Вы находитесь на странице: 1из 5

Faculdade de Gestão de Turismo e Informática

Departamento de Direito
Direito dos Registos e Notariado – 4º Ano, 2020

REGISTO DE ENTIDADES LEGAIS


O registo das entidades legais, também comummente designado por registo comercial, tem o seu
designo no Decreto-Lei no 1/2006 de 3 de Maio, que aprova o regulamento do Registo de
Entidades Legais, e destina-se a dar publicidade a situação jurídica das empresas comerciais,
bem como os factos jurídicos, especificados na Lei. Também tem por finalidade verificar a
admissibilidade das firmas e denominações. Bem como garantir a sua protecção a nível
Nacional.
O registo das entidades legais, tem como objectivo geral a materialização pratica e efectiva do
processo de desburocratização e simplificação de procedimentos, visando: Introduzir
procedimentos de registo simples e uniformes; A introdução do sistema informatizado de registo;
Implementação do conceito de balcão único para o registo; Acesso mais rápido e fácil a
informação segura e actualizada; e Uma organização de registo mais eficiente.1

O registo das entidades legais tem como objecto (o registo):2


a) As empresas comerciais;
b) As sociedades civis sob a forma comercial;
c) As associações, fundações, consórcios e cooperativas;
d) As representações de entidades estrangeiras e nacionais;
e) Outras entidades a elas sujeitas por lei;
f) Os factos a ele sujeitos, referentes a entidades mencionadas nas alíneas anteriores.
O registo é obrigatório para todas as sociedades comerciais, formalidade que é cumprida junto da
Conservatória do Registo das entidades legais da área onde a empresa vai exercer a sua

1
Art. 1o Decreto-Lei n 1/2006 de 3 de Maio.
2
Art. 1o Regulamento do Registo de Entidades Legais.
actividade.3 De referir que, as Conservatórias podem funcionar como repartições
autónomas/Conservatórias privativas ou em regime de anexação com outras Conservatórias. 4 No
entanto, as autónomas designam-se de conservatórias do registo de entidades legais e em regime
de anexação são conservatórias dos registos.
Já as privativas quando efectuam apenas o registo de entidades legais, e em regime de anexação
quando estão integradas nas conservatórias do registo predial ou registo de propriedade
automóvel.
No País, temos uma conservatória privativa na cidade de Maputo e nas restantes capitais
provinciais incluindo alguns distritos temos conservatórias dos registos.
O objectivo fundamental é garantir a segurança do comércio jurídico e exige que não haja
dúvidas sobre a conservatória em que possam ser consultados os registos relativos a qualquer das
entidades a eles obrigatoriamente sujeitas. É assim que o art. 10º do Regulamento estabelece que
para o registo é competente qualquer conservatória dos registos de entidades legais
contrariamente ao que estava estabelecido na lei anterior que era em função da sede da entidade
legal.

PRINCÍPIOS E EFEITOS DO REGISTO


São princípios orientadores do registo comercial aqueles princípios que enformam o respectivo
ordenamento jurídico, inspirando as normas regulamentares e auxiliando a compreensão e
correcta interpretação dessas normas. E no conjunto desses princípios, são enumerados os
seguintes:

Princípio da Legalidade
Pela obrigatoriedade legal, o notário como ente público, deve obedecer o princípio da legalidade
administrativa,5 o que implica, necessariamente, a conformidade da acção administrativa com a
lei e o direito, sendo que, os poderes não poderão ser usados para a prossecução de fins
diferentes dos atribuídos por lei.
O conservador aprecia a viabilidade do pedido de registo a efectuar por transcrição, em face das
disposições legais aplicáveis, dos documentos apresentados e dos registos anteriores, verificando
especialmente a legitimidade dos interessados, a regularidade formal dos títulos e a validade dos
actos nele contidos, e bem assim a capacidade dos outorgantes, em face dos títulos e dos registos
anteriores, o acto só pode ser registado se for válido.6

3
Art. 8º Regulamento do Registo das Entidades Legais
4
Art. 9º n 2 Regulamento do Registo das Entidades Legais
5
Art. 4º n 1 da Lei n 14/2011 de 10 de Agosto.
6
Art. 16o do regulamento do Registo as Entidades Legais
Princípio da Instância
Este princípio traduz-se no facto de o registo se efectuar a pedido dos interessados, salvo as
situações de oficiosidade, previstas na Lei.7

Princípio da Tipicidade
Só podem ser levados ao registo os factos que a lei indica como a ele sujeitos e, por
consequência, nenhuns outros. Esta consagração encontra se estabelecida nos art. 2º, 3º e 5º do
regulamento aprovado pelo, Decreto-Lei nº. 1/2006, de 3 de Maio, na qual são enumerados os
factos jurídicos que, relativamente a cada entidade abrangida pelo registo comercial, podem dele
constar.

Princípio da Prioridade
De acordo com este princípio o direito inscrito em primeiro lugar prevalece sobre os que se lhe
seguirem, relativamente às mesmas quotas ou partes sociais, segundo a ordem de apresentação.
Assim o que interessa para conferir prevalência a um direito sobre o outro é a data de
apresentação do respectivo pedido do registo e não a do documento que titula o acto cujo registo
é solicitado. Este princípio é válido para todos os casos de conversão de registos provisórios.
O registo provisório quando for convertido em definitivo conserva a prioridade que tinha como
provisório. Também no caso de recusa do registo, se vier a ser dado provimento a reclamação ou
recurso, o registo conserva a prioridade do acto recusado.8
No tocante à questão do valor e eficácia do registo, dever-se-á lembrar ainda o tema da
prioridade. O princípio segundo o qual o direito primeiramente inscrito prevalece, ou terá de ser
prioritariamente graduado, relativamente ao posterior, ao que temporalmente lhe suceda – e que
a conhecida máxima latina “prior in tempore, potior in jure” sintetiza – constitui, uma finalidade
básica da publicidade do registo. Destinando-se esta a dar a conhecer a situação jurídica dos bens
e a garanti-la para o comércio jurídico em geral, é indispensável que se saiba, face à diversidade
dos actos e contratos, quais serão aqueles que vão prevalecer. Consabidamente, à luz do direito
substantivo, deverá triunfar o direito que nasce primeiro.
Ora, o princípio da prioridade, sendo instrumental desta ideia, é igualmente dela complementar,
exactamente porque lhe junta a outra indispensável característica do direito real: a sua
oponibilidade erga omnes.
E assim, porque não importa apenas o momento em que o direito nasce, mas importa igualmente
que isso se torne conhecido de todos e que tal génese seja pública, vem a ser através deste
princípio do registo da prioridade que pode ser indicado qual é, afinal, o direito que deve
prevalecer.
7
Art. 39º do Regulamento.
8
Art. 19º do Regulamento
Num duplo sentido: sendo os sucessivos direitos conciliáveis – como acontece com os direitos
reais de garantia – hierarquizando-os, permitindo que sejam graduados. Sendo incompatíveis ou
contraditórios – como normalmente acontece com as aquisições de propriedade – mostrando qual
é o que deverá ser atendido.

Princípio da Presunção da Verdade Registral


Afirma a presunção de que a situação jurídica resultante do registo existe, e existe nos preciosos
termos aí definida.9

Princípio do Trato Sucessivo


Sugere que os titulares dos direitos devem constar do registo de forma continuada e não de forma
descontínua, isto é, o titular do direito adquiriu-o do anterior, tal como o seguinte só do titular
actual poderá adquirir o mesmo direito.

Princípio da Publicidade
O registo comercial, ou seja, de entidades legais destina-se a dar publicidade à situação jurídica
das pessoas singulares e colectivas.
Qualquer pessoa pode pedir certidão dos actos de registo e dos documentos arquivados. Certos
actos de registo são de publicação obrigatória no Boletim da República, tal princípio tem sua
base legal nos art. 90 e 111 do Regulamento.

FACTOS SUJEITOS A REGISTO


Só podem ser admitidos a registo os factos expressamente previstos na lei, como decorre do
princípio da tipicidade ou do númerus clausus, devendo ser recusado o registo de quaisquer
outros. Mas nem todos os factos que podem ser admitidos ou sujeitos a registo são de registo
obrigatório, como se pode notar dos art. 2, 3, 4 e 5 do regulamento.
O registo efectua-se a pedido dos interessados, salvo nos casos de oficiosidade previstos na lei.

9
Art. 17º do regulamento
E, tem legitimidade para requerer o acto de registo os sujeitos, activos e passivo, da respectiva
relação jurídica e, de um modo geral, todas as pessoas que nele tenham interesse, salvo o
disposto em disposições especiais.
Nenhum acto de registo pode ser lavrado, salvo se for oficioso, sem que se mostre efectuada a
respectiva apresentação no Diário segundo a ordem da nota de apresentação correspondente,
expectuam-se os averbamentos, que podem ser efectuados sem observância do número de ordem,
desde que não esteja requerido outro acto de registo que obste à sua realização.
A data do registo é, para todos efeitos, a da respectiva apresentação, determinando-se por ela a
prioridade do facto registado. O registo oficioso, dependendo de outro acto requerido, é
efectuado com a data da apresentação correspondente ao acto que o haja determinado e
independentemente da apresentação, a data é aquela em que for lavrado e que nele deve ser
mencionada.
Os registos de Entidades Legais compõem-se da matrícula, da inscrição e dos correspondentes
averbamentos, do depósito dos documentos que titulam o facto sujeito a registo ou copia
autenticada dos mesmos e da menção das publicações obrigatórias.
A matrícula é especialmente destinada a identificação das entidades legais sujeitas a registo e a
cada entidade corresponderá uma só matrícula.
Todos os documentos que sirvam de base a qualquer registo ficam arquivados na Conservatória
do lugar da sede da entidade legal a que disserem respeito, exceptuando-se os documentos que
tenham tido apenas função acessória na realização do registo, os quais devem ser restituídos as
partes.

PRAZOS10
O registo obrigatório deve ser requerido no prazo de três meses, a contar da data em que o
respectivo facto tiver sido titulado, os que não requererem dentro do prazo legal, o registo
obrigatório dos factos a ele sujeitos incorrem na pena de multa.
Porém, o conservador que verificar, por qualquer meio que o registo não foi requerido no prazo
legal levantará o auto de transgressão e notificará o responsável de que pode pagar a multa
devida, pelo mínimo, no prazo de trinta dias, se ao mesmo tempo se apresentar a requerer o
registo com a documentação necessária.
O registo deve ser lavrado num prazo de 30 dias a contar da data de apresentação dos respectivos
títulos.

10
Art. 31o Regulamento de Registo das Entidades Legais

Вам также может понравиться