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2)
Mauro César de Brito e Silva1
1 – Introdução
Figura 1.1
1
Professor Assistente III, Departamento de Artes e Arquitetura, PUC Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil.
1
1.2 – Estruturas portante
Figura 1.2
Figura 1.3
2
Figura 1.4
Figura 1.7
A estrutura espacial também pode ser idealizada por barras que são
trianguladas de tal forma que o conjunto destas barras define uma malha
verdadeiramente espacial como é ilustrado na figura 1.9. Notar que as
unidades que formam o sistema verdadeiramente espacial podem ter a forma
piramidal ou tetraédrica.
Figura 1.9
Figura 1.10
4
construção desse sistema estrutural são muito complicados, fazendo dele um
sistema estrutural de custo mais elevado do que o das estruturas de treliças
planas. Para vãos maiores de 20 metros as estruturas verdadeiramente
espaciais são economicamente competitivas com as estruturas
convencionais. Já as estruturas espaciais formada por interseção de treliças
planas normalmente são usadas para vãos variando de 15 a 20 metros.
Figura 1.11
Figura 1.12
Tabela 1
Vão (m) Modulo (m) Altura da treliça (m)
Até 15 2a3 Até 1,5
15 a 27,5 2,4 a 3 1,5 a 2,1
27,5 a 36 2,4 a 3,6 2,1 a 2,5
36 a 50 3,6 a 4,8 2,5 a 4,0
50 a 100 4,8 a 6,0 3,6 a 4,8
1.2.2.4 – “Shed”
6
1.2.2.5 – “Arcos”
1.3 – Contraventamentos
Figura 1.17
Figura 1.18
7
1.4 – Tirantes (Linhas de correntes)
Figura 1.19
Figura 1.20
8
1.5.4 – Sobrecargas em coberturas
(NBR 8800/86)
2.1 – Introdução
Figura 2.1
Figura 2.2
9
3 - Tesoura triangular (figura 2.3)
Figura 2.3
Para grandes inclinações podem-se usar treliças com banzo inferior não
horizontal ou treliças de banzos paralelos.
Estas estruturas são muito flexíveis e os apoios devem ser rígidos e fixos.
A rigidez da estrutura pode ser melhorada com adição de tirantes ligando
os apoios. Entretanto esta solução tem dois inconvenientes: o tirante só
trabalha a tração e a obstrução do espaço interno.
Figura 2.4
10
2.2 – Determinação do esquema geral dos telhados
Figura 2.5
2.2.2 – Exemplo
Dados:
- Largura da edificação = 24,9 m
- Comprimento da edificação = 73 m
- Altura da coluna = 5 m (CS 300 x 32 kg/m)
Solução - considerando que a face das colunas está no limite da largura da
edificação e o apoio da estrutura de cobertura esta no eixo das colunas,
teremos:
11
Figura 2.6
Figura 2.7
Figura 2.8
12
2.2.3 – Possíveis tipos de treliças
Figura 2.9
Figura 2.10
Figura 2.11
Figura 2.12
13
– Especial – Banzos paralelos (figura 2.13)
Figura 2.13
Tabela 3
2
Peso próprio das tesouras = gT (kN/m )
Vão da tesoura (m)
Tipo 15 20 25 30
Soldada 0,040 0,048 0,056 0,064
Parafusada 0,050 0,058 0,066 0,074
Tabela 4
2
Peso próprio dos contraventamentos = gctv (kN/m )
Vão da tesoura (m)
15 20 25 30
0,010 0,013 0,016 0,020
14
a) Velocidade básica do vento, Vo, varia no Brasil entre 30 a 50 m/s,
sendo que o valor estabelecido pela norma NBR 6123/80 para a cidade de
Goiânia igual a 33 m/s.
b) A altura “z” considera o nível acima do terreno
c) A rugosidade do terreno é classificada em 5 categorias:
- Categoria I - superfícies lisas: lagos e rios; pântanos sem
vegetação
- Categoria II - terrenos abertos em nível, obstáculos máximos a
1 m de altura: pântanos com vegetação rala; campos de aviação; pradarias e
charnecas; fazendas sem sebes ou muros
- Categoria III – terrenos planos, obstáculos com altura média
de 3 m: granjas e casas de campo, com exceção das partes com matos;
fazendas com sebes e/ou muros; subúrbios a considerável distância do
centro, com casas baixas e esparsas
- Categoria IV – terrenos cobertos por obstáculos numerosos e
pouco espaçados, com obstáculos de média altura igual a 10 m: zonas de
parques e bosques com muitas árvores; subúrbios densamente construídos;
áreas industriais plena ou parcialmente desenvolvidas
- Categoria V – terrenos cobertos por obstáculos numerosos,
obstáculos com altura mínima de 25 m: centro da cidade; complexos
industriais bem desenvolvidos; florestas com árvores altas de copas isoladas
Tabela 5
2
Pressão dinâmica "q" (kN/m ) - Terreno plano ou fracamente acidentado
Classe A
CATEGORIA GRUPO
3 6 9 12
II 0,59 0,60 0,54 0,69
III 2 0,52 0,53 0,58 0,62
IV 0,42 0,43 0,48 0,52
15
2.3.3 – Cargas tecnológicas
Figura 2.16
G2 = Le x d x cos x G (2.2)
Figura 2.17
W2 = L e x d x W (2.3)
Dados:
- Telha de aço galvanizada com peso de 0,0495 kN/m2
- Aço MR-250 – Laminado e soldado
- Terças em chapa dobrada com vão = 5 m
- Localização: no subúrbio de Goiânia
- Edificação para indústria
- Altura máxima da edificação = 6 m
Figura 2.18
A – Permanente:
A – Permanente:
17
Figura 2.19
B – Acidental - Vento:
Usando a formula 2.3 (Wi = Le x d x W):
Figura 2.20
Figura 2.21
18
A - aplicando as equações da estática (Ver apostila – Análise Estrutural):
Fx = 0 RxA = 0
Fy = 0 RyA + RyB – (2x0,96) - (9x1,91) = 0 RyA + RyB = 19,11 kN
MA = 0 RyB.24,6 – 1,91x2,46x45 – 0,96x24,6 = 0 RyB = 235,05/24,6 = 9,56 kN
B – substituindo o valor de RyB na segunda equação:
RyA + 9,56 =19,11 RyA = 9,56 kN
Figura 2.22
= 81,097º e = 67,878º
19
- Usando as equações de equilíbrio:
= 67,878º
= 81,097º e = 60,614º
20
Fy = 0 6,21 + 15,46cos81,097 + FNPcos81,097 - FNCcos60,614 = 0
= 60,614º
= 81,097º e r = 54,254º
21
I – Utilizando o mesmo procedimento anterior os valores dos esforços das
outras barras podem ser encontrados:
Banzo superior:
FRS = -29,93 kN, FST = -30,05 kN, FTU = -30,15 kN, FUV = -28,94 kN,
FVX = -27,95 kN, FXY = -26,07 kN e FYZ = -24,50 kN;
Banzo inferior:
FDE = 27,23 kN, FEF = 29,57 kN, FFG = 29,69 kN, FGH = 29,78 kN,
FHJ = 28,59 kN, FJK = 27,62 kN e FKL = 25,76 kN;
Montantes:
FRD = -2,42 kN, FSE = -2,05 kN, FTF = -0,13 kN, FUG = -0,11 kN,
FVH = 1,61 kN, FXJ = 1,46 kN, FYK = 3,07 kN, FZL = 5,67 kN;
Diagonais:
FRE = 3,11 kN, FSF = 0,18 kN, FTG = 0,14 kN, FUH = -2,01 kN,
FVJ = -1,76 kN, FXK = -3,60 kN e FYL = -3,23 kN
Figura 2.23
Fx = 0 RxA = 0
22
B – substituindo o valor de RyB na segunda equação:
Figura 2.24
Fx = 0 FAB = 0
= 81,097º e = 67,878º
23
Fy = 0 2,69sen81,097 – 26,58 - FMBcos67,878 + FMNcos81,097 = 0 (II)
FNP = 67,45 kN, FPR = 77,58 kN, FRS = 84,04 kN, FST =85,02 kN, FTU = 85,12 kN,
FUV = 82,37 kN, FVX = 79,46 kN, FXY = 74,86 kN e FYZ = 70,29 kN;
Banzo inferior:
FBC =- 42,28 kN, FCD =-66,22 kN, FDE =-75,40 kN, FEF =-81,77 kN, FFG =-81,91 kN,
FGH = -82,00 kN, FHJ = -78,46 kN, FJK = -75,59 kN e FKL = -70,21 kN
Montantes:
FNB = 17,21 kN, FPC = 13,48 kN, FRD = 6,60 kN, FSE = 5,60 kN, FTF = 0,14 kN,
FUG = 0,11 kN, FVH = -4,77 kN, FXJ = -4,33 kN, FYK = -8,91 kN e FZL = -16,42 kN
Diagonais:
FNC = -27,47 kN, FPD = -11,31 kN, FRE = -8,48 kN, FSF = -0,20 kN, FTG = -0,14 kN,
FUH = 5,94 kN, FVJ = 5,20 kN, FXK = 10,43 kN e FYL = 9,35 kN
24
2.5.3 – Resumo dos esforços atuantes
Banzo Superior
FRS -29,93 84,04 54,11
FST -30,05 85,02 54,97
FTU -30,15 85,12 54,97
FUV -28,94 82,37 53,43
FVX -27,95 79,46 51,51
FXY -26,07 74,86 48,79
FYZ -24,50 70,29 45,79
25
2.6 – Pré-dimensionamento das barras críticas da treliça
2.6.1 – Banzo superior
Solução: Considerando as informações contidas na apostila “Elementos
estruturais de aço para projetos de arquitetura: Pré-dimensionamento” pode-
se obter um perfil adequado: (Aço ASTM A-36 e cantoneira de abas iguais):
a O esforço máximo de tração no banzo superior, barra ST = 54,97 kN
ft = P / A ≤ 146 Mpa
A ≥ 54970 / 146 ≥ 376,5 mm2 = 3,77 cm2
2xL 1 1/4” x 1 1/4” # 1/8” (3,00 kg/m) Ag = 3,86 cm2, rx = 0,98 cm, ry = 1,45 cm
= 125 / 1,39 = 90
= 250 / 1,96 = 128
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7º Passo: Em função do maior parâmetro , determina-se o valor da tensão
admissível de flambagem:
Para = 128 ffl = 63 Mpa
8º Passo: Calcula-se a tensão atuante e compara-se com a tensão
admissível de flambagem:
fat = 30150 / 542 = 55,6 Mpa < ffl = 63 Mpa O perfil é suficiente
Perfil adotado para o Banzo superior: 2xL 1 3/4” x 1 3/4” # 1/8”
2xL 7/8” x 7/8” # 1/8” (2,08 kg/m) Ag = 2,64 cm2, rx = 0,66 cm, ry = 1,05 cm
Verificando a esbeltez da peça:
Lflx/rx = 123/0,66 = 186 < 300; Lfly/ry = 246/1,05 = 234 < 300
b O esforço máximo de compressão no banzo inferior, barra GH = 52,22 kN
= 123 / 1,58 = 77
= 246 / 2,32 = 106
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5º Passo: Em função do maior parâmetro , determina-se o valor da tensão
admissível de flambagem:
Para = 106 ffl = 92Mpa
6º Passo: Calcula-se a tensão atuante e compara-se com a tensão
admissível de flambagem:
fat = 52220 / 916 = 57 Mpa < ffl = 92 Mpa O perfil é suficiente
Perfil adotado para o Banzo inferior: 2xL 2” x 2” # 3/16”
2.6.3 – Montante
Solução: Fazendo as mesmas considerações anteriores:
a O esforço máximo de tração no montante, barra MA = 17,02 kN
ft = P / A ≤ 146 Mpa
A ≥ 17020 / 146 ≥ 116,6 mm2 = 1,17 cm2
2xL 7/8” x 7/8” # 1/8” (2,08 kg/m) Ag = 2,64 cm2, rx = 0,66 cm, ry = 1,05 cm
Verificando a esbeltez da peça: L/rmin = 50/0,66 = 76 < 300
= Lfl / rmin = 243 / 0,66 = 368 > 200 (adotar outro perfil)
3º Passo: Adotando outro perfil:
2xL 1 3/4” x 1 3/4” # 1/8” (A = 5,42 cm2, rx = 1,39 cm, ry = 1,96 cm )
4º Passo: Calculando o parâmetro de esbeltez:
Lflx = Lfly = 243 cm
= Lfl / rmin = 243 / 1,39 = 175
28
2.6.4 – Diagonal:
2xL 7/8” x 7/8” # 1/8” (2,08 kg/m) Ag = 2,64 cm2, rx = 0,66 cm, ry = 1,05 cm
Verificando a esbeltez da peça: L/rmin = 133/0,66 = 202 < 300
= Lfl / rmin = 133 / 0,66 = 201 > 200 (adotar outro perfil)
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Observações:
1 – Não existe a possibilidade de utilização de perfis flexíveis (cabos) na composição da treliça, pois
os esforços finais, ver item 2.6.3, nas barras são tanto de tração como de compressão;
2 – Apesar de ter sido utilizado dupla cantoneira laminada como seção transversal das peças que
compõem a treliça é possível a utilização de outros tipos de perfil, tais como perfil “U” em chapa
dobrada;
3 – Os perfis adotados anteriormente devem ser utilizados somente como referencia para definição do
projeto de arquitetura da estrutura;
4 – Carga de vento adotada, que foi estabelecida na tabela 4, tem como referencia a cidade de
Goiânia.
3 – Exercícios Propostos
Figura 3.1
Dados:
- Telha trapezoidal de aço zincado segundo catálogo da figura 3.2;
- largura da edificação = 25 m
- Altura dos pilares = 5 m (CS 300 x 32 kg/m)
3 - Esboçar uma treliça trapezoidal de uma água considerando que sua altura
mínima seja de 600 mm.
Esta treliça é suporte de uma cobertura com os seguintes dados:
- Telha trapezoidal de alumínio com vão máximo admissível de 2100 mm;
- Comprimento da edificação de 60000 mm;
- Largura da edificação de 10000 mm (face externa dos pilares);
- Inclinação mínima de 10%;
- Pilares de 4000 mm de altura com seção de 300 x 300 de concreto armado;
- A treliça deve estar apoiada no eixo da seção transversal do pilar;
- Considerar uma calha trapezoidal de dimensões mínimas:
(base maior = 500 mm; base menor = 250 mm e altura = 250 mm);
- Existe uma treliça horizontal conectada à face externa do pilar que tem
como objetivo obstruir a visão da cobertura da edificação;
- Os comprimentos de flambagem das diagonais não devem ser superiores a
2000 mm em relação ao plano da treliça.
30
5 – A determinação do sistema estrutural no projeto de arquitetura de uma
edificação é feita segundo a linguagem do material estrutural, e cabe ao
arquiteto projetar também os elementos arquitetônicos da estrutura. Explique.
Figura 3.2
31
4 – Referencias bibliográficas
2 – MacDonald, A.J., Structural Design for Architecture, Reed Educational and Professional
Publishing Ltd., Great Britain, 1997.
3 – Robbin, T., Engineering a New Architecture, Yale University Press, New Haven and
London, 1996.
5 – Thornton, C. H., Exposed Structure in Building Design, McGraw-Hill Inc., U.S.A., 1993.
8 – MIC, Manual Brasileiro para Cálculo de Estruturas Metálicas, Rio de Janeiro, 1986
32