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Uma das coisas mais importantes para se viver uma boa aventura é evitar
lesões. Machucar-se, além de causar transtornos e exigir ações de primeiros socorros,
pode fazer com que o aventureiro de primeira viagem passe a ter uma visão pejorativa
dos esportes praticados em contato com a natureza. A idéia de que as pessoas que
praticam atividades outdoor são verdadeiros suicidas é enganosa: são pessoas que
adoram a vida e querem aproveitá-la muito bem.
Por isso, é tão importante a prevenção de lesões. Em primeiro lugar, é
necessário que a pessoa que vai praticar uma atividade em ambientes naturais
observe seus hábitos e modifique, se necessário, algumas coisas no seu estilo de
vida. Praticar algum exercício regularmente, alimentar-se de forma mais saudável e
variada, evitar estimulantes como cafeína, álcool e outras drogas, são atitudes que
ajudam a evitar lesões durante o esforço físico e outros problemas de saúde mais
sérios.
Evite ingerir bebidas alcoólicas antes de partir para a sua aventura. O álcool
desidrata o organismo, acelera o desgaste físico, altera a regulação da temperatura
corporal e em maiores doses provoca alterações mentais que afetam a concentração e
o julgamento, o que pode causar não só lesões, como acidentes graves. Uma boa
hidratação é fundamental para qualquer atividade física e essencial para uma vida
saudável.
Humildade e segurança
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Noções de Segurança e Primeiros Socorros para Trilhas Ecológicas
Organização: Luiz Augusto de M. Lira – Tenente do Corpo de Bombeiros 1
REGRAS PARA A CAMINHADA NA MATA NÃO VIRAR PESADELO
"Polícia resgata grupo na selva"; "Salvos pelo celular"; "Grupo passa a noite
perdido na mata". Essas manchetes já estão virando rotina quando você abre o jornal
ou liga a TV, geralmente depois de um fim de semana. Outro dia, foi a vez de um
grupo de crianças e adolescentes com idade entre 7 a 17 anos se embrenhar na Serra
da Cantareira, se perder e mobilizar os bombeiros para o resgate concluído um dia
depois.
Felizmente, nada aconteceu ao grupo e eles acabaram rindo da "aventura"
vivida, do medo de serem picados por uma cobra e do improviso de dormir sobre
folhas e se alimentar de "coquinhos"... Por outro lado, 70 homens contando entre
bombeiros, polícia militar e mateiros foram destacados para trazer a turma de volta à
civilização e à segurança.
"Essas situações de pessoas perdidas na mata são cada vez mais freqüentes",
admite o tenente Valdir Pavão, bombeiro especialista em resgate. "É normal que a
incidência cresça porque a prática de atividades outdoor está vivendo um boom. Mas
muitos dos que se aventuram estão despreparados. As situações em que se envolvem
são totalmente previsíveis, um planejamento básico evitaria tudo isso".
Abaixo, estão listadas as regras básicas, contando com as dicas de Pavão, que
podem evitar que uma simples caminhada numa tarde se transforme em pesadelo.
Veja quais são:
1 - Conhecimento
Nunca faça uma caminhada sem conhecer muito bem a região - e não vá além do
trecho que conhece! Caso não esteja familiarizado com o local, vá acompanhado de
um guia. Em ambos os casos, ande apenas pela trilha, inclusive para evitar degradar o
local. E escolha uma caminhada compatível com seu preparo físico.
2 - O clima
Esteja atento à previsão do tempo para aquele dia e de qualquer forma leve um
agasalho e, se possível, capa de chuva. Previna-se contra eventuais mudanças
climáticas e lembre-se de que, no caso de a caminhada se estender por mais tempo
do que o planejado, as noites na mata costumam ser frias, não importa qual seja a
estação do ano.
3 - Vestimenta adequada
Na mata, dê preferência para calça e manga comprida para se proteger. Não se
esqueça de cobrir a cabeça em dia de sol.
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CUIDADOS BÁSICOS PARA UMA TRILHA SEGURA
Para que esta atividade seja feita com um mínimo de segurança, alguns
cuidados jamais devem ser esquecidos:
Os olhos
Cabeça
O período
Assim como em uma caminhada, sempre que vamos correr em uma trilha
durante o dia devemos pensar na possibilidade de algum acidente que nos obrigue a
continuar no local à noite. E isto representa alguns equipamentos que devem ser muito
bem pensados e estudados para atingirmos o estado-da-arte em termos de volume e
peso: lanterna, faca, entre outros.
Concentração
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PRINCÍPIOS DE CONDUTA CONSCIENTE EM AMBIENTES NATURAIS
Planejamento é fundamental
Entre em contato prévio com a administração da área que você vai visitar para
tomar conhecimento dos regulamentos e restrições existentes. Informe-se sobre as
condições climáticas do local e consulte a previsão do tempo antes de qualquer
atividade em ambientes naturais;
Calcule o tempo total que passará viajando e deixe um roteiro de viagem com
alguém de confiança, com instruções para acionar o resgate, caso necessário;
Avise a administração da área que você está visitando sobre: sua experiência, o
tamanho do grupo, o equipamento que vocês estão levando, o roteiro e a data
esperada de retorno. Estas informações facilitarão o seu resgate em caso de acidente;
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Cuide das trilhas e dos locais de acampamentos
Mantenha-se nas trilhas pré- determinadas – não use atalhos que cortam caminhos.
Os atalhos favorecem a erosão e a destruição das raízes e plantas inteiras;
Acampando, evite áreas frágeis que levarão um longo tempo para se recuperar
após o impacto. Acampe somente em locais pré- estabelecidos, quando existirem.
Acampe a pelo menos 60 metros de qualquer fonte de água;
Não cave valetas ao redor de barracas, escolha melhor o local e use um plástico
sob a barraca. Bons locais de acampamento são encontrados, não construídos. Não
corte, nem arranque a vegetação, nem remova pedras ao acampar.
Se você pode levar uma embalagem cheia para um ambiente natural, pode trazê-la
de volta;
Utilize as instalações sanitárias que existirem. Caso não haja instalações sanitárias
(banheiros) na área, cave um buraco com quinze centímetros de profundidade a pelo
menos 60 metros de qualquer fonte de água, trilhas ou locais de acampamento, em
local onde não seja necessário remover a vegetação.
Não construa qualquer tipo de estrutura. Não quebre ou corte galhos de árvores;
Tire apenas fotografias, deixe apenas leve pegadas e leve para casa apenas suas
memórias.
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Respeite os animais e as plantas
1. Sair em grupos pequenos. Os grupos grandes geram maior impacto que vários
pequenos separados entre si.
2. Caminhar em fila sem sair do caminho. Caminhar disperso usando a borda do
caminho, aumenta a erosão.
3. Evitar caminhar sobre solo molhado. O solo carregado de água é mais suscetível à
deterioração.
4. Não caminhar com mascotes como cães ou gatos. Eles podem alterar a fauna local.
5. Manter baixo o nível de ruído. Os ruídos estranhos alteram o comportamento da
fauna e atrapalham pedidos de socorro. Melhore a qualidade da sua experiência na
natureza.
6. Não cortar caminho nas curvas de nível. Andar por linhas de máxima pendente
produz um alto grau de erosão do solo.
7. Fazer os descansos fora da picada e em lugares com pouca vegetação. Fazer os
descansos sobre a picada obriga a outros caminhantes, a sair da mesma para passar
pelo lugar.
8. Traga todo o lixo produzido de volta, separando e destinando a um lugar onde
possa ser reciclado.
9. Em hipótese alguma abra novos caminhos, dê o direito ao próximo de estar em um
local sem interferência. Todos os cumes da serra já foram subidos, não seja apenas
mais um, mas sim aquele que foi gostou e não causou impacto. NÃO CORTE A
VEGETAÇÃO
Em zonas de acampamento:
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10. Lavar panelas, pratos e roupas somente com sabão branco e longe dos córregos
de água, utilizando um recipiente.
11. Usar os banheiros se existirem, na falta, ir ao banheiro a mais de 50 metros dos
cursos de água e enterrar os dejetos pelo menos um palmo.
1. Dispersar as atividades e não caminhar em fila. Caminhar em fila onde não existe
picada, deteriora o solo.
2. Eleger zonas de superfícies duráveis, como rocha, cascalho ou cursos de rios.
3. Eleger as zonas de acampamento em locais duráveis, livres de vegetação.
4. Dispersar as atividades quando se acampa.
5. Eliminar todas as evidências de acampamento antes de deixar o local.
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A ALIMENTAÇÃO E HIDRATAÇÃO DURANTE A TRILHA
Frutas : qualquer tipo, cuide para não amassar dentro da mochila - recomendo
Bergamota (mexerica),laranja ou kiwi pelas vitaminas, Banana pelo potássio e/ou
frutas cristalizadas como figo, ameixa;
Chocolates;
Bolachinhas recheadas;
Alguma coisa com um pouco de sal, tipo avelã, amendoim ou castanha de caju;
Evite cardápios exóticos pêlos lugares que passa. Muitas iguarias regionais
são um veneno para quem não está acostumado. Assim como frutas silvestres.
A importância da hidratação
Estou desidratado?
É bom saber
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Dicas rápidas:
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PRIMEIROS SOCORROS NA AVENTURA
- Óculos: Qualquer tipo é útil para proteger os olhos do socorrista; isso evita o risco de
contaminação via mucosa ocular. Existem modelos modernos e eficientes que podem
ser encontrados nas principais lojas de aventura. Já há modelos adaptados
especialmente para esportes outdoor.
- Gaze;
- Ataduras;
- Esparadrapo;
- Tesoura com ponta romba;
- Manta térmica aluminizada;
- Soro fisiológico;
- Tala moldável;
- Colar cervical.
Vale lembrar que água e sabão são o que há de melhor para serem usados na
limpeza de ferimentos, inclusive os provocados por animais. Mas, a realização da
limpeza de ferimentos deve considerar os seguintes fatores:
Ou seja, o socorrista deve considerar que sua limpeza irá interferir no processo
de coagulação sanguínea, portanto deverá usar do bom senso para a realização
desse procedimento, considerando também o tipo de acidente que originou a lesão.
- Analgésicos;
- Antitérmicos;
- Colírio;
- Anticépticos;
- Pomada para prevenção de assaduras;
- Anti-histamínicos;
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Necessidade do conhecimento em Primeiros Socorros
Procedimentos Básicos
1) Avaliação Inicial
As informações obtidas por esse processo, que não se estende por mais do
que alguns segundos, são extremamente valiosas na seqüência do exame, que é
subdividido em duas partes: a Análise Primária e Secundária da vítima.
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1.1 Análise Primária
Deve-se ter cuidado para evitar manipular a vítima mais do que o necessário.
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Checar respiração
Após a abertura das vias aéreas, deve-se verificar se a vítima está respirando
espontaneamente. Para realizar essa avaliação, o socorrista deve colocar o seu
ouvido bem próximo da boca e do nariz da vítima e ver, ouvir e sentir a respiração.
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A análise secundária só deve ser iniciada depois de concluída a análise
primária.
Esse exame não deverá demorar mais do que 3 minutos. O tempo total gasto
para uma análise secundária poderá ser reduzido se um segundo socorrista cuidar de
obter os sinais vitais, enquanto o primeiro socorrista executa o exame do acidentado.
Tomar cuidado para não contaminar o ferimento e/ou agravar lesões. Não
explorar dentro de ferimentos, fraturas e queimaduras. Não puxar roupa ou pele ao
redor dessas lesões.
Ao proceder um exame da cabeça aos pés, procurar seguir o método abaixo indicado:
Examinar o couro cabeludo, procurando cortes e contusões.
Checar toda a cabeça, procurando deformações e depressões.
Avaliar a coluna cervical, procurando deformações e/ou pontos dolorosos.
Examinar os olhos, procurando lesões e avaliando o diâmetro das pupilas, de
acordo com a tabela a seguir:
Observar a traquéia.
Examinar clavículas (uma de cada vez);
Examinar o tórax, procurando por fraturas e ferimentos;
Observar a expansão torácica durante a respiração;
Examinar o abdome, procurando ferimentos e pontos dolorosos.
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Examinar os membros superiores procurando por ferimentos, fraturas e áreas
dolorosas. Checar presença de pulso distal e sensibilidade neurológica e
motricidade.
Sinais Vitais
Respiração;
Pulso;
Perfusão capilar;
Temperatura, umidade e coloração da pele.
Aliado ao exame da cabeça aos pés, esses sinais são valiosas fontes de
informação, que permitem um diagnóstico provável do que está errado com a vítima e,
o que é muito importante, quais são as medidas que devem ser tomadas para corrigir
o problema.
RESPIRAÇÃO:
Normal Adulto 12 a 20
Criança (1 a 5 anos) 25 a 28
Criança (5 a 12 anos) 20 a 24
Bebê (0 a 1 anos) 30 a 70
PULSO:
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Nunca verificar pulso através do polegar, pois o socorrista poderá se enganar,
sentindo o seu próprio pulso ao invés do pulso da vítima.
Pequenas variações para mais ou para menos devem ser consideradas
normais, levando-se em consideração o “stress” da vítima envolvido em um acidente
ou com um súbito problema de saúde.
Normal Adulto 60 a 80
Criança (1 a 5 anos) 70 a 110
Criança (5 a 12 anos) 65 a 160
Bebê (0 a 1 anos) 150 a 180
PERFUSÃO CAPILAR:
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Choque, ataque cardíaco, hemorragia,
Pálida, Cinzenta colapso circulatório, choque insulínico
2. Parada Respiratória
Respiração Boca-a-Boca
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Manter as vias aéreas
da vítima liberadas,
colocando a palma de
uma das mãos na testa
da vítima ao mesmo
tempo que, com o
indicador e o polegar,
fecha completamente o
nariz da vítima;
Cobrir a boca da
vítima com sua
própria boca;
Afastar a boca da
boca da vítima e
observar a exalação
do ar;
Repetir a ventilação;
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Se a vítima não iniciar
a ventilação
espontânea, checar o
pulso carotídeo para
ver se não será
necessário iniciar a
RCP;
Ventilar uma vez a cada 5 segundos, se a vítima for adulta (acima de 8 anos);
Ventilar uma vez a cada 3 segundos, se a vítima for criança (entre 1 e 8 anos);
Ventilar uma vez a cada 3 segundos, se a vítima for bebê (entre 1 ano e 28
dias);
Ventilar uma vez a cada 2 segundos, se a vítima for recém-nascido (abaixo de
28dias)
Respiração Boca-máscara
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3. Parada Cardiorrespiratória
Identificação
Inconsciência
Ausência de respiração
Ausência de circulação
Tratamento
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Nos casos de parada respiratória e cardíaca simultâneas, deve-se intercalar a
respiração artificial com a massagem cardíaca, método conhecido como Reanimação
Cardiopulmonar ou RCP, do seguinte modo:
RCP BÁSICA
OBSERVAÇÃO:
Não interromper a RCP, exceto se:
A vítima apresentar retorno de pulso e respiração;
A vítima tiver em condições de contar com recursos mais avançados e com
pessoal apto para prosseguir no tratamento;
O socorrista estiver completamente exausto.
4. Hemorragia
SINTOMAS
Fraqueza; sede; frio; ansiedade ou indiferença.
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SINAIS
Alteração do nível de consciência ou inconsciência;
Agressividade ou passividade;
Tremores e arrepios do corpo;
Pulso rápido e fraco;
Respiração rápida e artificial;
Pele pálida, fria e úmida;
Sudorese; e
Pupilas dilatadas.
IDENTIFICAÇÃO
Além dos sinais e sintomas clínicos, suspeita-se que haja hemorragia interna
quando houver:
Acidente por desaceleração (acidente automobilístico);
Ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente no tórax ou
abdome; e
Acidente em que o corpo suportou grande pressão (soterramento, queda).
Se houver perda de sangue pela boca, nariz e ouvido, existe suspeita de uma
hemorragia no cérebro.
Se a vítima apresentar escarros sanguinolentos, provavelmente a hemorragia
será no pulmão; se vomitar sangue será no estômago; se evacuar sangue, será nos
intestinos (úlceras profundas); e se houver perda de sangue pela vagina, poderá estar
ocorrendo um processo abortivo.
Normalmente, estas hemorragias se dão (se não forem por doenças especiais)
logo após acidentes violentos, nos quais o corpo suporta pressões muito fortes
(colisões, soterramentos, etc.).
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Compressão Direta: pequenas, médias e grandes hemorragias podem ser detidas
pela obstrução do fluxo sanguíneo, com as mãos ou, preferencialmente, com um
pano limpo ou gaze esterilizada, fazendo um curativo compressivo. É o melhor
método de estancar uma hemorragia.
Torniquete: é uma medida extrema que só deve ser adotada em último caso e se
todos os outros métodos falharem (amputação traumática seguida de hemorragia e
esmagamento de membro). Consiste em uma faixa de constrição que se aplica a
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um membro, cerca de 05 centímetros acima do local da lesão, de maneira tal que
se possa apertar até deter a passagem do sangue arterial. O material a ser
utilizado poderá ser o que houver à mão (gravata, lenço, toalha, suspensório, etc.),
não devendo ser inferior à 2,5 cm de largura para não afetar os tecidos. Deve-se
usar um pequeno rolo de gaze sobre a artéria para ajudar a compressão. Uma vez
realizado o torniquete não se deve mais afrouxá-lo. A parte do corpo que ficou sem
receber sangue libera grande quantidade de toxinas e, se o torniquete for
afrouxado, estas toxinas vão sobrecarregar os rins, podendo causar maiores
danos à vítima.
5. Fraturas
Fratura fechada: na
fratura fechada não há
rompimento da pele,
ficando o osso no
interior do corpo.
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Fratura exposta:
fratura na qual há
rompimento da pele.
Neste tipo de fratura
ocorre
simultaneamente um
quadro de hemorragia
externa, existindo
ainda o risco iminente
de infecção.
Identificação
Dor local: uma fratura sempre será acompanhada de uma dor intensa, profunda e
localizada, que aumenta com os movimentos ou pressão.
Incapacidade funcional: é a incapacidade de se efetuar os movimentos ou a
função principal da parte afetada.
Deformação ou inchaço: ocorre devido ao deslocamento das seções dos ossos
fraturados ou acúmulo de sangue ou plasma no local. Um método eficiente para se
comprovar a existência da deformação é o de se comparar o membro sadio com o
fraturado.
Crepitação óssea: é um ruído produzido pelo atrito entre as seções ósseas
fraturadas. Este sinal, embora de grande valor para diagnosticar uma fratura, não
deve ser usado como método de diagnóstico para não agravar a lesão.
Mobilidade anormal: é a movimentação de uma parte do corpo onde inexiste uma
articulação. Pode-se notar devido à movimentação anormal ou à posição anormal
da parte afetada. Este método, assim como o anterior, não deve ser forçado. No
caso de dúvida, sempre considerar a existência da fratura.
Identificação
Tratamento
7. Insolação e Intermação
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Alimentação excessiva: aumenta também a produção de calor corporal.
Identificação
Dor de cabeça.
Náuseas.
Vômitos.
Pele seca e quente.
Tonturas.
Inconsciência e coma profundo.
Elevação da temperatura corporal.
Insuficiência respiratória.
Tratamento da vítima
8. Desmaio e Vertigem
Identificação
Tontura.
Sensação de mal-estar.
Pele fria, pálida e úmida.
Suor frio.
Perda da consciência.
Tratamento
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Saiba o que não fazer
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Abraço!
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ANEXO
Guia com 122 dicas para prática de Ecoturismo e Esportes de Aventura com
segurança
Seria impossível esgotar o assunto. Mas seguem abaixo algumas dicas básicas:
1. Procure um lugar compatível com o seu nível físico e técnico e adequado às suas
despesas.
2. Não leve apenas mapas rodoviários. Leve um mapa detalhado da topografia local, o
mais atualizado possível.
3. Plastifique esse mapa!
4. Escolha com rigor os guias, tanto das agências de turismo quanto os moradores
locais.
5. Verifique locais de suporte importante, como oficinas mecânicas, borracheiros,
postos de combustível (e qualidade do mesmo), pequenos hospitais e farmácias,
corrente elétrica, etc.
6. Procure saber se no local há sinal para telefonia celular ou pelo menos telefones de
fácil acesso.
7. Verifique se há ajuda especializada numa emergência médica.
8. As informações de guias podem eventualmente ser tendenciosas. Informe-se
sempre que possível com amigos que já estiveram no local.
9. Vá com um bom carro, de preferência 4x4 e com opção de marchas reduzidas de
alto torque.
10. Não esqueça: principalmente a parte elétrica, mecânica e pneus (e
estepe) devem estar em ordem.
11. Não esqueça chaves de reserva, cópias dos documentos do veículo e da
seguradora do mesmo.
12. Procure levar uma boa bússola e, se possível, um GPS (e saiba usá-lo).
13. Procure conhecer o clima, topografia, animais característicos da região e a
presença principalmente de doenças tropicais ou endêmicas peculiares do local.
Dependendo dessas doenças, pode ser necessário você tomar vacinas.
14. Em Alagoas, você pode obter informações sobre as doenças principalmente em
dois locais:
Hospital Escola Hélvio Auto – Doenças Tropicais. Rua Con. Fernando Lyra, s/nº,
Trapiche da Barra, Maceió – AL. Fones: (82) 3221 3100
Coordenação Geral de Vigilância Sanitária
Praça Visconde de Sinimbu, 161, CEP: 57020-270, Centro, Maceió – AL.
Tel.: (82) 3315-5242 / 3315-5240 / 3315-5241
E-mail: covisamaceio@hotmail.com
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Há vários sites especializados na Internet
15. Tenha sua vacinação contra Tétano em dia !!!. Pode ser tomada em Postos de
Saúde ou clínicas particulares de imunização. Ela é muito importante pois protege
você dessa doença gravíssima, que pode surgir mesmo com ferimentos leves (mesmo
sem “ferrugem”, o que é um mito).
16. Evite tomar qualquer vacina poucos dias antes da viagem, pelo risco de febre e
outros efeitos colaterais. Faça - o bem antes de viajar.
17. Evite contato com água parada, como algumas lagoas e poças. Esse tipo de água
pode transmitir doenças graves. Se molhar seus calçados, meias ou roupas com essa
água, procure se lavar e se trocar, logo que puder.
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Quanto ao sono
30. Descanse e durma o melhor possível. Distâncias longas desgastam mais do que
parece e o cansaço físico e psicológico é acumulativo ao longo dos dias. Coca-Cola ou
Pepsi com café ainda ajuda, embora por pouco tempo. Se você tomar alguns “rebites”
ou similares, o sono poderá diminuir por algumas horas. Mas inevitavelmente,
retornará de forma incontrolável, adicionado dos efeitos indesejáveis desse tipo de
medicação. Assim, evite ficar acordado com uso de medicamentos.
31. Quando estiver absolutamente exausto num momento inadequado para dormir
bastante, um “cochilo” ajuda a recuperar energias. Se decidir por isso, procure não
deixar essa “soneca” ultrapassar 40 minutos. Se passar desse tempo, você entrará
numa fase fisiológica mais profunda do sono, e ao acordar no meio dela, estará muito
“sonolento”.
32. Não coma muito antes do sono (procure qualidade e não quantidade).
33. Cuide dos ferimentos e dores antes de dormir
34. Evite tomar muita bebida alcoólica, chá e café à noite.
35. Acredite no “efeito moral” das coisas. Vários estudos, principalmente em estratégia
militar e de sobrevivência, já provaram que alguns “confortos, frescuras ou mordomias”
são extremamente importantes para combater o estresse físico e emocional,
otimizando a disposição do ser humano, melhorando o "astral" e a performance,
principalmente em situações difíceis. Assim, procure, por exemplo:
36. Se alimentar bem
37. Tomar um bom banho
38. Fazer a barba
39. Aceitar, como dito acima, uma massagem, cuidar dos ferimentos e da dor
40. Dormir confortavelmente
41. Colocar uma roupa mais limpa
42. Deixar as coisas organizadas e limpas (se possível) no carro e no acampamento
43. Evitar ao máximo “discussões”, principalmente com amigos
44. Muito cuidado com rios, lagos, praias e mar. Estudos mostram que o afogamento é
o acidente que mais tira vidas no ambiente outdoor.
45. Informe-se quais são os perigos do local, como corredeiras, rios com sumidouros,
rochas instáveis, animais peçonhentos e não peçonhentos e eventualmente até
indígenas hostis.
46. Tenha um bom Kit de Primeiros Socorros, adequado à sua “aventura”.
47 Faça um bom curso de primeiros socorros. Mas um curso sério, onde não se
mostre o óbvio, que você já sabe.
48. Acidentes podem ocorrer em qualquer lugar, momento ou situação. Surgem
mesmo em situações aparentemente inofensivas.
49. Lembre-se: a prevenção é o melhor remédio.
50. Tenha a humildade de não exceder seus limites físicos e habilidades técnicas.
Muitos atletas experientes, feridos gravemente, confessaram que seus acidentes
ocorreram por confiança excessiva e imprudência!
51. Não dê chance ao azar. Ele (o azar) não as perde.
52. Mesmo não sendo médico, acredite - você é capaz de agir
corretamente na imensa maioria das situações. Diante de qualquer situação de
ferimento, acima de tudo acalme-se e raciocine. Sua experiência e bom senso
certamente vão levar a uma boa conduta.
53. Diante de um acidente, tome muito cuidado ao se aproximar e não se transformar
em mais uma vítima, por exemplo, num atropelamento, queda de rocha, queimadura e
principalmente em ambiente aquático
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As prioridades para uma vítima são as seguintes
54. Acalmá–la conversando e transmitindo segurança.
55. Facilitar sua respiração e proteger a coluna vertebral, principalmente cervical.
Verificar se a vítima está com pulso bom, com boa circulação sanguínea. Se a vítima
estiver conversando, lúcida e respirando bem, há boa chance de não haver risco de
vida.
56. Nessas situações, afrouxe roupas, cintos de segurança, jaquetas e coletes.
57. Diante de sangramentos, evite garrotes ou torniquetes. Faça uma compressão
direta sobre o ferimento, utilizando gaze, um pano limpo ou plástico e enfaixe com
atadura, com uma compressão moderada. Lembre-se: a imensa maioria dos
ferimentos sangrantes assusta muito, mas não são graves.
58. Quando houver uma suspeita de fratura ou fratura evidente de braço ou perna,
também não se assuste! Manipule–a cuidadosamente, sem medo e tente improvisar
uma tala para imobilizá-la.
59. Se após uma queda, por exemplo, você tiver dor muito forte e persistente na
cabeça, pescoço, tórax, abdômen ou bacia, pare, repouse e peça ajuda. Pode haver
uma lesão grave em progressão e você deve imediatamente solicitar um médico
60. Não deixe que o motorista de seu carro exceda os limites de segurança. O
constrangimento, não fazendo um alerta enérgico já causou gravíssimos acidentes.
61. Cobras, escorpiões e outros “bichos” são uma realidade. Botas macias ou
calçados especiais para trekking ou montanhismo são o ideal. Devem de preferência
ter impermeabilidade, canos mais altos e solado grosso e firme.
62. Ao recolocar casacos, botas e entrar em barracas, verifique rigorosamente o
interior das mesmos. Evite pisar no mato, em vegetação rasteira, manipular troncos de
árvore caídos ou similares. Deixe a barraca sempre fechada. Cuidado ao encostar em
árvores e construções rústicas.
63. Cerca de 80% das picadas de cobra são nas pernas, abaixo dos joelhos. Tome
cuidado por exemplo, ao fazer suas ”necessidades fisiológicas” no mato - as picadas
podem ser em outro lugar do corpo e você pode mudar as estatísticas !
64. Após picadas de cobras, não se deve entrar em pânico. Normalmente, o veneno,
ao contrário do que se pensa, leva horas para trazer risco real de vida. A vítima deve
ficar em repouso, não se deve garrotear o membro afetado nem cortar (ou chupar) o
ferimento. Procure um hospital.
65. Nem sempre você percebe que foi picado por uma cobra ou aranha. Diante de um
ferimento suspeito, principalmente com muita dor e inchaço, na altura dos pés ou
pernas, procure um hospital.
66. Nos acampamentos, mantenha fechada a barraca e evite restos de alimentos
próximo dela.
67. Cuidado com uso de lampiões e com a combinação “umidade x fiação elétrica”.
68. Evite montar a barraca dentro do mato e próximo a margens de rios.
69. Evite fogo próximo da barraca.
70. Hidrate-se o melhor possível. Ao entrar num trecho de caminhada onde não há
certeza da existência de água, beba–a bastante, mesmo sem sede. Trabalhos
médicos mostram que a resistência à sede assim será maior.
71. Prefira os líquidos não excessivamente doces e não gasosos.
72. Não tome água de origem duvidosa. Em farmácias você pode comprar um frasco
do produto Hidrosteril ou similar. Trata-se de uma solução química que adicionada à
água “limpa”, torna-a potável em instantes. Nas lojas de camping, pesca e
montanhismo há mais produtos similares.
73. Se você quiser sofisticar um pouco mais, água de rios limpos podem passar por
filtros portáteis especiais, antes do uso das substâncias acima. Tais filtros são
vendidos nessas mesmas lojas.
74. Antes de um esforço físico intenso e longo, coloque bebidas isotônicas no
Camelback ou cantil e não simplesmente água pura. Com suor intenso e prolongado,
se você só tomar água, poderá facilitar fadiga e câimbras importantes.
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75. Outra opção é junto com a água, comer alguns salgadinhos e/ou
frutas.
76. Às vésperas da viagem ou durante a mesma, não experimente novos hábitos,
como comidas não habituais, ou substâncias, vacinas e remédios novos. Você poderá
ter, por exemplo, diarréia, efeitos colaterais ou mesmo reações alérgicas.
77. Durante a viagem, prefira alimentos naturais, principalmente frutas e legumes -
evite alimentos gordurosos, muito condimentados ou de aspecto ou gosto estranhos.
78. Só coma frutas e verduras rigorosamente lavadas com água também limpa. Não
seria exagero evitar saladas quando for desconhecida a qualidade de seu preparo.
Evite igualmente carnes mal cozidas.
79. Evite comidas muito estranhas, principalmente preparadas na rua ou em
restaurantes sujos.
80. A menstruação ou tensão pré–menstrual durante a viagem pode ser muito
incômoda. Adote uma tática usada por atletas olímpicas: se você vai menstruar ou
ficar no período de TPM durante a viagem, converse com seu ginecologista. Com
hormônios simples, ele pode organizar melhor essas situações, por exemplo,
antecipando a menstruação (e a TPM).
81. Não subestime o sol e o calor. Suas ações são acumulativas e perigosas, podendo
causar queimaduras, desidratações graves, insolação e/ou hipertermia.
82. Em locais com vento forte (mesmo o vento relativo de trechos de ciclismo) ou
ambientes molhados como rafting, canoagem e natação, a ação do sol é menos
percebida e surgem importantes queimaduras de pele que só são percebidas
tardiamente.
83. Use, sob sol intenso, protetor solar, protetor labial, bonés e lenços para a parte
posterior do pescoço
84. Devem ser escolhidos protetores solares sem base oleosa ou gel, no sentido de
não comprometer a sudorese, importante para a termorregulação. Devem ser
aplicados de preferência na pele seca, que absorve componentes importantes
presentes nos bons protetores. Seu efeito não é apenas de uma barreira física ao sol,
mas também química.
85. A aplicação desses cremes deve ser contínua. O suor, a chuva, garoa, umidade,
respingos de água, banhos, água de rios e mar e o próprio atrito com a vegetação e
com a roupa podem continuamente diminuir a camada de creme que protege a pele.
86. Prefira roupas sejam de cor clara e de tecidos que permitam a transpiração.
87. Você não está resgatando prisioneiros americanos no Camboja - portanto
dispense seu espírito de Rambo e suas roupas camufladas. Elas dificultam sua
procura à distância ou mesmo sua localização em caso de resgate.
88. O lençol de alumínio é extremamente útil sob o sol escaldante. Pode ser usado
como uma capa, em situações extremas, como áreas desérticas, sem sombra. Além
de fazer sombra, ele reflete a luz solar, atenuando o seu efeito térmico. É também
mais visível para equipes de resgate.
89. Deve-se evitar ingerir alimentos quentes sob condições de muito calor. Alimentos
frios ajudarão no controle térmico corporal.
90. Em situações de calor extremo, tente molhar constantemente o corpo.
91. Após horas de exercício sob sol forte, com o corpo extremamente quente, você
pode ser atingido por uma chuva ou mesmo a água de rio ou mar. Dependendo da
intensidade do exercício e do calor, a exposição súbita a esse contraste de
temperaturas pode trazer um sensação de “mal-estar” importante, semelhante aquela
que precede os estados gripais. Esse “choque térmico” costuma ser passageiro e não
preocupante.
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92. Mesmo em locais quentes, de madrugada costuma haver frio. Assim, não esqueça
bons agasalhos.
93. Tenha também uma capa ou agasalho impermeável.
94. Em casos de frio intenso, evite ao máximo ficar com roupas molhadas, umidade ou
andar na água. A perda de calor corporal será muito mais rápida e agressiva.
95. Diante de alguém com suspeita de hipotermia, faça o seguinte:
96. Afaste a pessoa do frio, isolando-o o melhor possível.
97. Seque-a o melhor possível, antes de agasalhá-la.
98. Vista-a com roupas que conservam o calor, inclusive cobertores, lençóis
aluminizados e sacos de dormir.
99. Se a pessoa estiver em condições, pode ser estimulada a movimentar-se
(aquecimento “ativo”)
100. Faça massagens vigorosas (se a hipotermia for leve, sem congelamento, por
exemplo, de mãos e pés).
101. A vítima pode ser “abraçada” por várias pessoas, para aquecimento “passivo”
102. Ofereça-lhe alimentos e líquidos quentes.
103. Dê-lhe banhos quentes.
104. Aproxime-a de fontes de calor, como fogueira, radiação solar e lâmpadas.
105. Qualquer pequeno ferimento, como um bolha na mão, uma pequena pedrinha na
bota ou uma deformidade na palmilha podem ser inofensivos num percurso de 02
horas ou trechos curtos. Cuide precocemente deles, pois esses “pequenos
desconfortos” podem gerar ferimentos importantes após dias de caminhada. Cuide
também das suas unhas “encravadas”
106. Evite usar na viagem, pela primeira vez, aquela bota linda e novinha. Prefira
aquela já ‘amaciada “
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Em toda parte do planeta, várias e sábias civilizações, grupos humanos e tribos
acreditaram e continuam acreditando que há entidades ou espíritos que povoam e
governam esses ambientes da natureza.
Vários estudiosos, expedicionários, viajantes e atletas também acreditam
piamente na existência deles. Eu também. Inclusive, é muito conhecida a idéia de que
o alpinista alcança o cume de uma grande montanha não quando ele quer ou pode,
mas sim quando “A Montanha Assim o Permite”. Dessa forma, antes de entrar no mar,
num rio, numa floresta, você não precisa conhecer e seguir determinado ritual perante
as entidades que lá estão.
REFERÊNCIAS:
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