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A Qualidade de Vida do Idoso Brasileiro

http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/melhor-idade/noticia/2015/01/qualidade-de-
vida-dos-idosos-depende-da-propria-autoavaliacao-4688178.html

Qualidade de vida dos idosos depende da


própria autoavaliação
26/01/2015 - 18h41min

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Foto: Júlio Cordeiro / Agencia RBS

A qualidade de vida das pessoas em todo o mundo é uma das prioridades da


Organização Mundial de Saúde (OMS). Há alguns anos, a entidade
desenvolveu uma avaliação da qualidade de vida para apoiar o diagnóstico de
profissionais de áreas como física, psicologia, relações sociais e meio
ambiente.

A terceira idade possui um módulo especial no projeto da OMS, pois questões


relevantes para esse grupo são diferentes em relação aos jovens adultos. O
teste da OMS inclui questões como: “Você recebe dos outros o apoio que
necessita?”, “O quanto você aproveita a vida?” ou “Você tem energia para o
seu dia-a-dia?”.

Cinco histórias de quem mudou a vida depois da aposentadoria


Dança afasta depressão e melhora a saúde do coração na terceira idade
Depressão é um fator de risco para Doença de Alzheimer
A autocrítica feita pelos próprios idosos é um fator determinante para a análise
da qualidade de vida deles. Comer bem e manter-se ativo são tão importantes
para a terceira idade quanto o fortalecimento do vínculo familiar e social.
Segundo uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, falar sobre
as alterações físicas e mentais que estão ocorrendo no processo de
envelhecimento e ter ciência de que isso é natural e pode ser controlado,
embora voltar atrás não seja uma opção, é fundamental para construção da
própria qualidade de vida.

– O processo de envelhecimento faz parte do ciclo vital. Quem espera a morte


em razão da perda da função social está em pleno declínio da qualidade de
vida – afirma a professora de psicologia da Unisinos, Michele Scheffel
Schneider.

Qualidade de vida na terceira idade, para a especialista, significa buscar novos


papeis e atividades dentro de uma rede de apoio, que pode vir de amigos e da
família. Quanto maior a rede de apoio, menor o índice de desenvolvimento de
doenças.

Um estudo da University College London, de 2012, apontou que quem se


adaptar às mudanças do processo de envelhecimento garante mais qualidade
de vida na terceira idade. Nem sempre o idoso consegue fazer isso sozinho.
Mais que o apoio de um psicanalista, a família tem papel essencial nessa fase.

– Muitas famílias negam o envelhecimento, não querem falar sobre isso,


negam aos mais velhos a participação nas decisões. Mesmo que o idoso passe
por alguma dificuldade que atinja sua capacidade física ou cognitiva, ele não
pode ser excluído pela família – comenta a professora.

Para Michele, qualidade de vida na terceira idade significa se dar conta de


suas dificuldades e das perdas que podem ocorrer, mas, ao mesmo tempo,
buscar alternativas para equilibrar a saúde física e mental com atividade física,
boa alimentação e convívio social. A resposta do próprio idoso para as
questões que a OMS sugere podem indicar se o idoso precisa de ajuda
especializada.
– Incentivá-lo a buscar essas alternativas é diferente de obrigá-lo a mudar. A
mudança é natural, mas não precisa ser forçada – aponta a psicóloga ao
detalhar que, muitas vezes, os filhos e netos tendem a decidir pelos mais
velhos sobre alterações no lar, trocar de casa e até mesmo sobre a hora de
dormir e comer – Para garantir qualidade de vida para os entes mais velhos é
preciso acompanhá-lo, incluí-lo e não tolerá-lo.

http://veja.abril.com.br/blog/cidades-sem-fronteiras/transformacao/idosos/

População envelhece e novas


gerações se preparam para não
conseguir comprar casa própria
e viver pior que os pais
Por: Mariana Barros 24/03/2015 às 8:00

O ano de 2015 deverá ser lembrado como o início de um novo capítulo


da história humana. Previsões da Organização Mundial da Saúde
(OMS) indicam que, até dezembro, a população de crianças com menos
de 5 anos será ultrapassada pela faixa com mais de 65 anos de idade.
A mudança veio para ficar e promete transformar a relação de forças
entre as gerações, que tem como ponto de tensão a aquisição da casa
própria.
Ter ou não ter será, gradualmente, a maior cisão entre quem nasceu
nas décadas de 1980 e 1990 (a geração do milênio) e os nascidos nos
anos 1940 e 1950. Enquanto o primeiro grupo poderá jamais conseguir
adquirir um teto, o segundo já tem um teto, mas é pressionado a ajudar
quem não tem e batalha para conquistar um.
Acima, gráfico da ONU mostra a curva decrescente de crianças, ultrapassada
pela crescente de idosos. A mudança veio para ficar

O cabo de guerra tem se repetido em diversos países. Nos Estados


Unidos, o estouro da crise de 2008 originou o fenômeno da geração
bumerangue, gente que saiu da casa dos pais, não conseguiu arcar com
os próprios gastos e se viu de volta ao ponto de partida, mais
precisamente no mesmo quarto onde passou a infância. Embora a
situação financeira do país tenha melhorado nos últimos anos, a
restrição do financiamento imobiliário causada pela bolha fez com que
esses jovens encontrassem no aluguel sua única alternativa. Daí
decorre um efeito cascata: a maior demanda por imóveis para alugar
levou a uma alta no preço dos aluguéis, o que por sua vez caiu
como uma pá de cal no sonho de quem queria, ao mesmo tempo,
pagar o aluguel e economizar para comprar o próprio teto. Para
especialistas, a desistência da compra de um imóvel e a resignação com
o aluguel representa uma profunda mudança de paradigma
do american way of life.
Na Inglaterra, a situação também é problemática. Pela primeira vez na
história, os idosos vivem melhor se comparados a qualquer outra fatia
da população — especialmente os jovens de 20 e poucos anos. De olho
nas eleições de maio, o primeiro-ministro David Cameron tem se
esforçado para atrair os (numerosíssimos) eleitores mais velhos,
comprometendo-se a proteger de cortes os benefícios de pensionistas,
oferecer passe de ônibus gratuito e dispensá-los do pagamento de
alguns impostos (como o winter fuel payment, pago uma vez por ano
para cobrir despesas extras com aquecimento durante o inverno).
A casa própria é a peça mais importante desse tabuleiro. Boa parte dos
idosos ingleses comprou casas baratas que se valorizaram muito ao
longo dos anos, ao ponto de parte deles não ter mais condições de arcar
com os impostos e a manutenção, desfazendo-se delas. Ainda assim,
estão melhores do que os jovens, que, segundo analistas, podem nunca
conseguir subir o primeiro degrau da escalada da compra. A alta
nos preços dos imóveis é o motor da mudança, segundo reportagem
do jornal Financial Times.

Gráfico publicado no site do Financial Times mostra a melhora do padrão de


vida dos mais velhos em detrimento da piora do padrão dos mais novos

No Brasil, o quadro se repete. Há um relativo aumento do poder de


compra dos idosos e, na outra ponta da gangorra, um menor poder de
fogo dos jovens, somado à recente alta dos preços do mercado
imobiliário nacional. Se em 2006 a soma dos rendimentos dos mais
velhos foi de 16 bilhões de reais, em 2020 ela deve chegar a 25 bilhões
de reais. Atualmente há 15,8 milhões de idosos chefes de família e 3,7
milhões de aposentados que trabalham para complementar a renda,
em um universo de 22,3 milhões de brasileiros com mais de 60 anos.
Na outra ponta, estão os jovens. De acordo com dados do Pnad
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), 62% da faixa entre 18
e 29 anos que vive em áreas urbanas moram com os pais, incluindo
tanto os solteiros como os que já iniciaram a própria família.
A receita brasileira leva um ingrediente explosivo: a rapidez dessa
transformação. A população idosa do Brasil dobrará em apenas duas
décadas, fenômeno que na França levou cem anos para acontecer.
Embora os países mais desenvolvidos detenham os maiores índices de
população idosa hoje, com Japão e Alemanha no topo do ranking, os
países em desenvolvimento são os que envelhecerão mais depressa
daqui para frente. Nos próximos quarenta anos, as nações ricas terão
um aumento de 71% na fatia de idosos, contra 250% previsto para as
nações em desenvolvimento. Na média mundial, a proporção de idosos
esperada para 2050 é o dobro da registrada em 2010 (8% contra 16%).
Isso vem acontecendo por duas razões principais: aumento da
expectativa de vida e diminuição das taxas de fecundidade. Para
manter a proporção entre crianças e idosos, a quantidade de
nascimentos por mulher deve ficar acima de dois. Mas isso já deixou de
acontecer em pelo menos 44 países desenvolvidos desde 2006. No
Brasil, esse índice é de 1,9 — era de 6,16 em 1940. E a expectativa de
vida já ultrapassa os 73 anos de idade.
A exemplo da Inglaterra, o mercado imobiliário brasileiro também
sofreu intensa valorização nos últimos anos, fruto de décadas de
estagnação e demanda represada. A partir do início dos anos 2000,
quando o acesso ao crédito foi facilitado e incorporadoras abriram
capital, os preços tiveram altas recordes. Em um único ano (2010) o
Rio de Janeiro viveu um aumento de 40% nas unidades recém-
lançadas e São Paulo registrou alta de 24% no mesmo segmento. Quem
não comprou imóvel até 2007, encontra hoje uma situação bem mais
difícil devido aos valores praticados. O delicado momento pelo qual
passa a economia brasileira só complica as coisas ainda mais.
Com o envelhecimento da população, é possível dizer que nunca tantas
gerações diferentes estarão vivas ao mesmo tempo. Nossos filhos e
netos têm e terão mais chances de conhecer seus bisavós e trisavós do
que nós e nossos ancestrais tivemos e poderão conviver com eles por
um período maior. Muitas famílias terão de readequar suas casas para
comportar pessoas de diferentes idades sob o mesmo teto, impondo
novos desafios à arquitetura. Estima-se que 1,5 milhão de lares
americanos funcionem assim. No Brasil, por enquanto as
dificuldades da convivência inter geracional apenas engatinham. Mas,
pela velocidade da mudança aguardada para as próximas décadas, logo
sairão em disparada.
Por Mariana Barros

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