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Língua Portuguesa – Professora: Tamires Lima Farias

Conteúdos:

 Tempos verbais do modo indicativo


 Gênero- Relato Pessoal

1) Leia a tira “Calvin e Haroldo” e responda.

a) No segundo quadrinho da tira é possível ver que o personagem Haroldo cochicha a Calvin. A linguagem
corporal de Haroldo somada a frase “ Não tem ninguém olhando?” indica o que sobre o comportamento dos
personagens.
b) Na frase “ A gente poderia escrever nossos nomes” a forma verbal “poderia” está em que tempo verbal?
c) Como essa forma verbal ficaria se estivesse no futuro do presente do modo indicativo? A mudança alteraria o
sentido do verbo? Justifique.
d) O pronome isso no terceiro quadrinho da tirinha se refere a que?

2- Texto I LEIA o texto da escritora brasileira, Sylvia Orthof e conheça “o bicho papão” particular, que
era o maior medo dela na infância.

O bicho papão
A gente tem muitos bichos na vida. Eu, como toda criança, tive meu bicho papão particular, chamado medo.

Bicho Papão aparecia nas horas mais escuras da noite, naquelas horas em que a cabeça da gente começa a
imaginar besteira, imagina, imagina, de repente o medo toma conta do mundo.

Bicho Papão a gente inventa.

O meu foi inventado por uma cozinheira gorda chamada Guiomar. Guiomar era negra, gordíssima e vivia
contando histórias terríveis, de botar cabelo em pé. Eu tenho cabelo crespo, até hoje, por culpa da Guiomar. Ela
me contou cada uma, arrepiei tanto, que arrepiado fiquei!

Dizem que a gente não deve contar histórias de botar medo pra crianças, por isso não vou contar o que
Guiomar contava.
Eu sei que, de tanto ouvir a cozinheira, criei meu Bicho Papão particular. Ele era assim: olhos cor de fogo, pés
virados pra trás, soltava muita fumaça pelas ventas e era mula sem cabeça, além de pular num pé só e usar uma
touca vermelha, fumar um cachimbo e, de vez em quando, parecer com minha professora de matemática. Tinha
vezes que o bicho papão era ótimo, nem existia! Mas bastava ser noite de tempestade, lá vinha o Bicho Papão
vestido de lençol branco, casaco de padre, chapéu de freira, blusa de crochê e leque de plumas. Era realmente uma
coisa impossível, não existia, era meu medo.

Uma noite cismei que meu pai era o Bicho Papão. Foi cismar, pronto, aconteceu. Não aconteceu de verdade,
mas aconteceu dentro da minha cabeça. Cabeça da gente é fogo!

Eu já estava deitada. Era uma noite escura. Papai estava conversando na sala, com visitas. De repente, pensei
assim:

O Bicho Papão está fingindo que é meu pai. Ele está lá na sala conversando, enganando todo o mundo,
tomando a forma de meu pai, o danado! Mas não é meu pai, é o Bicho Papão! Pra tirar a dúvida vou chamar ele
pra vir aqui, no meu quarto... se ele tiver pé de pato, em vez de ter pé de gente, é porque ele não é meu pai!

O vento batia na cortina branca, igual aos filmes de terror. Resolvi que preferia dormir, sem saber da verdade.
Chamar meu pai pra tirar a dúvida? Deus me livre.

Bicho papão da minha imaginação Lembrei de uma reza que Guiomar tinha me ensinado pra espantar todos os
males do mundo. Era uma reza complicada, precisava rezar e dar uns pulinhos e umas voltas. Pra rezar aquilo
seria necessário sair de baixo do cobertor. Deus me acuda!

Meu Bicho Papão era assim: tinha pés para trás e eram de patos. Às vezes eram só de pato, virados pra frente
mesmo.

Resolvi tomar coragem, mas o pavor não passava. Era preciso rezar a reza de Guiomar, pois comecei a ouvir a
voz de papai, como se ele tivesse uma voz com sotaque papônico. Ai era preciso sair da cama e rezar a reza.

Pulei da cama rápido, acendendo a luz de cabeceira. Sombras enormes projetavam-se nas paredes, a cortina
continuava a dançar enquanto o vento gemia lá fora: uuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!

Comecei a recitar a reza:

Senhor dos aflitos, protegei-me a mim e a esta casa, pelos quatro cantos (tinha que dar quatro pulos cada vez,
virando-me para o um canto do quarto), pelas três estrelas cadentes (levantar o braço esquerdo três vezes), pelo
anjo arcanjo Jeremias, que o mal desapareça por aquela janela (ajoelhar em frente a janela), em sete rodopios
quentes e frios (rodar sete vezes).

Nesta exata hora em que eu estava dando o sétimo rodopio, meu pai entrou no quarto, pra ver que barulheira
era aquela. Foi entrar, eu pulei de volta pra cama, dura de pavor. Seria meu pai, ou seria o Bicho Papão? Eu ainda
não havia terminado de rezar a reza, faltava completar o sétimo rodopio, depois rezar uma Ave Maria.

- Você está de luz acessa, Sylvia?

- Estou sem sono, papai!

Papai aproximou-se para ajeitar meu cobertor. Eu, de olhar duro, sem espiar os pés dele. Com certeza eram de
pato, virados para trás, ave cheia de graça o senhor é convosco...

- Você precisa dormir, menina. Amanhã o colégio começa cedo. Resolvi espiar. Eu ia dar uma olhadinha
rápida nos pés do meu pai, era só tomar coragem. Suava frio, tremia toda, apavorada. Você está com frio? Pronto!
Ele perguntou isso só para me soprar o fogo de suas ventas! Era a mula sem-cabeça, fingindo ser papai. Tinha pé
de pato, com certeza absoluta!

Tomei coragem, virei os olhos pra baixo pra espiar. Neste segundo, ele apagou a luz dizendo:

- Boa noite. Fiquei sem saber se era meu pai, ou se era o Bicho Papão. Até hoje meu cabelo é duro de pentear.
Espetou, arrepiado para sempre.
(Os bichos que eu tive – Sylvia Orthof – p.28-30)
QUESTÃO 01 – Valor: (1,0) É correto afirmar que o texto lido é um relato pessoal, pois possui características como:
– Estabelecer a comunicação com o interlocutor/leitor;

– Empregar os verbos no passado;

– Priorizar as ações.

Retire partes do texto que comprove essa afirmação.

QUESTÃO 02 A linguagem utilizada para o relato pessoal é a linguagem informal ou a linguagem formal. INDIQUE
qual dessas linguagens o texto lido utiliza. RETIRE do texto um exemplo que comprove sua resposta.

Questão 03- O texto anterior trata das percepções pessoais a respeito de um tema muito comum, principalmente entre
as crianças. No entanto, sobre esse relato, é possível afirmar que o texto pode dialogar com diferentes idades. Por quê?
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Boa sorte!

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