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Revista Harmonia - Ano XX – Nr. 178

VAMPIRISMO – A LIGAÇÃO DOENTIA ENTRE OS ESPÍRITOS


Marcelo Henrique – cellosc@floripa.com.br - Florianópolis (SC)
advogado, auditor, professor universitário, e doutorando em Direito

Dos célebres livros e das clássicas películas cinematográficas, surge a figura de


um ser mitológico, meio homem, meio animal, que se esconde à espreita de
suas vítimas, desavisadas e indefesas, para sugar-lhes o sangue, do qual se
alimenta. Vampiros.

Se a arte e a literatura, as mais das vezes, dão vida a personagens e enredo


para suas ações, diz-se comumente que ambas reproduzem, ainda que
parcialmente, o que é real, com certos contornos e delineamentos.

Vampirismo, então, na realidade dos fatos, é circunstância presente nos


cenários físico e espiritual, na vida encarnada e no plano invisível. José
Herculano Pires, o maior filósofo espírita de todos os tempos, a propósito,
compôs uma importante obra, sob este mesmo título – Vampirismo, Editora
Paidéia - com a clara proposta de enfocar o tema sob o viés espiritista, ainda
que, no contexto kardeciano ele não apareça explicitamente (isto é, com essa
denominação).

Kardec preferiu tratar, no âmbito das anomalias e da influência de espíritos,


uns sobre os outros, na carne ou fora dela, sob o prisma da Obsessão,
cunhando as três espécies clássicas: obsessão, propriamente dita, possessão,
e subjugação - vide, a propósito e principalmente, O Livro dos Médiuns,
Capítulo XXIII.

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Mas, diversamente do que se possa pensar, não existe qualquer contradição
entre a teoria espírita pura (Obras do Codificação) e a produção literária
herculanista.

Muito pelo contrário. Herculano dá vida às questões mais importantes e


dramáticas da influenciação espiritual, explicando-as sob genuína
fundamentação kardeciana, dela não se afastando em nenhum momento,
contribuindo, assim, para uma melhor delimitação da questão e tratando,
também, do equacionamento do problema e sua terapêutica.

O livro escrito pelo filósofo José Herculano Pires - Editora Paidéia

Com o foco voltado à existência corporal e sua ambiência física (Natureza), há


dois vértices interessantes para a análise da relação que se estabelece entre os
seres, de modo a subtrair energias e aproveitar-se de outrem.

Nos reinos vegetal e animal, tem-se o parasitismo, suficientemente estudado


pelas ciências naturais, em especial a Biologia. No contexto humano, em
paralelo, há o Vampirismo hominal-espiritual.

No primeiro plano o parasitismo exerce significativa influência no


desenvolvimento das plantas e no comportamento dos animais (levando em
alguns casos ao adoecimento e ao perecimento), da mesma forma que, no
último, o Vampirismo influi fortemente (compreendidos os vários níveis, do
mais ameno ao mais profundo) no comportamento humano (individual e
social), podendo levar, igualmente, a enfermidades (físicas ou espirituais) e à
morte, principalmente pelo induzimento, a sugestão mental-espiritual.

Assim, o Vampirismo constitui-se no mais perturbador e na maior ameaça às


estruturas físicas ou espirituais do ser humano, uma vez que atuação
consciente de um ser sobre o outro, objetiva deformar-lhe sentimentos ou
idéias, conturbar-lhe a mente ou levar-lhe a práticas e atitudes contrárias ao
equilíbrio orgânico e psíquico.

Herculano pontua que a forma mais simples de sua ocorrência é a do


parasitismo espiritual, pois a entidade parasitária intenta seus esforços na
"captura" de seu alvo e procura ajustar-se ao parasitado, na posição de sub-
personalidade afim.

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Concluída a abordagem e estabelecido o vínculo, tem-se que ambos (parasita e
vítima) vivem em sintonia, embora o primeiro viva às custas das energias do
último, aumentando consideravelmente seu desgaste.

Categorizando o Vampirismo, tem-se seus tipos:

1. de encarnado para encarnado;

2. de encarnado para desencarnado;

3. de desencarnado para encarnado;

4. de desencarnado para desencarnado;

5. auto-vampirismo;

6. coletivo (telúrico – relativo à Terra);

7. universal (cósmico).

Dessas modalidades, a mais difundida, inclusive em abordagens espiritistas


sobre Obsessão, é a de número três, já que é dada grande ênfase à influência
dos espíritos sobre os homens.

Os vampiros são criaturas teimosas, insistentes, visto que se utilizam de


outrem para se manter na rotina de seus vícios. Por outro lado, a vítima vai
sendo usada pelo vampiro e acaba acostumada na entrega de si mesma, sem
relutância ou resistência.

Causas Anteriores

Não existe acaso. As relações que se estabelecem entre os espíritos, em


qualquer plano existencial, são dirigidas pela lei de afinidade espiritual que se
estabelece entre as individualidades. Assim, consórcios espirituais são
estabelecidos entre os seres, estando eles encarnados ou não, motivados por
preferências, gostos, tendências.

Dá-se, portanto, a associação por afinidade, da qual pode resultar a


dependência e a inter-reciprocidade. Dependência, porque o costume das
relações, a freqüência das vivências, a repetição e a duração dos
envolvimentos criam a aparente situação da impossibilidade de vida
independente. Inter-reciprocidade, porquanto se experimentam satisfações
recíprocas e prazer, ainda que limitado e de baixa qualidade energética.

Não raro, ligações energéticas (espirituais) iniciadas ou estabelecidas em dado


momento e em certa ocasião, principalmente nas existências físicas, são
continuadas em outros momentos, estando ou não seus personagens, um ou
ambos, novamente sob a roupagem material.

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Estabelecem-se fortes laços afetivos e sensoriais ou mentais, vinculando-se
indivíduos entre si, dando origem, até, a falanges (multidão ou legião de
espíritos) que podem ser responsáveis, muitas vezes, por atos negativos,
derivados de associações criminosas, na forma de cúmplices ou comparsas.

Em sede de vinculação, tem-se que quanto mais o indivíduo obedece às


sugestões mentais de outrem, mais submisso vai se tornando.

Vale dizer que o Vampirismo consiste num fenômeno típico das relações
interpessoais, dentro do processo comum e universal do relacionamento
afetivo e mental das criaturas. Como tudo, inicialmente neutro, pode alcançar
o estágio de negatividade, em razão dos reflexos produzidos e da natureza das
relações travadas entre os seres.

Sintomatologia – Características

No plano físico, percebem-se claramente os sintomas da ação vampiresca:


falta de reação aos impulsos, seja na forma de socorros medicamentosos,
como estímulos do meio, alimentação ou práticas físicas ou espirituais.

Pouco a pouco, quanto maior o grau de dependência, vão se juntando


deficiências orgânicas à sobrecarga invisível (energética) decorrente do
parasitismo espiritual.

Exemplos típicos de indivíduos vampirizados são aquelas pessoas bastante


dependentes dos outros, assim como as excessivamente tímidas ou
desanimadas, muitas das quais, inaptas para a vida normal.

No que concerne aos tipos de vampiros mais comuns, Herculano aponta , entre
outros:

- o sacerdote que fanatiza o crente;

- o demagogo político que fascina adeptos;

- médium que fascina os ingênuos, falsificando poderes que não possui;

- negocista esperto que suga as economias dos clientes;

- galanteador que se apossa da afeição dos outros e os explora;

- alcoólatra ou toxicômano que destrói sua família;

- pessoa vingativa que subjuga outras para agir na conquista ou dominação de


terceiros.

O certo é que os vampiros agem sobre nós por indução mental e afetiva, para
que façamos aquilo que eles desejam e não podem, ou não querem, fazer por
si mesmos.
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Podemos, pois, resistir a eles, mas se os aceitamos, passiva e viciosamente,
eles acabarão por nos dominar e, ambos, experimentarão prazeres e
satisfações, embora doentias.

A Necessária Terapêutica

Em se tratando de circunstância derivada da ligação espiritual, fluídica,


energética entre espíritos, e considerada a teoria e prática espiritistas, a
terapêutica dos indivíduos envolvidos na ligação vampiresca enquadra os
seguintes procedimentos:

- passes;

- freqüência regular a reuniões mediúnicas;

- estudo e leitura de livros espíritas básicos;

- prática da prece individual diária;

- e, sugestão mental para a resistência, o reequilíbrio e a libertação dos


envolvimentos.

No âmbito das reuniões mediúnicas, busca-se a separação entre os implicados,


isto é, o afastamento do vampiro da órbita de sua vítima, mediante a
persuasão pela doutrinação espírita.

Recomenda-se, ainda, o atendimento e acompanhamento clínico (médico) em


relação aos "efeitos" da relação parasitária, sobretudo para avaliação dos reais
efeitos da ação vampirizadora no plano animal.

Isso porque, cada plano da Natureza tem exigências que precisam ser
respeitadas e nenhum "tratamento" espiritual pode descurar do atendimento
material.

Vale dizer que, nas conversações ou doutrinações, deve ser dada ênfase à
condição de que o parasitário não é alguém a ser odiado, uma vez que a
simbiose (Simbiose: associação permanente de dois ou mais seres vivos,
indispensável pelo menos a um deles, e útil ou indiferente a outro ) vampiro e
vampirizado se deu por interesse e ação recíprocos.

O vampiro participa diretamente dos sofrimentos do parasitado e alimenta-se


energeticamente disso, em função de sua visão e entendimento precários ou
parciais acerca da dinâmica da vida espiritual. E, ainda, conforme o grau de
compromissos ou responsabilidades mútuas (vampiros e vítimas), o
tratamento será mais ou menos prolongado.

Um cuidado: melhoras instantâneas podem mascarar a situação da vítima.

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Convém não nos iludirmos, já que os vampiros não largam facilmente as suas
vítimas. Afastam-se, estrategicamente, e voltam com mais fúria, na primeira
oportunidade favorável. Imperioso, para o "doente" a vontade de mudança, o
desejo de cura e de libertação, para proceder ao rompimento da relação
"consorcial" estabelecida entre parasitário e parasitado.

Nesse sentido, muitos vampirizados alegam que não têm força para resistir.
Mentem para si mesmos.

A resistência ao vampiro é fundamental à cura, demonstrando, na prática, a


ação do livre-arbítrio, a liberdade individual, a capacidade de querer e fazer.

A saída para a LIBERDADE é só uma: a CONSCIÊNCIA (de si mesmo, do que


se faz na Terra e acerca da necessidade de evoluir), rompendo os vínculos
espirituais doentios entre os seres.

Revista Harmonia – Todos os direitos reservados.

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Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa


Vampirismo

Acepções: 1. Crença na existência de vampiro (morto sugador de sangue); 2.


Característica de quem, como um vampiro, age com voracidade, sugando,
explorando os demais; avidez, egoísmo; 3. Derivação por extensão de sentido:
dano causado pela ação de vampiro ou daquele cujo egoísmo o torna
comparável a um vampiro.

Wikipédia, a enciclopédia livre da Internet


Vampirismo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vampirismo

(...) Transtorno psíquico: O ato de "vampirizar" está ligado diretamente a


necessidade de retirar de outrem a energia desejada. É importante salientar
que não existem vampiros como os descritos nas lendas e histórias. O ato de
retirar a energia de outro está ligado ao ser humano e não a seres mitológicos.
Dessa forma encontramos os chamados vampiros em qualquer ambiente (...).

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