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A educação escolar pode servir para muitas coisas. Uma possível resposta para
essa pergunta – ou uma forma de entender as finalidades da educação escolar – nos é
dada pela LDB, que define finalidades gerais para a educação básica como um todo e
finalidades específicas para suas diferentes etapas, como segue. A LDB oferece, assim,
um direcionamento para entedermos a formação humana que se busca por meio da
educação escolar.
(...) cada um desses campos aborda a natureza que, em si, se constitui como
uma unidade — vida, matéria e transformação — sob algum enfoque específico.
Ou seja, há uma relação entre particularidades e totalidade que forma uma
unidade.
Esta unidade é, antes, mais da própria realidade do que da ciência. A ciência
tratou, exatamente, de cindir essa realidade para analisá-la e captar suas
determinações mais específicas. (BRASIL, 2013, p. 12)
Entendemos que essa área ganha um núcleo definidor à medida que todos os
seus componentes se voltam para os conhecimentos e saberes relativos às
interações e às expressões do sujeito em práticas socioculturais. Ou seja, como
área, todos os componentes curriculares arrolados acima, de algum modo,
enfocam as representações de mundo, as formas de ação e as manifestações
de linguagens, entendendo-as como constitutivas das práticas sociais e, ao
mesmo tempo, por elas constituídas. (BRASIL, 2014, p. 7, grifos dos autores)
A Música é uma expressão humana que se materializa por meio dos sons, que
ganham forma, sentido e significado nas interações sociais, sendo resultado de
saberes e valores diversos estabelecidos no âmbito de cada cultura. A ampliação
e a produção dos conhecimentos musicais passam pela percepção, pela
experimentação, pela reprodução, pela manipulação e pela criação de materiais
sonoros diversos, dos mais próximos aos mais distantes da cultura musical do
estudante. Na Educação Básica, o processo de formação musical garante ao
sujeito o direito de vivenciar música inter-relacionada à diversidade,
desenvolvendo saberes musicais fundamentais para sua inserção e participação
crítica e ativa na sociedade. (...).(BASE..., 2016, p. 116)
b) a ideia de que as pessoas fazem música em função de alguma coisa, para agir no
mundo, para interagir com as pessoas, para “dizer” coisas sobre si mesmas,
sobre os outros, sobre o mundo, que seriam os usos e funções, entre eles, a
construção da identidade de cada um e das identidades coletivas;
c) a ideia de que não fazemos nada sozinhos; então, precisamos conhecer o que os
outros fazem/fizeram para também fazer e também precisamos interagir com os
outros. Esse sentido de pertencimento coletivo justifica conhecer o patrimônio
musical, interagir com dispositivos e equipamentos, compartilhar o que se
aprende na aula de música na escola com espaços fora da aula e da escola.
A primeira dimensão é um domínio mais técnico da linguagem musical, dessa
forma de ação e interação humana que é a música. As duas últimas têm mais a ver com
a vida em sociedade mediada por essa linguagem (ao menos, alguns aspectos da vida
social, talvez os mais evidentes ou os mais comuns). Isso não significa, entretanto, que
essas três dimensões devam ser tratadas isoladamente ou que se deva priorizar uma em
detrimento das outras.
Há, também, que atentar para não se perder de vista a noção de que música é
uma prática, é algo que fazemos na nossa vida, entre outros, com outros, para outros.
Daí a necessidade de identificarmos práticas sociais mediadas pela música, isto é,
situações, contextos, ações em que a música se faz presente (ou melhor: a relação com
música se faz presente), em que interagimos, nos expressamos, nos comunicamos, nos
anunciamos, nos construímos por meio da música.
- festas, comemorações
- igrejas (cultos e eventos religiosos)
- propagandas (televisão, internet, rádio)
- eventos cívicos
- datas comemorativas
- shows, concertos, saraus
- jantares, almoços, "happy hour" em restaurantes, pubs, cafeterias
- reuniões de família, de amigos
- palestras
- práticas esportivas em academias, ginásios ou ao ar livre
- eventos esportivos
- eventos culturais, educacionais
- práticas de relaxamento corporal e mental
...... (ANDRÉIA)
- Jingles infantis
- Abertura de telejornais
- Rádio
- Supermercados
- Filmes
- Vídeoclipes
- Show de mágica e shows de exibicionismo
- Propagandas
- Shows
- Aulas de ioga, meditação ou que exigem grande concentração
- Escritórios
- Práticas religiosas
- Cerimônias
- Premiações
- Casas noturnas/Pubs
- Competições de auditório
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- CDs/ DVDs
- Competições esportivas/hinos
- Construção da subjetividade do indivíduo
- Afeição com determinadas pessoas a partir do gosto musical
- Características da aparência física de acordo com determinado estilo musical.
(JONATHAN)
Aqui também se deve ter o cuidado de ler, ver e ouvir o “outro” da relação
pedagógica. Compreendê-los em seus diferentes tempos da vida, nos quais
produzem suas culturas (infantil, juvenil, adulta). Respeitar e qualificar os
momentos particulares de suas histórias de vida, que são únicos, maneiras
singulares de ser, com suas formas próprias de expressão, de sensibilidade, de
socialidade, de interpretação, de linguagem, que se revelam e se manifestam
em seu corpo... humano. Experiências de ser criança, de ser adolescente, de ser
jovem, de ser adulto. (VAGO, 2009, p. 31)
Lebrun e Lenoir (2013) nos oferecem algumas respostas para essa pergunta, a
partir do contexto canadense.
musicais, mas uma linguagem que permite desenvolver coisas, funções, estar no
mundo, interagir.]
Reconhecer: ( t.d.bit. ) [prep.: por] distinguir (alguém ou algo) por certos caracteres;
considerar com atenção; observar, explorar; distinguir os traços característicos de;
caracterizar, identificar; ter por legítimo; admitir como bom, legal ou verdadeiro.
9. Compreender práticas musicais nas suas relações com as dimensões estética, social,
cultural, histórica, econômica, política e ética, considerando, em especial, contextos
próximos aos estudantes e as culturas infanto-juvenis. [Este é um objetivo específico
nos anos finais do ensino fundamental, que não tinha aparecido nos anos iniciais,
porque é mais complexo, isto é, envolve outras dimensões da relação com música,
mais abstratas.]
ENSINO MÉDIO
9. Analisar criticamente práticas musicais nas suas relações com as dimensões estética,
social, cultural, histórica, econômica, política e ética, considerando, em especial,
contextos diversos e as culturas juvenis.
9. Compreender práticas musicais nas suas relações com as dimensões estética, social,
cultural, histórica, econômica, política e ética, considerando, em especial, contextos
próximos aos estudantes e as culturas infanto-juvenis.
Analisar criticamente práticas musicais nas suas relações com as dimensões estética,
social, cultural, histórica, econômica, política e ética, considerando, em especial,
contextos diversos e as culturas juvenis.
9. Compreender práticas musicais nas suas relações com as dimensões estética, social,
cultural, histórica, econômica, política e ética, considerando, em especial, contextos
próximos aos estudantes e as culturas infanto-juvenis.
ENSINO MÉDIO
9. Analisar criticamente práticas musicais nas suas relações com as dimensões estética,
social, cultural, histórica, econômica, política e ética, considerando, em especial,
contextos diversos e as culturas juvenis.
Referências
COELHO DE SOUZA, José Peixoto. Letra e música: uma proposta para o ensino da
canção na aula de português como língua adicional. Tese (Doutorado em Letras) –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Letras, Porto Alegre, 2014.
VAGO, Tarcísio Mauro. Pensar a educação física na escola: para uma formação cultural
da infância e da juventude. Cadernos de Formação RBCE, p. 25-42, set. 2009.