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O som, fisicamente, é uma onda (ou conjunto de ondas) que se propaga no ar com uma
certa freqüência, sendo que se essas ondas estiverem com a freqüência na faixa de 20 a
20.000 Hz, o ouvido humano será capaz de vibrar à mesma proporção, captando essa
informação e produzindo sensações neurais, às quais o ser humano dá o nome de som.
As ondas com freqüência bem baixa (entre 20 e 100 Hz por exemplo, soam em nossos
ouvidos de forma grave, e sons com freqüência elevada - por exemplo acima de 400 Hz,
soam de forma aguda).
Ut queant laxis,
Resonare fibris,
Mira gestorum,
Famuli tuorum,
Solve polluti,
Labii reatum.
Tradução: "Para que os teus servos possam cantar as maravilhas dos teus actos
admiráveis, absolve as faltas dos seus lábios impuros".
Mais tarde ut foi substituído por do, sugestão feita por Giovanni Battista Doni, um
músico italiano que achava a sílaba incômoda para o solfejo, e foi adicionada a sílaba si,
como abreviação de Sante Iohannes ("São João"). A sílaba sol chegou a ser mais tarde
encurtada para so, para uniformizar todas as sílabas de modo a terminarem todas por
uma vogal, mas a mudança logo foi revertida.
As sílabas ut, ré, mi, fa, sol e la, chamadas vozes, não correspondiam a alturas absolutas
na escala, mas apenas a graus num hexacorde. A altura das notas era designada por
letras de A a G. A partir de um trecho escrito num modo eclesiástico qualquer, podia-se
transpô-lo de uma quarta, quinta ou oitava sem modificar nenhuma das vozes sobre as
quais o trecho seria cantado. Uma sequência ré-mi-fa transposta de uma quarta
continuava a ser considerada ré-mi-fa, na solmização, e não sol-lá-si bemol como no
sistema actual, embora fosse designada por G-A-Bb em vez de D-E-F. Mais tarde, nos
países latinos, adoptou-se a designação "dó ré mi fá sol lá si" para representar "C D E F
G A B".