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ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

Disciplina: Eletrônica Industrial Turma: ECA

Professor: Tiago Dequigiovani Período: 2019/1

Alunos: Gilberto José Bufon, Jhonatan Rodrigo de Almeida & Thiago Tavares

PROJETO DE CONVERSORES DO PROJETO INPAA E DA ESTUFA DE FOLHA

1. INTRODUÇÃO

A distribuição de energia elétrica é feita por meio de corrente alternada, por ser mais
fácil a adaptação do nível de tensão através de transformadores. No entanto, em algumas
aplicações onde a carga alimentada exige uma tensão contínua, a conversão CA-CC é feita
por conversores chamados retificadores.
Os tipos de retificadores podem ser controláveis e não controláveis, eu seja, segundo a
sua capacidade de ajustar o valor da tensão de saída. Os retificadores não controláveis são
aqueles que utilizam diodos, enquanto os controlados utilizam tiristores ou transistores.
Neste projeto será destacado os retificadores controláveis para conversão CA-CC e
CA-CA monofásicos, utilizados em aplicações de projetos para controle de temperatura, por
meio da variação de potência em uma resistência.
O controle de potência em uma resistência para obter uma temperatura desejada tem
muitas aplicações e vários métodos e modelos a serem utilizados. Tanto na conversão CA-CC
quanto na CA-CA será utilizado um script no microcontrolador para definir o ângulo de
disparo dos retificadores, com referência e sincronia da passagem por zero obtida pelo
componente optoacoplador. O ângulo de disparo servirá como referência de tensão eficaz e,
respectivamente, da potência e da temperatura. Neste projeto o ênfase será na parte
eletrônica.

2. RESUMO DOS PROJETOS

2.1. Resumo Geral


Como anunciado na introdução, ambos os projetos tem o objetivo de converter a
energia elétrica da rede em térmica para uma temperatura específica ao qual um controlador
será responsável por manipular esta última. De forma sucinta, ambos os controladores irão
regular o gatilho do tiristor a fim de levá-los a condução em determinadas faixas da senóide
da rede a fim de manipular a potência exercida sob os dissipadores de calor que, a grosso
modo, serão resistências.

2.2. Objetivo Geral dos Projetos

O princípio dos projetos são similares, sendo que a distinção ocorre apenas quanto ao
tipo de retificação requisitada para o alcance das temperaturas desejadas derivadas das
potências necessárias para atingi-las. Entretanto, como dito anteriormente, a manipulação das
potências serão feitas através do controle do gatilho de tiristores, sendo assim, será necessário
o conhecimento, por parte do controlador, do momento em que a onda da rede atinge o valor
de 0V.

2.3. Resumo do Projeto INPAA

Para o projeto da incubadora de aves, é necessário atingir uma temperatura


compreendida em uma faixa de 34 a 38 ºC, portanto, antes da resolução do circuito foi
necessário calcular a tensão necessária para atingir a temperatura específica estipulada para o
equipamento.
Para a aquisição dos dados, foi utilizado um método empírico onde a planta composta
por duas lâmpadas de 40W e um cooler foi submetida a uma tensão variável até que a faixa
de temperatura fosse atingida. Com auxílio de um variac a tensão aplicada na planta foi
gradativamente elevada até o valor de 95V onde a planta alcançou a temperatura de 36 ºC,
portanto, o retificador deverá ser projetado para que a tensão eficaz da rede atinja tal
grandeza.
Sendo assim, o processo ao qual a eletrônica do produto será submetido pode ser
subdividido em três. O primeiro desse retrata um circuito detector de passagem por zero,
onde a tensão da rede passa por uma ponte retificadora seguindo para uma resistência
limitadora de corrente e para um optoacoplador responsável por isolar a alta e baixa tensão. O
segundo processo remete ao lado da baixa tensão do optoacoplador onde a uma tensão de 5V
é provida pelo microcontrolador, sendo necessário um resistor para fazer o pull-up na entrada
do componente programável pois assim o mesmo irá receber um pulso quando o
optoacoplador conduzir, ou seja, sempre que a passagem por zero ocorrer. Por fim, o último
procedimento eletrônico é a retificação da rede executada pelo microcontrolador onde esse
dará um pulso em determinado tempo no gate do tiristor.

2.4. Resumo do Projeto da Estufa para Papel


A umidade do ar equivale a quantidade de água compreendido no ar na forma de
vapor. Por ser um elemento relevante que atua na atmosfera e capaz de influenciar o grau de
temperatura, o controle da porcentagem da umidade pela temperatura se torna importante
para estudos de pesquisa. A comparação de umidade e temperatura nos dá uma oportunidade
de controlá-la, pois quanto maior for a temperatura, e a mesma constante por um longo
período de tempo, é possível reduzir a quantidade de água no ambiente, evaporando mais
rapidamente a água. Para este projeto o estudo de controle da umidade estará diretamente
relacionado a temperatura num recipiente, onde o intuito é reduzir a umidade contida no
papel.
Para utilizar o papel como impressão é recomendado que a umidade relativa do ar
esteja entre 45 e 60%, valores maiores que isso podem acarretar em impressões borradas e
folhas coladas, atrapalhando o desempenho da impressora e aumentando o uso de papel para
novas impressões ( Unitel Fontes e Transformadores). O uso do desumidificador de papel, é
recomendado, neste caso, para que o papel esteja completamente seco e não interfira no
processo de impressão.
No circuito elétrico da estufa, montado pelos alunos, contará com auxílio de um
microcontrolador atmega8, encarregado de fazer o processo de leitura de dados e a correção
da umidade. Uma resistência ficará responsável pela fonte de temperatura, ou seja,
controlando a tensão que passa por essa resistência, pode-se controlar a temperatura da
mesma, o componente com essa função se chama triac. O microcontrolador será programado
para conseguir gerar um erro e uma correção de temperatura, mandando um sinal convertido
em ângulo para o triac.

3. PROJETO ELETRÔNICO INPAA

3.1. Detector de passagem por zero

3.1.1. COMPONENTES

● Ponte retificador a diodo;


● Optoacoplador 4N25;
● Resistor de Potência 6,8 ;
● Resistor de pull-up 10 ;
● Microcontrolador ESP32;
3.1.2. DESCRITIVO

Para a realização do circuito detector de passagem por zero, a tensão de rede deve ser
retificada através da ponte retificadora para que diodo presente no optoacoplador conduza
sempre que a onda se aproxime de 0V. Com a condução do diodo por parte do optoacoplador,
o mesmo emite luz internamente fazendo com que o tiristor do 4N25 entre em condução
também, acarretando em um pulso de 5V gerado pela fonte e o pull-up tal qual apresentado
na figura 3.0.

Figura 3.0 - Circuito detector de passagem por zero

Fonte: Autores

3.1.2.1. Cálculo do Resistor de Potência

Como o optoacoplador 4N25 possui uma corrente máxima de trabalho, a resistência


deve ser calculada de forma a limitar a grandeza em questão para que não acabe por queimar
o componente. Para tanto, faz-se necessário analisar, através do datasheet deste a máxima
corrente que o mesmo aguenta, sendo essa mensurada em:

(3.0)

Com a corrente determinada, basta equacionar a máxima tensão ao qual a resistência


será submetida. Para tanto, como será aplicada a tensão de rede retificada de forma que essa
se torne contínua, tal qual apresentado na figura 3.1, sendo assim, tal grandeza é mensurada
em:

(3.1)
(3.2)

Figura 3.1 - Senóide da .Rede Retificada


Fonte: Autor

Prosseguindo com o raciocínio, basta aplicar a lei de ohm com a corrente da equação
(3.0) e a tensão da (3.2):

(3.3)

(3.4)

(3.5)
(3.6)

Com a resistência de potência mínima calculada, basta analisar a lei de ohm para
deduzir que a corrente e a resistência são inversamente proporcionais, sendo assim, a
resistência comercial logo acima da calculada que fora adotada para o projeto será:

(3.7)

3.1.2.2. Cálculo da Potência Dissipada pelo Resistor de Potência

Determinado o valor do resistor, a partir da tensão eficaz calculada em (3.2), a


potência na qual a componente deverá suportar é calculada da seguinte forma:

(3.8)

(3.9)
(3.10)
3.1.3. LEITURA DA PASSAGEM POR ZERO

Assim que o optoacoplador acende seu LED interno a outra extremidade é ativada
levando o transistor interno do 4N25 à condução. Para tanto, se faz necessário a aplicação de
uma tensão na faixa de 3.3 á 5V, uma vez que essas remetem as grandezas capazes de serem
“lidas” pelo microcontrolador escolhido, no coletor do transistor e aterrando seu emissor, um
pulso de tensão compreendida na faixa mencionada acaba sendo imposta ao
microcontrolador.
Entretanto, antes que o pulso seja imposto à entrada lógica digital do controlador um
resistor de pull-up foi alocado para garantir que a entrada do sistema se ajuste ao nível lógico
esperado. A ideia desta resistência se pauta na elevação da tensão no condutor ao qual ela se
conecta, sendo que seu valor é alto o suficiente para que qualquer outro estímulo capaz de
levar a tensão a 0V realmente a leve para esse valor.

3.2. Retificador do Projeto INPAA

3.2.1. COMPONENTES

● Optoacoplador MOC3022
● Resistência de 390
● Resistência de 10K /10W

3.2.2. ESCOLHA DO TIPO DE RETIFICADOR

Como anunciado na seção 2.3 deste documento, a temperatura desejada na incubação


gira em torno de 34 a 37ºC e fora alcançada uma temperatura de 36ºC a partir de uma tensão
aplicada de 95V. Para tanto, faz-se necessário estipular o tipo de retificador no qual a variável
de gatilho dos tiristores ao qual se aproxima mais de 90º a fim de se obter uma faixa de
controle maior.
Sendo assim, a partir do valor de tensão necessário para atingir a faixa de temperatura
estipulada, junto das equações (3.1) e (3.2) referentes a tensão eficaz de um retificador de
meia onda e onda completa respectivamente, os foram calculados:

(3.11)

(3.12)

Isolando na equação (3.1) e (3.2):


(3.13)

(3.14)

Como o retificador meia onda apresentou um alfa mais próximo de 90º tal qual
apresentado em (3.4), a tipologia escolhida para ser utilizada será o retificador meia onda.

Figura 3.2 - Retificador meia onda

Fonte: Autor

3.2.3. DESCRITIVO DO RETIFICADOR

Tal qual projeto da passagem por zero, o sistema de retificação também foi dividido
entre a baixa e alta tensão. O primeiro, é composto por uma resistência de pull-up mensurada
em 10 pelo mesmo motivo anterior e uma resistência limitante de corrente onde, para o
cálculo desta, utilizou-se do mesmo método anterior. Ou seja, através do datasheet do
componente, a corrente máxima suportada pelo diodo interno do optoacoplador foi
localizado.

(3.15)

Como a tensão máxima imposta ao circuito da baixa tensão será fornecida pelo
microcontrolador, a mesma é mensurada em:

(3.16)

Portanto, através da Lei de Ohm novamente, a resistência necessária para limitar a


corrente é mensurada.

(3.17)

(3.18)
(3.19)
Quanto a potência dissipada nessa resistência, como será dado um pulso de 5V
durante 10 microsegundos em um período 8.34 milissegundos, o valor rms da tensão aplicada
sob a resistência é ínfima, não necessitando que tal componente seja um resistor de potência.
Já na alta tensão, o máxima corrente suportada pelo componente isolador, segundo o
datasheet é mensurada no seguinte valor.

(3.20)

Determinada a corrente máxima, a tensão na alta é mensurada da mesma forma que


no circuito detector de passagem por zero na equação (3.2). Portanto, a grandeza da
resistência é determinada semelhantemente a equação (3.7) mas com os valores da alta
tensão.

(3.21)

(3.22)
(3.23)

Quanto a potência dissipada por esse, calcula-se da mesma maneira apresentada em


(3.11) mas com os valores da alta tensão, lembrando que, como é um retificador meia onda, a
máxima tensão eficaz que será imposta ao resistor será:

(3.24)

Em sequência, a potência é mensurada.

(3.25)
(3.26)

Como tínhamos a disposição apenas resistores dissipadores de 10W, fora utilizado


uma resistência de 10K , uma vez que este atende a faixa de corrente necessária para a
operação do optoacoplador de 20 a 100mA.

(3.27)

Tal manipulação acabou por reduzir a potência para a


faixa acessível.

(3.28)
(3.29)
3.2.4. FAIXA DOS GATILHOS

Como o propósito da incubadora é aquecer as espécimes em uma determinada


temperatura, fora utilizada duas lâmpadas de 40W alocadas em um sistema com vedação
térmica por uma parede de polipropileno e madeira, além de uma face de vidro a fim de
propiciar o contato entre os ovos e o usuário. Ainda, o sistema possui um cooler para
executar a circulação do ar e dissipação do calor de forma mais efetiva para toda a parte
interna da incubadora.
Para a execução do controle de temperatura, foi feito um atuador capaz de converter a
variação de temperatura desejada subtraída da temperatura atual da incubadora em tensão.
Em posse desta última grandeza, o microcontrolador entra em uma lista com vários alfas para
a tensão requisitada pelo controlador, onde essa última grandeza foi calculada com base na
equação (3.2), gerando a tabela 3.1

Tabela 3.1 - Valores de alfa em relação à tensão

α Tensão

0 155.56349

5 155.55254

10 155.47625

15 155.27108

20 154.87685

25 154.23795

30 153.30429

35 152.03196

40 150.3837

45 148.32919

50 145.84517

55 142.91546

60 139.5309

65 135.68924

70 131.39489

75 126.65876
80 121.49795

85 115.93548

90 110

95 103.72542

100 97.15065

105 90.3192

110 83.27894

115 76.08173

120 68.78318

125 61.44242

130 54.12195

135 46.88763

140 39.80881

145 32.9588

150 26.41578

155 20.26457

160 14.60001

165 9.5337

170 5.20931

175 1.84598

180 0
Fonte: Autores

Após o microcontrolador determinar o grau do disparo, o mesmo é convertido em


tensão através da equação a diferenças do controlador, posteriormente esta tensão adentra na
lista apresentada na tabela 3.1 onde é executada uma interpolação linear para o cálculo do
ângulo de disparo aproximado com a seguinte equação.

(3.30)
Como o ESP 32 tem uma precisão de microssegundos, tal qual disposto em seu
datasheet, e os ângulos foram calculados em graus, a conversão desses para tempo é
executada pela seguinte equação:

(3.31)

Por fim, quando o tempo calculado é atingido, um pulso é executado na saída do


microcontrolador, acabando por regular a potência da lâmpada e aquecer o processo.

4. PROJETO ELETRÔNICO DA ESTUFA DE PAPEL

4.1. Procedimento do projeto que utiliza Triac

4.1.1. DETECÇÃO DA PASSAGEM POR ZERO

A. COMPONENTES:

● Transformador: Responsável por modificar os níveis de tensão;


● Ponte Retificadora: Contendo 4 diodos retificadores, tem a funcionalidade de
transformar a tensão alternada em contínua;
● Optoacoplador 4N25: Responsável por isolar os circuitos e pela passagem por zero;
● Regulador de tensão 7805: Faz parte do circuito de passagem por zero ter um pull-up,
ou seja um resistor do lado do transistor do 4N25, para isso é utilizado o regulador de
tensão, gerando uma tensão de 5V.
● Resistores e capacitores: Os valores de resistência e de capacitância foram escolhidos
conforme a topologia. Sendo que o valor da resistência de Pull-Up dá-se 10kΩ para
diminuir a corrente e dissipar a potência, uma vez que é necessário apenas o sinal no
microcontrolador. Assim, o resistor de 1kΩ tem a mesma finalidade, reduzir a
corrente antes da entrada do 4N25.

B. DESCRITIVO:

Para controle de ângulo de fase de um triac, a fim de controlar a tensão em uma


resistência, utilizou-se um método com controle de fluxo de potência. Para isso, variando a
tensão eficaz CA, aplicada a uma carga resistiva.
Existem várias aplicações com este método, para este trabalho aplicou-se em uma
carga resistiva a fim de controlar o aquecimento em uma estufa.
Para esse controle, é indicado a utilização de um circuito com detecção de passagem
por zero da onda de tensão. Em seguida o microcontrolador espera um tempo para estipular
um pulso no gate do triac, o qual conduzirá a corrente através da carga. Assim que o pulso no
gate do triac for cessado e quando houver a próxima passagem por zero, o fluxo de corrente
será suspenso.
Neste mesmo circuito é utilizado um transformador ( 220V - 18V) que, após passar
por uma ponte de diodos, alimenta o acoplador 4N25, tal componente responsável pela
detecção da passagem por zero. O circuito utilizado para representar a passagem por zero
encontra-se na figura 4.1.

Figura 4.1 : Circuito passagem por zero.

Fonte: Os autores, via software Proteus

A figura 4.2 demonstra graficamente o circuito de passagem por zero. Onde a onda
amarela é do pull-up, ou seja, quando ocorre a passagem por zero; a onda azul é a tensão
depois da ponte retificadora; a onda rosa é o sinal de tensão antes da passagem por zero, ou
seja, a entrada do 4N25; a onda verde é a tensão na no triac e passa pela carga que deseja-se
controlar.

Figura 4.2 : Gráfico da passagem por zero


Fonte: Os autores, via software Proteus

4.1.2. DETECÇÃO DA PASSAGEM POR ZERO

Como a finalidade deste projeto é controlar a tensão em uma carga resistiva, utilizou-
se o componente triac. Após o microcontrolador receber o sinal de passagem por zero o
próximo passo será enviar um sinal para o gate do triac. O circuito responsável pelo
acionamento do triac e ,consequentemente, por controlar a tensão na carga está representado
na figura 4.3.

A lógica deste circuito é quando deseja-se oferecer 100% da potência na carga, o


pulso emitido pelo microcontrolador é enviado para a entrada do MOC3021 e depois ao gate
mais perto do cruzamento da tensão por zero.

Figura 4.3 : Circuito acionamento do triac.

Fonte: Os autores, via software Proteus

A funcionalidade do MOC3021 tem a mesma do optoacoplador, ou seja isolar dois


circuitos, evitando interferência entre eles. O componente contém um circuito interno com
dois elementos encapsulados, onde o primeiro emite um led para o segundo elemento, esse
segundo elemento é um fototriac. Assim que recebe o sinal do led, o fototriac conduzirá,
disparando o triac principal e ligando a carga.

O resistor de 1kΩ e de 330Ω foi escolhido a fim de manter a corrente controlada no


MOC3021. Já o resistor de 165Ω é a carga que fornecerá a temperatura para o recipiente. Tal
resistência é “alimentada” com tensão alternada da rede e controlada pelo triac.

O sinal enviado ao triac é um sinal de gatilho, ou seja, o ângulo no qual o triac


conduzirá. Para definir uma relação entre potência na carga e a tensão eficaz, primeiro
estabeleceu a relação da tensão com o ângulo utilizando a seguinte equação:

V eficaz = √❑ (4.1)

Assim, se a potência desejada na carga for zero, a tensão também deverá ser igual a
zero. Consequentemente o ângulo de disparo do triac será 180º ou π em radianos, não
havendo necessidade, neste instante, de aumentar a temperatura e diminuir a umidade. Porém,
o processo todo foi controlado pelo microcontrolador, não precisou de uma linearização do
ângulo com a tensão eficaz. Utilizou-se a diferença a ser corrigida para uma referência de
potência máxima, vista no gráfico 4.1.

Utilizando a equação 3.3 é possível obter a máxima corrente na carga e no triac,


simulando o pior caso. Quando a tensão for 220V na carga de potência ( 165 Ω), a corrente
que circula por este circuito é de 1.33A, assim não seria necessário um dissipador, mas por
segurança acrescentou-se um no triac.

A. ESTRUTURA DA ESTUFA

A ideia do projeto é montar uma estufa automática, capaz de regular a umidade


conforme o usuário desejar. Um dos principais desafios desse projeto é a montagem dos
ganhos do controlador e respeitar a temperatura máxima para não amarelar o papel.

A estrutura física da estufa é feita de metal, contendo um display para interface do


usuário, dois botões para regular a porcentagem de umidade, um cooler para circular o ar
dentro da estufa, uma resistência para dissipar calor, o sensor de umidade e temperatura e a
parte elétrica contendo passagem por zero e o acionamento do triac.
A carcaça de metal desenvolvida pelos alunos, contém um compartimento separado
para armazenar o papel e outro para armazenar o circuito eletrônico e demais componentes,
conforme mostra a Figura 4.4.

Figura 4.4: Estrutura da estufa.

Fonte: Os autores.

O cooler, situado no compartimento de componentes eletrônicos, assim como mostra


a Figura 4.5 juntamente com a carga, fornece circulação de ar dentro da estufa. É controlado
pelo micro atmega8, assim que a carga é ligada o cooler também é ligado. Porém, quando a
umidade atinge um valor estável e próximo ao desejado pelo usuário, o cooler é desligado por
alguns instantes, para evitar que a umidade ambiente seja jogada para dentro da estufa.

Figura 4.5: Cooler e Carga.

Fonte: Os autores.

Para desenvolver o layout da placa de circuito impresso utilizou o software EAGLE,


um aplicativo de design eletrônico. Após imprimir as trilhas do circuito e as indicações de
furos na placa é feito um processo para passar o desenho na placa, um processo manual onde
é aplicada uma temperatura sobre a impressão da Figura 4.6 na placa.

Figura 4.6: Design eletrônico.


Fonte: Os autores, via software EAGLE.

Para a montagem da estrutura da placa com os componentes eletrônicos utilizou o


seguimento feito pela impressão do desenho na Figura 4.6 e a fixação é feita com auxílio de
um estanhador. O seguimento deste processo pode ser visto na Figura 4.7 .

Figura 4.7: Componentes eletrônicos.

Fonte: Os autores.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS DOS PROJETOS

5.1. Considerações Finais do Projeto INPAA:

Para a implementação dos circuitos explanados na seção anterior, foram montadas


PCI’s distintas, onde cada uma foi idealizada através do software EagleCAD.

5.1.1. LEITOR DE PASSAGEM POR ZERO


Após a execução da montagem do esquemático, a placa pode ser idealizada e
executada bem como apresentado nas figura 5.1 e 5.2 respectivamente.

Figura 5.1 - Esquemático da Passagem por Zero

Fonte: Autores

Figura 5.2 - Placa da passagem por Zero

Fonte: Autores

Após a montagem da placa física da passagem por zero, os testes foram realizados e
os resultados obtidos foram satisfatórios tal qual apresentado na imagem 5.3. O único
empecilho analisado após a execução do circuito é que, a resistência de potência aquece um
pouco, mas não representa risco para a saúde do circuito e de seus arredores.

Figura 5.3 - Resultados obtidos na passagem por Zero


Fonte: Autores

5.1.2. CIRCUITO RETIFICADOR MEIA-ONDA

Seguindo o mesmo procedimento utilizado na criação da passagem por zero, o projeto


do esquemático e da placa da passagem por zero foram executados.

Figura 5.4 - Esquemático do Retificador

Fonte: Autores

Figura 5.5 - Esquemático do Retificador


Fonte: Autores

Com a placa concluída, os seguintes resultados foram adquiridos:

Figura 5.6 - Retificação da onda pelo Tiristor

Fonte: Autor

Figura 5.7 - Comparação da Onda Retificada e a Onda da Rede


Fonte: Autor

Por fim, vale salientar que, para a medição efetiva das ondas foi utilizado uma
ponteira isolada devido a magnitude das ondas e dos pulsos do microcontrolador e passagem
por zero. Sendo assim, com os circuitos prontos, o projeto de aquecimento dos ovos pode ser
concluído de forma satisfatória.

5.2. Considerações Finais Da Estufa Para Papel

A solução encontrada para o papel não amarelar é definir um limite de temperatura


máxima no script do microcontrolador. Assim que o microcontrolador detectar que a
temperatura é maior que 43ºC a carga que fornece temperatura será desligada. Este valor de
temperatura é baseado em pesquisas feitas por modelos de estufa já presentes em mercado,
assim como o “Desumidificador Estufa de Papel A4 1500 Folhas 110V” da fabricante Unitel,
onde sua temperatura estabiliza em 43ºC.

Através de testes experimentais, a fim de aplicar um controlador no sistema e verificar


os valores de seus ganhos, obteve uma curva da umidade com relação do tempo. Utilizando
um degrau como referência, ou seja, uma tensão máxima de 220V na carga, para realização
do experimento extraiu a curva do Gráfico 5.1 . Tais valores coletados, estão em um período
de tempo de vinte segundos, até a estabilização de 20% de umidade no interior da estufa e são
utilizados como referência no controlador, para diminuir o erro entre o setpoint e a umidade
atual.

Gráfico 5.1: Estabilização da umidade.


Fonte: Os autores.

Um dos testes não realizados é a comprovação por medições dos gastos de energia,
algo que aparentemente é considerado um sistema que utiliza pouco consumo de energia.
Mas que não houve testes do fluxo de corrente para ser comprovado. Porém, teoricamente,
quanto mais tempo ligada a carga de 300W, mais energia gastará. Isso se dá pela
porcentagem que se deseja alcançar. Ou seja, caso o setpoint seja definido em 20% e a
umidade ambiente é de 50%, deverá ser exigido mais potência da carga, assim, gastando mais
energia. Este é um fator relativo para diferentes situações, mas que pode ser definido como:
Quanto maior o erro a ser controlado, maior será o consumo de potência. Até que não ocorra
a estabilização da umidade a estufa gastará energia.

6. CONCLUSÃO

Constata-se que o controle do ângulo pode ser implementado em diversos modelos e


finalidades de projeto, tanto com o uso de um tiristor quanto com um triac. Inicialmente os
projetos se assemelhavam, tal ponto se dá pelo objetivo de controlar a potência de uma carga,
consequentemente a temperatura emitida pela mesma. Outro ponto semelhante é a
necessidade de um circuito detector de passagem por zero que passaria essa informação ao
controlador e finalizaria com a sincronia de todos os componentes, apesar de estarem isolados
pelos optoacopladores.
Tendo em vista os aspectos observados sobre o controle da tensão eficaz em uma
carga resistiva, pode-se apontar que o objetivo principal dos projetos foi alcançado. Ambos
conseguem manter a temperatura e a umidade desejada por um longo período de tempo.
REFERÊNCIAS

Motorola. MOC3022. EUA/ Europa/ Japão/ Hong Kong: Frescalle, 199-?. 6 p. Disponível
em: <https://www.alldatasheet.com/datasheet-pdf/pdf/5040/MOTOROLA/MOC3022.html>.
Acesso em: 28 nov. 2019.

Motorola. 4N25. Eua/europa/japão/hong Kong: Frescalle, 199-?. 6 p. Disponível em:


<https://pdf1.alldatasheet.com/datasheet-pdf/view/2846/MOTOROLA/4N25.html>. Acesso
em: 28 nov. 2019.

Espressif. ESP32. Xangai: Espressif, 199-?. 60 p. Disponível em:


<https://www.alldatasheet.com/datasheet-pdf/pdf/1148023/ESPRESSIF/ESP32.html>.
Acesso em: 28 nov. 2019.

AgrotamA. Desumidificador estufa de papel A4 1500 folhas 110V . Disponível em:


<https://www.agrotama.com.br/produtos/desumidificador-estufa-de-papel-a4-1500-folhas-
110v/unitel-1475,114,1214/> Acesso em 18/12/2019 às 16:39.

Meneses André. Tiristor – Triac.Disponível em: <http://mundoengenharia.com.br/tiristor-


triac/> Acesso em 18/12/2019 às 20:38.

Usinainfo. Optoacoplador MOC3021 para projetos. Disponível em:


<https://www.usinainfo.com.br/optoacopladores/optoacoplador-moc3020-para-projetos-
3185.html> Acesso em 22/11/2019 ás 17:10.

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