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Universidade de São Paulo

Instituto de Fı́sica de São Carlos


Laboratório de Ensino de Fı́sica

Prática V:

CALORIMETRIA

Levy Bruno do Nascimento Batista - 11212550

Gildo Gutemberg Alves Oliveira - 11832732

São Carlos

2020

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1 Resumo

A calorimetria é um ramo de grande importância no estudo de fı́sica que possui diversos exemplos comuns
no nosso cotidiano. Na prática em questão será tratada uma das bases da teoria, a chamada Lei Zero da
Termodinâmica, de forma que serão propostas três situações nas quais será possı́vel extrair parâmetros e
constantes a partir das trocas de calor em um sistema tomado como adiabático. Na primeira, objetiva-se
encontrar a capacidade térmica do calorı́metro onde os outros dois experimentos irão ocorrer; no experimento
seguinte, o propósito será encontrar o calor especı́fico de um sólido metálico, conhecendo as massas envolvidas
e suas temperaturas inicial e final, além da agora conhecida capacidade térmica do calorı́metro. Por fim,
deverá ser calculado o calor latente de condensação da água com o auxı́lio de um aparato acoplado ao
calorı́metro a fim de conduzir o vapor ao sistema.

2 Introdução

No estudo da Termodinâmica, é definido que sistemas nos quais não ocorre troca de calor entre o sistema
e sua vizinhança são ditos como adiabáticos. Dessa forma, considerando o calorı́metro utilizado como
idealmente adiabático, tem-se:

Σsist Q = 0 (1)

OU seja, com a equação (1), encontra-se todas as expressões necessárias para calcular os valores desejados.
No primeiro experimento, considerando que uma massa de água m1 com temperatura T1 está em equilı́brio,
inicialmente, com um calorı́metro de capacidade térmica C entra em contato com uma massa de água m2 e
tempertura T2 , de forma que a nova temperatura de equilı́brio seja Tf , tem-se:

m1 ca (Tf − T1 ) + C(Tf − T1 ) + m2 ca (Tf − T2 ) = 0

E ca é a calor especı́fico da água no estado lı́quido. Daı́:

T2 − Tf
C = m2 ca − m1 ca (2)
Tf − T1
Por outro lado, na segunda parte da prática, ao invés de adicionar água, adiciona-se um corpo metálico,
cujo calor especı́fico cm deseja-se determinar, no calorı́metro que já contém água, de maneira que:

m1 ca (Tf − T1 ) + C(Tf − T1 ) + m2 cm (Tf − T2 ) = 0

Logo, tem-se:

(m1 ca + C)(Tf − T1 )
cm = (3)
m2 (T2 − Tf )

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Quanto ao último experimento, considera-se que o vapor entra no calorı́metro já na temperatura de
condensação e que ele é convertido totalmente ao estado lı́quido. Portanto, (1) pode ser escrita nesse caso
como:
m1 ca (Tf − T1 ) + m2 Lc + C(Tf − T1 ) + m2 ca (Tf − Tc ) = 0

Isto é, o calor latente de condesação Lc é:

(m1 ca + C)(T1 − Tf )
Lc = + ca (Tc − Tf ) (4)
m2
Note que Lc é negativo, uma vez que a condensação é um fenômeno exotérmico.

3 Materiais e Métodos

Em todas as partes da prática foi utilizado um calorı́metro cuja composição se resume a um copo de
alumı́nio que é colocado no interior de um recipiente com isolamento térmico. O sistema possui ainda um
termômetro, cuja precisão é 0,1 ◦ C, que mede a temperatura do conteúdo no copo.

Figura 1: Esquema do calorı́metro.

Além disso, são utilizados béqueres para transferir a água para o calorı́metro, uma balança para medir
as massas envolvidas, cuja precisão é 0,01 g, e um cilindro metálico o qual deseja-se determinar seu calor
especı́fico. Por fim, para a determinação do calor latente de condensação da água, utilizou-se, além do já
citado calorı́metro, uma garrafa, um aquecedor elétrico e uma armadilha de lı́quido.

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Figura 2: Esquema do experimento de determinação do calor latente de condensação da água.

Quanto à metodologia, na primeira parte serão colocadas duas massas de água com temperatura inicial
conhecida e será medida a temperatura de equilı́brio térmico do sistema. Como o calorı́metro está, inicial-
mente, em equilı́brio com a massa de temperatura mais baixa, é possı́vel encontrar sua capacidade térmica
com os dados obtidos; já na segunda parte, ao invés de utilizar uma massa de água com temperatura mais
alta, usa-se um cilindro metálico de maneira a estabelecer um novo equilı́brio térmico no calorı́metro e, de
posse dos valores obtidos, calcula-se seu calor especı́fico; por último, utiliza-se uma garrafa que contém água
aquecida por meio de um aquecedor elétrico. A garrafa, por sua vez, está ligada ao calorı́metro graças a uma
armadilha de lı́quido. O vapor se condensa ao entrar em contato com o calorı́metro e, conhecendo a massa
correspondente a isso, obtem-se o valor de Lc .

4 Resultados e Discussões

4.1 Determinação da capacidade térmica do calorı́metro

A obtenção do valor da capacidade térmica do calorı́metro é imediata após a obtenção dos dados e a
substituição deles na Equação (2).

C = (18 ± 3)cal/◦ C (5)

Por fim, como esperado, a capacidade do sistema todo é superior ao do copo de alumı́nio.

Ccopo = (11,297 ± 0,002)cal/◦ C (6)

O resultado era esperado pois como há mais matéria para aquecer no sistema além do copo, enetende-se
que há uma necessidade maior de energia para uma mesma variação de temperatura.

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4.2 Determinação do calor especı́fico de um metal

Semelhantemente a primeira situação, após a obtenção dos dados e substituição dos mesmos na Equação
(3) é encontrado o valor do calor especı́fico do metal.

Cm = (0,089 ± 0,003)cal/g ·◦ C (7)

Em seguida, pode-se concluir ao comparar o valor obtido com uma tabela de calores especı́ficos de
metal que a conposição do material é formada pelo cobre, que nas tabelas apresenta o valor absoluto de
0,093cal/g ·◦ C. A diferença percentual entre os valores é de apenas 4%.

4.3 Determinação do calor latente de condensação da água

Neste último procedimento, basta aplicar os dados obtidos na Equação(4) parar encontrar o valor do
calor latente de condensação da água.

Lc = (−570 ± 10)cal/g (8)

Na análise do valor encontrado, nota-se que há uma diferença de 5% em relação ao valor tabelado que é
540Cal/g. Este valor, deve-se, possivelmente, a imprecisões nos intrumentos e medições.
Por fim, vale destacar o sinal negativo, que inicialmente parece estranho. O sinal significa que a água
que está condensando perde calor para realizar este processo.

5 Conclusão

Em relação ao primeiro experimento, o resultado mostra um valor elevado no Calor especı́fico do ca-
lorı́metro, 18 vezes maior que o da água,este que é conhecido por ser um valor elevado. Além dessa com-
paração, outra pertinente é em relação ao copo que compõe o sistema, ao analisar amboes os valores, nota-se
que o do sistema completo apresentar um valor numérico superior.
No segundo, as contas mostram que o metal utilizado tem um calor especı́fico divergindo apenas 4% do
valor do cobre, evidenciando que provavelmente é este o metal.
Por fim, no último, encontra-se o valor do calor latente da água de condensação, este diverge em 5%
do valor tabelado, provavelme devido a erros na obtenção dos dados utilizados. Vale ressaltar que o sinal
negativo no valo se deve ao fato que para condensar a água deve perder energia para o meio.

6 Referências

[1] Nussenzveig, Herch Moysés. Curso de Fı́sica Básica: fluidos, oscilações e ondas, calor. Vol. 2. Editora
Blucher, 2018.

5
[2] Schneider, José F.; et al. Laboratório de Fı́sica II: livro de práticas. IFSC, 2018.

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