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AEDAI- AUTARQUIA EDUCACIONAL DE AFOGADOS DA INGAZEIRA

FAFOPAI-FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE


AFOGADOS DA INGAZEIRA-PE
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO

O SILENCIO COMO EFEITO DE UMA


PALAVRA EM ESPERA: A IMPORTANCIA DO
SILENCIO NO ATENDIMENTO PEDAGOGICO
NA ESCOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL

ANA CLÉCIA DE BARROS HENRIQUES

AFOGADOS DA INGAZEIRA – PE
2016
AEDAI- AUTARQUIA EDUCACIONAL DE AFOGADOS DA INGAZEIRA
FAFOPAI-FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE
AFOGADOS DA INGAZEIRA-PE
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO

O SILENCIO COMO EFEITO DE UMA


PALAVRA EM ESPERA: A IMPORTANCIA DO
SILENCIO NO ATENDIMENTO PEDAGOGICO
NA ESCOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho apresentado ao Departamento de


Pedagogia da Faculdade de Formação de
Professores de Afogados da Ingazeira sob a
regência do professor Charlington Alves, da
disciplina Metodologia do Trabalho Acadêmico.

AFOGADOS DA INGAZEIRA – PE
2016
Sumario

INTRODUÇÃO.........................................................................................................5

 O SILÊNCIO QUE FALA..............................................................................6

 O SILENCIO A PARTIR DA PSICANÁLISE FREUDIANA....................6

 O SILÊNCIO A PARTIR DE LACAN........................................................6

 O SILENCIO COMO UM PROCESSO DA LINGUAGEM.......................7

CONCLUSÃO........................................................................................................11

REFERENCIAS......................................................................................................12
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo compreender como o silencio no


atendimento pedagógico nas escolas é percebido pelos profissionais da área
de educação a partir dos estudos psicanalíticos freudianos e lacanianos. O
silencio é abordado a partir da positividade enquanto desenvolvimento
contrapondo à uma manifestação de resistência ao inconsciente. O ato de
silenciar está ligado muitas vezes à ausência, à falta ou ao repouso do
movimento. No entanto estar em silencio é também comunicar, é exigir dos
ouvidos habituados ao ritmo da fala fundamentada pela palavra uma
possibilidade de ver o mundo, de perceber os sentidos que as coisas possuem.
O sentido que as pessoas possuem. O atendimento pedagógico realizado nos
espaços escolares é por vezes uma ação doutrinária, pois quem está na
condição de “escutado” deveria ter muito a falar, o que habitualmente não vem
acontecendo, em especial com crianças vítimas de contextos familiares
violentos. Surge uma linguagem trans-verbal em que o silencio reina.

Palavras Chaves: Psicanálise – Silencio – Atendimento – Escola - Criança –


Violência
ABSTRAT
INTRODUÇÃO
Ao nos depararmos quão a importância que a psicanalise tem nas
nossas vidas, percebemos situações onde ela vem a contribuir para
profissionais da educação que é desafiado e questionado pelos
comportamentos dos alunos. Então, o silencio se caracteriza como uma
linguagem tão pouco entendida e conhecida por muitos, tratado apenas como
forma de se negar a fazer algo ou como diz o ditado popular: ”quem cala
consente”.

Em uma sociedade cada vez mais mutável e comunicacional, parece até


ser ironia que o silencio se faça presente. Nos contextos educacionais a
exigência comunicacional se faz presente como uma das habilidades em que
os alunos deveriam estar sendo preparados à constituir, o que para muitos
profissionais chegaria até ser demérito a não construção de tal habilidade.

É comum depararmos com turmas silenciosas nas escolas e em


seguida as falas afirmativas de quão é importante uma sala de aula nestas
características. O silencio transita entre dois polos: o negativo e o positivo.
Entre a invisibilidade e a visibilidade. Para as concepções Freudiana e
Lacaniana de maneira significativa nos chama a tenção sobre a importância
que o silêncio vem a trazer para o ser humano, tratando-se assim de uma
linguagem tão pouco interpretada ou entendida em meio a sociedade.

No primeiro capítulo intitulado o Silencio que fala, iremos tratar no


subtópico 1.1. O silencio a partir da psicanálise freudiana e no subtópico 1.2. O
silencio a partir da psicanálise de Lacan e no 1.3 o silencio como um processo
de linguagem. Assim autores como

Visando essa importância ao decorrer de todo esse trabalho mostro ideias e


pensamentos desses dois grandes autores(FREUD e LACAN) e mais alguns
ao decorrer da escrita.
O presente projeto teve início a partir de estudos dentro da psicanalise
enquanto atendimento pedagógico na escola. Onde irei falar de situações tão
pouco observadas e debatidas em meio ao ambiente escolar.

onde os mesmos estão em silencio e ainda o permanecem mesmo ao


ser questionados, e pelo professor muitas vezes passa despercebido, não
dando muita importância por pensar que apenas não queira participar da aula
ou interagir com a turma, sem dar-se conta que o aluno pode estar com
dificuldades de entender o que o professor passa, dificultando assim, sua
própria aprendizagem.

com o silencio acaba afirmando algo que não deseja falar, sendo de total
importância para questões em meio a sala de aula e principalmente na área
psicanalítica.
CAPITLO I
O SILENCIO QUE FALA
Aprendi a venerar o divino em silencio

Orides Fontela

1.1. O silêncio a partir da psicanálise Freudiana

A ciência deve muito a SIGMUND FREUD (1886-1899) por suas


descobertas e avanços sobre a mente humana, com a descoberta do
inconsciente e a criação da psicanalise. FREUD trouxe consigo através de
experimentos e estudos que foram realizados ao longo de sua vida mistérios da
mente, onde ate então ninguém teria se posto a prestar atenção ao que parecia
ou que os médicos em meio a ciência pensavam ser, um simples silencio que
certamente viria de uma histeria, tão pouco considerada como loucura para a
medicina.

Tendo como incentivo para o inicio de sua carreira CHARCOT (1893), foi
através de um estudo de CHARCOT que FREUD ficou interessado e curioso
sobre os estudos tratando da histeria de uma paciente através da hipnose.

Desde então FREUD avançou com seus estudos, curioso com o mistério da
mente humana, onde destaca mais claramente quando fala sobre o
inconsciente. Onde o mesmo passa a ter pacientes cujas causas de suas
neuroses, são parecidas e identificadas muitas vezes por um silencio obscuro,
uns tendo passado por traumas corporais e não lembrarem do ocorrido já
outros por serem reprimidos ao realizarem algo contra vontade, afetando
assim, toda sua vida, tendo como causa o que CHARCOT e FREUD vieram a
chamar de neuroses.

Como afirma FREUD (1893, p.16) “... consideraremos o caso de uma pessoa
sujeita a um trauma, sem antes ter estado doente, e, talvez, mesmo sem ter
qualquer predisposição hereditária.” Alguns pacientes sabiam que tinham
sofrido algo e ao serem interrogados falavam livremente, mais a interrogação
continuara, pois ainda assim, havia algo que não tinha sido dito e que se
falassem seriam reprimidos por seus pensamentos e outros por não saberem
se já tinham passado por algo que os tivesse deixado com os sintomas que os
incomoda, ou seja, sabiam que tinham algo, mais não tinham ideia do que.
Podendo ter passado por algum fato ou experiência na sua infância ou ate
mesmo recentemente, mais não se lembre do ocorrido, às vezes de estado
simples mais que tenha afetado o psíquico do indivíduo, tratando-se então da
memoria guardada no inconsciente. Para FREUD ( p.17) “num pequeno
grupo de casos, os pacientes tem suas razoes para não dizer o que sabem.
Em um número maior de casos, porém, os pacientes não tem qualquer noção
do contexto de seus sintomas.”

É no inconsciente que o individuo guarda desejos reprimidos que ate o


mesmo desconhece, pois esse lado é dado como uma parte esquecida, onde
uma vez ou outra, pensamentos estranhos aparecem do nada, sem se ter ideia
por que tal pensamento veio átona. Segundo FREUD ( p.18) “o que
produz o resultado não é o fator mecânico, mais o afeto de terror, o trauma
psíquico.” É dai que o silencio é destacado e tratado com grande importância
para FREUD, vindo a mostrar que o mesmo (o silencio) traz consigo lacunas,
onde se bem observado pelo professor em meio a sala de aula, o mesmo pode
perceber demonstrações de algo que deseja sair, palavras silenciadas por
alguma razão, que passam a se identificar por gestos, expressões reprimidas ,
ou ate mesmo pelo silencio extremo, onde se quer a fala seja presenciada.

Dessa forma, o silencio traz consigo, uma linguagem significativa e


demonstrativa. Para muitos professores, uma criança em silencio não tem
muito significado, pois há uma interpretação em que esta prestando atenção
ou esta desligada do mundo, nesta percepção, no ambiente escolar o professor
raramente observa seus alunos diretamente, tentando identificar se há algo a
se preocupar, seja por falta de tempo, alunos em excesso, ou ate mesmo por
acreditar não ser sua finalidade de trabalho.

Realmente, o professor muitas vezes é sobrecarregado, mais ainda


assim, cabe ao mesmo, observar e levar sua observação para um superior, que
possa juntamente com o mesmo e a direção escolar, avaliar e tentar resolver
os casos da forma mais atenta e especifica, ou seja, um coordenador, onde ira
avaliar a situação e saberá para quem passar e resolve-la de maneira que não
prejudique o aluno em meio a seu desenvolvimento.
Então, é aí que esta o problema, ao ingressarem em meio a sala de aula a
falta de dialogo é uma das problemáticas que circulam e dificulta o
desenvolvimento do aluno, resultando numa criança com dificuldades de
desenvolvimento, sendo uma das principais, a falta da fala. O aluno se torna
um individuo com extrema timidez, ocasionando problemas futuros,
principalmente no desenvolvimento da fala, ou seja, o silencio a que a criança
se acostuma e sente-se com maior dificuldade para resolver seus problemas e
dificuldades diárias. Como afirma FREUD ( p.20 ) “É como se houvesse a
intenção de expressar o estado mental através de um estado físico; e o uso
linguístico fornece uma ponte pela qual isso pode ser efetuado.”

A todo tempo FREUD fala da importância da fala, da importância que o


silencio vem a trazer consigo. Por ausência da fala, o individuo demonstra algo
que o incomoda fisicamente, mais, que dificilmente tenha acontecido
fisicamente, ou seja, por consequência de algum trauma psíquico, o individuo
poderá desenvolver sintomas físicos, por meio de tiques nervosos. “no sentido
de que implica um trauma psíquico e de que todo fenômeno histérico é
determinado pela natureza do trauma.” Então a histeria é determinante de um
trauma, tendo como ponto principal o psíquico, que é a base do trauma, onde o
individuo estará consciente de que algo o afetou mais do que seus sintomas
mostram. FREUD cita que ( pag.22) “O uso da linguagem comprova esse
fato de observação cotidiana com expressões como “desabafar pelo pranto”
|“sich ausweinen”| e “desabafar através de um acesso de cólera” |“sich
austoben”, literalmente “esvair-se em cólera”|.”

Então, o uso da linguagem não serve tão somente para o desabafo do


que o paciente sente ou vem a relatar diante dos procedimentos terapêuticos a
que FREUD realizava, mais também como uma forma de livrar-se da
lembrança que o atormenta, usando as palavras como meio de esvaziar a
consciência e libertar-se do trauma. Podendo também utilizar-se da fala como
meio defensivo, onde as palavras ditas são mais eficazes a evitar um trauma
psíquico do que a própria reação tomada na hora ao revidar alguma ofensa.
Como diz FREUD ( pag.22) “ A linguagem também reconhece essa
distinção, em suas consequências mentais e físicas; de maneira bem
característica, ela descreve uma ofensa sofrida em silêncio como “uma
mortificação” |“Kränkung”, literalmente, um “fazer adoecer”|.”

Se o individuo é ofendido por meio de palavras e destas mesmas o faz


silenciar, essa atitude o trará consequências onde ocorrera um trauma
psíquico. Dessa forma, para FREUD ( ) a linguagem mostra dois
lados, onde um acarretara em um futuro trauma e o outro como instrumento de
defesa, onde se usado deterá problemas futuros. Nesse caso, FREUD vem a
dizer que como consequência desse trauma esta a lembrança, onde deveria ter
entrado em esquecimento através do tempo que tenha passado o ocorrido,
mais pelo contrario, a lembrança persiste e é como se estivesse inteiramente
ligada ao individuo, como se tivesse acabado de acontecer.

Dessa forma, a importância do silencio, seja enquanto falta de palavras


para se expressar ou por dificuldades onde se ocorra um trauma psíquico, vem
a desencadear fatores existentes na mente humana, fatores esses trazidos a
todo tempo por FREUD e seus companheiros de pesquisas e estudos,
CHARCOT e BREUER(1893). Onde influenciaram e ajudaram em seu
processo de desenvolvimento em algumas descobertas, mostrando a FREUD
passos importantes a que vinham descobrir e comprovar sobre a mente o
deixando instigado e disposto a descobrir métodos para se chegar a um
tratamento correto e desencadeador da mente humana.
1.2 O SILÊNCIO A PARTIR DE LACAN

Jaques Lacan () diferentemente de outros pensadores ou psicanalistas, não


seguia a FREUD, admirava sim, suas obras, porem não era um seguidor como
muitos outros. Diante disso, as obras de FREUD inspiraram-no a construir as
suas baseadas na psicanalise e dentro de algumas teorias a que FREUD
escrevera.
Ao dar inicio a suas obras teve como inicio a fala e a linguagem dando
significado a tal através do inconsciente, mostrando sua concepção dentro do
comportamento do individuo e do desenvolvimento da mente humana. Como
afirma LACAN
Dez anos antes, fizera-se outro achado, que também não era ruim, a respeito do que julgo
apropriado chamar de meu discurso. Eu o havia começado dizendo que o inconsciente era
estruturado como uma linguagem. pag.18)

Linguagem essa, baseada seja no silêncio do paciente enquanto examinado,


no silencio do analista ao esperar e instigar que algo seja dito ou no silencio do
inconsciente, onde o individuo tão pouco sabe o que se passa por ele. LACAN
busca mostrar uma concepção diferente da de FREUD criando assim sua
própria linguagem, claro que o inconsciente já tivera sido identificado por
FREUD, mais LACAN mostra outro tipo de linguagem a que diz que o
inconsciente demonstra. Diz LACAN
Se o inconsciente é algo de surpreendente, é porque esse saber é outra coisa. Esse saber,
temos uma ideia dele desde sempre, aliás, bem infundada, uma vez que evocamos a
inspiração, o entusiasmo. O saber não sabido de que se trata na psicanálise é um saber que
efetivamente se articula, que é estruturado como uma linguagem. (pag.23)

Então, o autor diz que quando se fala em saber, saber significante de


aprendizagem, o individuo traz na mente saberes particulares vindo de
experiências vividas ao longo de sua vida desde o nascimento, então o
inconsciente existe sem se quer o individuo saber o que se passa nele a não
ser por fleches mais que logo em seguida não se sabe mais o que se passou,
podendo ainda assim ser significado de uma linguagem. “é a linguagem em que
podemos distinguir, entre outras coisas, o código da mensagem. Sem essa distinção mínima,
não há lugar para a fala. (pag.25).”

A partir da linguagem que o inconsciente transmite, ou seja, aquele silêncio que


circula o individuo, mostrando através de “códigos” como diz LACAN, para
assim serem identificados e transmitidos através da fala.
1.3. O silencio como um processo as linguagem

Quando se fala em linguagem, o primeiro pensamento a vir a mente são as


duas ou mais pessoas conversando, ou seja, realizando um dialogo entre si,
disso se obtém a linguagem, mais o ser humano acaba esquecendo de uma
linguagem que também é muito importante e significativa e que uma hora ou
outra algum individuo acaba utilizando dela sem se dar conta ou dando-se
conta, mais que deseja expressar algo através disso, e essa linguagem se trata
do silêncio, que tão pouco é interpretado de maneira correta. Então como
afirma LEILA LONGO
“Entre o sujeito que fala e seu ouvinte existe um anteparo, uma proteção, uma espécie de
muralha que se ergue, mesmo quando há silêncio. Entre dois seres humanos existe sempre a
muralha da linguagem.”(pag.07)

Então mesmo em silêncio há comunicação, de forma que ao utilizar-se do


silêncio o individuo demonstra algo em seu comportamento, sendo em atitudes,
maneira de calar-se diante de alguma situação, entre outras, então a
linguagem que o silêncio transmite não é maior ou menor que a importância de
outras linguagens, cada uma traz seus desejos e vontades de maneira
significativa.
Nesse sentido a linguagem esta entre três elementos que são, o falante, o
ouvinte e o assunto a ser debatido entre ambos. Pode-se dizer que isso é
claramente bem explicito, por que se á duas pessoas num mesmo ambiente,
próximas, certamente haverá uma comunicação entre ambas, seja por gestos,
palavras ou ate mesmo pelo silêncio entre um olhar ou outro, ou entre alguma
observação entre ambos envolvidos.
Como FREUD (1881) tem a experiência dentro dessa questão, onde se depara
com a dificuldade da fala numa paciente de seu colega de trabalho e amigo
Joseph Breuer, onde o mesmo tinha uma paciente com estrema dificuldade em
falar ate mesmo por métodos hipnóticos, foi ai que FREUD veio a identificar
uma expressão a que a paciente tentava demonstrar o que sentia, batizou
então de “talking cure” [“cura pela palavra”]. Que mais tarde por FREUD veio a
se chamar de psicanalise.
A verdade em questão na psicanálise é aquilo que, por meio da linguagem, quer dizer, pela
função da fala, aproxima-se de um real. (pag.56)
CONCLUSÃO:

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