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Betão Armado

CONSOLAS CURTAS

Armadura Armadura
Principal A s Principal A s

Fv Fv
ac ac
Hc Hc
Laço Laço

Estribos
0,4 A s

Estribos
0,4 A s

Arm adura de consola curta Armadura de consola curta


com estribos horizontais com estribos inclinados

série ESTRUTURAS

joão guerra martins 1.ª edição / 2003


Prefácio

Este texto resulta do trabalho de aplicação realizado pelos alunos de sucessivos cursos de
Engenharia Civil da Universidade Fernando Pessoa, vindo a ser gradualmente melhorado e
actualizado.

A sua fonte assenta em documentos de entidades de reconhecida idoneidade, cuja referência se


encontra no final deste trabalho.

Contributo decisivo teve, igualmente, o Eng.º Carlos Manuel Ferreira de Jesus, sendo parte
importante do texto apresentado conteúdo revisto da monografia de licenciatura por si elaborada.

Apresenta-se, deste modo, aquilo que se poderá designar de um texto bastante compacto, completo
e claro, entendido não só como suficiente para a aprendizagem elementar do aluno de engenharia
civil, quer para a prática do projecto de estruturas correntes.

Certo é ainda que pretende o seu teor evoluir permanentemente, no sentido de responder quer à
especificidade dos cursos da UFP, como contrair-se ao que se julga pertinente e alargar-se ao que se
pensa omitido.

Para tanto conta-se não só com uma crítica atenta, como com todos os contributos técnicos que
possam ser endereçados. Ambos se aceitam e agradecem.

João Guerra Martins


Nota prévia

Os capítulos III, V, e VII não são objecto de avaliação, sendo introduzidos a título de complemento,
sendo, contudo, a sua leitura recomendada.
Estruturas Betão Armado

Capítulo I - Introdução

I.1. Conceito
É generica e conceptualmente aceite como consola curta, o elemento estrutural em balanço
para o qual é verificada a relação a ≤ d, sendo d o canto útil da consola na secção adjacente
ao suporte e, a a distância entre o ponto de aplicação da carga e o paramento de suporte,
conforme é representado no desenho I.1.1.

Fv
a
Fh

Eixo relativo ao Centro de


Gravidade da Armadura
do a≤d
Principal de Tracção d h
1
do ≥ d
2

Desenho I.1.1

No entanto, outros conceitos mais elaborados definem consolas curtas (cit. in Robinson,
1975), como sendo um elemento prismático em balanço em relação ao seu suporte, carregado
no seu “nariz”, ou seja, na sua extremidade livre e, em que a distância entre o suporte e a sua
extremidade é no mínimo igual à altura da consola.
Em regra geral, a secção transversal de uma consola curta é rectangular, contendo um plano
de simetria comum ao betão e ao aço, no qual actua a carga.

Para que a consola curta possa ter um adequado desempenho estrutural, impõe-se que no seu
dimensionamento sejam observadas as seguintes condições:
9 A dimensão do
Esta dimensão medida no bordo exterior ao plano em que actua a carga, deve ser pelo
menos igual a metade da dimensão do canto útil d na secção adjacente ao suporte
(secção crítica), ou seja:

1
do ≥ d
2

9 Uma correcta avaliação das solicitações actuantes

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 1


Estruturas Betão Armado

Para além da força vertical, frequentemente aparecem diversas possibilidades de


introdução de uma força horizontal Fhd associada às seguintes situações:
o Efeito horizontal provocado pelo accionamento do sistema de travagem de
uma ponte-rolante;
o Posicionamento de uma viga de betão rigidamente unida a uma consola (ex:
por meio de soldadura de placas metálicas dispostas em ambas as peças);
o Encurtamento de uma viga impostos por retracção e variação de temperatura
ou, por retracção e fluência no caso de viga pré-esforçada.

A representação gráfica de algumas das situações de introdução de força horizontal Fhd,


é efectuada no desenho I.1.2.

Fhd

Fhd
Fhd

Desenho I.1.2

9 Uma correcta disposição de armaduras


A falta de observação de determinados princípios para disposição das armaduras,
poderá ser factor de introdução de riscos acrescidos à sua normal estabilidade, com
forte probabilidade de ocorrência de fissuração.
Os diferentes mecanismos de fissuração que podem ocorrer são representados nos
desenhos seguintes:

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 2


Estruturas Betão Armado

• Por flexão, com insuficiência de armadura principal de tracção;

Desenho I.1.3

• Por tracção horizontal, com insuficiência de armadura principal de tracção;

v
F

Desenho I.1.4

• Por corte, com insuficiência de armadura transversal;

Desenho I.1.5

• Por esforço transverso, com insuficiência de armadura transversal;

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 3


Estruturas Betão Armado

Desenho I.1.6

• Por defeitos de amarração ou disposição das armaduras de ancoragem;

Desenho I.1.7

• Por esmagamento local, devido a defeitos de amarração ou disposição das


armaduras;

Desenho I.1.8

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 4


Estruturas Betão Armado

• Por esmagamento da biela comprimida, por insuficiência de altura útil ou largura


da consola:

Desenho I.1.9

Efectuada de uma forma integral a conjugação destas condições, o dimensionamento de uma


consola curta verá reunido os requisitos que se tornam indispensáveis ao seu eficaz
comportamento estrutural.
Ao invés, poder-se-ão criar condições objectivas para que o factor risco possa ser elemento
preponderante, opção esta que no passado tem dado lugar à ocorrência de vários acidentes por
colapso deste elemento.

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 5


Estruturas Betão Armado

I.2. Aplicações

I.2.1. Em Edifícios

Na construção civil, tradicional ou pré-fabricada, a consola curta é um elemento


construtivo frequentemente empregue em estruturas que constituem edifícios com
utilização comercial ou industrial, conforme é representado na figura I.2.1.
Mas é sobretudo ao nível de edifícios industriais que este elemento estrutural tem larga
aplicação, quer se destinem a indústria metalúrgica, mecânica ou ligeira..

Figura I.2.1

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 6


Estruturas Betão Armado

Em edifícios industriais, que incorporam equipamentos como pontes rolantes, dotadas de


todas as espécies de mecanismos de transporte destinados à deslocação de materiais e
produtos acabados, assumem principal destaque as solicitações que por estes
equipamentos são transmitidas à estrutura, tornando-se necessário a cuidadosa avaliação
destas solicitações.
A utilização de consolas curtas, neste campo, é representada no desenho I.2.1.

Charriô
h sup
B

Ponte Rolante

Roda da ponte
rolante Gancho de
suspensão
Carril Q
λ l pont

h inf Viga de
rolamento

Desenho I.2.1

Como elemento construtivo essencial ao apoio de um caminho de rolamento de uma ponte


rolante, no desenho I.2.2 é representado graficamente o esquema das solicitações aí
actuantes.

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 7


Estruturas Betão Armado

Charriô

Ponte Rolante
Q
Pmax l pont Pmin

Desenho I.2.2

A distância entre os eixos do pilar e da viga do caminho de rolamento é uma medida


standarizada, λ = 750mm, que compreende o atravancamento da ponte rolante, a largura
hsup da secção do pilar na parte acima da ponte rolante e o intervalo necessário entre o
atravancamento da parte rolante e o pilar.
O vão da ponte, lpont, mantém-se invariável em todos os tramos (extremos e centrais) e
tem como valor: lpont = l - 2 λ.
As sobrecargas verticais devidas a uma ponte rolante são constituídas por:
- Peso da ponte;
- Peso do charriô;
- Peso da carga a levantar/transportar.
Com estas sobrecargas actuando sobre o caminho de rolamento da ponte, a maior pressão,
Pmax, sobre a roda verifica-se quando o charriô carregado se encontra na posição extrema
sobre um lado da ponte, criando-se no lado oposto a pressão sobre a roda Pmin .
A força horizontal devido à acção de travagem transversal do charriô, no caso de
suspensão flexível da carga, é dada por:
( Q + G ) no
Ttr = .f
n

sendo f = 0,1 – coeficiente de atrito;


no – número de rodas travadas do charriô, ;
n – número total de rodas do charriô

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 8


Estruturas Betão Armado

Como em geral no = n / 2, então:


(Q+G)
Ttr =
20

No caso de suspensão rígida da carga são desenvolvidas forças de inércia suplementares,


aumentando o esforço de travagem e atingindo o valor:
(Q+G)
Ttr =
10

A força horizontal total devida à travagem transversal solicitando apenas um único carril,
é distribuída regularmente entre as duas rodas da ponte rolante.
Em caso de uma travagem longitudinal da ponte rolante, a força horizontal é determinada
a partir da condição de que sobre cada carril da ponte actua uma roda com travão.
Daí resulta com o coeficiente de atrito f = 0,1:
P max
T long =
10

No cálculo da construção de um edifício e, no que respeita às solicitações horizontais e


verticais introduzidas por pontes rolantes, supõe-se um coeficiente de sobrecarga de 1,3.
À parte das vigas de rolamento, a dinâmica de uma ponte rolante não exerce influência
sobre quaisquer dos restantes elementos da construção.
Para avaliação da sobrecarga sobre a consola de um pórtico transversal, adopta-se a carga
de duas pontes rolantes contíguas. A pressão vertical D, conforme representada no
desenho I.2.3 devida às pontes rolantes, é transmitida por intermédio da viga de
rolamento à consola que suporta a ponte.

T
Q

D max D min

Desenho I.2.3
Conforme representado no desenho I.2.4, a sua excentricidade é dada por:

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 9


Estruturas Betão Armado

h inf
e= λ -
2

h sup /2 h sup /2 D

h inf /2 h inf /2

Desenho I.2.4

A solicitação sobre a consola devida às pontes rolantes é calculada pelos diagramas de


influência da reacção de apoio da viga de rolamento, em que a ordenada máxima do diagrama
de influência se situa sobre o apoio onde ela á igual à unidade.
Coloca-se uma das solicitações Pmax sobre o apoio, sendo todas as outras solicitações
dispostas nas rodas da ponte rolante em função da distância, conforme representado no
desenho I.2.5.

P P P P

c1 Y=f y = c 2 /a
c2
y = c 2 /a
a a
Vão da viga de
rolamento

Desenho I.2.5

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 10


Estruturas Betão Armado

Assim, os valores máximo e mínimo da pressão que actuam nas duas consolas opostas
serão dados por:
D max = P max Σ y D min = P min Σ y

Em edifícios industriais com estruturas pré-fabricadas, a consola curta torna-se num


elemento construtivo fundamental, pelo papel que desempenha no apoio a dar aos
elementos estruturais horizontais que vão descarregar nos pilares.
Tal situação é graficamente ilustrada através do corte esquemático de uma central
eléctrica no desenho I.2.6.

18,30

14,30

Sala das
Sala dos exaustores tremonhas

Desenho I.2.6

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 11


Estruturas Betão Armado

Os pórticos pré-fabricados são construídos com base nos diagramas M,Q eN, de acordo
com as regras relativas à construção de elementos de betão armado.
São fabricados em oficina ou estaleiro, observando-se as exigências respeitantes à
tecnologia da fabricação e da colocação no lugar.
A prática da construção oferece algumas soluções nas quais, para manter monolíticos os
nós dos pórticos, importa observar certos cuidados nas ligações que asseguram a junção
dos elementos estruturais.
Assim, deverá ser conferido especial cuidado à concepção, ao cálculo e à construção
destas ligações, factores essenciais à estabilidade da estrutura.
No caso específico de uma consola que serve de apoio a uma viga, os esforços de tracção
da parte superior da ligação são suportados pelos varões de aço, que são soldados às peças
de união de aço da viga, ou directamente à armadura superior desta por ocasião da
montagem. Estes varões de junção podem ser previamente chumbados no betão do pilar e
compreender armaduras de continuidade, com um comprimento suficiente para a
soldadura da samblagem ou, podem ser aplicados na montagem de bainhas embebidas no
pilar durante o seu fabrico, conforme é ilustrado no desenho I.2.7.

Ligações realizadas por furo no pilar


para introdução de armaduras iguais às da viga

Desenho I.2.7

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 12


Estruturas Betão Armado

Na parte inferior da viga na zona do apoio na consola, a ligação é efectuada por soldadura das
peças de ligação previstas na viga, sendo uma cantoneira colocada na aresta da consola
conforme ilustrado no desenho I.2.8.

Desenho I.2.8

Um outro tipo de ligação de nós frequentemente utilizada em pórticos pré-fabricados, tem por
base a soldadura dos varões de apoio intercalares, conforme é ilustrado no desenho I.2.9.

Varão de ligação Soldadura

Soldadura

Desenho I.2.9

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 13


Estruturas Betão Armado

O cálculo da ligação do conjunto pilar/consola/viga compreende os varões de junção


traccionados e os da consolas de apoio.
O esforço de cálculo de tracção N, é determinado pela fórmula:
M
N= ±
z
em que o braço da alavanca do binário interior z, é igual à distância entre os centros de
gravidade das peças de união de aço superior e inferior da viga ou, a distância entre os centros
de gravidade das soldaduras de fixação superior e inferior.
A secção dos varões de ligação é dada por:
N
Fa =
Ra

Nas ligações betonadas, a secção Fa pode ser tomada segundo a armadura de apoio da viga,
partindo para isso da condição da igualdade das resistências:
R a . ap
Fa = F a . ap
Ra

onde Fa . ap e Ra . ap , são a secção transversal e a resistência de cálculo da armadura principal


da viga junto ao apoio, respectivamente.
A consola de apoio à viga, conforme representado no desenho I.2.10, está sujeita à acção de
um esforço de compressão N e de um esforço de transverso Q introduzido pela viga.

M
Q

+N
Viga z
Fa
-N
α F er
Q

l 2/3 l

Desenho I.2.10

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 14


Estruturas Betão Armado

Considerando que a tensão exercida pela viga sobre a consola é transmitida segundo um
diagrama triangular, o esforço transverso é suposto estar no centro de gravidade daquele
triângulo, resultando um momento flector da consola determinado por M = 2/3 l . Q onde l é a
parte da consola que funciona na ligação.
De uma forma geral, a largura da consola é admitida igual à da viga (cit. in Mourachev,
Sigalov, Baikov, 1975), sendo o seu vão determinado por exigências de ordem construtiva em
função da disposição das peças de união e das soldaduras de fixação.
No caso de ligações realizadas sem betonagem que suportam esforços transversos
importantes, o vão da consola deve ser verificado tendo em conta a resistência do betão ao
esmagamento, não devendo a tensão devida a este exceder Rpr.
A altura da secção da consola será então calculada a partir da resistência da secção oblíqua:
Q ≤ Rtrbh0
Se a altura da consola for limitada e não satisfizer a condição acima enunciada, então a altura
da consola pode ser reduzida.
No entanto, torna-se em todos os casos obrigatória a observação da condição:
Q ≤ 1/6 Rf1bh0
O esforço transverso, para l ≤ 0,9h0, será totalmente absorvido por varões levantados, sendo a
sua secção determinada pela fórmula:
Q
F re =
2R a.et sen α

A armadura transversal das consolas longas, l > 0,9, é calculada como a das vigas.
A secção da armadura principal da consola determina-se a partir do esforço de compressão N,
admitindo para isso que este esforço está aplicado no centro de gravidade da secção da
armadura principal e, do momento flector da consola M, que provoca a tracção daquela
armadura. Tem-se então:
N M
Fa = -
Ra Ra. γ0. h0

e admitindo γ0 = 0,9 teremos:


N e
Fa = 1-
Ra 0,9 . h 0

M
onde: e = N

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 15


Estruturas Betão Armado

A secção das chapas de aço da consola e das peças de união da viga soldadas à armadura
principal, é determinada a partir do esforço normal a absorver:
N
F p1 =
R p1

A espessura da chapa metálica δ é função da espessura da soldadura, δ = he/1,5 mas nunca


inferior a 4mm.
O comprimento das soldaduras de fixação das peças de união inferiores da viga à chapa de
aço da consola nas ligações não betonadas, é calculada pela fórmula
1,3 ( N - T )
Σ ls =
0,7 h s R s

onde: T = Qf, - força de atrito;


Q – esforço transverso junto do apoio da viga;
F = 0,15 – coeficiente de atrito do aço sobre o aço.

I.2.2. Como Elemento de Apoio a Outras Estruturas


I.2.2.1 Vigas Cantilever
A articulação de uma viga cantilever, é realizada pelo apoio mútuo de duas
consolas.
A armadura esquemática é representada no desenho I.2.2.1.1.

y
1
4
3
6 x
5 z

Desenho I.2.2.1.1

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 16


Estruturas Betão Armado

Nesta situação, a posição da reacção mútua das duas partes da viga deve ser muito
bem fixada, por aplicação de um aparelho de apoio adequado que permita as
rotações e eventuais translações por dilatação, com todas as variações aceitáveis da
distribuição de pressões sobre a base de apoio, de forma a não serem introduzidas
reacções horizontais.
A disposição das armaduras nas duas partes da viga, de um e do outro lado da
articulação, serão simétricas em relação ao centro do aparelho de apoio.

Assim, a consola é suspensa através das armaduras 1 e 6, dobradas no plano yoz. A


continuidade da suspensão desta armadura com a armadura de tracção 2 da viga,
(que deve poder assegurar um esforço igual à reacção de apoio), deve ser
assegurada por aderência.
A junção por aderência é assegurada pela armadura 3 dobrada no plano xoz.
O tirante da consola 4 e, a armadura secundária 5, são dispostos em laços no plano
xoz.
A extremidade do lado da viga é prolongada para além do eixo da suspensão, numa
distância claramente superior aquela que separa este eixo do topo da consola.
O prolongamento da consola na viga, constitui uma verdadeira consola interior, que
tende a separar-se da dita viga, seguindo uma fissura horizontal no plano da face
superior da consola exterior.
Se for designado por a o desenvolvimento da consola exterior e, por b o da consola
interior, a reacção de suspensão será dada por:

a
R=P 1+
b
em que P será a carga da consola exterior.
Importa contudo realçar, que o objectivo será o dimensionamento e pormenorização
de uma armadura de suspensão, que transmita para a parte superior da viga a
reacção da consola.

Alternativamente, a resolução poderá ser baseada na aplicação do disposto no


REBAP para a armadura de suspensão.

I.2.2.2 Lages
Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 17
Estruturas Betão Armado

A pré-fabricação de lages de caixa de escada tornou-se prática bastante corrente na


construção civil, com base na utilização de consolas curtas que actuam como
elemento estrutural de apoio.
É requerido que quer a lage de caixa de escada, quer a consola, tenham espessuras
idênticas e, como normalmente se tratam de estruturas bastante delgadas,
dificilmente em obra, é conseguida a realização de amarrações em laços ou,
colocação de armadura secundária.
Para obviar tal situação, é normalmente usada a dobragem das armaduras no plano
vertical, procedimento que se torna aceitável dadas as fracas solicitações existentes
e a presença de armadura transversal.
O desenho I.2.2.2.1 representa esquematicamente, possíveis disposições de consolas
que funcionam como apoios de lages de escada.

Desenho I.2.2.2.1

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 18


Estruturas Betão Armado

Todavia estas disposições só estarão correctas se os aparelhos de apoio permitirem


a sua dilatação.
Torna-se evidente que tais disposições devido à sua delicadeza, comportam riscos
que poderão ocorrer caso sejam desrespeitadas as regras construtivas a seguir
referidas:
- A consola de apoio/encontro da lage de escada devem ser dimensionadas de
forma a permitir o correcto encaixe/apoio desta;
- Serem previstos aparelhos de apoio, caso contrário o encontro da lage de
escada ficará apoiado directamente na consola, o que além de propiciar roturas
frágeis pela concentração de tensões num eventual ponto mais saliente, não
permite pequenos deslocamentos entre elementos estruturais;
- A colocação das armaduras quer na consola quer na lage de escada, deve ser
disposta de forma eficiente.

Possíveis situações de fissuração por falta de observação das regras acima mencionadas,
são ilustradas no desenho I.2.2.2.2.

Desenho I.2.2.2.2

Consolas Curtas / Introdução Cap. I / 19

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