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Ácidos orgânicos
A concentração de ácidos na uva depende de vários fatores como o solo,
condições climáticas e principalmente em muitos casos o tempo de maturação
permitido.
A acidez durante a
fabricação de vinho pode
ser dividida em acidez fixa,
também conhecida como
acidez total tritulável,
proveniente de ácidos
orgânicos presentes na fruta
e acidez volátil que engloba
os ácidos gerados como
subprodutos no processo de
fermentação e que pouco
interferem nas
características finas do
produto, dentre eles o mais
abundante é o acido acético.
Ácido Tartárico
É o principal ácido presente no vinho, sendo ele encontrado em maior
quantidade em relação aos outros e é também o mais forte, determinando em grande
parte o pH do vinho. A uva é sua principal fonte natural. Dentre os ácidos presentes no
vinho é o que apresenta maior resistência a degradação por microrganismos, no entanto
ela pode ocorrer caso o pH esteja alto, num processo chamado “volta” que afeta
negativamente as propriedades do vinho. Quando se encontra em excesso pode ser
retirado, aproveitando-se da baixa solubilidade dos sais que forma, principalmente com
potássio e cálcio.
Bitartarato de potássio
Ácido málico
O segundo ácido em maior quantidade presente na uva, ficando atrás apenas do
ácido tartárico, é mais abundante em uvas verdes e vai diminuindo ao longo da
maturação. É parcialmente degradado durante a fermentação alcoólica, tem participação
mais significativa na chamada fermentação maloláctica.
fermentação malolática
A fermentação malolática,
não se trata de uma etapa
obrigatória, todavia constitui uma
melhora considerável do vinho,
que o torna notadamente macio e
elimina a característica ácida do
vinho novo ou de vinho
excessivamente ácido. No processo
o ácido málico, é fermentado por
bactérias lácticas que o
transformam em ácido lático e gás
carbônico. A fermentação
malolatica não apenas ajuda a
controlar a acidez do vinho como
também melhora seu aroma e ainda evita que o processo ocorra posteriormente gerando
gás carbônico dentro da garrafa.
Ácido cítrico
O ácido cítrico é pouco abundante na uva – cerca de 150 a 300 mg/L. Ele é
transformado durante a maturação em ácido málico e ainda fermentado pelas bactérias
láticas, e desaparece no vinho. Esse ácido é utilizado para o tratamento do vinho, pois
apresenta a propriedade de solubilizar o ferro.
Nutrientes
Os principais macronutrientes encontrados nas folhas das videiras e nas uvas são
potássio, cálcio e magnésio, sendo o potássio o mais importante. Os micronutrientes,
como sódio, manganês, ferro, cobre, zinco, lítio e rubídio são encontrados em pequenas
quantidades, sendo que a presença destes nos vinhos deve-se à uva ou às contaminações
do solo, fungicidas, produtos enológicos ou contato com materiais e equipamentos
utilizados na vinificação. O potássio representa quase 50% do total das substâncias
minerais presentes na uva e realiza um papel crucial na determinação do pH do vinho. É
encontrado principalmente nas cascas, por isso sua passagem ao vinho depende da
maceração. A maior concentração de K na uva acarreta a salificação do ácido tartárico,
o que provoca a elevação do pH do mosto e a diminuição da acidez titulável.
O Ca além de também contribuir para a salificação do ácido tartárico interfere na
quantidade de antocianinas, pois a sacarose modula a biossíntese de antocianinas das
células em Vitis vinifera, e o Ca2+ age como inibidor na indução da biossíntese de
antocianinas pelo açúcar. O Mg é um importante constituinte da videira, do mosto e do
vinho. É encontrado em maior concentração nos vinhos tintos, devido a uma maior
extração inicial e maior liberação do mineral para o mosto durante o período de
maceração.
Os metais Mn, Fe e Cu são indispensáveis ao desenvolvimento de leveduras e
bactérias lácticas, intervindo como cofatores na atividade de enzimas, tais como as oxi-
redutases e as quinases.
A disponibilidade de certos nutrientes no solo como o fosforo e nitrogênio são
de extrema importância, não só para o crescimento e estruturação da planta, já que
participam de vários processos. fosfatos no mosto em concentrações da ordem dos 700
mg.1-I é fundamental para o desenvolvimento da fermentação, em particular na
glicólise que envolve diversos passos de fosforilação.
Diversos compostos contendo nitrogênio são encontrados nos mostos e vinhos:
amônia, aminoácidos, proteínas, vitaminas, aminas e nitratos. Estes compostos variam
entre 1 e 3 g.L-1 e são de extrema importância no crescimento das leveduras. Os
aminoácidos representam a mais importante forma de compostos nitrogenados nos
vinhos. Muitas substâncias nitrogenadas são provenientes do metabolismo da planta,
enquanto outras do metabolismo das leveduras. Os compostos nitrogenados são
importantes, também, para a clarificação do vinho e instabilidade microbiana. Afetam o
desenvolvimento do aroma, e características de espuma em vinhos espumantes.
Antocianinas
As antocianinas são glucósidos das antocianidinas que por sua vez
pertence ao grupo dos flavonoides. Suas estruturas moleculares conjugadas permitem
que absorvam luz na região do visível através da excitação de seus elétrons, por essa
razão as antocianinas pertencem ao grupo dos cromóforos, e por serem as maiores
responsáveis pela pigmentação observada no vinho tinto sua quantidade influencia
diretamente em sua intensidade.
As antocianinas se encontram largamente
distribuídos na natureza e são responsáveis pela
maioria das cores azul, violeta e todas as
tonalidades de vermelho que aparecem em flores,
frutos, algumas folhas, caules e raízes de plantas.
Nas videiras, elas acumulam-se nas folhas durante a
senescência e são responsáveis pela coloração das
cascas das uvas tintas, sendo encontradas também
na polpa no caso de variedades corantes, estando
presente também nas folhas, sobretudo no final do forma geral das antocianinas
ciclo vegetativo.
O vinho branco, cuja fermentação se faz sem maceração das películas
nem das partes sólidas dos cachos, não contém antocianinas nem flavonas ou a sua
concentração é tão reduzida que é insuficiente para influir na cor do vinho
Taninos
Os taninos são compostos incolores ou levemente amarelados, presentes
principalmente na casca, e em menor quantidade em frutos maduros e em baixíssimas
quantidades em vinhos brancos. Taninos conferem aos vinhos que os contêm em
abundância o seu sabor levemente amargo e adstringente tão característico.
Solo
Condição climáticas
Maturação