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ESCOLA POLITÉCNICA
DCC/NPPG
2010
O GERENCIAMENTO DE RISCOS APLICADO À MONTAGEM DE
EQUIPAMENTOS ELETROMECÂNICOS
Orientador
Leonardo Vianna Meirelles
Rio de Janeiro
Janeiro, 2010
O GERENCIAMENTO DE RISCOS APLICADO À MONTAGEM DE
EQUIPAMENTOS ELETROMECÂNICOS
Orientador
Leonardo Vianna Meirelles
Aprovada por:
____________________________________
Eduardo Linhares Qualharini
____________________________________
Isabeth da Silva Mello
____________________________________
Henrique Castro Brumano Ferreira
Rio de Janeiro
Janeiro, 2010
FERREIRA, Henrique Castro Brumano
O Gerenciamento de Riscos Aplicado a
Montagem de Equipamentos Eletromecânicos./
FERREIRA, H.C.B., Rio de Janeiro: UFRJ / EP 2010.
v, 43f. il. ; 29,7 cm.
Orientador: Leonardo Vianna Meirelles.
Monografia (especialização) – UFRJ / Escola
Politécnica / Curso de Especialização em Gestão e
Gerenciamento de Projetos. NPPG, 2010.
Referências Bibliográficas: f.43
1 Gerenciamento de Riscos. 2. Montagem
Eletromecânica. 3. Projetos. I. MEIRELLES, L. V. II.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola
Politécnica, Pós-Graduação III. Especialista.
RESUMO
Rio de Janeiro
Janeiro, 2010
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1
1.1. Tema ....................................................................................................................... 1
1.2. Objetivo do Trabalho ............................................................................................... 1
1.3. Justificativa ao Trabalho .......................................................................................... 1
1.4. Metodologia Empregada .......................................................................................... 4
1.5. Conteúdo dos Capítulos .......................................................................................... 4
2. REVISÃO DA LITERATURA (ESTADO DA ARTE) ....................................................... 5
2.1. Planejamento de Risco ............................................................................................ 5
2.2. Identificação dos Riscos .......................................................................................... 6
2.3. Análise dos Riscos .................................................................................................. 8
2.3.1. Análise Qualitativa dos Riscos .......................................................................... 9
2.3.2. Análise Quantitativa dos riscos ....................................................................... 10
2.4. Planejamento de resposta a riscos ........................................................................ 11
2.5. Monitoramento e Controle dos Riscos ................................................................... 13
3. O EQUIPAMENTO ....................................................................................................... 14
3.1. A Montagem Eletromecânica da Empilhadeira Recuperadora ............................... 14
3.2. O local da instalação ............................................................................................. 20
3.3. Condições Climáticas ............................................................................................ 20
3.4. Os acessos ............................................................................................................ 21
4. METODOLOGIA APLICADA NA PESQUISA .............................................................. 22
5. RESULTADOS OBTIDOS ............................................................................................ 28
6. PROPOSIÇÕES ........................................................................................................... 39
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 41
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................................... 43
1. INTRODUÇÃO
Este capítulo tem como objetivo apresentar o tema proposto nesse trabalho, assim
como seu objetivo. São apresentados também a justificativa, metodologia e por fim a
organização do trabalho.
1.1. Tema
Este trabalho tem como tema o Gerenciamento de Risco, uma das áreas de estudo
no Gerenciamento de Projetos. São apresentados como estudo de caso, os resultados das
aplicações das ferramentas utilizadas no Gerenciamento de Risco em um projeto de
montagem de equipamento eletromecânico de grande porte.
Por outro lado, os casos apresentados são referentes apenas a aplicação das
ferramentas de Gerenciamento de Riscos em projetos de montagem eletromecânica.
Entretanto, mesmo os estudos de caso utilizados restritos aos projetos de montagem
mecânica, as ferramentas neste trabalho apresentadas, e que foram utilizadas em casos de
Gerenciamento de Projetos reais podem ser muitas vezes aproveitadas em outros tipos de
projetos sem qualquer adaptação.
A estimativa é de que a produção mineral tenha alçado 161 mil empregos diretos no
ano de 2008, e segundo uma estimativa feita pelo Serviço Geológico Brasileiro publicado
pela IBRAM, cada posto de trabalho direto no mercado da mineração gera 13 outras vagas
ao longo da cadeia produtiva. Portanto, o setor mineral em 2008 foi responsável por cerca
de dois milhões de empregos.
Quanto aos objetivos, a pesquisa é de caráter exploratório, pois tem como objetivo
tornar o problema explícito e construir hipóteses.
desempenhado ao longo do mesmo, dessa forma tornar comum à equipe do projeto qual
será a prioridade e importância da Gestão dos riscos para o andamento do projeto.
Outras informações que são definidas ao longo deste processo e consideradas como
importantes são a definição clara do sistema de gestão, a periodicidade com que o processo
será atualizado, as principais partes envolvidas, responsabilidades, formulário e relatórios,
os indicadores a serem utilizados e como serão armazenadas as informações históricas.
Os outros processos que serão apresentados ao longo deste capítulo devem ter as
metodologias que serão aplicadas definidas no processo de planejamento do gerenciamento
de riscos. Dessa forma é possível deixar claro para todos os envolvidos no projeto como os
processos deverão ser desenvolvidos. Um elemento considerado importante nessa etapa é
a definição das matrizes como a de probabilidade e impacto. Esta planilha será utilizada nos
processos seguintes como a classificadora e quantificadora dos riscos, sendo de suma
importância, pois ela estará determinando os riscos que terão maior atenção.
Dessa forma, a identificação dos riscos passa a ser um processo interativo, pois o
mesmo ocorre ao longo do projeto, já que novos riscos podem a todo tempo ser
7
Dessa forma, cria-se uma relação em que a própria EAR auxilia no processo de
identificação dos riscos, seja no mesmo projeto, seja em projeto futuros.
O objetivo da análise dos riscos é realizar uma priorização dos riscos para o projeto.
Seja a análise quantitativa, seja qualitativa, a análise dos riscos é realizada para que os
riscos possam receber um plano de ação apropriado com as suas vertentes, que são
definidas através do seu impacto ou de sua probabilidade de ocorrência.
As análises dos riscos podem ser representadas tanto de forma qualitativa, quanto
de forma quantitativa. A análise qualitativa busca estabelecer apenas uma relação de
importância entre os riscos, ou seja, todos os riscos listados são analisados e recebem uma
ponderação que é calculada através da proporção entre sua probabilidade e o impacto. De
forma semelhante à análise quantitativa busca uma categorização dos riscos, mas para isso
busca estabelecer valores monetários para que sejam percebidas as importâncias de cada
risco.
necessário mais trabalho para que a equipe envolvida possa estabelecer algumas relações
entre os custos de algumas atividades muitas vezes subjetivas.
Probabilidade
Uma das ferramentas que podem ser utilizadas para determinar a probabilidade é a
simulação, um dos métodos de simulação mais conhecidos é a simulação de monte-carlo.
Essas simulações podem determinar com grande precisão as chances de eventos
ocorrerem através de informações já conhecidas sobre as atividades, dessa forma, somente
com uma base de informações mais apuradas é que se torna possível uma maior precisão
na definição da probabilidade de ocorrência de um evento.
A análise quantitativa dos riscos é por alguns autores como, por exemplo, Sales
Júnior et al (2006), recomendada de ser feita apenas nos principais riscos levantados na
análise qualitativa, pois mesmo que forneça benefícios consideráveis no entendimento do
projeto e de suas incertezas futuras em comparação com não se fazer o gerenciamento de
risco, esse tipo de análise exige um trabalho muito maior em comparação à análise
qualitativa.
Sendo assim, o risco total do projeto será o somatório dos valores esperados
encontrados em cada risco ou oportunidade identificados no processo de identificação dos
riscos que, resultará em um valor financeiro que pode ser incorporado nas contingencias
financeiras do projeto. Dessa forma, é possível destinar uma contingencia muito próxima ao
histórico vivido pela empresa.
O planejamento de resposta aos riscos é uma resposta aos riscos que foram
levantados e avaliados como altos suficientes no entendimento da equipe de forma que
sejam necessárias providências ou simplesmente um monitoramento.
de risco deve direcionar a redução dos impactos, e advertir as consequências para que os
critérios do projeto sejam minimizados. A estratégia de mitigação do impacto não exclui o
uso da prevenção do risco, e eles podem ser mutuamente utilizados. Um exemplo, os
planos de evacuação e escape são essenciais para mitigar as consequências de um
incêndio em grandes proporções, mas se não forem evitados a necessidade de prevenções
como uso de retardadores, sistema de combate a incêndio e outros. O seguro é uma
importante estratégia de mitigação de impacto, mas que também possui características
como compartilhamento do risco ou transferência.
Existem riscos que podem ser em parte transferidos de uma organização para outra
parte, logo essa outra parte passa a sofrer parte das consequências caso o evento de risco
ocorra. Dividir o risco com outra parte normalmente minimiza os custos para a organização.
O principio geral do gerenciamento de riscos é que pode ter a responsabilidade por esses
melhores tipos de controle e gerenciar-los.
Algumas vezes o risco pode não ser evitado ou transferido, ou em alguns casos os
custos de algumas ações podem ser muito altos. Nessas circunstâncias, a organização
pode reter o risco. Mesmo nesses casos, prevenção, mitigação dos impactos e
monitoramento são recomendados.
13
O gerente do projeto deve manter uma lista de observações dos riscos, contendo os
principais riscos identificados para as ações de tratamento. Para grandes projetos, é
apropriado gerenciar cada etapa do gerenciamento pela área responsável por aquele risco.
14
3. O EQUIPAMENTO
A seguir, uma breve descrição das principais etapas das montagens mecânicas,
elétricas e de automação do equipamento. Os procedimentos de recepção e
armazenamento das peças do equipamento não são considerados.
A estrutura intermediária de giro irá receber um dos apoios para a estrutura da lança
do equipamento que é içado por dois guindastes enquanto é utilizada uma estrutura
somente para manter a lança apoiada no outro extremo. Posteriormente a estrutura da lança
receberá o jibi, para o qual é utilizado apenas um guindaste, sendo que tal estrutura fica em
equilíbrio com a utilização de um apoio na torre de giro. Por fim, a estrutura da lança é
completada com a montagem da barra tensora da lança e a locação do conjunto de
acionamento de içamento da lança. A estrutura da lança e a montagem parcial da estrutura
de suporte da mesma é representada na figura a seguir, durante a montagem do acionador
de um dos acionadores.
18
Figura 4: Estrutura da lança montada e ainda apoiada durante a montagem de um dos acionadores.
Fonte: internet
Em paralelo é montada a estrutura do trailer, que tem sua base montada com a
utilização de dois guindastes, sendo seguido pela viga traseira da estrutura. Nessa estrutura
está alocada a sala elétrica do equipamento e onde é instalado o tripper que é montado em
três seções, sendo junto à montagem da primeira seção, ou inferior, é montado o motor de
acionamento do transportador de correia locado no trailer.
Como esse estudo está contemplando apenas as peças que deixam a fábrica, é
importante conhecer os riscos envolvidos ao longo do transporte das peças. São
importantes informações sobre as capacidades logísticas do local como, por exemplo, as
condições rodoviárias, ferroviárias e marítimas, caso existam.
As chuvas são frequentes e a média de chuva nos últimos cinco anos é de 1.309 mm
por ano. Sendo os meses do verão com maior incidência de chuvas, os períodos de
Dezembro, Janeiro e Fevereiro representam 40% das incidências de chuva ao longo do ano,
21
enquanto que os meses de Maio até Setembro não chegam a 20% das chuvas medidas ao
longo dos últimos cinco anos.
3.4. Os acessos
Dessa forma, o transporte como auxílio do modal marítimo é muito vantajoso, já que
o acesso aos portos localizados na região sudestes permite a chegada de peças de diversas
naturezas e o deslocamento desde o porto até o local de montagem, como citado
anteriormente, era muito bom.
22
O primeiro estudo de caso, que será denominado como Gerencial, foi elaborado por
profissionais responsáveis pela gestão do projeto, dessa forma o foco apresentado pela
equipe foram: metas de prazo, custo e qualidade para o projeto de implantação da nova
planta como um sistema completo.
O segundo estudo de caso, que será denominado como Operacional, foi elaborado
com uma metodologia visando exclusivamente às operações de montagem do sistema, ou
seja, com um foco mais operacional, e em sua maior parte a equipe era formada por
profissionais preocupados com as atividades de execução.
O processo seguinte executado foi à identificação dos riscos, para a qual foi utilizada
uma equipe multidisciplinar dividida em grupos menores de forma que cada grupo fosse
composto por especialistas de matérias distintas, dessa forma, esperava-se potencializar as
quantidades de riscos identificados em cada grupo. Em cada grupo, que fora separado,
havia um membro da equipe de gestão de riscos, este membro era responsável por
intermediar um brainstorn, com o objetivo de levantar possíveis riscos que pudessem
impactar de forma negativa o projeto de implantação desta nova planta. Ao fim das reuniões
de brainstorm, foram reunidos os resultados e compilados de forma que os resultados
semelhantes fossem equalizados em somente um risco. Por fim, houve uma reunião para
avaliar os resultados levantados, o objetivo dessa reunião foi de validar todos os resultados
obtidos e consolidar a listagem com os riscos identificados e a causa associada de cada
risco.
Para a avaliação da probabilidade foi utilizada uma escala com valores para cada
evento como: raros, impossíveis, possíveis, susceptíveis e quase certos. Para facilitar o
entendimento de cada um dos termos utilizados, os mesmos foram associados a uma
probabilidade de 0% a 100%, de forma que os eventos raros apresentam menos de 10% de
chances de acontecer, os eventos impossíveis entre 10% e 40%, os possíveis entre 40% e
70%, os eventos susceptíveis entre 70% e 90% e os eventos quase certos de acontecerem
uma probabilidade superior a 90. Entretanto essas considerações de probabilidades eram
apenas balizadoras, já que não era possível determinar para todos os riscos levantados a
probabilidade precisa de o evento ocorrer.
Para a avaliação do impacto de cada evento foi utilizada um escala para cada um
dos critérios considerados como principal. Os critérios eram: prazo, custo, qualidade,
segurança, meio-ambiente, jurídico e aspectos junto à comunidade. A avaliação segundo ao
grau variava de insignificante, grau um, até catastrófico, grau cinco. A avaliação foi realizada
conforme o critério apresenta-se o maior impacto, por exemplo, um evento com pouco
impacto no prazo, mas com impacto elevado nos custos do projeto teria o seu impacto
balizado pelos critérios de custo, dessa forma trabalhando com a situação mais grave.
foram estipulados parâmetros para cada um dos graus atribuídos de forma a permitir um
melhor entendimento pela equipe envolvida no processo. Os principais modelos de impacto
utilizados na montagem de equipamentos foram os aspectos de custo, prazo e segurança
dos funcionários. Embora existam os impactos de qualidade e aspectos junto à comunidade
eles foram pouco elevados quando comparados com os outros três aspectos citados.
IMPACTO
Quase certo 11 16 20 23 25
Susceptíveis 7 12 17 21 24
Possível 4 8 13 18 22
Improvável 2 5 9 14 19
Raras 1 3 6 10 15
Tabela 2: Probabilidade e impacto, análise gerencial do risco
Fonte: Estudo gerencial de risco
O processo de resposta aos riscos foi iniciado pelo mesmo grupo multidisciplinar das
etapas anteriores e o trabalho posteriormente foram validados pela equipe de gestão de
riscos junto ao Gerente do Projeto.
O processo seguinte de qualificação dos riscos foi realizado ainda com os mesmos
especialistas que identificavam cada risco, sendo o processo acompanhado pelo gerente do
projeto, entretanto com poucas intervenções.
A continuidade das operações deve ser avaliada como desprezível quando seus
efeitos podem ser desprezados. Marginal quando a produção é perdida por um curto
período de tempo, sendo muito pouco provável que a viabilidade seja comprometida. Crítica
quando essa perda chega a um longo período de tempo e pode comprometer a viabilidade
da operação. Catastrófica quando a operação é interrompida e com isso comprometendo a
viabilidade da operação.
IMPACTO
Frequente M M NT NT
PROBABILIDADE
Provável T M NT NT
Pouco
T M M NT
Provável
Remota T T M M
Extremamente
T T M M
Remota
Tabela 3: Probabilidade e impacto, análise operacional do risco.
Fonte: Estudo operacional de risco
5. RESULTADOS OBTIDOS
Os grupos de mercado e segurança representam juntos mais de 70% dos riscos que
foram identificados. Os riscos ligados a mercado representam os riscos cuja causa principal
envolvem a capacidade dos fornecedores de cumprir prazos, variações cambiais e outras
situações de mercado. Sendo as causas ligadas ao item segurança compreendendo
condições de saúde e segurança dos profissionais envolvidos no projeto.
Descrição do Ri
#ID Risco Causa Raiz (s) Área
sco
Logística de Problemas de infraestrutura Infraestrutura das Logística
transporte dos nos acessos rodoviários ao vias de acesso.
01
equipamentos local da construção, sendo os
para o Site. mesmos.
Área para Falta de local com Área restrita no local Logística
canteiro de infraestrutura para instalação de implantação.
02 obras. da equipe de apoio e estoque
de peças utilizadas na
montagem.
Contaminação Risco de contaminação Desastre ambiental Meio
ambiental ambiental devido a causado na Ambiente
vazamentos dos execução dos
03 equipamentos utilizados na trabalhos, como
montagem. vazamento de
combustíveis e ou
lubrificantes.
Dificuldade em Dificuldades na contratação Aquecimento do Mercado
contratar mão de de mão de obra especializada mercado
obra ou aluguel de equipamentos
especializada ou de montagem por conta da
04
alugar escassez de recursos livres
equipamentos no mercado.
de montagem no
mercado.
Indisponibilidade Indisponibilidade dos Aquecimento do Mercado
para o fornecedores de peças e ou mercado
atendimento de equipamentos para
05
Fornecedores atendimento aos prazos de
para peças e implantação.
insumos.
Falência de Concordata por parte de Incapacidade de Mercado
06 Contratados. algum fornecedor. gestão empresarial
por terceiros.
Aumento do As variações cambiais podem Flutuação cambial Mercado
07 custo de impactar sobre os
implantação. componentes importados.
Aumento do Uma alta demanda de Aquecimento do Mercado
preço dos mercado pode inflacionar o mercado
08
insumos. custo das matérias primas
utilizada na obra.
Atraso na Problemas relacionados ao Metas agressivas, Planeja-
execução das atendimento aos prazos. atrasos na mento
obras. contratação dos
09 serviços ou atraso no
fornecimento de
equipamentos, ou
alterações de
30
Descrição do Ri
#ID Risco Causa Raiz (s) Área
sco
escopo.
Meio
Segurança Mercado Logística Planejamento
ambiente
Leve - - 2 - -
Moderado 2 5 - 1 -
Alto 4 - - - 1
Extremo 1 - - - -
Total 7 5 2 1 1
Tabela 6: Distribuição dos riscos quanto ao grau e no estudo gerencial de riscos.
Fonte: o autor
Como apontado nos gráficos apresentados, metade dos riscos foi classificada como
Moderado. Apenas um risco foi apontado como extremo, sendo dessa forma, o risco
classificado como extremo deve ter prioridade no seu tratamento, seguido pelos cinco riscos
identificados como alto.
É possível observar que mesmo com cinco riscos os riscos categorizados no grupo
de mercado não apontaram grandes preocupações na análise, sendo todos classificados
como moderados. Isso indica uma avaliação de que a situação do mercado é boa e que não
são esperadas muitas variações ao longo da implantação do projeto.
Dessa forma o plano de ação desenvolvido apresenta apenas seis riscos: cinco
classificados como altos e o risco classificado como extremo. Uma tabela com os riscos a
serem analisado no desenvolvimento no plano de ação é mostrada de forma resumida a
seguir.
34
Para o único risco de planejamento (#09) a principal medida foi com base na
mitigação do risco. Essa prevenção foi baseada em uma análise mais detalhada do
cronograma com o objetivo de considerar os índices de produtividade utilizados condizentes
com o cenário apresentado. Outra atividade contida no plano de ação foi um estudo do
processo de compras realizado, de forma a tornar o processo mais eficaz. Para as
alterações de escopo no primeiro momento não foram tomadas ações, pois o processo de
gestão de mudanças apresentava bons resultados em projetos anteriores.
Nos demais riscos, o grupo chave é a segurança, dessa forma o plano de ação foi
elaborado de forma a tentar mitigar os acidentes ao longo do projeto. A principal ação
buscando mitigar os acidentes foi à revisão dos procedimentos de segurança e
procedimentos de montagem.
Outras medidas de campo foram aplicadas com o objetivo de mitigar os riscos. E são
listadas a seguir.
Dos doze impactos avaliados apenas oito apresentaram uma condição moderada,
sendo os outros pouco mais de 30% dos impactos foram classificados como Toleráveis.
Segundo essa avaliação, os riscos apresentados deveriam ser todos monitorados não
apresentando a necessidade de nenhuma ação imediata.
Assim como no estudo anterior é possível comparar os graus dados aos riscos com
as suas áreas, a matriz é mostrada a seguir:
38
Tolerável - 2 2
Moderado 7 1 -
Não
tolerável - - -
Tabela 10: Distribuição dos riscos quanto ao grau e no estudo operacional de riscos.
Fonte: o autor
Mesmo não sendo necessária nenhuma ação para o resultado da avaliação de riscos
operacionais encontrado, o mesmo foi utilizado como complemento no desenvolvimento do
plano de resposta a riscos apresentados no estudo do plano gerencial.
39
6. PROPOSIÇÕES
A diferença prática destes métodos é que cada risco apontado recebe apenas uma
avaliação, enquanto o apresentando no caso operacional recebe diversas notas, o que
dificulta a realização do plano de resposta ao risco.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como pode ser concluído nos casos demonstrados existe um grande risco ligado à
segurança e saúde dos funcionários, e para isso deve ser realizada uma gestão dos riscos
de segurança.
Com esta Estrutura Analítica de Risco o grupo que oferece maior risco ao projeto
pode ser analisado novamente e detalhados novos riscos. Com isso, o Gerente teria em
mãos os riscos que podem comprometer o projeto de forma mais detalhada e orientar a sua
equipe de forma que possa mitigar os riscos atacando diretamente as suas causas, pois as
mesmas estarão em um nível de detalhes que facilitaria o desenvolvimento de um plano de
resposta aos riscos.
42
Por outro lado, a equipe necessária para avaliar e controlar os riscos com maior nível
de detalhes deve ser maior, cabendo ao conhecimento do Gerente do Projeto definir o
equilíbrio entre equipe e nível de controle.
Contudo, entende-se que a Gestão de Riscos, mesmo que realizada com focos
distintos, pode desenvolver um plano de resposta aos riscos semelhantes. Além disso, a
preocupação do Gerente do Projeto com os Riscos do Projeto, seja gerencial ou
operacional, pode melhorar os resultados do projeto.
43
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
COOPER, Dale F. et al., Project Risk Management Guideline: Managing Risk in Large
Projects and Complex Procurements, John Wiley & Sons, Inc., 2005.