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ESTUDO DE VIABILIDADE DE
MOTORIZAÇÃO A AR-
COMPRIMIDO SOB ALTA PRESSÃO
EM AERONAVE OTIMIZADA
AERODINAMICAMENTE
TAUBATÉ
2009
2
RESUMO
Há também a empresa Air Car Factory S.A., Estados Unidos, que pleiteia (judicialmente)
os direitos pela invenção, porém nenhuma informação mais detalhada de seu motor foi
encontrada além das pouquíssimas existentes em seu site na Internet; há algum detalhe da
locomotiva a ar comprimido inventada pelo fundador da fábrica Estado-Unidense. Com os
dados obtidos nos vários sites na rede mundial de computadores foi definida a
configuração de aeronave padrão para aplicação da motorização – de aerodinâmica
3
otimizada, cujas especificações iniciais serão apresentadas com respectivos dados obtidos
destas, e serão a base de dados para o presente Trabalho. Os cálculos dos ciclos e
transformações termodinâmicas, aliados ao conhecimento prévio de dados obtido nos
diversos sites da Internet e literatura sobre o tipo de motor escolhido (MDI) comprovarão
a potência e o trabalho necessários a viabilizar sua aplicação aeronáutica. Cálculos de
desempenho associados com dados experimentais previamente conhecidos (provenientes
de pesquisas e estudos recentes em diversas instituições) viabilizarão o projeto preliminar
da aeronave. A comparação dos resultados com os dados coletados em literatura
eletrônica e na rede mundial, validarão o projeto preliminar da aeronave com a
motorização proposta. A previsão de projeto mecânico e respectivo ensaio em ambiente
Inventor e/ou Catia, assim como ensaios computacionais para determinação do
comportamento do ar comprimido desde o reservatório até o escape em ambiente Ansys
CFX não foi possível dentro do prazo disponível, podendo ser alvo de trabalho futuro. A
necessidade da busca por novas alternativas aos combustíveis fósseis, bem como, a
necessidade de humanização e democratização do transporte aéreo, aliados a necessária
rapidez e agilidade que o atual mundo globalizado impõe, são as razões que motivaram o
presente T.C.C.
Palavras-Chaves: Compressed air engine; compressed air car; compressed air aircraft;
blended wing body design; air car design.
4
1. INTRODUÇÃO
Ilha Solteira, 1974. Após três dias de internação hospitalar, uma criança de apenas 03 anos
de idade volta para recuperação final de sua saúde em casa depois de séria crise de
bronquite, seqüelando alergia crônica respiratória, ocasionada pelo ar seco da região e
poluição do ar.
Andradina, 1977. Nova crise alérgica é sofrida pela criança em razão, principalmente, da
condição do ar - ainda mais seco daquela região, suas ruas poeirentas e, novamente,
poluição do ar.
Copenhage, 2009. Conferência Mundial para o Clima promovida pela Organização das
Nações Unidas sobre o tema Aquecimento Global para definição de medidas imediatas
para contenção da elevação das temperaturas e redução da emissão de gases poluentes.
A situação de poluição do ar só piorou nos últimos anos. Toneladas de partículas sólidas e
gases poluentes são anualmente lançados na atmosfera; a grande maioria destes, pela ação
do homem. O efeito estufa, de ocorrência natural, tem sido afetado de forma negativa e
nociva para a biosfera em razão do aumento da concentração dos gases que o originam. O
Dióxido de carbono, dentre vários outros gases, naturalmente ou não, presentes na
atmosfera, é o maior contribuidor individual para o aumento da forçante radioativa dos
gases de efeito estufa, sua contribuição está por volta dos 1,56 W/m² durante o período de
1765 até 1992.
Para estabilizar as concentrações que estão presentes nos dia de hoje, seria necessário uma
redução de 60% na emissão global de dióxido de carbono. Para resolver este problema foi
criada a F.C.C.C. (Framework Convention on Climate Change) na ECO 92, realizada na
5
Registros anteriores (Royal Society London, 1687) dão conta de que Denise Papin já tivera
tal idéia. Estes veículos, que podemos chamar de Locomotivas pneumáticas, foram
construídas em diversos momentos por diversos construtores, podendo-se destacar o
veículo construído em 1848 pelo Barão Von Rathlen, o veículo do construtor Julienne
datado de 1855 e as locomotivas pneumáticas do sistema Mékarski, cujas primeiras datam
1
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-efeito-estufa/gases-do-efeito-estufa.php
2
http://www.dself.dsl.pipex.com/index.htm
6
3
http://www.tramways.freeserve.co.uk/Tramframe.htm?http://mysite.wanadoo-
members.co.uk/tramways/Articles/Compair2.htm
4
http://www.sandonbc.com/railwaytourism.html
5
Patente US4370857
7
Com o advento dos materiais compósitos, tanques menores, mais leves e muito mais
resistentes foram desenvolvidos, o que tornou viável a utilização de motores a ar
comprimido em automóveis urbanos em razão da diminuição de dimensões e peso dos
cilindros de ar comprimido. Armando Regusci, Uruguaio, projetou, desenvolveu e
patenteou motor a ar comprimido em 1989, cujo rendimento e construção mostraram-se
revolucionários, sem notícia de eventual produção. Mais recentemente, em 1991, o
engenheiro automotivo Guy Nègre projetou e desenvolveu motor com sistema de biela
articulada que, com emprego de materiais compósitos, alumínio e ligas leves, viabilizou a
construção em nível industrial de carros urbanos e competitivos, se comparados a outros
automóveis baseados em energia alternativa – Elétricos, Solares, Hidrogênio e Células de
Combustíveis. Porém, o projeto inicial de Nègre mostrou-se pouco eficiente, mesmo
quando comparado ao de Armando Regusci, o que o fez desenvolver, em 2004, motor
muito similar ao Uruguaio, sem contudo, referenciá-lo. Pode-se também citar o
desenvolvimento da EngineAir, a Quasiturbine, e a recente produção Indiana bem sucedida
do veículo Nano, da Tata Motors em parceria com a MDI Enterprises - de Guy Nègre.
A idéia, portanto, de veículos movidos a ar-comprimido data inicialmente de 4 séculos
atrás, sendo progressivamente desenvolvida por pesquisadores e engenheiros de forma
isolada, porém acelerada. O fator sócio-econômico e a globalização são os principais
fatores a retardar a progressiva implantação de fábricas para produção destes veículos em
diversas partes do mundo.
Nesse sentido que o presente trabalho procura auxiliar a resolver o problema das grandes
emissões aeronáuticas de poluentes e de gases geradores do efeito estufa: o estudo de
8
Figura 06. Protótipo X-48, a Boeing, em parceira com a NASA, cujo projeto original data
dos anos 50, e divulgação (X-48) de 2006.
6
http://en.wikipedia.org/wiki/Boeing_X-48
9
2. REVISÃO DE LITERATURA
3. METODOLOGIA
3.1 MOTOR
O motor escolhido é um motor monoenergia, ou seja, funciona apenas com ar comprimido
sob alta pressão e temperatura ambiente e ar atmosférico comprimido a alta temperatura,
semelhante ao que se vê na figura 7.
A disposição dos cilindros dos pistões será horizontal e os pistões opostos – figura 08,
configuração esta de aplicação comum em aeronaves. O número de cilindros variará
conforme a potência requerida, onde, nos cálculos termodinâmicos, buscar-se-á estimar a
potência de um único pistão-cilindro.
Figura 08. Disposição horizontal dos cilindros com dois pistões opostos entre si.
12
Tabela 02. Valores médios de bore e stroke e taxa de compressão utilizados neste trabalho.
Unidades no S.I..
Pistão de Pressão Pistão de Trabalho
Diâmetro (Bore) 0,035 0,07
Percurso (Stroke) 0,07 0,14
Razão de Compressão 15:1 10:1
Vcilindrada + VMORTO
RazComp = .1
VMORTO
π
Vcilindrada = ⋅ ( Bore )2 ⋅ ( Stroke ) .2
4
7
Fonte: infosheet_xprize.pdf
8
Fonte: MDI_ZPM_CityCAT.pdf
9
Fonte: MDI_ZPM_CityCAT.pdf
10
http://www.motormdi.com/comparaciones.htm e http://www.themotorreport.com.au/5732/tata-air-car-
powered-entirely-by-compressed-air-blow-me-down/ acessados em 02/07/2007, às 16h46min.
13
Câmara motora
Câmara de Trabalho
Pistão de Trabalho
Pistão de Pressão
11
http://www.1st-engine.com/Air-Engine.html
14
Trabalho. A presente transformação ocorre tão logo a válvula de alta velocidade é acionada
(aberta) – quando então se mistura o conteúdo das câmaras motora e de trabalho. A energia
contida no ar comprimido (tanto do proveniente do reservatório quando do proveniente do
pistão de pressão) é utilizada para a expansão. Por comodidade, e a fim de não desviar o
foco do presente trabalho, não foi abordado aqui esse efeito dinâmico do ar atmosférico,
desconsiderando-se portanto esse acréscimo de pressão resultante.
O segundo ciclo segue-se com as seguintes fases:
• Abertura da válvula de admissão do Pistão de Trabalho, que recebe a frente de onda
de choque, conseqüentemente a pressão e temperatura provenientes da câmara de
trabalho;
• Expansão Adiabática do ar agora contido no Pistão de trabalho – isso porque o ar,
foi desconsiderada eventual troca de Calor do sistema com o meio, apesar de
receber energia do meio, resfriando-se e fornecendo trabalho ao Pistão de Trabalho.
Dessa forma, a energia contida no ar comprimido é passada ao Pistão na forma de
Trabalho.
Para tanto, utilizou-se as seguintes formulações e grandezas termodinâmicas, onde:
RAR = Constante Universal específica para o ar;
ρ = massa específica do ar;
k = relação entre cP e cV ;
cP = calor específico a pressão constante;
cv = calor específico a volume constante;
PI e TI = pressão e temperatura no início do ciclo 01 (Pistão de Pressão);
Vcm = Volume da Câmara motora = 4.Vmorto do Pistão de pressão;
.03
.04
.05
.06
.07
.08
.09
17
ρ0 = 1,18392515 kg/m3.
As condições iniciais desta fase para a Câmara Motora são as mesmas do final do ciclo do
Pistão de pressão.
TCamaraTrabalho = 298,15 K
PCamaraTrabalho = 965266 Pa.
VCamaraTrabalho = 0,0000288633825 m3.
ρCamaraTrabalho = 11,2785857 kg/m3.
mArCamaraMotora = 0,0000227813896 kg
mArCamaraTrabalho = 0,000325538133 kg
Para esta pressão acima, por falta de dados precisos, havendo dados do arquivo de patente
nº US 6.334.435B1, de janeiro/2002 – Guy Nègre, dando conta de valores iguais a 50 bar
na Câmara motora (engine chamber) e 10 bar na Câmara de Trabalho (working chamber),
utilizada 10 bar de pressão, retornou valores de saída (temperaturas e pressões finais do
processo completo do motor) improváveis que, reiterando-se os cálculos (reversamente), os
valor mais coerente para a Pressão a fim de obter valores finais não absurdos foi o acima
transcrito (≈ 9,65 bar)
19
Pelo fato de teoricamente ocorrerem trocas de calor entre essas duas massas de ar das
câmaras, considerou-se a transformação similar a uma transformação Politrópica, o que
ofereceu valores de equilíbrio iguais a:
TEqCamaras = 186,07 K
PEqCamaras = 542500,789 Pa.
VCamaras = 0,0000481056375 m3.
ρEqCamaras = 10,1569567 kg/m3.
mArCamaras = 0,0003483195226 kg
Supondo que no final deste ciclo, ocorre equilíbrio com o ambiente, então as condições
iniciais serão:
TPistãoTrabalho = 298,15 K (25°C)
PPistãoTrabalho = 101325 Pa (1 atm).
VMortoPistãoTrabalho = 0,0000598647933 m3.
VCilindradaPistãoTrabalho = 0,0005387831397 m3.
VPistãoTrabalho = 0,000598647933 m3.
ρPistãoTrabalho = 1,18392515 kg/m3.
mVMortoPistãoTrabalho = 0,0000708754346 kg
Fase I: Abre-se a válvula de admissão do Pistão de Trabalho (ou válvula de exaustão das
Câmaras) e ocorre a mistura das massas de ar. As condições finais (equilíbrio) desta fase
serão:
TEqPTCT = 298,15 K
PEqPTCT = 443479,849 Pa
ρEqPTCT = 5,18181049 kg/m3.
VCamaraTrabalho = 0,0000288633825 m3.
VMortoPistãoTrabalho = 0,0000598647933 m3.
VEqPTCT = 0,0000887281758 m3.
Fase II: Expansão considerada Adiabática (sem perdas de calor por desprezível que
eventual seja) devido a grande diferença de pressões (desconsiderada ainda o acréscimo de
pressão devido a onda sônica) final e inicial desta fase, adotando-se a temperatura final
20
Fase III: Transformação Isométrica até atingir a pressão ambiente, abrindo-se a válvula de
expansão ao final desta fase:
PFinalPP = 101325 Pa.
TFinalPP = 217,85 K.
Valor de temperatura este impossível, o que indica necessidade de dividir, na prática, os
ciclos em novas fases, acrescentando-se alguns trocadores de calor a fim de evitar que o ar
se liquefaça-se. Tais trocadores de calor, em determinadas pesquisas encontradas, retiram o
calor do Pistão de pressão, conforme se vê na figura 10.
Pistão de Pressão
.10
que resultou:
WPT = 92,74737698 joules (1 ciclo completo)
Adotando o número de ciclos fornecido por site oficial da empresa MDI Enterprises, como
sendo 3500 rpm12, tem-se para cada célula de motor (par de cilindros e câmaras):
3.1.4 Comparação.
3.2 AERONAVE.
A Aeronave a ser escolhida como base para o projeto preliminar deve possuir a melhor
configuração no sentido de necessitar da menor potência possível para decolar e manter o
vôo com as mínimas condições de segurança possíveis.
Voltado para atender, em médias distâncias, populações pobres e carentes de forma direta e
mais rápida que um ônibus, porém buscando uma energia limpa e barata a fim de não
tornar este transporte mais um luxo das classes mais altas, o presente projeto quer mostrar
outros caminhos que podem ser trilhados em busca do bem comum e da preservação do
nosso meio ambiente, sem descartar a tecnologia e o desenvolvimento, sem esquecer
também a crescente necessidade de deslocamento mais rápidos entre as cidades.
Nesse contexto, uma aeronave mais otimizada possível, porém ainda em pesquisa, é
Uma aeronave com asa incorporada à fuselagem – Blended Wing Body. Estudos recentes
mostraram que um BWB necessita motores 25% menores que aqueles que uma aeronave
similar (numero de passageiros) necessitaria.
Para atender um numero bom de pessoas a médias distâncias – como um ônibus – fixou-se
o número de 20 passageiros, mais 02 tripulantes. Bagagens, além daquelas de mão, fixou-
se 200 kg totais. Para a média distância, como trata-se de Brasil pode-se imaginar a média
distância como sendo aproximadamente 500 km, o que tomou-se aqui como alcance
máximo. Via de regra, estabeleceu-se 30 minutos de espera. Dados como velocidade de
estol, de cruzeiro e máxima, distância para pouso e decolagem, dentre outros, foram fatores
não fixados, porém, como se verifica ao final, chegou-se a valores bastante atraentes.
Baseados nos estudos do VELA, a RÚSSIA mostrou sua pesquisa na área com o TsAGI
IWB (Integrated Wing Body)
24
Fonte: BWBMAD050501.pdf de Leifsson, L.T., Ko, A., Mason, W.H., Schetz, J.A.,
Haftka, R.T., e Grossman, B., Multidisciplinary Design Optimization for a Blended Wing
Body Transport Aircraft with Distributed Propulsion, Universidade Estadual e Instituto
Politécnico da Virgínia, Blaksburg.
13
BWBMAD050501.pdf
27
Os procedimentos para determinação do peso bruto de decolagem podem ser vistos passo a
passo no anexo Error! Reference source not found..
Velocidade de Estol:
Vs = 32,62 m/s = 117,42 km/h = 63,4 knot
Velocidade de Aproximação:
Vapp = 42,4 m/s = 152,65 km/h = 82,42 knot
Velocidade de estol na decolagem:
Vs-d = 36,47 m/s = 131,28 km/h = 70,89 knot
Velocidade de decolagem:
Vd = 40,11 m/s = 144 km/h = 77,98 knot
Distância de decolagem:
Ground roll = 800 ft = 243,8 m ; over 50ft = 1000 ft = 304,8 m
Distância de Pouso:
Rpouso = 1688,76 ft = 514,7 m.
Pelos cálculos realizados (vide anexo Error! Reference source not found.), conforme
orientações recebidas em sala de aula na disciplina especifica, as características da
aeronave obtidas foram
CL/CDmax = 29,8796
CLmax = 4,132
Potmaxav = 1008593,846 W = 1352,55 HP > 1250 HP estimados para 05 motores !
Potmin = 139806,84 W = 187,48 HP
Vmax = 180,05 m/s = 648,18 km/h = 350 knot
30
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Todo o trabalho realizado foi essencial para aquisição e fomento de conhecimentos, em sua
grande maioria, adquiridos ao longo do curso.
Os dois temas abordados neste trabalho são de grande relevância nas pesquisas atualmente
em curso por tratarem de otimização de aeronave, o que traz benefícios a todos os
envolvidos no processo de projeto, fabricação, produção, comercialização e utilização da
aeronave otimizada, haja visto o grande numero de pesquisas ainda em desenvolvimento, e
sua grande importância e complexidade é notada pelo grande numero de Instituições de
pesquisas, Universidade e Empresas aeronáuticas que estão, juntas, desenvolvendo
projetos, muitos dos quais ainda não divulgados.
A aeronautização de motores não é ramo novo de pesquisa, existindo muitos tipos de
motores, homologados e outros experimentais, que foram originalmente projetaods para
outros fins e acabaram ganhando variantes para o setor aeronáutico. Com o motor a ar
comprimido também não será diferente.
4. CONCLUSÃO
Árduo é o labor de todos que estão a pesquisar tanto aeronaves Blended Wing Body quanto
motorização a ar comprimido, mesmo que este último para o setor automobilístico. De
todas as dificuldades sentidas no desenvolver deste trabalho, o principal o tempo escasso
disponibilizado para o assunto, porém, os temas escolhidos são de extrema abrangência e
necessitam de conhecimentos muito alem da graduação.
Na medida do possível, os resultados obtidos mostram ser viável uma aeronautização de
motores que tem por base o ar comprimido fornecendo a energia motora, em especial a
empresa MDI Enterprises em razão de sua experiência em viabilizar comercialmente seus
produtos. Os motores desta empresa podem, principalmente os mais recentemente
projetados (com capacidades anunciadas de 70 e 75 HP) de fato serem aeronautizados para
a configuração e requisitos de aeronave neste trabalho levantados
31
5. REFERÊNCIAS
6. ANEXOS
6.1 CÁLCULOS E FORMULAÇÕES UTILIZADAS
PRIMEIRO PRINCÍPIO:
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA TOTAL DE UM CORPO OU SISTEMA.
Q - L = U2 - U1
Q - L líquido = U2 - U1 + p2v2 - p1v1 = H2 - H1
Q + Σ v ∆p = H2 - H1 (se todo o trabalho for aproveitado na forma
mecânica)
Σ v ∆p = trabalho técnico
[ topo ]
SEGUNDO PRINCÍPIO:
O ÚNICO RESULTADO DE UMA TRANSFORMAÇÃO NÃO PODE SER A
RETIRADA DE CALOR DE UMA FONTE FRIA E SUA TRANSFERÊNCIA
PARA UMA FONTE QUENTE
Conseqüências:
Nenhum ciclo pode ter maior rendimento que um ciclo reversível
operando entre as mesmas temperaturas limites
O rendimento de todos os ciclos reversíveis absorvendo calor (Q1) a
uma alta temperatura T1 e rejeitando calor (Q2) a uma baixa
temperatura T2 deve ser o mesmo e para todos os ciclos desse tipo o
33
Transformação qualquer:
U2 - U1 = mcv (T2 - T1) = (p2v2 - p1v1)/(k-1)
H2 - H1 = mcp (T2 - T1) = [k/(k-1)](p2v2-p1v1)
S2 - S1 = mcv ln(T2 / T1) + nR ln(v2 / v1)
= mcp ln(T2 / T1) - nR ln(p2 / p1)
= m[cp ln(v2 / v1) + cv ln(p2 / p1)]
[ topo ]
Q=0
L = U1 - U2 = mcv (T1 - T2) = (p1 v1 - p2v2)/(k-1)
= [p1v1/(k - 1)][1 - (v1 / v2)k-1]
= [p1v1/(k - 1)][1 - (p2 / p1)(k-1)/k]
S2 - S1 = 0
[ topo ]
Transformação politrópica
Q = mc(T2 - T1), pvr = constante
Substituir k por r=(cp - c)/(cv - c) nas relações da adiabática.
r = k : isoentrópica (adiabática reversível)
r = 0 : isobárica
r = 1 : isotérmica
r = ∞ : isométrica
[ topo ]
Gráfico 01. Gráfico para determinação da relação entre cP, cV e k com relação a
temperatura (kelvin).
36
Constante Politrópica e sua relação com calor específico, calor específico a pressão
constante e a volume constante:
>
Dos gráficos da relação entre Cp, Cv, k com relação a T (kelvin) (arquivo excel .xls),
temos:
>
>
37
>
>
>
TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA:
>
38
>
TRANSFORMAÇÃO ISOMÉTRICA:
>
TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA:
>
TRANSFORMAÇÃO ADIABÁTICA:
>
>
> POLITRÓPICA:
>
>
39
>
>
>
>
>
(1º) Fase inicial I: Resíduo de gases do ciclo anterior; Pressão inicial I é igual a
pressão no final do ciclo deste pistão de pressão; Temperatura inicial I é igual a
Temperatura final deste pistão pressão; Válvulas fechadas; Pistão no ponto morto
superior;
>
>
(2º) Fase II: Expansão POLITRÓPICA.
Ocorre ∆P, ∆V, ∆T com trocas de calor com o meio. Supomos, para simplificação e
aproximação, PII = Pressão ambiente. Coeficiente de expansão npolitrópica e dada pela
equação abaixo, adotando, conforme dados experimentais da literatura, n%e = 0.95
40
(equivalente a 05% de perdas para o meio). PVn=Constante. No final desta Fase Abre a
Valvula de Admissão do ar ambiente/atmosférico para o Pistão de pressão.
>
>
41
>
>
42
>
>
>
44
>
(5º) Fase de EXAUSTÃO: Volume inicial desta fase = Volume V; Volume final nesta
fase = Volume mortoPP + Volume Câmara motora; As variações surgidas da mistura
sofrerão alterações e trocas de energia e calor, portanto, para cada, considerarei
transformação politrópica. No mesmo contexto: Constante1 + Constante2 =
Constante3 , para o caso: PVn= constante para cada ar (aquele confinado na câmara
motora e aquele comprimido pelo pistão de pressão). Temperatura inicial desta fase
para a Câmara motora = Temperatura ambiente (25ºC = 298.15K); Pressão da
câmara motora = pressão ambiente (101325 Pa).
>
45
>
>
46
>
Massa de ar descarregada:
>
>
47
>
>
>
Após os Cálculos da Câmara Motora do arquivo (...)a1.DOC, segue neste arquivo.
CÂMARA DE TRABALHO
Condições iniciais:
>
50
>
>
51
>
>
PISTÃO TRABALHO
Condições Iniciais:
>
>
52
>
>
>
>
>
>
>
A fim de evitar impossibilidade técnica nos valores anteriores (outros ciclos) que levariam
a temperaturas absurdas (ar liquefeito), ha necessidade de se adicionar pistões, a fim de
dividir as expansões com inserção, entre elas, de aquecedores o que, nesta fase influenciará
a pressão final; assim, calculando esta (ainda considerando a transformação adiabática)
teremos:
>
na prática também impossivel, porém a adição dos aquecedores nos ciclos anteriores (não
considerados aqui neste estudo), elevarão esta temperatura final, viabilizando a construção
do referido motor, cuja efetividade técnica somente poderá ser comprovada com a
obtenção de dados e de suas propriedades experimentais.
CALCULO DO TRABALHO
54
Densidade:
>
Massa de ar descarregada:
>
TRABALHO:
>
>
>
>
WTOTAL = WPT + WPP = 92,74737698 - 15,9020490 = 76,84532798 joules – 1 ciclo
55
Requisitos:
Motores (02): HP cd
Tripulação: 2 tripulantes 20 pax
(peso relacionado:) 110 kgf cd 110 kgf bagagens
Carga paga: 200 kgf
Vel.Cruzeiro: 200 km/h
Altitude Cruzeiro: ft
Vel.Estol: knots MTOW
Alcance: 500 km + 30 min espera
Requisitos SI TOTAIS
Motores (??): 0 W cd 0W
Tripulação: 22 pax 22 pax
(peso relacionado:) 1078,7315 N cd 1078,732 N bagagens 24810,8245 N
Carga paga: 100% pax 1961,33 N 1961,33 N
Vel.Cruzeiro: 55,55555556 m/s ( 200 km/h ) 55,5555556 m/s
Altitude Cruzeiro: m 0m
Vel.Estol: 0 m/s MTOW ( 0 km/h ) 0 m/s
Alcance: 500000 m 1800 s espera (Vcruz) 600000 m
Wpax+bag = 26772,1545 Valor Médio Estimado Pot/W = 43,5103 W/kg W0 = 161461,8 N BWB
de C:\Users\AlessandroNFP\Documents\TCC\TCC_DADOS.xlsx
2) JETSTREAM 41
Crew-Pax 32 32
Comprimento 19,25 19,25
Envergadura 18,42 18,42
Altura 5,74 5,74
Área Alar 32,4 m2. 32,4
airfoil NACA 63A418 root 62A412 tip
Peso Vazio 6416 kgf 62919,4664
MTOW 10886 106755,192
PowerPlant 02 motores TPE331-14 1250 W cd (W) 2500
Propeller Diameter 2,9 m 2,9
Velocidade Máx. 546 km/h 151,666667
Alcance 1433 m 1433
Teto de serviço 7925 m 7925
Razão de subida 11,2 m/s 11,2
Carga Alar W/S 336 kgf/m2. 3295,0344 N/m2
Pot/W 230 W/kgf 23,4534729 W/N
3) BEECHCRAFT 1900
Crew+Pax 21 (N) 22653,3615
Comprimento 17,63 17,63
Envergadura 17,67 17,67
Altura 4,72 4,72
Peso Vazio 4831 kgf 47375,9262
MTOW 7668 75197,3922
PowerPlant 02 motores PT6-67D 955 kW cd 1910000
Fuel Capacity 4484 lb (N) 19945,8257
Velocidade Máx. 248 kt 4020m 459 km/h 127,5
Velocidade Cruz. 260 kt 480 km/h 133,333333
Velocidade Stol 156 km/h 43,3333333
Alcance 2776 km 2776000
Teto de Serviço 7600 m 7600
Razão de subida 10 m/s 10
4) NAL SARAS
Crew+Pax 16 17259,704
Comprimento 15,02 15,02
Envergadura 14,7 14,7
Altura 5,2 5,2
Carga Total 1232 kgf (N) 12081,7928
MTOW 7100 kgf (N) 69627,215
PowerPlant 2 motores PT6A 634 kW cd (W) 1268000
Velocidade Máx. 550 km/h 152,777778 m/s
Alcance 1940 km 1940000 m
Teto de Serviço 7500 m 7500
Autonomia 6 h 21600 seg
56
5) DORNIER 328-110
Crew+Pax 36 36
Comprimento 21,11 21,11
Envergadura 20,98 20,98
Altura 7,24 7,24
Área Alar 40 m2. 40
Peso Vazio 8920 kgf 87475,318
Carga máx. 3450 kgf 33832,9425
MTOW 13990 kgf 137195,034
Velocidade Máx. 620 km/h 172,222222
Alcance 1850 km 1850000
Teto de Serviço 9455 m 9455
Dados históricos
Pela Tab.3.1:
W e / W 0 = A W 0C K vs
A= 1,51 C= -0,1 K VS = 1
W2 LOITER
W4
TO (W 0 ) W1 LND (W5)
Segmentos da missão:
(0) Início da missão (1) aquecimento e decolagem (2) subida (3) cruzeiro
(4) vôo de espera (5) aterrissagem
Tipo Asa Voadora Swet/Sref≈ 2,16438356 (setas abaixo) 2,4 fonte: BWBEWADE2007_Scholz.pdf
59
Considerando:
Envergadura: b≈ 16,84492252 (Valor determinado pelo AR médio conc. e Sref Inventor)
2
Área Alar: S=A= 42,435 m . (Determinado pelo Inventor a partir do Lay-out BWB)
W3
5) Aterrissagem W5/W4 = 0,995 (tab.3.2)
W / W = AW K C -0,1
We/W0 = 1,51 W0
e 0 0 vs
Estimativa Fração Peso Bruto Decolagem:
W crew + W payload Wcrew + Wpayload
W0 = W0 = −0 ,1
1 − (W f / W 0 ) − (W e / W 0 ) 1 − (0,073644 ) − (1,51∗W0 )
Iterações: W0 Estimado We/W0 W0 Calculad
88000 0,483647202 53163,57023
53000 0,508802645 56366,40489
56000 0,506008887 55991,77587
55991 0,50601702 55992,85924
55992 0,506016117 55992,73885
55992,7 0,506015484 55992,65459
55992,65 0,506015529 55992,66061
55992,66 0,50601552 55992,6594
55992,659 0,506015521 55992,65952
55992,65952 0,50601552 55992,65946
55992,65946 0,506015521 55992,65947
61
Verifica-se portanto que os dados históricos não condizem para o caso de uma BWB
Projeto : W0 = 55992,65947 N
2
Sref = 35,34 m .
2
W/S (N/m ) 1584,399
2
W/S (lb/ft ) 33,091054
Como a carga alar ficou MAIOR que o valor histórico, usaremos ESSE valor para determinar o
melhor valor da área de referência.
c
hp/W 0 = a*Vmax . a c hp/W 0 (P ot /W 0 )
Aviação Geral 02 motores: 0,034 0,32 0,017 tab.5.2.pag.3
Média dos conc.: Vmax = 144,365079 m/s 322,9354853 mph
hp/W0= 0,21597126 HP/kgf
hp/W0= 16,4225032 W/N
Pot= 919539,63 Watt 1233,122957 HP
OBS: MDI mono 2cil/car 1 cil/motor 2 motor/car 12,5 HP/cil 9321,248 W/cil
08 motores 4 cil/motor 32 cilindros 400 HP 298279,9 W
NÃO DÁ !!!
Quantidade ncessária 98,6498366 cilindros !!! SE motor 10cil 10 motores!
1250 HP
OBS2: Potência calculada 1 cil 54,295 HP 40487,77453 W
22,71154 cilindros 4 motores 6 cil
Requisitos FAR/JAR 8 motores 6 cil 2606,16 HP totais 1943413 W
DETERMINAÇÃO DA ENVERGADURA
Alongamento Geométrico = AR 8,0291855 (adotado dos concorrentes)
2
Área de Referência = Sref 35,34 m .
2
ENVERGADURA b = AR * Sref :
b= 16,844923 m
DETERMINAÇÃO CLMÁX.
2
Swet/Sref 2,786138 W/S (N/m ) = 1772,568611
SsemFlap +1,4*Sref Vel.Estol = 43,75
ρ= 1,225
CLMÁX. = 1,5119619
63
3.25
1.45
2
W/S = 1772,569 N/m 37,0208651 lb/ft2.
W 1
+ Ra
R pouso = 80
S σ C Lmax
Ra = 600 - avião s/potencia, cargueiro tb.
Rpouso = 1688,76 ft
514,734 m
2
Gravidade: 9,80665 m/s .
Nautical Mile: 1,852 km
knot : 1,852 km/h 0,5144444 m/s
Mach Nº 0: 331,46 m/s
Intro_Ensaios_Voo_Parte_02_Perfo.pdf
67
CLMÁX= 4,132495443
PR (W) x V (m/s)
1100000
1008593,846
1000000
900000
800000
700000
600000
POTÊNCIA
500000
400000
300000
200000
100000 139606,8447
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
64,58198012 195,70297
Velocidade
CL/CD x V (m/s)
32
30
29,8796124
28
26
24
22
Eficiência Aerodinâmica
20
18
16
14
12
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200
84,80462035 Velocidade
1100000
1008593,846
1000000
900000
800000
700000
POTÊNCIA (W)
600000
500000
400000
300000
TRmin = 1873,94 N
200000 155438,9877
100000
139606,8447
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
64,58198012 82,84759065 Velocidade (m/s)
PR(W) PR para D0(N) PR para Di(N) PRmín.= PRmín VTRmín PRmáx= Pot Cl/Cd max V Cl/Cd max P - T Cl/Cd max
1100000
1008593,846
1000000
900000
800000
700000
Potência (W)
600000
500000
400000
300000
200000
139606,8447
100000
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
64,58198012 Velocidade (m/s) 195,70297
Potência (W) x Velocidade (m/s) Pot mínima V pot mínima Pot mín Pot máx disponivel Vmáx - Pot máx d Pot máx d
70
Potência Disponível
900000
800000
700000
600000
Potência (W)
500000
300000
200000
100000
0
-10 10 30 50 70 90 110 130 150 170 190 210 230 250
14
11,65687208
12 y = -3E-12x6 + 3E-09x5 - 8E-07x4 + 0,000x3 - 0,010x2 + 0,514x + 1,495
10
6 22,6424°
2
46,57°
φ máx = 22,832 m/s
Vφ
0
-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250
64,58198012
-2
Vmáx = 179m/s
Velocidade (m/s)