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INSTITUTO POLITÉCNICO Nº 4196 CUBAL

CURSO DE ENERGIA E INSTALAÇÕES ELÉCTRICA


ÁREA DE ELECTRICIDADE
PROJECTO TECNOLÓGICO
13ª CLASSE

PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL

PROPOSTA DE MELHORIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO RESINDENCIAL


DO BAIRRO DA CAMUNDA CONTRA ACIDENTES ELECTRICOS

1- BENJAMIM CASSOMA DUMBO


2- CELESTINO NGANDU MBUETI
3- SAMUEL KATCHIPIA SEGUNDA
4- JAMBA PRATA PAULO

Cubal, 2019

INSTITUTO POLITÉCNICO Nº 4196 CUBAL


CURSO DE ENERGIA E INSTALAÇÕES ELÉCTRICA
ÁREA DE ELECTRICIDADE
PROJECTO TECNOLÓGICO

TEMA

PROPOSTA DE MELHORIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO RESINDENCIAL


DO BAIRRO DA CAMUNDA CONTRA ACIDENTES ELECTRICOS

AUTORES:

1-BENJAMIM CASSOMA NDUMBO

2- CELESTINO NGANDU MBUETI

3- SAMUEL KATCHIPIA SENGUNDA

4- JAMBA PRATA PAULO

Classe: 13ª
Turma: D
Curso: Técnico de Energia e Instalações Eléctricas
Prova de aptidão Profissional
apresentado ao Instituto Politico
Bg Nº 4196, com requisito a
obtenção do titulo de Técnico
Médio de Energia e Instalações
Eléctricas.
O COORDENADOR
__________________________
Paulo Ngola Tchinanga

AUTORES:
O ORIENTADOR
_____________________________
______________________________ ___________________________
______________________________
Yuri E.G. ALEXANDRE
______________________________

FOLHA DE APROVAÇÃO
CUBAL,2020
AUTORES:
1-BENJAMIM CASSOMA NDUMBO

2- CELESTINO NGANDU MBUETI

3- JAMBA PRATA PAULO

4- SAMUEL KATCHIPIA SENGUNDA

TEMA: PROPOSTA DE SISTEMA DE PROTENÇÃO DE ACIDENTES


ELÉCTRICOS RECIDÊNCIAS DO BAIRRO DA CAMUNDA

Projecto tecnológico á ser apresentado ao Instituto Politécnico do Cubal como


requisito para obtenção do título de Técnico Médio em Energia e instalações
eléctricas.

Orientador: Yuri Alexandre

Aprovada com conceito ______

Cubal / /2020

Nome do membro de júri _________________________________

Titulação Assinatura

Nome do membro de júri__________________________________

Titulação Assinatura

Nome do membro de júri ________________________________

Titulação Assinatura
PENSAMENTO

A vida é feita de barreiras, assemelhando-se a pilares de uma ponte ou até


mesmo a travessia de um Rio sem Ponte. Ai diz o grande sábio: Os fortes
temem, mais enfrentam os obstáculos, e já os fracos apavoram-se e põem-se
em fuga diante dos obstáculos.

Lute, persista e não desista. Formação e informação representam satisfação


para o recinto social e familiar. (Anónimo)
DEDICATÓRIA

A Formação é um processo que engloba vários intervenientes.

Assim sendo, em primeiro lugar dedicamos este trabalho a todos


aqueles que durante os 4 anos de escolaridade acreditaram, apoiaram, e
encorajavam-nos a não desistirmos. Dedicamos este trabalho á Deus pela
benevolência recebida tais como: Vida, Saúde, Espírito de harmonia entre
colegas e muito mais.
AGRADECIMENTO

Em virtude de tudo que vivemos e vivenciamos, agradecemos em


primeira instância todas as nossas famílias pela confiança e a chance que
proporcionaram-nos, agradecemos aos colegas pela delicadeza e a irmandade
que vivemos, agradecemos todos aqueles que directa ou indirectamente
contribuíram para a elaboração deste trabalho, agradecemos ao corpo Docente
e Directivo da Escola do Instituto Politécnico do Cubal pela forma sábia e
inteligente e pelos métodos utilizados quanto a transmissão de conhecimentos.
RESUMO

Este trabalho está constituído por três capítulos, onde no primeiro


capítulo abordamos sobre conceitos básicos de grandezas eléctrica
fundamentais na eléctricidade. Como corrente eléctrica, tensão, e potencia e
também abordamos sobre os tipos de acidentes eléctricos residências onde
vimos que os principais acidentes eléctricos residências são:

Contacto com partes vivas energizadas, choque eléctrico Sobrecargas nos


circuitos e aparelhos de utilização. Curto-circuito e a sobre tenção.

No segundo capítulo falamos sobre os meios, e aparelhos de proteção contra


acidentes eléctricos residências, neste capítulo vimos que o primeiro passo
para evitar acidente eléctricos residências é ter uma instalação
completamente dimensionada e instalada com um técnico habilitado na área, e
a utilização de aparelho que protegem contra acidente elétricos e esses
aparelhos são: DTM(disjuntor termo magnético) DR(disjuntor residual), DPS(
) fusível e para raio e colocar sempre um sistema de aterramento.

No terceiro capítulo falamos sobre o estudo de caso onde encontramos o


historial do bairro da Camunda, a descrição do mesmo e a proposta de
melhoria.
ÍNDICE

ÍNDICE DE TABELA E GRAFICOS DE IMAGENS


SIGLAS E ABREVIATURAS

DR (Disjuntor)

DPS (Disjuntor)
INTRODUÇÃO
A utilização da eletricidade exige vários cuidados, uma vez que quando são
negligenciados os devidos procedimentos de segurança, esta fonte de energia
pode provocar não só danos patrimoniais, como também ser fatal ou causar
lesões irrecuperáveis. A proteção dos sistemas elétricos é de extrema
importância para a segurança das pessoas, dos equipamentos que compõem o
sistema elétrico e para o bom funcionamento do fornecimento da
energia elétrica.

Sem dúvida, a energia elétrica trouxe muitos benefícios ao longo do tempo. No


entanto, a eletricidade também apresenta muitos riscos, não só para aqueles
que trabalham nas instalações, como também para as pessoas inadvertidas e
até os animais.

Muitos acidentes acontecem todos os anos. Ocorrências envolvendo fiação


desencapada, partes energizadas expostas e sem barreiras de proteção,
pontos de alta tensão próximos aos locais de trânsito ou estada de pessoas,
além de instalações executadas sem observação de norma, ou por leigos
desabilitados e desqualificados são comuns. Sem contar os danos materiais
provocados por incêndios iniciados em condições de sobrecargas, curtos-
circuitos ou instalações mal executadas e sem a proteção adequada e os casos
em que ocorrem danos materiais, seguidos de danos pessoais e morte. E ainda
há de se considerar os riscos advindos da natureza, como as descargas
atmosféricas.
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA.

Este projecto irá trazer as medidas de proteção contra acidentes elétricos e


poderá evitar o número de vítimas por causas de acidentes elétricos no bairro
da Camunda. No contexto cientifico o Projecto vai contribuir para do
conhecimento sobre proteção de acidentes eléctricos, e será um guia de
estudo para os próximos académicos que quiserem falar ou saber sobre o
assunto.

1.2 PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO.


Como melhorar o sistema de proteção de acidente eléctricos nas residências
do bairro da Camunda?

1.3 HIPÓTESE OU PERGUNTAS DE INVESTIGAÇÃO.


Se utilizarmos os aparelhos de proteção de acidentes elétricos, estaremos a
proteger o bairro da Camunda.

1.4 OBJECTO DE ESTUDO.


O nosso objecto de estudo é a proteção de acidentes elétricos

1.5 CAMPO DE ACÇÃO


O nosso campo de acção é o bairro da Camunda

1.6 OBJETIVOS DE INVESTIGAÇÃO


1.6.1 Objectivo geral

Proteger o bairro da Camunda dos acidentes elétricos

1.6.2 Objetivos específicos

 Identificar os principais casos de riscos de acidentes elétricos,


 Estudar o funcionamento dos aparelhos de proteção de acidentes
elétricos
 Explicar o sistema de proteção de acidentes elétricos
 Elaborar as técnicas de proteção de acidentes elétricos
 Evitar que os moradores do bairro da Camunda sejam vitimas dos
acidentes elétricos.

2.METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
Metodologia científica é o estudo dos métodos ou dos instrumentos
necessários para a elaboração de um trabalho científico. É o conjunto de
técnicas e processos empregados para a pesquisa e a formulação de uma
produção científica. ... É a fase da investigação e da coleta de dados sobre
o tema a ser estudado.

2.1.TIPOS DE PESQUISA

 Pesquisa científica. Engloba todos os tipos de pesquisa que se baseiam


em procedimentos de caráter científico para a obtenção dos resultados. ...
 Pesquisa básica. ...
 Pesquisa Aplicada.
 Pesquisa quantitativa.
 Pesquisa qualitativa.
 Pesquisa mista ou Pesquisa quali-quantitativa.
 Pesquisa descritiva.
 Pesquisa exploratória.

MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO
CAPÍTULO I - TIPOS DE ACIDENTES ELÉCTRICO

1.1 - ACIDENTES EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Todos os anos, diversos acidentes envolvendo a eletricidade ocorrem em


vários locais. Seja no ambiente habitável, comércio, indústria e na construção
civil, os sinistros estão relacionados à imprudência, negligência, imperícia,
autoconfiança, falta de manutenção e podem causar danos pessoais, materiais
ou ambos... Os danos pessoais podem ser consequências diretas ou indiretas,
envolvendo eventualidades elétricas. O choque elétrico é a consequência mais
imediata, mas em decorrência deste, podem existir outros acontecimentos,
como a queda, causando mais lesões às vítimas. Os danos materiais também
estão associados aos acidentes elétricos.
A queima de eletrodomésticos, avaria de materiais elétricos, perda de linha de
produção, interrupção de serviços e incêndios estão entre os principais danos
materiais. Muitos acidentes elétricos evoluem para incêndios. Isso ocorre
devido a problemas na instalação elétrica, como redes obsoletas, falta de
manutenção, sobrecarga e a não atuação da proteção elétrica por não ter sido
dimensionada adequadamente. Em se tratando de ambientes habitáveis,
muitos proprietários não se preocupam com o estado da instalação elétrica
que, muitas vezes, é antiga e inadequada à nova concepção de carga
instalada, dada a nova realidade econômica e tecnológica que permitiu que
muitas famílias pudessem adquirir novos aparelhos.
1.2 - TIPOS DE ACIDENTES ELÉCTRICOS RESIDENCIAL

Diversos tipos de acidentes envolvendo eletricidade podem ocorrer em uma


instalação elétrica. Os acidentes eléctricos residenciais mais comuns são:

 Choque elétrico
 Curto-circuito
 Sobre Carga
 Maus Contactos ?
 Sobre tenção.
 Sob tensão
 Descargas Atmosféricas
 Presença de tensões imprevistas

1.3 – CHOQUE ELÉTRICO

Choque Elétrico De acordo com a FUNDACENTRO (2007), o choque elétrico é


o efeito pato fisiológico que resulta da passagem de uma corrente elétrica,
chamada de corrente de choque, através do organismo humano, podendo
provocar efeitos de importância e gravidades variáveis, bem como fatais. Como
a corrente circula pelo organismo, é possível afirmar que o corpo humano se
comporta como um condutor elétrico, desta forma possui uma resistência.

Segundo Vieira (2005), choque elétrico é uma perturbação que se anuncia no


organismo humano, quando é percorrido por uma corrente elétrica. Essas
perturbações podem provocar contração muscular tônica contínua, parada
respiratória, fibrilação ventricular do coração e queimaduras.
1.3.1.Tipos De Choques Electricos

Existem dois tipos de choques elétricos:


A natureza do choque elétrico pode ser de modos diferentes um do outro, isto
é, qual é a fonte primária de energia causadora do choque. Divide-se em dois
tipos, o choque estático e o choque dinâmico.

 Choque Estático É o choque obtido pela descarga de um capacitor, isto


é, gerado por um dispositivo que armazena energia. Existem diversos
tipos de armazenadores de energia elétrica e cada um deles pode ter
uma quantidade diferente de energia (BORTOLUZZI, 2009). Segundo o
autor, estes dispositivos estão presentes e todos os eletrodomésticos
utilizados atualmente, existe em todos os segmentos do comércio e da
indústria, de modo geral, estão presentes em todos os locais e podem,
de certa forma, oferecer perigo se forem manuseados de forma
incorreta.

 Choque Dinâmico Segundo Bortoluzzi (2009), é provocado ao se tocar


em um elemento da rede de energia elétrica. Oferece alto grau de risco
à saúde das pessoas e, dependendo das condições, pode ser fatal, pois
é abastecido de forma constante pela corrente elétrica até que haja uma
interrupção.
O choque dinâmico é o tipo mais convencional e o mais perigoso, tanto pela
intensidade quanto pela duração do contato, um exemplo, é o contato em uma
tomada com isolamento deficiente ou com aparelhos eletrônicos com defeitos
de aterramento ocasionando contração muscular (BESSA, 2017).

1.3.2 - Classificação de choques elétrico:

 Contacto direto: contacto com parte normalmente em tensão,


normalmente provocado por falha ou defeito no isolamento, por rotura
das partes isolantes ou por uma atuação imprudente.
 Contacto indireto: contacto com uma estrutura metálica (massa) ou
com um condutor que acidentalmente, por defeito, ganha tensão

1.3.3 - Causas de Choques elétrico

Conforme Sampaio (1998), os riscos de choques elétricos nas obras, podem se


originar em decorrência de diversas situações, onde verifica-se que nessas
situações ocorrem erros inicialmente na concepção do projeto e também
durante a execução e manutenção das instalações elétricas e, entre elas, é
possível citar:

 Instalações mal projetadas e dimensionadas;


 Contatos acidentais devido à falta de barreiras adequadas;
 Falta de aterramento ou aterramento deficiente ou inadequado;
 Utilização de equipamentos elétricos danificados;
 Falta ou deficiência dos isolamentos de emendas de fios;
 Falta de utilização de EPI’s e ferramentas adequadas;
 Ligações inadequadas sem a utilização de plugues e tomadas; h.
Utilização de materiais de baixa qualidade;
 Rompimento de fiações aéreas por caminhões e equipamentos;
 Ligação errada de equipamentos;
 Falta de sinalização e orientação;
 Execução de manutenções em circuitos energizados;
 Quedas de materiais e pessoas por obstrução em passagens e
circulação pelos condutores;
 Incêndios e explosões devido a curto-circuito ou má conservação das
instalações;
 Acidentes provocados por equipamentos ou aparelhos deixados ligados
no momento de religamento de chaves;
 Queda de trabalhador (eletricista) em decorrência da utilização de
escadas inadequadas ou por falta de cinto de segurança.

1.3.4 -Consequências de choques elétrico


Além do risco imediato de morte, quando a corrente é muito alta, o choque
elétrico pode afetar o corpo de outras formas, como:

Queimaduras

A maior parte dos acidentes com choques elétricos apenas provocam


pequenas queimaduras na pele do local do choque, porém, quando a voltagem
é muito grande, o excesso de eletricidade pode afetar os órgãos internos.
Quando a eletricidade consegue chegar até aos órgãos internos pode provocar
graves problemas no seu funcionamento e, por isso, a pessoa pode necessitar
fazer tratamento para insuficiência renal, cardíaca ou de outro órgão afetado,

Problemas cardíacos
Quando uma pequena corrente elétrica atravessa o peito e consegue chegar
até ao coração pode provocar uma fibrilação auricular, que é um tipo de
arritmia cardíaca que deve ser tratada no hospital para evitar colocar em risco a
vida da vítima.
Já quando a corrente elétrica é muito elevada, como no caso de choques em
postes de alta tensão, a corrente é tão elevada que interfere com a atividade
elétrica do coração e para o músculo, provocando uma parada cardíaca que
pode resultar em morte.

Lesões neurológicas
Todas as correntes elétricas podem afetar os nervos de alguma forma, por
isso, quando existem choques repetidos ou muito fortes, a estrutura dos nervos
pode ficar afetada, resultando em neuropatia. A neuropatia pode provocar
sintomas como dor ou dormência nas pernas e braços, dificuldade para mexer
os músculos ou tonturas frequentes.

1.3.5.Condições que favorecem o choque eléctrico

Existem condições que favorecem o choque elétrico e, dentre essas condições,


encontra-se a tensão de toque e a tensão de passo. Segundo Bortoluzzi (2009)
a tensão de toque é a tensão elétrica existente entre os membros inferiores e
superiores de um indivíduo quando o mesmo toca em um equipamento com
defeito na isolação ou na parte nua de um condutor energizado.
Viana (2018) classifica a tensão de toque em contato direto e contato indireto,
onde o contato direto ocorre quando há o toque nos condutores energizados
(fios, cabos elétricos) de instalação elétrica ou de parte de equipamentos
elétricos com falhas no material isolante.
O contato indireto é por recorrência de falhas de isolamentos em equipamentos
ou peças que possam ficar energizadas facilmente, ou seja, materiais bons
condutores. A tensão de passo é a diferença de potencial entre os dois pés do
indivíduo quando o mesmo está no solo próximo a um local com fuga de
corrente elétrica para a terra. Pode ser causado por queda de condutores da
rede elétrica ou por descargas atmosféricas (BORTOLUZZI, 2009).

Outras condições que devem ser levado em consideração são:

 Tempo de duração do choque elétrico;


 Área de contato com as partes do corpo energizadas;
 Tensão elétrica ou potencial elétrico;
 Estado de saúde em que a pessoa se encontra no momento;
 Constituição física da pessoa;
 Frequência da corrente elétrica.
Dessa forma, segundo Siemens (2003), o choque não acontece somente
devido a um determinado fator, mas a uma combinação de situações
particulares da pessoa.

1.3.6.Primeiros Socorros

Saber o que fazer em caso de choque elétrico é muito importante pois, além de


ajudar a evitar consequências para a vítima, como queimaduras graves ou
parada cardíaca, também ajuda a proteger a pessoa que faz o salvamento
contra os perigos da energia elétrica.
Nestes casos, os primeiros socorros são:
 Corte ou desligue a fonte de energia, mas não toque na vítima;
 Afaste a pessoa da fonte elétrica que estava provocando o choque,
usando materiais não condutores e secos como a madeira, o plástico, panos
grossos ou borracha;
Chame uma ambulância;
Observe se a pessoa está consciente e respirando;
 Se estiver consciente: acalme a vítima até a chegada da equipe médica;
 Se estiver inconsciente, mas respirando: deite-a de lado, colocando-
a em posição lateral de segurança. Saiba ;
 Se estiver inconsciente e não respirando: inicie a massagem cardíaca e
a respiração boca-a-boca. Veja ; 5. Continue fazendo o passo
anterior até a chegada da ajuda médica.

As chances de salvamento da vítima eletrocutada diminuem com do tempo e a


partir do 4º minuto de ter recebido o choque elétrico as chances de
sobrevivência são inferiores a 50%.
Dessa forma, estes primeiros socorros devem ser iniciadas o mais rapidamente
possível, especialmente o primeiro passo, para evitar que a corrente elétrica
faça muitos danos no organismo e resulte em complicações graves.

1.4.CURTO-CIRCUITO
É um fenômeno produzido no momento qua corrente elétrica mais forte
passa por um circuito que sofre uma queda e cria uma descarga elétrica que
pode danificar o mesmo circuito elétrico. O curto-circuito é causado quando
dois potenciais elétricos entram em contacto. gerando faíscas e até mesmo
explosões que podem causar incêndios.

1.4.1.Tipos De Curto-Circuito
 Curto-circuito monofásico
O curto-circuito monofásico, também conhecido por “fase-terra”, é causado
devido a uma falha mecânica como a quebra de condutores, causando danos
no equipamento devido a corrosão.
As principais causas de um curto circuito monofásico é a presença de arcos
elétricos ou a falta de isolamento dos condutores.
 Curto-circuito trifásico
Um curto-circuito trifásico acontece quando um circuito possui três tensões
desfasadas entre si, ou seja quando o circuito é polifásico (possui várias fases).

Um exemplo de curto-circuito, que acidentalmente é comum em residências,


ocorre quando se coloca as extremidades de um fio metálico nos orifícios de
uma tomada. Geralmente os curtos-circuitos provocam recções violentas
devido à dissipação instantânea de energia, tais como: explorações, calor e
faíscas. É uma das principais causas de incêndios em instalações elétricas mal
conservadas ou com erro de dimensionamento.

1.4.2.Causas De Curto-Circuitos

O curto-circuito é causado por uma falha da isolação solida que sustenta a


tensão entre condutores a terra ; pode ser também causado por uma redução
da distancia entre os condutores (ou entre condutores s terra).

As principais causas de curto-circuitos em uma instalação residencial podem


ser:

 Por deterioração ou perfuração dos elementos elétrico devido o


aquecimento excessivo prolongado, ambiente corrosivos ou
envelhecimento natural.
 Por problema mecânico: rotura do condutor ao isolador.
 Por sobretensões devido as descargas elétricas
 Por factores humanos: falsas manobras e substituição inadequada de
materiais.

A falha da isolação por sua vez pode ser motivada por:

Danos mecânicos- quebra de isoladores, quebra de suportes, queda de poste


e entre outros. No uso abusivo-exigindo de um equipamento com a potencia
maior que a nominal provoca-se uma deterioração mais ou menos rápida da
isolação que trabalha a uma temperatura mais alta que a do projecto.

Descargas parciais as isolações solidas sempres apresentam alguns vazios


no seu interior. Sobre a do campo eléctrico surgem nesses vazios descargas
que por vários mecanismos mais ou menos lentamente reduzindo a rigidez
dielétrica através da sua perfuração ( o tempo pode ser dias, semanas, meses
ou anos), sobretensões-dois tipos de sobretensão podem levar a uma
perfuração da isolação de manobras internas, que ocorrem quando se
efectuam um desligamento voluntário ou provocado com um ligamento de um
circuito, e a atmosférica que surgem nos condutores de um circuito ( em baixa,
media ou alta tensão) quando cai um raio nas proximidades ou direitamente
nas linhas de um circuito.

Preguiça, desatenção ou até mesmos falta de informação- muitas pessoas


cometem actos diários das quais possibilitam a ocorrência de um curto-circuito.

Alguns dos cuidados que se devem ter em relação a este assunto incluem:

Falta de manutenção na rede elétrica – cada vez mais o mercado nos


despõe de novos produtos para melhorar e facilitar nossa vidas. Em geral estes
produtos exigem maior demandas de energia para o seu funcionamento e
como em sua maior não damos a manutenção periódica a rede elétrica da
nossa residência, esta pode se mostrar inadequada para toda a demanda da
qual o sistema necessita, apresentando assim chance de maior problema

Falta de protecção nas tomadas – tomadas desprotegidas estão susceptiveis


a acções que podem causar um curto-circuito como a inserção de elementos
metálicos. Dessa forma, tomadas constantemente desprotegidas e ao alcance
de crianças pequenas ou animais de estimação podem ser focos preocupantes
de curto-circuito.

1.4.3.Consequências Do Curto-Circuito

As principais consequências provocadas por curto-circuito são as mortes e


incêndios. As consequências dos curtos – circuitos são frequentemente graves,
pois o curto-circuito perturba o ambiente da rede nas proximidades do ponto de
falha (situação típica de uma rede de distribuição de uma concecionária de
energia elétrica), por exemplo: ocasionando uma queda de tensão brusca e
comprometendo o funcionamento de lâmpadas, reles, reatores e de mais
equipamentos eléctricos. Todos os equipamentos e conexões ( cabos, linhas,
barras e isoladores) sujeitos a curto – circuito são submetidos a um forte
esforço mecânico ( forças eletrodinâmicas) que podem causar ruturas, e a um
esforço térmico, que pode provocar a queima dos condutores e a destruição
dos materiais isolantes no ponto da falha

1.5 - SOBRECARGA

A sobrecarga nas instalações elétricas é um assunto sério e que pode ocorrer


em qualquer tipo de edifício. O problema, normalmente, surge de erros
cometidos na elaboração do projeto ou de falhas que acontecem durante a
operação do sistema. “Muitos casos apresentam inconformidades em relação à
ABNT NBR 5410/2004 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão, norma que
determina todos os critérios para projeto, manutenção e execução dos
sistemas em baixa tensão no Brasil”, destaca o engenheiro Carlos Gustavo
Castelo Branco, consultor da Grid Power Solutions Engenharia, empresa que
desenvolve projetos e presta consultoria na área de instalações elétricas em
baixa, média e alta tensão.

Diz-se que existe uma sobrecarga num circuito elétrico quando a intensidade


de corrente ultrapassa o valor da intensidade nominal do disjuntor desse
circuito. Quando isso acontece, o disjuntor dispara, visto que a sua função é a
de proteger a instalação elétrica e o utilizador.
A intensidade de corrente é medida em amperes – símbolo A.

Dentro de casa, temos normalmente disjuntores de 10 A – 10 amperes -, para


os circuitos de iluminação e disjuntores de 16 A – 16 amperes -, para os
circuitos de tomadas de uso geral, aquecimento, máquinas de lavar, etc..

Num circuito de iluminação, o disjuntor raramente dispara por sobrecarga,


visto que a soma das intensidades de corrente absorvidas por todas as
lâmpadas do circuito fica muito longe do valor de 10 A. Só dispara por curto-
circuito ou então dispara o diferencial, por fugas de corrente – outro assunto de
que falaremos noutro texto.

Um circuito de tomadas tem frequentemente sobrecargas quando ligamos, às


tomadas do circuito, demasiados recetores, simultaneamente: torradeiras,
ferros de engomar, aquecedores, aspiradores, televisores, aparelhagens de
áudio e vídeo, computadores, portáteis, etc.. Quando a soma das intensidades
ultrapassa 16 A, num dado circuito de tomadas, o disjuntor dispara, para
proteger o circuito, evitando que ele se danifique.

Por isso, quando o disjuntor disparar, não se chateie com ele, pois o


disjuntor é seu amigo. Só tem é que desligar o recetor que está a mais nesse
circuito e, eventualmente, ligá-lo a outro circuito de tomadas, se existir.
Uma sobrecarga elétrica não é uma avaria do circuito – é apenas uma
ocorrência de utilização de carga excessiva num circuito elétrico.

Esse tipo de acidente é caracterizado quando um circuito é exigido acima do


seu limite e há uma circulação de corrente superior a nominal. Esta ocorrência
é muito comum em instalações elétricas, mas tem chamado atenção em
ambientes habitáveis.

Atualmente, devido às facilidades de crédito e maior oferta de novos


produtos, os usuários têm cada vez mais adquirido eletrodomésticos mais
potentes, como ar condicionado com uma maior capacidade de refrigeração,
mas sem atentar para a capacidade do referido circuito, provocando uma
sobrecarga conforme pode ser visto na Figura 2.5.
Tomada de corrente submetida a uma sobrecarga
Outro costume corriqueiro é a utilização dos chamados benjamins, um
conector onde é possível como ligar vários aparelhos em uma só tomada de
corrente, sobrecarregando este circuito.

Além disso, é comum que diante da atuação da proteção, os usuários


troquem apenas o dispositivo de proteção por um de maior capacidade,
deixando o circuito com os mesmos condutores de antes, o que representa um
sério risco à integridade da instalação.

Este tipo de ação pode exigir uma corrente da fonte muito superior àquela
que condutor foi projetado para suportar, fazendo com que haja um aumento
de temperatura, superior ao limite de sua isolação provocando sérios acidentes
envolvendo danos pessoais e materiais.

1.5.1.Causas

A sobrecarga elétrica é decorrente do excesso de carga ligada em determinado


circuito e/ou tomada. Em outras palavras, ao conectar diferentes equipamentos
no mesmo ponto, a corrente elétrica passa a ser maior do que aquela
suportada pelos fios e cabos. O curto-circuito, por sua vez, é o excesso de
corrente que acontece devido a uma falha que provoca a ligação direta de uma
das fases de determinado circuito com outra fase, ou com um condutor neutro.

Outras causas possíveis das sobrecargas são a falta de informação básica dos
usuários, que conectam de maneira indiscriminada todo tipo de equipamento
em qualquer tomada, além do uso de benjamins. Quando o circuito elétrico
começa a sofrer com o problema, passa a apresentar alguns sinais que
necessitam de atenção. “O sintoma principal é o desligamento intempestivo
e/ou aleatório do disjuntor vinculado ao sistema. Também é possível que
ocorram constantes quedas de tensão nas cargas desse circuito”, informa o
especialista.

1.5.2.Consequências
As consequências deste tipo de acidente são os danos pessoais como
queimaduras e choques elétricos devido ao aumento da temperatura e
também pelo comprometimento da isolação do condutor. Além disso, danos
materiais podem ocorrer. Devido ao aquecimento do circuito e a deterioração
de seu material isolante, um curto-circuito franco pode se estabelecer,
oferecendo condições para que um incêndio ocorra.

As consequências das sobrecargas podem ser mais graves do que os simples


danos aos equipamentos ligados ao sistema elétrico. “O problema mais sério é
a ocorrência de incêndios, que colocam em risco a vida de todos os ocupantes
da edificação. O fogo é considerado a consequência final decorrente de uma
sobrecarga não protegida adequadamente”, informa. Outro resultado são os
desligamentos desnecessários, que acontecem quando a proteção elétrica foi
bem dimensionada e entra em ação para evitar um perigo maior.

1.6MAUS-CONTATOS NAS CONEXÕES, EMENDAS

Esse tipo de acidente pode ocorrer quando há um aperto incorreto nos


parafusos dos conectores, conexões corroídas, oxidadas ou por falhas de
componentes elétricos. Além de erros de projetos, falhas em montagem e falta
de manutenção preventiva podem provocar este tipo de anomalia. A
consequência deste tipo de anomalia é o aquecimento excessivo das
conexões, graças ao aumento da resistência de contato, que somada a própria
resistência dos materiais, pode deteriorar o isolamento dos cabos, terminais,
deformação dos materiais, chegando a fundi-los, além de danificar
equipamentos e por fim provocar incêndios.

1.6.1.Tipos de emendas

Considerando a parte prática da elétrica, uma das primeiras coisas que o


eletricista tem de aprender é a realizar emendas. Mas ao contrario do que a
maioria dos ditos profissionais em elétrica pensam, a emenda é uma das partes
mais importantes de uma instalação, uma emenda executada de maneira
errada pode prejudicar completamente uma instalação e causar muitos danos.
Deve-se iniciar sabendo os tipos de cabos e tipos de emendas possíveis.
Existem dois tipos de cabos, os rígidos e os flexíveis. O cabo rígido é formado
por apenas um fio de cobre (em alguns casos de alumínio), o cabo flexível é
formado por vários fios de cobre (em alguns casos alumínio) em compensação
esses fios são bem mais finos.

  Emenda Tipo Rabo De Rato


Este tipo de emenda é considerada emenda para caixa de derivação ou
caixa de passagem.

Inicialmente teremos que nos atentar em remover aproximadamente 2cm


da capa que envolve os cabos a serem emendados, esta dimensão pode
variar de acordo com a área de secção transversal do cabo (bitola).

  Emenda Prolongamento

A emenda “Prolongamento” tem por finalidade proporcionar o aumento do


comprimento da linha elétrica. Além de garantir um excelente contato
elétrico, este tipo de emenda proporciona grande resistência mecânica
entre os condutores.

Inicialmente, com auxílio de um alicate decapador

Emenda Derivação

A emenda Derivação é utilizada quando existe a necessidade de criar um


ramal de alimentação a partir de uma linha já existente.

Inicialmente, com auxílio de um alicate decapador (Figura 1) desencape


os condutores a serem emendados:

1.6.2.Emenda para cada tipo de cabo.


Para cada tipo de cabo há métodos específicos para realizarmos as emendas.
Quando temos dois cabos separados e queremos uni-los em uma emenda
nunca conseguiremos as mesmas características mecânicas de um cabo
fundido, mas se bem executada uma emenda, essas diferenças podem ser
minimizadas ao máximo.

Emendas para cabos rígidos:

 Emenda em prolongamento;
 Emenda rabo de rato;
 Emenda em derivação;

Emendas para cabos flexíveis:

 Emenda em prolongamento;
 Emenda em derivação;

Sempre que for possível deve ser feita o estanhamento dos cabos, o
estanhamento é um processo em que o estanho penetra no cobre garantindo
que esta emenda vai ser o mais próximo possível de um cabo fundido e desta
maneira irá reduzir o aquecimento desta emenda.
1.6.3.Cuidados a serem tomados na execução de uma emenda
Toda emenda é um ponto de aquecimento em uma instalação elétrica, alguns
cuidados devem ser tomados, ao executar uma emenda, para minimizar este
aquecimento.

 A emenda deve ser bem apertada, utilizando sempre alicate para dar o
aperto final;
 Evitar área de contato da parte emendada com a capa plástica de
isolação (reduzindo o aquecimento da capa plástica);
 Um aperto demasiado pode romper o cabo que esta sendo emendado.
 Para o cabo flexível no momento de decapar o cabo, deve ser tomado
um cuidado extra com os fios finos para que eles não sejam danificados,
pois isso diminui a quantidade de corrente que este cabo suporte
aumentando o aquecimento.

Mais de 50% dos problemas em uma instalação elétrica são problemas com
emendas. Problemas relatados por clientes, do tipo: Mal contato ao ligar ou
desligar aparelhos, cheiro de queimado próximo
a tomadas e lâmpadas piscando são indícios de problemas em emendas,
esses problemas podem reduzir em muito a vida útil de aparelhos elétricos e
eletrodomésticos alem da grande possibilidade de incêndio devido a
aquecimento de emendas.

1.6.4Problemas de emenda maus feitas

 Desperdício da energia elétrica: Sim, uma emenda mal feita pode


deixar a conta de energia elétrica do estabelecimento mais cara. Isso
acontece porque se a emenda não for feita corretamente, pode gerar
acúmulo de calor na região e dissipação de calor, se não for utilizada
para algum trabalho útil, significa que você está pagando por essa
energia sem utilizá-la. Estudos comprovam que normalmente de 1,5% a
2,5% do consumo da conta de luz, devem-se ao custo da instalação
elétrica mal feita.

 O tal do mau contato: Emendas mal feitas, com o tempo tendem a


apresentar mau contato. E daí vira aquele ponto intermitente que
costumamos dizer que funciona quando quer. Acho que todos já vimos
casos que um ponto só funcionava esporadicamente e depois chegamos
à conclusão que o mau contato era a emenda.

 O caso da isolação: Mesmo que as conexões dos fios sejam feitas de


modo correto, ainda tem a isolação. Isolação mal feita pode ser um fator
crucial para a segurança das instalações. Emendas que não estão bem
isoladas podem acabar encostando em uma parte energizada e
provocar um curto-circuito. Além disso, o contato de uma parte viva
exposta em alguma pessoa pode provocar o choque elétrico. Ou ainda
em outro tipo de situação, emenda mau isolada pode provocar fuga de
corrente naquela parede que está sofrendo com umidade.

Então, com todos esses motivos, temos que dar uma atenção especial e gastar
um pouco mais de tempo na hora de fazer as emendas elétricas.

1.7 - Sobretensões

Uma sobretensão pode ocorrer devido a diversos motivos; rompimento de


cabos da rede elétrica; manobras na rede; perda de carga; descargas
atmosféricas diretas e indiretas. O rompimento de cabos da rede elétrica
poderá fazer com que as fases não afetadas sofram níveis elevados de
sobretensão entre fase-terra, submetendo os equipamentos, a severas
condições de operação.

O valor da sobretensão será função da configuração do sistema e do tipo de


aterramento adotado e ocorre devido ao deslocamento do neutro do sistema.
As manobras na rede são caracterizadas pela operação de um equipamento de
manobra como resultado de um defeito ou outra causa em determinado ponto
do sistema, envolvendo as três fases ou uma fase e a terra. A severidade das
sobretensões de manobra depende da configuração do sistema e notadamente
do perfil de curto-circuito.

A perda de carga, também conhecida como rejeição de carga, ocorre pela


abertura de um disjuntor e poderá elevar a tensão em todo o sistema, devido à
redução do fluxo de corrente de carga, fazendo com que o efeito capacitivo das
linhas de transmissão reduza a impedância do sistema elétrico e a
consequente queda de tensão. Como os geradores operam superexcitados
devido a alimentarem normalmente cargas indutivas, as tensões na geração
serão superiores a tensão de operação. No entanto, após a abertura do
disjuntor em que um grande bloco de carga é desligado, o sistema sofrerá uma
elevação de tensão devido à redução do fluxo de corrente nas linhas de
distribuição, provocando a sobretensão. As descargas atmosféricas diretas são
aquelas que atingem diretamente a rede elétrica, desenvolvendo-se elevada
tensão na rede que, em geral, supera o nível de isolamento da mesma,
provocando um defeito que pode ser monopolar ou tripolar.

Além disso, produzem sobretensões conduzidas que podem provocar danos as


instalações elétricas, aos equipamentos por elas servidos e a seus usuários. As
descargas indiretas induzidas ocorrem quando se desenvolvem nas
proximidades de uma rede elétrica.

Neste tipo de eventualidade, é induzida determinada tensão nos condutores de


fase em consequência das ondas eletromagnéticas originadas pela corrente de
descarga, cujo valor é função da distância do ponto de impacto, da magnitude
da corrente de descarga e de outros parâmetros. Da mesma forma que as
descargas diretas, as descargas indiretas produzem sobretensões que podem
provocar danos as instalações elétricas, aos equipamentos por elas servidos e
a seus usuários.

1.8.SOB TENSÃO

1.9.DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Este acidente é caracterizado por descargas de correntes de natureza


impulsiva de vários quilo amperes da nuvem para o solo, sendo originado por
fenômenos naturais conforme mostra a Figura 2.4. Nessa ocorrência, pessoas,
animais, rede elétrica, estruturas metálicas ou prediais localizadas na terra
podem ser atingidos, sofrendo vários danos.

Figura : Descarga atmosférica

Essa eventualidade pode provocar surtos de tensão induzidos ou diretos. Os


surtos indiretos ocorrem quando as descargas atmosféricas atingem as linhas
de transmissão e distribuição de energia e incidem diretamente em árvores,
estruturas ou no solo, as ondas eletromagnéticas originadas pela corrente
elétrica que circula no canal da descarga atmosférica se propagam pelo meio
(geralmente o ar), induzindo corrente elétrica e, por conseguinte, tensões
induzidas nos condutores metálicos que estiverem em seu raio de alcance.
Estima-se essa distância da ordem de 1 a 3 km [35].

Os surtos diretos ocorrem quando uma descarga atmosférica incide


diretamente sobre a edificação ou sobre pontos muito próximos a eles, todos
os elementos metálicos ali existentes e o eletródio de aterramento ficam, por
frações de segundo, submetidos a níveis diferentes de tensão. Essas
diferenças de tensão vão gerar correntes de surto que circularão por diversos
pontos da estrutura, inclusive, principalmente pela instalação elétrica. Dessa
forma, este incidente pode causar sérios prejuízos.

1.8.1.Formação de cargas nas nuvens

Existem diversas teorias sobre o mecanismo de formação das cargas nas


nuvens. No entanto, todas as teorias reconhecem a ação do vento na
separação das partículas de polaridades opostas, embora difiram entre si sobre
a importância do papel de ionização da atmosfera, da temperatura e de outros
efeitos. De maneira geral, diz-se que o movimento ascendente das correntes
de ar proporciona o transporte de partículas positivas e das pequenas gotas
d’água para a parte superior da nuvem, e o de partículas negativas para a base
da nuvem pelas grandes gotas d’água, como se mostra na Figura 2.1-1, a qual
é adaptada de WAGNER et al. (1950).

Desenvolvendo-se então uma grande quantidade de carga na região inferior da


nuvem, induz-se numa área no solo, correspondente ao tamanho da nuvem,
uma mesma quantidade de carga de polaridade oposta, e, por consequência,
uma tensão entre a nuvem e o solo. Esse bloco de carga irá deslocar-se pelo
solo paralelamente ao deslocamento da nuvem e percorrerá montes, edifícios,
para-raios, árvores etc. Por exemplo, conforme ERIKSSON (1979), na África do
Sul, observaram-se alturas à base da nuvem de 1 a 2 km e cargas na nuvem
da ordem de 50 a 100 coulomb.

1.8.2.Tipos de descargas entre nuvem e solo


A maioria das descargas ocorre dentro de uma nuvem e entre duas nuvens, e
somente uma pequena parcela ocorre entre uma nuvem e o solo. Tipicamente,
tem-se que a relação entre o número de descargas entre nuvens e o número
de descargas para o solo varia entre 2 perto dos pólos até mais de 6 nos
trópicos. Para melhor expressar esse efeito, Prentice e MacKerras (GOLDE,
1977) obtiveram a seguinte equação empírica, para a qual usaram dados de 13
países:

() o 4,11 2,11cos 3 , 0 60 = + ⋅ ≤ ≤c g D LAT LAT D ; (2.2-1)

sendo:

Dc - quantidade de descargas entre nuvens;

Dg - quantidade de descargas entre nuvem e solo;

LAT - latitude.

Além disso, as descargas entre nuvem e solo podem ser caracterizadas pela
polaridade da carga da nuvem e pela direção do precursor da descarga, como
se mostra de forma estilizada na Figura 2.2-1, sendo (BERGER et al., 1975,
GOLDE, 1977, ERIKSSON, 1978, ANDERSON e ERIKSSON, 1980, CORTINA
et al., 1980, CHAI et al., 1997, SCHROEDER, 2001, CHOWDHURI et al.,
2005):

• Descendentes positivas e negativas → associadas a estruturas não muito


altas, como, por exemplo, linhas de transmissão (altura em torno de algumas
dezenas de metros), onde:

Aproximadamente 90% são negativas → constituídas por algumas descargas


intermitentes, separadas por um intervalo de tempo de 30 a 80 ms . Cita-se na
literatura a existência de até 26 repetições, mas a média é igual a 2 ou 3.

Aproximadamente 10% são positivas → constituídas, na sua maioria, por uma


descarga.

• Ascendentes positivas e negativas → associadas a estruturas muito altas.


------

---

------- -- -- - -- --- ------- -

-- - - - - - - - - - - - - - - - -

+ + + + + + + + + + + +

(a) descendente negativa

mais comum

+ + + + + + + +++ + ++ + + + +

+ + + + +

-- - - - - - - - - - - - - - - - -

+ + + + + + + + + + + (c) ascendente positiva

+ + + + + + + +++ + ++ + + + +

- -- -- -

- - - - - - - -- - - - - - -- - - - -- - - - - - - - - - - -

(d) ascendente negativ a muito rara

+ + + + + + + +++ + ++ + + + +

+ + + + + + +

-- - - - - - - -- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
+ + + + + + - - - - - - - (b) descendente positiva

+ + + + + + + +++ + ++ + + + +

+ + + + + + -------

1.8.3.Formação da descarga atmosférica descendente

Com o desenvolvimento de grandes blocos de carga na nuvem, quando o


campo elétrico numa região de cargas excede a rigidez dielétrica do ar,
verifica-se a formação de canais ionizados, mas não ainda ligando duas
nuvens ou uma nuvem ao solo. Esse limiar de campo elétrico é da ordem de 2
MV/m para o ar seco nas condições atmosféricas padronizadas, mas pode ser
bem menor, por causa tanto da altura da nuvem, como também devido à
presença de gotas d’água na nuvem, e, neste caso, é da ordem de 1 MV/m
(WAGNER et al., 1950).

Presença de tensões imprevistas

A presença de tensões imprevistas pode ocorrer por diversos motivos: falta de


identificação dos pontos de tomada e ligação incorreta dos circuitos. A falta de
identificação nos pontos de tomada faz com que não se tenha ideia da tensão
com que estes pontos estão operando. Nessa situação, a tensão no terminal de
corrente poderá ser de 220 V, enquanto são esperados 127 V, ou ainda com
380 V e são esperados 220 V Em se tratando de ambientes residenciais e
industriais, a ausência de identificação pode levar a queima de equipamentos
elétricos.

A ligação incorreta dos circuitos é a conexão errada dos condutores que


alimentam o circuito nos barramentos do quadro de distribuição. Existem
barramentos de fase, neutro e terra em um quadro típico de distribuição. Caso
um condutor neutro seja ligado no barramento de fase em vez de no
barramento de neutro, o circuito terminal será energizado com duas fases,
acarretando em uma tensão superior a tensão esperada. Uma consequência
imediata é a queima dos aparelhos elétricos ao ligá-los nesses pontos. A
prevenção deste tipo de acidente pode ser alcançada através de algumas
medidas: identificação dos circuitos terminais; cuidados na ligação dos circuitos
e testes de verificação antes de conexões de aparelhos e depois de serviços
de instalação executados.

A identificação dos circuitos terminais é a afixação de etiquetas ou plaquetas


nas tomadas com o nível de tensão de operação, conforme pode ser
observado na Figura 3.33. Em se tratando de ambientes comerciais e
industriais, existe uma grande rotatividade no uso dos pontos de tomadas para
a realização de diversos serviços, assim esta ação irá orientar os usuários
sobre quais aparelhos poderão ser ligados nestes pontos.

Falta inserir a figura

Os cuidados na ligação dos circuitos são os procedimentos que devem ser


adotados no momento do fechamento dos circuitos no quadro de distribuição
de uma instalação elétrica. É muito importante que as ligações dos condutores
de fase e de neutro sejam feitas em seus devidos barramentos. A fim de
auxiliar esta etapa, tanto os condutores, quanto os barramentos devem possuir
cores diferentes, definidas por norma.

Os testes de verificação antes de conexões de aparelhos e depois de serviços


de instalação executados é um procedimento feito com o auxílio de um
multímetro. Utilizando o a função voltímetro, na escala da tensão fase-fase por
segurança, deve-se percorrer todos os pontos de tomada da instalação e
verificar o nível de tensão após a instalação ter sido energizada. Caso alguma
tensão medida seja diferente da esperada, deve-se verificar se o fio neutro do
referido circuito está ligado de fato na barra de neutro no quadro de
distribuição.

Caso todas as medições deem um valor √ superior ao esperado, deve-se


verificar se não houve troca das ligações dos cabos alimentadores dos
barramentos de fase e de neutro do quadro. No caso de um acidente em
andamento, a proteção deverá atuar no caso de um curto-circuito, abrindo o
circuito. Neste caso, não havendo nenhum princípio de incêndio, deverá ser
feita uma certificação de que não existam partes vivas à mostra no fio da
tomada devido à sobretensão ao ligar o aparelho. Caso não haja, deve-se
desconectar o dispositivo elétrico e pedir auxílio a um técnico a fim de avaliar
os possíveis danos causados.

II CAPITULO:

MEIOS DE PROTEÇÃO DE ACIDENTES ELECTRICOS


RESIDENCIAIS

Diante dos riscos de acidentes elétricos, faz-se necessário um sistema de


proteção contra danos. Essa rede de proteção abrange não só aqueles que
lidam diretamente com a operação e manutenção de sistemas elétricos, mas
também os que apenas fazem uso deste recurso.
As eventualidades elétricas podem ocorrer em diversas circunstâncias. Assim
algumas medidas são necessárias, a fim de tentar evitar toda sorte de incidente
que possa acontecer.

A prevenção de acidentes deve começar na fase de elaboração de um projeto


elétrico de qualquer instalação, passando pela manutenção e utilização. Além
disso, as normatizações devem ser seguidas.

Algumas medidas no sentido de evitar ou minimizar os acidentes são: o


dimensionamento adequado dos componentes, o uso de isolação e separação
elétrica, o uso de dispositivos de proteção dos circuitos, o uso de aterramento
nas instalações e dispositivos de deteção de correntes de fuga, a instalação de
para-raios e, ainda, procedimentos operacionais adequados e comportamentos
defensivos perante a iminência ou diante de um acidente elétrico já
estabelecido.

4.1 APARELHOS DE UTILIZAÇÃO PARA PROTEÇÃO DE ACIDENTES


ELÉCTRICOS

PROTECÇÃO DE CHOQUE ELECTRICO

INSER CONTEÚDO

PROTECÇÃO DE CURTO-CIRCUITO

INSERIR CONTEUDO

Fusível é um dispositivo utilizado para proteger um circuito elétrico de um


curto-circuito (sobrecorrente) e sobrecarga de longa duração.

O fusível é um corpo oco, como um cano de vidro ou plástico muito pequeno.


Dentro contém um elo condutor metálico, feito de chumbo ou estanho. O elo
fica conectado a duas cápsulas de metal, localizadas nas duas extremidades.
É composto de 5 partes:
1) Base: é o suporte da estrutura do fusível
2) Porta fusível: local onde ficam os fusíveis
3) Anel de proteção: serve para proteger a rosca da base, evitando o contato
dela com o circuito
4) Fusível: parte que contém o elo fusível
5) Indicador: parte indicativa da operação do fusível

O fusível normalmente está em dois lugares nas instalações elétricas de uma


casa: no quadro de distribuição de energia e junto ao relógio medidor. Também
estão presentes no circuito elétrico dos aparelhos eletrônicos e nos
automóveis.
 

4.2.FUNÇÃO DOS FUSÍVEIS

A função do fusível é tornar um circuito elétrico seguro. A eletricidade pode


causar muitos danos e provocar acidentes se não for utilizada da maneira
correta.
Constituição de Fusíveis
Os fusíveis são constituídos por um condutor de seção reduzida (elo fusível)
em relação aos condutores da instalação, montados em uma base de material
isolante.
Quando ocorre sobrecorrente, o elo fusível funde-se, interrompendo a
passagem de corrente elétrica, evitando danos à instalação e aos
equipamentos.

Características elétricas:
 Corrente nominal: valor de corrente que o fusível deve suportar
continuamente sem interromper o circuíto;
 Corrente de ruptura: valor máximo de corrente que o fusível consegue
interromper;
 Corrente convencional de atuação: valor especificado de corrente que
provoca a atuação do dispositivo de proteção dentro de um tempo
determinado;
 Curva característica: apresenta a relação entre o tempo necessário
para interrupção em função da corrente.

Pode ser feito de chumbo ou de cobre recoberto de zinco.

 TIPOS DE FUSÍVEIS
Fusíveis de vidro: Utilizados para proteção de circuítos eletroeletrônicos,

filtros de linha, estabilizadores de tensão, no-break, porta fusíveis veiculares


modelos antigos, entre outros.
Tipo rolha: corpo de porcelana com os contatos sendo realizados através de

rosca de fixação ao soquete e de um terminal na parte inferior.


O elo fusível é constituído de liga de chumbo-estanho. São encontrados nas
correntes nominais de 10, 15, 20, 25 e 30 ampères. Devido às suas
características, são pouco confiáveis. Não atendem à NBR 5410 e NBR 11840
Tipo cartucho:  construído num corpo cilíndrico de papelão ou fibra, com
terminais de cobre, tipo faca ou virola. O elo fusível pode ser de chumbo-
estanho ou cobre.
São de baixo valor aquisitivo e, como o tipo rolha, apresentam o problema das
bases servirem para diversas correntes nominais, possibilitando substituição
por outro de maior capacidade de corrente nominal, colocando em risco a
segurança da instalação.  Não atendem à NBR 5410 e NBR 11840.
Tipo DIAZED: Construído em um corpo de porcelana cilíndrico, fechado nas
extremidades por tampas metálicas por onde é feito o contato com a base. Esta
foi projetada para alojar somente os fusíveis de determinada corrente nominal.
Portanto, não existe a possibilidade de instalar nas bases fusíveis de corrente
nominal diferente daquela que foi pré-determinada para o circuíto.
Existe em seu corpo um indicador de fusão que é um pequeno círculo colorido
na janela frontal. Quando ocorre a fusão do elo fusível, o ponto colorido se
desprende, indicando que o elo fusível está fundido. São
encontrados fusíveis diazed de 2 a 100 A de corrente nominal, porém  a
corrente  de  ruptura  é da ordem de 100 KA.
São construídos nas versões rápida e retardada. Empregados em instalações
elétricas que exigem maior confiabilidade, e em proteção de motores na versão

retardada.

DIAZED  DIA = Diâmetro; Z = Duas partes (bipartido); ED = Rosca do tipo


Edson

Tipo SILIZED/SITOR: esses fusíveis tem como características serem


ultrarrápidos. São, portanto, ideais para a proteção de aparelhos equipados
com semicondutores (tiristores e diodos) em retificadores e conversores.
Tipo NEOZED: Fusíveis de menores dimensões e com características de
retardo da atuação, utilizados para proteção de redes de energia elétrica e
circuítos de comando.
Tipo NH: os fusíveis limitadores de corrente NH reúnem as características de
fusível retardado para correntes de sobrecarga e de fusível rápido para
correntes de curto-circuíto.
São próprios para proteger os circuítos que em serviço estão sujeitos às
sobrecargas de curta duração, por exemplo, partida direta de motores trifásicos
com rotor em gaiola.

Possuem os contatos (facas) prateados, o que proporciona perdas muito


reduzidas no ponto de ligação e o corpo de esteatita para garantir a segurança
total.

NH: N = baixa tensão; H = Alta capacidade de interrupção


Tensão nominal: 500Vca/250Vcc.

Capacidade de interrupção nominal: 120 kA até 500 Vca; 100 kA até 250 Vcc.

Elo Fusível Rabicho: Utilizado  para  proteção  de  circuítos  de distribuição de


energia elétrica, proteção de equipamentos das concessionárias de energia
elétrica, proteção de entradas primárias de consumidores atendidos em Média
Tensão até 100 A.
Utilizados nas Classes de Tensão de 5 kV, 15 kV, 25 kV e 35 kV.

Corrente nominal: 1 a 100 A.


Tipo HH: Fusível utilizado em cabines primárias, para proteção de
transformadores, capacitores e motores ligados em Média Tensão.

Precauções a serem tomadas nas substituições de fusíveis:


 Nunca utilizar um fusível com capacidade superior ao projetado para
instalação nem por curto período de tempo.

 Na falta do fusível, no momento da troca, jamais faça nenhum tipo de


remendo, supondo que a instalação estará protegida.

 No lugar do fusível queimado, pode ser colocado um outro de menor


capacidade de corrente até que seja providenciado o correto.

 Se o rompimento do fusível se deu por sobrecarga, fazer um


levantamento de carga do circuíto para redimensioná-lo.

 Se a causa do rompimento foi curto-circuíto, realizar o reparo na


instalação antes da substituição do fusível.

 Nos casos de fusíveis tipo rolha, não colocar moeda para substituir o
elemento fusível rompido nem jumper de fio de cobre.

 Nos casos de fusível rolha, procurar substituir o conjunto por disjuntores.

 Na substituição de fusíveis tipo cartucho, desligar a chave geral e lixar


os contatos do porta fusíveis antes da troca.
De acordo com o tempo de atuação, podem ser classificados em rápidos e
retardados.

Os fusíveis retardados são empregados na proteção de motores, devido a


corrente de partida girar em torno de três a oito vezes o valor da corrente
nominal.

Elo Fusível
Pode ser feito de chumbo ou de cobre recoberto de zinco.

4.3.DISJUNTOR
O disjuntor é um dispositivo de proteção que todas as instalações possuem ou
deveriam ter. Ele também pode ser definido como um interruptor automático
que protege os circuitos elétricos das instalações, desarmando assim que
identifica correntes de curto-circuito ou sobrecarga, sendo fundamental para
evitar acidentes e até mesmo incêndios.

4.4.FUNÇÃO DO DISJUNTOR
Como mencionado anteriormente, o disjuntor é um dispositivo de proteção com
desarme automático e é importante destacar que ele protege apenas o circuito
contra sobrecarga e curto-circuito, sendo assim, não protege os equipamentos
contra surtos de energia e nem as pessoas contra choques elétricos.

4.5.TIPOS DE DISJUNTORES
4.5.1.Quanto a Polaridade

Existem diversos disjuntores, cada um varia a sua configuração de acordo com


sua aplicação, como por exemplo as cargas que serão ligadas a eles e a
tensão de operação. Embora sejam distintos, eles possuem o mesmo princípio
de funcionamento e a mesma finalidade, que é a proteção dos circuitos. O que
diferencia os tipos de disjuntores é a sua curva característica.

Disjuntor monopolar: é utilizado em instalações e circuitos que possuem


apenas uma única fase, como por exemplo circuitos de iluminação e tomadas
em sistemas monofásicos fase/neutro, seja com fase 127V ou 220V.

Disjuntor bipolar: usado em circuitos ou instalações com duas fases, como


circuitos com chuveiros, torneiras elétricas ou equipamentos de maior potência.

Disjuntor tripolar: Indicado para instalações e circuitos com três fases, como
circuitos com motores elétricos trifásicos.

4.6.QUANTO A FUNÇÃO

Disjuntor magnético: existem os disjuntores magnéticos que também tem a


função de proteger os equipamentos elétricos contra sobrecargas e curtos-
circuitos, porém possuem uma precisão muito maior.

Disjuntor DR

Tem a função de protecjer as pessoas e os animais contra os efeitos de


choque eléctrico por contacto directo ou indirecto, causado por fuga de energia.

Disjuntor DPS

São usados para proteção das instalações eléctrica e dos equipamentos


eléctrico e eletrónico contra os efeitos directos e indirectos causados pelas
descargas atmosférica

4.7.CURVA DE DISPARO DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO


Além dos diversos tipos e modelos de disjuntores, eles ainda se dividem em
três categorias, que existem devido à curva característica de cada modelo. As
curvas definem a aplicação e as cargas que eles serão ligados. As curvas de
disjuntores são B, C e D, lembrando que pela corrente ser dada em ampere
(A), não existe curva característica com letra A, para não haver confusão.

Curva B: A curva de ruptura B para um disjuntor estipula, que a sua corrente


para que seccione o circuito seja compreendida entre 3 a 5 vezes a sua
corrente nominal. Um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando sua
corrente de pico atingir entre 30A a 50A.

Curva C: A curva de ruptura C para um disjuntor estipula, que a sua corrente


de ruptura seja entre 5 a 10 vezes a corrente nominal. Um disjuntor de 10A
nesta curva deve operar quando a sua corrente atingir entre 50A a 100A.

Curva D: Já a curva de ruptura D para um disjuntor, estipula que a corrente


necessária para abrir o circuito esteja entre 10 a 20 vezes maior que a corrente
nominal, um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando a sua corrente
atingir entre 100A a 200A.

Finalizamos aqui este artigo e esperamos ter tirado todas as suas dúvidas
sobre os tipos de disjuntores! Se ainda tiver restado alguma dúvida sobre este
assunto, deixe nos comentários que iremos responder!

Marcadores: Curvas de disjuntores., Diferença entre disjuntor e


fusível., Disjuntor termomagnético., Disjuntores, Tipos de disjuntores.

4.8.PARA-RAIOS

São hastes  metálicas pontiagudas feitas de cobre, alumínio ou aço. Costumam


ser posicionados em lugares elevados, como no alto dos edifícios, a fim de
proteger-lhes dos possíveis danos causados por raios.
Os para-raios são conectados à Terra por fios condutores, que oferecem um
caminho de baixa resistência para as descargas elétricas.
4.9.COMO FUNCIONAM OS PARA-RAIOS

Em razão da enorme corrente elétrica transportada pelas descargas


atmosféricas, os para-raios e os fios que os ligam à Terra devem ser feitos
de metais condutores de baixa resistência elétrica, como cobre ou o alumínio,
uma vez que, ao serem atravessados por grandes intensidades de corrente
elétrica, os materiais dielétricos (isolantes elétricos), que são dotados de alta
resistência elétrica, sofrem enormes danos em razão do efeito joule, podendo
queimar ou até mesmo derreter.

Os para-raios são usados para direcionar as descargas elétricas atmosféricas


para o solo.

TIPOS DE PARA-RAIOS

 Para-raios de Franklin: são compostos de três hastes metálicas


pontiagudas em sua extremidade, ligadas a um fio condutor conectado ao
solo. É o tipo de para-raios mais usado em razão de sua grande eficiência
em dissipar as descargas elétricas para o solo.

Os para-raios do tipo Franklin são os mais comuns.

 Para-raios de Melsens: apesar de ter a mesma finalidade dos para-


raios de Franklin, esse tipo de para-raios funciona também como
uma gaiola de Faraday, envolvendo as construções com uma malha de
fios dotada de hastes metálicas, aterrada ao chão.
Os para-raios de Melsen envolvem as estruturas, formando uma gaiola de
Faraday .
 Para-raios radioativo: foram usados no Brasil entre 1970 e 1989,
quando foram proibidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN), uma vez que sua eficácia não pôde ser comprovada, nada
justificava o uso de fontes radioativas, como o radioisótopo amerício-241,
que emite radiação alfa e gama.

5.1. ALTURA MÍNIMA PARA INSTALAR PARA-RAIOS

Os Sistemas de Proteção contra as Descargas Elétricas (SPDA) seguem


diversas orientações de acordo com a NBR 5419, inclusive a altura mínima
para a instalação dos para-raios. Tais orientações diferenciam-se de acordo
com diversas características de cada estrutura. Dentre essas características,
destacam-se:
 Tipo de ocupação da estrutura: casas, indústrias, edifícios, escolas,
hospitais.
 Tipo de construção da estrutura: estrutura em aço, madeira,
alvenaria, aço e outras.
 Conteúdo da estrutura e efeitos indiretos das descargas
atmosféricas: residências, subestações de energia, monumentos,
escolas, hospitais.
 Localização da estrutura: estruturas próximas de árvores mais altas,
estruturas isoladas e mais altas que as árvores ao redor.
 Topografia da região: planícies, colinas, montanhas.        

Unindo-se às características acima, é possível obter o nível de proteção


adequado à estrutura, que pode ir de I a V. Na NBR 5419, há uma fórmula que
é utilizada para calcular a média anual previsível de descargas elétricas a cada
tipo de estrutura. O resultado indica a necessidade, ou não, da instalação de
um SPDA.
Por fim, a altura de instalação dos captadores (pontas dos para-raios) deve
estar de acordo com o nível de proteção calculado para a estrutura, variando
de I a V, de acordo com a tabela mostrada abaixo:
ATERRAMENTO

Sabemos que a eletricidade foi um dos fenômenos mais revolucionários de


todos os tempos. Hoje a eletricidade é indispensável, e a cada dia surge uma
nova possibilidade através deste fenômeno que já se tornou essencial à vida
humana. Qualquer profissional da área sabe o quanto é importante a
segurança quando se fala em eletricidade, ao realizar alguma instalação ou
manutenção, além de assegurar o funcionamento seguro e adequado da
instalação ou máquina a qual ele esteja fazendo manutenção, é
importantíssimo assegurar a sua própria segurança e a segurança das pessoas
que usam ou frequentam as instalações pelas quais ele é responsável.

E para tornar obrigatório algumas medidas para proteção segurança das


pessoas e instalações que surgiram as normas técnicas. A ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) especifica entre outros medidas para que as
instalações elétricas sejam seguras e funcionem da melhor maneira possível.

Uma destas medidas para proteção da instalação e das pessoas que


frequentam a instalação é o aterramento. O aterramento elétrico é uma das
formas mais seguras de interferência na corrente elétrica para proteger e
garantir o bom funcionamento da instalação elétrica, além de atender as
exigências das normas para instalações elétricas. Antes de falarmos
propriamente de aterramento, precisamos entender alguns pontos.

Rede elétrica

A concessionária de distribuição elétrica fornece basicamente dois fios de


energia: neutro e fase. Estes fios podem ser identificados na superfície dos
mesmos ou por cores. O neutro possui o potencial igual a zero e o cabo fase é
o cabo por onde passa a tensão elétrica transmitida. Porém esta ligação não é
perfeita, porque existem variações de tensão elétrica.

Provavelmente o nível de tensão da sua residência é de 110 V ou 127 V. A


diferença de potencial entre os cabos gera a corrente elétrica, por exemplo, o
cabo neutro com 0 V e o cabo fase com 127 V, a diferença de potencial
(tensão) entre eles é de 127 V, em um ponto onde haja esta diferença de
potencial é possível fazer circular uma corrente elétrica. Porém o exemplo
citado nem sempre é verídico, pois podem existir “sujeiras”, causadas pela fuga
de energia em aparelhos elétricos e eletrônicos.

Fuga de energia

Essa fuga fica na superfície dos equipamentos elétricos ou eletrônicos, pode


ocorrer devido defeito, falhas ou mesmo sobre certas características individuais
dos aparelhos. Ao encostar-se nesta superfície estamos sujeitos a levar um
choque elétrico, de intensidade variável. Quanto mais componentes eletrônicos
o equipamento tiver, maior a intensidade e frequência desta fuga de energia,
como em computadores.

O choque acontece porque existe uma diferença de potencial entre a pessoa


que encosta neste equipamento e o equipamento. Assim como a diferença de
potencial nos cabos, mas neste caso a pessoa sofre um choque elétrico. Mas
se ao invés de uma pessoa, um aparelho elétrico com diferença de potencial a
encostar-se em um aparelho com fuga de energia, pode ocasionar em danos a
este aparelho, por menor que seja, os componentes mais sensíveis podem ser
danificados.

Aterramento elétrico

Segundo a ABNT, aterramento elétrico significa colocar instalações e


equipamentos no mesmo potencial, de modo que a diferença de potencial entre
a terra e o equipamento seja o menor possível. O terra é o conector com
diferença de potencial igual a zero, a diferença entre ele e o neutro é que ele
não altera o seu valor por meio de ”sujeiras”, pelo contrário, por meio do terra
estas sujeiras são eliminadas, o que não permite que fugas de energia fiquem
na superfície de aparelhos elétricos. Essas sujeiras são eliminadas para terra,
daí o nome.

Objetivos e importância do aterramento

Como já dito, fazer o aterramento é obedecer a normas de segurança ditas


pela ABNT, além de garantir o funcionamento adequado da instalação e a
segurança quanto a fenômenos que possam comprometer o funcionamento
adequado dos equipamentos. Podemos pontuar alguns dos principais
objetivos:
 Proteção da integridade física das pessoas:

Como já explicado, essa corrente de fuga que fica na superfície dos


equipamentos pode ser transmitida para o corpo da pessoa que encostar neste
aparelho. A intensidade deste choque pode não ser tão grave, mas muitas das
consequências de se submeter ao choque elétrico não estão ligadas a
intensidade do choque, mas a fatores externos. Por isso o melhor é evitar este
contato com a energia.

 Facilitar o funcionamento de dispositivos de segurança:

Imagine um equipamento com fuga de energia que não esteja em um sistema


de aterramento, logo, a maneira a qual esta fuga de energia será eliminada do
equipamento será quando uma pessoa encosta-se a este equipamento. Mas se
este equipamento estiver ligado a um sistema de aterramento, esse excesso de
energia será levado pelo cabo terra, e caso este excesso seja prejudicial ao
funcionamento da instalação, os dispositivos de segurança (disjuntores,
fusíveis, etc.) vão entrar em ação, interrompendo o funcionamento, por
exemplo.

 Descarregar cargas eletrostáticas da carcaça de equipamentos:

A permanência destas cargas eletrostáticas na superfície do equipamento


coloca em risco o desempenho do mesmo, pois componentes sensíveis podem
ser prejudicados. Cargas eletrostáticas são formadas a todo tempo por atrito,
por exemplo.

Tipos de aterramento

 Sistema TT. Considerado o modelo mais eficiente, tem uma haste


própria para aterramento no transformador. ...

 Sistema TN-S. Neste modelo, o terra e o neutro conectam-se no mesmo


ponto de alimentação do circuito, mas são distribuídos de maneira
independente por toda a instalação. ...

 Sistema TN-C.
CONCLUSÃO
ANEXOS

Fig. Contacto Direto Fig. Contacto indireto


Efeito de sobre carga Fusível

Descarga eléctrica Disjuntores

Para-raios Franklim

REFERNCIAS

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