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O que é e como funciona a dieta Low

FODMAPs - Nutritotal Público Geral

Cristiane Verotti
12 meses atrás

A síndrome do intestino irritável (SII)


(http://nutritotal.com.br/publico-geral/material/teste-
inflamacao-no-intestino/) é uma condição crônica com alta
prevalência em crianças e adultos em todo o mundo. Seus
sintomas foram identificados em 8% a 25% dos pequenos,
com base em grandes estudos com crianças em idade
escolar e comunitária, e em até 66% nos adultos.

A doença está ligada ao desconforto ou dor abdominal


associada à defecação por pelo menos dois meses antes do
diagnóstico. Fatores como angústia, ansiedade, depressão,
raiva e impulsividade em crianças influenciam essa
hipersensibilidade, mas alguns pacientes atribuem os
sintomas a determinados alimentos.
Entre as causas que podem influenciar nos sintomas da SII
ou a evolução da doença,  a alimentação foi uma dos mais
extensivamente estudadas, com aproximadamente 60% dos
pacientes diagnosticados alegando que certos alimentos
influenciam em seus sintomas.

Restrições alimentares

Certos alimentos podem gerar sintomas gastrointestinais,


como diarreia, inchaço abdominal, desconforto e flatulência, e
essa foi a razão pela qual os pacientes com SII foram
aconselhados a restringir sua ingestão. Na lista dos mais
comuns, pode-se citar o leite e outros produtos lácteos,
alguns legumes e leguminosas, vegetais crucíferos, algumas
frutas (maçãs, cerejas) e grãos (trigo, centeio).

Nesse sentido, os componentes mais incriminados são os


carboidratos de cadeia curta altamente fermentáveis, que são
absorvidos lentamente ou não digeridos no intestino delgado.
Estes foram nomeados em 2005 pelo grupo Monash como
oligossacarídeos fermentáveis, dissacarídeos,
monossacarídeos e polióis, ou abreviados pela sigla FODMAP
em um artigo sobre a ligação entre a dieta ocidental (rica em
FODMAPs) e o estilo de vida em pacientes com doença de
Crohn.

Portanto, a dieta Low FODMAPs traz a sigla das letras iniciais


dos carboidratos altamente fermentativos: oligossacarídeos
(trigo, centeio, diversas frutas, legumes e leguminosas),
dissacarídeos (lactose do leite e derivados),
monossacarídeos (frutose das frutas e mel) e polióis
(presente em algumas frutas e adoçantes).
“De difícil digestão e rápida fermentação, os alimentos
FODMAPs formam gases que distendem o abdômen. Além
disso, puxam água para o intestino, que fica ainda mais
inchado”

Processo de adaptação da dieta Low


FODMAPs

Desde 2005, vários estudos foram publicados sobre a eficácia


de uma dieta Low FODMAPs em comparação com uma dieta
tradicional na melhora dos sintomas de SII em adultos. Mas
ainda restam várias perguntas sobre esse tratamento
dietético, e, portanto, são necessários mais estudos
controlados e randomizados para estabelecer claramente a
dieta com baixo índice de FODMAP como o método de terapia
de primeira linha.

Por se tratar de uma dieta muito restritiva, é essencial o


acompanhamento de um nutricionista para evitar carências
nutricionais e avaliar necessidade de suplementação. As
fibras devem ser também avaliadas, e nesse sentido, verificar
a necessidade de simbióticos ou probióticos para também
evitar a disbiose, ou seja, o desequilíbrio da flora intestinal.

Podem ser retirados por até oito semanas os itens com maior
potencial fermentativo (leguminosas, cebola, alho, leites e
derivados, os ricos em glúten e maçã), mas não todos de uma
vez.

Mas, de uma maneira geral, a dieta Low FODMAPs envolve


três fases: uma dieta estrita e baixa em FODMAP nas
primeiras 2 a 6 semanas, seguida de uma fase de
reintrodução nas 6 a 8 semanas seguintes, depois a fase da
dieta individualizada, o que implica o consumo de alimentos
bem tolerados por períodos mais longos de tempo.
A dieta Low FODMAPs é eficaz no tratamento dos sintomas
abdominais na maioria das crianças e adultos diagnosticados
com SII. Ainda existem muitas lacunas a serem preenchidas
em relação à implementação da dieta na prática clínica, os
efeitos a longo prazo relacionados ao estado nutricional, uma
quantificação detalhada do FODMAP nos rótulos e listas
detalhadas de alimentos, juntamente com o impacto sobre o
estado nutricional na qualidade de vida e na saúde.

Fique de olho na lista de alimentos liberados


e restritos na dieta Low FODMAPs:

Alto teor de FODMAPs

Vegetais: cebola, alho, aspargo, alcachofra, ervilha, beterraba,


couve, aipo, milho, couve-flor

Frutas: maçã, pera, manga, melancia, pêssego, ameixa,


abacate

Leite e derivados: leite de vaca, iogurte, queijo fresco, ricota,


creme de leite, sorvete

Proteínas: feijão, grão-de-bico, soja

Pães e cereais: trigo ou centeio e massas

Industrializados:com xarope de milho, glicose, sacarose e


adoçantes como xilitol, manitol e sorbitol

Oleaginosas: castanha-de-caju, pistache

Baixo teor de FODMAPs

Vegetais: alface, abobrinha, berinjela, espinafre, cenoura,


pepino, ervas aromáticas

Frutas: tomate, banana, laranja, tangerina, uva, melão, kiwi,


morango, framboesa, maracujá, abacaxi
Leite e derivados: leite de vaca, iogurte e queijo, todos sem
lactose, queijos duros e leite de amêndoas

Proteínas: carne, peixe, frango, tofu

Pães e cereais: massas sem glúten, aveia, arroz, quinoa

Industrializados: biscoito sem glúten, bolacha de arroz

Oleaginosas: amêndoas e sementes de abóbora

Referências bibliográficas
Fodor I, Man SC, Dumitrascu DL. Low fermentable
oligosaccharides, disaccharides, monosaccharides, and
polyols diet in children
(https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31616683). World J
Clin Cases, 2019.

Brandt LJ, Chey WD, Foxx-Orenstein AE, Schiller LR,


Schoenfeld PS, Spiegel BM, Talley NJ, Quigley EM. An
evidence- based position statement on the management of
irritable bowel syndrome
(https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19521341). Am J
Gastroenterol 2009

Gibson PR. History of the low FODMAP diet.


(https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28244673) J
Gastroenterol Hepatol 2017

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