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Exame de Física e Química A, 11.º ano 2.

ª Fase 2017

GRUPO I

Considere dois conjuntos, A e B, ambos constituídos por um ciclista e pela respetiva bicicleta. Estes conjuntos
movem-se numa pista horizontal.
Admita que cada conjunto pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

1. O trabalho realizado pelo peso do conjunto A, num percurso nessa pista,


(A) é nulo, porque o peso do conjunto é perpendicular ao deslocamento efetuado.
5
(B) será diferente de zero se a energia cinética do conjunto variar.
(C) é nulo, porque o peso do conjunto é independente do deslocamento efetuado.
(D) será diferente de zero se a trajetória do conjunto for circular.

Pista horizontal.
Peso perpendicular ao deslocamento, a força gravítica não realiza trabalho, ou seja, não contribui
para variar a energia cinética.

2. Considere que vA representa o módulo da velocidade do conjunto A e que vB representa o módulo da


velocidade do conjunto B.
5
3
Se a massa do conjunto A for da massa do conjunto B, a energia cinética do conjunto A será igual à
4
energia cinética do conjunto B quando
4
(A) 𝑣A = 𝑣B
3
3
(B) 𝑣A = 𝑣B
4

4
(C) 𝑣A = √ 𝑣B
3

3
(D) 𝑣A = √ 𝑣B
4

conjunto massa velocidade energia cinética


3 1 3
A mB vA × 𝑚B × 𝑣A2
4 2 4
1
B mB vB × 𝑚B × 𝑣B2
2

Como a energia cinética de A e de B são iguais, vem:


1 3 1
× 𝑚B × 𝑣A2 = × 𝑚B × 𝑣B2
2 4 2
3
𝑣2 = 𝑣B2
4 A
4
𝑣A2 = 𝑣B2
3

4
𝑣A = √ 𝑣B2
3

4
𝑣A = √ 𝑣B
3

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Exame de Física e Química A, 11.º ano 2.ª Fase 2017

3. Admita que, num determinado intervalo de tempo, os conjuntos A e B se movem paralelamente um ao


outro, num troço retilíneo da pista horizontal.
Considere um referencial unidimensional, Ox, paralelo à trajetória dos conjuntos nesse troço.
Na Figura 1, encontram-se representados os esboços dos gráficos das componentes escalares da
velocidade, vx , dos conjuntos A e B, segundo o referencial Ox , em função do tempo, t, no intervalo de
tempo considerado.

Figura 1
3.1. De acordo com o gráfico, no intervalo de tempo [0, t2], os conjuntos A e B

5 (A) cruzam-se no instante t1.


(B) movem-se no mesmo sentido.
(C) percorrem distâncias diferentes.
(D) têm módulos da aceleração diferentes.

Do gráfico, não é possível conhecer a equação da posição x, uma vez que não há qualquer informação
sobre a posição inicial ou em qualquer outro instante.
O conjunto A está a mover-se para o lado positivo do eixo Ox e no instante inicial, quando se começou
a medir o tempo t, já tinha uma certa velocidade que também apontava para o lado positivo do eixo
Ox. A aceleração aponta para o mesmo lado da velocidade, uma vez que a componente da aceleração
é positiva em Ox.
O conjunto B está a mover-se para o lado positivo do eixo Ox e no instante inicial, quando se começou
a medir o tempo t, também já tinha uma certa velocidade (maior do que a do conjunto B) que
também apontava para o lado positivo do eixo Ox. A aceleração aponta para o lado oposto ao da
velocidade, uma vez que a componente da aceleração é negativa em Ox. A velocidade de B está a
diminuir.
Opção A, errada. Não há informação sobre a posição.
Opção B, correta. Ambos os ciclistas se movem para o lado positivo do eixo Ox.
Opção C, errada. Percorrem igual distância. Essa distância pode ser calculada pela “área” no gráfico
de A e de B.
Opção D, errada. Os declives no gráfico permitem calcular a componente escalar da aceleração, ax.
Esses declives são simétricos, logo têm o mesmo módulo.

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3.2. Conclua se a soma dos trabalhos realizados pelas forças não conservativas que atuam no conjunto A,
15 no intervalo de tempo [0, t2], é positiva ou negativa.
Apresente num texto a fundamentação da conclusão solicitada.

Nesse intervalo [0, t2] a velocidade aumenta.


Logo, aumenta a energia cinética, que é proporcional ao quadrado da velocidade.
A variação da energia cinética é, pois, positiva.
Pelo teorema da energia cinética ou lei do trabalho-energia, tem-se
ΔEc = trabalho da resultante das forças
Na situação descrita, em que o peso está equilibrado pela reação do solo, apenas há forças não
conservativas que não estão equilibradas. A soma dessas forças não conservativas é, pois, a
resultante de todas as forças.
Logo,
ΔEc = trabalho da soma das forças não conservativas
Como ΔEc > 0, conclui-se que o trabalho da soma das forças não conservativas também é positivo.

3.3. Nos esquemas seguintes, está representado o conjunto B, que se move da esquerda para a direita.
5 Em qual dos esquemas se encontram representados o vetor resultante das forças, 𝐹⃗ , que atuam nesse
conjunto e o vetor aceleração, 𝑎⃗, no intervalo de tempo [0, t2]?
(A) (B) (C) (D)

No conjunto B, a velocidade aponta para a direita.


A velocidade está a diminuir, logo a aceleração aponta para a esquerda. Opções A e C erradas.
A resultante das forças aponta para o mesmo lado da aceleração, de acordo com a lei fundamental do
movimento. Opção B errada.
Na opção correta, D, a aceleração e a resultante das forças apontam para o lado oposto à velocidade.

4. Considere que um dos conjuntos, de massa 80 kg e inicialmente com uma velocidade de módulo 6,0 m s1,
percorre, num outro troço retilíneo da pista, 100 m em 20 s, sob a ação de uma força de travagem
10 constante.
Determine a intensidade da resultante das forças que atuam no conjunto, no intervalo de tempo
considerado. Admita que essa resultante se mantém constante.
Apresente todas as etapas de resolução.

Percorre 100 m em 20 s, travando.


Considerando o ponto de partida como origem do referencial e apontando o eixo para o lado da
velocidade inicial, os modelos matemáticos que descrevem o movimento nesse referencial são:
1
x = 0 + 6,0 t + ax t2
2

vx = 6,0 + ax t
Ao fim de 20 s, a posição é x = 100 m. Logo
1
100 = 6,0 × 20 + ax × 202
2

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Donde,
1
100 = 120 + ax × 400
2
1
100 120 = ax × 400
2

20 = ax × 200
−20
= ax
200

ax =  0,10 (m/s)/s
A magnitude da aceleração é, pois, 0,10 m/s2
Como a massa é 80 kg, a resultante das forças é
m a = 80 kg × 0,10 m/s2
= 8,0 N

5. Um dos conjuntos descreve, num outro intervalo de tempo, um arco de circunferência, com velocidade de
módulo constante.
10
Conclua, com base na caracterização do vetor velocidade, relativamente à trajetória descrita, se a
aceleração do conjunto é, ou não, nula, no intervalo de tempo considerado.
Apresente num texto a fundamentação da conclusão solicitada.

Nas condições descritas, o movimento é horizontal, circular, com velocidade de módulo constante v,
tangente à trajetória.
A aceleração é centrípeta, radial, e de magnitude constante igual a v2/r onde r é o raio da trajetória.
Esta aceleração descreve a taxa de variação instantânea da velocidade (que é uma grandeza vetorial).
Como v e r não são nulos, a aceleração centrípeta não é nula.

GRUPO II

Considere amostras puras de gelo fragmentado, à pressão de 1 atm e à temperatura de fusão (0,0 °C).

1. Admita que uma dessas amostras de gelo se encontrava inicialmente a 10 °C.
Qual foi a variação de temperatura, expressa em kelvin, dessa amostra, até ficar à temperatura de fusão?
5
(A) 283 K
(B) 263 K
(C) 10 K
(D) 10 K

A variação de temperatura em kelvin é igual à variação de temperatura em graus Celsius.


Portanto, a temperatura do gelo aumentou 10 °C = 10 K , passando de 263 K para 273 K, uma vez que
273 K corresponde a 0,00 °C.

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2. Enquanto uma pequena amostra de gelo se funde, a sua energia interna


5 (A) mantém-se constante, porque a sua temperatura se mantém constante.
(B) aumenta, porque a sua temperatura aumenta.
(C) mantém-se constante, apesar de a sua temperatura aumentar.
(D) aumenta, apesar de a sua temperatura se manter constante.

Durante a fusão, há destruição de ligações intermoleculares (ou entre iões), mantendo-se constante a
temperatura.
A energia fornecida pelo exterior à amostra em fusão é utilizada para destruir essas ligações. A
energia interna aumenta (a amostra recebe energia do exterior…), apesar da temperatura não
aumentar (esta situação de temperatura constante apenas se verifica quando a fusão é lenta, não
tumultuosa).

3. Num recipiente, introduz-se uma amostra de 150 g de gelo, à temperatura de 0,0 °C, e uma amostra de
água, à temperatura de 20,0 °C.
3.1. Determine a massa mínima de água, a 20,0 °C, que será necessário adicionar à amostra de gelo para
10 que esta apenas se funda, ficando a mistura em equilíbrio térmico à temperatura de 0,0 °C. Admita que
não há trocas de energia entre a mistura obtida e a sua vizinhança.
A energia necessária à fusão de 1,0 kg de gelo é 3,34 × 105 J.
Apresente todas as etapas de resolução.

Massa da amostra de gelo:


150 g = 0,150 kg
Energia necessária para esta massa de gelo fundir:
3,34 × 105 J
0,150 kg × = 0,501 × 105 J
1,0 kg

Esta energia vai ser fornecida por uma amostra de água de massa m.
A temperatura dessa amostra vai passar de 20,0 °C para 0,0 °C. Portanto, essa temperatura
diminui 20 °C.
A capacidade térmica mássica da água líquida (o valor está no início do enunciado do exame) é
4,18 J 4,18 J 4,18 × 103 J
= 1 =
g × °C kg × °C kg × °C
1000

O calor Q envolvido nesse arrefecimento da água (igual ao calor envolvido na fusão do gelo) é
Q = m c Δθ
4,18 × 103 J
0,501 × 105 J = m × × 20 °C
kg × °C

Donde,
0,501 × 105 = m × 4,18 × 103 × 20
0,501×105
m=
4,18 × 103 × 20

= 0,599 kg
→ 0,60 kg = 6,0 × 101 kg

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3.2. Para que a amostra de água adicionada ao gelo ficasse à temperatura de 20,0 °C, forneceu-se-lhe
5 energia com uma fonte de 250 W, durante 1,5 minutos. Neste processo, a energia interna da água
aumentou 1,4 × 104 J.
Qual foi o rendimento do processo de aquecimento da água?
(A) 37 %
(B) 62 %
(C) 2,7 %
(D) 70 %

Fonte de 250 W, ou seja, fornece 250 joules por segundo.


Durante 1,5 min = 90 s, fornece a energia de:
250 J
× 90 s = 22500 J = 2,25 × 104 J
s

Como a energia interna apenas aumentou 1,4 × 104 J, o rendimento é


1,4 × 104 J
× 100 = 62 %
2,25 × 104 J

GRUPO III

Na Figura 2, encontra-se representado o gráfico do índice de refração, n, de um vidro SF10, em função do


comprimento de onda, λ, da radiação eletromagnética, no vazio.

Figura 2

1. Explique, com base no gráfico, como varia a velocidade de propagação da radiação eletromagnética no
vidro SF10, à medida que o comprimento de onda da radiação, no vazio, aumenta.
10 Apresente num texto a explicação solicitada.

Do gráfico, conclui-se que, para a gama de valores representados, à medida que aumenta o
comprimento de onda da radiação no vácuo, λ, o índice de refração n do vidro SF10 diminui.
Por definição, tem-se, para o índice de refração no vidro:
velocidade da luz no vácuo
𝑛=
velocidade da luz no vidro SF10

Para n diminuir, mantendo-se constante o numerador (velocidade da luz no vácuo) é necessário que
aumente o denominador.
Portanto, a velocidade da luz no vidro SF10 aumenta à medida que aumenta o comprimento de onda
da radiação no vácuo.

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2. A Figura 3 representa um feixe de radiação monocromática, de comprimento de onda 588 nm, no vazio,
que, propagando-se inicialmente no interior de um paralelepípedo de vidro SF10, incide numa das faces
desse paralelepípedo. Uma parte desse feixe é refletida nessa face, enquanto outra parte passa a
propagar-se no ar.

Figura 3
2.1. Qual é o ângulo entre o feixe refletido e a face do paralelepípedo na qual o feixe se refletiu?
5
Ângulo de incidência = 25°
Ângulo de reflexão = 25°
Ângulo entre o raio refletido e a superfície de separação vidro-ar:
90°  25° = 65°

2.2. Qual é o ângulo de incidência a partir do qual o feixe será totalmente refletido na face do
paralelepípedo?
5
(A) 35,4°
(B) 42,8°
(C) 46,7°
(D) 90,0°

Na situação descrita, transição de um feixe de luz do vidro para o ar, dá-se uma refração com
afastamento da normal no ponto de incidência.
Para que o feixe seja “totalmente refletido na face do paralelepípedo”, a refração tem de ocorrer a
90°. Assim, parte do feixe refletir-se-á e parte refratar-se-á segundo a superfície de separação. O
ângulo de refração será, pois, de 90° (ângulo limite para aquele par de meios óticos).
Se o comprimento de onda é 588 nm, o índice de refração do vidro é 1,728, de acordo com o gráfico.
De acordo com a lei da refração, vem (considerando que o índice de refração do ar é
aproximadamente igual ao do vazio):
n1 × sin α1 = n2 × sin α2
1,728 × sin α1 = 1,00 × sin 90°
1,728 × sin α1 = 1,00 × 1
1,00
sin α1 =
1,728

α1 = 35,359 ° → 35,4°

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GRUPO IV

A reação que ocorre na titulação de uma solução aquosa de ácido clorídrico com uma solução aquosa de
hidróxido de sódio pode ser traduzida por

H3O+ (aq) + OH(aq) → H2O (l)

Com o objetivo de obter a curva da titulação ácido-base, um grupo de alunos efetuou a titulação de uma amostra
de uma solução aquosa de ácido clorídrico, HCl (aq), com uma solução aquosa de hidróxido de sódio, NaOH (aq).
Na Figura 4, está representada uma montagem semelhante à que foi utilizada pelos alunos na referida titulação.

Figura 4
No início da titulação, o copo continha 50,0 cm3 de uma solução aquosa de HCl, de concentração 2,00 × 104 mol
por 1,00 cm3 de solução.
A concentração da solução aquosa de NaOH, utilizada como solução titulante, era 0,400 mol dm3.

1. O que se designa por curva de titulação?

5 Uma “curva de titulação” é um gráfico que representa o pH da solução resultante da titulação em


função do volume da solução titulante que está a ser adicionada (a partir da bureta).

2. Que volume de solução de NaOH deverá ter sido adicionado à solução de HCl até ao ponto de equivalência
da titulação?
5
(A) 25,0 cm3
(B) 20,0 cm3
(C) 0,500 cm3
(D) 2,00 cm3

Como a solução titulante (NaOH) tem o dobro da concentração da solução a titular (HCl), e a
estequiometria é de 1 mol para 1 mol, o volume da solução titulante (a solução que se adiciona a
partir da bureta) deve ser metade do volume da solução a titular (a solução que está no copo e que,
em regra, tem concentração desconhecida…), para que ambas as soluções tenham a mesma
quantidade no ponto de equivalência…
Ou seja, de modo pormenorizado, no início:
solução a titular, no copo

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50,0 mL = 0,050 L de HCl com a concentração


2,00 × 10−4 mol 2,00 × 10−4 mol mol mol mol
= 1 = 2,00 × 104 × 103 = 2,00 × 101 = 0,200
1,00 cm3 L L L L
1000

quantidade de HCl no copo


mol
0,0500 L × 0,200 = 5,00 × 102 × 2,00 × 101mol = 10,00 × 103 mol
L

Concentração da solução titulante:


solução na bureta
mol
NaOH, concentração 0,400
L

Estequiometria da reação:
HCl (aq) + NaOH (aq) ⇌ NaCl (aq) + H2O (l)
1 mol de HCl para 1 mol de NaOH
A quantidade de NaOH deve ser, pois, igual à quantidade de HCl quando se atinge o ponto de
equivalência:
10,00 × 103 mol de NaOH = 10,00 × 103 mol de HCl
mol
Para obter esta quantidade de NaOH, a partir da solução de concentração 0,400 , é necessário o
L
volume V:
0,400 mol 10,00 ×103 mol
=
1L 𝑉
10,00 ×104 mol
V= ×1L
0,400 mol

= 25,0 × 103 L
= 25,0 mL
= 25,0 cm3

3. No ponto de equivalência da titulação,


5 (A) existirá uma quantidade de iões H3O+ (aq) superior à de iões OH (aq).
(B) não existirá qualquer quantidade de iões H3O+ (aq) nem de iões OH (aq).
(C) existirão quantidades iguais de iões H3O+ (aq) e de iões OH (aq).
(D) existirá uma quantidade de iões OH (aq) superior à de iões H3O+ (aq).

No ponto de equivalência de uma titulação ácido forte – base forte, como é o caso, a quantidade de
H3O+ (aq) é igual à quantidade de OH (aq) e o pH é 7,0, se a temperatura for 25 °C,

4. Para obter a curva de titulação, é necessário continuar a adicionar a solução titulante depois de atingido o
ponto de equivalência da titulação.
15 Considere que, à solução inicial de HCl, foi adicionado um volume total de 40,0 cm3 de solução de NaOH,
admitindo-se, assim, que o volume total da solução resultante era 90,0 cm3.
Determine o pH, a 25 °C, da solução resultante.
Apresente todas as etapas de resolução.

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Reação de neutralização:

HCl (aq) + NaOH (aq) → NaCl (aq) + H2O (l)


H3O+ (aq) + OH(aq) → H2O (l)

Volume total da solução no final


90,0 cm3 = 90,0 mL
a partir de
mol
40,0 mL de NaOH com a concentração de 0,200
L
mol
e de 50,0 mL de HCl com a concentração de 0,400
L

Na solução inicial de HCl (aq), a quantidade de H3 O+ (aq) é (praticamente todo o HCl se ioniza):
solução a titular, no copo
50,0 mL = 0,050 L de HCl com a concentração
2,00 × 10−4 mol 2,00 × 10−4 mol mol mol mol
= 1 = 2,00 × 104 × 103 = 2,00 × 101 = 0,200
1,00 cm3 L L L L
1000

quantidade de HCl no copo, igual à quantidade de H3O+


mol
0,0500 L × 0,200 = 5,00 × 102 × 2,00 × 101 mol = 10,00 × 103 mol
L

No total, a quantidade de NaOH (aq) adicionada foi


solução na bureta
mol
NaOH, concentração 0,400
L

volume 40,0 cm3 = 40,0 mL = 0,0400 L


quantidade de NaOH (aq), igual à quantidade de OH (praticamente todo o NaOH se dissocia):
mol
0,0400 L × 0,400 = 4,00 × 102 × 4,00 × 101 mol = 16,00 × 103 mol
L

Destes 16,00 × 103 mol de OH,


10,00 × 103 mol neutralizam os 10,00 × 103 mol de H3O+
Portanto, a quantidade de OH (aq) em excesso na solução no copo é
16,00 × 103 mol  10,00 × 103 mol = 6,00 × 103 mol
A concentração de OH (aq) nesta solução é
6,00 × 103 mol 6,00 × 103 mol
= 1 = 6,67 × 102 mol/L
90,00 mL 90,00 × L
1000

Como a reação ocorreu a 25 °C, o produto iónico da água é 1,00 × 1014 (na Tabela de constantes do
enunciado).
Portanto, podemos calcular a concentração de H3O+ para podemos em seguida calcular o pH:
Kw = [H3 O+ ] × [OH − ]
1,00 × 1014 = [H3 O+ ] × 6,67 × 102
Donde:
1,00 × 1014
[H3 O+ ] =
6,67 × 102

= 1,499 × 1013 mol/L


O pH correspondente a esta concentração é
pH =  log(1,499 × 1013)
= 12,82

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GRUPO V

Considere que, num reator com a capacidade de 1,00 L, se misturaram 0,80 mol de um reagente A (g) com
1,30 mol de um outro reagente B (g), que reagiram entre si, formando-se os produtos C (g) e D (g). Esta reação
pode ser traduzida por
A (g) + 2 B (g) ⇌ C (g) + D (g)
Depois de atingido o equilíbrio, à temperatura T, verificou-se que existiam no reator 0,45 mol de C (g).

1. Determine a constante de equilíbrio, Kc , da reação considerada, à temperatura T.


10 Apresente todas as etapas de resolução.

Reação:
A (g) + 2 B (g) ⇌ C (g) + D (g)
Quantidades n no início e no fim da reação (equilíbrio), tendo em conta os dados da questão:
espécie início no equilíbrio variação
A 0,80 mol
B 1,30 mol
C 0 mol 0,45 mol
D 0 mol
Quantidades n no início e no fim da reação (equilíbrio), tendo em conta a estequiometria da reação:
espécie início no equilíbrio variação
A 0,80 mol 0,35 mol 0,45 mol
B 1,30 mol 0,40 mol 2 × 0,45 mol
C 0 mol 0,45 mol +0,45 mol
D 0 mol 0,45 mol +0,45 mol
Cálculo da constante de equilíbrio, tendo em conta a lei do equilíbrio químico, a estequiometria da
reação e o volume do reator:
[C]eq × [D]eq
Kc =
[A]eq × [B]2
eq

0,45 0,45
× 1,00
= 1,00
0,35 0,40 2
× ( )
1,00 1,00

= 3,6

2. Determine o rendimento da reação, nas condições consideradas.


Apresente todas as etapas de resolução.
10
Reação:
A (g) + 2 B (g) ⇌ C (g) + D (g)
Quantidades n no início e no fim da reação (equilíbrio), tendo em conta os dados da questão:
espécie início no equilíbrio variação
A 0,80 mol 0,35 mol 0,45 mol
B 1,30 mol 0,40 mol 2 × 0,45 mol
C 0 mol 0,45 mol +0,45 mol
D 0 mol 0,45 mol +0,45 mol

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Como a proporção nos reagentes é de 1 mol de A para 2 mol de B, com 1,30 mol de B poderiam ter
reagido 0,65 mol de A, se a reação fosse completa. Note-se que B é o reagente limitante.
Como apenas reagiram 0,45 mol de A, o rendimento da reação é
0,45 mol
× 100 = 69 %
0.65 mol

GRUPO VI

1. Considere uma mistura gasosa constituída por 76,5 % (m/m) de nitrogénio, N2 (g), e por 23,5 % (m/m) de
oxigénio, O2 (g).
Na Figura 5, está representado um gráfico do volume, V, ocupado por um gás ideal (como é o caso da
mistura gasosa considerada) em função da quantidade, n, de gás, a 20 °C e 1 atm.

Figura 5
1.1. Qual é o significado físico do declive da reta representada?
5
A reta passa pela origem.
𝑉
O modelo matemático correspondente é = constante, ou seja,
𝑛

V = constante × n
Esta constante, o declive do gráfico, vale
168 L
= 24,0 L/mol
7,0 mol

Este valor é o volume molar do gás ideal (quociente entre o volume do gás e a quantidade de matéria
do gás), à temperatura de 20 °C e 1 à pressão de atm.

1.2. Calcule a massa volúmica da mistura gasosa, a 20 °C e 1 atm.


10 Apresente todas as etapas de resolução.

Consideremos, por exemplo, um certo volume dessa mistura gasosa com a massa de 1,00 kg.
Componentes dessa mistura gasosa:
componente percentagem em massa massa
N2 76,5 % 0,765 kg
O2 23,5 % 0,235 kg

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Exame de Física e Química A, 11.º ano 2.ª Fase 2017

Tendo em conta a massa molar dos componentes dessa mistura, pode calcular-se a quantidade em
moles de cada componente:
componente percentagem em massa massa massa molar quantidade n
1 mol
N2 76,5 % 765 g 28,02 g/mol 765 g × = 27,30 mol
28,02 g
1 mol
O2 23,5 % 235 g 32,00 g/mol 235 g × = 7,34 mol
32,00 g

Portanto, a quantidade total correspondente à massa de 1,00 kg da mistura gasosa é


27,30 mol + 7,34 mol = 34,64 mol
O volume correspondente a esta quantidade (tendo em conta o volume molar obtido do gráfico) é
24,0 L
× 34,64 mol = 831,36 L
mol

Como se considerou uma mistura gasosa de massa 1,00 kg, a massa volúmica ou densidade dessa
mistura é
1,00 kg 1,00 kg
= = 1,20 × 103 kg/dm3
831,36 L 831,36 dm3

2. Uma amostra pura de 100 g de N2 (g) conterá, no total, cerca de


(A) 2,15 × 1024 átomos
5
(B) 3,37 × 1023 átomos
(C) 4,30 × 1024 átomos
(D) 1,69 × 1023 átomos

A massa molar de N2 é 28,02 g/mol.


A quantidade de matéria em 100 g de N2 é:
1 mol
100 g × = 3,57 mol
28,02 g

O número de moléculas correspondente é, pois


6,022 × 1023 moléculas
3,57 mol × = 21,5 × 1023 moléculas
mol

Como em cada molécula de N2 há dois átomos, o número de átomos é


2 × 21,5 × 1023 átomos = 43,0 × 1023 átomos = 4,30 × 1024 átomos

3. O nitrogénio, N2 (g), e o oxigénio, O2 (g), reagem entre si a temperaturas elevadas, formando-se óxido de
nitrogénio, NO (g), uma substância poluente.
5 A reação de formação do NO (g) pode ser traduzida por
N2 (g) + O2 (g) ⇌ 2 NO (g)
Nesta reação, o agente redutor é o
(A) N2 (g), sendo a variação do número de oxidação do átomo de nitrogénio +2.
(B) N2 (g), sendo a variação do número de oxidação do átomo de nitrogénio 2.
(C) O2 (g), sendo a variação do número de oxidação do átomo de oxigénio +2.
(D) O2 (g), sendo a variação do número de oxidação do átomo de oxigénio 2.

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Número de oxidação:
N2 (g) + O2 (g) ⇌ 2 NO (g)
0 0 2 para o oxigénio (é o seu valor mais comum)
+2 para o nitrogénio
O oxigénio oxida o nitrogénio. O oxigénio reduz-se. O número de oxidação diminui de 0 para 2.
O nitrogénio reduz o oxigénio. O nitrogénio oxida-se. O número de oxidação aumenta de 0 para +2.

GRUPO VII

1. Na representação da molécula de N2 na notação de Lewis, quantos eletrões, no total, devem estar


5 representados?

10 eletrões.

Número atómico do nitrogénio, 7


Configuração eletrónica, (1s)2 (2s)2 (2p)3
Ligações na molécula, ligação tripla:

Cada átomo, tem 1 par de eletrões não ligantes e 3 eletrões ligantes.


Portanto, cada átomo tem 1 × 2 + 3 = 5 eletrões.
Dois átomos, 2 × 5 eletrões = 10 eletrões.

2. A energia, transferida como calor, necessária para dissociar 1 mol de moléculas de N 2 (g), a pressão
constante, é 945 kJ.
5 A variação de entalpia associada à obtenção de 4 mol de átomos de nitrogénio, em fase gasosa, a partir de
2 mol de N2 (g) é
(A) + (4 × 945) kJ
(B)  (4 × 945) kJ
(C) + (2 × 945) kJ
(D)  (2 × 945) kJ

Reação:

N2 (g) → 2 N (g) ΔH = +945 kJ/mol

Este valor +945 kJ/mol refere-se à estequiometria nesta equação.


Portanto, para obter 4 moles de átomos de N (g), a partir de 2 moles de N 2 (g), é necessária a energia
de:
+ (2 × 945) kJ

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3. Os eletrões de valência do átomo de nitrogénio, no estado fundamental, encontram-se distribuídos por


5 (A) duas orbitais, uma das quais apresenta menor energia do que a outra.
(B) quatro orbitais, uma das quais apresenta menor energia do que as outras.
(C) quatro orbitais, apresentando todas a mesma energia.
(D) duas orbitais, apresentando ambas a mesma energia.

Número atómico do nitrogénio, 7


Configuração eletrónica, (1s)2 (2s)2 (2p)3

eletrões de valência (2s)2 (2p)3


1 orbital 2s e 3 orbitais 2p
4 orbitais, tendo a 2s menor energia que qualquer das orbitais 2p (que são orbitais
degeneradas, i.e., têm todas a mesma energia)

4. Um dos dois isótopos naturais do nitrogénio tem número de massa 15.


5 Quantos neutrões existem, no total, no núcleo de um átomo desse isótopo?
(A) 7 neutrões
(B) 8 neutrões
(C) 14 neutrões
(D) 15 neutrões

Número atómico do nitrogénio, 7


os átomos deste elemento têm 7 protões no núcleo
Número de massa do isótopo, 15
os átomos deste isótopo têm 15  7 = 8 neutrões no núcleo

5. Qual é o elemento do 2.º período da tabela periódica cujos átomos, no estado fundamental, apresentam
5 menor raio atómico?

É de esperar que seja o último elemento do período, o néon.

Ao longo de um período aumenta o número de eletrões mas o raio atómico tende a diminuir ao longo
de um mesmo período, porque:
— os eletrões de valência dos vários elementos estão no mesmo nível;
— aumenta a carga nuclear ao longo do período;
— aumenta a força de atração sobre os eletrões e diminui o tamanho da nuvem eletrónica.

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