-

se 10-14 vezes por minuto)

Executada com os Membros superiores

membros superiores relaxados, as mãos

tensos, mãos e dedos praticamente flácidas

muito ativos

Manobras de Movimentos suaves de

deslizamento, fricção, compressão/descompressã o

amassamento, percussão, da pele, círculos, etc., sem

… deslizamentos ou fricçã

Uso de lubrificante para A mão segura a pele, não

facilitar o deslizamento deve deslizar

Tema IV - Pressão DLM por zonas


Todo o tratamento começa e acaba com um deslizamento (muito, muito suave), o qual

podemos chamar toque neuro-cutâneo. É uma forma de contacto e de relaxamento final.

Subclavicular

O pescoço é a única zona que carece de tratamento prévio. Ali desaguam nos gânglios cervicais

que se tratam com círculos fixos. Realizam-se esta manobra com uma série de 5 x 10 num total

de 50 vezes, com 3 repetições.

Passes suaves: Do Esternocleidomastóideo para os ombros 50 vezes.

1ª cadeia ganglionar: Segue a linha do esternocleidomastóideo, que começa na zona entre a

mandíbula e a apófise mastoide.

Apoia-se as mãos, de forma que a 2ª falange dos dedos se situem debaixo do lóbulo da orelha,

exceto o polegar que não intervêm. Dedos e mãos estirados. As cabeças metacarpianas pousam

sobre os gânglios e realiza-se círculos fixos para trás e para baixo, percorrendo todo o pescoço

para terminar na fossa supraclavicular.

2ª cadeia ganglionar: Desde a zona occipital passando ao longo das primeiras vértebras

cervicais. realizar círculos fixos na zona posterior do pescoço e na zona occipital.

20. Manobras de chamada Sub/Retro Clavicular

Submaxilar na 1ª cadeia ganglionar: Círculos fixos com a polpa dos dedos, exceto polegar.

Começa-se no ângulo mandibular e dirigimo-nos medial e lateralmente.


21. Manobras de chamada nas Parótidas, ECM e Sub CLavicular

Parótidas na 2º cadeia ganglionar: Na zona pré-auricular se coloca o indicar e na zona

postauricular os restantes três dedos. Manobras de círculos fixos à volta da orelha até à base do

crânio.

Trapézio: faça estiramentos na direção do seu corpo.

23. Manobras de chamada Sub/Retro Clavicular

Ombros e articulação acrómio-clavicular: Começa-se nos ombros e depois faz-se círculos sobre

esta articulação.

Rosto

Drenar previamente o Pescoço.

Na face acumula-se muito líquido; No seu tratamento destaca-se o seu

efeito sedante.

A zona de desague é a 1º cadeia ganglionar.


O terapeuta coloca-se por detrás da cabeça do paciente, começando com passes suaves deste a

linha medial para os lados.

Manobras: Trata-se unicamente com Círculos fixos, porque se adaptam bem a morfologia da

face. Começar no queixo, lábios, bochechas e testa. Continuar a drenar desde o ângulo

mandibular, nariz, bochechas, olhos, sobrancelhas e zona temporal e testa.

Membro Superior

Drenar previamente o Pescoço.

Ombro

Passes suaves: Desde a mão até a axila

1 - Dador alternado no braço: Com o cotovelo do paciente fletido e a mão sobre o esterno, na

zona posterior do braço realiza-se manobras de dador alternados desde o cotovelo até axila,

seguindo a zona medial do braço.

2 - Bombeamento cobrindo o Deltóide: Para as fibras medias. Com uma das moa do terapeuta

segurando o braço do paciente, realiza-se estas manobras desde o ponto de inserção até à sua

origem.
3 - Círculos fixos cobrindo o Deltóide: O membro superior está apoiado na marquesa. Com as

mãos planas sobre o deltóide se realizam estas manobras, sem realizar repetições pois não

existem gânglios.

Braço
Manobras: Bombeamento + círculos avançando na face lateral do braço: O braço descansa

sobre a marquesa e drena-se a face anterior, interna e externa, na direção para os gânglios

axilares.

Círculos fixos nos gânglios axilares: Começa-se no Bíceps, axila e zona axilar.
Cotovelo

Pressões no Cotovelo: Manobra exploratória. Vodder também tratava algumas algias, como

epicondilites.

Realizar 5 pressões em pontos diferentes.

Rotativos do Polegar: O braço está em supinação, fletir ligeiramente o cotovelo para mais

comodidade.

28. Manobras no MS
Antebraço

Dador na face dorsal e ventral: Ligeira flexão do cotovelo.

Mão

Rotativos alternados com o polegar: Em 3 linhas imaginárias do carpo e depois no Metacarpo.


Rotativos do polegar seguindo todos os dedos: Com mão apoiada na mão do terapeuta

trabalhar os dedos (estirados), um a um.

Rotativos alternados com o polegar em 3 linhas imaginárias cobrindo a palma da mão: Com

mão supinada Rotativos com o polegar, em simultâneo, sobre uma linha imaginária no centro

da palma.

Terminar com Passes Suaves.

Membro Inferior

Deve-se drenar previamente o ventre (ou o pescoço, segundo alguns autores). A zona para

desaguar são os gânglios inguinais.

Passes suaves: Desde a perna até a zona inguinal.

Bombeamento alternados na face anterior da coxa. Também se pode realizar a técnica

combinada de bombeamento e círculos fixos, utilizada também na parte interna e externa da

coxa.
Bombeamento e círculos avançando na parte interna da coxa: Círculos na zona do joelho e

prega inguinal, zona para onde vão mais vasos linfáticos. Consegue-se drenar bem esta zona

sem que o paciente se coloque em posição pronta para drenar a parte posterior.

Bombeamento e círculos avançando na face anterior e lateral da Coxa: Pode-se alternar as

técnicas: Círculo – círculo e bombeamento – bombeamento.

Círculos fixos nos gânglios inguinais: A parte interna da coxa, nesta zona é muito importante,

pois é donde ascendem a maior parte dos vasos linfáticos da coxa.


Joelho

1. Círculos avançando e bombeamento na face interna e 2 círculos avançando

2. Bombeamento e círculos com o polegar na face interna


3. Rotativos com o polegar (em simultâneo) na face anterior do joelho
4. Bombeamento na face anterior do joelho
5. Círculos fixos nos gânglios poplíteos (com as polpas dos dedos, que estão planos. É um

movimento semelhante ao dador mas com as polpas)

6. Rotativos alternados com o polegar (utiliza-se muito esta manobra em próteses do

joelho), seguindo a “pata de ganso” e tendão Anserinus.

Perna

1. Bombeamento da tíbia mais dador nos gémeos: O paciente dobra a extremidade e

sentamo-nos na marquesa. Se tem edema localizado colocar a perna em elevação. Na

parte anterior faz-se o bombeamento e na posterior o dador simultaneamente.

2. Dadores alternados nos Gémeos: Desde o tendão de Aquiles até ao osso poplítico. Os

polegares avançam em simultâneo em ambos os lados da tíbia.


Tornozelo

1. Círculos avançando na zona retromaleolar: São círculos simultâneos com a polpa dos

dedos, em ambos os lados da zona retromaleolares. Se coloca os 4 dedos planos nesta

zona e realizar os círculos fixos.

2. Rotativos alternados com o polegar: Ente ambos os malelos traçar 3 linhas imaginárias e

sobre cada uma se vai realizar estas manobras.

Metatarso (dorso do pé)

1- Rotativos alternados com o polegar: Se vai cobrir 3 ou 4 linhas imaginárias

2- Rotativos simultâneos com o polegar: Entre o 2º e 3º dedo podemos localizar um edema

característico, chamado o lago da linfa, que se drena com esta técnica. Aparece quando se

começa a ter problemas de retenção na perna

3- Círculos fixos com a polpa dos 4 dedos na face lateral do tendão de Aquiles
4- Pressões na planta do pé e passes suaves: A polpa dos dedos empurram o arco transversal
da planta do pé, movimentando os ossos metatarsianos.
Toráx

Drenar previamente o Pescoço.

A zona de desague são os gânglios axilares e paraesternais.


Começar com Passes Suaves: Do esterno para a axila.

1. Círculos Fixos simultâneos na parte lateral do seio: Com ambas as mãos.


Serve para vazar os gânglios axilares mamários externos.

2. Círculos alternados na lateral do seio.

3. Bombeamento e círculos com o polegar, cobrindo todo o seio: Uma mão bombeia

debaixo do seio a outra realiza círculos com o polegar por cima do seio. As mãos

trabalham alternadamente em direção à axila.

4. Rotações sobre as costelas: Rotações alternadas desde a linha media à lateral, sem tocar

no seio

5. Intercostais: Círculos Fixos com a palma das mãos e os dedos, seguindo o canal

intercostal em direcção ao esterno.

6. Articulação esterno costal: Círculos fixos com os 8 dedos

7. Círculo Fixo sobre o Esterno: Colocar uma mão sobre o esterno e a outra por cima

desta. Fazer círculos fixos sobre a outra mão, do esterno até axila. Estas duas sequências

não se realizam em asmáticos.

8. Grandes círculos na lateral do tórax: Desde a axila até à cintura.

9. Repetir a sequência no outro lado

10. Rotações e círculos na lateral: Mãos debaixo dos seios, com os polegares à altura do

apêndice xifoide. Fazer 5 rotações e 3 círculos

11. Terminar com Passes Suaves: Para Relaxar


Abdómen

Drenar previamente o Pescoço.

Terapeuta deve estar colocado no lado direito do paciente, a zona de desague são os gânglios

inguinais.

Começar com passes Suaves desde a linha alba (medial) até à lateral.

1- Toques Suaves: A mão esquerda toca o lado direito da cintura e a direita realiza toques

suaves sobre o plexo braquial e solar.

2- Cólon Descendente: Pressão no ângulo do cólon esquerdo e descomprimindo a mão

dirige-se para a púbis.

3- Triângulo do Cólon: Com ambas as mãos passa-se pelo cólon descendente, ascendente e

transverso. Pressionar nos ângulos, no final do transverso e ascendente. No resto comprime-

se.

4- Círculos no cólon descendente, ascendente e transverso: A direita é passiva e a esquerda


marca o movimento. São círculos fixos no trajectos das fezes.

5- Rotações obre o abdómen.


s
- Círculos com os polegares: desde a linha umbilical até gânglios
inguinais.
7- Vazamento dos gânglios abdominais: Paralelamente aos rectos abdominais sobre a fossa

ilíaca. São círculos com a polpa dos dedos. Movimento para esvaziar a cisterna de Pecquet.

8- Na zona abdominal pode-se influir manualmente sobre a circulação da linfa, onde se

encontram os gânglios inguinais e a cisterna de Pecquet, recolhem a linfa da extermidade

inferior e dos órgãos abdominais. Realizar Círculos fixos na linha inguinal.

9- Respiração Final: Ao inspirar, mãos nas costelas e pressionar ao iniciar

expiração.

10- Terminar com Toques

Suaves.

Nuca

Manobras: Círculos fixos em cada lado da linha sagital, se inclui o couro cabeludo. Também se

realizam círculos fixos na zona das orelhas. depois continuar com bombeamento nos ombros,

trapézio e zona cervical posterior.


Costas

Com o paciente em decúbito ventral, começar por realizar passes suaves.

Manobras: Círculos Fixos nos gânglios axilares, manobras de reabsorção e bombeamentos –

círculos fixos, círculos fixos na parte interna da escápula com as polpa dos dedos; círculos fixos

na parte lateral do tórax. Trabalhar também os espaços intercostais e zona paravertebral com a

polpa dos dedos


Zona Glutea-Lombar

DLM no corpo em geral


43. Manobras dominantes
44. Direção das Manobras

46.Direção das Manobras


47.Direção das Manobras
48.Direção do sistema linfático

O que deve reter:

A Drenagem Linfática deverá ser preferencialmente lenta para poder influenciar no Sistema

Nervoso Autónomo Parassimpático e dar tempo para que os capilares capturem o líquido

intersticial (uma manobra por respiração profunda do paciente- pressionar na expiração).

Recomendamos iniciá-la pedindo ao paciente que beba um "bom" copo de água, a seguir

harmonização respiratória (a respiração lenta e profunda tem boa actuação na Cisterna de Quilo

- Cisterna de Pequet, sugando a linfa abdominal para o ângulo Venoso, através do Ducto

Torácico).
Sempre que possível usar a força da gravidade.

Ambiente silencioso.

Se necessitar drenar o corpo inteiro faça isso por partes, em diferentes sessões, assim a sessão

não será muito demorada.

A linfa deve ser "direccionada" para o interior do corpo e não para o coração. Deve-se ter uma

sequência de partes a serem drenadas. Se preferir a "proximal distal" não há objecções.

A flexão das articulações deverá ser feita ao iniciar cada movimento de drenagem do segmento

e ao finalizar.

Terminar com mais um copo de água. (A água, antes e após a Drenagem, apreça a depuração

do sangue pelos rins que fará urina.).

Referências Bibliográficas
* http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-linfatico/

* Manual das fisioterapeutas Susana Maurício, Sara Silva e Anabela André.

* Manual Do Dr Augusto Fernandes.

* Documentos pessoais retirados durante as formações por mim elaboradas.

* AWADA, A. Drenagem Linfática Manual. Disponível em


http://www.adrianaawada.com.br/trtatamentos18.htm.

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