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Bibliografia base
G. T. Austin, “Shreeve’s Chemical Process Industries”,
McGraw-Hill International Editions, 5ª Edição (1984)
Petróleo
Química Básica Petroquímica
(pesada) Adubos
Fibras
QUÍMICA Óleos
Fina Perfumes
(Orgânica)
(peq. quantidades) Corantes
Cosmética
Farmacêutica
maiores quantidades
menos material no processo
Contínuo condições operacionais mais uniformes
controlo mais conciso (computação)
Pequenas quantidades
Descontínuo valor justifica processo
(“batch”) medida mais concisa
História
Perfume significa “encher com fumo” (origem latina)
Até aos anos 50-60 (século XX): fragrâncias extraídas e isoladas
de produtos naturais tradicionais (de origem vegetal ou animal),
com processamentos bem definidos
O grande desenvolvimento na Indústria Química motivou um
aumento enorme na variedade das matérias-primas para a produção
de perfumes, devido a uma grande solicitação do mercado para
utilização dos mesmos para fins diversos
Actualmente: componentes dos perfumes, em grande parte, de
origem sintética, apesar de ainda serem frequentemente utilizados
ingredientes de origem natural (isolados de plantas)
Veículo ou solvente
Solvente para dissolução dos fixadores e dos elementos odoríferos
Grande volatilidade (aumento da dispersão do cheiro)
Quimicamente inerte
Pouco irritante para a pele
Veículo mais usual: álcool etílico altamente refinado, misturado
com maiores ou menores quantidades de água
Para retirar o cheiro do álcool:
Desodorização (bombeamento com vapor de água, a
vácuo)
Pré-fixação: adição de um fixador resinoso, deixar a
maturar por uma ou duas semanas
Fixativos ou Fixadores
Fixador: uma ou várias substâncias de mais baixa volatilidade do
que os elementos odoríferos, com a função de retardar a velocidade
de evaporação das essências características do perfume. Podem ou
não contribuir com cheiro (normalmente contribuem)
Tipos de fixadores
Óleos de origem animal (secreções)
Produtos resinosos
Óleos essenciais
Produtos químicos de origem sintética
OH R O
OH
OH
OH
R R
O O
OH
Fixadores resínicos
Exsudatos normais ou patológicos de certas plantas
Exemplos:
Resinas (mirra resínica, labdanum)
Bálsamos (óleos resínicos de origem terpénica)
Um composto que normalmente está presente nestas misturas é o
lindestreno
Óleos essenciais
Alguns óleos com boas propriedades fixadoras, com ou sem cheiro
agradável
Exemplos:
Óleo de salva
Principais constituintes: acetato de linalilo e linalol
O OH
O
Vétiver
Principais constituintes: α- e β-vétivona, kusimol
H
O O
HO
Patchouli
Principais constituintes: patchoulol e norpatchoulenol
HO HO
OH
OH
Óleos com pontos de ebulição superiores a 285ºC
O O
O O
O
O
N O O
OH
Álcoois
Linalol (estereoisómero (-) em óleos de cânfora, o (+) em óleos de
coentro, cheiro a flor-de-lis)
OH
OH
Aldeídos
Citral (estereoisómeros a e b, componente do óleo de limão, cheiro
a limão)
Ácidos carboxílicos
Ácido cinâmico (isolado do óleo de acácia, cheiro balsâmico)
OH
OH
Fenóis
Eugenol (principal componente do cravo-da-índia e do óleo de
folha de canela, cheiro a especiaria)
OH
Cetonas
Carvona (estereoisómero (+) é o principal componente do óleo de
cariz e endro, cheiro a cariz, o (-) aparece no óleo de hortelã-verde,
cheiro a hortelã)
Éteres
Cineol (também chamado eucaliptol, isolado do óleo de eucalipto e
de loureiro, cheiro a cânfora)
O
Anetol (estereoisómero trans mais abundante, isolado do óleo de
anis e de funcho, cheiro e sabor a anis)
O
Lactonas
Cumarina (aparece em muitas plantas e tem cheiro a feno e a
especiaria)
O O
Terpenos
α-pineno e β-pineno (abundantes em óleos de pinheiro e de
terebentina, estereoisómeros (+) e (-) separados na Natureza,
cheiro a resina de pinheiro)
“Enfleurage”
Extracção de óleos de flores delicadas (jasmim, violeta) a frio, na
presença de gorduras, pois os óleos não são destiláveis
Quase totalmente substituída pela extracção por solventes
Fases do processo
Reactores para purificar o solvente (destiladores)
Baterias para macerar e digerir os órgãos vegetais
Reactores de extracção rotativos em contra-corrente (o solvente vai
saturando)
Reactores para concentrar as soluções dos óleos florais
(destiladores a pressão normal ou reduzida)
Compostos isolados
Compostos químicos puros cuja origem é um óleo essencial ou
outro material perfumado natural, nos quais aparecem em grandes
percentagens
Exemplos:
Eugenol, derivado do óleo de cravo-da-índia
Pineno, da terebentina
Anetol, do óleo de anis
Linalol, do óleo de linaloa (“bois de rose”) e da lavanda
H+, 100ºC O
2 + H2O
+ 72 h
H2SO4
O + O
Esterificação
Benzoato de benzilo (fixador e aditivo alimentar)
O O
H+
OH OH O
+
2 + 2 NaOH 2 + 2 H2O
O - Na
+
O - Na
+
+ OH
700 kPa O - Na
2 + CO2
100ºC O +
OH O
O - Na
+
+
O - Na
+ H2SO4 OH + Na2SO4
O
OH O OH O
H+
OH + OH O + H2O
Br MgBr OH
Mg, éter O
H+
AlCl3 OH
+
O
Hidrogenação
Citronelol (cheiro floral e aditivo alimentar)
H2
O NiRa
OH
Nitração
Musk-xileno e musk-cetona (substitutos do musk natural,
sabonetes e perfumes)
Cl O2N NO2
70% H2SO4 30% HNO3
AlCl3
35ºC, 15h
O NO2
musk xileno
Cl
AlCl3
O
O
O2N
HNO3
NO2
musk cetona
Oxidação
Anisaldeído (aditivo, cheiro a anis)
O
MnO2 O
H2SO4
O
MnO2, H2SO4
+ H2O
40ºC
Sacarina (aditivo alimentar)
0ºC
+ ClSO3H +
SO2Cl ClO2S
(precipitação fraccionada)
NH3 KMnO4
O-
SO2Cl Na2Cr2O7
SO2NH2 SO2NH2
O
H+
NH
SO2
O
O O
OH
OH O NH3
NH
NH2 ClSO3H
SO2Cl
SO2
Aditivos alimentares
O que distingue uma substância usada como essência ou como
aditivo alimentar? O seu fim, já que muitas vezes a sua formulação
é muito semelhante.
O gosto (paladar) está muito relacionado com o cheiro (olfacto)
OH
O
O - Na
+
O
OH O O-
+ +
Na - O Na O
HO
O
HO OH
OH
Anti-oxidantes, corantes…
Intensificação do gosto e da cor: óleos essenciais de hortelã-
pimenta, hortelã verde, amêndoas amargas, citrinos, etc.
Aromas variados de acetato de benzilo (framboesa), aldeído
cinâmico (canela), acetato de iso-amilo (pera), hexanoato de
propen-2-ilo (ananás)
O
O
O
O
O
Principal aplicação
Produção de medicamentos para o melhoramento ou cura das
doenças dos seres vivos
Perspectiva histórica
Primeiras drogas: origem natural (principalmente vegetal,
mas também animal e mineral), já com preocupação sobre a pureza
dos ingredientes activos
1930 – 1950: aparecimento de novas drogas
Exemplos: insulina (proteína essencial para os diabéticos),
barbitúricos (tratamento de doenças do sistema nervoso central),
sulfamidas (analgésicos e anti-inflamatórios), anti-maláricos
(quinino), penicilina (1º antibiótico conhecido)
Actualmente
Ainda há muitas drogas de origem natural, obtidas por
processos de extracção, em que a via sintética não é competitiva
Exemplos: insulina (extraída do pâncreas de certos animais),
morfina, codeína (extraídas do ópio)
RO
R=H morfina
O
N R = CH3 codeína
HO
O O O O
-
EtO OEt
Cl
EtO OEt
O O 700 kPa
O O
- +
O Na
EtO OEt EtO OEt
Cl 700 kPa
O O O O
O O
EtO OEt + - +
O Na NH
H2N NH2 O
O O NH
O
Barbital
O
O O
N HNO2 NO
NaOH N
N
CN
NH
O N NH N NH
O O
O O
O O O
NO NH2 NH H
N redução N H OH N
N NH NH2 NH2
N N
O O O
O
O O
O
NH H
N NaOH metilação N N
N NH
N NH2 N
N N N
O O
O
Cafeína
Carboxilação / acetilação
Síntese da aspirina (analgésico)
O - Na
+
OH
2 + 2 NaOH 2 + 2 H2O
O - Na
+
O - Na
+
+ OH
700 kPa O - Na
2 + CO2
100ºC O +
OH O
O - Na
+
+
O - Na
+ H2SO4 OH + Na2SO4
O
O
OH O O O
O
O O
OH O
+
OH
90ºC, 72h OH
Aspirina
Oxidação
Síntese da isoniazida (tratamento da tuberculose)
O OH O NH NH2
N
N N
Isoniazida
Sulfonação
Síntese da furosemide (diurético)
Cl O Cl O Cl O
Cl Cl Cl
Cl SO2Cl SO2NH2
Cl O
NH O
OH HO OH O
+ NH2 OH
Cl O
Cl
SO2NH2
SO2NH2
Furosemide
OH OH O
HO H2 enzima
HO HO
OH CuCr OH OH
OH OH HO
OH OH OH
OH O
O OH O
O
oxidação O OH / HCl HO
HO - Na+
HO O
OH
OH - + OH
HO O Na
HO HO
OH
OH OH
O
O
HO HO OH
- +
HCl
O Na
O O OH
OH
HO OH
OH ácido ascórbico
Produção de muitas outras drogas com imensos passos de síntese,
podendo envolver resolução de misturas racémicas e uso de
enzimas para reacções específicas
Penicilinas
O
O
O
N OH
R HN S
Penicilina + usual: R =
Como todos os outros antibióticos, as penicilinas podem ser
isoladas de meio natural ou semi-sintetizadas
Exemplo: para alteração do R, fornecem-se precursores variados no
passo de fermentação, e assim os microorganismos produzem
penicilinas diferentes; para obter benzilo como grupo R, utiliza-se
ácido fenilacético como precursor
Tetraciclina
N
OH H
OH
NH2
OH O HO OH O O
Cefalosporina C
O OH
O
O
O O
N O
H
-O HN S
+ NH H
3
Estreptomicina
NH NH
OH
NH2
H2N HN NH
NH
HO O O
OH OH O OH
O
OH
O
OH
O OH O OH O OH O OH
H H H H
H H3C H2N
NH2 NH2 NH2 SH
H H
CH3 H3C
Thalidomide
O
*
N
N O
O
O
H
O
O O OH
NH O
OH O
H
HO O
O
O
O
0,02% na casca do tronco de teixos ocidentais (conífera) e também
nas folhas e caule de aveleiras (em menor percentagem)