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Mistérios e o poder da frota


pesqueira chinesa
17-24 minutos

Para quem navega em alto-mar, o poder e o destemor da frota


pesqueira chinesa são incontestáveis. Em 2019, quando
passamos uma semana a bordo de uma unidade da polícia
marítima da Gâmbia patrulhando mais de 150 quilômetros de
costa, assistimos à inspeção de quinze embarcações
estrangeiras acusadas de violações do direito trabalhista e
pesca ilegal. Apenas uma não era chinesa. Nesse mesmo ano,
um pouco antes, passamos um mês a bordo de um espinheleiro
que zarpou do porto chileno de Punta Arenas para a pesca da
merluza-negra no Oceano Glacial Antártico, e em nossa rota
não cruzamos com praticamente nada além de navios
cerqueiros1 chineses, uma dúzia deles, todos em péssimo
estado de conservação.

Em agosto de 2020, mais de 340 navios pesqueiros chineses


foram avistados nos arredores da reserva marinha das Ilhas
Galápagos, pertencente ao Equador, cuja fauna excepcional é
considerada patrimônio mundial pela Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).22 A
maioria deles havia sido fretada por armadores envolvidos em
atividades de pesca ilegal, como revelou o Center for Advanced
Defense Studies (C4ADS, Centro de Estudos de Defesa

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Avançados).3 No verão de 2017, uma flotilha chinesa quase tão


grande como essa já havia sido vista rondando o santuário da
vida marinha. Um barco foi apreendido com quase 300
toneladas de pesca ilegal a bordo, incluindo espécies
ameaçadas de extinção, como o tubarão-martelo-entalhado.

(Edson Ike)

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Péssimo encontro

A recente descoberta de oitocentos arrastões chineses


presentes ilegalmente nas águas norte-coreanas pode explicar
o desaparecimento de mais de 70% das lulas que outrora eram
ali abundantes.4 Com sua armada de navios industriais
avançando sobre essas águas proibidas, a China não apenas
exauriu os recursos pesqueiros, mas também expulsou sem
cerimônia os pequenos barcos norte-coreanos que ali
navegavam. Essa presença naval, antes invisível, foi detectada
pelo site Global Fishing Watch com o uso de uma nova
tecnologia de satélite. Questionado sobre essa revelação pelo
canal NBC, o ministro das Relações Exteriores chinês não
confirmou nem negou. Ele apenas se contentou em responder
que seu país “respeita conscienciosamente” as resoluções do
Conselho de Segurança da ONU, que proíbem a pesca
estrangeira em águas norte-coreanas, e é “implacável” na
punição de práticas ilegais.

Encorajados por sua própria quantidade e pelos agentes de


segurança armados que muitas vezes viajam ao seu lado, os
navios chineses costumam ser agressivos com os concorrentes
ou com qualquer embarcação considerada ameaçadora.
Tivemos a oportunidade de observar isso em maio de 2019,
quando, interessados em verificar pessoalmente sua presença
ilegal no Mar do Japão, embarcamos, mediante pagamento, em
um barco sul-coreano de pesca de lula. O capitão era um
homenzinho magro, de seus 70 anos, olhos fundos e pele
enrugada. Na manhã da partida, todos os tripulantes
contratados para a ocasião desertaram: eles explicaram que
não queriam se envolver em uma reportagem sobre a Coreia do
Norte nem chegar perto demais dos pescadores chineses. O

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capitão declarou-se pronto a continuar a expedição com o


auxílio de seu imediato, desde que aceitássemos condições um
pouco mais caóticas e menos confortáveis que o normal e que
eu estivesse disponível para ajudá-lo quando ele pedisse.

Ele não mentiu sobre as condições da viagem. Nossa


embarcação – um barco de madeira com cerca de 20 metros de
comprimento – não pôde ser limpo depois da última viagem.
Um forte odor de isca podre pairava no convés, que
escorregava feito gelo por causa dos resíduos da pesca
anterior, e as instalações reservadas à tripulação estavam
cheias de lixo. Para piorar, o motor nos deixou na mão quando
estávamos a centenas de quilômetros da costa, e foi somente
após duas horas de um suspense agonizante que conseguimos
retomar a rota.

Na primeira noite, logo após o anoitecer, o radar alertou sobre a


proximidade de um barco. Acelerando, conseguimos alcançar o
que se revelou ser não um, mas duas dúzias de navios que
seguiam em fila rumo às águas territoriais da Coreia do Norte,
desprezando as resoluções da ONU. Todos hasteavam a
bandeira chinesa, e todos estavam com o transponder
desligado, ao contrário do que exigem as regulamentações sul-
coreanas.

Após cerca de 45 minutos de observação, ao longo dos quais


fizemos vídeos e gravamos os números de identificação dos
barcos, decidimos mandar um drone sobrevoá-los para darmos
uma olhada mais de perto. A reação chinesa não se fez
esperar. Um dos capitães soou a sirene de neblina e piscou as
luzes de navegação, desviando repentinamente seu curso em
nossa direção. Mantivemos o curso, e ele continuava se
aproximando. Finalmente, quando estava a menos de 10
metros, nosso capitão virou apressadamente para evitar a

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colisão.

Foi o suficiente para o velho capitão. Considerando que era


perigoso demais continuar por ali, ele deu meia-volta e rumou
para o porto. Durante as oito horas de trajeto, ele pareceu
agitado e manteve-se surpreendentemente silencioso, apenas
sussurrando de vez em quando: “Eles não estão brincando…”.
Enquanto isso, os pescadores chineses mantiveram
organizadamente sua jornada rumo às águas norte-coreanas.

Oferecendo amplos subsídios à pesca, a China colaborou para


a formação de uma monumental e poderosa frota, hábil em
aproveitar a fragilidade das regulamentações para se
desenvolver fora de qualquer controle. Mas também insuflou em
seus marinheiros uma ambição, uma vontade e uma ousadia
que poucos Estados – e ainda menos seus capitães pesqueiros
– ousam ou conseguem desafiar.

E qual é a razão disso? A China está interessada em posicionar


suas peças no tabuleiro mundial e garantir sua segurança
alimentar. Na África ocidental e na Península Arábica, ela
conseguiu ocupar o lugar vago deixado pela Marinha dos
Estados Unidos, intensificando suas atividades pesqueiras.
Paralelamente, no Mar da China Meridional e ao longo da
Passagem do Nordeste, ela reivindica sua soberania sobre
corredores de navegação muito valorizados, bem como sobre
campos submarinos de petróleo e gás. “Com uma frota tão
gigantesca e agressiva, a China está claramente no comando”,
comenta Greg Poling, diretor da Asia Maritime Transparency
Initiative (Iniciativa de Transparência Marítima da Ásia), que
integra o Center for Strategic and International Studies (Centro
de Estudos Estratégicos e Internacionais), em Washington. E,
acrescenta o pesquisador, ela intimida: raros são os países que
ousam retaliar quando os navios chineses invadem suas águas

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territoriais.

A China precisa alimentar 1,4 bilhão de pessoas. Com a


redução dos estoques de peixes em sua costa, por causa da
pesca predatória e da industrialização, seus navios são
forçados a aventurar-se cada vez mais longe para encher as
redes. Segundo um relatório recente do Stimson Center, think
tank norte-americano que trabalha com questões de segurança,
os cerca de 2.600 navios de pesca de grande escala em alto-
mar relatados pela China5 representam o triplo da frota
combinada dos quatro países classificados logo atrás dela:
Taiwan, Japão, Coreia do Sul e Espanha. E essa é uma
estimativa baixa: em um relatório de junho de 2020, o Overseas
Development Institute, do Reino Unido, calculou a frota de alto-
mar da China em 16.966 embarcações (contra treze, em
meados da década de 1980). Uma potência que, segundo
Poling, deve tudo às subvenções: “Sem essa fonte de recursos,
não apenas a frota seria infinitamente mais modesta, como
também não poderia estar presente no Mar da China
Meridional”.

Por e-mail, a professora da Universidade de Washington e


especialista em políticas de pesca chinesas Tabitha Grace
Mallory nos deu detalhes sobre os sistemas de ajuda que há
duas décadas funcionam na China. Em 2018, as subvenções
oferecidas por esse sistema foram da ordem de US$ 7,2
bilhões, ao passo que o montante total estimado no mundo foi
de US$ 35,4 bilhões. Segundo Mallory, esses recursos têm um
efeito globalmente “nocivo”, pois ajudam a expandir, e não a
reduzir, a frota, inclusive por meio de auxílio para a compra de
combustível e a entrada em serviço de embarcações adicionais.
Apenas uma pequena parte desses fundos é destinada ao
desmantelamento de barcos que chegaram ao fim de sua vida

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útil.

Espécies ameaçadas

Os subsídios chineses também ajudam a renovar motores e a


adquirir cascos de aço mais duráveis para os barcos de
arrastão. Eles ainda cobrem parte dos custos ocasionados pela
mobilização, nos locais de pesca, de agentes de segurança
armados e de embarcações médicas, para que os capitães
possam permanecer mais tempo no mar. Por fim, os
marinheiros chineses podem contar com dados fornecidos pelo
governo para localizar as áreas mais piscosas.

Para o pesquisador Daniel Pauly, diretor do projeto Sea Around


Us, do Institute for the Oceans and Fisheries (Instituto para os
Oceanos e a Pesca), da Universidade British Columbia, o apoio
público “tem um papel crucial no esgotamento dos recursos
pesqueiros, pois permite manter em operação navios que
deveriam ser sucateados”. A opinião é compartilhada por
muitos especialistas: enquanto a sobrepesca for possibilitada
pela ajuda financeira, o objetivo da pesca sustentável
continuará fora de alcance. Entre os estoques de peixes
comercializados que são monitorados pela Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), 90%
sofrem sobrepesca, ou até já se esgotaram – ou seja, não têm
mais capacidade de se reconstituir. É isso que ocorre com as
dez espécies mais consumidas no mundo.

A China está longe de ser o único país que oferece subsídios


milionários à sua frota pesqueira. Mais de 50% das atividades
de pesca do mundo não seriam lucrativas em sua escala atual
sem o apoio estatal que recebem.6 Quando se trata de pesca
em alto-mar – áreas oceânicas que não estão sob jurisdição de

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nenhum Estado –, o Japão é o mais pródigo, oferecendo US$


841 milhões em subsídios, o equivalente a cerca de 20% do
total mundial. A Espanha responde por 14% dos subsídios à
pesca em alto-mar distribuídos em todo o mundo, seguida pela
China (10%), pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos.

Em termos de número de navios ativos, porém, a China está


muito à frente de todos os outros países. Em 2014, ela poderia
orgulhar-se de ter feito mais de 35% das capturas mundiais
declaradas em alto-mar. A título de comparação, Taiwan, com
593 navios, representou cerca de 12% dessas capturas, e o
Japão, com 478 navios, menos de 5%.

Peixes selvagens como ração

Além de esvaziarem progressivamente os oceanos de seus


peixes, todos esses subsídios fazem que haja simplesmente
barcos demais no mar. Daí decorre uma sobrecapacidade de
pesca e uma concorrência pouco saudável entre as frotas
nacionais, gerando disputas territoriais. Isso exacerba a pesca
ilegal, pois os capitães procuram desesperadamente novas
áreas de pesca menos frequentadas. Peter Thomson, enviado
especial para os oceanos do secretário-geral das Nações
Unidas, usa uma comparação perturbadora para descrever a
situação: “É um pouco como pagar ladrões para roubarem a
casa do seu vizinho”.

Segundo um índice criado em 2019 pela Poseidon Aquatic


Resource Management Ltd – uma empresa de consultoria
britânica especializada em pesca e aquicultura –, a China tem
as piores pontuações do mundo em pesca ilegal, não declarada
e não regulamentada. Mas o país começa a dar alguns passos
tímidos na direção certa, embora ambientalistas e especialistas

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continuem céticos.

Nos últimos anos, diante da pressão dos defensores dos


oceanos e de governos estrangeiros, a China decidiu controlar
mais de perto sua frota. Em 2016, foi promulgado um plano
quinquenal para limitar a 3 mil o número de navios de pesca de
grande escala em alto-mar até 2021. No entanto, na ausência
de dados governamentais confiáveis sobre o número de barcos
em atividade, é difícil avaliar o cumprimento desse objetivo. Em
junho de 2020, as autoridades chinesas anunciaram ter proibido
a seus navios a captura de lulas em certas águas territoriais da
América do Sul entre julho e novembro, com o objetivo de
permitir a recuperação das populações. Foi a primeira vez que
a China cancelou uma temporada de pesca por iniciativa
própria. “Acho que o governo chinês realmente pretende reduzir
sua frota pesqueira de pesca de grande escala em alto-mar”,
afirma Pauly. “Quanto a saber se ele tem o poder de fazer
cumprir suas decisões, é outra história. Duvido que a China
tenha mais autoridade sobre seus navios em alto-mar do que os
países ocidentais têm sobre os seus.”

Outro campo de ação: os peixes de viveiro. Com uma classe


média em rápida expansão, a demanda chinesa por frutos do
mar está explodindo. Para reduzir a dependência em relação à
captura de peixes selvagens, entre 2015 e 2019 a China
concedeu mais de US$ 250 milhões em subsídios ao setor de
aquicultura. Mas a medida coloca um problema: para engordar
seus estoques, a maioria das fazendas utiliza farinha de peixe,
uma mistura rica em proteínas feita essencialmente à base de
peixes selvagens capturados em águas estrangeiras ou
internacionais. E eles a consomem em enormes quantidades:
antes de chegar ao consumidor, um atum de viveiro pode ter
comido mais de quinze vezes seu peso em farinha de peixe. As

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associações de proteção dos oceanos já soaram o alarme. O


grande consumo de farinha de peixe acelera o esgotamento
dos recursos pesqueiros e só pode aprofundar o problema da
pesca ilegal e desestabilizar as cadeias alimentares marinhas,
privando as populações dos países pobres de uma fonte de
proteína indispensável para sua subsistência. “Capturar todos
esses peixes selvagens para atender à crescente demanda por
peixes de viveiro é um absurdo”, argumenta o ex-professor
Enric Sala, que se tornou explorador da National Geographic
Society. “Essas capturas poderiam ser utilizadas para alimentar
diretamente as populações, com um impacto muito menos
devastador para a fauna submarina.”

O destino do krill, o alimento básico das baleias, também


preocupa os ambientalistas. Em 2015, as autoridades chinesas
anunciaram a intenção de aumentar sua captura de krill no
Oceano Glacial Antártico de 32 mil toneladas para 2 milhões de
toneladas, para garantir seu abastecimento de farinha e óleo de
peixe. Mas assumiram o compromisso de não tocar nas áreas
“ambientalmente sensíveis”.

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(Edson Ike)

“Milícias civis”

A superpopulação naval não apenas degrada o ambiente por


meio da sobrepesca e do esgotamento dos estoques, mas
também é acompanhada por uma intensificação das rivalidades
em torno dos locais de pesca, levando a tensões diplomáticas e
até a confrontos violentos. Em 2016, a guarda costeira sul-
coreana abriu fogo contra dois barcos chineses que
ameaçavam atingir seus navios de patrulha no Mar Amarelo – a
mesma região onde, um mês antes, um barco a motor sul-
coreano havia afundado por causa de um ataque semelhante.
Nesse ano, a Argentina também afundou um navio chinês
acusado de pescar ilegalmente em suas águas territoriais.
Outros países, como a Indonésia, a África do Sul e as Filipinas,
passaram por confrontos semelhantes, geralmente com barcos
de pesca de lula – espécie que representa mais da metade das
capturas da frota chinesa em alto-mar.

Entre os inúmeros navios chineses que singram os oceanos, há


alguns que não estão ali apenas para pescar, como explica
Poling. Alguns formam “milícias civis” enviadas pelo governo às
zonas de conflito marítimo para fins de vigilância, ou ainda,
ocasionalmente, para intimidar e destruir barcos pesqueiros ou
policiais estrangeiros. A China dispõe para isso de um
programa específico de incentivos financeiros destinados a
encorajar os pescadores a navegar no Mar da China Meridional
a fim de fortalecer suas posições lá. Além dos benefícios de
que gozam seus colegas de pesca offshore, eles recebem
fundos suplementares para compensar o fato de que a área é
relativamente pouco lucrativa.

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Assim, há uma milícia de mais de duzentos barcos estacionada


ao redor das Ilhas Spratly, região rica em peixes e,
potencialmente, em petróleo e gás natural, disputada por quatro
países: China, Filipinas, Vietnã e Taiwan. Segundo imagens de
satélite, a frota chinesa passa ali a maior parte do tempo
ancorada, em formação cerrada.

“Se não fossem pagos para isso, os pequenos pescadores


[chineses] nunca pensariam em ir para lá”, afirma Poling. De
todo modo, sua presença acelerou o declínio das populações
de peixes em torno do arquipélago e causou muitas brigas com
navios estrangeiros, dando à China um ótimo pretexto para
militarizar a área.

*Ian Urbina, jornalista, dirige a plataforma The Outlaw Ocean


Project, que investiga questões ambientais e direitos humanos
no mar. Autor de La Jungle des océans: crimes impunis,
esclavage, ultraviolence, pêche illégale [A selva dos oceanos:
crimes sem punição, escravidão, ultraviolência, pesca ilegal],
Payot, Paris, 2019.

1 São barcos que pescam com rede de cerco, que se arrasta


sobre os fundos arenosos.

2 “Some 340 Chinese vessels fishing off Galapagos Islands


protected waters” [Cerca de 340 embarcações chinesas
pescam nas águas protegidas das Ilhas Galápagos],
MercoPress, 10 ago. 2020.

3 “Strings attached: Exploring the onshore networks behind


illegal, unreported and unregulated fishing” [No rastro do mar:
explorando as redes onshore por trás da pesca ilegal, não
declarada e não regulamentada], C4ADS, Washington, DC,
2019.

4 “The deadly secret of China’s invisible armada” [O segredo

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mortal da armada invisível da China], NBC News, 22 jul. 2020.

5 Embarcações de pesca em alto-mar, que atuam para além


das 200 milhas náuticas que delimitam as zonas econômicas
exclusivas.

6 Enric Sala et al., “The economics of fishing the high seas”


[Economia da pesca em alto-mar], Science Advances, v.4, n.6,
Washington, DC, jun. 2018.

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