Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
br 1
DIREITOS DA PERSONALIDADE
a) Importância dos direitos da personalidade.
Art. 11, Código Civil: “Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”.
Enunciado 4, Jornada de Direito Civil: “o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer
limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral.”
Enunciado 139, Jornada de Direito Civil: “Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não
especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à
boa-fé objetiva e aos bons costumes”.
Outras características dos direitos da personalidade: i) absolutos (oponíveis erga omnes), ii)
extrapatrimoniais, iii) impenhoráveis, iv) inatos, e v) imprescritíveis (a imprescritibilidade da indenização por tortura.
Art. 14 da Lei n.9.140/95 e STJ, REsp.816.209/RJ).
A cláusula geral de proteção da personalidade (não taxatividade dos direitos da personalidade). A dignidade
da pessoa humana (CF 1º, III) como fundamento da proteção da personalidade jurídica.
Enunciado 274, Jornada de Direito Civil: “Os direitos da personalidade, regulados de maneira não exaustiva pelo
Código Civil, são expressões da cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no art. 1º, III, da Constituição
Federal”.
i) integridade física e psíquica (a Lei nº11.346/06 e o direito à alimentação adequada); ii) liberdade e igualdade
(STF, ADIn 4277/DF); iii) o direito ao mínimo existencial (a Lei nº11.382/06 e o conceito de mínimo para viver com
dignidade. A questão da penhora do bem imóvel de elevado valor – posição do STJ, REsp. 715.259/SP).
“É juridicamente possível o pedido de alimentos decorrente do rompimento de união estável homoafetiva” (STJ,
REsp. 1.302.467-SP. Relator Luiz Felipe Salomão. Dje 25.3.15. 4ª Turma. Informativo 558).
Art. 943, CC: “O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.”
A proteção dos lesados indiretos. Art. 12, Parágrafo Único, CC: “Em se tratando de morto, terá legitimação
para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral
até o quarto grau”.
Rol taxativo?
www.cers.com.br 2
A restrição imposta pelo Art. 20, Parágrafo Único, CC: “Em se tratando de morto ou de ausente, são partes
legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.”
Jornada de Direito Civil, 5: “1) as disposições do art. 12 têm caráter geral e aplicam-se, inclusive, às situações
previstas no art. 20, excepcionados os casos expressos de legitimidade para requerer as medidas nele
estabelecidas; 2) as disposições do art. 20 do novo Código Civil têm a finalidade específica de regrar a projeção dos
bens personalíssimos nas situações nele enumeradas. Com exceção dos casos expressos de legitimação que se
conformem com a tipificação preconizada nessa norma, a ela podem ser aplicadas subsidiariamente as regras
instituídas no art. 12”.
Fontes dos direitos da personalidade: jusnaturalistas X positivistas (direitos da personalidade como direitos
inatos).
Crítica: o caráter cultural das relações jurídicas e os direitos autorais (Lei nº9.610/98).
Art. 52, CC: “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade”.
Enunciado 286, Jornada de Direito Civil: “Os direitos da personalidade são direitos inerentes e essenciais à
pessoa humana, decorrentes de sua dignidade, não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos.”
Solução pelo uso da ponderação de interesses. Eventual responsabilidade civil no caso concreto.
STJ 221: “São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela imprensa, tanto
o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação.”
STJ 281: “A indenização por dano moral não está sujeita à tarifação prevista na Lei de Imprensa.”
Proteção jurídica.
Art. 12, CC: “Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.”
A ruptura do esquema jurídico lesão – sanção (perdas e danos como consequência única).
A tutela preventiva e a tutela reparatória. Possibilidade de autotutela. Possibilidade de tutela jurídica penal
e administrativa.
A tutela preventiva por meio de tutela específica. A despatrimonialização da reparação civil por lesão à
personalidade (caráter subsidiário do dano moral).
www.cers.com.br 3
As múltiplas formas de tutela específica (inibitória, remoção do ilícito,
subrogatória...) e o rol exemplificativo.
Aplicabilidade da Lei Maria da Penha em qualquer relação afetiva, como namoro (STJ, CC 103.813/MG).
Fixação genérica, em metros, consideradas as circunstâncias, sem necessidade de especificar o lugar a ser evitado
(STJ, RHC 23.654/AP).
Cumulabilidade do dano moral com dano patrimonial. STJ 37: “São cumuláveis as indenizações por dano
material e dano moral oriundos do mesmo fato”.
Cumulabilidade de dano moral com dano moral. STJ 387: “É lícita a cumulação das indenizações de dano
estético e dano moral”.
A possibilidade de recurso especial para revisão do quantum indenizatório, excepcionando a Súmula 7, STJ
(STJ, REsp.816.577, rel. Min. Denise Arruda).
Art. 13, CC: “Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição
permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.”
Cumulabilidade do dano moral com o dano estético (STJ 387). Possibilidade de atos de disposição: a) que
não gerem diminuição permanente da integridade física (tatuagens/piercing’s); b) que gerem diminuição
permanente, quando houver exigência médica (cirurgia de transgenitalização – CFM, Res. 1.957/10 e STJ, SE 1058
– Itália e STJ, REsp.1.008.398/SP).
Os wannabes. As partes separadas do corpo humano (STF, Rcl 2040/DF – caso Glória Trevis).
Art. 14, CC: “É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em
parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.”
O ato de disposição do corpo, no todo ou em parte, para fins altruísticos ou científicos, para depois da morte.
www.cers.com.br 4
Revogabilidade do ato a qualquer tempo. A questão da disposição do corpo para depois da morte e o
testamento vital (living will).
O ato de disposição pelo titular e a exigência de anuência dos familiares, após o óbito (Lei n.9.434/97, 4º).
A solução do Enunciado 277, Jornada de Direito Civil: “O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição
gratuita do próprio corpo, com objetivo científico ou altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação
expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, portanto, a aplicação do art. 4º da
Lei n. 9.434/97 ficou restrita à hipótese de silêncio do potencial doador.”
Art. 15, CC: “Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a
intervenção cirúrgica.”
O Testemunha de Jeová.
Direito ao nome civil. Noções gerais. O nome civil como um direito da personalidade. A recusa em registrar
o nome e as possibilidades decorrentes. O procedimento administrativo de dúvida (LRP, 198 e 203).
O prazo decadencial de 1 ano para a mudança imotivada do nome civil (LRP 57): somente para mudança
imotivada.
Elementos componentes (CC 16): o prenome, o sobrenome e o agnome. O pseudônimo (heterônimo) e a sua
proteção.
Art. 19, CC: “O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao
nome”.
A possibilidade de mudança (a inalterabilidade relativa, Lei nº6.015/73, art. 58). Depois do prazo, admite-se
mudança em casos justificados, previstos em lei (STJ, REsp.538.187/RJ). Acréscimo de sobrenome de padrasto
(Lei nº11.924/09 – Lei Clodovil) e mudança em virtude de danos psicológicos (STJ, REsp.66.643).
Direito à imagem. Noções gerais sobre a imagem. A tridimensionalidade do direito à imagem: imagem-
retrato, imagem-atributo e imagem-voz (CF 5o, V, X e XXVIII, a, e CC 20).
Atenção!
A autonomia constitucional da proteção do direito à imagem e a relevante crítica ao CC 20. O caso Maitê
Proença: “Fosse a autora uma mulher feia, gorda, cheia de estrias, de celulite, de culote e de pelancas, a publicação
de sua fotografia desnuda – ou quase – em jornal de grande circulação, certamente lhe acarretaria um grande
vexame, muita humilhação, constrangimento enorme, sofrimentos sem conta, a justificar – aí sim – o seu pedido de
indenização de dano moral, a lhe servir de lenitivo para o mal sofrido. Tratando-se, porém, de uma das mulheres
mais lindas do Brasil, nada justifica pedido dessa natureza, exatamente pela inexistência, aqui ,de dano moral a ser
indenizado” (TJ/RJ Revista de Direito do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, n.41, p.184-7).
www.cers.com.br 5
Relativizações do direito à imagem: A função social da imagem: relativização dos valores previstos no CC
20 como justificadores da relativização da imagem (administração da Justiça, manutenção da ordem pública).
Cessão expressa e tácita e o uso em local público. O uso de foto em contexto genérico
(STJ, REsp.85.905). O top less na Praia de Camboriu (STJ, REsp.595.600/SC). O desvio de finalidade e o uso de
imagem de artista conhecido com fins econômicos (STJ,
REsp.74.473). Imagem de pessoas públicas (celebridades) A tutela jurídica da imagem de pessoa morta e a
restrição à legitimidade dos lesados indiretos:
CC 20 + 12 (Enunciado 5, Jornada de Direito Civil). A imagem como um direito de arena (imagem como direito
autoral, art. 7o, Lei nº9.610/98).
(STJ, REsp.46.420/RJ, rel. Ruy Rosado de Aguiar Jr.).
Noções gerais sobre a vida privada. Privatus: o que pertence à pessoa, estando fora do alcance de terceiros
e do Estado. Alcance da privacidade: estado de saúde, defeitos físicos, tratamentos médicos, intervenções
cirúrgicas, opiniões pessoais, sexuais, filosóficas, religiosas, histórias sentimentais e afetivas etc.
Pessoas públicas e relativização, mas não perda. Impossibilidade de desvio de finalidade ou exploração
comercial.
A posição do TST com relação ao acesso do empregador aos email’s corporativos dos empregados. (TST,
Ac. 7ªT., AIRR 1542/2005- 055-02-40.4, j. 9.6.08, rel. Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho).
www.cers.com.br 6
www.cers.com.br 7