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CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

INTRODUÇÃO:

A administração pública para que consiga realizar seus objetivos


coletivos deve praticar atos que possam de forma expressa demonstrar a sua
vontade unilateral, visando sempre à finalidade social. Sendo que tais contratos
são regidos por normas contidas no direito público.

De acordo com os ensinamentos de Borges (2004, p.15)

Para assegurar a própria sobrevivência do Estado, bem como para


dar cumprimento a sua relevante e primacial função de atendimento
às necessidades ditadas pelo interesse geral da coletividade e da
consecução do bem comum, necessita a Administração Pública de
adquirir bens, realizar obras, ou assegurar a prestação dos serviços
de certas pessoas. Para tanto, frequentemente recorre à colaboração
de particulares.

O contrato administrativo pode ser conceituado como um acordo


celebrado pela administração pública bem como com outro ente estatal ou
mesmo algum particular, buscando o interesse dos interesses coletivos. Sendo
que em regra, a celebração do contrato administrativo exige prévia licitação, exceto
nos casos de contratação direta previstos na legislação.

Os contratos administrativos possuem determinadas características


próprias que os distinguem, sendo que o contrato administrativo é consensual,
pela convergência da vontade da Administração Pública e do outro contratante,
solene, como regra é a forma escrita a adotada, além de ser oneroso, pois
existem contraprestações mútuas, comutativo e intuito personae, pois não é
permitido a transferência de sua execução para terceiros não integrantes da
relação obrigacional.

A classificação dos contratos administrativos se dar quanto às normas


de regência, que são os contratos públicos e semipúblicos, os contratos
públicos ou administrativos são aqueles em que as normas de regência são em
sua predominância públicas, a exemplo do contrato de serviço e de
fornecimento, com fulcro no artigo 6º, incisos II e III da Lei 8.666/93, já os
contratos semipúblicos são aqueles regidos por normas de direito privado.

Já quanto à prevalência do interesse, podem ser contratos de


colaboração e de atribuição, os de colaboração são todos aqueles em que o
particular se obriga a fornecer ou realizar algo para a Administração, já os de
atribuição são aqueles onde o Poder Público atribui benefícios, vantagens ou
faculdades ao particular.

Cláusulas Exorbitantes:

São cláusulas que constituem verdadeiros elementos caracterizadores


dos contatos administrativos, tendo em vista que eles decorrem diretamente da
posição de supremacia do Poder Público sobre o particular. De acordo com o
explicitado no artigo 58 da Lei nº 8.666/93, são cláusulas exorbitantes:

Art. 58.  O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por


esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa
de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às
finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I
do art. 79 desta Lei; III - fiscalizar-lhes a execução; IV - aplicar
sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; V - nos
casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis,
imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na
hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de
faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão
do contrato administrativo. § 1o  As cláusulas econômico-financeiras e
monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas
sem prévia concordância do contratado. § 2o  Na hipótese do inciso I
deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão
ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.

Assim, as cláusulas podem estar explícitas ou implícitas nos contratos


administrativos, posto que, sendo originários do texto legal de conteúdo
impositivo, independem de previsão expressa no instrumento contratual para
sua plena exigibilidade.

Interpretação e Formalização Dos Contratos Administrativos:

Nos contratos administrativos, sempre lhe é conferido uma


interpretação que melhor atenda à função social que desempenham,
privilegiando sempre a que esteja mais em conformidade com a defesa do bem
comum, cabendo ressaltar sempre em caso de dúvida, lacuna ou divergência
em suas cláusulas, aplica-se o pro societate.

Quanto à formalização, os contratos e seus aditamentos são


formalizados mediante instrumento próprio, ou seja, termo de contrato, que é
obrigatório nos casos em que a contratação seja procedida de concorrência ou
de tomada de preços, conforme o compreendido no artigo 62, da Lei da
Licitações:

Art. 62.  O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de


concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e
inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites
destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em
que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos
hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa,
autorização de compra ou ordem de execução de serviço.

Garantias, Execução, Inexecução e Extinção Do Contrato:

As garantias devem está previstas no instrumento convocatório de


licitação, devendo constar necessariamente no termo de contato, sendo uma
de suas cláusulas essenciais. As modalidades previstas em lei são: caução,
que é a reserva de um determinado valor, em espécie ou em títulos, que a
Administração poderá se valer sempre que o particular descumpra algum
compromisso contratual; seguro-garantia, que é a garantia prestada por uma
empresa seguradora na qual esta se obriga a arcar com as despesas da
execução do contrato, caso haja inadimplemento do contratado; fiança
bancária, que é uma garantia fornecida por banco que se responsabiliza,
perante a Administração pelo cumprimento das obrigações do contratado.

Assim, após a execução do contrato, a garantia que fora prestada pelo


contratado será liberada ou restituída e, se houver sido feita em dinheiro,
deverá ser atualizada monetariamente.

Já na execução do ajuste, os principais direitos dos contratantes


consistem: para a Administração, em exercer suas prerrogativas diretamente,
sem prévia autorização judicial e receber o objeto contratado na forma e prazo
estipulados, já para o contratado, está em perceber o pagamento no modo
convencionado ou, ainda, a prestação devida pelo Poder Público, nos contratos
de atribuição.

Na inexecução tem-se o inadimplemento total ou parcial de suas


cláusulas, podendo gerar consequências jurídicas distintas a depender do
motivo que ensejou o descumprimento do ajuste. Podendo a inexecução ser
culposa, nas situações onde restar comprovada a inexecução por culpa dos
contratantes há se distinguir os efeitos jurídicos daí decorrentes de acordo com
a parte que lhe deu causa; ou sem culpa, nos casos em que se verifica a
inexecução sem culpa do contrato administrativo, às partes não são imputadas
as consequências do inadimplemento.

A extinção do contrato se dar pela conclusão do objeto, que é o modo


normal de extinção dos contratos administrativos, operando-se com o
exaurimento de sua execução; pelo término do prazo, que com o advento do
termo final fixado no contrato para o seu término, ocorre à consumação da sua
execução e a consequente extinção do ajuste; rescisão, onde há o término do
contrato durante a sua execução, ocasionada por razões que impossibilitam a
continuidade do ajuste por motivo imputável ou não aos contratantes.

ESPÉCIES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS:

CONTRATO DE OBRA PÚBLICA:

É um contrato administrativo cujo objeto é a construção, a reforma, a


recuperação ou ampliação de imóvel pertencente à Administração Pública, que
se destina, via de regra, para a edificação de repartições públicas ou à
implementação de obras em bens destinados ao público. Esta espécie de
contrato pode ser implementada sob dois regimes de execução: a tarefa ou a
empreitada, conforme preceitua o art. 6º, inciso VIII, da Lei de Licitações.

Segundo os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles (2002, p. 244):

As obras públicas podem ser de quatro tipos: a) equipamento urbano:


ruas, praças, estádios; b) equipamento administrativo: aparelhos para
o serviço da Administração Pública em geral; c) empreendimentos de
utilidade pública: ferrovias, rodovias; d) edifício público: repartições,
cadeias, etc.

CONTRATO DE SERVIÇO:

É o contrato cujo fito é referente à uma atividade material presta por entes
públicos ou privados à Administração, destinada a atingir determinada utilidade
de interesse coletivo, conforme preceitua o artigo 6º, II da Lei de Licitações:

Art. 6o  Para os fins desta Lei, considera-se: II - Serviço - toda


atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a
Administração, tais como: demolição, conserto, instalação,
montagem, operação, conservação, reparação, adaptação,
manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou
trabalhos técnico-profissionais;

O citado artigo trás exemplos de serviços que podem ser contratados com
o Poder Público, tais como conserto, instalação, montagem, conservação,
transporte, locação de bens, publicidade, dentre outros. Assim como ocorre
com o contrato de obra pública, nesses serviços a Administração poderá adotar
o regime de execução por tarefa ou empreitada, com fulcro no art. 10, II, da
referida Lei).

CONTRATO DE FORNECIMENTO:

O contrato de fornecimento é um tipo de contrato administrativo de que se


vale a Administração para adquirir bens a serem empregados nos serviços
públicos. Conforme leciona Alexandre Mazza (2014, p. 467): “é o contrato
administrativo por meio do qual a Administração adquire coisas móveis para
utilização nas repartições públicas ou estabelecimentos públicos”.

Nesta espécie de contrato, o Poder Público procede à compra dos itens


necessários as suas atividades, mediante o pagamento do preço ao particular
contratado que, por sua vez, se obriga a efetuar a entrega dos bens de forma
parcelada ou de uma só vez, com base no art. 6º, III da Lei de Licitações)

CONTRATO DE CONCESSÃO:

É o contrato que tem por objeto a transferência, por delegação, da


prestação de um serviço público à pessoa jurídica de direito privado, para que
o concessionário o explore por sua conta e risco. “É o mais importante contrato
administrativo, sendo utilizado sempre que o Poder Público opte por promover
a prestação indireta do serviço público.” (Alexandre Mazza, 2014, p. 467).

Tal espécie também pode ser empregada para que a Administração


consinta na utilização de um determinado bem público por particular (pessoa
física ou jurídica), com a possibilidade de o poder concedente fixar
contraprestação por esse uso privativo.

CONTRATO DE PERMISSÃO:
É o contrato administrativo de adesão por meio do qual o Poder Público
delega, a titulo precário, a execução de um serviço público a pessoa jurídica ou
física. Essa precariedade resulta do fato de que o contrato de permissão não
possui prazo determinado de vigência, podendo ser rescindido pela
Administração a qualquer tempo, sem qualquer indenização ao permissionário.

Às permissões de serviço público aplicam-se, no que couber, as


disposições do contrato de concessão. Quando a permissão tiver por objeto a
utilização privativa de um bem público por particular, não terá a natureza de
contrato e sim de ato unilateral.

CONTRATO DE GESTÃO:

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