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Ditos difíceis de Jesus (3º parte) Jesus

Por: Rev. Augustus Nicodemus Lopes

“Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus
anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste” (Mateus 18:10).

Em certa ocasião, desejando dar aos discípulos uma lição sobre humildade (Mt 18.1), o
Senhor Jesus chamou uma criança para perto de si (v. 2) e ensinou aos discípulos a
necessidade de alguém se tornar como uma delas para entrar no Reino (v. 3-4). Receber
uma criança no nome do Senhor significa receber ao próprio Senhor (v. 5). Em seguida,
o Senhor falou do castigo dos que colocam tropeços diante dos “pequeninos” que crêem
nEle (v. 6-9) e advertiu os discípulos a que não os desprezassem, diante do cuidado
vigilante de Deus por eles, através dos anjos (v. 10).

Este dito é difícil porque sugere a existência de “ anjos da guarda” de crianças, que
estariam constantemente na presença de Deus, velando e cuidando das crianças. O
conceito de que cada crente tem um anjo da guarda enviado por Deus sempre foi
popular entre os cristãos, e tem se tornado ainda mais popular com a crescente onda de
fascínio pelos anjos que tem invadido as igrejas evangélicas, acompanhando o aumento
do misticismo e do ocultismo no mundo.

Há várias interpretações para este dito difícil de Jesus.

1. Os anjos no céu são as almas das crianças quando morrem.

De acordo com este entendimento, Jesus ensinou que as almas das crianças (os “anjos”
delas) vão para o céu após a morte das crianças, e ficam continuamente na presença de
Deus. De acordo com esta interpretação, Jesus mandou que os discípulos não
desprezassem as crianças pois elas, quando morrem, vão, na forma de anjos, morar na
presença de Deus. Alegam que Jesus se referiu aos “seus anjos no céu”, indicando que
se refere ao que acontece após a morte. A dificuldade óbvia com esta interpretação é
que identifica alma com anjo, uma associação impossível à luz do Novo Testamento. A
alma faz parte da personalidade humana, enquanto que um anjo é um ser distinto do
homem. As pessoas não se transformam em anjos quando morrem, conforme a crendice
popular, mas suas almas comparecem, como almas, à presença de Deus.

2. Cada criança tem um anjo da guarda

Outra interpretação entende que a expressão “seus anjos” se refere a anjos destacados
por Deus para guardar cada criança, e que neste labor, eles ficam subindo
constantemente ao céu, na presença de Deus, para dar relatórios de suas atividades e
interceder em favor das crianças. Esta doutrina é defendida pela Igreja Católica, que diz
que no batismo cada criança recebe seu anjo da guarda, que é enviado por Deus para
proteger e aconselhar esta criança toda a sua vida. Esse anjo é também chamado, na
teologia católica, de anjo custódio.

Há várias passagens bíblicas usadas para defender esta interpretação. “O anjo do


SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Salmo 34:7) é uma das mais
conhecidas. Também Gênesis 48.16, onde Jacó se refere a um anjo que o teria livrado
de todo o mal (na verdade, refere-se ao anjo do Senhor). Menciona-se também o anjo
que veio em socorro de Daniel (Dn 6.22). Estas e outras passagens entretanto não
provam o ponto, apenas mostram que Deus envia anjos para proteger e salvar seus
servos em determinados momentos. A idéia de “ anjo da guarda” para cada criança é
bastante estranha à luz da doutrina bíblica, muito embora esteja claro que uma das
funções dos anjos é proteger os filhos de Deus. Nenhuma das passagens geralmente
usadas para provar a existência de “anjo da guarda” realmente prova coisa alguma. Ao
final, existe muita influência da crendice e da superstição popular sobre o assunto.

3. Os “pequeninos” são os crentes em Jesus Cristo

A outra interpretação defende que a chave para entendermos este dito difícil de Jesus é a
palavra “pequeninos”. A quem Jesus se refere? O termo pode ser tomado literalmente
como se referindo às crianças, como as duas interpretações acima o fazem, ou
figuradamente, como se referindo aos discípulos de Jesus. Esta última possibilidade
resolve o problema e tem apoio bíblico. Primeiro, Jesus usa regularmente o termo
“pequeninos” para se referir aos discípulos, cf Mt 10.42; 18.6; Mc 9.42; Lc 17.2. Note
que nos versos 1-5 Ele se referiu claramente às “crianças”, e nos versos 6-10 Ele
menciona os “pequeninos”. Segundo, os discípulos são comparados com crianças, no
que diz respeito à confiança em Deus. Terceiro, a passagem se encaixa no ensino geral
do Novo Testamento sobre o ministério dos anjos em favor dos filhos de Deus, como
Hebreus 1.14. Portanto, a melhor explicação para esta passagem é que Jesus está
ensinando que Deus envia seus anjos para assistir aos “pequeninos”, que são os seus
discípulos, os filhos de Deus pela fé, comparados a crianças, e que, portanto, nós não
devemos desprezar estes “pequeninos”. Esse ministério angélico para com os
“pequeninos” faz parte do cuidado geral que os anjos desempenham, pelo povo de Deus
(cf. Sl 91.11; Hb 1.14; Lc 16.22).
A passagem não está ensinando que cada crente ou criança tem seu próprio “anjo da
guarda”, como era crido popularmente entre os judeus na época da igreja primitiva.
Fazia parte desta crença que o “anjo guardião” poderia tomar a forma do seu protegido
(cf. At 12.15). Ela simplesmente expressa o cuidado geral de Deus por seu povo através
dos anjos.

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