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EDUCAÇÃO DE

JOVENS E ADULTOS:
ENTENDENDO O
PERCURSO DESTE
COMPONENTE
CURRICULAR
©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília

Apresentação 
Olá, seja muito bem-vindo(a)!

Nesta unidade, que está dividida em 4 seções, trataremos da Educação de Jovens e Adultos:
entendendo o percurso deste componente curricular.

Na primeira seção, discutiremos sobre a história da Educação de Jovens e Adultos – EJA no


Brasil.

Na segunda seção, vamos verificar como ocorreram as reformas e movimentos que


influenciaram na Educação de Jovens e Adultos, ao mesmo tempo em que cuidam da
renovação dos sistemas de um modo geral.

Na terceira seção, vamos analisar como Paulo Freire influenciou na Educação popular da
EJA, devido à urgência de se promover uma educação de massa, visando a preparar as
pessoas para o trabalho nas fábricas, onde o autor menciona que a educação não é uma
ação neutra, e sim política.

Na quarta seção, vamos compreender como ocorreram as mudanças na Educação de


Jovens e Adultos, a partir da Constituição Federal de 1988, que passa a garantir o direito à
educação gratuita a todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria.

Esta Unidade está organizada em quatro seções que abordam, na sequência, os seguintes
conteúdos:

Educação de Jovens e Adultos: contexto histórico.


Primeiras iniciativas que influenciaram na Educação de Jovens e Adultos.
Paulo Freire e a educação popular da Educação de Jovens e Adultos.
Mudanças ocorridas na EJA, no fim da Ditadura Militar.

Bons estudos!

Objetivos
Compreender o contexto histórico em que a Educação de Jovens e Adultos surge, no
Brasil, até se tornar uma modalidade de ensino.
Identificar no contexto histórico brasileiro quando a Educação de Jovens e Adultos se
torna necessária, a partir da educação Jesuíta.
Verificar como ocorreram as reformas e movimentos que influenciaram na Educação
de Jovens e Adultos, ao mesmo tempo, em que cuidam da renovação dos sistemas de
educação de modo geral.
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Desafio 
Leia o artigo “Identidades da EJA: Conquistas, Desafios e Estratégias de Lutas ”, de
Barbara Belanda Benevides da Silva, Josué Campos e Neuza Custódio Ribeiro. O artigo trata
da identidade da EJA, fatos, acontecimentos e interesses voltados para a aprendizagem.

Ao realizar a leitura, você deverá postar, no AVA, uma breve dissertação, com no mínimo 10
linhas e no máximo 15 linhas, apontando a sua compreensão a respeito das lutas,
conquistas e desafios da EJA.
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Conteúdo 
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: contexto
histórico

Para iniciar esta seção, podemos afirmar que, em nosso país, temos uma história da
educação muito recente e, em se tratando de Educação de Adultos, há uma dívida histórica
e gigantesca na tentativa de alfabetizar os jovens e adultos, que vem desde o
descobrimento do Brasil, quando ainda éramos uma nação indígena, até os tempos atuais, e
o que se configura é que não conseguimos superar a meta de todos os jovens e adultos
alfabetizados no país.

Por que afirmo isto? Porque quando o Brasil foi civilizado, o processo de escolarização não
se deu de forma imediata, pois essa não era uma prioridade de nossos colonizadores. Por
isso, para poder explicar e entender o atraso com a Educação de Jovens e Adultos, em
nosso país, podemos começar pegando o caminho histórico a partir da educação imposta
pelos jesuítas, em 1549 (ARANHA , 2010).   

De acordo com Aranha (2010), os Jesuítas eram padres que vinham para o Brasil com a
intencionalidade de civilizar os índios, por isso queriam catequizá-los e, em alguns casos,
até alfabetizar, mas essa não foi uma tarefa nada fácil e nem a prioridade dos jesuítas. Essa
aculturação dos índios acontecia, muitas vezes, de forma agressiva, imposta pela batalha de
escravizá-los, pois os índios conheciam muito bem a mata e sumiam entre ela. Outra forma
aconteceu pela conquista dos índios, naturalmente, com peças de teatro, arte, muita música
e lúdico, com a intencionalidade de conquistá-los para, assim, poder civilizá-los.  Veja a
Figura 1.

Figura 1 - Missão Jesuíta


Fonte: Pixabay , 2020.

Inicialmente, as aulas com os jesuítas aconteciam em qualquer lugar, os índios mais velhos
não tinham muita paciência para parar e escutar os jesuítas e era mais fácil trazer, para esta
escuta, os curumins mais novos.

Os Jesuítas chegaram ao Brasil, em 1549, e desenvolveram esse processo de aculturação


dos índios, por cerca de 210 anos, pregando assim a fé católica. Neste sentido, realizavam
todo um trabalho educativo. Nesse período inicial, os Jesuítas buscavam converter os
índios aos costumes da Coroa Portuguesa, pregando a fé cristã e o trabalho educativo
(ARANHA, 2010).

Nesse percurso, havia a crença que esse trabalho dos missionários, era o caminho para
salvar almas, mas por trás de tudo isso, pode-se dizer que esse era o melhor caminho para a
submissão, e dominação, dos índios pelos colonizadores (PILETTI , 1988).

A colonização no Brasil não tinha diretamente a ideia de alfabetizar índios, pois em meio a
este processo de aculturação dos índios, havia um jogo de interesses de exploração de
nossas riquezas e escravizar os índios. Aliás, “escravizar os índios” foi uma tentativa que
não deu muito certo, pois eles conheciam muito bem a sua região e quando queriam
sumiam entre a mata. Por isso, a ideia era mais de conversão do que ensinar as letras aos
índios.

Deste modo, conforme Soares  (1996), podemos afirmar que as primeiras iniciativas para a
Educação de Adultos no Brasil aconteceram no período colonial. Os filhos dos
colonizadores e mestiços recebiam as instruções através das escolas criadas pelo Padre
Manuel de Nóbrega. Em 1759, a Coroa Portuguesa, cismada com a diminuição dos lucros
que o país estava lhe proporcionando, envia para o Brasil, o Marques de Pombal, que já
chegou desconfiado que os Jesuítas não mais estivessem servindo aos interesses da cora
portuguesa, promovendo, portanto, a expulsão dos jesuítas. Mas, em troca, nada trouxe de
novo para educação de nosso país. Este período foi considerado praticamente nulo para o
avanço da escolarização brasileira.  Esta fase na História da Educação é conhecida como o
“Período Pombalino”, que é caracterizada pela expulsão dos jesuítas. Veja Figura 2.

Figura 2 - Marquês de Pombal


Fonte: Pixabay , 2020.

 De acordo com Aranha (2010), essa situação significou atraso educacional e isso muda
com a chegada da família Real ao Brasil. Foi a partir deste acontecimento, que se tornou
necessário a organização de locais de ensino adequados para atender à demanda
educacional dos parentes da aristocracia portuguesa.

Por isso, podemos afirmar que foi com a vinda da Família Real para o Brasil, que houve as
primeiras exigências para a criação de escolas ao nível da família aristocrata portuguesa,
não para todos os índios e sim para quem fazia parte deste grupo seleto da corte. A partir
deste acontecimento histórico, outras demandas aconteceram na área educacional de
nosso país, pois havia a necessidade urgente de adultos alfabetizados de cursos técnicos e
superiores para dar conta das necessidades da Coroa, a exemplo do Curso Militar,
Advocacia e Medicina em nosso país. É neste contexto, que, no Brasil, havia um alto índice
de analfabetos e a necessidade de escola ao nível dos filhos dos que compunham a corte
em nosso país.

Por isso, no império, foram firmadas novas ações na Educação de Jovens e Adultos e pouco
se fazia pelas escolas de primeiras letras, pois este não era o foco naquele momento. Havia
as chamadas aulas régias, que aconteciam em escolas noturnas para ensino de adultos,
porém não havia exigências para atestar a qualidade do ensino e tratavam-se de cursos de
curta duração. Em 1824, na Constituição Imperial, temos escrito que é reservada a todos os
cidadãos a instrução primária gratuita. Apesar de esta lei existir, ela era muito restrita
(SOARES, 1996).

Mas você deve estar se perguntando, restrita em qual sentido?

No sentido de que, neste período, eram considerados cidadãos as pessoas livres, da elite e
que, possivelmente, poderiam ocupar funções, neste país de natureza burocrática imperial
ou até em funções políticas. Isso quer dizer que, para filhos das camadas populares, por
mais que tivessem interesse em estudar e fossem livres, não poderiam estar incluídos nesta
categoria de alunos aptos a frequentar a escola. Ou seja, por muito tempo as escolas
brasileiras tinham um caráter elitista e eram destinadas a quem podia pagar. Essa restrição,
neste contexto histórico de nosso país, também é motivo para justificar que nada, ou pouco,
se fez para a Educação de Jovens e Adultos, pois não era de interesse da coroa alfabetizar
as pessoas das camadas populares (SOARES, 1996).

De acordo com Paiva  (1973), quando a sociedade brasileira começou a seguir o caminho
rumo à industrialização e à urbanização, esses acontecimentos exigiam que um novo
modelo de sociedade fosse colocado em prática, em que o cidadão demonstrasse certo
domínio de conhecimento e que apresentasse habilidades de trabalho, e, de modo geral, a
escola passou a assumir a função de educar para a vida, e de novas aprendizagens do
trabalho. Em 1854, é datado o ano em que surge a primeira escola noturna brasileira.
Passados, aproximadamente, 20 anos, em nosso país, já existiam cerca de 117 escolas, a
exemplo das províncias do Pará e do Maranhão, que já estabeleciam fins específicos para
sua educação. Ainda conforme o autor citado, foi no Pará e no Maranhão que visaram
ensinar aos escravos, isto aconteceu a partir do entendimento que era preciso compreender
que os homens do povo pudessem conhecer seus direitos e deveres (PAIVA, 1973).

Após a abolição dos escravos, surge uma sociedade fabril. Isso quer dizer que o Brasil
precisava de mão de obra para trabalhar nesta fábrica e a sociedade se redesenha, passa
por mudanças. Agora temos o operário da fábrica e isso exige pessoas escolarizadas, ou
que pelo menos realizem leituras e saibam, no mínimo, realizar as quatro operações
matemáticas. Com a reforma eleitoral, a Lei Saraiva, em 1880, foi uma das primeiras
iniciativas a sugerir a obrigatoriedade escolar, no tocante aos adolescentes e adultos, em
cidades que tenham escolas funcionando à noite. É perceptível, neste período, a urgência
por escolas que atendam os adultos no turno da noite, mas não teve muito sucesso, pois
com qualquer dificuldade os alunos evadiam-se (PAIVA, 1973).

Ao final deste texto, ficou evidenciado que a educação indígena é um marco na história da
educação no Brasil, nesse ínterim, por cerca de 210 anos, entre a catequização dos índios e
a expulsão dos jesuítas, mas até a chegada da Família Real, pouco se fez para o
desenvolvimento da educação do país, naquele momento. Havia uma forte ideia de
exploração das riquezas do Brasil, mas era praticamente zero as iniciativas de alfabetizar
índios adultos, com a finalidade de torná-los cultos para os saberes escolares, por isso,
podemos concluir que pouco, ou quase nada, se fez para que os índios aprendessem as
primeiras letras. A ideia de instituição escolar, para os filhos da aristocracia, só se
concretiza a partir da vinda da Família Real ao Brasil.  

Primeiras Iniciativas que Influenciaram na Educação de


Jovens e Adultos

Vamos iniciar esta seção perguntando: Em que lugar acontece a Educação de Jovens e
Adultos no Brasil? 
Podemos dizer que, em nosso país, temos uma história da educação muito recente e, em se
tratando de Educação de Adultos, há uma dívida histórica em alfabetizar nossos jovens e
adultos, que vem desde o descobrimento do Brasil, quando ainda éramos uma nação
indígena, até os tempos atuais, pois não conseguimos superar a meta de adultos
alfabetizados no Brasil. 

Até a Primeira Guerra Mundial, não podemos afirmar que havia discussões acerca do
problema da educação para o povo. Neste contexto, além de trazer à tona a necessidade de
aumentar a rede de ensino elementar, junto a essa necessidade do povo brasileiro, também
havia o alto índice de adultos analfabetos, que se tornou o problema da educação dos
adultos. Paiva (1973, p.168) afirma que, em meio às décadas de 1920 e 1930, já havia
reformas do ensino que tratassem da “educação dos adultos ao mesmo tempo em que
cuidam da renovação dos sistemas de um modo geral. Somente na reforma de 28 do
Distrito Federal ela recebe mais ênfase, renovando-se o ensino dos adultos na primeira
metade dos anos 30”. Temos aí, o cenário de um Brasil praticamente todo manufatureiro,
agrário e sua população concentrada na zona rural, o que muda após a Primeira Guerra
Mundial, quando se torna um país industrializado e mais urbanizado.

Você deve estar se perguntando, o que tem a ver o processo de industrialização e


urbanização de nosso país, com a Educação de Jovens e Adultos?

Isso quer dizer que o trabalho era manual e que precisávamos de um novo perfil de
funcionário. A fábrica tinha funções e o seu funcionário deveria, no mínimo, saber ler e
escrever, para poder trabalhar. Esse novo perfil exigido para o homem trabalhador, exigia que
ele viesse morar na cidade, perto das fábricas e, com isso, também foram reivindicados
escolas, igrejas, hospitais, o que culminou no desenvolvimento de grandes cidades. Veja a
Figura 3.     

Figura 3 - Industrialização

Fonte: Pixabay , 2020.

A partir da década de 1920, com a industrialização, já temos os profissionais da educação


que, na tentativa de sustentar e desvirtuar as ideias políticas nesta área de ensino, já
ensaiam o que seria o tecnicismo em educação. Isso quer dizer que era urgente, incutir na
mente das pessoas o perfil do estudante, futuro profissional, a aceitação inquestionável de
que as ideias políticas dos que governam estão todas certas, e, que mesmo que te atinjam,
você deveria ser dócil. Sobre a educação popular, entende-se que deveria ser a educação
para o povo em geral. Neste período, está vinculada pelo entusiasmo na educação, mas os
críticos informam que, neste momento, na educação, foi mais uma expansão das bases
eleitorais, com a intencionalidade de aumentar o poder da classe burguesa (PAIVA, 1973).

Por que estamos falando de intencionalidades políticas na educação? Porque estas


diferentes discussões implicam no cenário da educação e, para ser mais específica, na área
da alfabetização e/ou escolarização de adultos, isto é, esse fazer pedagógico está
embalado por lutas ideológicas e políticas de cada período. Destaco isso, porque,
historicamente, essa forma de pensar a educação, tem consequências pedagógicas sérias
ao processo educativo de sujeitos que buscam tardiamente sua escolarização.

Na década de 1930, temos na educação brasileira o Movimento da Escola Nova, que


culminou com um documento assinado por 26 signatários da educação. Após o lançamento
deste documento, que se colocava totalmente contra ao ensino tradicional e defendia a
educação como desenvolvimento da nação, conquistou-se a educação pública gratuita e
laica.  De acordo com Piletti (1988), com o crescente processo de industrialização em nosso
país, amplia-se o crescimento das cidades urbanas e, junto a estas mudanças, também é
exigido a ampliação da escolarização para adolescentes e adultos. Por isso, é neste período
de transformações no modelo de sociedade brasileira que foi se construindo um sistema
educativo brasileiro, que estava assegurado pela Constituição de 1934.

Nas discussões de ampliação de oportunidades de estudos, para quem não tinha acesso à
educação, nem podia pagar por ela, e a urgência da escolarização de pessoas para atuarem
na fábrica, tem se posto um jogo de interesses, agravado pela falta de políticas que
assegurassem, de fato, a gratuidade do ensino.

Na história da educação, podemos afirmar que, essa gratuidade conquistada na década de


1930, já tinha sido discutida e determinada na Constituição de 1824, porém desaparece na
Constituição de 1891. Enfim, queriam educação para o povo, mas a quem estava destinada
esta missão? Essa responsabilidade do ensino primário fica sob a cargo do Estado, não
saindo mais essa obrigação de nossa Constituição (PILETTI, 1988).

De acordo com Moura  (1999, p.25), em 1940, surgem, no Brasil, várias propostas para a
área da alfabetização de jovens e adultos, tais como:
A regulamentação do Fundo Nacional de Ensino Primário – FNEP; a criação do
INEP, incentivando e realizando estudos na área; o surgimento das primeiras
obras especificamente dedicadas ao Ensino Supletivo; lançamento da CEAA –
Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos, através da qual houve uma
preocupação com a elaboração de material didático para adultos e a realização
de dois eventos fundamentais para a área: o 1º Congresso Nacional de Educação
de Adultos realizado em 1947 e o Seminário Interamericano de Educação de
Adultos de 1949 (MOURA, 1999 p.25).

 Moura, na citação acima, reafirma que através da regulamentação do FNEP, INEP e


lançamento do CEA, iniciou-se a preocupação com a elaboração de um material didático
que atendesse às necessidades dos alunos da EJA.

Assim, a gratuidade escolar, para jovens e adultos, acabou desaparecendo na Constituição


de 1931, e ressurge novamente, no Brasil, na década de 1940, com o intuito de ofertar
oportunidades aos que não podiam pagar pelos estudos e que devido à necessidade
surgida, na época, dos donos de fábricas por pessoas que sabiam ler e escrever, acabou
acarretando políticas educacionais com esse interesse, mas percebe-se, também, a
necessidade da falta de políticas que assegurassem, de fato, a gratuidade do ensino. Enfim,
a educação de adultos começa a interessar, como já foi afirmado aqui, havia a necessidade,
em um curto espaço de tempo, que tivéssemos adultos alfabetizados, aptos a trabalhar na
fábrica. Esse fato dá origem a campanhas para a massa de Alfabetização de Adultos:

A urbanização e a necessidade de mão de obra minimamente qualificada nas


indústrias, provocou no Brasil uma espécie de reprodução de um movimento que
os países mais ricos tinham vivido mais de um século antes. A necessidade de
ampliar a rede escolar fez o governo buscar novas diretrizes educacionais para o
país (Constituição de 1934) e envidar esforços para diminuir analfabetismo
adulto. Portanto, o governo estava ‘‘preocupado’’ em ensinar os adultos para que
eles pudessem, ao menos, saber produzir bens e serviços e prepará-los para o
mercado de trabalho, já que nessa época a industrialização estava em alta
(SAMPAIO , 2000, p.17-18).

  Deste modo, as campanhas e a educação de massa surgem como uma urgência em nossa
sociedade:
Outro fator, que contribuiu para uma educação de massa, é a consideração da
pessoa analfabeta como ignorante, incapaz, cabeça dura, sem jeito para as
letras. Nesse caso, as pessoas adultas que não fossem alfabetizadas deveriam
receber a mesma educação empregada na educação de crianças, pois esses
adultos analfabetos estavam inaptos a compreender. Mas, ao mesmo tempo em
que se considerava adultos como crianças, tinha-se a ideia de que os adultos
eram mais fáceis de alfabetizar, por isso os alfabetizadores não necessitariam de
formação especializada, qualquer pessoa alfabetizada poderia exercer a função
de maneira voluntária (STRELHOW , 2010, p.53).

Contudo, sem muito sucesso, essa Campanha foi extinta. Sem sucesso por questões
administrativas, financeiras e metodologias adequadas a faixa etária de seus alunos. Em
1934, tivemos no Brasil o Plano Nacional de Educação, que previa o ensino primário integral
obrigatório e gratuito estendido as pessoas adultas.

Paulo Freire e a Educação Popular da Educação de Jovens


e Adultos

 Segundo Paiva (1973), entre as décadas de 1950 e 1960, estava cada vez mais explícita a
urgência de promover uma educação da massa, pois era preciso que a população estivesse
alfabetizada, para poder trabalhar nas fábricas. Essas décadas são consideradas um marco
na área da educação de adultos. É neste período que aconteceu o "II Congresso Nacional de
Educação de Adultos". Paulo Freire ganha destaque neste evento defendendo o relatório
idealizado por um grupo de educadores pernambucanos, "A Educação de Adultos e as
populações Marginais: o problema dos mocambos". Neste trabalho, o educador defende
que deve acontecer na educação de adultos, a estimulação na colaboração, decisão,
participação e responsabilidade social e política. Ainda sobre este educador, é relevante
destacar que ele é um educador brasileiro, que ganha destaque com sua atuação na
Educação de Jovens e Adultos, com a educação popular que sistematiza, a partir de 1962. É
importante afirmar aqui que, Paulo Freire, apesar de trabalhar com a educação popular, por
várias vezes fez questão de dizer que não instituiu um método, porém, sua atuação caminha
num percurso que indica que a educação não é uma ação neutra, e sim política.

Você deve estar se perguntado, neste momento, por que política professora?     

Porque a marca que Paulo Freire deixou para nós, foi que não há neutralidade na educação e
sim a educação dever ser intencional. Não existe um educador neutro, não existe aquele que
diz estar em cima do muro, existe aquele que está deste ou daquele lado do muro. Paulo
Freire explica, ainda, que a sociedade é dividida em classes, e quando você está de um lado
do muro, você estará colaborando com um modelo de sociedade, onde tem poucos no
poder, e se você estiver atuando do lado de lá do muro, suas ações devem estar condizentes
com o que o povo precisa de fato, e não a elite. Para isso, é preciso que se tenha todo um
sistema coerente, no qual a teoria informa a prática pedagógica e seus meios.

Reafirmando o que já foi escrito aqui, Paulo Freire defendeu a educação popular como
prática de liberdade, e que um educador deve ter intencionalidades políticas, com a
finalidade de emancipação do sujeito. Por isso, dizemos que a proposta para a
alfabetização de adultos, defendida por este estudioso, deve acontecer conforme a área da
educação popular. Esse interesse, deste educador, contou com o apoio de intelectuais e
estudantes católicos envolvidos numa ação política em conjunto a grupos considerados
populares.

Paulo Freire escreveu várias obras na área da Educação Popular, dentre elas, merece
destaque a “Pedagogia dos Oprimidos”. Nesta obra, o educador explicita o modelo de
educação bancária, que em nada emancipa a vida desse aluno, mas defende, neste livro,
que o ensino, nas escolas para adultos, deve procurar saber a realidade em que vive esse
aluno, para saber agir, pedagogicamente, e, assim, se tornar um elemento de transformação
desta realidade. A educação de fato deve visar a transformação da realidade vivida e,
jamais, visar o conformismo, com o que se apresenta, pois devemos evitar a alienação de
nossos alunos.

De acordo com Eugênio  (2004, p.43), em 1964, temos, no Brasil, a aprovação do “Plano
Nacional de Alfabetização”, que objetivava colocar em prática programas de alfabetização
orientados pela proposta de Paulo Freire, que não durou muito tempo, pois foi interrompida
de imediato após o golpe militar. “O golpe de 1964 põe fim aos ricos momentos de
educação popular do início dos anos de 1960. Extingue-se o debate educacional, através de
cassações, exílios, tortura e de destruição da literatura marxista”.

Sendo assim, no início de 1960, o pensamento pedagógico freiriano, e sua proposta para a
alfabetização de adultos, origina-se nas propostas de alfabetização e educação popular.
Nesse período, o Plano Nacional de Alfabetização foi disseminado por todo o Brasil e a
preparação, do referido documento contou com o apoio de estudantes, sindicatos e diversos
grupos, estimulados pela ebulição política da época.  Por isso, podemos afirmar que o
pensamento deste estudioso da educação popular, se edificou numa prática baseada no
entendimento de que há uma relação direta entre a problemática educacional e a
problemática social. Paulo Freire, em seus livros, discute esta problemática e nos faz refletir
que, antes o analfabetismo era considerado causa da pobreza, assim as pessoas
analfabetas passavam a ser percebidas como uma consequência da situação de pobreza,
gerada por uma estrutura social que não defende a igualdade.

Em nosso país, tínhamos um cenário em que a sua estrutura social resultava no


analfabetismo, e, neste cenário, havia a defesa que a educação de adultos deveria envolver,
em suas aulas, a criticidade da realidade social dos educandos, com a finalidade de sair
desta realidade e superá-la.
Em pleno período militar, havia mudanças políticas e econômicas acontecendo que
implicavam, diretamente, no fazer educacional da época, e sobre a Educação de Adultos,
esta ficou para acontecer sobre iniciativas governamentais. Neste período, podemos dizer
que pouco se alfabetizou e onde se realizava esta prática para adultos, foi resumida a ações
não política, e mais de ordem prática. Poderíamos resumir, pedagogicamente falando, na
soletração de letras de forma vazia e descontextualizada, politicamente, do que se estava
lendo de fato. Isso quer dizer que, neste período, o Brasil estava sendo administrado pelo
Regime Militar, e muitos programas de Educação de Jovens e Adultos perderam a sua
existência, mas os militares mantiveram programas conservadores, e os difundiram por
todo o Brasil, a exemplo da “Cruzada de Ação Básica Cristã”, que para manter o seu
programa, alegava que não fazia educação, mas sim dava apoio em ações sociais ao
Regime Militar. O MOBRAL - Movimento Brasileiro de Alfabetização, ocorrido a partir de
1967, se constituiu um movimento de alfabetização promovido pelos militares, em um
contexto de muita repressão e de silêncios.  O MOBRAL foi lançado com a finalidade de
atingir uma grande quantidade de pessoas, em um curto espaço de tempo. Os militares
pretendiam, em suas explanações, erradicar o analfabetismo no Brasil, e, com isso,
promover o desenvolvimento econômico de nosso país. Mas, nesta, como as demais
campanhas de alfabetização erradicadas pelos governos militares, não se fazia nada mais
do que ensinar, de forma muito rudimentar, a ler e escrever, sem pensar na emancipação do
sujeito no processo de alfabetização. O período citado era antidemocrático:

Visualizando a ideologia que norteou o MOBRAL por essa ótica, entendemos


claramente que esse movimento, sustentado pela Lei 5.379/67, foi restritamente
orientado pela concepção tecnicista. Ou seja, o modelo educacional que
predominou na experiência do MOBRAL estava ligado às técnicas e métodos
adequados a produção, portanto, ao fator econômico fincados na teoria do
capital humano (SANTOS; PESSOA , 2016, p.4).

Conforme a citação acima, percebe-se que era uma ação intencional da época, trabalhar a
alfabetização de forma técnica e com finalidades de atender ao mercado de trabalho da
época, que tinha urgência em atender ao mercado de trabalho, com pessoas alfabetizadas
minimamente, para estarem aptas ao trabalho nas fábricas, que se instalavam no Brasil.

Portanto, muitos dos brasileiros que queriam fazer a diferença, se permitindo educar e
serem educados, foram massacrados pela ditadura militar e exilados. Compreende-se que, a
educação da EJA, segundo Freire, deve formar cidadãos conscientes da sociedade a qual
estão inseridos, e que, de fato, deve dispor-se a modificação da realidade vivida e nunca
tender ao conformismo, uma vez que devemos procurar evitar a alienação e evasão escolar
dos alunos.
Mudanças ocorridas na EJA, no fim da Ditadura Militar

No decorrer da década de 80, muitas mudanças ocorreram, pois, com o fim da ditadura


militar e com Obras Citadas no processo de redemocratização do país, redefiniu-se a
concepção de Educação de Jovens e Adultos e, também, a partir da Constituição Federal de
1988, que em seu artigo 208, registra que a educação passa a ser direito de todos, e não
limita idade, e nas disposições transitórias, temos a definição de metas e recursos para a
erradicação do analfabetismo, como podemos observar na citação, a seguir, da Constituição
Federal:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia
de:

I. ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive,


sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiverem acesso na
idade própria;
II. progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III. atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV. atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis
anos de idade;
V. acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI. oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando;
VII. atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de
programas suplementares de material didático-escolar, transporte,
alimentação e assistência à saúde.

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta


irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental,


fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à
escola (BRASIL , 1988, p.123-124).

Por isso, podemos afirmar que, o dever do Estado, para com a educação, está garantido
com a redação do Inciso I, do artigo 208, acima. Apesar das discussões promovidas neste
artigo, neste período, também pouco se fez pela Educação de Jovens e Adultos. A crítica
sobre esta questão é que esta lei assegura a educação para todos, mas afirma que não
demorou para que o discurso de desqualificação da Educação de Jovens e Adultos
acontecesse nas propostas de educadores brasileiros e da assessoria do Banco Mundial,
propondo uma Emenda Constitucional, no citado artigo, na qual o governo manteve a
gratuidade da educação pública para todos que não tiveram acesso à escolaridade básica.
Sendo assim, ficou a Educação de Jovens e Adultos, no mesmo patamar da Educação
Infantil, reconhecendo que a sociedade foi incapaz de garantir escola básica para todos, na
idade adequada.

Como se pode perceber, a Educação de Jovens e Adultos é caracterizada por uma prática de
constantes avanços e recuos na história da educação brasileira.

Sendo assim, na década de 1990, apesar da existência deste artigo na Constituição Federal,
que definiu a educação como “direto de todos”, ainda há poucas políticas públicas
educacionais favoráveis a este setor.

Após a promulgação da Constituição Federal, em 1988, temos a aprovação da Lei de


Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, nº 9.394/96. Esta lei desmiúça questões
da educação que não estão tão claras na Constituição Federal, em nosso caso, sobre a
Educação de Jovens e Adultos, tem-se no Título III, nos artigos 4º e 5º, a institucionalização
desta modalidade de ensino. Na sequência, temos na seção V, a Educação de Jovens e
Adultos, garantidas nos artigos 37 e 38:
SEÇÃO V

DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram
acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade
própria.

§1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos,


que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

§2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do


trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.

Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que


compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao
prosseguimento de estudos em caráter regular.

§1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:

I. no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de


quinze anos;
II. no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito
anos (BRASIL, 1996, p.13-14).

  Agora com a LDBEN 9394/96, com artigos que discorrem sobre direitos da Educação de
Jovens e Adultos, também temos o parecer do Conselho Nacional de Educação
reconhecendo a dívida social e a necessidade de investimento pedagógico nesta
modalidade de Ensino. Nisto, admite que há necessidade de uma reorganização curricular e
repensar as experiências e etapas anteriores que aconteceram em nossos estados, e,
também, foram construídas Diretrizes Curriculares, visando à implementação da Política
Educacional para adultos e jovens trabalhadores.

 Observa-se acima que, a Educação de Jovens e Adultos – EJA, está presente nos artigos 37
e 38, e tratam sobre a EJA de forma muito superficial, nos quais não há propostas que
garantam as necessidades básicas para o acesso, a permanência e a aprendizagem dos
envolvidos, e com a diminuição da idade para 15 e 18 anos, nos níveis de conclusão de
Educação Básica, nesta determinação da lei, aumentou, expressivamente, a demanda por
esta modalidade de estudo.

 Na década de 1990, com a redemocratização de nosso país, após retornar ao Brasil,
naquele momento político, apoiado por vários governos municipais progressistas, Paulo
Freire, na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, desenvolve Programas de
Alfabetização e Escolarização de Jovens e Adultos, e lança o Movimento de Alfabetização
de Jovens e Adultos - MOVA, colocando em prática seus ideais, espalhando-se por todo o
país (HADDAD , 2007).

Conforme Ireland  (2008), não é possível reduzir o desenvolvimento da Educação de


Jovens e Adultos no Brasil apenas a ações e iniciativas governamentais. Também teve a
participação de atores da sociedade civil. Nesse sentido, vale destacar que vários
segmentos da sociedade foram provocados pelas discussões preparatórias e posteriores a
V Conferência Internacional de Educação de Adultos - CONFITEA, que aconteceu, de fato,
em 1997, em Hamburgo – Alemanha. Segundo o estudioso Ireland, as discussões foram
iniciadas a partir da articulação por meio da constituição de Fóruns Estaduais de EJA, num
movimento crescente que se desdobrou no importante movimento de Encontros Nacionais
de Educação de Jovens e Adultos (ENEJAS), desde o ano de 1999. Foram 8 Encontros
Nacionais, que reuniram as demandas de EJA, com o objetivo organizar junto ao Ministério
da Educação, o que pode acontece em prol da oferta e qualidade dessa modalidade de
educação. Ressalto que estes fóruns são lugares de discussões, que acontecem de forma
democrática, e as discussões são focadas nas políticas nacionais e locais para a EJA. 

O autor destaca, ainda, que apesar de que as ENEJAS aconteçam em todo o país, com apoio
de várias organizações, tais como CONSED, UNDIME, SESI e UNESCO, e, mais recentemente,
de vários ministérios do governo, especialmente do Ministério da Educação, mantiveram a
sua natureza independente de discussão, em prol da qualidade do ensino da EJA. Todos os
encontros foram documentados e, a partir deles, é realizado um relatório final, que sintetiza
as reflexões, recomendações e decisões tomadas, para posterior divulgação de seus
resultados. O Ministério da Educação, a partir de 2004, realiza um diálogo com os fóruns,
com a finalidade de lançar propostas de política públicas nesta área da educação.  Foi
através das constantes discussões e relatos de experiências de Educação de Jovens e
Adultos, na década de 1990, que, em 10 de maio de 2000, foram produzidas as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Este documento determina a
Educação de Jovens e Adultos como direito, e trocam a ideia de compensação, por
princípios de reparação e equidade em nosso país. Esse documento, também, visa à
superação do ponto de vista preconceituoso do analfabeto, ou iletrado , como pessoa
inculta ou apta para tarefas e funções ditas desqualificadas no mundo do trabalho.

Regulamentam, também, os exames, para o Ensino Fundamental a pessoas maiores de 15


anos e o Ensino Médio a maiores de 18 anos. Valoriza as especificidades de tempo e
espaço dos educandos, conteúdos curriculares, e projetos pedagógicos característicos para
cursos noturnos regulares e os de EJA.

No Brasil, neste contexto, é perceptível que a Educação de Jovens e Adultos passa por
grandes transformações, pois passa a ser incluída no Plano Nacional de Educação (PNE),
em 2001.

Atualmente, a modalidade da EJA ainda está longe de chegar perto das expectativas, pois
falta capacitação, há evasão escolar considerável, dentre outros.

Finalizando a Unidade 

A intenção dos Jesuítas que vinham para o Brasil, era procurar civilizar a população
indígena e, em alguns casos, até alfabetizar, mas essa não foi uma tarefa nada fácil.
As primeiras iniciativas para a Educação de Adultos no Brasil aconteceram no período
colonial. Os filhos dos colonizadores e mestiços recebiam as instruções através das
escolas criadas pelo Padre Manuel de Nóbrega. Não havia na lei nenhuma orientação
de como deveria ser garantido o direito dos alunos da EJA.

 Atualmente, os artigos art. 37 e 38 abordam a respeito da EJA de forma muito


superficial, não apresentando propostas que garantam as necessidades básicas para
o acesso, a permanência e a aprendizagem dos envolvidos, além de diminuir a idade
para 15 e 18 anos, nos níveis de conclusão de Educação Básica. Esta determinação da
lei fez crescer, significativamente, a demanda por esta modalidade de estudo, as
Diretrizes Curriculares Nacionais, para a Educação de Jovens e Adultos.

Assim sendo, este documento determina a Educação de Jovens e Adultos como


direito, e troca a ideia de compensação por princípios de reparação e equidade em
nosso país. Esse documento também visa à superação do ponto de vista
preconceituoso do analfabeto, ou iletrado, como pessoa inculta ou apta para tarefas e
funções ditas desqualificadas no mundo do trabalho.
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Dica do Professor 
Leia mais em:

Paulo Freire. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Paz e Terra, 1996, 165p.
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Saiba Mais 
Leia o artigo “Educação de jovens e adultos: reflexões, perspectivas e desafios ”, de Pedro
Augusto de Oliveira Diniz.
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Referências 
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1988.

BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da


Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

BRASIL. Lei n. 10.172, de 9/1/2001. Estabelece o Plano Nacional de Educação. Diário


Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. 2001.

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cotidiano numa escola municipal em Belo Horizonte. 2004. Dissertação (Mestrado em
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HADDAD, S. Por uma nova cultura na educação de jovens e adultos: um balanço de


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