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A ENCILHA TRADICIONAL DOS GAÚCHOS SUL-BRASILEIROS

Na cavalgada, na campereada, no esporte, é o cavalo o parceiro dos


Gaúcho Campeiros do Brasil!
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A ENCILHA TRADICIONAL DOS GAÚCHOS SUL-
BRASILEIROS
O cavalo foi um parceiro do gaúcho nas lutas pela conquista e
afirmação do território sul-rio-grandense.

E ainda hoje é o seu companheiro nas atividades pastoris; nas lidas de


campo com o gado, ovelhas, cavalhada.
Então, se o cavalo tem sido um antigo auxiliar e um importante
companheiro do sulista brasileiro; se nunca praticou nenhum ato de
selvageria contra outros animais, por que, então, deixaria de ser
reconhecido pelo Homem que o usa para o serviço e o lazer? Por que
deixaria de ser, como animal de montaria, bem tratado, cuidado e
respeitado por aquele que dele se utiliza para a locomoção, o esporte, a
tração e até o comércio? Obviamente que não há motivos para que a
raça humana cometa qualquer ato de violência contra o cavalo, incluído
aí o maltrato decorrente das imprudências ou negligências daquele que
é o responsável pelo seu bem estar.
A consciência advém de um adequado conhecimento, e ao tratarmos da
encilha do cavalo podemos compará-la ao ato de dirigir um automóvel,
ou seja, antes da sua prática se fazem necessários alguns
conhecimentos teóricos. Do contrário, acidentes poderão acontecer
diante da ausência do conhecimento mínimo exigido à execução da
atividade fim. Assim também é com o ato de encilhar um cavalo. Antes
de o mesmo ser praticado, é preciso que o encilhador conheça os
pormenores, os detalhes dessa função, e os problemas que poderão ser
evitados com um correto encilhamento e uma adequada desencilha.
Portanto, qualquer vivente – peão, prenda, jovem ou criança – há que,
no ato de aprender a encilhar um cavalo, estar corretamente instruído
para respeitar o animal de montaria; a ter a preocupação de nunca
relaxar no arreamento e na desencilha; a ter a consciência de que a
saúde física do cavalo está dependendo do cuidado que ele, o
encilhador, terá no momento de prepará-lo como animal de montaria.
Por isso, com o fim de se evitar a produção de mataduras, também
conhecidas por basteiras – feridas no lombo do cavalo, proveniente do
mau uso dos arreios – é que o ato de encilhar deve ser solene e
artístico. Caso contrário quem pagará com os eventuais desleixos do
encilhador será o cavalo, o seu companheiro de passeio, salto,
campereada, prova campeira, cavalgada; quem será inutilizado, à vezes
por muito tempo, para as suas funções de cavalgadura do gaúcho, será
o pingo, devido à falta de tato, de sensibilidade ou de conhecimento de
quem o encilhou de forma indevida, incorreta, imperita.

ENCILHAR É UMA ARTE!

Recomendável é que cada animal tenha lombilho e freio próprios,


adequados, diante da natural diversidade morfológica existente entre os
diversos tipos de eqüinos, das diferenças físico-estruturais verificadas
em cada cavalo; devido ao tamanho, raça, etc. Mas, não sendo isso
possível, um mesmo lombilho e um mesmo freio poderão ser usados
em mais de um cavalo. Porém, neste caso, há que se tomar certos
cuidados ao colocar o arreio no lombo do beiçudo. Quanto ao freio,
este também poderá estar causando dor ao animal, ou por eventual
atrito na mucosa ou por algum contato com alguns dentes, o que
causará, certamente, uma reação, uma impaciência por parte do cavalo.
Encilhar é uma arte! O arreamento de cada cavalo deve ser realizado de
forma personalizada, especial, conforme a sua estrutura física. A
encilha não deve estar restrita ao ato do encilhador de simplesmente
ir jogando os arreios em cima do lombo do cavalo; ele exige muito
mais que isso.
Por conseqüência, aquele que encilha tem que ter a “mão boa” para o
ato de arrear um cavalo. Há que atentar para todo o dorso do animal – a
parte superior do cavalo – , percebendo-o, verificando, antes de
começar o encilhamento propriamente dito, se não há mataduras –
feridas decorrentes de um mau encilhamento anterior – ou outros
ferimentos no lombo e nas cruzes.

O encilhador, ainda, tem que se preocupar com a correta colocação do


xergão, certificando-se de que ele receberá todo o lombilho e não se
deslocará da sua posição ideal de proteção do lombo do animal. Da
mesma forma não poderá quem encilha apertar em demasia a cincha,
pois isso afetará o conforto necessário daquele que sustentará o
ginete no lombo.

E mesmo quem, por comodidade ou necessidade, manda encilhar um


cavalo tem a responsabilidade de conferir, fiscalizar e exigir a boa e
adequada encilha da sua montaria.
Encilhar, portanto, não é jogar de qualquer jeito o arreamento no lombo
do cavalo, mas, antes de tudo, conhecer a arte, a técnica e a forma mais
segura de proteger a integridade física do animal.
Assim, é de se evitar a colocação da cincha no sovaco do cavalo e
manter os estribos muito curtos, atitudes em nada condizentes com a
Tradição Gaúcha Sul-brasileira. Estribos curtos, por exemplo,
contribuirão não só para a má postura do gaúcho, quando montado,
como também para lhe causar sérios problemas nos rins, provoando,
ainda, feridas na região das cruzes do animal, parte compreendida entre
o dorso e o pescoço.

A DESENCILHA

No ato de desencilhar o cavalo há que se ter o cuidado para nunca tirar


o lombilho do dorso do animal de forma repentina. Após soltar a
cincha o vivente deve levantar um pouco o arreio – lombilho, carona e
xergão -, com o fim de arejar a região do pêlo do cavalo, retirando os
apetrechos depois de refrescado o lombo do pingo.
A importância dessa conduta está em evitar derrames, nevralgias –
dores no trajeto de um nervo e das suas ramificações, sem alteração
aparente das partes doloridas -, as mataduras – feridas no lombo – e
enfermidades outras que pelo efeito do choque térmico poderão vir a
molestar o cavalo. Pode-se, ainda, rasquetear a região lombar com a
rédea, no sentido contrário do pêlo, para que este possa secar mais
rapidamente, ou, no caso de estar muito suado o lombo do animal,
jogar água e lavá-lo, uma vez que a salinidade encontrada no suor
poderá trazer complicações ao couro do cavalo.
Uma falta de cuidado dessa poderá fazer com que o cavalo se apresente
nervoso, sem que, visualmente, nada se perceba. Contudo, muitas vezes
essa será uma reação provocada por dores causadas pelas ações
negligentes ou imprudentes de quem encilhou ou desencilhou o cavalo.
Encilhar e desencilhar, portanto, são atos tão importantes que deveriam
ser sempre realizados por aquele que deverá montar, a não ser que tais
atos estejam ao encargo de uma pessoa de extrema confiança do ginete.

Assim, tudo deve ser feito no sentido de se evitar ferimentos no lombo


do cavalo. E caso ele venha a ferir-se, necessário é que a sua saúde
física se restabeleça completamente antes de ele retornar à função de
montaria, o que dependendo do caso não impede de o animal realizar
exercícios, como o trabalho de guia, por exemplo, mantendo-se
exercitado.
O mais importante nos casos de ferimentos é que as causas dos mesmos
sejam apontadas e os devidos ajustes na encilha providenciados, o que
evitará a ocorrência de futuras mazelas.
E como parte da recuperação do cavalo com mataduras no lombo
recomenda-se uma massagem com óleo de amêndoa três vezes ao dia,
ao redor da parte lesada. Isso irá provocar um fluxo de sangue no
tecido em torno da ferida, provocando uma cicatrização de baixo para
cima, evitando-se a criação de uma falsa casca, a qual novamente
romper-se-ia no instante em que sofresse o primeiro atrito.

Como salienta Cavalier, pode haver o arreamento mais caro do mundo,


mas nem o dinheiro poderá vir a substituir os benefícios de um correto
aprendizado.

Fonte para consulta:


http://www.desempenho.esp.br/geral/get_geral.cfm?
id=1121&sessao=2

José Itajaú Oleques Teixeira


BOMBACHA LARGA: na luta pela preservação das autênticas
Tradições do Povo Gaúcho Sul-brasileiro!

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