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Lavra de Mina Subterrânea

DEMIN/EM/UFOP
Prof. José Margarida da Silva- 2017

Lavra por corte e enchimento


Sumário
• Generalidades
• Definição
• Aplicabilidade
• Desenvolvimento
• Lavra;
equipamentos
• Vantagens e
desvantagens
• Comentários
Métodos para forte mergulho

Alargamento
em subníveis: Abatimento
encaixante em subníveis:
resistente encaixante
deformável

Corte e
Enchimento:
alto teor
Alargamentos
Abertos: veios
estreitos
Enchimento
Corte e enchimento ascendente

capa

lapa

realce

Passagem enchimento
de minério

5
Generalidades
Dado número de métodos de lavra, é um método proposto para
partes diferentes de um corpo de minério, entre outros fatores,
baseando-se em:
• geometria,
• potência,
• proximidade da superfície.
Proximidade da superfície afeta restrições das vibrações
resultantes de desmonte com explosivo, por isso pode ser
proposta lavra mais conservadora, com desmontes menores.
• Este método, mais conservador nas porções superiores da
mina, também tem benefícios na estabilidade geomecânica.
• Geralmente nenhum método de lavra singular é aplicável ao
corpo de minério inteiro, quando se consideram esses fatores.
• Pressão crescente para que rejeitos de beneficiamento sejam
usados, por exemplo, para preenchimentos de minas (back-fill),
visando à restauração das áreas mineradas (Wills, 2011).
Corte e enchimento
• Definição: lavra
geralmente
ascendente, em que o
minério é
completamente
removido e o material
de enchimento
suporta as paredes e
fornece piso para a
lavra da próxima fatia
de minério.
• Método que permite
lidar com variações
quanto à continuidade
e homogeneidade da
qualidade do minério,
provendo diluição e
recuperação
aceitáveis. Atlas Copco (2008)
Enchimento
• Material estéril proveniente das escavações efetuadas durante
a fase de desenvolvimento; distribuído mecanicamente (a
seco) ou de forma hidráulica (minas modernas).
• Enchimento hidráulico (back fill): mistura de rejeitos da usina,
água e às vezes cimento; fornece maior produtividade, menor
custo e compressibilidade maior do que enchimento mecânico
além de superfícies mais lisas.
Corte e enchimento
Aplicabilidade

• resistência das encaixantes: não há restrições - pode ser


média/baixa (para vãos muito grandes, pode-se deixar
pilares intermediários de minério ou artificiais, para
promover a sustentação; para veios muito estreitos deve-se
ter abertura mínima para a operação dos equipamentos de
lavra);
• forma da jazida: veios, camadas e maciços; pode ser
irregular, descontínua;
• teor: alto;
• forte mergulho, mas adaptável. Não há restrições.
Desenvolvimento
Primário
• diversas opções: poço vertical, rampa, túnel.

Secundário
• cabeceira na lapa.

Terciário (preparação do bloco de lavra)

• travessas e/ou subidas para escoamento por


gravidade do material fragmentado,
• ramificações e acessos laterais.
Corte e enchimento

Desenvolvimento Terciário
lavra ascendente
corpos de mergulho suave
• travessa a partir da galeria de transporte até o corpo de
minério; da travessa saem passagens de minério (ore
passes), de onde derivam ramificações (finger raises).

corpos mergulhantes
• aberturas na base do bloco, subida (s) lateral (is), nichos
laterais para acesso a dois alargamentos adjacentes,
face livre para desmonte (slot raise).
Corte e enchimento - lavra
• Perfuração mecanizada (horizontal ou ascendente), detonação,
segurança de teto; utilizam-se perfuratrizes manuais para
baixas taxas de produção; para altas taxas, utilizam-se
perfuratrizes sobre coluna de avanço, ou jumbos de
desenvolvimento (Pena, 2011).

• Carregamento: opções comuns: LHD, cavo, pneumatic


autoloader, rastelo;
– LHD com capacidade 0,4 m3 (elétricas), até 3 m3, raramente
maiores;
– rastelo.

• Transporte:
– caminhões ou trens com vagões de pequeno porte.

• mais colocação do enchimento.


Enchimento
•rockfill – 40 mm, 100% sólidos,
•backfill, sandfill - 70-80% sólidos,
•pastefill - 80% sólidos (Grice, 1998).

Rede Carvão, 2010

Tabela 1 - Análise da Resistência à Compressão, do conteúdo em água e do tipo de aglomerante


usado com enchimento na Lupin Mine (Taylor & Francis, 1999, citados por Silva, 2012).

Aglomerante RCU Conteúdo


1 dia 3 dias 7 dias 14 dias 28 dias água
HSM 280-344 413-415 535-496 574-559 651-642 24%
Cimento convencional 87-88 135-137 184-190 235-246 292-322 48%
Sustentação Cable bolt
• Corte e enchimento
descendente; Variantes
• Drift and fill- cabeceira
no minério, outra
adjacente, 1º. corte até
largura plena, segundo
corte no topo do primeiro;
zonas mais largas de
minério (Pakalnis et al.,
2005; Harraz, 2011).

• Bench and fill - forma de


bancadas invertidas,
desmontando teto,
removendo minério
(conjuga divisão em
subníveis, pilares e
enchimento); Neves
Corvo: subníveis 20 m.
Métodos para forte mergulho
Corte e enchimento descendente
• Rocha de menor qualidade;

• Instituído para recuperação de pilares;

• Maior altura de trabalho, abaixo de uma


laje de proteção;

• Implica menor custo operacional;

• Brasil, EUA, Alaska.

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Nível 1
1 3 Nível 2
Nível 3

2 4
Nível n

Corte transversal esquemático


do corpo de minério
Corte e enchimento
Corte e enchimento
– AngloGold, Mina Cuiabá, Sabará/MG, enchimento
mecânico/hidráulico - Au; Mina Lamego, AngloGold, Sabará –
MG, Au;
– Mineração Turmalina, Conceição do Pará-MG, Au, Jaguar;
– AngloGold, parte das minas de Crixás/GO, sandfill - Au;
– Mina Santa Isabel, Jaguar, Itabirito (MG) - Au; Ouro Fino;
– Mina Santa Helena (Cu-Au, Prometálica); Santa Marta (Ni-Cu,
GO);
– Mina Raposos/MG - Au, Mina São Bento, Eldorado, Santa
Bárbara/MG, 13-37,5t/homem.mês, enchimento backfill - Au;
– Minas Canela Pequena, Pedras Grandes – SC- fluorita;
– Mina Engenho, Mundo Minerals, Au, Rio Acima – MG;
– Mina Andorinha, Reynarda, PA – Au;
– Raglan – Ni, Cu; Musselwhite, Diavik – diamante, Correnso- N.
Zelândia, Falconbridge – Ni (Canadá), El Bronce - Au, El Peñon
(Chile) – Au, Ag, Garpenberg (Suécia), Matla Mine - platina
(África do Sul); Luck Friday, Stillwater, Galena (EUA); Polônia;
Martha (Argentina), Henry, Mount Isa, Ballarat (Austrália), Black
Swan – Ni, Kristineberg, Keretti (Finlândia), Cibaliun (Indonésia).
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Mina Cuiabá

Parte do enchimento seco, parte hidráulico (Pereira, 2016; Padula, 2016)


Mina Cuiabá
• Mina possui duas entradas (shaft e rampa); maior parte dos
empregados desce pelo shaft. Por meio do shaft, o tempo
gasto de transporte dos empregados da superfície até o nível
do britador (850 m profundidade) é inferior a 4 min. Por rampa
este tempo é cerca de 25 min.
• Profundidade atual: 1.270 m (no aprofundamento terá também
câmaras e pilares).
• Produção: 3.500 ROM t/dia, 265.000 Oz por ano;
• Transporte do minério de realces e de galerias de
desenvolvimento (bem como do estéril), realizado por
caminhões, capacidade de 30 t e 45 t, até o nível do britador;
• Minério é britado e içado pelo poço (5 m de diâmetro) por meio
de skip, com capacidade de 8 t por viagem;
• Vida útil da mina vai até 2026 e alguns furos de exploração
interceptaram minério até o nível 26, a quase 2.000 m de
profundidade.
Mina Santa Helena
• Prometálica, cobre-ouro,
Rio Branco-MT;
• 240-320 m de profundidade;
• 6 frentes de lavra e 6
frentes de desenvolvimento;
• Lavra: vãos máximos 12 m,
cabos de 4,4 m, malha de
1,5 m x 1,5 m;
• Galerias e desenvolvimento:
tirantes 2,4 m, malha 1,5 m
x 1,5 m.
(Minérios & Minerales, 2009)
Mina Santa Isabel
• Interligação com mina Marzagão;
• extraído ouro, de veios de quartzo, xistos, teor médio 3,3 g/t;
mergulho do corpo cerca de 40º, plunge chegando a 20º.
• entradas principais: rampa seção 5 m x 5 m, 15% inclinação,
revestida com placas de concreto;
• enchimento hidráulico (backfill), com rejeito da usina, levado
até frentes por mangotes de borracha; contenção com cerca de
tábuas, drenos horizontais e verticais, usando-se bidim, PAD;
alternância com rockfill (80 cm - 1 m espessura) para retomada
dos trabalhos; intervalo lavra/desenvolvimento: 18-24 meses.
• contenção de teto prévia: cabos 4-12 m comprimento, injeção
de argamassa nos furos (cable bolt).
• lavra mecanizada: perfuração (jumbo), detonação (ANFO),
LHDS e caminhões (18-22 t) até pilha da usina;
• altura livre para trabalho sobre piso preenchido: 4 m.
• Custos: desenvolvimento: $1.500/t; lavra: $30 / t (Lopes, 2011).
Mina Lamego
• retomada com rampa exploratória, considerada viável em
setembro/2009, com 1 MOz, teor médio 4,9 g/t ouro, vida útil 19
anos, profundidade máxima 600 m.
• Minério em BIFs e veios de quartzo, encaixados em xistos (ora na
capa, ora na lapa), seção horizontal semelhante a uma pêra,
caimento SE, mergulho 25o.
• corte e aterro, com alguns pilares 6 m de altura, subníveis 50 m.
• Equipamentos: perfuratrizes (jumbos e simbas, perfuratriz manual
para raises), sonda sobre bobcat, caminhões fora-de-estrada, pilhas
e caminhões rodoviários -> Mina Cuiabá.
Trabalho sistemático de mecânica de rochas:
• Desenvolvimento - rampa ou túnel 4,5 m x 4,7 m, split set e swellex,
malha 1,5 m x 1,5 m, comprimento 1,8 m; alguns pontos fogueira
sobre pranchas e quadros;
• Realce – cabos trança simples, malha 1,8 m x 1,8 m, comprimento 6
a 7 m.
• monitoramento com seção de convergência. (Lima, D. 2010)
Mina Engenho (Mundo)
• Ouro; Escala de produção: 20.000 t/mês de minério;
Profundidade do corpo mineral: estima-se 600 m; plunge:
N85E; mergulho: 34°; forma: mudando com profundidade
(Rocha, 2011)
• Retomada vários anos após lavra a céu aberto;
• Corte e enchimento – ataque frontal ou ascendente;
• Jato d’água em extremos do corpo;
• Previsão de lavra de mais dois corpos próximos.

Lavra frontal x ascendente (cut and fill)


• Para manutenção da produção, mais frentes na opção de
perfuração frontal (Cotica, 2009);
• Minimização da diluição com lavra frontal;
• Maior velocidade na perfuração ascendente.
Votorantim – Vazante (MG)

– Corte e enchimento mecânico;


– Corpo de minério tem altura
média de 15 m e largura de 10
a 30 m;
– Bombeamento de 8 a 12 mil
m3/h de água;
– Transporte por carregadeiras
LHD e caminhões por rampas
(transferiam o material para as Minério é carregado nas frentes
passagens, dessas para o silo de lavra por sete carregadeiras
da câmara de britagem e tipo LHD em treze caminhões
finalmente içado por esquipes); (capacidade 18-50 t), sendo
transportado para a superfície
– Cable bolt 12 m comprimento, através de rampa, onde é
batimento de chocos. descarregado em pilhas de
estocagem e triagem (Souza,
2010).
26
Corte e enchimento

Mina de Vazante

Tipo de Minério Método Recurso Teor T. x


de t. X 1000 % Zn 1000
Lavra Zn Cont.
Willemita VRM e 20,514 21,40 4,508
C&A
C&A – corte e aterro
A mina de Vazante é a maior jazida de zinco silicatado do mundo

Vida útil da Mina: 20 anos


Considerando recuperação de 71% na lavra e 88% na usina de beneficiamento

27
Corte e enchimento
Principais acessos – Mina de Vazante
Rampa VII - 1380 m
Acesso Lumiadeira Shaft
Profundidade – 354 m
Diâmetro – 5 m
Capacidade – 108 t/h

Rampa X – 1375 m
Acesso Sucuri

28
Corte e enchimento

Corpo mineralizado - Mina de Vazante

Brecha Mineralizada Mergulho:


Dolomito Rosa 55º a 70º - 85% das lentes
30º a 45º - 15% das lentes

Extensão:
8 km

Dolomito Cinza Espessura:


4 metros

Willemita (Zn2SiO4)

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Vistas corte e enchimento - Vazante
Correnso Mine- N. Zelândia

ausimmbulletin.com, 2015
Correnso- N. Zelândia- ouro
• Subníveis 13 m. Três métodos propostos:
• Corte e enchimento: 4 m, ascendente, até 200
m profundidade, dimensionamento do realce
pelo gráfico Potvin (número de estabilidade e
raio hidráulico);
• Realce em subníveis transversal, com
enchimento;
• AVOCA modificado, abaixo de 900 m
(hauraki-dc.govt.nz, 2013)
Cibaliun- Indonésia- ouro (Purwanto, 2013)
Corpo forte mergulho, largura 1-15 m, comprimento 150-250 m,
profundidade 200-300 m, 6-9,8 g/t; 1,5 Mt, veio quartzo, duas faixas
mineralizadas (Shimada, 2013);
Capa- brechas E=21 GPa, lapa- brechas E= 57 GPa, hospedeira-
quartzito E= 54 GPa;
Rampa 4,2 m x 4,8 m, 15%; travessas mesma seção rampa;
realces 5 m largura x 5 m altura (dimensionamento pelo Gráfico de
estabilidade).
Corte e enchimento
Votorantim – Morro da
Cabo de ancoragem
Fumaça, SC
- passagens de minério verticais,
dois estágios, grelha de malha
quadrada;
– minério era desmontado por
carregadeiras elétricas “bob-cat”
até chutes e carregado em
vagonetas;
– enchimento era feito
hidraulicamente;
– nas zonas de maior estabilidade,
foi adotado o método de recalque.

34
Enchimento Mina Fluorita
Enchimento
Mineração Turmalina

Planta Paste Fill


Planta Paste Fill

“Cake 80% sólidos Transferência de Cimento


Filtro de tambor

Misturador “Cake” Bomba Disposição Realce Lavra


e Cimento
CUT AND FILL - PASTE FILL
ENCHIMENTO DE REALCE DE LAVRA COM PASTA

Realce Preenchido com Pasta

Enchimento após 24 horas Uma pessoa caminhando na pasta


CUT AND FILL - PASTE FILL
CAMINHAMENTO PASTA PARA SUBSOLO

Saída furo teto Plataformas Entrada furo piso

Sistema de fixação tubos teto Fechamento de Barricadas


com própria pasta
SUPORTES DE TETO - CABLE BOLT

Cabos Enrolados Cabos Fixados


no teto

Máquina
de injeção
Cabos Injetados

Detalhes da
Foliação

Cavilhas “Split set” Telas Sala Supervisão e Câmara de Refúgio


Diavik
• Kimberlito; dois métodos de lavra; C$ 800 milhões investidos;
• Produção 2 milhões t ROM (2013, Minérios & Minerales, 2017);
• Minério carregado em caminhões que levam à superfície;
• cemented paste ou crushed waste rock.
Underhand nos EUA
Minas: Lucky Friday, Stillwater e
Galena
• profundas, de rocha dura;
• esforço para lavra segura em
condições ruins de maciço e como
primeiro método de lavra onde o
acesso em profundidade ao minério
é limitado.
• método tem levado cada mina a
encontrar situações únicas
associadas com seus
procedimentos operacionais de
lavra e cominuição.
(Williams et al, 2008)
Minas com corte e enchimento descendente nos EUA (Williams et al, 2008)

Mina % cimento RCU enchimento (7 dias) Taxa de enchimento


Luck Friday 8-10 2,07 MPa 64 m3/h
Stillwater 10-12 0,59 MPa
Galena 10 2,59 MPa
Falconbridge – Canadá
• Corpo de minério de níquel associado com zona de forte
cisalhamento ao longo de contato rochoso.
• O mergulho é vertical.
• O corpo varia em largura até 27 m, sendo a média 4,5 m.
• Zona de lavra atual - 1.800 m de comprimento, 85% da qual
com valor comercial.
• Corpo razoavelmente auto-suportável, principalmente em veios
estreitos, mas paredes tendem a fracas e deslizantes.
• Corte e enchimento em recuo é aplicado, sendo 70% da
produção obtida desse modo.
• O enchimento vem de cascalho e areia glacial, aflorante ou até
45 m, tornando alto o custo de içamento em poço.
• Necessita de suporte e concreto, mas o custo extra é mais que
compensado pelo fato do capeamento prover o enchimento de
muito baixo custo.
New Brunswick – Canadá
• Lavra por corte e enchimento, 400-700 m profundidade,
capacidade de produzir 0,8 milhão t KCl /ano.
• Acesso por dois poços (5 m diâmetro), pilares de 300 m de raio
em volta do poço. Desenvolvimento secundário de 8 m largura
por 3 m altura. Realce típico de 900 m comprimento, 120 m
altura. Britador, silos, correias em rampa 20%, peneiramento.
• Depósitos rasos em comparação aos de Saskatchewan.
• 5 km de acessos. Dois novos poços 890 m, diâmetro 5,5 m.
• Depósitos lavrados por minerador contínuo em escavações de
sucessivas camadas em degraus, com realces preenchidos.
• Estéril usado para criar piso da próxima etapa. Rocha salina
também extraída pelo minerador. Minério estocado em silos,
carregado em esquipes, içado para processamento.
(Hustrulid et al, 2001; potashcorp.com, 2012; E&MJ, 2012).

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Back fill na RSA- platina – Matla Mine
Projeto da Mina Laegadembi
• Etiópia, mina subterrânea de ouro, 200 m acima do nível do mar.
• Questões geotécnicas, especialmente determinação do vão estável na
lavra, têm impacto significativo na seleção do método de lavra e no projeto
do realce.
• Para estabilidade da capa e lavra de corpo considerado de baixo teor,
decisão por corte e enchimento foi primeiramente para evitar diluição
excessiva e risco de possíveis perdas de realces.
• Investigações geotécnicas iniciais restringiram vãos de lavra a 14 m, que
indicavam largura de somente até 10 m. Com modelo geológico de blocos
completado, mais de 50% do corpo mostrava larguras verdadeiras de 30 m,
com teor aceitável. Arranjo, portanto, tinha de prever pilares dentro do
realce. Seguindo o trabalho geotécnico, vão em recuo de 14 m foi validado
e recomendado. Razão ótima entre dimensões da fatia e do pilar foi
determinada para cada 5 m, para alcançar melhor taxa de extração de 85%.
• Baseado nas dimensões do vazio e do pilar, foi possível examinar a faixa
completa de opções de arranjo do realce.
• Rhodes e Rangasamy (2008): do ponto de vista da estabilidade e controle
de maciço, uma câmara central de 14 m, com 5 m largura fatia/vazio e
pilares quadrados de 5 m, é opção favorita quando o corpo excede 14 m.
Mina Kittila
(Tommila, 2014)
Veios mineralizados em zona de cisalhamento por processo
hidrotermal,
quase verticais, 3-10m largura, 47% 5-7,5 m espessura;
Encaixantes 89-132 MPa

Áreas de lavra a menos de 500 m profundidade; 1,1 Mta.


Rampa principal-> rampas internas e travessas;
realces 15 m comprimento, 25-40 m altura, lavra em recuo.
Definição da diluição: Comentários
• relação entre as
dimensões dos
equipamentos e a
espessura e inclinação
da camada;

• Desde que a espessura


da camada permita a
operação de
equipamentos em seu
interior, opera-se com
diluição aceitável.

Maior custo de lavra


(enchimento: 50%). Número de frentes de trabalho: Mina Ballarat
(Au, Austrália): produção plena requer 10 em
produção e 10 em enchimento (Tuck et al., 2006)
Aplicação em Germano, Samarco
Principais características que Curi e Lage (2002) sugerem aproveitar
do enchimento para aplicação:
• efeito estabilizador que enchimento proporcionará ao talude da cava
exaurida.
• plataforma provida pelo enchimento, possibilitando acesso, com
segurança, dos equipamentos para lavra dos bancos nos setores
onde minério é interessante.
• aproveitamento do equipamento de transporte em parte do trajeto
com carga: o mesmo poderá transportar estéril até a cava e retornar
com o minério recuperado (pelo menos enquanto houver minério a
ser lavrado no banco que está sendo extraído, pois poderá haver
mais estéril a ser disposto na cava do que minério a ser recuperado
- itabirito pobre, minério de ferro de teor em torno de 50%).
• disposição do estéril na cava deve obedecer a projeto elaborado
dentro de regras e imposições geotécnicas e ambientais.
• dispõe estéril dentro de cava exaurida da mina e dispensa
construção de diques e drenos de fundo (Ritcey, 1989).
Corte e enchimento - Análise
• alta mecanização;
• boa seletividade;
• alta recuperação de minério (90 a 100%);
• baixa diluição;
• baixo custo de desenvolvimento;
• versátil, flexível;
• estéril e rejeito podem ser distribuídos no subsolo.
• somente pequenas áreas de parede são expostas e por curto
período de tempo (Waterland, 1982).
• Adaptável à maioria dos corpos de minério, mais bem
empregado onde minério é descontínuo e diluição é problema
para outros métodos aplicáveis. Altura da seção de lavra
determinada por resistência da rocha encaixante (Hartman,
1987). 51
LAVRA SUBTERRÂNEA
Métodos para forte mergulho – Corte e enchimento

Perfuração:
ascendente x frontal
Perfuração ascendente Perfuração frontal

Maior avanço; Mais segura;


(Hartman, 2002)
menos segura menor avanço

52
Comparação entre Métodos de Lavra
Corpo Regular e inclinados
“Sublevel Stoping” Maior produtividade
Maior diluição
Lavra por Subníveis” Baixo Custo
Baixos Teores

“Cut and fill- Hidráulic Back Fill”

Corte e Enchimento Hidráulico

Baixa diluição
Corpos Estreitos
“Cut and Fill –Mechanic Back Fill”
Teores Altos
Corte e Enchimento Mecânico Custo Elevado
Corpos Irregulares

“Cut and Fill -Paste Fill”

Corte e Enchimento com Pasta


Estudos
Rede Carvão: UFRGS e SIECESC - 2008/2010;
• Objetivos: enchimento para suporte da camada Bonito, aumento da
recuperação de carvão, diminuição de impacto ambiental.
• Testes na Carbonífera Catarinense e Rio Deserto;
• Custo: superficial - R$ 5,20/t; R$ 2,86/t (comparar com Peila e
Pelizza, 1995).
• Curi e Lage (2003); Grice (1998): enchimento em cavas a céu
aberto.
Tabela 2 - Análise da Resistência à Compressão na Mina Fetr (Irã), com cimento pozolânico,
Portland e misturas com adição de escória de liga de cromo.

Tipo de aglomerante Módulo elasticidade -E (kPa) RCU (MPa)


7 dias 28 dias 7 dias 28 dias
6% cimento pozolânico 120 166 0,78 1,13
8% cimento pozolânico 200 283 1,36 1,55
6% cimento Portland 181 207 1,32 1,67
8% cimento Portland 273 320 2,16 2,7
6% cimento Portland, 30% escória 397 - 3,2 4
5% cimento Portland, 15% escória 202 222 1,4 1,7
5% cimento Portland, 25% escória 250 271 1,6 1,9
5% cimento Portland, 30% escória 270 300 1,85 2,25
6% cimento Portland, 15% escória 335 400 2,2 2,5
6% cimento Portland, 25% escória 316 513 2,5 2,72
Estudos
Mina Crixás, AngloGold (De Simoni, 2003):

- comparou as alternativas de lavra por corte e


enchimento e por câmaras e pilares;
- corpo de minério em veio de quartzo, na Mina III, da
Mineração Serra Grande, em Crixás (GO);
- autor concluiu que, com a mudança de método para
corte e enchimento:
• resulta um maior valor presente,
• acontecem ganhos significativos de operacionalidade,
de produtividade e, principalmente, de segurança.
Projeto
• Fator importante (base): carregamento e resistências
associadas com o material sobrejacente (“teto imediato”).

• Pakalnis et al. (2005): mostra prática em 10 minas nos EUA,


onde backfill começou há 60 anos e aumentou há 10 anos.

• Subestimar -> ruptura prematura; sobre-estimar -> gasto


excessivo (custo do cimento);

Projeto do vão:
• geometria do realce,
• natureza do enchimento,
• condições de carregamento,
• efeitos sísmicos,
• instalação do suporte, entre outros fatores.
Projetos
• Custo: enchimento p/ prevenir qualquer forma de
remobilização; resistência suficiente para ser exposto por meio
de lavra de pilar em frentes verticais ou galerias de
solapamento.

• Dados: resistência à compressão não confinado: 0,5-4 MPa;


custo: $ 2-20/m3, com cimento – custo operacional = 10-20%
custo total de produção (cimento- 75% desse custo);
geralmente não requer cimento quando for piso de trabalho
(Grice, 1998).

• Wolverine Project - Yukon Zinc, 2010 – corpo sulfetado, 0,5 m


a 30 m potência, mergulho médio 34º, encaixantes alteradas;

• Thompson Mine – VBM com enchimento (Emad & Mitri).


Projeto de realces
Mina de ouro (Lopes, 2011): Fatores na altura do painel – porte
do equipamento a utilizar no transporte de material, razão
quantidade de desenvolvimento/tonelagem liberada, tempo
para ter o painel desenvolvido (“liberado”– 18/24 meses).
Ex.: rampa de 15%, nível 400 m de cabeceira;
Para níveis a cada 50m -> 350 m de rampa + 400 m cabeceira
= 750 m para liberar 30.000 t ROM -> razão = 750 m / 30.000 t
= 1/40; caminhões 18 ou 22 t.
Para níveis a cada 75 m -> 525 m rampa + 400 m cabeceira =
925 m para liberar 45.000 t?; ? tempo para realce ficar pronto
para lavra; ? caminhões 25 ou 40 t? aumento da ventilação.
Para níveis a cada 25 m -> 175 m rampa + 400 m cabeceira =
575 m desenvolvimento para liberar 15.000 t? em quanto
tempo? caminhões ? 18 t.
[Mina de calcário (Nakamura, 2011): diminuição de um nível (4-
>3) – 2.200 m desenvolvimento -> 1.900 m/painel].
Projeto de realces
Kurakami et al. – Hishikari Mine (Au,
46 g/t; 180 mil t/ano):
• 3 corpos subverticais, 0,5 a 5 m
largura, veios;
• Realces com enchimento, praticavam
11 m de vão horizontal, espaçamento
vertical 15 a 20 m;
• Estudo do maciço para maior
produtividade e risco de instabilidade
associado -> vão 19 a 24 m;
• Gráfico de estabilidade, análise
numérica 2D e 3D -> sem
enchimento: vão 12-13 m, com
enchimento: 24 m;
• Módulo Young: maciço -17 GPa,
backfill -1,7 GPa;
• Monitoramento com extensômetros.
Caraíba
• Sucesso obtido na expansão da mina subterrânea foi em
grande parte devido à implementação do sistema de
aterramento com pasta.
• Lavra dos pilares entre os painéis, pilares de soleira e pilares
intermediários (entre realces) essencialmente duplicou a
reserva e diminuiu a diluição do minério.
• Melhoria na estabilidade das escavações assegurou grau mais
elevado de segurança, em desenvolvimento e nos trabalhos.
• Utilização de pasta resultou na redução de água e estéril
dispostos em superfície.
• Quase toda a água a partir da planta é recuperada com a
filtragem de sólidos
• Período de retorno do investimento no sistema de
preenchimento com pasta foi pouco mais de dois anos
(Cavalcante, 2013).
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