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Crianças e adolescentes sob a tutela do Estado eram vistos como ameaça à ordem
pública, era necessário transformá-los em cidadãos mais uteis e produtivos para a
sociedade. A legislação “menorista” assumiu assim caráter ambíguo: ao mesmo tempo
que o menor em situação irregular simbolizava perigo a ser detectado e disciplinado era
uma “inocência” a ser recuperada e educada.
Não escapam à essa visão aqueles que observam a lei e sua aplicação, isto é, os
Operadores do Direito. Estudos realizados na França tanto com leigos quanto
profissionais que lidavam com a delinquência, concluem que ela é, em certa medida,
definida pela cultura e que os julgamento e atitudes sobre os delinquentes depende do
lugar social ocupado. Em outros termos, não se pode falar em uma única representação
de delinquência ou atitudes universais em relação a ela, muito embora a Psicologia
Jurídica tipifique quatro delas: a delinquência ocasional, a psicótica, a neurótica e a
profilática. Ainda assim só confirma que a diversidade do termo só pode ser explicada
pelas práticas profissionais, adesões ideológicas e valores morais de uma cultura, de um
grupo social ou de uma categoria profissional.
REFERÊNCIAS