Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
GESTÃO DE INOVADORES
EM AMBIENTES CRIATIVOS
2
CONTEXTUALIZANDO
3
TEMA 1 – QUALIDADE DE VIDA E SUSTENTABILIDADE NAS CIDADES E
EMPRESAS
5
A urbanização sustentável requer que os arquitetos e engenheiros
repensem os espaços urbanos de moradia, de locomoção e de convivência nos
condomínios.
Vamos voltar a falar de Piracanga, que é uma inovação nos tempos atuais,
pois conjuga sustentabilidade, economia solidária e convivência pacífica de vários
moradores que, em comum acordo, decidem viver juntos, sem imposição de
permanecer por conta de bens adquiridos.
Picaranga também exemplifica como podemos conviver com bens
sustentáveis e transformar energias da natureza em recursos dentro dos nossos
lares, sem devastações. Esse exemplo abarca várias teorias sociais e avanços
tecnológicos desenvolvidos nos últimos anos. Piracanga é uma pequena
comunidade conectada, que implantou placas solares para geração de energia,
construiu um novo código social, além de outros pilares, mas não é um lugar de
antigos milionários (você pode pensar isso por causa das placas solares, não é?).
As pessoas acreditam numa possibilidade de vida alternativa. Faça uma pesquisa
e descubra mais sobre Picaranga. Por enquanto, saiba que as placas solares
comercializadas têm duração de 50 anos; também podemos adequar elementos
descartáveis e estabelecer sistemas de captura de luz solar e transformá-la em
energia. Caso você não seja um expert em construir apenas assistindo a vídeos
na Internet, pesquise empresas que se dedicaram a construir sistemas de placas
solares acessíveis para a população, gerando energia limpa e sustentável.
6
Quando tratamos de cidades educadoras, podemos contar com a
Associação Internacional de Cidades Educadoras (Aice), que tem por objetivo
contribuir para que o debate se transforme em políticas públicas, e para que novas
percepções de cidades possam ser edificadas entre os cidadãos.
Segundo a Aice2, conforme a Carta das Cidades Educadoras, uma cidade
educadora
2 A Carta das Cidades Educadoras foi publicada na década de 1990 em Barcelona, e está
disponível em <Barcelona.pdf>. Acesso em: 11 set. 2018.
7
Quando pesquisamos documentos elaborados com base em conferências,
o que se percebe é a busca por soluções para os enfrentamentos dos dilemas
sociais vivenciados por todos nós neste momento. Busca-se de forma intencional
encontrar uma solução para os problemas existentes, o que acontece mediante
pesquisa, participação coletiva e, principalmente, uma atitude de permanência no
que tange a resolver os problemas.
Com base nas temáticas debatidas na Aeic, percebemos como os polos,
antes antagônicos – Estado e População –, aproximam-se para apresentar ideias
que, transformadas em cidades comprometidas, possam compreender os
cidadãos desse novo século. Vejamos alguns exemplos de inovações nas
cidades:
8
governo conseguiram recuperar o Reino Unido da grave situação econômica em
que se encontrava, fortalecendo a iniciativa privada.
Outro nome importante é Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos
entre 1981 e 1989, período marcado por novas políticas econômicas, recuperando
os cofres públicos por meio do estímulo da oferta e da isenção de impostos em
algumas atividades. Esse é o cenário inicial da temática desta aula. O termo
“Economia Criativa” foi apresentando ao mundo num dos discursos da renomada
política Margaret Thatcher, que alguns consideram como precursora do avanço
do neoliberalismo na economia mundial; em parceria com o presidente dos
Estados Unidos, ela promoveu uma revisão do papel do Estado na vida dos
cidadãos e na divisão da riqueza.
Mais próximos de terras nacionais, no país vizinho Chile, Pinochet já havia
implantando políticas governamentais de estado mínimo antes do final da década
de 1970. No Brasil, desde 1989, com Collor de Mello, as políticas governamentais
neoliberais refazem o papel do Estado.
Houve, então, uma “reinvenção” da figura do Estado, recriando a ordem
social e política existente até o momento, com distinção de público e privado. Uma
reconfiguração que possui como pilares privatizar e desregulamentar, como
exercício de sobreviência de governos atuais e livres. Seja por ineficiência do
estado em atender às demandas econômicas e sociais ou por não vencer lacunas
historicamente enraizadas no arcabouço das economias, o neoliberalismo
apresentou-se mundialmente e realizou o empoderamento da economia criativa.
Aos críticos e/ou adeptos do neoliberalismo, dos legados da Dama de Ferro
ou da predominância estadunidense, pode-se dizer que não construímos uma
régua para medir seus sucessos e insucessos; o que podemos é reconhecer que,
após esse momento histórico, a economia mundial transformou-se. O Estado
aparentemente intervém com menos ênfase política e econômica; como
consequência, retira-se das políticas sociais.
Cabe à história o papel de revisitar os fatos e refazer a ideia pelo movimento
de cada cidadão. Nesse mundo complexo e globalizado em que enfrentamos
crises difíceis, discrepância econômica cada vez mais presente na esfera social,
com a desigualdade tornando-se marginalizada, e principalmente desaparecendo
da observação crítica da população, a economia criativa apresenta-se como uma
das perspectivas para responder os desafios culturais, econômicos e
tecnológicos.
9
Com base em exemplos, principalmente do Reino Unido, é possível
perceber que a economia criativa movimenta a economia, mas também é utilizada
como propulsora para o desenvolvimento de projetos de inclusão social, de
diversidade de negócios, de elevação do nível de ciência produzida e de novas
formas de trocas de bens e serviços.
A economia criativa mescla os valores econômicos com os culturais,
favorecendo que a inovação popularize-se e ganhe espaço nos mercados
mundiais, provocando riqueza econômica e social com base em singularidades
locais.
O termo “economia criativa” foi criado pelo professor John Howkins, em seu
livro célebre The Creative Economy: how people make money from ideas,
publicizado pela Dama de Ferro. A definição para economia criativa pode ser
assumida da seguinte forma: “atividade em que pessoas de forma individual ou
coletiva exercitam sua imaginação explorando o valor econômico daquela
proposta”.
O pilar da economia criativa consiste em interligar os projetos de cultura,
economia e tecnologia. A economia criativa engloba todo tipo de negócio que gera
valor econômico com base na junção dos elementos de cultura e tecnologia.
Assim, a matéria-prima dos projetos de economia criativa está centrada no
cognitivo coletivo – capital intelectual –, no uso da tecnologia e na associação à
cultura existente, ou que será produzida.
10
c. Resultado de tensões: emerge de diálogos e discussões dos vários sujetios
envolvidos.
d. Planjeamento estratégico: faz parte de um processo sistemático realizado
de forma coletiva.
11
realizem seu processo de aprendizagem por meio de desafios. A The
Future School Program está localizada em Pequim.
O Projeto Âncora (São Paulo) foi fundando em 2012, com base nas
orientações de uma aprendizagem para o desenvolvimento de cidadãos
para o século XXI que aprendem em comunidades de aprendizagem. Os
ideários do Projeto Âncora estão centrados em valores (afetividade,
honestidade, respeito, responsabilidade e solidariedade),
multirreferencialidade teórica e marco legal. A proposta pedagógica é uma
convergência de tendências e referências educacionais, perpassando das
contribuições de Freinet até Deleuze, com olhares dos grandes educadores
brasileiros.
12
nômades para ser tipicamente agrícolas; 2) a segunda, quando deixamos de ser
agrícolas para sermos industriais; 3) a terceira onda fala das migrações das
populações pelo mundo.
A morte do industrialismo trouxe o nascimento de uma nova civilização que,
novamente, não teria apenas um endereço físico, e que compreenderia os
processos de mudança de forma natural; os seres humanos seriam imortais, os
mercados teriam cunho invisível; o meio ambiente seria inteligente; a memória
seria social. A terceira onda de Toffler (1975) registrava justamente a revolução
do conhecimento e da informação.
Toffler afirmava, nos livros escritos nas décadas de 1960, 1970 e 1980, que
uma bomba de informação está explodindo em nosso meio, alterando a forma
como nos identificamos e mudando o modelo mental da realidade, das famílias e
das escolhas.
Num dos capítulos do livro dedicado justamente à “Cabana Eletrônica”, o
autor faz menção a que, partindo de nossas casas, pode-se realizar projetos,
como as atividades cotidianas da fábrica e do escritório, sugerindo que as novas
gerações podem fazer uma transição do trabalho centralizado para a “cabana
eletrônica”. Ainda reforça que fatores sociais e ambientais incentivam a transferir
as atividades para a cabana eletrônica, além do aumento da privacidade e uma
mudança básica na atitude da unidade familiar.
Em outro capítulo, Toffler (1975) trata das “famílias do futuro”; ele
estabelece comparações com momentos da história e demonstra como foi
importante para o desenvolvimento de uma nova família, na década de 1930, a
Grande Depressão. A má distribuição de riqueza fez com que as mulheres se
tornassem forças produtivas e os homens assumissem novos papéis. O autor
afirma que, desde aquele momento, a família nuclear não poderia ser modelo para
as novas gerações, e que a cultura de famílias sem filhos constitui-se novo modelo
de família; ainda defende que as famílias nasceriam de blips casuais e de hábeis
dedos no computador, além de muitas famílias nascerem de forma eletrônica e
expandida.
As mudanças previstas por Toffler são concebidas como inovação para
manutenção da sobrevivência na terra. Inovações que percebemos no cotidiano
de nossas vidas.
Aprendemos com Toffler que ninguém sabe exatamente o que reserva o
futuro, ou como ele funcionará. Devemos pensar em milhares de experiências –
13
descentralizadas, conscientes – que nos permitam tomar decisões políticas e
sociais em nível local, regional, antes de sua aplicação em nível transnacional.
Aprendemos, também, que a responsabilidade pela inovação deve ser
democratizada, partindo de empreendedores e de forma plural; o processo de
reconstrução está em nós como possibilidade de criarmos o destino para as
futuras gerações.
FINALIZANDO
LEITURA OBRIGATÓRIA
Este texto aborda como o mercado pode sofrer alterações por meio de
produtos inovadores que criam novas possibilidades, rompendo com os
paradigmas existentes.
14
Saiba mais
GOOGLE. Google Cloud. Criar uma cultura de inovação: oito ideias que
funcionam no Google. Disponível em: <https://gsuite.google.com.br/intl/pt-
BR/learn-more/creating_a_culture_of_innovation.html>. Acesso em: 11 set. 2018.
Este texto demonstra como a Google, considerada uma das empresas mais
inovadoras do mundo, promove diariamente inovação entre seus colaboradores.
15
REFERÊNCIAS
16