Вы находитесь на странице: 1из 3

O Papel das Tecnologias de Informação e Comunicação na

Educação

Após a leitura de vários documentos sobre a temática em estudo/reflexão, “O Papel


das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação”, considero que estas
trazem novas formas e métodos de produção do conhecimento no ambiente escolar.
As inovações tecnológicas permitem melhorar a relação pedagógica a todos os níveis –
escola-professor, professor-aluno e aluno-aluno.

Para fins desta reflexão, recorre-se à definição de tecnologias de informação e


comunicação educacionais, dada por Moran:

“Tecnologias são os meios, os apoios, as ferramentas que utilizamos para que os


alunos aprendam. A forma como os organizamos em grupos, em salas, em outros
espaços isso também é tecnologia. O giz que escreve na lousa é tecnologia de
comunicação e uma boa organização da escrita facilita e muito a aprendizagem. A
forma de olhar, de gesticular, de falar com os outros isso também é tecnologia. O livro,
a revista e o jornal são tecnologias fundamentais para a gestão e para a aprendizagem
e ainda não sabemos utilizá-las adequadamente. O gravador, o retroprojetor, a
televisão, o vídeo também são tecnologias importantes e também muito mal
utilizadas, em geral”. (in VIEIRA, 2003, p. 151)

Segundo esta visão, mais importante do que ter as tecnologias na escola, é saber
utilizá-las em prol de uma transformação pedagógica necessária num tempo em que a
sociedade reclama melhores resultados da educação. Moran (1995) afirma que, por si
só, as tecnologias não mudam a relação pedagógica, mas podem ser capazes de
renovar o interesse pela escola, por parte de alunos e professores. “O domínio
pedagógico das tecnologias na escola é complexo e demorado. (...) Há um tempo
grande entre conhecer, utilizar e modificar processos”. (MORAN, 2007, p. 90)

As modernas tecnologias permitem realizar atividades de aprendizagem de formas


diferentes. Podemos aprender estando juntos em lugares distantes, sem ser preciso a
presença de todos na mesma sala para que isso aconteça. O aparecimento da Internet
e de programas para a gestão de grupos, que possibilitam a publicação de materiais,

1
alargam imenso as fronteiras da comunicação. No campo educativo, a resposta dada
até agora é ainda muito tímida, deixada ao critério de cada professor, sem uma política
institucional mais ousada e incentivadora de mudanças.

Considero pertinente referir um dos maiores desafios que ocorreu na educação, em


meados do ano letivo transato, com a implementação do ensino à distância de forma
forçada e desgovernada, no meu agrupamento. Os docentes totalmente
desorientados, cada um com algumas limitações ao nível do conhecimento/aplicação
das TIC, implementaram o ensino à distância através da utilização de plataformas
diversas, sem qualquer formação e orientação prévia, cada um à sua mercê. É evidente
que com a Internet podemos modificar mais facilmente a forma de ensinar e aprender,
tanto no ensino presencial como no ensino à distância. São muitos os caminhos, que
dependerão da situação concreta em que o professor se encontrar: número de alunos,
especificidades de cada aluno/turma, tecnologias disponíveis, formação/conhecimento
no âmbito das TIC.

Antes o professor restringia-se ao espaço da sala de aula. Agora precisa de aprender a


gerir também atividades à distância, visitas técnicas, orientação de projetos e tudo isso
fazendo parte da carga horária da sua disciplina e estando visível na matriz curricular.
Torna-se fundamental planear e flexibilizar, no currículo de cada ano, o tempo e as
atividades de presença física em sala de aula e o tempo e as atividades de
aprendizagem conetadas, à distância, em prol da qualidade na educação e de uma
nova didática.

As TIC não mudam necessariamente a relação pedagógica. As tecnologias tanto


servem para reforçar uma visão conservadora e individualista como uma visão
progressista e colaborativa. A pessoa autoritária utilizará o computador para reforçar
ainda mais o seu controle sobre os outros. Por outro lado, uma mente aberta e
participativa, encontrará nas tecnologias ferramentas para ampliar a interação.

A utilização de recursos tecnológicos no processo de ensino torna a aula mais atrativa,


proporcionando aos alunos uma forma diferenciada de ensino. A forma de ensinar e
aprender pode ser beneficiada por essas tecnologias, por exemplo, a Internet com uma
diversidade de informações, mídias e softwares, que auxiliam a aprendizagem. O

2
computador e a Internet atraem a atenção dos alunos, desenvolvendo neles
habilidades para captar a informação.

A principal dificuldade para incorporar as TIC no processo de ensino é o facto de o


professor ser ainda apontado como o detentor de todo o conhecimento. Hoje, o
professor tem o papel de interventor dessa nova forma de ensino, dando o suporte
necessário ao uso adequado e responsável dos recursos tecnológicos. Para isso, o
docente deve procurar atualizar-se, em relação às tecnologias que o possam auxiliar
nas suas práticas pedagógicas. Porém, para muitos professores é um desafio mudar a
sua forma de conceber e pôr em prática o ensino, através de uma nova ferramenta.
Segundo Imbérnom (2010, p. 36): “Para que o uso das TIC signifique uma
transformação educativa que se transforme em melhora, muitas coisas terão que
mudar. Muitas estão nas mãos dos próprios professores, que terão que redesenhar seu
papel e sua responsabilidade na escola atual. Mas outras tantas escapam de seu
controle e se inscrevem na esfera da direção da escola, da administração e da própria
sociedade.”

Vieira (2011) ressalta duas possibilidades para se fazer uso das TIC. A primeira é o
professor usar as tecnologias para instruir os alunos e a segunda possibilidade é o
professor criar condições para que os alunos transformem as informações em
conhecimentos práticos para a vida. Segundo o mesmo autor:

“(…) a implantação da informática como auxiliar do processo de construção do


conhecimento implica mudanças na escola que vão além da formação do professor. É
necessário que todos os segmentos da escola – alunos, professores, administradores e
comunidades de pais – estejam preparados e suportem as mudanças educacionais
necessárias para a formação de um novo profissional.” (VIEIRA, 2011, p. 4)

Por fim, a escola tem o papel de formar cidadãos conscientes, por isso é imprescindível
que os professores acompanhem as mudanças, como diz Perrenaud:

“Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso critico, o


pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de memorizar e classificar, a leitura e
a análise de textos e de imagens, a representação de redes, de procedimentos e de
estratégias de comunicação.” (PERRENAUD, 2000, p. 128)

Вам также может понравиться