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Alunos: Gilberto José Bufon, Jhonatan Rodrigo de Almeida & Thiago Tavares
1. INTRODUÇÃO
A distribuição de energia elétrica é feita por meio de corrente alternada, por ser mais
fácil a adaptação do nível de tensão através de transformadores. No entanto, em algumas
aplicações onde a carga alimentada exige uma tensão contínua, a conversão CA-CC é feita
por conversores chamados retificadores.
Os tipos de retificadores podem ser controláveis e não controláveis, eu seja, segundo a
sua capacidade de ajustar o valor da tensão de saída. Os retificadores não controláveis são
aqueles que utilizam diodos, enquanto os controlados utilizam tiristores ou transistores.
Neste projeto será destacado os retificadores controláveis para conversão CA-CC e
CA-CA monofásicos, utilizados em aplicações de projetos para controle de temperatura, por
meio da variação de potência em uma resistência.
O controle de potência em uma resistência para obter uma temperatura desejada tem
muitas aplicações e vários métodos e modelos a serem utilizados. Tanto na conversão CA-CC
quanto na CA-CA será utilizado um script no microcontrolador para definir o ângulo de
disparo dos retificadores, com referência e sincronia da passagem por zero obtida pelo
componente optoacoplador. O ângulo de disparo servirá como referência de tensão eficaz e,
respectivamente, da potência e da temperatura. Neste projeto o ênfase será na parte
eletrônica.
O princípio dos projetos são similares, sendo que a distinção ocorre apenas quanto ao
tipo de retificação requisitada para o alcance das temperaturas desejadas derivadas das
potências necessárias para atingi-las. Entretanto, como dito anteriormente, a manipulação das
potências serão feitas através do controle do gatilho de tiristores, sendo assim, será necessário
o conhecimento, por parte do controlador, do momento em que a onda da rede atinge o valor
de 0V.
3.1.1. COMPONENTES
Para a realização do circuito detector de passagem por zero, a tensão de rede deve ser
retificada através da ponte retificadora para que diodo presente no optoacoplador conduza
sempre que a onda se aproxime de 0V. Com a condução do diodo por parte do optoacoplador,
o mesmo emite luz internamente fazendo com que o tiristor do 4N25 entre em condução
também, acarretando em um pulso de 5V gerado pela fonte e o pull-up tal qual apresentado
na figura 3.0.
Fonte: Autores
(3.0)
(3.1)
(3.2)
Prosseguindo com o raciocínio, basta aplicar a lei de ohm com a corrente da equação
(3.0) e a tensão da (3.2):
(3.3)
(3.4)
(3.5)
(3.6)
Com a resistência de potência mínima calculada, basta analisar a lei de ohm para
deduzir que a corrente e a resistência são inversamente proporcionais, sendo assim, a
resistência comercial logo acima da calculada que fora adotada para o projeto será:
(3.7)
(3.8)
(3.9)
(3.10)
3.1.3. LEITURA DA PASSAGEM POR ZERO
Assim que o optoacoplador acende seu LED interno a outra extremidade é ativada
levando o transistor interno do 4N25 à condução. Para tanto, se faz necessário a aplicação de
uma tensão na faixa de 3.3 á 5V, uma vez que essas remetem as grandezas capazes de serem
“lidas” pelo microcontrolador escolhido, no coletor do transistor e aterrando seu emissor, um
pulso de tensão compreendida na faixa mencionada acaba sendo imposta ao
microcontrolador.
Entretanto, antes que o pulso seja imposto à entrada lógica digital do controlador um
resistor de pull-up foi alocado para garantir que a entrada do sistema se ajuste ao nível lógico
esperado. A ideia desta resistência se pauta na elevação da tensão no condutor ao qual ela se
conecta, sendo que seu valor é alto o suficiente para que qualquer outro estímulo capaz de
levar a tensão a 0V realmente a leve para esse valor.
3.2.1. COMPONENTES
● Optoacoplador MOC3022
● Resistência de 390
● Resistência de 10K /10W
(3.11)
(3.12)
(3.14)
Como o retificador meia onda apresentou um alfa mais próximo de 90º tal qual
apresentado em (3.4), a tipologia escolhida para ser utilizada será o retificador meia onda.
Fonte: Autor
Tal qual projeto da passagem por zero, o sistema de retificação também foi dividido
entre a baixa e alta tensão. O primeiro, é composto por uma resistência de pull-up mensurada
em 10 pelo mesmo motivo anterior e uma resistência limitante de corrente onde, para o
cálculo desta, utilizou-se do mesmo método anterior. Ou seja, através do datasheet do
componente, a corrente máxima suportada pelo diodo interno do optoacoplador foi
localizado.
(3.15)
Como a tensão máxima imposta ao circuito da baixa tensão será fornecida pelo
microcontrolador, a mesma é mensurada em:
(3.16)
(3.17)
(3.18)
(3.19)
Quanto a potência dissipada nessa resistência, como será dado um pulso de 5V
durante 10 microsegundos em um período 8.34 milissegundos, o valor rms da tensão aplicada
sob a resistência é ínfima, não necessitando que tal componente seja um resistor de potência.
Já na alta tensão, o máxima corrente suportada pelo componente isolador, segundo o
datasheet é mensurada no seguinte valor.
(3.20)
(3.21)
(3.22)
(3.23)
(3.24)
(3.25)
(3.26)
(3.27)
(3.28)
(3.29)
3.2.4. FAIXA DOS GATILHOS
α Tensão
0 155.56349
5 155.55254
10 155.47625
15 155.27108
20 154.87685
25 154.23795
30 153.30429
35 152.03196
40 150.3837
45 148.32919
50 145.84517
55 142.91546
60 139.5309
65 135.68924
70 131.39489
75 126.65876
80 121.49795
85 115.93548
90 110
95 103.72542
100 97.15065
105 90.3192
110 83.27894
115 76.08173
120 68.78318
125 61.44242
130 54.12195
135 46.88763
140 39.80881
145 32.9588
150 26.41578
155 20.26457
160 14.60001
165 9.5337
170 5.20931
175 1.84598
180 0
Fonte: Autores
(3.30)
Como o ESP 32 tem uma precisão de microssegundos, tal qual disposto em seu
datasheet, e os ângulos foram calculados em graus, a conversão desses para tempo é
executada pela seguinte equação:
(3.31)
A. COMPONENTES:
B. DESCRITIVO:
A figura 4.2 demonstra graficamente o circuito de passagem por zero. Onde a onda
amarela é do pull-up, ou seja, quando ocorre a passagem por zero; a onda azul é a tensão
depois da ponte retificadora; a onda rosa é o sinal de tensão antes da passagem por zero, ou
seja, a entrada do 4N25; a onda verde é a tensão na no triac e passa pela carga que deseja-se
controlar.
Como a finalidade deste projeto é controlar a tensão em uma carga resistiva, utilizou-
se o componente triac. Após o microcontrolador receber o sinal de passagem por zero o
próximo passo será enviar um sinal para o gate do triac. O circuito responsável pelo
acionamento do triac e ,consequentemente, por controlar a tensão na carga está representado
na figura 4.3.
V eficaz = √❑ (4.1)
Assim, se a potência desejada na carga for zero, a tensão também deverá ser igual a
zero. Consequentemente o ângulo de disparo do triac será 180º ou π em radianos, não
havendo necessidade, neste instante, de aumentar a temperatura e diminuir a umidade. Porém,
o processo todo foi controlado pelo microcontrolador, não precisou de uma linearização do
ângulo com a tensão eficaz. Utilizou-se a diferença a ser corrigida para uma referência de
potência máxima, vista no gráfico 4.1.
A. ESTRUTURA DA ESTUFA
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Após a montagem da placa física da passagem por zero, os testes foram realizados e
os resultados obtidos foram satisfatórios tal qual apresentado na imagem 5.3. O único
empecilho analisado após a execução do circuito é que, a resistência de potência aquece um
pouco, mas não representa risco para a saúde do circuito e de seus arredores.
Fonte: Autores
Fonte: Autor
Por fim, vale salientar que, para a medição efetiva das ondas foi utilizado uma
ponteira isolada devido a magnitude das ondas e dos pulsos do microcontrolador e passagem
por zero. Sendo assim, com os circuitos prontos, o projeto de aquecimento dos ovos pode ser
concluído de forma satisfatória.
Um dos testes não realizados é a comprovação por medições dos gastos de energia,
algo que aparentemente é considerado um sistema que utiliza pouco consumo de energia.
Mas que não houve testes do fluxo de corrente para ser comprovado. Porém, teoricamente,
quanto mais tempo ligada a carga de 300W, mais energia gastará. Isso se dá pela
porcentagem que se deseja alcançar. Ou seja, caso o setpoint seja definido em 20% e a
umidade ambiente é de 50%, deverá ser exigido mais potência da carga, assim, gastando mais
energia. Este é um fator relativo para diferentes situações, mas que pode ser definido como:
Quanto maior o erro a ser controlado, maior será o consumo de potência. Até que não ocorra
a estabilização da umidade a estufa gastará energia.
6. CONCLUSÃO
Motorola. MOC3022. EUA/ Europa/ Japão/ Hong Kong: Frescalle, 199-?. 6 p. Disponível
em: <https://www.alldatasheet.com/datasheet-pdf/pdf/5040/MOTOROLA/MOC3022.html>.
Acesso em: 28 nov. 2019.