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3º Unidade
Capítulo XI
A Arte Literária___________________________________________________________________3
Capítulo XII
Os Estilos de Época da Literatura Brasileira I____________________________________________12
Capítulo XIII
Os Estilos de Época da Literatura Brasileira II___________________________________________21
Capítulo XIV
Os Estilos de Época da Literatura Brasileira III___________________________________________34
Organização: Apoio:
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Capítulo XI
Entretanto, precisamos atentar para o fato que não basta usar a palavra para produzir
literatura. Só produzimos literatura, quando nossa intenção (a intenção do autor) vai além da
mera informação ou reflexão. Portanto, a intenção do autor precisa centralizar-se na
mensagem, selecionando e combinando palavras de uma forma especial.
Alguns autores clássicos afirmavam que a arte literária é a realização do belo literário,
ou seja, se trabalhamos com a palavra, teremos uma expressão escritga com estilo, forma,
ritmo e figuras de linguagem, que nos proporcionará o prazer estético.
Lembramos que o poeta também é um artista, criador de fantasias, mas como ser
humano, sobrevive no mundo e por isso, exerce influência através de sua arte escrita. Assim
afirma o poeta americano Ezra Pound: “A literatura não existe no vácuo. Os escritores, como
tais, têm uma função social definida, exatamente proporcional à sua competência como
escritores. Essa é a sua principal utilidade.”
(POUND, Ezra. ABC da Literatura. São Paulo, Cultrix, s.d.)
Resumindo:
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Capítulo XI
Naturalidade
Europeu, me dizem.
Eivam-me de literatura e doutrina
européias
e europeu me chamam.
Não sei se o que escrevo tem raiz a raiz de Observe que o poeta
algum escreve o poema em língua
pensamento europeu. portuguesa, expressando seu
É provável ... Não. É certo, sentimento africano.
mas africano sou. Os elementos da paisagem
Pulsa-me o coração ao ritmo dolente africana, como as micaias e
desta luz e deste quebranto. as savanas, opõem-se aos da
Trago no sangue uma amplidão paisagem européia (como as
de coordenadas geográficas e mar Índico. rosas), e confirmam a busca
por uma legítima identidade
Rosas não me dizem nada, africana.
caso-me mais à agrura das micaias
e ao silêncio longo e roxo das tardes
com gritos de aves estranhas.
Chamais-me europeu? Pronto, calo-me.
Mas dentro de mim há savanas de aridez
e planuras sem fim
com longos rios langues e sinuosos,
uma fita de fumo vertical,
um negro e uma viola estalando.
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Capítulo XI
Imaginação
Uma das características mais fascinantes da literatura é a capacidade de levar o leitor
a viajar, imaginar, sonhar... Quando um autor escreve um texto, ele utiliza a imaginação para
recriar a realidade e consequentemente, o leitor também a utilizará para recriar livremente o
que leu.
Atualmente, muitos críticos literários e escritores tem defendido a abertura da obra
literária, ou seja, a aceitação de que existem várias possibilidades de leitura em um único texto
literário. Aos poucos, a postura do leitor é alterada: ao invés de desempenhar um papel
passivo (que só recebe o texto) ele é visto como um participante ativo, que também usa a
imaginação para ler e entender o texto, recriando-o da forma que o convier.
Os Gêneros Literários
Como vimos anteriormente, a Literatura é um instrumento de comunicação e de
interação social, ela transmite os conhecimentos e a cultura de um povo.
Quanto à forma, o texto literário pode ser dividido em verso ou prosa:
• Textos em verso - são os poemas, formados por versos;
• Textos em prosa - são construídos em linha reta, organizados em frases,
parágrafos, capítulos, partes etc.
Quanto à estrutura e ao conteúdo, podemos, inicialmente, separar as obras literárias
em três gêneros, segundo a classificação aristotélica: lírico, dramático e épico.
Gênero Lírico
Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os
cantos dos gregos. Até o final da Idade Média, as poesias eram cantadas.
No gênero lírico há a manifestação de um eu lírico, que expressa
suas emoções, ideias, mundo interior ante o mundo exterior. São textos
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subjetivos e normalmente os pronomes e verbos estão em primeira pessoa e a musicalidade
das palavras é explorada.
Os poemas pertencem a estes gêneros, destacando-se:
• elegia - é a poesia de “um canto lírico de tom triste”. Mostra a morte de alguém
ou acontecimentos tristes. O Cântico do Calvário, de Fagundes Varela, é, sem dúvida, a
elegia mais famosa elegia da literatura brasileira, inspirada na morte prematura de seu
filho.
• ode e hino - nomes gregos que significam canto. Ode é a poesia mais
entusiástica, de exaltação. Hino é a poesia destinada a exaltar a pátria ou louvar às
divindades.
• epitalâmio - poesia feita em homenagem ao casamento de alguém.
• sátira - é uma poesia que se propõe corrigir os defeitos humanos, expondo o
ridículo de determinada situação.
• idílio e écloga - são poesias bucólicas e pastorias. A única diferença entre as
duas é que a écloga apresenta diálogo.
Quanto ao aspecto formal, as poesias podem apresentar forma livre ou fixa. O soneto
(significa som) é a forma fixa de poesias que resistiu no decorrer do tempo e sobrevive até os
dias atuais. Ele é uma composição poética de catorze versos distribuídos em dois quartetos e
dois tercetos. Sempre apresenta rima e métrica (mais usualmente versos decassílabos ou
alexandrinos).
Como exemplo, transcrevemos um famoso soneto do escritor português Camões,
escrito em versos decassílabos:
É um não querer mais que bem querer; Mas como causar pode seu favor
é um andar solitário entre a gente; nos corações humanos amizade,
é nunca contentar-se de contente; se tão contrário a si é o mesmo
é um cuidar que ganha em se perder. Amor?
É querer estar preso por vontade;
Fonte: http://www.suapesquisa.com/biografias/amor_e_fogo.htm
Gênero Dramático
A palavra drama, em grego, significa “ação”. Por isso, ao gênero dramático pertencem
os textos, em prosa ou poesia, feitos para serem representados com os conflito dos homens e
seu mundo e as manifestações da miséria humana. São divididos nas seguintes modalidades:
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Capítulo XI
Gênero Épico
A epopéia é a narração poética de um grande acontecimento que interessa a toda uma
sociedade. É uma poesia impessoal, objetiva e baseia-se na história de uma nação, com suas
aventuras, viagens, guerras, gestos heróicos, valorizando e exaltando heróis e seus feitos. Por
esse motivo, há um certo distanciamento entre o narrador e o assunto tratado, o que não
ocorre no gênero lírico. Normalmente, na poesia épica, os pronomes estão na terceira pessoa,
pois a história contada trata “dele” ou “deles”.
Os poemas épicos intitulam-se epopéias (epos “verso” e poieô “faço”). As principais
epopéias da cultura ocidental são a Ilíada e a Odisséia, de Homero; Os lusíadas de Camões;
Paraíso perdido, de Mílton; Eneida de Virgílio; Orlando Furioso, de Ariosto.
Aqui, no Brasil, Caramuru, de Santa Rita
Durão é um dos maiores destaques na classificação
Já no batel entrou do Capitão
de poemas épicos. Atualmente, alguns filmes cujo O rei, que nos seus braços o levava;
tema são guerras ou aventuras que definem a Ele, co´a cortesia que a razão
história de um povo são denominados de épicos, (Por sei rei) requeria, lhe falava.
como por exemplo: Gandhi, de Richard Cumas mostras de espanto e admiração,
Attenborough e Quilombo, de Carlos Diegues. O Mouro o gesto e o modo lhe notava,
Como quem em mui grande estima tinha
Confira um trecho do poema épico Os lusíadas que Gente que de tão longe à Índia vinha.
4engradece os navegadores portugueses. Camões
utiliza a narração em terceira pessoa e um Vocabulário
vocabulário culto: batel: barco cumas: com umas
co´a: com a mouro: árabe
Os Lusíadas
Atualmente existem sites que disponibilizam a obra integral de Os
Lusíadas. Vale a pena conferir o vocabulário culto e as aventuras de
portugueses, ao descobrirem novos mares nunca dantes navegados.
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Capítulo XI
A Metalinguagem
A metalinguagem é uma das principais marcas dos gêneros literários atuais.
Dizemos que ela ocorre quando um texto destaca seu próprio código. Por exemplo, há
metalinguagem num programa de tevê quando ele discute o papel da tevê e assim por
diante... Confira, por exemplo, o artista Larte tratando sobre a metalinguagem nas histórias
em quadrinhos:
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O “adeus” de Teresa Teresa
A vez primeira que eu fitei Teresa, A primeira vez que vi Teresa
Como as plantas que arrasta a Capítulo
Achei que ela tinha pernas estúpidas XI
corresteza, Achei também que a cara parecia uma
A valsa nos levou nos giros seus... perna
E amamos juntos... E depois na sala
“Adeus” eu disse-lha a tremer co´a Quando vi Teresa de novo
fala... Achei que os olhos eram muito mais
Ela, corando, murmurou-me “adeus”. velhos
[..] que o resto do corpo
(In: Eliane Zagury. Castro Alves: tempo, vida e Os olhos nasceram e ficaram dez anos
obra. Rio de Janeiro: Bruguera, 1971. p. 79-80.) esperando que o resto do corpo
]
nascesse.
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Capítulo XI
Tradição Literária
Manuel Bandeira no poema “Teresa” opõe-se à visão romântica e idealizada que
Castro Alves tem do amor. Mas, apesar das visões diferentes que os textos apresentam, eles
se “falam” porque fazem parte da mesma tradição literária.
Com certeza, Bandeira leu o poema de Castro Alves, mas não se limitou à leitura. Ele
foi além e respondeu ao poeta romântico, revelando uma nova ideia de amor, ou seja, sua
marca pessoal e consequentemente, de sua época. A esse tipo de movimento que ocorre
dentro da própria história da literatura chamamos tradição literária.
O escritor não precisa estar cronologicamente ligado às tendências
vigentes em sua época, pois ocorrerão situações em que ele estará muito à
frente de seu tempo e por isso, não será compreendido como mereceria.
Um grande exemplo é o poeta Gregório de Matos, que viveu no século XVII
e ficou muito conhecido por seus poemas satíricos. Naquela época ele já
explorava as possibilidades visuais e gráficas do verso e também as muitas
formas de leitura, o que seria compreendido por poetas do século XX:
[...]
(Gregório de Matos. Poesias Selecionadas. São Paulo: FTD, 1993. p. 56)
O elemento lúdico (= de jogo) do Barroco é a
marca predominante do texto. Cada par de versos tem em
comum as terminações das palavras (ex.: 1ª palavra do 1º
verso: douTO; 1ª palavra do 2ª verso: reTO), o que explica
o estranho arranjo espacial do texto. A leitura deve ser feita
como se se tratasse de versos comuns; assim sendo, os
dois primeiros versos lêem-se: Douto, prudente, nobre,
humano, afável, reto, ciente, benigno e aprazível.
Gregório de Matos
Extraído do site:
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/portugues/literatura_brasileira/autores/lirica
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Capítulo XI
Resumindo todos estes pensamentos, transcrevemos uma linda oração dos autores
William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães – Livro Literatura Brasileira - , que
expressa nosso maior objetivo nesta apostila:
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Capítulo XII
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Timeline_of_Brazilian_Literature.png
QUINHENTISMO
(1501 – 1601)
“Não fazem o menor caso de encobrir ou mostrar suas
vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto.
Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus
ossos brancos e verdadeiros, do comprimento de uma mão
travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudo nas pontas
como furador (...)”.
(Carta de Pero Vaz de Caminha)
Desde suas origens (com a Carta de Pero Vaz de Caminha) e até meados do século
XVIII, a literatura brasileira refletiu o pensamento português, já que as precárias condições da
colônia impediam que houvesse um avanço literário autônomo. Por este motivo, alguns
historiadores classificam as manifestações literárias dessa época como “ecos” da literatura
portuguesa.
Até a primeira metade do século XVIII, não houve no Brasil um panorama com
condições favoráveis para o surgimento da literatura. Esse quadro perdurou até o momento em
que, em virtude do ciclo da mineração começaram a surgir escritores com o desejo de
independência e aliançados com a Inconfidência Mineira. Entretanto, nossa literatura só
adquiriu plena autonomia e nitidez no século XIX, quando o Brasil deixou de ser colônia.
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Capítulo XII
A Literatura Informativa
Cabral “descobriu” o Brasil em 1500 e Pero Vaz de Caminha
(cronista da armada) escreveu a famosa Carta a EL-Rei Dom Manuel sobre
o achamento do Brasil. Esta carta assinala o início da literatura brasileira e
ela e outros muitos textos, diários de navegação e tratados descritivos
compõem a chamada literatura informativa ou de expansão, cultivada por
Portugal à época das grandes navegações.
O maior objetivo desses escritos em prosa, era descrever e narrar
as viagens e primeiros contatos com os moradores da terra, informando o
máximo de detalhes para os governantes portugueses.
Obra Autor
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Duas viagens ao Brasil Hans Staden
Virginal cabeça
Pela fé cortada,
Com vossa chegada
Já ninguém pereça.
[...]
(In: Eduardo Portela, org. José de Anchieta – Poesia. Rio de Janeiro: Agir, 1959. p. 28-9.)
Anchieta tinha soldados, colonos, indígenas, marujos e comerciantes como público de
uma de suas maiores paixões: o teatro (apesar do seu alvo prioritário concentrar-se no índio).
Ele utilizava a linguagem artística do teatro para comemorar datas religiosas e inculcar
mandamentos religiosos, de forma leve bem diferente dos cansativos sermões...
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Capítulo XII
Filme “Desmundo”
Sugerimos que você assista o filme “Desmundo” de 2003 que narra uma história de
amor e violência no Brasil do século XVI. Com uma excelente reconstituição de época, o filme
também apresenta uma rara pesquisa sobre o português falado na época.
BARROCO
(1601 – 1768)
“Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?”
(Gregório de Matos)
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Capítulo XII
Barroco
Cultismo Conceptismo
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Capítulo XII
Autor Produção
Gregório de Matos Guerra, o “Boca do Sua obra não foi publicada na época e só no final
Inferno” do século XIX, Gregório de Matos foi redescoberto.
Seguindo modelos barrocos europeus, o poeta
escreveu uma lírica que engloba poesias amorosas,
religiosas, satíricas e filosóficas. Em suas poesias
satíricas, responsáveis por sua expulsão de Portugal
e do Brasil, encontram-se palavrões, gírias e termos
africanos e indígenas.
Capítulo XII
Revisando: BARROCO (séculos XVII e XVIII)
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Capítulo XII
• invasões
ARCADISMO
(1768 – 1836)
“Cada século tem um espírito que o caracteriza: o espírito do nosso
parece ser o da liberdade.”
(Diderot, pensador iluminista do século XVIII)
O Arcadismo brasileiro tem como marco inicial a publicação das Obras Poéticas de
Cláudio Manuel da Costa, em 1768, e se estende até 1836 com a publicação de Suspiros
poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães, obra que instaura o Romantismo brasileiro.
Com o passar do tempo Portugal perdeu grande parte de suas colônias no Oriente,
passando a depender cada vez mais da exploração do Brasil. A decadência da economia
canavieira e a descoberta de ouro em Minas Gerais provocaram o deslocamento do eixo
econômico, político e cultural para o Sudeste do país. Os aumentos frequentes dos impostos
pagos pelos brasileiros sobre os minérios e as mercadorias em geral, provocaram uma
insatisfação generalizada e fizeram com que os brasileiros começassem a manifestar os
primeiros desejos de emancipação, que culminaram com a Inconfidência Mineira, da qual
muitos do poetas árcades participaram.
Esses fatos foram responsáveis por um grande sentimento nativista, o índio aparece
pela primeira vez como herói literário. O Arcadismo brasileiro assinala o início da busca de uma
identidade nacional para a nossa literatura, o que só será alcançado, segundo alguns
estudiosos no movimento posterior, ou seja, no Romantismo.
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Cláudio Manuel da Costa: a Seu pseudônimo árcade era Glauceste Satúrnio.
conciência Na lírica: seu tema era a desilusão amorosa e sua
musa inspiradora era Nise.
Na épica: escreveu o poema Vila Rica, inspirado nas
epopéias clássicas, tratando sobre os bandeirantes, as
minas e as revoltas locais.
Tomás Antônio Gonzaga: a Seu pseudônimo árcade era Dirceu e sua musa
renovação inspiradora era Marília. Entre suas principais obras estão
Cartas Chilenas e Marília de Dirceu.
Cartas Chilenas são poemas satíricos escritos em
decassílabos, mas com uma estrutura epistolar, ou seja,
em formato de cartas.
Basílio da Gama: o Outro grande árcade foi Basílio da Gama. Sua obra
nativismo indianista mais importante é sem dúvida o poema épico, O Uraguai,
que narra as lutas dos índios de Sete Povos das Missões,
no Uruguai contra o exército luso- espanhol. Basílio da
Gama não fica preso ao modelo camoniano, o poema
apresenta apenas cinco cantos e os versos são brancos,
ou seja, sem rimas e não estão divididos em estrofes.
Santa Rita Durão: o apego Caramuru, poema épico que narra a descobrimento
ao clássico da Bahia, é a sua obra mais importante desse autor, mas
segundo histórias, Caramuru não foi bem aceito na época,
o que fez Santa Rita Durão rasgar todos os outros
poemas que já havia escrito.
O poema, escrito nos moldes da épica camoniana,
caracteriza-se pela exaltação da paisagem brasileira.
Dos quatro, apenas Tomás Antônio Gonzaga não era brasileiro. Além de apresentarem
semelhanças quanto à produção árcade, todos tiveram envolvimento com a Inconfidência
Mineira. Eles escreveram nos mais variados gêneros literários.
Vejamos as principais vertentes do Arcadismo brasileiro:
ARCADISMO BRASILEIRO
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Capítulo XII
- simplicidade;
- equilíbrio.
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Capítulo XIII
ROMANTISMO
(1836 - 1881)
“Adeus! assim de ti afastado,
Cada laço estreito a perder,
O coração só é murcho e seco,
Mais que isto mal posso morrer.
(Lord Byron)
21
Capítulo XIII
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Capítulo XIII
toda heroína romântica era virgem. Mas apesar desse caráter angelical, alguns textos
românticos apresentam muito sensualismo.
O Romantismo brasileiro é a estética literária que dá início à chamada Era Nacional da
nossa Literatura. Veja quais os movimentos que fazem parte dessa era:
Para efeitos didáticos, o Romantismo brasileiro tem início em 1836, com a publicação
de Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães e da Revista Niterói, em Paris
e permanecendo no cenário literário até 1881, quando ocorre a publicação de Memórias
Póstumas de Brás Cubas, romance realista de Machado de Assis e a publicação de O
Mulato, romance naturalista de Aluísio Azevedo.
Ao contrário de Portugal que teve três momentos distintos em todos os gêneros, no
Brasil, o fenômeno das gerações só ocorreu na poesia. Confira essas gerações:
Poesia No Romantismo
Geração Nacionalista/Indianista
Na PrimeiraGeração, como o próprio nome já sugere, encontramos um forte
nacionalismo e uma grande aversão à influência portuguesa (ou seja, lusofobia).
Como já vimos, o nacionalismo foi uma das principais características românticas,
através dele há uma valorização da pátria, dos heróis nacionais e do passado histórico. Veja os
principais autores dessa primeira geração:
PRIMEIRA GERAÇÃO
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Capítulo XIII
SEGUNDA GERAÇÃO
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Abaixo, estudaremos as manifestações românticas na prosa brasileira.
Tipos de Romance
ambientação tipo de romance (temática)
corte urbano
província regionalista
histórico
indianista
Romance Urbano - retratava a vida social da época sem grande aprofundamento
psicológico. Tinha como cenário a cidade grande, na época a corte. Esse romance falava
da vida social do Rio de Janeiro, de suas festas (os famosos saraus), passeios no campo
ou no litoral. Principais autores: Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar e
Manuel Antônio de Almeida.
Romance Regionalista - mostrava o relacionamento do homem com o ambiente
físico, descrevendo várias partes da paisagem brasileira. Alguns escritores românticos
procuraram, a partir do forte sentimento nacionalista do período, retratar os lugares do
Brasil que ainda não tinham sofrido a influência do contato com o colonizador. Esses
escritores buscavam retratar a natureza e os traços peculiares da nossa cultura e da
nossa gente. Principais autores: José de Alencar, Bernardo Guimarães, Visconde de
Taunay e Franklin Távora.
Romance Histórico - predominava mais a imaginação do autor do que
propriamente os fatos reais. Os autores que se dedicaram a essa temática propunham
uma retomada do passado, uma volta ao período da conquista definitiva das terras
brasileiras e da ambição do colonizador. Principais autores: José de Alencar e Visconde
de Taunay.
Romance Indianista ou Indianismo - foi um
grande tema dos romances românticos no Brasil,
trazia a preocupação de valorizar as nossas
origens, transformando as personagens em
grandes heróis. O índio era visto como o “bom
selvagem”, sempre amável, bom, bonito e muito
forte. Durante a leitura dos quadros você deve ter Pesquise sobre as obras de
reparado que há um nome que apareceu em todos José de Alencar
os tipos de romance. Principal autor: José de
Alencar.
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o Proclamação da República
Características: - individualismo;
- subjetvismo;
Realismo e Naturalismo
O Realismo brasileiro tem início em 1881, com a publicação de Memórias Póstumas de
Brás Cubas, romance realista de Machado de Assis e com a publicação de O Mulato, romance
naturalista de Aluísio Azevedo.
A partir da segunda metade do século XIX, a sociedade brasileira sofreu grandes
transformações. De sociedade agrária, latifundiária, escravocrata e aristocrática passou a ser
uma civilização burguesa e urbana. A mão-de-obra escrava aos poucos foi substituída pelos
imigrantes europeus assalariados que vinham trabalhar na lavoura cafeeira.
A década de 80 corresponde ao período de intensificação da campanha abolicionista
que culminou com a Lei Áurea de 1888; ao período da Guerra do Paraguai e ao período da
decadência da monarquia e estabelecimento da República.
Foi em plena época realista que ocorreu a Fundação da Academia Brasileira de Letras,
em 1897, e um processo que pode ser chamado de oficialização da literatura. O escritor que
antes era meio discriminado, marginalizado, começou a ter prestígio e a participar mais
ativamente da vida social.
O Realismo brasileiro apresentou basicamente as mesmas características do Realismo
europeu, apenas com alguns aspectos locais, principalmente na poesia. Ao contrário do que
ocorreu em Portugal, no Brasil, não tivemos uma poesia realista significativa. A poesia desse
período apresentou características muito específicas, constituindo um novo movimento que
estudaremos em outra aula. Veja os principais autores do Realismo-Naturalismo no Brasil:
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Capítulo XIII
Aluísio Azevedo foi o grande representante do Naturalismo brasileiro. Para esse autor o
homem era fruto dos elementos biológicos (raça) e das circunstâncias do tempo e do meio em
que vivia. Casa de pensão conta a história de Amâncio Vasconcelos, um jovem maranhense
que parte para o Rio de Janeiro para cursar medicina e acaba metido numa série de
confusões, principalmente depois que vai morar na pensão de João Coqueiro.
Mas seus livros mais importantes são O mulato e O cortiço, neles encontramos suas
principais características: a forte ligação com o determinismo e o romance social, preocupado
em retratar as camadas marginalizadas:
“... Uma só palavra boiava à superfície dos seus
pensamentos: “Mulato”. E crescia, crescia, transformando-
se em tenebrosa nuvem, que escondia todo o seu
passado. Ideia parasita, que estrangulava todas as outras
ideias.
- Mulato!
Esta só palavra explica-lhe agora todos os
mesquinhos escrúpulos, que a sociedade do Maranhão Determinismo de
usara para com ele”. Taine
(O Mulato)
Raul Pompéia é outro importante autor desse período, entretanto, sua classificação
como um autor naturalista é muito complicada e reducionista. Em seu romance O Ateneu, há
uma superposição de características de vários movimentos literários e não é possível dizer que
há um estilo que predomina.
Durante a leitura encontramos elementos impressionistas, parnasianos, simbolistas,
expressionistas e elementos naturalistas, principalmente ao tratar do homossexualismo
masculino e da influência do meio na conduta das pessoas.
Em O Ateneu, Raul Pompéia ao contar uma história de um garoto que entra num
colégio interno chamado O Ateneu, soma autobiografia e ficção. Não há um enredo linear, o
livro, narrado em primeira pessoa, está construído a partir das recordações da personagem
Sérgio, já adulto:
“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai à porta do Ateneu. Coragem para a luta”.
Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões
de criança educadaexoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico,
diferente do que se encontra fora, tão diferente (...)”
Adolfo Caminha, embora com o brilho ofuscado pelos naturalistas Aluísio Azevedo e
Raul Pompéia, também escreve nesse período, apresentando uma tendência mais regionalista;
seu principal livro é O Bom Crioulo, em que retrata com grande maturidade o
homossexualismo entre os marinheiros.
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Capítulo XIII
A Carolina
Querida, ao pé do leito derradeiro E num recanto pôs um mundo inteiro.
Em que descansas dessa longa vida, Trago-te flores, — restos arrancados
Aqui venho e virei, pobre querida, Da terra que nos viu passar unidos
Trazer-te o coração do companheiro. E ora morto nos deixa separados.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Que, a despeito de toda a humana lida, Pensamentos de vida formulados,
Fez a nossa existência apetecida São pensamentos idos e vividos.
Sua Obra
A produção literária de Machado é muito grande, e abrange quase todos os gêneros
literários:
Romance Poesia Contos Teatro
Ressurreição, 1872 Crisálidas, 1864 Contos Fluminenses, Hoje avental, amanhã
1870 luva, 1860
A mão e a luva, Falenas, 1870 Histórias da Meia- Queda que as
1874 Noite, 1873 mulheres têm para os
tolos, 1861
Helena, 1876 Americanas, 1875 Papéis Avulsos, 1882 Desencantos, 1861
29
Iaiá Garcia, 1878 Ocidentais, 1880 Histórias sem Data, O caminho da porta,
1884 1863
Capítulo XIII
Memórias Póstumas Poesias completas, Várias Histórias, 1896 O protocolo, 1863
de Brás Cubas, 1901
1881
Casa Velha, 1885 Páginas Recolhidas, Teatro, 1863
1899
Quincas Borba, Relíquias da Casa Quase ministro, 1864
1891 Velha, 1906
Dom Casmurro, Os deuses de casaca,
1899 1866
Esaú e Jacó, 1904 Tu, só tu, puro amor,
1880
Memorial de Aires, Não consultes médico,
1908 1896
Lição de botânica, 1906
Dedicou-se aos mais variados gêneros, chegando até a escrever uma crítica sobre o
livro O Primo Basílio de Eça de Queirós, mas acima de tudo, Machado foi um grande crítico de
sua própria obra.
Também escreveu poesias, mas nesse gênero não obteve grande destaque. O melhor
de sua produção realmente se encontra nos contos e nos romances realistas. Alguns autores
falam que os seus romances podem ser divididos em duas fases: uma mais romântica e outra
realista. Mas na realidade o mais correto é afirmarmos que seus primeiros romances são
“convencionais”, pois não se enquadram perfeitamente nos moldes nos romances românticos,
principalmente por não apresentarem uma idealização esteriotipada das personagens.
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Capítulo XIII
Parnasianismo
O Parnasianismo foi um movimento literário essencialmente poético, contemporâneo
do Realismo Naturalismo. É interessante destacar, que ao contrário de outros movimentos que
ocorreram em Portugal e no Brasil, o Parnasianismo apresentou características significativas
somente no Brasil e na própria França, onde teve origem.
A palavra parnasianismo vem de Parnaso, nome
de um monte grego, que segundo a mitologia era a
morada de Apolo, deus das artes. Contemporâneo do
Realismo- Naturalismo, o Parnasianismo não pode ser
entendido apenas como a manifestação em poesia das
características realistas e naturalistas presentes na prosa.
Embora existam alguns aspectos comuns, há uma grande Guerra do
diferença: o Parnasianismo não se preocupava com a Parnaso
temática do cotidiano, com a descrição dos costumes da
época e com o cientificismo, características marcantes do
Realismo.
Entre as principais características parnasianas estão:
• Esteticismo - A poesia parnasiana estava preocupada com o belo, com a parte
estética, daí a palavra esteticismo. Era uma poesia descompromissada com os problemas
sociais. Sua única preocupação era a arte pela arte, ou seja, a arte deveria existir em
função dela mesma.
• Impassibilidade - A impassibilidade é a negação do sentimentalismo exagerado
presente no Romantismo. Os parnasianos negavam qualquer expressão de subjetividade
em favor da objetividade temática.
• Poesia descritiva - A poesia parnasiana é marcadamente descritiva,
frequentemente aparecem descrições pormenorizadas de objetos e cenas da natureza.
• Retomada dos modelos clássicos - O Parnasianismo, assim como fez o
Classicismo, também se voltou para a Antigüidade greco-romana, tida como modelo de
perfeição e beleza.
• Perfeição formal - A maior preocupação dos poetas parnasianos era a forma, o
conteúdo ficava num segundo plano. O importante era a palavra, a aparência e a
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sonoridade.Tamanha era a preocupação formal que os parnasianos ficaram conhecidos
como “poetas de dicionário”. Ao contrário da liberdade romântica, em que apareciam os
versos livres e brancos, ou seja não rimados, os parnasianos valorizaram a utilização das
rimas, buscando principalmente as rimas ricas e raras:
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Capítulo XIII
• Evolucionismo • Imigração
Características: - objetividade;
- predomínio da razão;
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Capítulo XIV
SIMBOLISMO
(1893 - 1922)
“Ó meu Amor, que já morreste,
Ó meu Amor, que morta estás!
Lá nessa cova a que desceste
Ó meu Amor, que já morreste,
Ah! nunca mais florescerás?”
(Cruz e Sousa em Poesias Completas)
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Capítulo XIV
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Capítulo XIV
direta e indireta à cor branca, vista na maioria das vezes como símbolo da pureza. Cruz e
Sousa escrevia muito sobre “véus brancos”, “neve”, “luar”, “virginais brancores”, entre outras
sugestões. Veja um fragmento de um de seus textos mais conhecidos:
(...)
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas (...)”
• Alphonsuns de Guimaraens - é o outro representante do Simbolismo
brasileiro. Seus textos apresentavam uma temática variada: a fuga da realidade, a
natureza, a religiosidade, o amor espiritualizado, a mulher, muitas vezes comparada à
Virgem Maria.
• Primeira República:
- Revolta da Armada;
- Guerra de Canudos.
Características: - sugestão;
- musicalidade;
- mistério.
MODERNISMO
(1922 até 1930)
“Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem-comportado
Do lirismo funcionário público com [livro de ponto expediente
[protocolo e manifestações de apreço ao sr. Diretor.
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Teatro Municipal de São Paulo. Entretanto, é importante observamos que o Modernismo
brasileiro não começou somente a partir desse evento. Vários fatos e trabalhos foram
responsáveis pelo o que ocorreu na Semana. Entre os principais antecedentes da semana de
22 estão:
• a volta de Oswald de Andrade da Europa, onde entrou em contato com as
inovações propostas pela Vanguarda Européia, principalmente com o Futurismo de
Marinetti;
• a primeira exposição dos quadros expressionistas de Lasar Segall, chocando-se
com a pintura acadêmica da época;
• a fundação da Revista Orpheu, símbolo do Modernismo em Portugal;
• a publicação de vários livros dos autores que participariam mais tarde da
Semana de 22 e o grande estopim e a grande mola propulsora do Modernismo;
• segundo muitos estudiosos, a exposição da pintora Anita Malfatti, que recebeu
uma forte crítica de Monteiro Lobato, no artigo intitulado Paranóia ou Mistificação?.
Principais participantes da Semana de Arte Moderna Brasileira:
Literatura: Pintura: Música:
Mário de Andrade Anita Malfatti Heitor Villa-
Oswald de Andrade Tarsila do Amaral Lobos
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Capítulo XIV
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Capítulo XIV
A mais polêmica de todas foi sem dúvida a Revista Antropofagia, que segundo seus
criadores apresentou duas “dentições”, ou seja, duas fases. A primeira com publicações
mensais e a segunda com publicações semanais. Juntamente com as revistas, vários
manifestos foram escritos, de acordo com a ideologia adotada pelos grupos.
Ciclos Modernistas
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Capítulo XIV
- nacionalismo;
PRODUÇÃO CONTEMPORÂNEA
(1945 até ...)
“Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem-comportado
Do lirismo funcionário público com [livro de ponto
expediente
[protocolo e manifestações de apreço ao sr. Diretor.
(Manuel Bandeira no Poema Poética)
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Capítulo XIV
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Capítulo XIV
A poesia marginal recebe essa denominação porque não era publicada pelas grandes
editoras, ou seja, estava à margem delas. Na maioria das vezes os próprios poetas produziam
as cópias para serem distribuídas em locais públicos. Com o passar do tempo muitos dos
chamados poetas marginais tiveram suas obras aceitas pelas mesmas editoras que no
passado recusavam-nas. Confira o poema O assassino era o escriba, de Paulo Leminski, um
ex-marginal:
O Assassino Era o Escriba
Meu professor de análise sintática era do tipo sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular com paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dívidas: sempre
achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com a regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da passiva, o
tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
Paulo Leminski
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Capítulo XIV
Tendências atuais
É um pouco complicado analisar um cenário teórico fazendo parte dele, sem um
distanciamento mínimo de tempo e espaço. Mas podemos apontar algumas tendências
contemporâneas da literatura brasileira – e contemporâneas consideramos o que se tem
produzido nos últimos vinte ou trinta anos, pós-ditadura.
• Poesia - torna-se, ainda, por um lado mais cotidiana quanto a temática (Adélia
Prado, Mário Quintana), e por outro instrumento de pressão contra as ditaduras (Glauco
Mattoso, tropicalistas)..
• Prosa - o que vemos no romance é o surgimento do que chama-se Geração 90.
No Brasil, o grande marco é o romance Subúrbio, de Fernando Bonassi, que deflagaria
em 1994 um processo de renovação da prosa urbana (ou, no caso, suburbana), com seu
realismo brutal, que trouxe novamente para o centro da cena literária os personagens dos
arrabaldes das cidades brasileiras. Cidade de Deus, de Paulo Lins, ficaria célebre pela
sua realização cinematográfica.
• Outra corrente contemporânea é a “análise” da condição pós-moderna - a
identidade em crise, um extremo de intimismo, que se projeta sobre a estrutura narrativa,
cancelando os limites entre o real e o fantasmático, entre o mundo descrito e as
distorções interiores de quem o descreve. É o caso de Cristóvão Tezza, João Gilberto
Noll, Bernardo Carvalho e Chico Buarque.
• “Revisão histórica” a partir da ficção - com Luiz Antonio de Assis Brasil
aparecem narrativas de formato convencional e que se passam inteiramente no passado,
mas não resgatando o passado como forma de contemplação. Atualmente vivemos um
momentos barroco, de confusão e crise existencial, um tipo de literatura que está em alta .
• Outros nomes atuais da Literatura Brasileira - Paulo Coelho, Alfredo Bosi
(teórico da Literatura Brasileira), Ana Maria Machado (Literatura infanto-juvenil), Ariano
Suassuna, Arnaldo Niskier (trata sobre Educação e Língua Portuguesa), Carlos Heitor
Cony (romancista), João Ubaldo Ribeiro (romancista), Lygia Fagundes Telles
(romancista), Moacyr Scliar, Nélida Pinõn (romancista) e muitos mais...
Paulo Coelho Nélida Pinõn Moacyr Scliar Lygia F. Telles João Ubaldo Carlos Heitor Cony
Nesse capítulo, terminamos nossa rápida viagem pela literatura brasileira. Não se
preocupe em memorizar datas, nem tão pouco obras e autores que deram início a certos
movimentos literários, pois dificilmente as questões exigirão tais conhecimentos. Muitas vezes
o próprio enunciado da questão traz as informações temporais.
Você não precisa ser um grande especialista em Literatura Brasileira para entendê-la!
O importante é saber as características de cada movimento e dos principais autores e
identificá-las nos textos.
E a dica mais importante: apaixonar-se pelas obras
brasileiras e ler no mínimo, uma obra de cada período
literário. Entenda que adquirir um livro não é um gasto ou
prejuízo! Comprar um livro é um INVESTIMENTO no seu
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conhecimento, na sua cultura, em momentos de prazer e emoção ao viajar pelas páginas
do nosso insubstituível amigo, o livro. Ler não é obrigação... É necessidade! Ou seja:
leia, leia e leia!
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