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CONSTITUCIONA

L
Aula de 02/09

Leitura Obrigatória:

ECs: 45, 50, 52 e 54

Leis: 9.869/99 – ADIn / ADECON

12.016/2009 – MS individual e MS Coletivo

9.882/99 – ADPF

11.417/06 – Súmula Vinculante – 103-A da CF (e leitura das súmulas)

11.418/06 – Repercussão Geral – 102 CF

Arts. da CF: 5º (I ao XII, 69, 70, 71, 72 e 73), 12 (nacionalidade), 14/17 (direitos políticos), 21/24
(competência), 34/36 (intervenção federal) 60/69 (processo legislativo), 102/105 (competência
STF e STJ)

Tendo tempo, pag. 169 do livro “Elementos do Direito” (Prima)

___________

Ordenamento Jurídico: “É a somatória de uma Constituição e de normas infraconstitucionais de um


Estado”

Constituição: É a Lei Fundamental e o limite de poder de um Estado.

Normas Infraconstitucionais: estão abaixo da constituição e servem para regulamentar (detalhar)


direitos.

Ordenamento Jurídico de Acordo com o STF:

1* C.F. de 88

2* Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos (normas supra legais)

3* Constituição estadual, Lei Orgânica do DF, Leis Orgânicas dos Municípios, CC, CP, CPP

Atenção, emenda 45 de 2004 trouxe a oportunidade de constitucionalizar um tratado internacional


sobre direitos humanos, mas isso depende de um procedimento, se não tiver esse procedimento,
eles continuam abaixo da C.F. e acima das demais leis. Para isso, é igual emenda constitucional,
precisa ser votado por 3/5, em dois turnos das duas casas do congresso nacional. Se esse
tratado é elevado a condição de norma constitucional, ele se torna parâmetro para o controle de
constitucionalidade, virando uma cláusula pétrea, e não podendo mais ser retirado da C.F.
Criação, revisão e cancelamento da Súmula Vinculante:

De acordo com a CF/88, quem pode De acordo com o Ordenamento Jurídico


propor? Brasileiro, de acordo com as normas
infraconstitucionais, de acordo com a
legislação vigente?

R: Quem pode propor ADIn (art. 103 da


CF)

I - o Presidente da República;

II - a Mesa do Senado Federal;


III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da
Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) R: art. 3º da L. 11.417/06 (Copiou as mesmas
pessoas do 103 e colocou “outras” – ex:
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, defensor público)
de 2004)
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil;
VIII - partido político com representação no
Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe
de âmbito nacional.

CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA CONSTITUIÇÃO

1) Quanto à Forma:

Escrita (feita por um órgão constituinte1 e contida em um documento único e solene2)

Dica: O ADCT faz parte da C.F., e serve de parâmetro para o controle de constitucionalidade.

1
Assembleia Nacional Constituinte
2
Formam a CF: preâmbulo, títulos com capítulos, ADCT, Emendas Constitucionais
2) Quanto à Elaboração:

Dogmática3 (o órgão constituinte estabeleceu os pontos fundamentais que vão reger o nosso
Estado).

Principais dogmas: separação de poderes, direitos e garantias fundamentais,


nacionalidade, direitos políticos;

3) Quanto à Origem

Popular (Houve uma eleição para a Assembleia Nacional Constituinte e a Constituição foi
promulgada4).

Cuidado: nem tudo o que é promulgado é democrático; ex: C.F. de 1967; ela foi promulgada

4) Quanto à Estabilidade, Mutabilidade ou Alterabilidade (ou quanto à consistência)

Rígida (seu processo de mudança é formal, solene e complexo, rigoroso e dificultoso, por
maioria qualificada5 de 3/5 em 2 turnos na 2 casas do CN – art. 60, §2º da CF).

3/5

Câmara dos
Deputados Portanto, precisa-
3/5 se de 4 votações
A CF é alterada pelo Congresso (2 c/ 308 e 2 c/
Nacional 49)
3/5

Câmara dos Deputados

3/5

Tal processo é mais difícil de ser alcançado do que o utilizado para a aprovação de uma lei
ordinária [cuja aprovação depende de maioria simples ou relativa]

Lei Ordinária – 2 Casas: 1 votação por maioria simples ou relativa na Câmara e outra no
Senado => quem está presente.

3
Dogmática => dogma => ponto fundamental
4
ATENÇÃO: nem tudo que é promulgado é democrático (vide Constituição Brasileira de 1967:
formalmente, no papel, promulgada, mas...)
5
Não é simples, nem absoluta nem relativa
CUIDADO: só utilizar a expressão “super rígida” se não houver a “rígida”! (seria super rígida
porque temos cláusulas pétreas)6

Outras possibilidades adotadas por outros ordenamentos:

Flexível: alteração se dá pelo mesmo processo de lei ordinária

Semi-Rígida ou semiflexível: meio termo

Imutável: não admite mudança

5.1) Quanto ao conteúdo

Normas materialmente e formalmente constitucionais.

5) Quanto à Extensão

Grande, Analítica ou Prolixa, porque contém normas materialmente constitucionais – normas


que estruturam o estado- ex: separação dos poderes e direitos e garantias individuais-, e
também normas formalmente constitucionais – normas que estão localizadas na C.F., mas
podem ser retiradas sem afetar a estrutura do estado ex: do desporto e do índio-. Ou seja,
normas que são constitucionais só porque estão na C.F., mas que poderiam estar em outro
lugar.

Atenção: se uma norma formalmente constitucional estabelecer um direito, não poderá mais
ser retirada da C.F., pois tornou-se uma cláusula pétrea.

6) Quanto à Função ou Objeto

2 principais classificações:

a) Dirigente (Constituição estabelece caminho a ser seguido; exemplo: direitos sociais) –


influência dos países do bloco soviético

b) Garantia (porque protege a nós, particularmente, e ao próprio Estado). Exemplo: remédios


constitucionais; previsão da legalidade penal, previsão da legalidade tributária, etc.

A CF também é:

6
ATENÇÃO: Cláusulas Pétreas não podem ser suprimidas, mas podem ser aumentadas.
a) Laica (porque não tem uma religião oficial – art. 19, I). Mas o Estado pode se relacionar
com uma religião, do que seja para a colaboração de interesse público (ex.: entidades
filantrópicas). Quanto à referência a Deus no preâmbulo – STF já disse que preâmbulo não
tem caráter coercitivo (só ânimo, benção espiritual)

b) Eclética (comporta ideologias diferentes: é capitalista e tem tendências socialistas)

c) Pluralista (porque tem pluralismo político e protege várias situações e pessoas)

FENÔMENOS OU TEORIAS QUE SURGEM COM UMA NOVA CONSTITUIÇÃO

Regra que não se pode esquecer: uma nova Constituição revoga Constituição anterior.

a) Recepção: a nova Constituição recebe ou recepciona normas infraconstitucionais feitas de


acordo com constituições anteriores desde que não contrarie materialmente (= direito) a nova
Constituição. As normas infraconstitucionais antigas não podem contrariar materialmente a
nova Constituição, mas podem contrariar formalmente (ex.: espécie normativa).

Ex.: CP e CPP são decretos-leis; foram recepcionados como lei ordinária. CTN é lei ordinária
na origem, mas foi recepcionado como Lei Complementar.

b) Desconstitucionalização: a nova Constituição recebe ou recepciona a Constituição


anterior como norma infraconstitucional.

ESSE FENÔMENO NÃO EXISTE NO BRASIL!!! AQUI, A NOVA CONSTITUIÇÃO


REVOGA A ANTERIOR (e não rebaixa)

c) Repristinação: nova Constituição revigora, revalida, ressuscita normas infraconstitucionais


que a Constituição anterior havia revogado. TIPO, UMA CONSTITUIÇÃO TIRA UMA NORMA
E DEPOIS VEM OUTRA QUE COLOCA ELA DE NOVO.

NÃO EXISTE DE UMA CERTA FORMA.

Mas cuidado: existe a repristinação no plano infraconstitucional.

=> Existe efeito repristinatório de decisões do STF em controle de concentrado de


constitucionalidade (ADIN genérica)7. É efeito repristinatório do STF, e não da Constituição.
7
STF declara inconstitucionalidade de lei revogadora, revigorando a lei revogada.
Não precisa de revogação expressa (quando o Supremo declara inconstitucional a lei
revogadora, volta a revogada).

=> Lei revogadora expressamente revoga lei revogadora e revigora a 1a lei revogada (§ 3o do
art. 2o da LICC)

Portanto, repristinação só ocorre no plano infraconstitucional (nada a ver com Constituição)

APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

“Todas as normas constitucionais têm eficácia no plano abstrato, independentemente de


regulamentação”

Normas Constitucionais Quanto à Eficácia

a) Plena: são aquelas que não dependem de regulamentação (não dependem de norma
infraconstitucional. Aplicabilidade direta, imediata, integral. São independentes, absolutas
e auto-aplicáveis.

b) Contida, redutível ou restringível: Também não dependem de regulamentação (norma


infraconstitucional). Mas a Constituição Federal autoriza o legislador ordinário (Congresso
Nacional) reduzir direito previsto na própria CF.

c) Limitada: é dependente de regulamentação de norma infraconstitucional. Podem ser:


1. Institutiva:tem a ver com a criação de órgãos e entes (para criá-los, depende de lei
– ex. súmula vinculante – dependia da lei).
2. Programática: ex.: tem a ver com a realização de programas sociais,
aposentadoria.

Como se observa, as normas de eficácia plena e de eficácia contida são próximas, mas têm
diferenças.

Dicas das Normas de Eficácia Plena

- Verbo da norma é o verbo ser no presente do indicativo (“é” ou “são”)

- Não aparecem expressões como: “nos termos da lei”, “de acordo com a lei”.

Ex.: art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
Pg. 31 do livro tem outros exemplos.

Dica da Eficácia Contida

- Verbo também é “é”ou “são”.

- Todavia, aparecem expressões como “salvo hipóteses que a lei estabelecer”, “salvo previsão legal”,
visando reduzir um direito. Não esquecer que lei vai restringir.

Ex. comum: art. 5o, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer; (importante porque dá respaldo legal ao estatuto da
OAB, que restringe a atividade da advocacia no brasil).

Dica da Eficácia Limitada

- Verbo da norma é voltado para futuro (será, estabelecerá...)

- Vão aparecer expressões como “nos termos da lei”, “de acordo com a lei” para detalhar um direito.

Ex.: art. 37, VII – direito de greve dos servidores públicos

Art. 7o, XXVII – proteção em face da automação.

(os dois exemplos não foram regulamentados – é inconstitucionalidade por omissão).

Para buscar a regulamentação, é possível propor um mandado de injunção ou ADIN por omissão
(supridora de omissão).

CONTEÚDO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

a) Normas Materialmente Constitucionais

São aquelas que estruturam o Estado. Ex.: os dogmas.

b) Normas Formalmente Constitucionais

São chamadas de constitucionais por estarem escritas na CF, mas podem ser retiradas sem afetar a
estrutura do Estado. Ex.: “Do Desporto”, “Do Índio”, “Da Família”, “Do Meio Ambiente”

Tem predicativo constitucional por razão topológica. Mas todas têm de ser obedecidas em razão da
supremacia da Constituição.
Aula de 04/09

Poder Constituinte

a) Originário / De 1o Grau: É o poder para criar a primeira ou uma nova Constituição para
um Estado.
“O povo elege a Assembléia Nacional Constituinte para criar, fazer uma Constituição”
(isso representa o poder constituinte originário). O Originário não necessariamente indica
que é democrático.

Características do poder originário: inicial, soberano, absoluto, ilimitado, incondicional,


independente e etc. (liberdade total, pode tudo).

Cuidado: Existe um limite ao poder constituinte originário, que é a vedação do retrocesso,


também chamado de efeito cliquet. Significa que ao fazer uma nova constituição, não se
deve violar direitos previstos em tratados internacionais que o país tenha assinado. Isso é
uma espécie de cláusula pétrea no direito internacional. . O Brasil só assina com a ONU e
com a convenção americana de direitos humanos (pacto de san Jose), desse modo,
qualquer tratado que assine com ele prevendo um direito, não poderá ser derrogado
depois por um outro poder constituinte.

“Poder Constitutivo Originário pode ampliar ou extinguir cláusulas pétreas / pode acabar
com direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada; pode transformar Estado
Federal em Estado Unitário”,

b) Derivado de Reforma / De 2o Grau / Reformador / De Revisão / De Mudança /


Secundário de Mudança / Secundário de Alteração: Só vai existir se Constituição permitir
mudança, alteração, atualização.
“O derivado de reforma depende da previsão ou da autorização do originário.” Ou seja,
não existe em países que adotam uma Constituição imutável.

Há 2 artigos na CF que demonstram possibilidade de reforma:

- art. 3o da ADCT (emendas constitucionais de revisão) => só poderiam ser feitas após
5 anos da promulgação – 5 de outubro de 88 – e não da publicação => aprovação por
maioria absoluta do congresso nacional em sessão unicameral (muito mais fácil mudar
aqui). Foram feitas apenas 6 mudanças. Não pode ser adotado tal sistema na
atualidade por decisão do STF.

- Art. 60 da CF (são 56 até hoje). É o único meio que pode ser usado hoje em dia para
mudar a constituição.

Total de mudanças: 62

Portanto, são 2 os mecanismos de mudanças, mas hoje só pode usar a EC.

c) Derivado decorrente / Secundário Federativo / Decorrente


Também depende de previsão do originário

“É a autorização para que os entes federativos elaborem suas normas fundamentais. Tal
poder existe em países que adotam a forma federativa de Estado” (Divisão de
competências entre os entes federativos).

Previsão de que o Brasil é Estado Federal: Arts. 1º e 18.

Art. 25, caput: Cada Estado-Membro pode fazer sua Constituição Estadual, desde que
respeite a CF de 88 (total de 26 Constituições Estaduais.)

Art. 32, caput: – DF tem sua Lei Orgânica respeitando a CF 88.

Art. 29, caput: – Municípios podem fazer suas Leis Orgânicas, respeitando a CF 88 e
a Constituição Estadual (total de, aproximadamente, 5560).

CUIDADO: Os municípios não têm representantes no senado federal e, portanto, não participam da
criação de uma Lei Federal, mas nem por isso deixam de ser entes federativos.

Mudanças na CF

- EC /Emendas Constitucionais: art. 60. (essa é a mudança em si)

- PEC – Projeto / Proposta de Emenda Constitucional (essa é a proposta)

Quem pode propor mudanças constitucionais (PEC)?

I – 1/3 da câmara dos deputados (171) ou 1/3 do senado federal (27)

ou

II – Presidente da República (ele sozinho, basta a assinatura dele)

ou

III – Mais da Metade das ALs (14), manifestando-se, cada uma delas pela maioria relativa de
seus membros

OBS: se a PEC for apresentada por outras pessoas, ou com um número inferior e
assinaturas, haverá uma inconstitucionalidade formal – nulidade total.
E proposta a mudança, como fica para aprovar essa emenda?

- Sistema de Votação: §2º do art. 60: 3/5 em 2 turnos nas 2 casas do Congresso Nacional. É o
mesmo sistema para constitucionalizar um Tratado Internacional, já visto acima.

3/5
Câmara dos
CN Deputados 3/5 Portanto,

3/5 4 votações
Senado Federal
3/5

Todas as PECs têm a câmara dos deputados como casa iniciadora, exceto quando a
iniciativa for do Senado.
Quando uma casa for a iniciadora, a outra será a revisora.

E qual é o próximo passo? A promulgação!!

- Promulgação – § 3º do art. 60

Cabe à mesa da Câmara dos Deputados e à mesa do Senado Federal com o respectivo
nº de ordem (cada mesa tem um presidente, 2 vices e 4 secretários – todos esses
assinam).
Não existe sanção, nem veto de EC. A participação do presidente é, se for o caso,
apresentando a PEC. Não pode fazer nada mais.

Depois vem a publicação.

- Publicação – EC nº Tal (ta na lei sobre processo legislativo).


“Não existe proibição para que a EC tenha vacatio legis”8

- Limitações às mudanças constitucionais – §1º do art. 60

Circunstanciais (ocorrendo tais situações, não pode ser modificada a C.F.)

a) Intervenção Federal (arts. 34 a 36).


8
Obs: vacatio é sempre depois da publicação (sempre se conta dela).
b) Estado de Defesa (art. 136) (Ver também arts. 140 e 141)
c) Estado de Sítio (137 a 139)

Obs: Tais situações são criadas por decreto do Presidente da República (se não for o
presidente ou se ele usar outro instrumento, temos nulidade constitucional formal, que gera
nulidade absoluta). Enquanto não decretar nenhum dos três, posso mudar.

Não temos intervenção distrital, municipal; Há intervenção estadual, mas não está no rol que
limita as ECs. Calamidade pública também não!

- Limitação temporal para reapresentação da PEC (§5º, art. 60)

“Se uma PEC for rejeitada ou prejudicada em uma sessão legislativa, só pode ser proposta
novamente na próxima sessão legislativA.”

PEC rejeitada: não ter qualquer das 4 votações necessárias.

PEC prejudicada: é aquela que perdeu objeto

Obs: UMA sessão legislativa começa no dia 2 de fevereiro e termina no dia 22 de dezembro.
Ou seja, quando ela é rejeitada, só pode ser apresentada no ano que vem.

- Limitação Material às PECs / clausulas pétreas / cerne fixo / núcleos constitucionais intangíveis /
cláusulas de inamovibilidade (ou inamovíveis) / clausulas inabolíveis (É TUDO SINÔNIMO)

Nunca podem ser mexidas para redução, só para ampliação. Portanto, é possível mexer em
cláusula pétrea. Significa dizer que são partes da C.F. que não podem ser modificadas
visando a redução de direitos, APENAS PARA AMPLIAR.

“São partes da Constituição que não admitem redução de direitos”

a) Cláusulas Pétreas Expressas ou Explícitas: § 4º do art. 60


I – A forma federativa do Estado (União, Estados, DF e Municípios). Portanto, enquanto o
Brasil tiver essa CF, isso não muda. Ou seja, não poderá ser adotada a forma unitária de
Estado.

II – Voto Direto, secreto, universal, periódico (DSUP)9.

III – A separação dos poderes (separação clássica, tripartite, Montesquieu).

IV – Os direitos e garantias individuais (ou dir. e garantias fundamentais). É o art. 5º, mas não
só ele (qualquer direito / garantia individual da CF).

9
A obrigatoriedade do voto não é cláusula pétrea. Até porque o art. 14 traz hipóteses de voto
facultativo.
Cuidado: A obrigatoriedade do voto não é cláusula pétrea, mas sim o direito a votar. Mas
obrigar os analfabetos, entre 16 e 18 e maiores de 70 não poderia ser obrigado, pois a
facultatividade é um direito.

Quando se pode entrar no domicílio? Sem autorização do morador, com autorização do


morador (sempre!), com mandado judicial (em SP, das 6 às 18h. De MG pra cima, do
alvorecer ao entardecer) e em flagrante delito ou para salvaguardar direito alheio a qualquer
hora.

b) Cláusulas Pétreas Implícitas: depende do contexto estabelecido pelo órgão


constituinte (no nosso caso, Assembléia Nacional Constituinte)
Ou seja, depende da vontade de quem fez a CF.

O próprio art. 60 é cláusula pétrea implícita: não posso mexer em nada dele.

“O Ministério Público é instituição permanente” – art. 127

“As forças armadas são instituições permanentes” – art. 142.

NÃO CAI NA OAB-GV

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

“É a verificação da compatibilidade vertical que necessariamente deve existir entre as normas


infraconstitucionais ou atos jurídicos e a Constituição”

É comparar as normas infraconstitucionais com a Constituição

“O controle de constitucionalidade existe em função do princípio da supremacia da Constituição”

- Inconstitucionalidade: “quando se fala em inconstitucionalidade, existe algo contrário à norma


fundamental”

Pode ser em relação à CF, às CEs, à Lei Orgânica do DF

No caso de Lei Orgânica de Municípios, não há que se falar em inconstitucionalidade, mas em


ilegalidade, e, portanto, em controle de legalidade (entendimento do STF)
Pode Ser:

a) Por Ação: Há uma norma infraconstitucional ou um ato jurídico contrário à CF;

i. Formal: Norma infraconstitucional ou ato jurídico contrariando um procedimento da CF.


Exs.: desobediência da iniciativa (art. 61, §1º), do sistema de aprovação (art. 69)
ou da espécie normativa(impostos sobre grandes fortunas – só por lei
complementar).

ii. Material: Há uma norma infraconstitucional ou ato jurídico contrariando direito previsto na
CF. Ex.: contrariando uma cláusula pétrea.

b) Por Omissão: Existe uma norma constitucional de eficácia limitada não regulamentada. Ex.:
art. 37, VII – Dir. de greve dos servidores públicos; art. 7º, XXVII – (direito de) automação.

Para buscar a regulamentação, é possível o uso de um mandado de injunção ou de uma ADIN


por omissão ou supridora de omissão.

Aula de 09/09

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE (cont.)

I. Preventivo, “a priori”, apriorístico

É sobre projeto de lei

α) Poder Legislativo: através de comissões permanentes – CCJ (Comissão de Constituição e


Justiça, ou Comissão de Cidadania Constituição e Justiça; etc. – os nomes variam de
lugar para lugar).

β) Poder Executivo: “veto por inconstitucionalidade” (também chamado “veto jurídico”)

Promulgação: academicamente, é o divisor entre preventivo e repressivo, é a promulgação, mas a


OAB não entra nisso.

II. Repressivo, “a posteriori”, posterior, sucessivo

É sobre lei, ato normativo efetivo (em vigor). Via de regra, feito pelo poder judiciário.

a) Controle Difuso:
i. Pode ser feito por qualquer pessoa;
ii. qualquer magistrado (claro, óbvio, inclusive o STF);

iii. eficácia das decisões: entre as partes

b) Controle Concentrado (tudo aqui é especial):

(CF 97, 102 e 103; Leis 9.868/9910, 9.882/99)

i. Só pessoas especiais têm legitimidade ativa (art. 103 CF, salvo a ADIN interventiva
federal, porque esta só pode ser proposta pelo Procurador-Geral da República (só ele!).

ii. Algo contrário à CF: STF (há um foro especial para essas ações). Se for algo
contrário à Constituição Estadual, o foro é o TJ.

iii. Efeitos, em regra, erga omnes e vinculante.

Dicas do Controle Preventivo:

- PEC só tem controle preventivo feito pelo Poder Legislativo (pois PEC não tem sanção nem veto)

- O Poder Judiciário não está proibido de exercer o controle preventivo, mas para tanto deve ser
acionado (projeto de Lei Federal inconstitucional e que violou os trâmites legislativos – deputado
federal ou senador propõe MS no STF11).

- Cabe MS contra lei em tese? Antes não cabia; agora se aceita se a lei tem efeitos futuros e
concretos (afetando pessoas).

Dicas do Controle Repressivo

- O Poder Legislativo pode realizar controle repressivo nas seguintes situações:

Congresso Nacional pode rejeitar MP (não tem relevância ou urgência). Ex.: MP transformando
Secretaria da Pesca em Ministério (o que tem de relevante e urgente?)

art. 62, § 5o.

- De novo, Poder Legislativo fazendo controle repressivo: CN pode sustar os atos do Presidente da
República que exorbitem o poder regulamentar (art. 49, V c.c. art. 84, IV e art. 68). Ex.: O Decreto
Presidencial foi além das situações previstas na lei regulamentada.

- Pegadinha: aqui quem faz controle repressivo é o Senado – art. 52, X CF:

Resolução do Senado que suspende a execução de uma lei, no todo ou em parte, que foi julgada
inconstitucional pelo STF em controle difuso de constitucionalidade.

Ex.: julgamento de um RExtr.


10
Cuidado com o papel do ministro relator, modulação efeitos.
11
Como envolve o Congresso, o foro é o STF.
Dicas do Controle Repressivo no Difuso

- Controle Difuso = Controle Norte-Americano = Controle Aberto (qualquer pessoa) = Controle por
Juiz Marshall no caso Marbury versus Madison, 1803.

- Via de Defesa ou de Exceção (pessoa alega) = Controle Concreto = Controle Subjetivo = Controle
Indireto (pessoa quer proteger bem da vida por isso alega inconstitucionalidade) = Controle Incidental

- “O controle difuso é ‘egoísta’” (curioso, porque quando falamos em “direitos difusos” falamos em
todos, coletividade)

-Se o cara conseguir, nada muda para os outros (efeito entre as partes).

Ex.: R. Extr., HC, MS, M. Injunção, HD... (HC sobre regimes de progressão).

Dicas do Controle Repressivo Concentrado

Controle Concentrado = Controle Austríaco (idealizador: Hans Kelsen) = Controle Por Via de Ação =
Controle Por Vida de Ação Direta = Controle em Tese = Controle Abstrato (quero atingir a lei no
plano abstrato) = Controle Principal (oposto de incidental) = Controle Reservado = Controle Fechado
= Controle Objetivo (trata da letra da lei)

- “Controle concentrado é altruísta”

Exs.: 3 ADINs, ADECON, ADPF

Resumo das 5 ações do controle concentrado (quadro comparativo):

I – ADIN ou ADI Genérica: quando existir lei ou ato normativo federal / estadual inconstitucional

Legitimidade Ativa: Pessoas do art. 103, CF (como o CFOAB)

Foro: STF

- quorum de instalação: 2/3 (8)

- quorum de aprovação: maioria absoluta (6)

Efeitos: erga omnes e vinculantes / e, em regra: ex tunc, mas pode haver a modulação dos
efeitos (ou mutação dos efeitos) => é mudar para ex nunc.

Requisitos para modulação: Relevante interesse público e 2/3 (8).

II – ADIN ou ADI Supridora da Omissão ou Por Omissão: para normas constitucionais de eficácia
limitada12 não regulamentadas.13

12
Só para elas!
Legitimidade Ativa: pessoas do art. 103, CF

Foro e quoruns: iguais

Efeitos: copiar §2o do art. 103 (“Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida
para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a
adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo
em trinta dias.”)

i. se a omissão for de órgão administrativo, ele terá de fazer em 30 dias. Se não fizer,
art. 85, VII CF: crime de responsabilidade.

ii. se a omissão for de um poder competente (normalmente, o Legislativo), STF SÓ vai


lhe dar ciência.

III – ADIN Interventiva14: União intervindo nos Estados membro ou no DF. Estados / DF violaram os
Princípios Constitucionais Sensíveis (= expressos)15. Estão no art. 34, VII:

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal,
exceto para:

(...)

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

b) direitos da pessoa humana;

c) autonomia municipal;

d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos


estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde.

Legitimidade Ativa: Procurador-Geral da República

Foro: STF

- Quorum de Instalação: 8

13
É quando se verifica inconstitucionalidade por omissão.
14
Pede-se intervenção. União pode intervir nos Estados/DF. Estados podem intervir nos
municípios.
15
Não tem nada a ver com cláusulas pétreas, do art. 60, §4o.
- Quorum de Aprovação: 6

É necessário ainda um decreto do Presidente da República.

Causa: Fazer intervenção Estadual => Estados => Municípios: Porque violaram princípio
constitucional sensível ou expresso da Constituição Estadual.

Legitimidade Ativa: Procurador-Geral de Justiça

Foro: TJ

-Quorum de Instalação: 2/3

-Quorum de Aprovação: maioria absoluta

Decreto do Governador do Estado.

Não existe intervenção distrital, nem municipal.

IV – ADECON / ADECO / ADC: Lei ou ato normativo federal (e só federal!) contrário à CF


(inconstitucional) que foi verificada em processos concretos, processos judiciais (controle difuso), nos
quais se constata que a União está perdendo.

- Legitimidade Ativa: Pessoas do art. 10316

- Foro: STF (art. 102, I, a)

- Quorum de Instalação: 8

- Quorum de Aprovação: 6

- Efeitos: erga omnes, vinculantes. Em regra, são ex tunc.

As quatro acima são reguladas pela 9.868/99 (papel do Min. Relator, recursos, efeitos).

Dica: ADIN Genérica e ADECON são ações dúplices, ou ambivalentes. “O nome da ação não
vincula a decisão.”

Obs: Todas elas declaram alguma coisa, todas são declaratórias.

V – ADPF – Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental: Usada quando um órgão


público fizer uma lei ou um ato normativo federal, estadual ou municipal, inclusive anterior à CF,

16
Eram 4, mas EC 45 ampliou o rol.
lesando ou violando preceito fundamental17. De acordo com a lei, é a única que atinge ato ou lei
municipal.

- Legitimidade Ativa: art. 103.

- Foro: STF

- Quorum de Instalação: 8

- Quorum de Aprovação: 6

- Efeitos: erga omnes, vinculantes. Em regra, são ex tunc.

ADPF tem uma lei só para ela: 9.882/99

Obs.: O CFOAB entrou com ADIN genérica sustentando que:

a) lei federal ampliou indevidamente a competência do STF – foi suspensa a aplicação da


ADPF em face de lei ou ato normativo municipal (e competência do Supremo ta no 102 –
inciso I fala em estadual / federal, mas não municipal).
b) CFOAB também conseguiu suspensão da ADPF em relação a qualquer lei ou ato
normativo anterior à CF e que viole preceito fundamental (sustentando que se fosse
assim, ela não deveria ter sido recepcionada). ADIN 2231/DF

Então, se perguntar “legislação vigente” é uma coisa; se perguntar, de acordo com o STF,
modulação temporal, modulação (mutação) dos efeitos: mudar de ex tunc para ex nunc (ver as leis).

Bloco de Constitucionalidade (origem européia, especialmente francesa)

É a possibilidade de vários diplomas legais terem aspecto (qualidade) constitucional em que


pese terem sido feitos em momentos diferentes da Constituição vigente.

Ex.: Constituição francesa de 58 fazendo menção à antigas.

Sobre modulação: quando existir relevante interesse público e manifestação de 2/3 (maioria
qualificada) do STF (8 ministros).

Ex.: §3o do artigo 5o = “constitucionalização” de tratados e convenções internacionais sobre


direitos humanos. Bloco porque se Brasil quiser colocar um tratado inteiro, ou seja, posso
pegar normas feitas antes de 88 e equiparar às normas constitucionais. Em vez de controle
de legalidade, passará a ser sujeito a controle de constitucionalidade.

Obs.: modulação se faz com controle concentrado, mas STF disse que também é possível no difuso;
para modular os efeitos é necessário interesse público e manifestação de 2/3 do STF.

Cuidado: cautelar, nas ações de controle concentrado, têm efeitos ex nunc (na principal, julgado o
mérito, pode ser ex nunc). Regra da cautelar é ser ex nunc.

17
Não se sabe, pois não há definição. Ver artigo 1o da 9.882/99.
Aula de 18/09

FEDERALISMO

“É a divisão de competências entre os entes federativos”

Na atualidade: União, Estados, DF, Municípios, Territórios.

Fundamento constitucional do federalismo: Art. 1º

República: é a forma de governo.

É o “federativa” – Significa que Brasil adota a forma federativa, é estado federal ou que
adotou o federalismo.

Art. 1º: é como é o Estado federal brasileiro:

“A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:”

Art. 18: é a organização político-adminstrativa do Estado.

“A organização político-administrativa da República Federativa do


Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.”

Novos Estados: art. 18, § 3º (incorporar-se, subdividir-se, desmembrar-se para se anexarem a


outros):

§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou


desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos
Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.

Requisitos:

1º: Plebiscito entre a população interessada (consulta prévia)


2º: Lei Complementar do Congresso Nacional.

Novos Municípios: art. 18, § 4º. Lei Estadual em período determinado por lei complementar federal,
dependendo ainda de consulta prévia e de estudos de viabilidade:

“§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de


Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado
por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
publicados na forma da lei.”

Portanto:

1º: Lei Complementar18 Federal19 estabelecendo prazo para criação dos novos municípios. 20
(Não existe, por isso, 36 ou 56 municípios estão fazendo eleições, mas não sabem se terão
vida).

2º: Estudo de viabilidade (ex. renda, estrutura mínima)

3º: Consulta prévia da pop. Envolvida (plebiscito).

4º: Lei Estadual.

Vedações ao Estado Federal: art. 19

À União, aos Estados, ao DF e aos Municípios.

- Inciso I – “O Brasil é um país laico, ou seja, não tem religião oficial”.21 “Não pode haver
uma religião ou igreja vinculada a um ente federativo”.
CUIDADO: Pode haver o relacionamento entre Estado e religião / igreja / entidades
filantrópicas para fins de colaboração e interesse público.

- Inciso II – Recusar fé aos documentos públicos. “Um ente federativo não pode recusar fé
aos docs públicos de outro ente federativo.” Ex.: Certidão de nascimento de SP no RS. Na
prática, pede para confirmar informação na origem.
- Inciso III – Um ente federativo não pode criar distinções entre brasileiros ou preferências
entre si. Ex.: concurso que dá 10 pontos para candidatos locais. Veda discriminação. Mas,
ATENÇÃO: ações afirmativas são diferentes. São conjuntos de ações governamentais
para incluir / beneficiar certos grupos de pessoas (negros, quilombolas, indígenas, etc).
São possíveis porque buscam proteger. O que não é possível? Discriminar. O Supremo
não se manifestou sobre o tema. Acompanhar também STJ (Lei Federal).

18
Livro, pg 171.
19
Não necessariamente do congresso.
20
Informativo STF 466 e 474 (STF dando prazo para Congresso fazer lei).
21
Preâmbulo – “Em nome de Deus” é só “emocional” (espiritual, não indica religião). E STF já
decidiu que preâmbulo não tem caráter coercitivo.
Territórios Federais: art. 33

Eram extensões de terra dentro do nosso território que não interessavam a ninguém. União
tomava conta para manter integridade nacional. Finalidade não há, mas pode voltar a existir.
Se voltar a existir, quem toma conta é a União.

REPARTIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS22

a) Competência Administrativa

i. Competência Administrativa Exclusiva: art. 21 – só da União. Ex.: só União emite moeda.

ii. De Todos os Entes Federativos (União, Estados, DF, Municípios): art. 23.

b) Competência Legislativa

i. Exclusiva: art. 21 – só União (Portanto, só norma federal sobre esses temas) – DECORAR!

ii. Privativa: art. 22 – da União, mas cabe delegação aos Estados, mediante Lei
Complementar sobre questões específicas. É a União que legisla, mas pode repassar.

OBS.: Delegação está no par. ún. do art. 22. É por LC; não pode ser por MP.

iii. Concorrente: art. 24 – Perigosas, pois há regras de aplicação, que estão nos §§ 1 ao 4º:

§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União


limitar-se-á a estabelecer normas gerais. (através de leis federais)

§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não


exclui a competência suplementar dos Estados. (por meio de leis
estaduais)

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão


a competência legislativa plena23, para atender a suas peculiaridades24.

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a


eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. (somente no que for
contrário)

22
Pg. 64 do livro
23
Plenas: normas gerais e específicas.
24
Peculiaridades: dentro de seus territórios.
iv. Municípios: art. 30, inciso I – Cuidado, porque para a expressão “local” alguns
doutrinadores entendem como “não-federal”. Ex.: funcionamento de estabelecimentos
comerciais, rodízio, fila em bancos.

v. Competência Legislativa Cumulativa: art. 32, §1º – é o DF. “Lei Distrital pode ter conteúdo
Estadual e Municipal”

Ver também arts. 147 e 155.

vi. Competência Legislativa Residual: art. 25, § 1º – estados-membros . O que sobrar o


Estado pode legislar. É a mais difícil.

CUIDADO-PEGADINHA: Os municípios podem legislar em competência legislativa concorrente,


suplementando a legislação federal e estadual no que couber, do que seja do interesse local.

Ordem:

Art. 30. Compete aos Municípios:

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

Art. 24. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas


gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

INTERVENÇÃO FEDERAL, ESTADO DE DEFESA E ESTADO DE SÍTIO

- Intervenção Federal (arts. 34 a 36).

- Estado de Defesa (art. 136) (Ver também arts. 140 e 141)

- Estado de Sítio (137 a 139)

São coincidências (têm em comum):

- as 3 situações são criadas por decreto do Presidente da República (na prova: se criado por MP:
inconstitucionalidade formal);
- são chamadas de legalidades extraordinárias temporárias;

- são limitações circunstanciais às emendas constitucionais (art. 60, § 1º);

- via de regra, devem ser ouvidos o conselho da república e o conselho de defesa nacional (89, 91).
São dois órgãos de consulta do Presidente. Ele tem que ouvir mas não precisa obedecer. Há
controle político feito pelo CN (pode confirmar ou rejeitar o decreto).

Intervenção Federal

Ex.: Por conta de uma ADIN (mais cai).

ADIN Interventiva Federal25: Só quem pode propor é o Procurador-Geral da República.

Estado de Defesa

Palavras-chave:

“Ameaça à ordem pública ou à paz social”;

“Calamidade de grandes proporções na natureza”;

“Grave e iminente instabilidade institucional”

Prazo: 30 dias, prorrogáveis por mais 30.

Direitos Fundamentais que Podem Ser Limitados: direito de reunião, quebre do sigilo das
comunicações telegráficas e telefônicas, quebra do sigilo de correspondência.

Estado de Sítio

Palavras-chave:

“Comoção grave de repercussão nacional” (problema interno – brasileiros contra


brasileiros) – art. 139.

Obs.: transformação do estado de defesa em Estado de Sítio (a ineficácia do Estado de


Defesa pode acarretar o Estado de Sítio)

Prazo: não mais de 30 dias a cada vez.

Caso de guerra / resposta à agressão armada estrangeira ou beligerância com outro país:
nesse caso não tem prazo e não tem limites.

25
Estado ou DF violou princípios constitucionais sensíveis – inciso VII do art. 34.
Aula de 29/09

Sistema Proporcional

Quem é eleito: Deputados Federais, Deputados Distritais, Deputados Estaduais e Vereadores

Leva-se em consideração:

- Votos Válidos: total de votos menos brancos e nulos/

- Número de cargos;

- Quociente Eleitoral: quantos votos são necessário para eleger um candidato (votos
válidos dividido pelo número de cargos).

- Quociente Partidário: quantos cargos partido conseguiu com resectivos votos válidos

Sistema Majoritário Simples ou Relativo

Ganha a eleição o candidato ou candidatos mais votados (ver se troca 1/3 ou 2/3). Quem
ganha? Quem chegar na frente dos demais (pode ser por um voto de diferença); só tem um
turno e é realizado no 1o domingo de outuvro/ cada senador é eleito com 2 suplentes.

PLB (PODER LEGISLATIVO BRASILEIRO)

a) Esfera Federal:
Congresso Nacional – somente no Congresso existe o bicameralismo

i. Câmara dos Deputados:

- Deputados Federais
- Representam o povo.
- Troca todos.
- Mandato: 4 anos.
- Sistema de eleição: Proporcional
ii. Senado Federal

- Senadores Federais
- Representam os Estados-Membros e o DF (portanto, só no Senado há
representação das Unidades Federativas, e municípios são unidades sem
representação no Senado)
- Membros: (26 + 1) x 3 = 81 (criar ou unir Estados mexe aqui).
- Troca de 1/3 (27) e 2/3 (54)
i. A troca dos senadores é de 1/3 por 2/3 e ocorre a cada 4 anos
ii. Os mandatos são intercalados: o final do mandato de 1/3 corresponde à
metade do mandato de 2/3
iii. O final do mandato de 2/3 corresponde à metade do mandato de 1/3
- Mandato: 8 anos
- Sistema: Majoritário Simples ou Relativo

b) Esfera Estadual
i. Assembléia Legislativa:

- Deputados Estaduais
- Representam o povo
- Troca todos
- Mandato: 4 anos
- Sistema: Proporcional

c) Esfera Distrital
i. Câmara Legislativa (só tem uma no país)

- Deputados Distritais
- Representam o Povo
- Troca Todos
- Mandato: 4 anos
- Sistema: Proporcional

d) Esfera Municipal
i. Câmara Municipal (esse é o nome correto. Câmara dos Vereadores, só se não houver
“câmara municipal”).

- Vereador (ou edil / edis)


- Representam o povo
- Troca Todos
- Mandato: 4 anos
- Sistema: Proporcional

Cálculo

1200 votos - Disputados: 10 cargos


- Quociente Eleitoral: Votos válidos divididos
100 em branco pelo número de cargos. No caso, dá 100

100 nulos

1000 = votos válidos - Quociente Partidário: votos válidos do partido


dividido pelo quociente eleitoral.
Ex.: 400/100 = 4

Bicameralismo

Duas casas formam um órgão.


Somente na esfera federal existe.

a) Casa Iniciadora: é aquela que dá início ao processo legislativo (é onde se apresenta PL


ou PEC);
b) Casa Revisora: é aquela que dá continuidade ao processo legislativo, podendo encerrá-lo;
c) Princípio da Primazia Legislativa: a casa iniciadora pode derrubar as alterações26 da casa
revisora;
d) Bicameralismo: duas casas formam um órgão (câmara dos deputados + senado federal =
congresso nacional).
Obs: os projetos passam pela CCJ e pelo Pleno de cada casa.

- Mesas: “São os órgãos diretivos das casas legislativas”

Cada mesa, normalmente, tem a seguinte composição: um presidente, 2 vices, 4 secretários


(o que fazem é matéria regimental).

Obs.: Não tem sanção nem veto em EC; quem promulga são as 2 mesas.

“As mesas do CN (mesa da câmara e mesa do senado) é que promulgam uma EC” (art. 60,
§3o).

“A mesa da respectiva casa é quem declara a perda do mandato de um parlamentar” (todos


têm que assinar, senão há vício formal)

“O presidente da mesa é o presidente da casa”

Atenção: Todos têm mesa, inclusive o Congresso.

“As mesa são eleitas por sus pares/ somente na esfera federal temos 3 tipos de mesa: mesa
da Câmara, do Senado e do Congresso”

Cuidado: A mesa do Congresso Nacional não é eletiva (não tem eleição para ela / ela é formada
pela somatória da mesa da Câmara dos deputados com a mesa do senado federal, sob a
presidência do presidente do senado federal, que também é presidente da mesa do Senado).

Obs.: portanto, não é porque partido tem maior bancada / representação que ele terá mesa /
presidência.

Obs.: Eleição da mesa pode ser individual ou em bloco.

COMISSÕES PARLAMENTARES

α) Permanentes
Especialmente: CCJ, Comissão de Orçamento, Comissão de Transporte, de Educação, de
Saúde.

26
Pode ser mudança mesmo ou só acréscimo.
β) Temporárias ou Especiais
- Temporárias = certo tempo
- Especiais = certo assunto
(Mas essa divisão é meio fraca)

- Mais importante: CPI – “É uma comissão formada por parlamentares para investigar
aquilo que o respectivo legislativo pode legislar ou fiscalizar.”
- Sinônimo de CPI: CEI (Comissão Especial de Investigação ou Comissão Especial de
Inquérito)
- Onde:
Câmara dos Vereadores (mas não pode investigar, por ex., IR).

AL – mas pelo § 1o do art. 32 são as únicas CPIs onde se pode investigar matéria
estadual e municipal (mas não pode investigar IPI, que é tributo federal, p.e.).

Distrital também tem CPI.

Câmara

Senado

Congresso – CPMI ou CPIM (M = mista)

Somente na esfera federal temos 3 tipos de CPI:

CPI da Câmara dos Deputados, CPI do Senado e Comissão Parlamentar de Inquérito


Mista (CPIM) ou Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI)

Portanto, CPI mista só na esfera federal.

CPIs Federais

Art. 58, § 3o: As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas
Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou
separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de
fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao
Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Requisitos de uma CPI:


No Senado: 1/3 = 27
Na Câmara: 1/3 = 171
Mista: 1/3 câmara + 1/3 senado = 198

Segundo STF, nenhuma CPI (no país) pode:


a) Determinar a interceptação telefônica;
b) Expedir mandado de prisão (não confundir com prender em flagrante, que,
aliás, qualquer um pode);
c) Expedir mandado de busca e apreensão;
“As três situações acima só podem ser determinadas por autoridades judiciais
(são matérias de reserva jurisdicional)”

As CPIs federais podem: determinar diretamente aos órgãos, desde que o façam
fundamentadamente

- Quebra de sigilo telefônico – é ver os extratos das ligações feitas

- Quebra de sigilo bancário – é ver extratos das transações feitas

- Quebra de sigilo fiscal – é ver as declarações de imposto de renda

Pedido pode ser direto para o banco / empresa telefônica ou para o Bacen, Anatel; no
caso do sigilo fiscal, óbvio, só Receita Federal.

“STF já estendeu tais poderes às CPIs estaduais e distritais” (mas não às municipais/
se municipais quiserem fazer isso, precisam pedir para autoridade Judicial).

FUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONAL (ler art. 57)

- Sessão legislativa ou sessão ordinária: é o trabalho anual do congresso, é o “período anual de


funcionamento”. Normalmente: 02/02 a 17/0 e 01/08 a 22/12

- Fora disso, recesso (férias parlamentares): 18 a 31 de julho e 23/12 a 01/02

- Legislatura: É um período de 4 anos e coincide com o mandato da câmara dos deputados.

Cuidado: só no 1o ano da legislatura a sessão legislativa começa em 1o fevereiro. Portanto, o


recesso anterior termina em 31/01, e não em 01/02.

- Sessão legislativa extraordinária: são as convocações durante o recesso.

“Em uma sessão legislativa extraordinária vi de regra só se podem votar os projetos objeto de
convocação, salvo se existirem medidas provisórias pendentes de votação”

Cuidado: “Se uma PEC ou uma MP forem rejeitadas em uma sessão legislativa, só podem ser
propostas na próxima sessão legislativa” (§ 5o do art. 60 e § 10 do art. 62)

IMUNIDADE PARLAMENTAR (art. 53)


a) Imunidade Material ou Absoluta ou Inviolabilidade
“Os parlamentares são imunes civil e penalmente por suas opiniões, palavras e votos no
exercício da atividade parlamentar.”(Todos os parlamentares têm essa proteção na sua
circunscrição)

Portanto, não cometem, no exercício da atividade parlamentar, os crimes contra a honra.


Outros também: apologia ao crime.

b) Imunidade Formal, Relativa ou Propriamente Dita


“É a possibilidade de suspensão da prisão27 e do processo28 por maioria absoluta dos
membros da respectiva casa”

Art. 53 mostra que eles são podem ser presos em flagrante por cometimento de crime
inafiançável.

Atenção: Vereador não tem essa proteção (não tem na CF).

Atenção: Suspenso o processo está suspensa a prescrição durante aquele mandato (notar que
para senador é maior!)

Aula de 02/10

ESPÉCIES NORMATIVAS (do processo legislativo – ver artigos 59, 60/69)

- Emendas Constitucionais (art. 60)

- Lei ordinária / comum / federal (congresso nacional): é aprovada por maioria simples / relativa
(presentes na votação: quorum de instalação = maioria absoluta. Ex.: QI = 100/51, QA = 51/26)

- Lei Complementar (art. 69): aprovada por maioria absoluta.

OBS.:

Sendo 100 o total:

Maioria Absoluta:

quorum de instalação = 51

quorum de aprovação = 51 (mesmo que se instale com 80 ou 100 membros)


27
Com cópia do flagrante.
28
Cópia do processo.
Leva em consideração o total de membros;

É a maioria de votos

É o 1o no inteiro depois da metade do total de membros. (Não é só 50% + 1 ou metade


+ 1).

Maioria Simples ou Relativa

Regra que não posso esquecer: quorum de instalação é o mesmo da maioria absoluta
(em 100, 51);

Quorum de aprovação: é o 1o número inteiro depois da metade dos presentes


(diferentemente do que ocorre acima, aqui vai aumentando)

Leva em consideração os presentes

Maioria Qualificada (é maior que a maioria simples, e que a maioria absoluta)

A maioria absoluta pode ser dita qualificada em relação à maioria simples (mas só
assim que pode ser usado)

2/3 para impeachment

3/5 para EC

(Ambas são para instalar e aprovar).

Continuando:

- Lei Complementar

Tem especialidade de matéria: “Se a CF determina mediante LC, não posso usar outra
espécie normativa, sob pena de se cometer uma inconstitucionalidade formal.” Ex.: Imposto
Sobre Grandes Fortunas: se um dia for criado, tem de ser por LC.

“De acordo com o STF, se a matéria deveria ter sido regulamentada por lei ordinária e o
congresso edita uma LC, não há inconstitucionalidade formal.” (Claro, pois quorum da LC é
maior que o da lei ordinária).

Atenção: “No futuro, uma lei ordinária poderá revogar tal lei complementar (no caso acima descrito)”

- Medida Provisória (art. 62 e EC 32/01)

“É editada pelo presidente da república ou quem esteja no lugar dele em exercício”

Requisitos: relevância e urgência


Vedações: § 1o do art. 62:

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

I - relativa a:

a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito


eleitoral;

b) direito penal, processual penal e processual civil;

c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e


a garantia de seus membros;

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos


adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;

II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou


qualquer outro ativo financeiro;

III - reservada a lei complementar;

IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional


e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

Obs.: não esquecer - assim como preâmbulo, ADCT e Emendas fazem parte da CF.

Assim, nenhuma MP pode:

a) tratar de direito penal, processo penal e processo civil (nem para melhorar, nem
para piorar)
b) Tratar de matéria de Lei Complementar (exige maioria absoluta. MP nasce para ser
convertida em lei ordinária, cujo quorum de aprovação é o de maioria simples ou
relativa. Por isso faz sentido que não trate de LC)
c) Se um PL estiver na fase de sanção ou veto, não pode ser editada MP. “Após a
fase do autógrafo, não pode ser editada MP” – é o despacho que envia para o
presidente. O envio marca o esgotamento do trâmite no CN.
Mais prazo das MPs (estamos falando de prazo de vigência)

Regra: 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias. Mas...

“Se for aproveitado o prazo de recesso, a P pode viger por mais de 120 dias, pois
durante o recesso a MP continua vigendo e o seu prazo fica suspenso.” E se houver
convocação no recesso?

Cuidado: As MPs que existiam até 10 de setembro de 2001 não têm prazo. É como se lei fossem.
Está no art. 2o da EC 32. Porque a EC 32/2001 entrou em vigência em 11/09/01. Foi publicada em
10/09.

- CN tinha 3 possibilidades:
i. decreto legislativo rejeitando
ii. conversão em lei
iii. nada
- Trancamento da pauta e regime de urgência: Dá-se com 45 dias da publicação (seria o prazo ideal
para se aprecias a MP).

- Passados 120 dias, MP perde vigência

- Caminho da MP:

O presidente da república edita => publicação => câmara dos deputados (casa iniciadora) =>
comissão parlamentar mista (formada por deputados federais e senadores) => plenário da
câmara => plenário do senado (obs: sem alteração no texto original, há a promulgação pelo
presidente da mesa do congresso nacional) => publicação => lei ordinária no xxxxx

Cuidado: se houver alteração da proposta original, segue-se o caminho da lei ordinária (presidente
da república => sanção => promulgação => publicação)

Portanto, se houver passagem pelo presidente, indica que houve mudança. Presidente até
pode vetar, “mas é possível derrubada do veto por maioria absoluta do congresso nacional e
a promulgação pelo presidente da mesa do CN, que é o presidente do CN.”

- Lei Delegada (art. 68)

“É editada pelo presidente da república (só por ele ou quem estiver em exercício), e depende
de prévia autorização do CN, dada por meio de uma resolução do CN”29

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas
Presidente da República poderá adotar medidas pelo Presidente da República, que deverá
provisórias, com força de lei, devendo submetê- solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º - Não serão objeto de delegação
§ 1º É vedada a edição de medidas os atos de competência exclusiva do
provisórias sobre matéria: Congresso Nacional, os de competência
privativa da Câmara dos Deputados ou
I - relativa a: do Senado Federal, a matéria reservada
à lei complementar, nem a legislação
a) nacionalidade, cidadania, direitos sobre:
políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
I - organização do Poder Judiciário e
b) direito penal, processual penal e do Ministério Público, a carreira e a
processual civil; garantia de seus membros;

c) organização do Poder Judiciário e do II - nacionalidade, cidadania, direitos


Ministério Público, a carreira e a garantia de
29
Capítulos 9 e 15 do livro.
seus membros; individuais, políticos e eleitorais;

d) planos plurianuais, diretrizes III - planos plurianuais, diretrizes


orçamentárias, orçamento e créditos orçamentárias e orçamentos.
adicionais e suplementares, ressalvado o
previsto no art. 167, § 3º; § 2º - A delegação ao Presidente da
República terá a forma de resolução do
II - que vise a detenção ou seqüestro de Congresso Nacional, que especificará
bens, de poupança popular ou qualquer seu conteúdo e os termos de seu
outro ativo financeiro; exercício.

III - reservada a lei complementar; § 3º - Se a resolução determinar a


apreciação do projeto pelo Congresso
IV - já disciplinada em projeto de lei Nacional, este a fará em votação única,
aprovado pelo Congresso Nacional e vedada qualquer emenda.
pendente de sanção ou veto do Presidente
da República.

§ 2º Medida provisória que implique


instituição ou majoração de impostos,
exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V,
e 154, II, só produzirá efeitos no exercício
financeiro seguinte se houver sido
convertida em lei até o último dia daquele
em que foi editada.

§ 3º As medidas provisórias, ressalvado


o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia,
desde a edição, se não forem convertidas
em lei no prazo de sessenta dias,
prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez
por igual período, devendo o Congresso
Nacional disciplinar, por decreto legislativo,
as relações jurídicas delas decorrentes.

§ 4º O prazo a que se refere o § 3º


contar-se-á da publicação da medida
provisória, suspendendo-se durante os
períodos de recesso do Congresso
Nacional.

§ 5º A deliberação de cada uma das


Casas do Congresso Nacional sobre o
mérito das medidas provisórias dependerá
de juízo prévio sobre o atendimento de seus
pressupostos constitucionais.

§ 6º Se a medida provisória não for


apreciada em até quarenta e cinco dias
contados de sua publicação, entrará em
regime de urgência, subseqüentemente, em
cada uma das Casas do Congresso
Nacional, ficando sobrestadas, até que se
ultime a votação, todas as demais
deliberações legislativas da Casa em que
estiver tramitando.

§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por


igual período a vigência de medida
provisória que, no prazo de sessenta dias,
contado de sua publicação, não tiver a sua
votação encerrada nas duas Casas do
Congresso Nacional.

§ 8º As medidas provisórias terão sua


votação iniciada na Câmara dos Deputados.

§ 9º Caberá à comissão mista de


Deputados e Senadores examinar as
medidas provisórias e sobre elas emitir
parecer, antes de serem apreciadas, em
sessão separada, pelo plenário de cada
uma das Casas do Congresso Nacional.

§ 10. É vedada a reedição, na mesma


sessão legislativa, de medida provisória que
tenha sido rejeitada ou que tenha perdido
sua eficácia por decurso de prazo.

§ 11. Não editado o decreto legislativo a


que se refere o § 3º até sessenta dias após
a rejeição ou perda de eficácia de medida
provisória, as relações jurídicas constituídas
e decorrentes de atos praticados durante
sua vigência conservar-se-ão por ela
regidas.

§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão


alterando o texto original da medida provisória,
esta manter-se-á integralmente em vigor até
que seja sancionado ou vetado o projeto.

A idéia da comparação dos 2 dispositivos é ver o que há de comum e diferente.

- Só MP tem relevância e urgência

- Só LD tem prévia autorização


Obs.: Depois de 88, só houve 2 LDs.

- Só MP é temporária (em regra) antes de 2001 são permanentes

- Comparar proibições

- Decreto-Legislativo

“É editado pelo CN nas matérias de sua competência” (ver art. 49). Ex.: tratado internacional
– há decreto-legislativo e depois decreto do presidente.

- Resoluções

Podem ser da câmara, do senado ou do CN. Constituição diz quando pode. Ex. clássico:
resolução do senado, art. 52, X:

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada


inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

“É a resolução do senado que suspende a eficácia (execução) de lei declarada


inconstitucional pelo STF em controle difuso de constitucionalidade” Ex.: julgamento de um
RExtr.

“A publicação dessa resolução pode dar efeitos erga omnes àquilo que só tinha efeitos entre
as partes”

- Essa suspensão é:

Discricionária/

Definitiva (mesmo com o termo “suspensão”)

Aplica-se a qualquer tipo de lei (municipal, estadual, distrital. Notar que é o senado
mexendo na lei municipal, não é a câmara, nem a AL).

TRIBUNAL DE CONTAS (arts. 70 a 75)

Art. 73 fala do TCU.


+ TCU: “auxilia o CN na fiscalização das contas da administração pública federal.” Ele analisa e julga
as contas.

Cuidado: “sobre as contas do presidente da república, o TCU elabora parecer e o CN é quem julga
tais contas”

Cuidado: não podem ser criados novos TCMs – municipais (§4o do artigo 31 – tribunais, conselhos,
etc.). Os que existiam permanecem.

PEB – PODER EXECUTIVO NO BRASIL (arts. 76 a 91)

PEB:

a) Federal:
Titulares do Poder Executivo: Presidente e vice – nos dois casos, brasileiros natos (nos
outros – estadual, etc – pode ser naturalizado).

Mandato: 4 anos

Sistema: Majoritário Absoluto em 1 ou 2 turnos.

b) Estadual:
Titulares do Poder Executivo: Governador e vice (26 governadores de Estado).

Mandato: 4 anos

Sistema: majoritário absoluto em 1 ou 2 turnos

c) Distrital:
Titulares do Poder Executivo: Governador e vice (1 governador distrital)

Mandato: 4 anos

Sistema: majoritário absoluto em 1 ou 2 turnos

d) Municipal:
Titulares do Poder Executivo: Prefeito e vice

Mandato: 4 anos
Sistema: municípios com mais de 200 mil eleitores: majoritário absoluto em 1 ou 2 turnos;
municípios com até 200 mil eleitores (200 mil inclusive): majoritário simples ou relativo

É possível a reeleição para o período subseqüente (portanto, um reeleição). E o cara pode


voltar depois de ficar de fora (diferente dos EUA – Bill Clinton não pode voltar)

Atenção: A reeleição não é cláusula pétrea, podendo ser ampliada ou retirada da CF.

1. Majoritário Absoluto:

“Ganha a eleição o candidato que conseguir a maioria absoluta dos votos válidos, em 1o ou 2o
turno.”

1o Turno: 1o domingo de outubro

2o Turno: último domingo de outubro, entre os 2 candidatos mais votados no 1o turno. Se


houver empate, vão os mais velhos (critério etário).

Posse: 1o de janeiro, com tolerância de 10 dias

2. Majoritário Simples ou Relativo:

“Só tem um turno (1o domingo de outubro) e ganha a eleição o candidato mais votado.” Tal
sistema também é utilizado para a eleição de senadores.

Portanto, são eleitos pelo majoritário, titulares do poder executivo e senadores.

Aula de 14/10

ORDEM DE SUCESSÃO (art. 80)

- Presidente

- Vice-Presidente: vice assume e fica (não é interino)

- Presidente da Câmara
Mas aqui assumem interinamente (temporariamente)
- Presidente do Senado

- Presidente do Supremo
Eleição indireta (art. 81)

Não havendo sem presidente, nem vice-presidente

2 anos ↔ 2 anos

- Até aqui, eleição direta em até 90 - A partir daqui, eleições indiretas feita
dias da última vaga = última pessoa pelo congresso nacional em até 30
que exerceu presidência dias da última vaga

- Serão eleitos um novo prefeito e um - Aqui será eleito um novo presidente e


novo vice para completar o mandato novo vice para completar o mandato

- Quem pode votar? Deputados e


senadores (eles formam o chamado
“colégio eleitoral”). Quem pode se
candidatar? Deputados e senadores

Art. 81 é uma norma constitucional de eficácia limitada e não foi regulamentada (é aquilo que se
chama de inconstitucionalidade por omissão)

- 90 ou 30 dias da “última vaga”:

da morte do vice (se o presidente já estiver morto)

da morte do presidente (se vice já estiver morto)

(morte, impeachment ou outra coisa)

Portanto, existe eleição indireta no Brasil.

CRIME DE RESPONSABILIDADE (arts. 85 e 52, I e II)

(ocorre com desrespeito / violação à Constituição)

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da


República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente,
contra:
I - a existência da União;

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do


Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da
Federação;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a segurança interna do País;

V - a probidade na administração;

VI - a lei orçamentária;

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que


estabelecerá as normas de processo e julgamento.

O artigo dá a entender que só o presidente comete crime de responsabilidade, não é verdade. Ver
também art. 52 I e II:

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República


nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da
mesma natureza conexos com aqueles;

II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os


membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do
Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-
Geral da União nos crimes de responsabilidade;

Ver também lei 1079/50 – lei que trata do crime de responsabilidade e do processo de impeachment.
Foi recepcionada pela CF 88 e foi usada no processo do Collor.

- Processo de impeachment é um juízo político

- Está na lei, não na CF: “Qualquer cidadão pode dar início ao processo de impeachment.”

O processo de impeachment ou impedimento é bifásico ou escalonado:

Ele possui 2 fases distintas:


- 1a Fase: Juízo de Admissibilidade – em que se verifica autoria e materialidade. Tal
verificação é feita pela Câmara dos deputados, por 2/3 (342) de seus membros.

- 2a Fase: Julgamento – realizada pelo Senado Federal, também por 2/3 (54) dos membros.

Processo de impeachment está no art. 86 da CF.

Obs: lembrar que 2/3 é maioria qualificada.

Em relação à 2a fase:

- Iniciada a 2a fase, o presidente da república fica suspenso por 180 dias. Idéia é evitar que
ele influencie votos dos senadores. Passou esse prazo, ele retorna ao cargo. Durante o
afastamento, continua recebendo salário (presunção de inocência).

- Julgamento é presidido pelo presidente do STF

- O julgamento é obrigatório, para condenar ou absolver; arquivamento só no juízo de


admissibilidade.

Sanção: presidente perde o cargo e fica inabilitado para as funções públicas por 8 anos.

Cuidado: quem sofre o impeachment pode continuar votando, as não pode ser votado. “Ele
mantém-se alistável, mas inelegível.” “Mantém capacidade eleitoral ativa, mas tem suspensa a
capacidade eleitoral passiva”. Portanto, é perda parcial dos direitos políticos.

Cuidado: quem sofre impeachment não pode exercer função nem mesmo honorífica. Exs.: não pode
ser mesário em eleição, jurado, comissário de menores.

- Se for constatado crime no processo de impeachment, cópia dos docs devem ser encaminhados ao
procurador-geral da república,.

Obs.: Collor renunciou; mesmo assim foi julgado pelo STF. Depois é que mudaram a CF
estabelecendo que iniciado o processo de impeachment, renúncia não passa a ter efeito.

PODER JUDICIÁRIO (arts. 92 a 126, especialmente 93/95, 97, 102/105, 109)

art. 97 – “Reserva de Plenário” – que tem também a súmula vinculante no 10.


Confrontar 102 com 105:

102 (STF) X 105 (STJ)

Competência Originária: Competência Originária:

I - processar e julgar, originariamente: I - processar e julgar, originariamente:

a) a ação direta de inconstitucionalidade a) nos crimes comuns, os


de lei ou ato normativo federal ou Governadores dos Estados e do
estadual e a ação declaratória de Distrito Federal, e, nestes e nos de
constitucionalidade de lei ou ato responsabilidade, os
normativo federal; desembargadores dos Tribunais de
Justiça dos Estados e do Distrito
b) nas infrações penais comuns, o Federal, os membros dos Tribunais de
Presidente da República, o Vice- Contas dos Estados e do Distrito
Presidente, os membros do Congresso Federal, os dos Tribunais Regionais
Nacional, seus próprios Ministros e o Federais, dos Tribunais Regionais
Procurador-Geral da República; Eleitorais e do Trabalho, os membros
dos Conselhos ou Tribunais de Contas
c) nas infrações penais comuns e nos
dos Municípios e os do Ministério
crimes de responsabilidade, os Ministros
Público da União que oficiem perante
de Estado e os Comandantes da
tribunais;
Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
ressalvado o disposto no art. 52, I, os b) os mandados de segurança e os
membros dos Tribunais Superiores, os habeas data contra ato de Ministro de
do Tribunal de Contas da União e os Estado, dos Comandantes da Marinha,
chefes de missão diplomática de caráter do Exército e da Aeronáutica ou do
permanente; próprio Tribunal;
d) o "habeas-corpus", sendo paciente c) os habeas corpus, quando o coator
qualquer das pessoas referidas nas ou paciente for qualquer das pessoas
alíneas anteriores; o mandado de mencionadas na alínea "a", ou quando
segurança e o "habeas-data" contra atos o coator for tribunal sujeito à sua
do Presidente da República, das Mesas jurisdição, Ministro de Estado ou
da Câmara dos Deputados e do Senado Comandante da Marinha, do Exército
Federal, do Tribunal de Contas da ou da Aeronáutica, ressalvada a
União, do Procurador-Geral da competência da Justiça Eleitoral;
República e do próprio Supremo
Tribunal Federal; d) os conflitos de competência entre
quaisquer tribunais, ressalvado o
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou disposto no art. 102, I, "o", bem como
organismo internacional e a União, o entre tribunal e juízes a ele não
Estado, o Distrito Federal ou o Território; vinculados e entre juízes vinculados a
tribunais diversos;
f) as causas e os conflitos entre a União
e os Estados, a União e o Distrito e) as revisões criminais e as ações
Federal, ou entre uns e outros, inclusive rescisórias de seus julgados;
as respectivas entidades da
administração indireta; f) a reclamação para a preservação de
sua competência e garantia da
g) a extradição solicitada por Estado autoridade de suas decisões;
estrangeiro;
g) os conflitos de atribuições entre
i) o habeas corpus, quando o coator for autoridades administrativas e
Tribunal Superior ou quando o coator ou judiciárias da União, ou entre
o paciente for autoridade ou funcionário autoridades judiciárias de um Estado e
cujos atos estejam sujeitos diretamente administrativas de outro ou do Distrito
à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou entre as deste e da União;
Federal, ou se trate de crime sujeito à
mesma jurisdição em uma única h) o mandado de injunção, quando a
instância; elaboração da norma regulamentadora
for atribuição de órgão, entidade ou
j) a revisão criminal e a ação rescisória autoridade federal, da administração
de seus julgados; direta ou indireta, excetuados os casos
de competência do Supremo Tribunal
l) a reclamação para a preservação de Federal e dos órgãos da Justiça Militar,
sua competência e garantia da da Justiça Eleitoral, da Justiça do
autoridade de suas decisões; Trabalho e da Justiça Federal;
m) a execução de sentença nas causas i) a homologação de sentenças
de sua competência originária, facultada estrangeiras e a concessão de
a delegação de atribuições para a exequatur às cartas rogatórias;
prática de atos processuais;

n) a ação em que todos os membros da


magistratura sejam direta ou
indiretamente interessados, e aquela em
que mais da metade dos membros do
tribunal de origem estejam impedidos ou
sejam direta ou indiretamente
interessados;

o) os conflitos de competência entre o


Superior Tribunal de Justiça e quaisquer
tribunais, entre Tribunais Superiores, ou
entre estes e qualquer outro tribunal;

p) o pedido de medida cautelar das


ações diretas de inconstitucionalidade;

q) o mandado de injunção, quando a


elaboração da norma regulamentadora
for atribuição do Presidente da
República, do Congresso Nacional, da
Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, das Mesas de uma dessas
Casas Legislativas, do Tribunal de
Contas da União, de um dos Tribunais
Superiores, ou do próprio Supremo
Tribunal Federal;

r) as ações contra o Conselho Nacional


de Justiça e contra o Conselho Nacional
do Ministério Público;

Atenção para habeas corpus e mandado de segurança

ROC – Recurso ordinário constitucional


ROC – Recurso ordinário
(exige que se demonstre repercussão constitucional
geral).

Se misturar os 2, entrar com os 2 (RExtr. e REsp)

Repercussão geral: art. 102, § 3o (veio com a EC 45). Lei que regulamenta o tema é a Lei 11.418/06
(pois também é norma constitucional de eficácia limitada). Ver no site do STF quais matérias são
entendidas como de repercussão geral (e quais não são).

Cuidado: L. 11.418 acrescentou artigos 543-A e 543-B do CPC. Aliás, RExtr./REsp estão
disciplinados no CPC.

Repercussão geral:

- “Existe uma questão relevante do ponto de vista jurídico, político, econômico e social.”

- “Essa questão vai além dos interesses da lide, do litígio”.

- “É claro que envolve matéria constitucional”.

- “Há contrariedade à súmula do STF ou um entendimento desta corte” Ex.: prisão do


depositário infiel – 2 turmas já estão vedando (se fosse súmula vinculante, reclamação).

- “Rep. Geral tem de ser demonstrada preliminarmente, sob pena do recurso sequer ser
conhecido.”

Obs.: conflito entre MPs é decidido agora pelo STF (não mais pelo STJ).
SÚMULA VINCULANTE (art. 103 – A)

É norma constitucional de eficácia limitada; foi regulamentada pela lei 11.417/06.

“Criada pelo STF – Reiteradas decisões em matéria constitucional – manifestações de 2/3 (8)
dos ministros do Supremo; efeito vinculante; todo o poder judiciário e a administração pública
direta e indireta nas esferas federal, estadual e municipal.”

Atenção: “O poder legislativo, em sua função típica, não está vinculado” – óbvio que legislativo pode
criar leis que vão contra uma súmula vinculante (no máximo, posso entrar com uma ADIN contra a
lei).

Cuidado: “Não está expresso na esfera distrital, mas é claro que o DF também tem de obedecer
súmula vinculante.”

- Descumprida a s. vinculante, cabe reclamação ao STF.

- Criação, revisão e cancelamento da súmula vinculante (já deu na primeira aula).

GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DOS MAGISTRADOS (art. 95)

1. Vitaliciedade

É proteção dada ao cargo do magistrado.

Aquisição – há 2 modos:

- Juiz concursado – após 2 anos de efetivo exercício (não é da nomeação, mas sim da
posse)

- Magistrado que ingressa – adquire vitaliciedade na data da posse pelo quinto


constitucional. (art. 94)

“A perda do cargo de um magistrado vitaliciado está condicionada a uma sentença


condenatória com trânsito em julgado.” Via de regra é uma sentença penal; mas poderia ser
cível (ex. improbidade administrativa).

2. Irredutibilidade de subsídios

“Os valores que o magistrado recebe não podem ser reduzidos, salvo obrigação
constitucional legal.” Ex.: pagamento de IR, pagamento de pensões e indenizações e teto do
funcionalismo (o subsídio dos ministros do STF).
3. Inamovibilidade

“Os magistrados não podem ser removidos contra a vontade, salvo interesse público maioria
absoluta dos membros do respectivo tribunal ou do conselho nacional de justiça” Veio com a
EC 45. CNJ só mexe com inamovibilidade; por isso não pode derrubar a vitaliciedade do
Tales (MP)

- Quinto Constitucional (ver arts. 94, 111 – A, I e 115, I)

Notar que com EC 45 criou-se o 5o constitucional na justiça do trabalho

Obs.: federalização de crimes graves contra os direitos humanos (art. 109, V, “a”, e § 5o do 101).

Aula de 16/10

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

-Direito: é o poder que tenho de realizar algo que a lei não proíbe.

-Garantia: são os mecanismos para se proteger um direito; garantia constitucional é sinônimo de


remédios constitucionais

Evolução dos direitos fundamentais – Gerações

- 1a Geração de Dir. Fundamentais – Protege direitos políticos clássicos (vida, igualdade,


liberdade, propriedade, etc) e protege o indivíduo.
Marco histórico: esta primeira geração está vinculada à Rev. Francesa (14 de julho de
1789).

- 2a Geração de Dir. Fundamentais – É aquela que protege grupos de pessoas


(coletividade). Ex.: Trabalhadores, aposentados
Marco Histórico: após a Rev. Industrial. Constituição de Weimar (1919) e Constituição
Mexicana (1917).

- 3a Geração de Dir. Fundamentais – É aquele que protege direitos difusos (pessoas


indeterminadas e indetermináveis). Ex.: proteção à paz, aos DH, ao meio ambiente.
Marco Histórico: fim da 2a Guerra Mundial. Idéia de que erros históricos como campos de
concentração, Hiroshima e Nagasaki não devem se repetir.

- 4a Geração de Dir. Fundamentais – Idealizada por Noberto Bobbio, Paulo Bonavides.


Voltada para o futuro. Proteção da democracia, biogenética, etc.
Marco Histórico: informatização.
REMÉDIOS (AÇÕES OU GARANTIAS) CONSTITUCIONAIS EM ESPÉCIE (art. 5o)

1. Direito de Petição – art. 5o, XXXIV, “a” (ver também a “b”)

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento


de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou


contra ilegalidade ou abuso de poder;

“O direito de petição é o direito de reclamação aos órgãos públicos acerca de algo ilegal ou
abusivo.”

- Não tem formalismo e não precisa de advogado. Pode ser por via oral, por e-mail, por carta,
por telefone. Pode ser uma petição inicial, inclusive com pedidos ao final.

- Pode ser anônima

2. “Habeas Corpus” – art. 5o, LXVIII (não abreviar e usar entre aspas)

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou


se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

“HC serve para proteger o direito de locomoção (ir e vir).” De acordo com a doutrina, HC pode
ser:

α) Preventivo: fundado em ameaça de prisão ilegal ou abusiva (o que se pede ao magistrado


é um “salvo conduto”). Portanto, salvo conduto vem de decisão judicial. Em CPI não
precisaria, já que não sou obrigado a produzir prova contra mim mesmo, mas acabam
usando. Na prática, CPI chama como testemunha, mas já quebra um monte de coisa de
cara.
β ) Repressivo ou libertatório – “Alguém já foi preso abusivamente ou ilegalmente.” O que se
pede ao magistrado é um alvará de soltura. Melhor se em liminar. “Expedido o mandado
de prisão e não cumprido, é possível o HC repressivo requerendo um contra mandado”
Atenção: HC não precisa de advogado.

Cuidado: “Pessoa jurídica pode ser protegida por HC se houver envolvimento em crime
ambiental.”
Obs.: HC pode ser usado para trancar inquérito ou ação penal. Ver art. 647 a 667 do CPC.

3. “Habeas Data” – art. 5o, LXXII

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa


do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por


processo sigiloso, judicial ou administrativo;

“Objetiva acesso ou retificação de informações ou dados do impetrante que se encontram em


um órgão público ou de caráter público.” (mas é preciso esgotar a via administrativa)

Lei que regulamentou o HD: Lei 9.507/99

Atenção: HD exige advogado.

“Órgão de caráter público” – “Bancos de dados e cadasdtros relativos a consumidores,


serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público”
§4o do art. 43 da L. 8.078/90 (CDC)

“A jurisprudência entende que CADI (cônjuge, ascendentes, descendentes, irmãos) pode


ingressar com HD em nome de impetrante para ‘limpar’ o nome da família.” Ex.: impetrante
morreu, ficou louco...

Pela CF não é assim / entendimento jurisprudencial.

4. Mandado de Segurança (art. 5o, LXIX)

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito


líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data",
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;
É uma criação brasileira

- Requisitos

a) Direito líquido e certo: é aquele que se comprova com documentos. Não há prova
testemunhal e nem pericial em MS e em algumas situações o direito é externado
simplesmente com texto da Constituição e da lei. Basta transcrevê-lo na peça. Ex.:
agente alfandegário que não libera mercadoria com tudo pago (tributos).

b) Não ser caso nem de HC nem de HD

c) Abuso cometido por uma autoridade pública: alguém do estado mesmo ou alguém
que, por concessão, autorização ou delegação atue como autoridade pública. Ex.:
direto do estabelecimento de ensino que não deixa rematricular por falta de pagamento
= MS para o MEC na justiça federal.

Atenção: Autoridade coatora é uma pessoa física (e não é o ente público)

- É necessário advogado

- MS foi regulamentado pela lei 1.533/51 e também pela 4.348/64 e 5.021/66 (as duas últimas
sobre a parte procedimental)

Atenção: restrição de liminar contra poder público – Lei 8.437/92 (art. 2o)e lei 9.494/97 (art.
2o). Cabe liminar em MS contra o poder público, mas há restrições.

5. MS Coletivo – art. 5o, LXX

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente


constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados;

Foi introduzido pela CF 88; Também é criação brasileira.

- Requisitos: são os mesmos do individual.

Qual a diferença, então, do individual para o coletivo? Legitimidade ativa (no MS coletivo são
as alíneas “a” e “b”). E, claro, na proteção: no coletivo, a proteção é para todos do legitimado.
Ex.: associação. No individual, só para o “indivíduo”.

Atenção: a jurisprudência admite a dispensa de um ano para a Constituição da associação.


Ver que esta regra também está na Lei da ACP.

- No MS coletivo, lei fala em necessidade de autorização da pessoa. Mas se for beneficiar


(protetivo), jurisprudência não tem exigido.
6. Mandado de Injunção – art. 5o, LXXI

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de


norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;

Também veio com a CF 88

- Imprescindível advogado

- Faz parte do controle difuso de constitucionalidade

- É usado quando existe uma inconstitucionalidade por omissão (existe norma constitucional
de eficácia limitada não regulamentada). Ex.: direito de greve dos servidores públicos (art. 37,
VII), automação (art. 7o, XXVII).

- Se o MI é controle difuso, qualquer pessoa pode usar.

- Palavra chave: “Falta de norma regulamentadora de qualquer direito ou liberdade


constitucional (gênero) e das prerrogativas da nacionalidade, da cidadania e soberana
(espécies)”

Mandado de Injunção X ADIN supridora da omissão ou por


omissão

- Qualquer pessoa - só pessoas do art. 103

- controle difuso - é controle concentrado

- posso propor perante qualquer - só posso propor no STF


magistrado competente para a matéria,
inclusive o STF

- Ver MIs no 670 (informativo 458) e 721 (informativo 477) julgados pelo STF.

- STF tem dado efeito concreto – dá o benefício para a pessoa mesmo sem haver a lei.

7. Ação Popular – art. 5o, LXXIII


LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-
fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

- Pessoa jurídica nunca pode propor!

“Busca proteger o patrimônio público, histórico e cultural, o meio ambiente, e a moralidade


administrativa”

- Foi a primeira ação voltada a proteger direitos coletivos; inspirada nas class actions

- Legitimidade ativa: qualquer cidadão = qualquer pessoa que pode votar;

Cuidado: MP não pode propor, mas pode assumir o andamento e dar execução à decisão da ação
popular. Trata-se de legitimação extraordinária ou superveniente.

- Ação Popular exige advogado

- Se a pessoa que entrou com a ação abandona, outro cidadão pode assumir ou o MP o pode
(assim, MP não pode iniciar mas pode assumir).

- MP pode assumir e até desistir; mas, a execução, MP não pode desistir;

- Lei 4.717/65 é a lei da ação popular.

Atenção: há quem entenda que ACP é remédio constitucional. Está prevista na CF, 129, III. Traz
falsa idéia de que só o MP pode propor. Na verdade, deve-se olhar a lei 7.347/85 para saber quem
são os legitimados.

-Notar que ACP tem legitimidade ativa e âmbito de proteção maior que ação popular.

Obs.: só não preciso de advogado em direito de petição e HC.

Aula de 30/10

MS
É para autoridade pública ou particular investida de autoridade pública.

ACP: CF, Art. 129, III

- Origem no direito italiano, é uma criação de Calamandrei

- Lei 7.347/85 regulamenta ACP

- Há quem entenda ser um remédio constitucional por ser um avanço da ação popular (art. 5º,
LXXIII e Lei 4.717/65)

AP:

Só pode ser proposta por cidadão e é necessário advogado

Com ACP tem-se uma ampliação da legislação ativa (vários sujeitos), mas o cidadão
(individualmente) não pode propor.

- Legitimidade ativa da ACP está no art. 5o, caput, e inc. I e II

- É para proteger patrimônio público, histórico e cultural, meio ambiente e moralidade


administrativa. Já a ACP, versa sobe qualquer interesse difuso ou coletivo.

Portanto, com a ACP há uma ampliação também de objeto.

“ACP é uma evolução em relação à AP, tanto em relação ã legitimidade ativa como em
relação ao objeto”. Quem entende que é evolução, entende que ACP é remédio
constitucional.30

Obs: Requisitos da cautelar (Fumus e Periculum) se aplicam a liminar; tanto para AP como para ACP
é necessário advogado, e em ambos cabe liminar.

NACIONALIDADE: (Arts. 12 e 13 da CF)

“É o vínculo jurídico-político que une um indivíduo ao Estado”.

“Ius Sanguinis” X “Ius Solis”

Ius Solis:

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No livro, ver Capítulos 8, 9 e 15. Se possível, ver os remédios. E também o 16?
- Significa territorialidade

- Nasceu no território nacional, é nacional.

- Está no art. 12, I, “a”: art. 12, I (brasileiros natos) e art. 12, II (brasileiros
naturalizados)

Nasceu no Brasil, é brasileiro nato (territorialidade ou “ius solis”, salvo se pais são
estrangeiros e estão a serviço de seu país de origem. Ex: embaixador, diplomata,
cônsul, adido militar –oficial das forçar armadas que atua em outro país como
interlocutor)

Ius Sanguinis

- Art. 12, I, “b”: (consangüinidade)

- Pais brasileiros estão no exterior a serviço do Brasil, filho é brasileiro nato.

- Só um (pai ou mãe – ius sanguinis) + a serviço do Brasil

Obs: Pai italiano, mãe portuguesa, nasce no Brasil. Três nacionalidades são possíveis.

Obs: 6815/80 (Estatuto do Estrangeiro). Se filho vai ou não ter outra nacionalidade
depende do regramento de cada país.

- Art. 12, I, “c”: É consangüinidade + registro na repartição brasileira competente (consulado ou


embaixada). Residir, 21 anos, etc.

Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira,


desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira;

- Também é brasileiro nato.

- Pais não estão no exterior a serviço. 31

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Aqui está o caso dos apátridas. O indivíduo está em um país que só considera nacional os filhos
dos seus – “ius sanguinis”.
MAS: “A nacionalidade é um direito da personalidade e personalíssimo. Personalíssimo significa que
só o sujeito pode optar”

Além de alterar o artigo 12, inciso I, aliena “c” da CF, EC 54/07 (20.09.2007) incluiu artigo 95 no
ADCT

Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data


da promulgação desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro
ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou
consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a
residir na República Federativa do Brasil. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 54, de 2007)

Cuidado: Datas - 7 de junho de 94 até 20 de setembro de 07 (data da emenda). Quem nasceu neste
período pode ser registrado em consulado / embaixada ou no ofício de registros no Brasil.(Suprimi os
parênteses e não entendi o sentido)

Portanto, alínea “c” tem “ius sanguinis” (consangüinidade) + registro. Se não registrar, só com
maioridade ou residindo no Brasil.

Cargos privativos de brasileiro nato (art. 12, § 3o)

§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa

Relacionar com caput do 80.

- Presidente

- Vice
- Presidente da Câmara

- Presidente do Senado (até aqui, idêntico)

- Ministro do STF

Outros:

- Ministro de Estado da Defesa

- Carreira Diplomática

- Oficiais das forças armadas

Cuidado: Perda da nacionalidade brasileira - § 4o do art. 12

- Inciso I – só trata de brasileiro naturalizado – ver condições:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude


de atividade nociva ao interesse nacional;

- Inciso II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

“Aplica-se a brasileiro nato ou naturalizado”

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro


residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em
seu território ou para o exercício de direitos civis;

Se não estiver nas exceções, perde a nossa mesmo.

Originária – relacionado a já ter parentes / pais (vínculo de origem. É ter uma possível
nacionalidade no nascimento)

Obs.: pelo tratado da amizade (Brasil / Portugal), português que vota aqui não vota em
Portugal (e vice-versa). É opção por exercício pleno da nacionalidade (mas mesmo assim não
perde a nossa)
Obs.: não é possível exercer mais de uma nacionalidade ao mesmo tempo (mas posso ter
vários passaportes).

- Alínea b – Estado impõe que ele se naturalize. Brasileiro não perde a nossa.

- Pessoa que perdeu, por optar por outra, pode pedir restabelecimento de sua nacionalidade
brasileira (por decreto do presidente da república. Se era nato, vota a ser nato; se era
naturalizado, volta a ser naturalizado).

Pegadinhas de nacionalidade

- Extradição: país requerente é competente para punir o nacional (ou mesmo o estrangeiro).
Via de regra, deve existir um tratado de extradição; se não houver, pode-se aplicar
reciprocidade. Portanto, a ausência de tratado não impede.

Art. 5o

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso


de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou


de opinião;

Inc. LI: “Brasileiro nato não pode ser extraditado, mas o naturalizado pode, em duas situações:

(i) crime comum praticado antes da naturalização


(ii) (ii) tráfico internacional de drogas
⇒ O crime pode ser inclusive na papelada em que se pede a
naturalização. (Ex.: falsidade ideológica)
⇒ Tais situações passam pela Interpol
⇒ Insta observar que o tráfico regional não gera a perda deste direito. O
indivíduo pode ou não ser punido no Brasil.

Inc. LII: Crime de opinião não autoriza a extradição. É crime político, não tem violação física.

DIREITOS POLÍTICOS: (arts. 14/17.)


Conscrito:

“É o homem na época do serviço militar obrigatório”. Não vota e nem é votado.

Porém, se ele engajar (seguir carreira), o indivíduo é obrigado a se alistar e a votar.

Voto facultativo:

- Maior de 16 anos e menor de 18 anos;

- Maior de 70 anos;

- Analfabeto.

Cuidado: Analfabeto32 pode votar, mas não pode ser votado.

Desincompatibilização:

- “Um candidato se livra de uma inelegibilidade para concorrer a um cargo eletivo”.

- “Os titulares do poder executivo, para concorrerem a cargos diferentes do que ocupam,
devem renunciar seis meses antes”. Ex: Prefeito que vai concorrer a Governador. Porem,
caso perca as eleições, não há como retornar ao cargo.

- “Mas para a reeleição não precisa haver desincompatibilização”. Não há a necessidade do


indivíduo renunciar, nem se afastar.

Cuidado: Os parlamentares não precisam se desincompatibilizar em nenhum caso.

Obs: Na Justiça Eleitoral, via de regra, recursos tem efeitos suspensivos.

Obs: TRE/ TSE trabalham também sob mecanismo de consulta.

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Analfabeto é quem não sabe ler/escrever. Tanto que candidatos podem passar por prova de
escrita / leitura, aplicada pelo juiz eleitoral, mesmo que ele tenha diploma de algum curso,
superior ou não.

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