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PROJETO GURI
Projeto Político-Pedagógico
Agradecimentos
ÍNDICE
1 ASPECTOS GERAIS............................................................................. 5
1.1 Introdução: a Instituição e sua Concepção de Projeto Político-Pedagógico .. 5
1.2 Breve Histórico do Projeto Guri e da AAPG ........................................ 5
3 PRINCÍPIOS NORTEADORES.................................................................. 7
3.1 A educação musical e o ensino coletivo da música ............................... 8
3.2 A Educação para a Paz e o ensino coletivo de música........................... 10
3.3 Os 4 pilares da Educação e o ensino coletivo de música ........................ 10
3.4 Inclusão da Pessoa com Deficiência – Projeto Guri Inclusivo ................... 11
3.5 Desenvolvimento Sustentável - Projeto Guri Consciente ....................... 12
5 DESENVOLVIMENTO SOCIAL................................................................21
5.1 A AAPG e a garantia de direitos..................................................... 21
5.2 Contribuições com as Metas do Milênio (ONU).................................... 22
5.3 Ações da Diretoria de Desenvolvimento Social ................................... 23
1 ASPECTOS GERAIS
A Associação Amigos do Projeto Guri (AAPG) é uma Organização Social de Cultura sem
fins lucrativos, que atua desde 2004 na gestão do Projeto Guri, por meio de uma aliança
estratégica com a Secretaria de Estado da Cultura.
A missão da AAPG foi reformulada no ano de 2009, e consiste atualmente em promover,
com excelência, a educação musical e a prática coletiva de música, tendo em vista o
desenvolvimento humano de gerações em formação.
Para continuar na busca do pleno alcance deste objetivo, tornou-se necessário, já em
2008, reestruturar seu Projeto Político-Pedagógico, o qual consistia anteriormente em
vários documentos pedagógicos e sociais, sem uma proposta unificada de princípios e
ações.
Uma das bases teóricas para esta reestruturação encontra-se em Veiga (2003), que
caracteriza duas concepções do Projeto Político-Pedagógico de uma instituição: a
inovação regulatória ou técnica e a inovação emancipatória ou edificante. Se a AAPG
adotasse apenas a concepção de inovação regulatória ou técnica, faria uma mera
“rearticulação do sistema”, apenas incluindo elementos programáticos novos em um
projeto antigo e perpetuaria o que já está consolidado, sem refletir sobre as dimensões
política e sociocultural que precisam ser incluídas em um projeto atualizado e de
acordo com as principais tendências nas áreas fins.
Mas a AAPG optou por realizar um Projeto Político-Pedagógico na concepção de
inovação emancipatória ou edificante, como resultado de uma reflexão sobre a sua
realidade interna em um contexto social mais abrangente, sem separar processo de
construção com o produto, com profundas orientações éticas nos processos formativos e
decisórios. Neste sentido, suas principais características são: (1) a busca de uma
proposta para uma maior e mais constante democratização e legitimização do projeto
político-pedagógico, por meio de reflexão constante sobre as suas concepções e
conseqüentes ações, (2) maior comprometimento com a inclusão sociocultural que
contempla a diversidade de alunos em termos de procedência, necessidades e
expectativas; (3) produção coletiva e integrada do projeto, envolvendo as diferentes
áreas da AAPG; (4) busca de autonomia sociopolítica e identidade organizacional própria
na elaboração e implementação do novo projeto político-pedagógico, com definição de
critérios claros para todas as etapas de trabalho no contexto socioeducacional; (5)
atribuição de “unicidade e coerência ao processo educativo” envolvendo aspectos
técnico-metodológicos e o contexto sociocultural (baseado em Veiga, 2003).
Missão
Promover, com excelência, a educação musical e a prática coletiva de música, tendo
em vista o desenvolvimento humano de gerações em formação.
Visão
Ser organização referência na concepção, implantação e gestão de políticas públicas de
cultura e educação na área da música.
Valores
Excelência;
Criatividade;
Responsabilidade;
Diversidade;
Equidade;
Cooperação
Objetivos Gerais
Fortalecer a formação das crianças, adolescentes e jovens como sujeitos
integrados positivamente em sociedade.
Difundir a cultura musical em sua diversidade.
Objetivos Específicos
Potencializar as crianças, adolescentes e jovens em suas dimensões estética,
afetiva, cognitiva, motora e social.
Garantir às crianças, adolescentes e jovens vivências enriquecedoras de
sociabilidade.
Fortalecer as crianças, adolescentes e jovens no reconhecimento de seus
recursos que possam ser acionados em projetos de futuro.
Proporcionar o acesso a diferentes vivências culturais.
Valorizar as expressões de cultura local.
Estimular criações e apresentações de grupos musicais.
Beneficiários
Crianças, adolescentes e jovens, priorizando a população em situação de
vulnerabilidade econômica e social;
Estratégias
Sistematizar e difundir metodologia de educação musical para o
desenvolvimento humano.
Promover a educação musical básica.
Apoiar talentos no desenvolvimento de carreiras na área de música.
Promover a garantia dos direitos da infância e adolescência.
Garantir a diversidade de expressões no repertório educativo musical.
Garantir a integração dos programas com as expressões da cultural local.
Incentivar a prática coletiva de musica.
Fomentar eventos musicais.
Apoiar a produção musical.
Estabelecer parcerias com outras iniciativas públicas e privadas que promovam a
formação e a difusão culturais.
Projeto Político-Pedagógico 8
3 PRINCÍPIOS NORTEADORES
A AAPG adota o seguinte conceito de arte: “arte é mais do que a produção de objetos
belos ou mesmo expressivos (...) para outros contemplarem e admirarem, mas é
essencialmente um processo, pelo qual nós exploramos os nossos ambientes internos e
externos e aprendemos a viver neles” e, de fato, “alcança áreas de atividade que a
ciência não adentra” (Small, 1996, p.03-04). A arte “é conhecimento como experiência,
a estruturação e ordenação de sentimento e percepção” (ibid). Nesta concepção, a
música é uma atividade que favorece o desenvolvimento intelectual, a atenção, a
sensibilidade estética, além de aumentar o repertório cultural do indivíduo. A AAPG
cria, neste sentido, um espaço de aprendizagem mais amplo, onde se verifica a
exploração do instrumento e/ou da voz, a troca de experiências, a observação mútua
entre os alunos e o apoio concedido aos colegas com maiores dificuldades.
Mas, de modo geral, a música e a educação musical enfrentam diversos problemas nas
sociedades modernas atuais. Caracterizadas pela velocidade, superficialidade e
quantidade de informações disponíveis, o ensino de música encontra dificuldades em se
adequar a essa realidade. De fato, em conformidade com a realidade de outros períodos
e países, o ensino de música nos moldes tradicionais é lento, árduo e dissociado da
realidade contemporânea. Freire (1992) define o termo “modelo conservatório” para
esse modelo de ensino tradicional de música. Para essa autora, a ênfase desses cursos
está nos conceitos teóricos da música e na técnica virtuosística, focando geralmente a
música europeia erudita. Esse modelo desprezaria a música popular e o ensino informal,
além de não levar em consideração a experiência anterior do aluno, seu contato com a
música do cotidiano ou suas pretensões particulares, mas apenas o conhecimento e as
exigências do professor.
Sendo assim, a AAPG tem por premissa oferecer um ensino musical de qualidade,
conectado com a realidade social e cultural dos alunos, utilizando-se de ferramentas e
teorias artístico-pedagógicas modernas e com vistas a promover a inclusão sociocultural
e dar subsídios para a continuação dos estudos em música, se o aluno assim desejar.
Para atingir esses objetivos, os alunos desenvolverão atividades de envolvimento direto
com música em sala de aula.
Considerando os princípios expostos, o processo de ensino coletivo busca fomentar a
cooperação e não apenas a colaboração. Em educação, o conceito de Colaboração não é
tão abrangente - os alunos estão sentados juntos, mas não estão estudando juntos de
fato; mesmo na alternância da execução em um grupo instrumental, não há um
incentivo permanente para ouvir o próximo, para respeitar sua interpretação e assim
tocar com menor intensidade, por exemplo. Já a Cooperação supõe trabalho conjunto, a
coordenação das realizações dos alunos com discussão, troca de ideias, etc. Ela fomenta
e incentiva o desenvolvimento cognitivo e social e, musicalmente falando, ocorre
quando os alunos são incentivados a realmente ouvirem uns aos outros, a
compartilharem suas experiências musicais por meio de atividades de execução,
composição (improvisação ou arranjo) e apreciação. Neste sentido, os alunos podem
perceber a alteração na produção sonora quando um participante da equipe é excluído
ou está em desacordo com o resto da turma, causando desarmonia. Deste momento em
diante, evidencia-se a percepção da importância una no processo global do
aprendizado. Cabe ao educador musical que saliente o valor de cada membro, ou de
cada naipe, para que se consiga atingir determinados fins. Enfatiza-se o diálogo
contínuo entre os integrantes, além de permitir a mediação entre diferentes estilos e
personalidades. O ato educativo torna-se um processo criativo onde alunos são
protagonistas de suas próprias transformações.
Também o educador musical inglês Keith Swanwick (2003) aponta três princípios
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1
Small (1996) critica a ideia do “compositor como herói, um homem que vivenciou uma experiência em
uma área de realidade psíquica”, e de que música seria uma “expressão ou comunicação de uma
experiência ou personalidade de um indivíduo”. Nesta visão, o compositor é dissociado do intérprete e do
ouvinte, que não tem participação ativa no processo (p.29). Em muitas culturas, o registro de uma invenção
ocorre após o “ato criativo”, ou seja, depois da execução/apreciação, para “ajudar os músicos a lembrarem
o que eles fizeram” (p.29-30). Por isso, em muitas culturas não ocidentais as figuras do compositor, do
executante e do ouvinte também não são dissociadas (p.37).
2
Comentário realizado em reunião realizada com a equipe DEDUC em 20 de setembro de 2010, em São
Paulo.
Projeto Político-Pedagógico 10
Integrado ao ensino coletivo de música - o qual deve ser musical do princípio ao fim - a
AAPG adota também o conceito da educação para a paz.
Após inúmeros estudos e debates entre educadores de renome, dentre os quais cabe
citar o sociólogo francês Edgar Morin, foi organizado pela UNESCO, em 2000, no Bureau
International, um encontro onde se apresentou a proposta de introdução da Educação
para a Paz em todos os programas de educação no mundo.
A Educação para Paz define-se pelo conjunto de valores, atitudes e comportamentos
fundamentados em fatores como: o respeito à vida; a cooperação; o respeito pleno dos
princípios de soberania; o respeito e a promoção de todos os direitos humanos e as
liberdades fundamentais; o respeito e o fomento da igualdade entre os gêneros; o
respeito e o fomento do direito de todas as pessoas à liberdade de expressão, opinião e
informação; o compromisso com a resolução pacífica dos conflitos; a promoção da não-
violência por meio da educação; adesão aos princípios de liberdade justiça, democracia,
tolerância, solidariedade, diversidade cultural, diálogo e entendimento em todos os
níveis da sociedade e entre nações (ONU, 1999).
Desta forma, a natureza das atividades pedagógicas promovidas pela AAPG no Projeto
Guri - Ensino Coletivo da Música e a Educação para a Paz - convergem em um único
objetivo: o desenvolvimento do indivíduo por meio de um processo de interiorização de
valores. E, o conjunto de elementos que permeiam este processo norteia uma etapa de
re-significação ao sujeito e, sobretudo, em suas relações com o “outro”.
O Ensino Coletivo de Música, corroborado pela aplicação da Educação para a Paz,
possibilita à criança ou adolescente dividir responsabilidades, apurar sua percepção
auditiva e visual enquanto ser inserido em um grupo, valorizar-se enquanto membro de
uma equipe, respeitar a dificuldade do “outro”, desenvolver a prática da solidariedade
e, por fim, consolidar sua condição enquanto indivíduo em desenvolvimento.
A Educação para Paz, como citado acima, pressupõe tomar partido no processo pelos
valores que estimulam a mudança social e pessoal. O ato educativo torna-se um
processo criativo no qual os alunos são agentes vivos de transformação. Neste sentido a
Educação para Paz fundamenta-se nos Quatro Pilares da Educação (UNESCO) 3. São
eles:
Aprender a Conhecer: Objetiva, sobretudo, o domínio dos instrumentos do
conhecimento. Ao contrário de outrora, atualmente, não se evidencia a quantidade de
saberes codificados, mas sim o desenvolvimento do desejo e das capacidades de
aprender a aprender para compreender o mundo que envolve o aluno. São algumas das
características desse aprender: dispor de uma cultura geral vasta e, ao mesmo tempo, da
capacidade de trabalhar em profundidade determinado número de assuntos, exercitar a
atenção, a memória e o pensamento.
Aprender a Fazer: Disposição para trabalhar em equipe, gostar do risco e ter capacidade
de tomar a iniciativa. Conhecer e fazer são, em larga medida, indissociáveis. Torna as
pessoas aptas a enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipe. Isso ocorre nas
diversas experiências sociais e de trabalho que se apresentam ao longo de toda a vida.
Aprender a Viver Juntos: É a descoberta progressiva do outro e o seu reconhecimento,
com o desenvolvimento da compreensão do outro e a percepção das interdependências,
no sentido de realizar projetos comuns e preparar-se para gerir conflitos. Em
contraposição à competitividade cega, a qualquer custo, do mundo atual, cabe à
educação transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, ao mesmo
3
Relatório para a UNESCO - Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI (Jacques Delors)
Projeto Político-Pedagógico 11
4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Os cursos que o Projeto Guri oferece, gratuitamente, variam em cada Polo. Para
consultar a lista atualizada dos cursos oferecidos em cada Polo, deve sempre ser
acessado o site www.projetoguri.org.br.
O quadro-resumo apresenta os principais cursos e as faixas etárias sugeridas para
ingresso, as quais são iguais em todos os tipos de Polo em que são oferecidos:
Observação: As faixas etárias acima são indicadas como ideais para início nos cursos. No
entanto, as idades são utilizadas como referências e não como regras restritivas,
devendo ser utilizadas de maneira relativa. Caberá ao(à) educador(a) musical analisar a
adequação física do(a) aluno(a) em relação ao instrumento pretendido para que não
haja problemas com o tamanho e manejo dos instrumentos.
Os alunos normalmente frequentam os Polos duas a três vezes por semana, no turno da
tarde ou da manhã – conforme curso desejado, cursando todos os componentes
curriculares de sua grade na seqüência.
Nos três tipos de polos, a duração das aulas dos componentes curriculares Instrumento e
Coral normalmente é de 1 hora (60 minutos). A duração das aulas do componente
curricular Prática de Conjunto varia de 1 hora a 1h30 minutos, de acordo com a
formação do polo. A duração, porém, pode ser modificada de acordo com as parcerias
estabelecidas para o funcionamento do polo.
Como poderá ser visto adiante, a estrutura curricular dos cursos varia conforme o tipo
de Polo: Polos regionais ou Polos. A estrutura curricular das atividades desenvolvidas
nos Polos Fundação CASA pode ser encontrada no Anexo 1.
Junto à maioria das Regionais, estão instalados também os Polos Regionais, os quais são
polos diferenciados que funcionam como projeto piloto de novos formatos e
metodologias pedagógico-musicais em seu nível educacional. Após o período de
implantação, será possível avaliar quais elementos do PPP serão expandidos para os
Polos, caso haja dotação orçamentária e sejam cumpridos outros requisitos estipulados
pela Diretoria.
Nos Polos Regionais foram implementados, inicialmente, os cursos básicos de
instrumento, de coral e o curso de iniciação musical. O Curso de Iniciação Musical tem a
seguinte estrutura curricular:
CURSO DE INICIAÇÃO MUSICAL
COMPONENTES DURAÇÃO Nº DE AULAS
NÍVEL CARÁTER
CURRÍCULARES NORMAL SEMANAIS
ÚNICO
(duração: 01 Iniciação musical 2 semestres Obrigatório 2
ano)
A duração do curso básico pode variar de três a cinco anos – ou seja, um aluno poderá
permanecer dois anos em apenas dois dos níveis, preferencialmente não de forma
seqüencial.
Durante sua permanência no curso, o aluno poderá cursar de uma a duas das atividades
do componente curricular opcional Oficina de Projetos, no semestre que lhe for mais
apropriado e conforme a oferta de cada Polo Regional.
O componente curricular Prática de Conjunto é organizado em dois tipos de atividades:
o ensaio por família ou naipe (antigo “ensaio de naipe”), para estudo em grupos
menores, e o ensaio geral, ocasião em que os grupos se encontram para juntos
ensaiarem as obras.
Em muitos Polos Regionais, em caráter experimental, os Cursos são organizados também
por aproximação de faixa etária, representados da seguinte forma: Faixa etária a: 8 a
12; Faixa etária b: 13 a 18. Exemplo: Turma B1a – Básico 1, faixa etária a. Portanto, em
cada Curso, é possível ter uma, duas ou mais turmas, conforme a faixa etária percebida
pela demanda dos alunos.
4.4.2 Pólos
Nos Polos, não há divisão por faixa etária e os cursos de instrumento continuam com a
estrutura curricular já praticada, que compreende três níveis:
4
Coral infantil não terá fundamentos da música, visto que os alunos também podem cursar iniciação
musical (outro curso). Alunos que estiverem matriculados também em algum curso de instrumento serão
dispensados de cursar os componentes curriculares idênticos, como Fundamentos da Música e Oficina de
Projetos (princípio de equivalência).
Projeto Político-Pedagógico 19
CURSOS DE INSTRUMENTO
DURAÇÃO Nº DE AULAS
NÍVEIS COMPONENTES CURRÍCULARES CARÁTER
NORMAL SEMANAIS
A (Básico 1) Instrumento Obrigatório 2
B (Básico 2) Instrumento Mínimo 1 Obrigatório 2
Instrumento semestre Obrigatório 2
C (Básico 3)
Prática de Conjunto Obrigatório 2
Para que os alunos tenham o máximo de proveito das aulas coletivas de instrumento e
coral, a AAPG estabeleceu limites de alunos por turma em cada curso. Estes limites
variam conforme o tipo de polo. Em 2010, os limites são:
5 DESENVOLVIMENTO SOCIAL
A Declaração do Milênio das Nações Unidas aprovada em 2000 pela ONU é composta por
8 metas e reflete a preocupação mundial frente ao desenvolvimento humano atual e
futuro. O acordo estabelecido por chefes de estado de todo mundo se estende às nações
como um compromisso vital na execução das metas estabelecidas até o ano de 2015.
Ao constituir seu Plano de Ação, a AAPG elaborará estratégias para contribuir, ainda que
indiretamente, para o cumprimento das Metas do Milênio:
5
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – PNUD (ONU).
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Devido às emoções e sentimentos provocados pela música nas pessoas, muitas vezes
ocorrem distorções na definição dos conteúdos da Educação Musical. As implicações
afetivas da música não podem impedir que nós a vejamos como uma área de
conhecimento, o que implica na seleção de conteúdos específicos. Já as relações
subjetivas que o sujeito estabelece com a música, são de caráter individual, sobre as
quais não temos controle na relação educativa, não podendo estas ser consideradas
como conteúdos musicais. O professor precisa ter clareza sobre essas questões, porque
é sobre os elementos próprios à sua área de conhecimento, a música, que deverá estar
fundada a ação pedagógica (Beineke, 1995).
Refletindo sobre essas questões, Swanwick (1988) explica que quando nos referimos,
quando falamos sobre uma obra musical, qualquer que seja, estaremos falando sobre os
materiais que a compõem, sobre seu caráter expressivo, sobre a sua forma ou sobre o
seu valor. Para o autor, essas quatro dimensões, denominadas Dimensões de Crítica
Musical, englobam todos os elementos da análise musical. Swanwick observa que “não
existe comentário crítico sobre um objeto ou evento musical que não esteja vinculado a
uma destas categorias” (1991, p.140).
Beineke (1995) também ressalta a importância de definir cuidadosamente os conteúdos
musicais que serão trabalhados em aula:
(...) podemos falar ou ler sobre música, como por exemplo, sobre o “contexto
onde a música é inventada ou tocada” e a “experiência social e histórica da
música, como certos instrumentos foram feitos ou tocados, características
pessoais da vida profissional de músicos, e assim por diante”. Estes elementos se
traduzem em literatura sobre música, e não representam um envolvimento ativo
e direto. Por isso, quando escolhemos os conteúdos a trabalhar em nossas aulas,
podemos nos orientar pelos conteúdos a serem desenvolvidos nas atividades
práticas do fazer musical: composição, execução e apreciação. Nestas
atividades, podemos trabalhar elementos materiais, expressivos e formais da
música, que para Swanwick (1988, 1994, 1999) e outros autores formam o
conjunto de dimensões musicais específicas a este domínio do conhecimento.
Swanwick classifica estas dimensões – que são encontradas em qualquer música, de
qualquer época, cultura, gênero e estilo – como Materiais, Expressão, Forma e Valor:
Para Swanwick (1979), o envolvimento direto com a música pode acontecer de três
formas: composição, improvisação ou arranjo (criação 6), execução (instrumental ou
vocal) e apreciação (audição) musical. O sucesso nestas três atividades depende
também das habilidades específicas do compositor, ouvinte ou intérprete (p.44-45). Elas
englobam domínio técnico, desenvolvimento da percepção aural e fluência com a
notação. A análise ou execução de uma obra musical também envolve informações
sobre o compositor, o período e as técnicas composicionais. Estas atividades periféricas
à própria experiência musical são agrupadas por Swanwick como atividades de técnica e
literatura. A técnica envolve o desenvolvimento da percepção, controle técnico e
habilidades de leitura e escrita musical. A literatura não inclui apenas o estudo histórico
e contemporâneo da literatura sobre música através de partituras e performances, mas
também crítica musical e literatura de música, histórica e musicológica (Swanwick,
6
Para Beineke e Leal (1991), “a ideia de um processo criativo que subjaz ao ensino de música é mais relevante do que a
busca por produtos criativos. Seguindo o mesmo raciocínio, parece ser um equívoco chamar as atividades de composição
de atividades de criação musical, visto que se pode ser criativo em todo tipo de experiência musical, e não
exclusivamente na composição. Além disso, os objetivos da aula de música não se concentram essencialmente na
obtenção de resultados inovadores, originais ou únicos, e sim, em um processo de desenvolvimento musical promovido
através de práticas musicais significativas”.
Projeto Político-Pedagógico 28
O Modelo (T)EC(L)A oferece um modelo para a educação musical, uma estrutura para a
geração de experiências musicais potenciais; mas, se não houver engajamento, a
experiência não será completa (p.46). Todos os elementos devem estar conectados, a
fim de não fragmentar a experiência musical.
Habilidade sem performance é um negócio árido, performance sem habilidade
seguramente é inválida, composição sem os estímulos e modelos dos trabalhos de
outros compositores através da audição é inverossímil (...), conhecimento sobre
a literatura musical sem um direcionamento para a audição musical ou alguma
fluência no fazer música parece uma ocupação irrelevante (Swanwick, 1979, p.
46).
Em uma atividade, por exemplo, na qual os alunos compõem uma música, apresentam-
na para os colegas, ouvem a gravação e analisam o resultado, estão trabalhando de
forma integrada com a composição, a execução e a apreciação musical. Mas não é
necessário trabalhar em cada aula e em todas as atividades (aulas de instrumento,
ensaios de naipe ou outros) com o (T)EC(L)A, podendo haver certo predomínio de uma
atividade sobre outra dependendo da necessidade pedagógica. Por exemplo, se a aula
iniciar por um aquecimento e exercícios técnicos (que podem ser baseados no repertório
em estudo), ou assim que um determinado problema técnico for solucionado, é
recomendável focalizar uma atividade prática como composição ou improvisação ou
execução, para que o aluno aplique o que aprendeu e desenvolva a expressividade
musical. Da mesma forma, quando for detectado algum problema técnico ou de
necessidade de conhecimento histórico ou estilístico sobre a música durante uma
execução ou composição, é possível pausar a atividade, inserir a prática necessária e
então voltar à atividade inicial. Desta maneira, a técnica e a literatura serão integradas
e complementares às atividades práticas, fazendo com que a aula seja musical do início
ao fim. É fundamental que haja uma integração entre os conteúdos e vivências musicais
entre as diferentes atividades, para que o conhecimento não seja compartimentalizado
na mente do aluno.
Projeto Político-Pedagógico 29
A seleção e a organização dos objetivos e conteúdos dos cursos do Projeto Guri está
baseada no modelo (T)EC(L)A exposto anteriormente, como meio para atingir os
produtos da aprendizagem: Materiais, expressão e forma. Os blocos de conteúdo não são
compartimentos estanques e devem ser trabalhados de maneira integrada, lembrando
sempre que a (t)écnica e a (l)iteratura são atividades subsidiárias.
Este curso é oferecido nos Polos Regionais e nos Polos. Está organizado segundo alguns
princípios básicos (Swanwick, 1979 e 2003). Existem três atividades musicais principais
no currículo: Composição, Apreciação e Execução. Embora elas estejam descritas
separadamente, a intenção é de que, quando possível, elas se integrem, que as técnicas
e sons usados na execução possam ser o ponto de partida para a composição e a
improvisação, e que as atividades práticas possam ser relacionadas com a apreciação da
música composta por outros, incluindo colegas da turma e compositores reconhecidos.
Literatura sobre música, ou informação contextual, não deve ser o foco principal do
curso, mas esse tipo de informação poderá ser útil quando relacionada diretamente com
as atividades de Composição, Apreciação e Execução.
Outros três termos são usados: materiais, expressão e forma. Materiais se refere à
percepção aural e o controle dos sons, e normalmente é associado a aspectos gerais da
técnica. Expressão é o caráter expressivo das frases demonstrado através das escolhas
de tempo, intensidade, dinâmicas e articulações. Forma é a maneira como a música
está organizada, a relação entre as frases, repetição, contraste, variação e
transformação.
Descrição:
O objetivo do curso de iniciação musical é tornar o indivíduo sensível e receptivo ao
fenômeno sonoro, além de desenvolver sua musicalidade, proporcionando vivências
musicais as mais variadas possíveis. Com abordagem lúdica, visa fomentar o gosto pela
música. Os recursos utilizados serão a canção, a dança, a percussão corporal,
instrumentos de pequena percussão, instrumental Orff e a flauta doce. O curso
pretende fixar bases musicais preparatórias para o ensino vocal ou instrumental por
meio da realização de atividades práticas de apreciação, execução e composição
musical, subsidiadas pela aquisição de habilidades técnicas elementares e literatura.
7.1.1 Apreciação
Materiais: percepção aural e controle dos sons. Atenção: a lista abaixo não é uma
sequência de conteúdos, e também não devem ser trabalhados
teórica/expositivamente. Os conteúdos devem ser trabalhados conforme a emergência
das necessidades técnicas e materiais dos alunos para o desenvolvimento da
composição, execução e apreciação musicais. Também é importante observar que não
devemos focar nossas aulas no nível materiais – é importante variar: por exemplo,
algumas vezes começar pela forma e outras vezes pelo caráter expressivo, sempre
proporcionando experiências musicais diferentes e motivadoras aos alunos,
preferencialmente vinculados ao repertório em estudo.
Na tabela adiante, é possível observar um exemplo de prática (quadro baseado em
Swanwick, 1988). A partir de um mesmo conteúdo (no nível dos materiais sonoros), as
atividades musicais podem ser realizadas de diferentes maneiras, com diferentes
produtos resultantes do processo de aprendizagem musical, seja em materiais,
expressão e/ou forma. Sempre que possível, devem integrar a composição, apreciação e
execução:
Produtos da Atividades musicais
aprendizagem
Composição Apreciação Execução
Forma Os grupos unificam as Apreciação da Execução da música
frases com uma célula composição coletiva criada pelo agrupamento
rítmica formada por uma das frases musicais com
seqüencia de notas diferentes caracteres
longas e curtas (proposta expressivos unificados
pelo educador ou pelos por meio da seqüência
próprios alunos), criando de notas curtas e longas
uma composição musical
única
Caráter Os grupos atribuem à Apreciação das frases Execução das frases
expressivo composição de suas compostas pelos colegas, compostas no caráter
frases musicais verificando se a expressivo esperado
diferentes caracteres execução musical
expressivos – ex.: sons apresenta o caráter
longos – triste; sons expressivo esperado
curtos – alegre
Materiais Em pequenos grupos, [conteúdo intrínseco, Execução de sons curtos
sonoros composição de frases trabalhado nas demais e longos
Projeto Político-Pedagógico 32
Altura
o Reconhecimento da direcionalidade do som. Distinção/discriminação de
movimentos sonoros ascendentes e descendentes e contínuos;
o Discriminação de sons extremados e classificação de instrumentos, vozes ou
fontes sonoras diversas conforme o seu registro (agudo, médio ou grave) e
conformação;
o Reconhecimento de intervalos e associação de sons pela altura; ou de um
fragmento musical do repertório executado em diferentes alturas;
o Reconhecimento de frases musicais e padrões melódicos formadas por
diferentes seqüências de intervalos nos instrumentos Orff e na flauta doce;
o Identificação/Reconhecimento de canções simples pelo seu tema melódico;
o Reconhecimento de escalas (pentatônica e diatônica), padrões escalares,
arpejos, tríade maior e tríade menor (e o decorrente caráter expressivo)
o Reconhecimento de sons simultâneos;
o Reconhecer modo maior e modo menor no repertório de apreciação e de
performance;
o Reconhecer padrões melódicos conhecidos no repertório de apreciação e de
performance;
o Reconhecimento auditivo das peças musicais trabalhadas em sala de aula;
Intensidade
o Reconhecimento e classificação de sons forte e piano;
o Percepção de dinâmicas crescendo, diminuendo;
o Classificação e ordenação de uma série de sons segundo sua intensidade;
o Reconhecer variações de intensidade no repertório apreciado;
Timbre
o Discriminação de sons do entorno. Escuta de ruídos e sons que acontecem
dentro e fora da sala de aula (paisagem sonora);
o Reconhecimento de sons produzidos com o corpo (percussão corporal);
o Identificação auditiva de objetos, instrumentos e vozes pelo seu timbre;
o Relação do timbre com os materiais, o tamanho e forma de tocar os
instrumentos;
o Reconhecimento de sons com mesmo timbre e de timbres simultâneos;
o Conhecimento auditivo e visual das famílias dos instrumentos (cordas, sopros,
percussão, voz) dentro do repertório estudado (acervo, CDs, etc);
o Reconhecimento dos instrumentos da música popular brasileira.
Duração
o Distinção de sons longos e curtos, classificação de sons pela sua duração;
o Diferenciação de estímulos sonoros pela sua duração;
o Reconhecimento de canções pelo seu ritmo;
o Reconhecimento auditivo de padrões ou seqüências rítmicas com duas
colcheias, semínima, mínima e suas pausas;
o Diferenciação entre música com e sem pulso regular, entre os modos rítmicos
básicos: pulsação, acento e subdivisão no repertório de apreciação e de
performance;
o Identificação de variações de andamentos e de variações de agógica.
Projeto Político-Pedagógico 33
7.1.2 Execução
Execução Vocal
Materiais: percepção aural e controle dos sons. Materiais, expressão e forma estão
relacionados intensamente na execução. Deste modo, o controle dos sons deverá
conduzir ao contorno expressivo e ao senso de direção musical (forma).
Experimentação e descobrimento das possibilidades sonoras da voz,
possibilidades e limitações, respeito à altura, intensidade, duração e timbre;
Imitação e reprodução de sons vocais que se pode escutar no entorno,
procedentes de objetos, vozes humanas, animais, fenômenos da natureza,
ambientes paisagísticos, fantásticos, etc;
Execução vocal de um amplo repertório de canções infantis adequadas ao âmbito
vocal dos alunos (versos, trava-línguas, canções infantis, populares, rimas, etc.);
Execução de canções em diferentes alturas, intensidades, timbres, durações,
etc.
Expressão
Expressão do caráter das músicas executadas;
Realização expressiva das dinâmicas musicais; e
Memorização de canções para sua execução de cor de maneira expressiva.
Forma
Execução de peças com forma pergunta-resposta, AB e ABA, cânone e rondó;
Valorização e respeito pela cultura local incorporando seus elementos
tradicionais, festejos, brincadeiras, músicas, danças, etc. e canções em vários
idiomas;
Fruição musical a partir da participação em grupos de canto, respeitando as
atividades dos outros.
Movimento e dança
Materiais: percepção aural e controle dos sons. Materiais, expressão e forma estão
relacionados intensamente na execução. Deste modo, o controle dos sons deverá
conduzir ao contorno expressivo e ao senso de direção musical (forma).
O ritmo relacionado com as funções fisiológicas do ser humano: motricidade,
dinamismo, movimentos naturais, etc;
O acento, a pulsação e subdivisão relacionados com as atividades motrizes;
Reprodução de motivos rítmicos, ecos, ostinatos, polirritmias, etc;
Projeto Político-Pedagógico 34
Expressão
Imitação do movimento de animais, objetos, entre outros, para desenvolver o
caráter expressivo do movimento; e
Realização expressiva de movimentos, mímica e gestos de canções simples
Forma
Representação espacial da forma musical através da dança e o movimento;
Realização de danças ou coreografias simples em forma lied, rondó e cânon com
deslocamento em filas, roda, etc; e
Dramatização de contos e estórias.
Percussão Corporal
Materiais
Descobrimento dos instrumentos do próprio corpo;
Realização de ecos rítmicos com palmas, pés, pernas, e estalos;
Combinação de diferentes instrumentos de percussão corporal;
Imitação e execução de células rítmicas, ostinatos e polirritmias;
Realização de jogos de percussão corporal envolvendo independência,
coordenação motora, desenvolvimento rítmico;
Execução de palmas no pulso, no acento e na subdivisão em diferentes tempos
como acompanhamento à execução vocal;
Combinação de percussão corporal e deslocamento no espaço;
Percussões corporais seguindo o ritmo de sequências de palavras; e
Fruição musical com as atividades rítmicas de percussão corporal
Expressão
Execução da percussão corporal atentando à plasticidade do movimento e a
expressividade.
Forma
Execução de peças com forma pergunta-resposta, AB e ABA, cânone e rondó
Expressão
Realização de variações de agógica na execução instrumental; e
Execução de melodias de canções populares de maneira expressiva.
Forma
Execução e composição de peças com as formas Rondó e AB
períodos históricos.
Expressão
A dinâmica e a agógica como elementos expressivos da interpretação.
Forma
Execução de peças com forma pergunta-resposta, AB e ABA, cânone e rondó.
Vocal
Materiais
Experimentação e descobrimento das possibilidades sonoras da voz através da
improvisação; e
Criação de peças a partir da exploração dos registros grave, médio e agudo.
Expressão
Criação peças explorando variações de intensidade;
Criação de paisagens sonoras utilizando voz, corpo e outras fontes sonoras; e
Criação de peças explorando sons curtos, longos e silêncio.
Forma
Composição e arranjo de peças vocais em grupo adequadas ao nível da turma
com forma AB e rondó
Movimento e dança
Materiais
Criação de motivos rítmicos, ostinatos, polirritmias, etc.
Expressão
Expressão através do movimento das distintas propriedades do som; e
O movimento como meio de expressão e sensibilização motora, visual e auditiva
para conhecer o próprio corpo e desenvolver a seguridade rítmica, o sentido
espacial e temporal, o sentido da dinâmica e favorecer as relações com os
colegas do grupo.
Forma
Criação de coreografias com forma AB e rondó
Percussão Corporal
Materiais
Descobrimento dos instrumentos do próprio corpo através da improvisação e a
livre experimentação;
Criação e improvisação de células rítmicas, ostinatos e polirritmias combinando
diferentes instrumentos de percussão corporal
Flauta Doce
Materiais
Realização de atividades de improvisação com os sons do bocal da flauta doce;
Composição de peças com as notas Si-La-Sol; e
Realização de arranjos de músicas infantis em grupo.
7.1.4 (T)écnica
É uma atividade de apoio à Execução, Apreciação e Composição. Não deve ser o foco
principal das aulas. Algumas sugestões não consistem em atividades relacionadas à
técnica (como construção de instrumentos), mas por serem complementares às
atividades, foram relacionadas neste tópico.
Vocal
Entonação /afinação;
Sensibilização aos órgãos que intervêm na emissão da voz: aparelho fonador e
ressonador;
Exercícios baseados na afinação justa dos intervalos propostos;
Realizar vocalmente padrões escalares e entoar arpejos;
Controle da respiração, da emissão da voz, articulação e entonação;
Execução vocal com os músculos faciais relaxados e a voz colocada; e
Aquisição de hábitos para uma correta higiene vocal.
Movimento e dança
Desenvolvimento de atividades motrizes básicas (movimentos básicos de
locomoção): caminhar, correr, marchar, saltar, galopar, balancear e outros
movimentos naturais;
Distinguir e reagir com movimento aos compassos binários e ternários; e
Desenvolvimento do esquema corporal, a lateralidade, a coordenação motora e a
orientação espacial através do ritmo e o movimento.
Percussão corporal
Realização de brincadeiras com os dedos e as mãos para a preparação da
execução instrumental; e
Relaxamento e bom tom muscular na realização dos exercícios.
Flauta Doce
Introdução à técnica de flauta doce: embocadura, articulação do som,
respiração, afinação e dedilhado;
Posição corporal: correção na posição corporal e do instrumento, colocação das
mãos e movimentos dos dedos com o relaxamento adequado;
Respiração: iniciação à utilização e colocação correto do ar para obter um som
de qualidade;
Articulação: emissão do som com a articulação da língua, utilizando T, D, R, K
Projeto Político-Pedagógico 37
7.1.5 (L)iteratura
É uma atividade de apoio, não deve ser o foco principal das aulas. “Literatura de” e
“literatura sobre” música; inclui “não somente o estudo contemporâneo ou histórico da
literatura da música em si por meio de partituras e execuções, mas também por meio
da crítica musical, histórica e musicológica”. O trabalho de literatura está basicamente
voltado à diversidade cultural dos estilos musicais que devem ser trabalhados na
execução, na composição e na apreciação.
Classificação de instrumentos diferentes famílias de instrumentos;
Conhecimento básico da história da flauta doce e dos instrumentos de percussão;
Conhecimento básico de compositores das peças trabalhadas; e
Diferenciação entre música erudita, folclórica e popular.
Execução
Experimentação e descobrimento das possibilidades sonoras da voz,
possibilidades e limitações, respeito à altura, intensidade, duração e timbre;
Projeto Político-Pedagógico 38
Composição
Criação de pelo menos 2 peças a partir da exploração de intensidade, de altura,
de duração, etc;
Criação de pelo menos 2 paisagens sonoras utilizando voz, corpo e outras fontes
sonoras com forma AB;
Arranjo de 1 peça infantil em grupo, adequada ao nível da turma com forma
rondó;
Criação de 2 coreografias baseadas em peças com forma AB;
Criação e improvisação de células rítmicas, ostinatos e polirritmias combinando
diferentes instrumentos de percussão corporal; e
Improvisação rítmica e melódica com os instrumentos de percussão e a flauta
doce (com as notas Si-La-Sol).
Apreciação
Audição Musical ativa de 6 peças através da expressão corporal (movimento,
mímica, gestos, etc.); narração musical (estórias, contos); dramatização
musical; ilustração musical (desenhos,); canção-audição, etc.
Percepção sonora do som, o ruído e o silêncio
Percepção auditiva das qualidades do som e dos elementos da música em fontes
sonoras diversas: altura, duração, timbre, ritmo, melodia, escalas, dinâmica,
textura, métrica, etc.
Reconhecimento dos parâmetros sonoros de forma integrada e coerente,
preferencialmente contextualizados em um repertório conhecido pelos alunos.
(T)écnica
Controle da respiração, da emissão da voz, articulação e entonação;
Execução vocal com os músculos faciais relaxados e a voz colocada;
Aquisição de hábitos para uma correta higiene vocal;
Desenvolvimento de (movimentos básicos de locomoção) atividades motrizes
básicas: caminhar, correr, marchar, saltar, galopar, balancear e outros
movimentos naturais;
Realização de brincadeiras com os dedos e as mãos para a preparação da
execução instrumental;
Relaxamento e bom tom muscular na realização dos exercícios;
Técnica elementar dos instrumentos de pequena percussão e instrumentos de
laminas; e
Introdução à técnica de flauta doce.
Projeto Político-Pedagógico 39
(L)iteratura
Classificação de instrumentos diferentes famílias de instrumentos;
Conhecimento básico de compositores das peças trabalhadas; e
Diferenciação entre música erudita, folclórica e popular.
As obras escolhidas para compor o repertório dos alunos devem atender à seguinte
diversidade (escolher equilibradamente, tanto com base na preferência dos alunos
quanto para atender a necessidades de desenvolvimento cultural e técnico
complementar):
Música folclórica
Nacional: música folclórica das diversas regiões do Brasil.
Internacional: música folclórica de diversos países.
Música popular
Nacional: conhecimento dos diversos gêneros da música popular brasileira
relacionando-os aos períodos históricos em que foram desenvolvidos
(samba, samba-canção, marcha, choro, bossa nova, MPB, baião,
sertaneja, pagode, maracatu, frevo, forró, ciranda, gêneros gaúchos,
funk, rock, rap, etc.).
Internacional: música popular internacional de diversos estilos (pop, rock,
metal, reggae, jazz, swing, soul, eletrônica, techno, dance, new age,
rap, funk, country, blues, etc.).
Música erudita
Nacional: conhecimento da música erudita brasileira e relacioná-la aos
períodos históricos em que foi desenvolvida.
Internacional: conhecimento da música erudita internacional e relacioná-
la aos períodos históricos em que foi desenvolvida (Idade Média,
Renascença, Barroco, Clássico, Romântico, Moderno).
Este curso está organizado segundo alguns princípios básicos. Existem três atividades
musicais principais no currículo: Composição, Apreciação e Execução. Embora elas
estejam descritas separadamente, a intenção é de que, quando possível, elas se
integrem, que as técnicas e sons usados na execução possam ser o ponto de partida para
a composição e a improvisação, e que as atividades práticas possam ser relacionadas
com a apreciação da música composta por outros, incluindo colegas da turma e
compositores reconhecidos. Literatura sobre música, ou informação contextual, não
deve ser o foco principal do curso, mas esse tipo de informação poderá ser útil quando
relacionada diretamente com as atividades de Composição, Apreciação e Execução.
Projeto Político-Pedagógico 40
7.2.1 Apreciação
7.2.2 Execução
Atividades gerais
Materiais: percepção aural e controle dos sons. Materiais, expressão e forma estão
relacionados intensamente na execução. Deste modo, o controle dos sons deverá
conduzir ao contorno expressivo e ao senso de direção musical (forma).
Exploração das possibilidades sonoras da voz;
Participação em jogos musicais que envolvam a execução vocal;
Execução de melodias já estudadas em novas tonalidades, com e sem partitura,
visando o treinamento do ouvido e da memória;
Desenvolvimento das memórias auditiva, visual e muscular com a finalidade de
aprimorar a percepção, a leitura e a execução musical;
Execução individual e em grupo: características;
Incorporação das tradições populares à prática instrumental: jogos, danças,
canções, etc;
Execução de peças que explorem os elementos técnicos estudados durante o
Projeto Político-Pedagógico 42
semestre;
Execução de peças com acompanhamento harmônico (piano, violão, gravações)
para desenvolver o ouvido harmônico;
Apresentação de final de semestre baseada no trabalho desenvolvido ao longo do
período;
Aprendizagem de peças nos seguintes idiomas: português, latim, espanhol,
italiano, inglês, francês e alemão; e
Preparação de repertório básico.
Expressão
Aspectos interpretativos de uma obra musical (afinação, precisão, articulação,
fraseado e expressão);
Estilos interpretativos através da história da música (diferentes épocas, culturas
e estilos);
Utilização de diferentes dinâmicas e agógicas para dar cor e expressão à
interpretação musical;
Interpretação de peças de repertório específico para coral;
Valorização da qualidade do som e das habilidades técnicas (afinação, precisão,
articulação, respiração musical, sonoridade, fraseado, vibrato, ornamentos,
etc.) para uma boa interpretação musical; e
Valorização da expressão musical como fonte de comunicação e expressão de
ideias e sentimentos
Forma
Conhecimento da forma das frases e a estrutura dos padrões tonais e rítmicos
das peças executadas;
Identificação de partes iguais, diferentes, evoluções, etc. na forma musical das
peças executadas;
Conhecimento holístico ou integrado das peças executadas. Gravações das
atividades para realização de comentários críticos das execuções (se possível).
Desenvolvimento do gosto pela execução musical; e
Disposição favorável para executar peças de diferentes gêneros e estilos com
independência do próprio gosto musical.
Coral infantil
Execução de músicas em uníssono na tessitura entre ré3 e dó4 ampliando
gradativamente para ficar entre lá2 e fá4; e
Execução de músicas com divisão em duas vozes: sopranos na tessitura entre dó3
e fá4 (extraordinariamente a sol4 ou lá4) e contraltos entre lá2 e ré4
(extraordinariamente a mi4 ou fá4).
Coral infanto-juvenil
Execução de músicas em uníssono em oitavas na tessitura entre ré e dó;
Execução de músicas com divisão em duas vozes: femininas e masculinas e
gradativamente ampliar a tessitura até ficar entre lá2 e fá4;
Execução de músicas com divisão em três vozes: sopranos na tessitura entre dó3
e fá4 (extraordinariamente a sol4 ou lá4), contraltos entre lá2 e ré4
(extraordinariamente a mi4 ou fá4) e as vozes masculinas entre lá1 e ré3; e
Execução de músicas com divisão em quatro vozes: sopranos na tessitura entre
dó3 e fá4 (extraordinariamente a sol4 ou lá4), contraltos entre lá2 e ré4
(extraordinariamente a mi4 ou fá4), tenores entre dó2 e fá3
(extraordinariamente a sol4 ou lá4) e baixos entre lá1 e ré3
(extraordinariamente a mi4 ou fá4).
Materiais
Participação em jogos de improvisação livre e dirigida (baseados nos conteúdos
trabalhados);
Improvisações e composições rítmicas;
Improvisações melódicas sobre esquemas rítmicos ou harmônicos;
Composição de melodias com as notas e ritmos trabalhados;
Composição Instrumental: ostinatos rítmicos utilizando percussão corporal,
objetos sonoros e/ou instrumentos musicais;
Composição Vocal: ostinatos melódicos, bordões, ruídos vocais, contracanto
(respostas às frases), descante (acima da melodia), voz(es) independente(s),
quolibet;
Composição Corporal: criação de gestos utilizando percussão corporal,
coreografia e/ou mímica;
Composição Textual: criação de textos a serem musicados e/ou incluídos em
peças do repertório; e
Notação não convencional (gráficos, pontos, curvas, etc.) relacionada com a
exploração sonora, a improvisação e a composição.
Expressão
Criação e execução de improvisações, arranjos e composições de caráter
diferente e utilizando elementos agógicos e dinâmicos diversos.
Forma
Elementos compositivos: repetição, imitação, variação, desenvolvimento,
improvisação, etc;
Projeto Político-Pedagógico 44
7.2.4 (T)écnica
É uma atividade de apoio à execução, apreciação e composição. Não deve ser o foco
principal das aulas.
A Voz
Possibilidades sonoras da voz, a voz como meio de expressão musical;
Conhecimento das partes do aparelho fonador, Laringe: Conhecimento das partes
(osso, cartilagens, ligamentos e músculos) e sua utilização para uma produção
vocal livre (sem tensões desnecessárias);
Registros: conhecimento dos registros basal, modal (peito e cabeça), elevado
(falsete e assoviado) e sua utilização para uma produção vocal homogênea (sem
diferença de timbre entre os registros);
Cavidades de ressonância: conhecimento das cavidades de ressonância (regiões
do peito, faringe e cabeça) e sua utilização no controle da quantidade de
harmônicos em cada som para obter timbre e dinâmica desejados nas regiões
grave, média e aguda da voz;
Articuladores: conhecimento dos articuladores (mandíbula, língua, lábios, dentes
e palato) e sua utilização na formação das vogais e consoantes para a boa
dicção, unificação do som, precisão rítmica e agógica; e
Conhecimento e aplicação das normas para saúde vocal: interesse pelo cuidado e
manutenção da voz para um bom funcionamento do aparelho vocal.
Respiração e apoio
Conhecimento dos órgãos que atuam na respiração;
Funcionamento básico do aparelho respiratório;
As fases da respiração: inspiração, suspensão, expiração e recuperação;
Os tipos de respiração atendendo a localização do ar: superior/alta,
intercostal/média, diafragmática/baixa e completa;
Iniciação e desenvolvimento do controle necessário da respiração utilizando
jogos e exercícios como meio de experiência para a aquisição da técnica
respiratória;
Treinamento progressivo para colocar o ar na parte baixa dos pulmões como
meio de aumentar a capacidade pulmonar;
Trabalho consciente e progressivo da utilização natural, espontânea e intuitiva
da pressão da coluna de ar para a preparação da interpretação vocal;
Aplicação de todos os conhecimentos sobre a respiração ao canto;
Aumento da resistência física para sustentação do som; e
Valorização da importância da respiração na execução vocal e a expressividade
musical.
7.2.5 (L)iteratura
É uma atividade de apoio, não deve ser o foco principal das aulas. “Literatura de” e
“literatura sobre” música; inclui “não somente o estudo contemporâneo ou histórico da
literatura da música em si por meio de partituras e execuções, mas também por meio
da crítica musical, histórica e musicológica”. O trabalho de literatura está basicamente
voltado à diversidade cultural dos estilos musicais que devem ser trabalhados na
execução, na composição e na apreciação.
Classificação das vozes: soprano, meio-soprano, contralto, tenor, barítono e
baixo;
Conceitos básicos da história da música erudita e popular;
Compositores das músicas escutadas ou tocadas; e
Contexto histórico e social das peças executadas ou ouvidas.
Curso Básico 1
EXECUÇÃO
Execução expressiva com afinação de 4 músicas em uníssono utilizando a
escala pentatônica e os ritmos das semínimas, mínimas, colcheias e suas
respectivas pausas, nas formas AA' e AB, na tessitura entre lá2 e fá4; e
Execução de repertório erudito, popular, folclórico, etc.
COMPOSIÇÃO
Elaboração de 2 composições próprias e arranjos de peças musicais
simples em escala pentatônica utilizando semínimas, mínimas, colcheias
e suas respectivas pausas a partir dos processos de improvisação da
turma;
Manipulação dos materiais utilizados nas atividades de composição dentro
das formas AA' e AB; e
Projeto Político-Pedagógico 47
APRECIAÇÃO
Reconhecimento auditivo dos intervalos encontrados na escala
pentatônica e dos ritmos das semínimas, mínimas e colcheias;
Reconhecimento auditivo das formas AA' e AB; e
Fruição dos estilos de música folclórica e popular nacional.
Curso Básico 2
EXECUÇÃO
Execução expressiva de 6 obras com afinação aceitável de músicas com
divisão em duas vozes (sopranos na tessitura entre dó3 e fá4,
extraordinariamente a sol4 ou lá4, e contraltos entre lá2 e ré4,
extraordinariamente a mi4 ou fá4), utilizando a escala diatônica e os
ritmos das semibreves, mínimas, mínimas pontuadas, semínimas,
colcheias, semicolcheias e suas respectivas pausas, na forma ABA.
COMPOSIÇÃO
Elaborar 3 composições de melodias, arranjo de melodias do folclore
brasileiro e improvisações melódicas sobre esquemas rítmicos ou
harmônicos na escala diatônica utilizando semibreves, mínimas, mínimas
pontuadas, semínimas, colcheias, semicolcheias e suas respectivas
pausas.
Manipulação dos materiais utilizados nas atividades de composição dentro
da forma ABA.
Fruição das composições elaboradas através da utilização de expressão
agógica.
APRECIAÇÃO
Reconhecimento auditivo dos intervalos naturais encontrados na escala
diatônica da dos ritmos das semibreves, mínimas, mínimas pontuadas,
semínimas, colcheias, semicolcheias e suas respectivas pausas.
Reconhecimento auditivo da forma ABA.
Fruição dos estilos de música folclórica, popular e erudita nacional.
TÉCNICA
Noções razoáveis de postura, respiração, apoio, emissão, ressonância e
articulação que permitam a execução de músicas com divisão em duas
vozes: sopranos na tessitura entre dó3 e fá4 (extraordinariamente a sol4
ou lá4) e contraltos entre lá2 e ré4 (extraordinariamente a mi4 ou fá4).
Capacidade para executar os intervalos encontrados na escala diatônica e
Projeto Político-Pedagógico 48
LITERATURA
Conhecimento de características da música folclórica, popular e erudita
nacional, conforme necessidades do repertório trabalhado.
Curso Básico 3
EXECUÇÃO
Execução de 8 músicas com divisão em três vozes (sopranos na tessitura
entre dó3 e fá4, extraordinariamente a sol4 ou lá4, contraltos entre lá2 e
ré4, extraordinariamente a mi4 ou fá4, e as vozes masculinas entre lá1 e
ré3), e/ou de músicas com divisão em quatro vozes (sopranos na tessitura
entre dó3 e fá4, extraordinariamente a sol4 ou lá4, contraltos entre lá2 e
ré4, extraordinariamente a mi4 ou fá4, tenores entre dó2 e fá3,
extraordinariamente a sol3 ou lá3, e baixos entre lá1 e ré3,
extraordinariamente a mi3 ou fá3), utilizando ritmos das semibreves,
mínimas, mínimas pontuadas, semínimas, colcheias, semicolcheias e suas
variantes e suas respectivas pausas.
COMPOSIÇÃO
Elaborar 4 composições próprias (individuais ou em pequenos grupos),
arranjos para duas e três vozes e improvisações com semibreves,
mínimas, mínimas pontuadas, semínimas, colcheias, semicolcheias e suas
variantes e suas respectivas pausas sobre exercícios de encadeamento
harmônico simples (tônica, subdominante, dominante com andamento
lento o moderado);
Manipulação dos materiais utilizados nas atividades de composição dentro
da forma rondó; e
Fruição das composições elaboradas através da utilização de expressão
dinâmica e agógica.
APRECIAÇÃO
Reconhecimento auditivo dos ritmos das semibreves, mínimas, mínimas
pontuadas, semínimas, colcheias, semicolcheias e suas variantes e de
encadeamentos harmônicos simples (tônica, subdominante, dominante
com andamento lento ou moderado);
Reconhecimento auditivo da forma rondó; e
Fruição dos estilos de música folclórica, popular e erudita, nacional e
internacional.
TÉCNICA
Noções razoáveis de postura, respiração, apoio, emissão, ressonância e
articulação que permitam a execução de músicas com divisão em três
vozes: sopranos na tessitura entre dó3 e fá4 (extraordinariamente a sol4
ou lá4), contraltos entre lá2 e ré4 (extraordinariamente a mi4 ou fá4) e
as vozes masculinas entre lá1 e ré3;
Noções razoáveis de postura, respiração, apoio, emissão, ressonância e
articulação que permitam a execução de músicas com divisão em quatro
vozes: sopranos na tessitura entre dó3 e fá4 (extraordinariamente a sol4
ou lá4), contraltos entre lá2 e ré4 (extraordinariamente a mi4 ou fá4),
tenores entre dó2 e fá3 (extraordinariamente a sol3 ou lá3) e baixos
entre lá1 e ré3 (extraordinariamente a mi3 ou fá3);
Capacidade para executar os ritmos das semibreves, mínimas, mínimas
Projeto Político-Pedagógico 49
LITERATURA
Conhecimento de características da música folclórica, popular e erudita,
nacional e internacional, conforme necessidades do repertório
trabalhado.
As obras escolhidas para compor o repertório dos alunos devem atender à seguinte
diversidade (escolher equilibradamente, tanto com base na preferência dos alunos
quanto para atender a necessidades de desenvolvimento cultural e técnico
complementar):
Música folclórica
Nacional: música folclórica das diversas regiões do Brasil.
Internacional: música folclórica de diversos países.
Música popular
Nacional: conhecimento dos diversos gêneros da música popular brasileira
relacionando-os aos períodos históricos em que foram desenvolvidos
(samba, samba-canção, marcha, choro, bossa nova, MPB, baião,
sertaneja, pagode, maracatu, frevo, forró, ciranda, gêneros gaúchos,
funk, rock, rap, etc.).
Internacional: música popular internacional de diversos estilos (pop, rock,
metal, reggae, jazz, swing, soul, eletrônica, techno, dance, new age,
rap, funk, country, blues, etc.).
Música erudita
Nacional: conhecimento da música erudita brasileira e relacioná-la aos
períodos históricos em que foi desenvolvida.
Internacional: conhecimento da música erudita internacional e relacioná-
la aos períodos históricos em que foi desenvolvida (Idade Média,
Renascença, Barroco, Clássico, Romântico, Moderno).
Material do CDM
GOMES, Neide Rodrigues; RUZANOWSKI, Esmeralda B. Brasil, música e folclore.
ASSISTENTES em instrumento. Curso coral, oficina vocal, coro infantil, coro
infanto-juvenil.
50 cânones fáceis para canto coral.
BEHLAU, Mara; REHDER, Maria Inês. Higiene vocal para o canto coral.
BEHLAU, Mara et alii. Higiene vocal infantil: informações básicas.
BRANDÃO, José Vieira. Folk Song´s do Brazil.
VILLA-LOBOS, Heitor. Guia prático.
III Concresso Sesc / Arci de Regência Coral.
Vocalises.
BANGEL, Tasso. 14 Estudos para cordas e coral.
______. 14 Estudos para sopros e coral.
BARADEL, Ciça. Coral Bem-te-vi - 5 Anos de Cantoria e Emoções.
SERGL, Marcos Júlio. Projeto "Escola Aberta" - Formação de Corais.
ZANDER, Oscar. Regência Coral.
CÁSSIA, Rita de. Uma Introdução ao Canto Coral.
ROCHA, Carmen Mettig. Gran Finale.
Projeto Político-Pedagógico 50
Este curso está organizado segundo alguns princípios básicos (principalmente Swanwick,
1979 e 2003). Existem três atividades musicais principais no currículo: Composição,
Apreciação e Execução. Embora elas estejam descritas separadamente, a intenção é de
que, quando possível, elas se integrem, que as técnicas e sons usados na execução
possam ser o ponto de partida para a composição e a improvisação, e que as atividades
práticas possam ser relacionadas com a apreciação da música composta por outros,
incluindo colegas da turma e compositores reconhecidos. Literatura sobre música, ou
informação contextual, não deve ser o foco principal do curso, mas esse tipo de
informação poderá ser útil quando relacionada diretamente com as atividades de
Composição, Apreciação e Execução.
Outros três termos são usados: “materiais”, “expressão” e “forma”. “Materiais” se
refere à percepção aural e o controle dos sons. “Expressão” é o caráter expressivo das
frases demonstrado através das escolhas de tempo, intensidade, dinâmicas e
articulações. “Forma” é a maneira como a música está organizada, a relação entre as
frases, repetição, contraste, variação e transformação.
7.3.1 Apreciação
7.3.2 Execução
Atividades gerais
Materiais: percepção aural e controle dos sons. Materiais, expressão e forma estão
relacionados intensamente na execução. Deste modo, o controle dos sons deverá
conduzir ao contorno expressivo e ao senso de direção musical (forma).
Exploração das possibilidades sonoras dos instrumentos de madeiras segundo sua
construção, o seu material e sua forma de tocar;
Realização de exercícios e jogos de reprodução vocal ou instrumental de
intervalos, pequenos motivos rítmico-melódicos ou canções como cantigas de
roda, de carnaval, etc;
Interpretação de peças de diferentes épocas, culturas e estilos do repertório
específico dos diversos instrumentos de madeiras que explorem os elementos
técnicos estudados durante o semestre;
Execução de melodias já estudadas em novas tonalidades, com partitura e sem,
visando o treinamento do ouvido e da memória;
Treinamento permanente e progressivo da memória através da execução de
memória de peças ou fragmentos musicais; e
Execução de peças com acompanhamento harmônico (piano, violão, gravações)
para o desenvolvimento do ouvido harmônico
Expressão
Utilização de diferentes dinâmicas e agógicas para dar cor e expressão à
interpretação musical;
Execução considerando aspectos interpretativos de uma obra musical como a
articulação, a acentuação e o fraseado; e
Fluência na execução visando uma interpretação expressiva.
Forma
Conhecimento da forma das frases e a estrutura dos padrões tonais e rítmicos
das peças executadas;
Identificação de partes iguais, diferentes, evoluções, etc. na forma musical das
peças executadas;
Conhecimento holístico ou integrado das peças executadas;
Desenvolvimento do gosto pela execução musical; e
Disposição favorável para executar peças de diferentes gêneros e estilos com
independência do próprio gosto musical.
Materiais
Improvisações e composições rítmicas;
Improvisações e composições melódicas sobre escalas pentatônicas, maiores e
menores; e
Exercícios de improvisação sobre encadeamentos harmônicos simples: tônica,
subdominante, dominante em andamento lento ou moderado.
Expressão
Criação e execução de improvisações, arranjos e composições de caráter
diferente e utilizando elementos agógicos e dinâmicos diversos.
Forma
Aplicação de técnicas de improvisação e elementos compositivos: repetição,
imitação, pergunta-resposta, variação, desenvolvimento, improvisação, etc.
7.3.4 (T)écnica
É uma atividade de apoio à Execução, Apreciação e Composição. Não deve ser o foco
principal das aulas.
O instrumento
Conhecimento das partes do saxofone (boquilha, tudel, corpo, curva e
campana); o clarinete (boquilha, barrilete, corpo superior, corpo inferior e
campana); flauta (bocal, corpo, e pé);
A palheta e suas numerações;
A montagem da boquilha (palheta, braçadeira e boquilha) e do instrumento;
Manutenção diária do instrumento: limpeza, higienização e kit de limpeza; e
Interesse pelo cuidado e manutenção do instrumento para um bom
funcionamento do mesmo.
Respiração
Funcionamento básico dos órgãos que atuam na respiração: aparelho respiratório
e sua função na execução dos instrumentos de madeiras;
As fases da respiração: inspiração e expiração (retenção: prática para o aumento
da capacidade pulmonar);
Os tipos de respiração atendendo a localização do ar: superior,
intercostal/média, diafragmática/baixa e completa;
Controle do diafragma e dos músculos abdominais que intervêm na respiração;
Exercícios conscientes e progressivos de respiração com e sem instrumento
(notas longas controlando a afinação, a qualidade do som e a coluna de ar) para
aumentar a capacidade respiratória e melhorar a qualidade do som;
Iniciação e desenvolvimento do controle necessário da respiração utilizando
jogos e exercícios como meio de experiência para a aquisição da técnica
respiratória;
Aplicação de todos os conhecimentos sobre a respiração para cada instrumento
de madeiras. Utilização natural, espontânea e intuitiva da coluna de ar para a
Projeto Político-Pedagógico 54
Produção do Som
Embocadura
o Posicionamento correto da musculatura envolvida na embocadura, os dentes
e os lábios; conscientização da importância do cuidado dos músculos
envolvidos na embocadura para uma correta execução.
o Controle necessário dos músculos faciais que formam a embocadura para uma
correta emissão, afinação, articulação e flexibilidade;
o Exercícios específicos para o fortalecimento e a flexibilidade da embocadura
e dos músculos faciais. (Exercícios de notas longas com crescendo e
decrescendo, realizados em frases musicais significativas, preferencialmente
vinculadas a algum repertório conhecido pelos alunos ou em composição).
Emissão e sonoridade
o Emissão: produção dos primeiros sons apenas com boquilha/bocal e
barrilete/tudel;
o Desenvolvimento da flexibilidade nos intervalos;
o Exercícios de sonoridade e emissão: controle da emissão e da sonoridade no
instrumento em todos os registros e dinâmicas (f, mf, p, pp, ff, sforzando,
crescendo, diminuendo, etc.);
o Exercícios de aquecimento: notas longas. Conscientização da importância dos
exercícios de aquecimento para adquirir uma boa sonoridade (fazendo-os
soar como música – frases musicais - desde as primeiras notas); e
o Articulação: A língua e sua função na articulação do som. Prática de
diferentes tipos de articulação: tenuto, stacatto, ligadura, acento, etc.
Domínio das diferentes combinações de articulações. Técnicas específicas de
cada instrumento: vibrato, frulatti, super agudos, etc; Valorização da
importância dos exercícios de articulação na expressão musical.
Afinação
o Conceitos básicos de afinação. Prática e desenvolvimento da afinação:
terças, quintas, oitavas, cadências perfeitas e plagais. Realização de
exercícios de afinação em todos os registros do instrumento. Reconhecimento
da própria afinação em relação ao grupo;
o Trabalho com instrumentos de afinação estável para desenvolver a base de
Projeto Político-Pedagógico 55
referência auditiva; e
o Valorização da importância da execução afinada para uma boa interpretação
musical.
Digitação
o O dedilhado. Domínio básico da digitação opcional. Equilíbrio e igualdade
rítmica no dedilhado;
o Prática das habilidades técnicas que requerem os instrumentos. Exercícios
mecânicos específicos para cada instrumento em diferentes andamentos;
o Domínio de toda a extensão tradicional do instrumento em notas naturais;
o Prática de escalas maiores e suas relativas menores até pelo menos 5
sustenidos ou 5 bemóis. Escala cromática. Prática de escalas modais;
o Prática de intervalos de terça e quarta com a digitação tradicional;
o Prática de arpejos maiores e suas relativas menores até pelo menos até 5
sustenidos e bemóis;
o Reconhecimento das capacidades técnico-musicais próprias do momento e
predisposição para o seu aperfeiçoamento;
o Valorização das habilidades técnicas como meio de expressão musical;
o Sensibilização da importância de decorar escalas e arpejos para o
desenvolvimento técnico; e
o Valorização da importância da qualidade do som e das habilidades técnicas
(afinação, precisão, articulação, respiração, sonoridade, fraseado, vibrato,
ornamentos, etc.) para uma boa interpretação musical.
7.3.5 (L)iteratura
É uma atividade de apoio, não deve ser o foco principal das aulas. “Literatura de” e
“literatura sobre” música; inclui “não somente o estudo contemporâneo ou histórico da
literatura da música em si por meio de partituras e execuções, mas também por meio
da crítica musical, histórica e musicológica”. O trabalho de literatura está basicamente
voltado à diversidade cultural dos estilos musicais que devem ser trabalhados na
execução, na composição e na apreciação.
O saxofone, a flauta e o clarinete como instrumentos de sopro;
Instrumentos da família da flauta, clarinete e saxofone;
Projeto Político-Pedagógico 56
BÁSICO 1
EXECUÇÃO
Interpretação de peças de diferentes épocas, culturas e estilos do repertório
específico dos diversos instrumentos de madeiras, que explorem os
elementos técnicos estudados durante o semestre:
1 peça de música erudita
3 peças de música popular, sendo 2 brasileiras
2 peças de estilos, gêneros e culturas variadas
Execução expressiva de peças com forma AA' e AB.
COMPOSIÇÃO
Realização de jogos de improvisação rítmica e melódica
Elaboração de composições próprias e arranjos de peças musicais simples,
baseados nas notas musicais e figuras estudadas:
1 composição coletiva
1 improvisação individual
1 arranjo
Aplicação de técnicas de improvisação e elementos compositivos: repetição e
imitação
APRECIAÇÃO
Apreciação de 6 peças de estilos diferentes refletindo e discutindo aspectos
relacionados com os materiais, a expressão e a forma musicais;
Reconhecimento sonoro do som, do ruído e do silêncio;
Reconhecimento do pulso das músicas escutadas;
Distinção da sonoridade/timbre dos instrumentos de madeiras;
Reconhecimento auditivo das formas AA' e AB; e
Projeto Político-Pedagógico 57
TÉCNICA
Conhecimento das partes do saxofone (boquilha, tudel, corpo, curva e
campana); o clarinete (boquilha, barrilete, corpo superior, corpo inferior e
campana); flauta (bocal, corpo, e pé);
A montagem do instrumento; manutenção diária do instrumento: limpeza,
higienização e kit de limpeza;
Controle básico da embocadura, da postura corporal e da respiração;
Articulações: tenuto e stacatto;
Conceitos básicos de afinação: uníssono e intervalos de quinta;
O dedilhado nas posições naturais do instrumento;
Escalas maiores e respectivas escalas menores: dó maior /lá menor e fá
maior/ré menor ou até 2 sustenidos e bemóis; e
Leitura básica do código musical e de seus elementos: pentagrama, clave de
sol, compasso (binário e ternário), barra de compasso (simples, dupla e
final), figura de notas (mínimas, semínimas, colcheias e suas pausas) e sinais
de dinâmica.
LITERATURA
Origem do instrumento;
Aspectos básicos do contexto das peças executadas e dos compositores das
mesmas.
BÁSICO 2
EXECUÇÃO
Interpretação de peças de diferentes épocas, culturas e estilos do repertório
específico dos diversos instrumentos de madeiras, que explorem os
elementos técnicos estudados durante o semestre:
2 peças de música erudita
3 peças de música popular, sendo 2 brasileiras
3 peças de estilos, gêneros e culturas variadas
Execução de peças com forma ABA e Rondó;
Execução expressiva de melodias fáceis até duas vozes usando semibreve a
mínima, a semínima, a colcheia e a semicolcheia; e
Utilização de diferentes dinâmicas e agógicas para dar cor e expressão à
interpretação musical.
COMPOSIÇÃO
Elaboração de composições próprias e arranjos de peças musicais simples
baseados nas notas musicais e figuras estudadas:
2 composições coletivas
1 improvisação individual
2 arranjos
Improvisações e composições melódicas sobre escalas pentatônicas, maiores
e menores;
Criação: improvisações, arranjos e composições de caráter diferente e
utilizando elementos agógicos e dinâmicos diversos; e
Aplicação de técnicas de improvisação e elementos compositivos: pergunta-
resposta e variação.
APRECIAÇÃO
Apreciação de 6 peças de estilos diferentes refletindo e discutindo aspectos
relacionados com os materiais, a expressão e a forma;
Reconhecimento de notas e melodias;
Reconhecimento das mudanças de intensidade da música relacionadas com o
Projeto Político-Pedagógico 58
TÉCNICA
Postura corporal correta e relaxada em cada instrumento;
Controle necessário dos músculos faciais que formam a embocadura,
possibilitando uma correta emissão, afinação, articulação e flexibilidade;
Utilização natural, espontânea e intuitiva da coluna de ar para a preparação
da interpretação musical;
Articulações: ligadura e acento;
Afinação: intervalos de terça;
Dinâmicas: f, mf, e p.;
Domínio de toda a extensão tradicional do instrumento em notas naturais;
Escalas maiores e respectivas escalas menores até 3 sustenidos e bemóis;
Desenvolvimento da flexibilidade na execução de intervalos;
Domínio da leitura do código musical e de seus elementos; e
Escrita de ritmos, melodias, acordes e cadências simples e partituras como
apoio para a interpretação e a apreciação.
LITERATURA
Conhecimento da origem, história e evolução dos instrumentos de madeiras:
flauta, clarinete e saxofone.
Compreensão dos conceitos básicos da história da música erudita e popular
(nacional e internacional) relacionada com os estilos musicais
executados/apreciados.
Os compositores das músicas apreciadas e executadas.
BÁSICO 3
EXECUÇÃO
Interpretação de peças de diferentes épocas, culturas e estilos do repertório
específico dos diversos instrumentos de madeiras e do grupo de sopros, que
explorem os elementos técnicos estudados durante o semestre:
4 peças de música erudita
4 peças de música popular, sendo 2 brasileiras
4 peças de estilos, gêneros e culturas variadas
Execução expressiva de melodias até quatro vozes considerando aspectos
interpretativos de uma obra musical como a articulação, a acentuação e o
fraseado;
Execução expressiva de peças com acompanhamento harmônico (piano,
violão, gravações) para o desenvolvimento do ouvido harmônico; e
Execução expressiva de melodias já estudadas em novas tonalidades, com
partitura e sem, visando o treinamento do ouvido e da memória.
COMPOSIÇÃO
Elaboração de composições próprias e arranjos de peças musicais simples
baseados nas notas musicais e figuras estudadas:
3 composições coletivas
3 improvisações individuais
3 arranjos
Realização de arranjos em grupo para duas e três vozes de melodias do
folclore brasileiro, de peças atuais e de peças do repertório do instrumento.
Projeto Político-Pedagógico 59
APRECIAÇÃO
Apreciação de 8 peças de estilos diferentes (relativas às peças em estudo na
execução e composição) refletindo e discutindo aspectos relacionados com os
materiais, a expressão e a forma;
Realização de gravações das execuções e composições em sala de aula e
posterior reflexão e análise crítica das próprias interpretações;
Reconhecimento de motivos melódicos e rítmicos;
Reconhecimento auditivo de escalas maiores, menores (harmônicas, naturais
e melódicas) e modais; e
Reconhecimento da forma musical: cânone e suíte.
TÉCNICA
Controle do diafragma e dos músculos abdominais que intervêm na
respiração. Os tipos de respiração atendendo a localização do ar: superior,
intercostal/média, diafragmática/baixa e completa.
Domínio das técnicas para a execução musical em grupo: afinação, igualdade
de fraseado, sincronismo, precisão rítmica, equilíbrio e unidade sonora.
Domínio das diferentes combinações de articulações.
Técnicas específicas de cada instrumento: Vibrato.
Dinâmicas: crescendo e diminuendo.
Afinação: controle da afinação em todos os registros do instrumento.
Cadências plagais e perfeitas.
Escalas maiores e respectivas escalas menores até 4 sustenidos e bemóis.
Prática de arpejos maiores e suas relativas menores até pelo menos até 3
sustenidos e bemóis. Prática de intervalos de terça e quarta até 2 sustenidos
ou bemóis. Escala cromática.
Domínio da leitura e da escrita do código musical e de seus elementos
LITERATURA
Instrumentos da família da flauta, clarinete e saxofone.
Instrumentistas e suas técnicas: apresentação dos principais instrumentistas
nacionais e internacionais
Compreensão dos conceitos básicos da história da música erudita e popular
(nacional e internacional) relacionada com os estilos musicais
executados/apreciados.
Os compositores das músicas apreciadas e executadas.
As obras escolhidas para compor o repertório dos alunos devem atender à seguinte
diversidade (escolher equilibradamente, tanto com base na preferência dos alunos
quanto para atender a necessidades de desenvolvimento cultural e técnico
complementar):
Música folclórica
Nacional: música folclórica das diversas regiões do Brasil.
Internacional: música folclórica de diversos países.
Música popular
Nacional: conhecimento dos diversos gêneros da música popular brasileira
Projeto Político-Pedagógico 60
Este curso está organizado segundo alguns princípios básicos (principalmente Swanwick,
1979 e 2003). Existem três atividades musicais principais no currículo: Composição,
Apreciação e Execução. Embora elas estejam descritas separadamente, a intenção é de
que, quando possível, elas se integrem, que as técnicas e sons usados na execução
possam ser o ponto de partida para a composição e a improvisação, e que as atividades
práticas possam ser relacionadas com a apreciação da música composta por outros,
incluindo colegas da turma e compositores reconhecidos. Literatura sobre música, ou
informação contextual, não deve ser o foco principal do curso, mas esse tipo de
informação poderá ser útil quando relacionada diretamente com as atividades de
Composição, Apreciação e Execução.
Outros três termos são usados: “materiais”, “expressão” e “forma”. “Materiais” refere-
se à percepção aural e o controle dos sons. “Expressão” é o caráter expressivo das
frases demonstrado através das escolhas de tempo, intensidade, dinâmicas e
articulações. “Forma” é a maneira como a música está organizada, a relação entre as
frases, repetição, contraste, variação e transformação.
Por meio do ensino coletivo, o curso de metais (trompete, trompa, trombone, eufônio e
tuba) do Projeto Guri tem como meta desenvolver a musicalidade dos alunos. O curso é
norteado por atividades de execução musical, apreciação e composição. A história da
música, dos instrumentos de metais e dos compositores será contextualizada e ajudará
na aquisição de habilidades técnicas necessárias para execução dos instrumentos de
metais. Os grupos musicais de sopros se constituirão de diversas formações com arranjos
específicos. O repertório abrangerá diversos estilos, gêneros, épocas e culturas
priorizando a música brasileira. A qualidade e excelência musical serão uma busca
constante, pela qual será oferecida ao aluno uma possibilidade de continuar seus
estudos em qualquer instituição regular de ensino musical.
(T)écnica (L)iteratura
O instrumento
Respiração
Relaxamento muscular e postura corporal:
Embocadura, Emissão e sonoridade,
Articulação, Afinação e Digitação
Leitura e escrita musical
7.4.1 Apreciação
7.4.2 Execução
Atividades gerais
Materiais: percepção aural e controle dos sons. Materiais, expressão e forma estão
relacionados intensamente na execução. Deste modo, o controle dos sons deverá
conduzir ao contorno expressivo e ao senso de direção musical (forma).
Exploração das possibilidades sonoras dos instrumentos de metais segundo sua
construção, o seu material e sua forma de tocar.
Realização de exercícios e jogos de reprodução vocal ou instrumental de
intervalos, pequenos motivos rítmico-melódicos ou canções como cantigas de
roda, de carnaval, etc.
Interpretação de peças de diferentes épocas, culturas e estilos do repertório
específico dos diversos instrumentos de madeiras que explorem os elementos
técnicos estudados durante o semestre.
Execução de melodias já estudadas em novas tonalidades, com partitura e sem,
visando o treinamento do ouvido e da memória.
Treinamento permanente e progressivo da memória por meio da execução de
memória de peças ou fragmentos musicais.
Execução de peças com acompanhamento harmônico (piano, violão, gravações)
para o desenvolvimento do ouvido harmônico.
Expressão
Utilização de diferentes dinâmicas e agógicas para dar cor e expressão à
interpretação musical.
Execução considerando aspectos interpretativos de uma obra musical como a
articulação, a acentuação e o fraseado.
Fluência na execução visando uma interpretação expressiva.
Projeto Político-Pedagógico 63
Forma
Conhecimento da forma das frases e a estrutura dos padrões tonais e rítmicos
das peças executadas.
Identificação de partes iguais, diferentes, evoluções, etc. na forma musical das
peças executadas.
Conhecimento holístico ou integrado das peças executadas.
Desenvolvimento do gosto pela execução musical.
Disposição favorável para executar peças de diferentes gêneros e estilos com
independência do próprio gosto musical.
Materiais
Improvisações e composições rítmicas. Improvisações e composições melódicas
sobre escalas pentatônicas, maiores e menores.
Exercícios de improvisação sobre encadeamentos harmônicos simples: tônica,
subdominante, dominante em andamento lento ou moderado.
Expressão
Criação e execução de improvisações, arranjos e composições de caráter
diferente e utilizando elementos agógicos e dinâmicos diversos.
Forma
Aplicação de técnicas de improvisação e elementos compositivos: repetição,
imitação, pergunta-resposta, variação, desenvolvimento, improvisação, etc.
7.4.4 (T)écnica
É uma atividade de apoio à execução, apreciação e composição. Não deve ser o foco
principal das aulas.
O instrumento
A montagem do instrumento. Conhecimento das partes: do trompete, do cornet,
da trompa, do eufônio e da tuba. O sistema de válvula a pistão, de válvula
rotativa e do êmbolo (vara).
Manutenção diária do instrumento, limpeza, higienização e o kit de limpeza.
Interesse pelo cuidado na manutenção preventiva do instrumento para uma
correta execução.
Respiração
Projeto Político-Pedagógico 64
A produção do som
Embocadura
o Formação da embocadura: definição.
o Os lábios e sua função.
o Posicionamento correto da musculatura envolvida na embocadura.
o Controle necessário dos músculos faciais que formam a embocadura
possibilitando uma correta emissão, afinação, articulação e flexibilidade.
o Fortalecimento dos músculos faciais.
o Exercícios de notas longas com crescendo e decrescendo para exercitar o
controle e a flexibilidade dos músculos da embocadura.
o Conscientização da importância dos músculos envolvidos na embocadura
para uma correta execução instrumental.
Emissão e Sonoridade
o A produção do som: emissão.
o A qualidade do som.
o Vibração labial com o bocal (abelhinha).
o Exploração sonora no instrumento.
o Desenvolvimento da flexibilidade nos intervalos.
o Exercícios de sonoridade e emissão: controle da emissão e a sonoridade
no instrumento em todos os registros utilizando diversas dinâmicas.
o Controle da emissão e da sonoridade no instrumento em todos os registros
e dinâmicas
Projeto Político-Pedagógico 65
7.4.5 (L)iteratura
É uma atividade de apoio, não deve ser o foco principal das aulas. “Literatura de” e
“literatura sobre” música; inclui “não somente o estudo contemporâneo ou histórico da
literatura da música em si por meio de partituras e execuções, mas também por meio
Projeto Político-Pedagógico 66
BÁSICO 1
EXECUÇÃO
Interpretação de peças de diferentes épocas, culturas e estilos do repertório
específico dos diversos instrumentos de madeiras que explorem os elementos
técnicos estudados durante o semestre:
1 peça de música erudita
3 peças de música popular, sendo 2 brasileiras
2 peças de estilos, gêneros e culturas variadas
Execução de melodias no compasso binário e ternário usando as habilidades
musicais fixadas.
Execução de peças com forma AA' e AB.
Noções básicas de postura, respiração, emissão e articulação que permitam a
execução de músicas em até duas vozes.
Execução expressiva com boa afinação de melodias fáceis até duas vozes
usando a semibreve, a mínima e a semínima.
Valorização da importância da qualidade do som e das habilidades técnicas
(afinação, articulação, posições, respiração, etc.) para uma boa
interpretação musical.
COMPOSIÇÃO/IMPROVISAÇÃO/ARRANJO
Projeto Político-Pedagógico 67
APRECIAÇÃO
Apreciação de 6 peças de estilos diferentes refletindo e discutindo aspectos
relacionados com os materiais,a expressão e a forma.
Reconhecimento sonoro do som, do ruído e do silêncio.
Consciência do pulso como alicerce rítmico.
Reconhecimento auditivo de células rítmicas e intervalos, inclusive da música
brasileira (baião, balaio e bossa),preferencialmente relacionados ao
repertório em estudo.
Distinção da sonoridade/timbre dos instrumentos de metais
Reconhecimento de fórmulas de compasso binário e ternário.
Capacidade de perceber as frases, suas repetições e variações nas formas AA'
e AB.
Reconhecimento dos estilos de música folclórica e popular nacional.
Criação de hábitos de escuta
TÉCNICA
Conhecimento das partes do instrumento. Montagem do instrumento
Manutenção diária do instrumento: limpeza e higienização.
Conhecimento dos órgãos que atuam na respiração e sua função.
Prática de exercícios de respiração para execução dos instrumentos de
metais
Posicionamento da embocadura: os lábios e sua função.
Controle da emissão e da sonoridade: vibração labial e vibração labial com o
bocal.
Controle da digitação/posição das válvulas a pistão, das válvulas rotativas e
do êmbolo.
Prática de articulações: tenuto e stacatto.
Prática da afinação: uníssono e intervalos de terça.
Prática de escalas maiores e respectivas escalas menores: do maior /la
menor e fa maior/re menor.
Leitura da notação não convencional da música (gráficos, pontos, curvas,
etc.). Leitura do código musical e de seus elementos: pentagrama, clave de
sol, clave de fa, compasso (binário e ternário), barra de compasso (simples,
dupla e final), figura de notas (semibreve e mínima) e sinais de dinâmica.
Controle da emissão e da sonoridade no instrumento a partir da extensão
adquirida.
LITERATURA
Origem do instrumento
Projeto Político-Pedagógico 68
BÁSICO 2
EXECUÇÃO
Execução de peças de diferentes épocas, culturas e estilos do repertório
específico dos diversos instrumentos de metais que explorem os elementos
técnicos estudados durante o semestre:
2 peças de música erudita
3 peças de música popular, sendo 2 brasileiras
3 peças de estilos, gêneros e culturas variadas
Execução de peças com forma ABA e Rondó.
Execução expressiva, com boa afinação, de melodias fáceis até duas vozes
usando a semibreve, a mínima, a semínima, a colcheia e a semicolcheia.
Capacidade para executar melodias no compasso quaternário usando as
habilidades musicais fixadas.
Utilização de diferentes dinâmicas e agógicas para dar cor e expressão à
interpretação musical.
Valorização da importância da qualidade do som e das habilidades técnicas
(afinação, articulação, posições, respiração, etc.) para uma boa
interpretação musical.
COMPOSIÇÃO/IMPROVISAÇÃO/ARRANJO
Improvisações e composições melódicas próprias e arranjos de peças musicais
simples usando a semibreve, a mínima e a semínima por meio de elementos
compositivos de pergunta-resposta, repetição e variação, escalas
pentatônicas, maiores e menores, etc.
2 composições coletivas
1 improvisação individual
2 arranjos
Criação de improvisações, arranjos e composições de caráter diferente e
utilizando elementos agógicos e dinâmicos diversos.
Manipulação dos materiais utilizados nas atividades de composição dentro
das formas AA', AB e ABA.
Fruição das composições elaboradas através da utilização da expressão
musical.
Valorização da composição/improvisação/arranjo como prática para o
desenvolvimento da criatividade musical.
APRECIAÇÃO
Apreciação de 6 peças de estilos diferentes refletindo e discutindo aspectos
relacionados com os materiais, a expressão e a forma.
Reconhecimento auditivo de células rítmicas, intervalos e melodias, inclusive
da música brasileira (capoeira, coco e frevo).
Distinção da sonoridade/timbre dos instrumentos de metais.
Reconhecimento de fórmulas de compasso quaternário.
Capacidade de perceber as frases, suas repetições e variações nas formas
ABA e Rondo.
Reconhecimento auditivo de elementos formais da música: repetição,
contraste, variação.
Conhecimento dos estilos de música folclórica e popular nacional.
TÉCNICA
Aprimoramento da postura, da respiração, da emissão e da articulação que
Projeto Político-Pedagógico 69
LITERATURA
Compreensão dos conceitos básicos da história da música erudita e popular
(nacional e internacional) relacionada com os estilos musicais das peças
executadas/apreciadas.
Breve história dos instrumentos de metais (trompete/cornet, trompa,
trombone, eufônio e tuba).
Informação básica sobre os compositores das músicas apreciadas e
executadas.
BÁSICO 3
EXECUÇÃO
Interpretação de peças de diferentes épocas, culturas e estilos do repertório
específico dos diversos instrumentos de metais e do grupo de sopros que
explorem os elementos técnicos estudados durante o semestre:
4 peças de música erudita
4 peças de música popular, sendo 2 brasileiras
4 peças de estilos, gêneros e culturas variadas
Capacidade para executar melodias no compasso quaternário usando as
habilidades musicais fixadas.
Execução expressiva com boa afinação de melodias fáceis até quatro vozes
usando a semibreve a mínima e a semínima, a colcheia e a semicolcheia.
Execução de peças com acompanhamento harmônico (piano, violão,
gravações) para o desenvolvimento do ouvido harmônico.
Execução de melodias já estudadas em novas tonalidades, com partitura e
sem, visando o treinamento do ouvido e da memória.
Valorização da importância da qualidade do som e das habilidades técnicas
(afinação, articulação, posições, respiração, etc.) para uma boa
interpretação musical.
COMPOSIÇÃO/IMPROVISAÇÃO/ARRANJO
Elaboração de composições próprias e arranjos de peças musicais simples
usando a colcheia e a semicolcheia e os elementos compositivos de contraste
e desenvolvimento dentro das formas: AABB, tema e variações,
3 composições coletivas
3 improvisações individuais
Projeto Político-Pedagógico 70
3 arranjos
Realização arranjos em grupo para duas e três vozes de melodias do folclore
brasileiro, de peças atuais e de peças do repertório do instrumento.
Exercícios de improvisação sobre encadeamentos harmônicos simples: tônica,
subdominante, dominante em andamento lento ou moderado.
Fruição das composições demonstrando sua respectiva expressão musical.
Valorização da composição/improvisação/arranjo como prática para o
desenvolvimento da criatividade musical.
APRECIAÇÃO
Apreciação e escuta de fragmentos e obras com distintas agrupações
instrumentais e de diferentes estilos.
Apreciação de 8 peças de estilos diferentes refletindo e discutindo aspectos
relacionados com os materiais, a expressão e a forma.
Realização de gravações das execuções e composições em sala de aula e
posterior reflexão e análise crítica das próprias interpretações.
Reconhecimento auditivo de células rítmicas, intervalos, articulações,
mudanças harmônicas, etc.
Reconhecimento auditivo de células rítmicas da música brasileira (maracatu,
marcha, samba e xote).
Reconhecimento de fórmulas de compasso binário composto e ternário
composto.
Reconhecimento auditivo de escalas maiores, menores (harmônicas, naturais
e melódicas) e modais.
Reconhecimento da forma musical: cânone e suíte.
Capacidade de perceber as frases, suas repetições e variações nas formas
ABA, AABB, rondó, tema e variações, etc.
Fruição dos estilos de música folclórica e popular nacional.
TÉCNICA
Aprimoramento da postura, da respiração, da emissão e da articulação que
permitam a execução de músicas em até quatro vozes.
Prática permanente e progressiva de exercícios de respiração para execução
dos instrumentos de metais.
Fortalecimento da embocadura.
Controle da emissão e da sonoridade: equilíbrio sonoro.
Controle da sonoridade nos instrumentos de metais.
Controle da digitação/posição das válvulas a pistão, das válvulas rotativas e
do êmbolo: a digitação/posição nos instrumentos de metais.
Prática da afinação: cadência plagal.
Prática da dinâmica: pp, ff, sforzando, crescendo, diminuendo, etc.
Controle da emissão e da sonoridade no instrumento a partir da extensão
adquirida.
Prática de escalas maiores, escalas menores e respectivos arpejos: sol
maior/mi menor, re maior/si menor, la maior/fa# menor e mi maior/do#
menor.
Leitura do código musical e de seus elementos: compasso (binário composto
e ternário composto), fermata, divise, sinais de repetição, figura de notas
(semicolcheia), sincopa e sinais de dinâmica
LITERATURA
Compreensão dos conceitos básicos da história da música erudita e popular
(nacional e internacional) relacionados com os estilos musicais
executados/apreciados.
Breve história dos instrumentos de metais (trompa e tuba)
Projeto Político-Pedagógico 71
As obras escolhidas para compor o repertório dos alunos devem atender à seguinte
diversidade (escolher equilibradamente, tanto com base na preferência dos alunos
quanto para atender a necessidades de desenvolvimento cultural e técnico
complementar):
Música folclórica
Nacional: música folclórica das diversas regiões do Brasil.
Internacional: música folclórica de diversos países.
Música popular
Nacional: conhecimento dos diversos gêneros da música popular brasileira
relacionando-os aos períodos históricos em que foram desenvolvidos
(samba, samba-canção, marcha, choro, bossa nova, MPB, baião,
sertaneja, pagode, maracatu, frevo, forró, ciranda, gêneros gaúcho
lambada, funk, rock, rap, etc.).
Internacional: música popular internacional de diversos estilos (pop, rock,
metal, reggae, jazz, swing, soul, eletrônica, techno, dance, new age,
rap, funk, country, blues, etc.).
Música erudita
Nacional: conhecimento da música erudita brasileira e relacioná-la aos
períodos históricos em que foi desenvolvida.
Internacional: conhecimento da música erudita internacional e relacioná-
la aos períodos históricos em que foi desenvolvida (Idade Média,
Renascença, Barroco,Clássico, Romântico, Moderno).
Comparação de diferentes estilos e períodos históricos.
Valorização e respeito pela cultura local incorporando seus elementos
tradicionais, festejos, brincadeiras, músicas, danças, etc.
Este curso está organizado segundo alguns princípios básicos (principalmente Swanwick,
1979 e 2003). Existem três atividades musicais principais no currículo: Composição,
Apreciação e Execução. Embora elas estejam descritas separadamente, a intenção é de
que, quando possível, elas se integrem, que as técnicas e sons usados na execução
possam ser o ponto de partida para a composição e a improvisação, e que as atividades
práticas possam ser relacionadas com a apreciação da música composta por outros,
incluindo colegas da turma e compositores reconhecidos. Literatura sobre música, ou
informação contextual, não deve ser o foco principal do curso, mas esse tipo de
informação poderá ser útil quando relacionada diretamente com as atividades de
Composição, Apreciação e Execução.
Outros três termos são usados: “materiais”, “expressão” e “forma”. “Materiais” se
refere à percepção aural e o controle dos sons. “Expressão” é o caráter expressivo das
frases demonstrado através das escolhas de tempo, intensidade, dinâmicas e
articulações. “Forma” é a maneira como a música está organizada, a relação entre as
frases, repetição, contraste, variação e transformação.
7.5.1 Apreciação
7.5.2 Execução
Atividades gerais
Materiais: percepção aural e controle dos sons. Materiais, expressão e forma estão
relacionados intensamente na execução. Deste modo, o controle dos sons deverá
conduzir ao contorno expressivo e ao senso de direção musical (forma).
Exploração das possibilidades sonoras dos instrumentos de cordas friccionadas
segundo sua construção, o seu material e sua forma de tocar.
Realização de exercícios e jogos de reprodução vocal ou instrumental de
intervalos, pequenos motivos rítmico-melódicos ou canções como cantigas de
roda, etc.
Interpretação de peças de diferentes épocas, culturas e estilos. Do repertório
específico, dos diversos instrumentos de cordas friccionadas, que explorem os
elementos técnicos estudados durante o semestre.
Execução de melodias já estudadas em novas tonalidades, com ou sem partitura,
visando o treinamento auditivo e da memória.
Treinamento permanente e progressivo da memória por meio da execução de
memória de peças ou fragmentos musicais.
Execução de peças com acompanhamento harmônico (piano, violão, gravações)
para o desenvolvimento do ouvido harmônico.
Expressão
Utilização de diferentes dinâmicas e agógicas para dar cor e expressão à
interpretação musical.
Execução considerando aspectos interpretativos de uma obra musical, como a
articulação, acentuação e fraseado.
Fluência na execução visando uma interpretação expressiva.
Forma
Conhecimento da forma das frases e estrutura dos padrões tonais e rítmicos das
peças executadas.
Identificação de partes iguais, diferentes, evoluções, etc, dentro da forma
musical das peças executadas.
Conhecimento holístico ou integrado das peças executadas.
Desenvolvimento do gosto pela execução musical.
Disposição favorável para executar peças de diferentes gêneros e estilos, com
independência do próprio gosto musical.
invenção musical. O aluno deve tomar decisões sobre materiais, forma e expressão.
A composição, a improvisação e o arranjo como recurso criativo: características.
Participação em jogos de improvisação.
Improvisação e composição individual e coletiva, com ou sem notação.
Improvisos livres e dirigidos (baseados nos conteúdos trabalhados).
Realização de arranjos em grupo para duas e três vozes de melodias folclóricas
brasileiras, com peças atuais e peças do repertório do instrumento.
Valorização da composição, improvisação e o arranjo como prática para o
desenvolvimento da criatividade musical.
Materiais
Improvisação e compositores.
Improvisações e composições melódicas sobre escalas pentatônicas, maiores e
menores.
Exercícios de improvisação sobre encadeamentos harmônicos simples: tônica,
subdominante, dominante em andamento lento ou moderado.
Expressão
Criação e execução de improvisações, arranjos e composições de caráter
diferente, utilizando elementos agógicos e dinâmicos diversos.
Forma
Aplicação de técnicas de improvisação e elementos compositivos: repetição,
imitação, pergunta-resposta, variação, desenvolvimento, improvisação, etc.
7.5.4 (T)écnica
É uma atividade de apoio à Execução, Apreciação e composição. Não deve ser o foco
das aulas, e sim subsidiar as demais atividades.
O instrumento
o Conhecimento das partes dos instrumentos de cordas friccionadas.
o Acessórios e sua utilização: espaleira, breu, apoio para espigão.
o Manutenção diária do instrumento: limpeza e cuidados no manuseio.
o Interesse pelo cuidado e manutenção do instrumento para seu bom
funcionamento.
Relaxamento muscular e postura corporal
o Consciência da tensão e do relaxamento nas diversas partes do corpo.
Atitude relaxada, relaxamento total e parcial.
o Posicionamento do instrumento ao corpo: adequação, sustentação,
postura equilibrada, movimento e flexibilidade atentando para as
necessidades específicas de cada instrumento e técnica abordada,
visando o desenvolvimento técnico.
o Sensibilização da consciência corporal e do equilíbrio muscular.
o Exercícios de alongamento e relaxamento básico de membros superiores
e inferiores.
o Exercícios de relaxamento e de dissociação (independência) dos
músculos.
o Valorização do domínio essencial do corpo no desenvolvimento da técnica
instrumental.
o Reconhecimento da importância do uso correto do instrumento e do
corpo evitando os maus hábitos corporais e esforços desnecessários.
o Consciência da necessidade de uma boa postura para um bom
desenvolvimento musical.
Projeto Político-Pedagógico 76
Produção do som
Emissão e sonoridade
o A qualidade do som como elemento fundamental do trabalho.
o Controle, exercícios de tonalização, pressão (peso), velocidade, ponto de
contato e sua aplicação prática.
o Posição para as diferentes cordas (alteração da altura do cotovelo) e
execução do movimento.
o Conscientização de pontos de contato e movimentos básicos adequados
para adquirir uma boa sonoridade.
Articulação
o Valorização da importância dos exercícios de articulação na expressão
musical.
Arcadas
o Direção dos movimentos do arco e suas marcações gráficas.
o Divisão do arco: Meio, talão, ponta, metade inferior, metade superior,
todo o arco.
Golpes de arco
o Detaché, martelé, legato, staccato, spiccato, trêmulo, pizzicato, son filé
e sul ponticello.
o Prática de diferentes tipos de articulação. Domínio das diferentes
combinações.
Afinação
o Conceitos básicos de afinação. Prática e desenvolvimento da afinação.
o Exercícios de tonalização.
o Reconhecimento da própria afinação em relação ao grupo.
o Valorização da importância da execução afinada para uma boa
interpretação musical.
Mecanismo - Técnica de mão direita
o Empunhadura equilibrada, flexibilidade, agilidade, controle (distribuição
e pressão), paralelismo, funcionamento do polegar, colocação (meio,
ponta e talão), movimento de pronação e supinação.
Mecanismo - Técnica de mão esquerda
o Adequação da mão esquerda ao instrumento, postura equilibrada,
flexibilidade, articulação, agilidade, anglo dos dedos, independência de
dedos, extensão, movimento vertical e horizontal.
o Forma de mão e padrões de digitação.
Movimentos básicos do braço direito
o Descrição dos movimentos do braço e antebraço.
o Ângulo e condução do movimento
Vibrato
o Amplitude (tamanho do movimento) e frequência (velocidade do
movimento).
o Movimento relaxado na realização do vibrato.
Mudança de posição
o Movimentos básicos da mudança de posição. Compreensão dos respectivos
mecanismos.
o Reconhecimento das capacidades técnico-musicais próprias do momento
e predisposição para o seu aperfeiçoamento.
o Valorização das habilidades técnicas como meio de expressão musical.
Projeto Político-Pedagógico 77
7.5.5 (L)iteratura
Atividade de apoio, não deve ser o foco principal das aulas. “Literatura de” e
“literatura sobre” música; inclui “não somente o estudo contemporâneo ou histórico da
literatura da música em si por meio de partituras e execuções, mas também por meio
da crítica musical, histórica e musicológica”. O trabalho de literatura está basicamente
voltado à diversidade cultural dos estilos musicais que devem ser trabalhados na
execução, na composição e na apreciação.O trabalho de literatura está basicamente
voltado à diversidade cultural dos estilos musicais que devem ser trabalhados na
execução, na composição e na apreciação.
Os instrumentos da família das cordas friccionadas: Violino, viola, violoncelo e
contrabaixo.
Elementos comuns na construção e execução dos instrumentos de cordas.
Conhecimento dos aspectos históricos dos instrumentos de cordas friccionadas
(construção, trajetória e curiosidades).
Instrumentistas e suas técnicas: apresentação dos principais instrumentistas
nacionais e internacionais.
Conceitos básicos da história da música erudita e popular.
Conhecimento sobre os compositores das músicas apreciadas e executadas.
Contexto histórico e social das peças executadas ou ouvidas.
Comparação de diferentes estilos e períodos históricos.
equilibrar obras mais fáceis com outras mais difíceis, que possibilitem o trabalho nas
três dimensões de crítica musical (materiais, expressão e forma).
2) Diversificar os estilos musicais trabalhados (ver seção literatura), de modo que sejam
contemplados os objetivos gerais de oferecer diversidade cultural aos alunos. Lembre
também de trabalhar repertório trazido pelos próprios alunos (o que, em diversos casos,
pode ser muito mais facilmente trabalhado em atividades de composição).
BÁSICO 1
EXECUÇÃO
Execução de composições baseadas nas possibilidades sonoras vivenciadas
com os instrumentos, utilizando notação convencional ou não.
Execução de peças que explore as formas musicais AA’ e AB.
Execução de peças musicais com diferentes dinâmicas e durações.
Interpretação de 4 peças de diferentes estilos, sendo 1 melodia brasileira ao
menos, e que estejam de acordo com os elementos técnicos e musicais
vivenciados.
COMPOSIÇÃO
Elaboração de composições próprias, sendo: uma composição, uma
improvisação e um arranjo.
Exploração e experimentação de timbres e intensidade, utilizando as cordas
comuns (sol, ré e lá) dos instrumentos.
Uso de notação não convencional (gráficos, pontos, curvas, etc.) relacionada
com a exploração sonora.
Criação de peças utilizando padrões de movimentos sonoros.
Uso de figuras de mínina, semínima e suas respectivas pausas como parte da
estrutura do arranjo.
APRECIAÇÃO
Percepção sonora do som, ruído e silêncio.
Reconhecimento de diferentes níveis de intensidade, diferenças amplas de
altura, mudanças evidentes de timbre, duração e textura.
Audição musical ativa por meio da expressão corporal (movimento, gestos,
etc.).
TÉCNICA
Posicionamento do instrumento ao corpo: adequação, sustentação, postura
equilibrada, movimento e flexibilidade. Atentando para as necessidades
específicas de cada instrumento.
Postura adequada como ponto de partida para uma boa projeção sonora.
Movimentos básicos do braço direito (braço e antebraço).
Técnica de mão direita: empunhadura, controle (distribuição e pressão),
paralelismo, funcionamento do polegar, pizzicato, colocação do arco.
Técnica de mão esquerda: Adequação da mão esquerda ao instrumento,
postura equilibrada, anglo dos dedos.
Arcadas: Direção dos movimentos do arco; divisão do arco (meio e metade
superior).
Golpes de arco: Detaché e martelé.
Figuras de notas e respectivas pausas (mínima e semínima).
Escala de Ré maior.
LITERATURA
Aspectos básicos da história dos instrumentos de cordas friccionadas
Projeto Político-Pedagógico 79
BÁSICO 2
EXECUÇÃO
Execução de peças elaboradas pelo os próprios alunos, explorando as formas
musicais AA', AB e ABA.
Interpretação de peças com ênfase nas formas musicais vivenciadas.
Execução de peças com mudanças de intensidade da música e intenções
expressivas.
Interpretação de 6 peças de diferentes épocas, culturas e estilos, sendo 2
peças brasileiras ao menos, e que estejam de acordo com os elementos
técnicos e musicais vivenciados.
COMPOSIÇÃO
Elaboração de composições próprias, sendo: duas composições, uma
improvisação e dois arranjos.
Composição de canções próprias e de peças musicais curtas, utilizando o
tetracorde de ré (cordas ré) e lá (corda lá), a partir dos processos de
improvisação da turma.
Improvisação livre e dirigida, explorando as possibilidades sonoras dos
instrumentos.
Criação de peças com padrões de movimentos sonoros e experimentação de
timbres.
Improvisação rítmica e melódica a partir das formas AA', AB e ABA.
APRECIAÇÃO
Reconhecimento de diferentes níveis de intensidade, diferenças amplas de
altura, mudanças evidentes de timbre e textura.
Audição musical ativa por meio da expressão corporal (movimento, mímica,
gestos, etc.).
Distinção de sons longos e curtos.
Reconhecimento da família de instrumentos de cordas friccionadas.
TÉCNICA
Desenvolvimento de uma postura corporal correta e relaxada, atentando para
as necessidades específicas de cada instrumento e técnica abordada.
Posicionamento do instrumento ao corpo: adequação, sustentação, postura
equilibrada, movimento e flexibilidade. Atentando para as necessidades
específicas de cada instrumento.
Pontos de base, equilíbrio postural, movimento e flexibilidade.
Técnica de mão direita: Empunhadura equilibrada, flexibilidade, agilidade,
controle (distribuição e pressão), paralelismo, funcionamento do polegar,
pizzicato, colocação (meio, ponta e talão), movimento de pronação e
supinação.
Técnica de mão esquerda: Adequação da mão esquerda ao instrumento,
postura equilibrada, flexibilidade, articulação, agilidade, ângulo dos dedos.
Movimentos básicos do braço direito: Descrição dos movimentos do braço e
antebraço. Ângulo e condução do movimento
Arcadas: Direção dos movimentos do arco e suas marcações gráficas. Divisão:
Meio, talão, ponta, metade inferior, metade superior.
Golpes de arco: Detaché, martelé, legato, staccato. Prática de diferentes
tipos de articulação.
Figuras de notas e respectivas pausas (mínima, semínima e colcheia).
Projeto Político-Pedagógico 80
LITERATURA
Aspectos históricos dos instrumentos de cordas friccionadas (construção,
trajetória e curiosidades).
Informações sobre os compositores das músicas apreciadas e executadas.
Histórias e curiosidades sobre peças de diferentes épocas, culturas e estilos.
BÁSICO 3
EXECUÇÃO
Execução de peças elaboradas pelos próprios alunos e variações de peças
com as quais eles se identificam.
Interpretação de peças de diferentes épocas, culturas e estilos.
Interpretação de musicais populares: nacionais e internacionais.
Execução de peças eruditas: nacionais e internacionais.
Execução de peças com diferentes características de andamento, intensidade
e intenções expressivas da música.
Interpretação de 8 peças de diferentes épocas, culturas e estilos, sendo 4
peças brasileiras ao menos, e que estejam de acordo com os elementos
técnicos e musicais vivenciados.
COMPOSIÇÃO
Elaboração de composições próprias, sendo: 3 composições, 2 improvisações
e 3 arranjos.
Composição de canções próprias, explorando as figuras rítmicas e melódicas
trabalhadas, considerando as variações de dinâmica e andamento.
Improvisação livre e dirigida, considerando as possibilidades sonoras do corpo
e dos instrumentos.
Criação de peças com padrões de movimentos sonoros e experimentação de
timbres.
Improvisação de frases melódicas com organizações métricas pré-
estabelecidas.
Criação de frases musicais a partir de padrões de escalas e arpejos.
Improvisação rítmica e melódica a partir das formas AA', AB e ABA
Criação de elementos sonoros. Sonorização de fotos, quadros, histórias e/ou
poemas explorando timbres.
Criação de arranjos e variações de peças musicais com as quais os alunos se
identificam.
APRECIAÇÃO
Reconhecimento de diferentes níveis de intensidade, diferenças amplas de
altura, mudanças evidentes de timbre e textura.
Audição musical ativa por meio da expressão corporal (movimento, mímica,
gestos, etc.).
Apreciação crítica dos elementos materiais, expressivos e formais da musica.
Reconhecimento das formas musicais: AA’, AB, ABA, cânone e rondó.
TÉCNICA
Postura adequada como ponto de partida para uma boa projeção Sonora.
Posicionamento do instrumento ao corpo: adequação, sustentação, postura
equilibrada, movimento e flexibilidade. Atentando para as necessidades
específicas de cada instrumento.
Posição para as diferentes cordas (alteração da altura do cotovelo) e
execução do movimento.
Projeto Político-Pedagógico 81
LITERATURA
Aspectos históricos dos instrumentos de cordas friccionadas (construção,
trajetória e curiosidades).
Histórias e curiosidades sobre peças de diferentes épocas, culturas e estilos.
Conceitos básicos da história da música erudita e popular relacionada com os
estilos musicais.
As obras escolhidas para compor o repertório dos alunos devem atender à seguinte
diversidade (escolher equilibradamente, tanto com base na preferência dos alunos
quanto para atender a necessidades de desenvolvimento cultural e técnico
complementar):
Música folclórica
Nacional: música folclórica das diversas regiões do Brasil.
Internacional: música folclórica de diversos países.
Música popular
Nacional: conhecimento dos diversos gêneros da música popular brasileira
relacionando-os aos períodos históricos em que foram desenvolvidos
(samba, samba-canção, marcha, choro, bossa nova, MPB, baião,
sertaneja, pagode, maracatu, frevo, forró, ciranda, gêneros gauchos,
lambada, funk, rock, rap, etc.).
Internacional: música popular internacional de diversos estilos (pop, rock,
metal, reggae, jazz, swing, soul, eletrônica, techno, dance, new age,
rap, funk, country, blues, etc.).
Música erudita
Nacional: conhecimento da música erudita brasileira e relacioná-la aos
períodos históricos em que foi desenvolvida.
Internacional: conhecimento da música erudita internacional e relacioná-
la aos períodos históricos em que foi desenvolvida (Idade Média,
Renascença, Barroco, Clássico, Romântico, Moderno).
Comparação de diferentes estilos e períodos históricos.
Valorização e respeito pela cultura local incorporando seus elementos
tradicionais, festejos, brincadeiras, músicas, danças, etc.
Projeto Político-Pedagógico 82
Este curso está organizado segundo alguns princípios básicos. Existem três atividades
musicais principais no currículo: Composição, Apreciação e Execução. Embora elas
estejam descritas separadamente, a intenção é de que, quando possível, elas se
integrem, que as técnicas e sons usados na execução possam ser o ponto de partida para
a composição e a improvisação, e que as atividades práticas possam ser relacionadas
com a apreciação da música composta por outros, incluindo colegas da turma e
compositores reconhecidos. Literatura sobre música, ou informação contextual, não
deve ser o foco principal do curso, mas esse tipo de informação poderá ser útil quando
relacionada diretamente com as atividades de Composição, Apreciação e Execução.
Outros três termos são usados: “materiais”, “expressão” e “forma”. “Materiais” se
refere à percepção aural e o controle dos sons. “Expressão” é o caráter expressivo das
frases demonstrado por meio das escolhas de tempo, intensidade, dinâmicas e
articulações. “Forma” é a maneira como a música está organizada, a relação entre as
frases, repetição, contraste, variação e transformação.
(T)écnica (L)iteratura
O instrumento
Relaxamento muscular e postura corporal
A produção do som
Técnica específica por instrumento
Notação, Leitura e escrita musical
7.6.1 Apreciação
7.6.2 Execução
Atividades gerais
Materiais: percepção aural e controle dos sons. Materiais, expressão e forma estão
intensamente relacionados na execução. Deste modo, o controle dos sons deverá
conduzir ao contorno expressivo e ao senso de direção musical (forma).
Exploração das possibilidades sonoras dos instrumentos de cordas dedilhadas
segundo sua construção, o seu material e sua forma de tocar.
Realização de exercícios e jogos de reprodução vocal ou instrumental de
intervalos, pequenos motivos rítmico-melódicos ou canções como cantigas de
roda, de carnaval, etc.
Interpretação de peças de diferentes épocas, culturas e estilos do repertório
Projeto Político-Pedagógico 85
Forma
Conhecimento da forma das frases e a estrutura dos padrões tonais e rítmicos
das peças executadas.
Identificação de partes iguais, diferentes, evoluções, etc. na forma musical das
peças executadas.
Conhecimento holístico ou integrado das peças executadas.
Desenvolvimento do gosto pela execução musical.
Disposição favorável para executar peças de diferentes gêneros e estilos com
independência do próprio gosto musical.
Materiais
Improvisações e composições rítmicas.
Improvisações e composições melódicas sobre escalas pentatônicas, maiores e
menores.
Exercícios de improvisação sobre encadeamentos harmônicos simples: tônica,
subdominante, dominante em andamento lento ou moderado.
Expressão
Criação e execução de improvisações, arranjos e composições de caráter
diferente e utilizando elementos agógicos e dinâmicos diversos.
Forma
Aplicação de técnicas de improvisação e elementos compositivos: repetição,
imitação, pergunta-resposta, variação, desenvolvimento, improvisação, etc.
Projeto Político-Pedagógico 86
7.6.4 (T)écnica
É uma atividade de apoio à Execução, Apreciação e composição. Não deve ser o foco
principal das aulas, mas sim trabalhada sempre que possível de forma integrada às
demais atividades.
O instrumento
Conhecimento da lógica para se encontrar qualquer nota na escala do
instrumento.
Conhecimento das partes do instrumento:
o Violão: braço, escala, tampo, fundo, lateral, boca, roseta, rastilho,
pestana, casa, etc.
o Viola caipira: braço, escala, tampo, fundo, lateral, boca, roseta, rastilho,
pestana, casa, etc.
o Cavaquinho: braço, escala, tampo, fundo, lateral, boca, roseta, rastilho,
pestana, casa, etc.
o Bandolim: braço, escala, tampo, fundo, lateral, boca, roseta, rastilho,
pestana, casa, etc.
o Guitarra: braço, escala, tampo, fundo, rastilho, pestana, casa,
captadores, etc. Acessórios: cabo, correia, palheta, etc.
o Contrabaixo elétrico: braço, escala, tampo, fundo, rastilho, pestana,
casa, captadores, etc. Acessórios: cabo, correia, etc.
Manutenção básica (troca de cordas, cuidados com a captação e limpeza do
instrumento).
Interesse pelo cuidado e manutenção do instrumento para um bom
funcionamento do mesmo.
A Produção do Som
Prática das habilidades técnicas. Exercícios mecânicos e técnicas específicas do
instrumento:
o Execução de exercícios mecânicos em diferentes andamentos.
o Aceitação, por parte dos alunos, das capacidades técnico-musicais
próprias do momento e predisposição para o seu aperfeiçoamento.
o Valorização das habilidades técnicas como meio de expressão
instrumental.
Digitação
Domínio de todas as notas na extensão do instrumento.
Prática de escalas e arpejos maiores e suas relativas menores, escalas modais.
Escala cromática.
Equilíbrio e igualdade rítmica no dedilhado.
Projeto Político-Pedagógico 87
Prática de improvisação.
Leitura de cifras: entendimento da montagem e formas de cifragem dos acordes
maiores, menores, diminutos e meio diminutos, além dos acordes com
dissonâncias como sétima, nona, décima terceira, “sus”, etc. Conhecimento de
campo harmônico maior e menor.
Afinação.
7.6.5 (L)iteratura
É uma atividade de apoio, não deve ser o foco principal das aulas. “Literatura de” e
“literatura sobre” música; inclui “não somente o estudo contemporâneo ou histórico da
literatura da música em si por meio de partituras e execuções, mas também por meio
Projeto Político-Pedagógico 90
BÁSICO 1
EXECUÇÃO
Executar, dentro da linguagem dos instrumentos de cordas dedilhadas,
utilizando as figuras rítmicas mínima, semínima, colcheia e suas respectivas
pausas, pelo menos:
3 melodias brasileiras
3 melodias de estilos variados
Executar o acompanhamento por meio de cifras de pelo menos 2 melodias,
utilizando arpejos de 4 notas e “batidas” simples.
COMPOSIÇÃO
Manipulação do material musical utilizado nos processos de improvisação da
turma, baseado nas notas musicais e figuras estudadas.
Realizar:
1 composição individual
1 composição coletiva
1 improvisação
Projeto Político-Pedagógico 91
APRECIAÇÃO
Audição de peças simples, de diversos estilos musicais, dentro da linguagem
específica de cada instrumento.
TÉCNICA
Postura corporal, postura das mãos direita e esquerda, coordenação básica
das mãos direita e esquerda, controle básico da produção do som, obtendo
uma sonoridade limpa e regular.
Fórmulas básicas de acompanhamento, como arpejos de 4 notas e “batidas”
simples.
Leitura de figuras musicais como mínima, semínima e colcheia, e suas
respectivas pausas, dentro de compassos 2/4 e 4/4.
Leitura e entendimento da montagem de cifras básicas, de acordes maiores e
menores.
Conhecimento das notas naturais na escala do instrumento até a 5° casa.
LITERATURA
Conhecimento das partes do instrumento.
Conhecimento dos compositores das músicas apreciadas e executadas.
Associação de estilos musicais a contextos, grupos sociais, e formações
instrumentais.
BÁSICO 2
EXECUÇÃO
Executar pelo menos:
4 melodias brasileiras
4 melodias de estilos variados, dentro da linguagem dos
instrumentos de cordas dedilhadas, utilizando as figuras rítmicas:
mínima, semínima, colcheia, semicolcheia e suas respectivas
pausas.
Executar o acompanhamento por meio de cifras de pelo menos 4 melodias,
utilizando as fórmulas de acompanhamento estudadas.
COMPOSIÇÃO
A partir da manipulação do material musical utilizado nos processos de
improvisação da turma, elaborar:
2 composições próprias
2 arranjos de peças musicais simples
2 improvisações.
APRECIAÇÃO
Audição de peças simples, de diversos estilos musicais, dentro da linguagem
específica de cada instrumento.
Entendimento de formas musicais simples.
TÉCNICA
Consolidação da postura corporal e postura das mãos direita e esquerda.
Produção de uma sonoridade limpa, regular, homogênea e fluência na
execução das técnicas exigidas para o nível do repertório estudado.
Ampliação das possibilidades de fórmulas de acompanhamento, como arpejos
de 6 notas e “batidas”.
Leitura de figuras musicais como mínima, semínima, colcheia e semicolcheia,
e suas respectivas pausas, dentro de compassos 2/4, 3/4 e 4/4.
Leitura e entendimento da montagem de cifras básicas, de acordes maiores,
menores e com sétima.
Projeto Político-Pedagógico 92
LITERATURA
Contextualização histórica das peças estudadas, conhecimento básico dos
estilos musicais e dos compositores.
BÁSICO 3
EXECUÇÃO
Executar pelo menos:
5 melodias brasileiras
5 melodias de estilos variados, dentro da linguagem dos instrumentos
de cordas dedilhadas, utilizando as figuras rítmicas: mínima, semínima,
colcheia, semicolcheia e suas respectivas pausas.
Executar com competência o repertório proposto para as cameratas e
diversos grupos musicais em que estiver inserido.
Executar o acompanhamento através de cifras de todas as músicas estudadas,
por meio da utilização das fórmulas de acompanhamento.
COMPOSIÇÃO
Elaboração de 3 composições próprias e 3 arranjos de peças musicais simples,
a partir da manipulação do material musical utilizado nos processos de
improvisação da turma.
Manipulação dos materiais utilizados nas atividades de composição.
APRECIAÇÃO
Audição de diversos estilos musicais, dentro da linguagem específica de cada
instrumento.
Entendimento de formas musicais correspondentes aos estilos musicais
característicos de cada instrumento das cordas dedilhadas.
TÉCNICA
Ampliação das técnicas de mão esquerda e direita, dentro da linha de
execução dos instrumentos de cordas dedilhadas.
Fluência e habilidade na execução das técnicas exigidas para o nível do
repertório estudado.
Ampliação das possibilidades de fórmulas de acompanhamento, com
utilização de acompanhamentos mais complexos.
Leitura de figuras musicais como mínima, semínima, colcheia e semicolcheia,
e suas respectivas pausas, dentro de compassos de 2/4, 3/4, 4/4 e 6/8.
Leitura de figuras pontuadas, ligaduras e ornamentos simples.
Leitura e entendimento da montagem de cifras de acordes dissonantes.
Conhecimento de notas com sustenido e bemóis, bem como a utilização do
bequadro. Utilização de armadura de clave de até 4 sustenidos e 1 bemol.
Conhecimento das notas musicais na escala do instrumento até a 12° casa.
LITERATURA
Contextualização histórica das peças estudadas, conhecimento básico dos
estilos musicais e dos compositores.
As obras escolhidas para compor o repertório dos alunos devem atender à seguinte
Projeto Político-Pedagógico 93
Materiais e repertório:
Material disponível no CDM
Livros e CDs do Acervo de Polo
Material do acervo do educador
Suplementos Didáticos (disponíveis nos ambientes EaD, em impressão para
disponibilização em outubro de 2010) e Instrumentais (em produção, brevemente
disponíveis nos ambientes EaD, sendo disponibilizados em versão impressa até o
final de 2010).
Este curso está organizado segundo alguns princípios básicos (principalmente Swanwick,
1979, 2003). Existem três atividades musicais principais no currículo: Composição,
Apreciação e Execução. Embora elas estejam descritas separadamente, a intenção é de
que, quando possível, elas se integrem, que as técnicas e sons usados na execução
possam ser o ponto de partida para a composição e a improvisação, e que as atividades
práticas possam ser relacionadas com a apreciação da música composta por outros,
incluindo colegas da turma e compositores reconhecidos. Literatura sobre música, ou
informação contextual, não deve ser o foco principal do curso, mas esse tipo de
informação poderá ser útil quando relacionada diretamente com as atividades de
Composição, Apreciação e Execução.
Outros três termos são usados: “materiais”, “expressão” e “forma”. “Materiais” se
refere à percepção aural e o controle dos sons. “Expressão” é o caráter expressivo das
frases demonstrado através das escolhas de tempo, intensidade, dinâmicas e
articulações. “Forma” é a maneira como a música está organizada, a relação entre as
frases, repetição, contraste, variação e transformação.
Projeto Político-Pedagógico 94
(T)écnica (L)iteratura
O instrumento
Relaxamento muscular e postura corporal
Coordenação motora
Técnicas de instrumentos tocados com
baqueta, com mãos, acessórios, teclados e
bateria
Notação, Leitura e escrita musical
7.7.1 Apreciação
7.7.2 Execução
Atividades gerais
Materiais: percepção aural e controle dos sons. Materiais, expressão e forma estão
relacionados intensamente na execução. Deste modo, o controle dos sons deverá
conduzir ao contorno expressivo e ao senso de direção musical (forma).
Exploração das possibilidades sonoras dos instrumentos de percussão segundo sua
construção, o seu material e sua forma de tocar.
Utilização do corpo como meio de desenvolvimento musical.
Realização de exercícios e jogos de reprodução vocal ou instrumental de motivos
rítmicos, solfejos rítmico-melódicos (preferencialmente baseados no repertório
em estudo) e pequenas canções.
Interpretação de peças para percussão que explorem os elementos técnicos
estudados durante o semestre.
Execução de ritmos com e sem partitura, visando o treinamento do ouvido e da
memória.
Treinamento permanente e progressivo da memória por meio da execução de
memória de peças ou fragmentos musicais.
Projeto Político-Pedagógico 96
Execução dos seguintes ritmos: samba, choro, ijexá, congo, jongo, baião, xote,
maracatu, frevo, côco, carimbó, rock, blues, funk, reggae, pop, salsa.
Expressão
Utilização de diferentes dinâmicas e agógicas para dar cor e expressão à
interpretação musical.
Execução considerando aspectos interpretativos de uma obra musical como a
articulação, a acentuação e o fraseado.
Fluência na execução musical visando a uma interpretação expressiva.
Desenvolvimento do “balanço” característico dos ritmos estudados.
Forma
Conhecimento da forma das frases e a estrutura dos padrões rítmicos das peças
executadas.
Identificação de partes iguais e diferentes, mudanças de fórmula de compasso e
aspectos gerais da forma musical das peças executadas.
Conhecimento holístico ou integrado das peças executadas.
Desenvolvimento de peças e arranjos a partir dos ritmos estudados.
Desenvolvimento do gosto pela execução musical.
Disposição favorável para executar peças de diferentes gêneros e estilos com
independência do próprio gosto musical.
Materiais
Improvisações e composições rítmicas.
Improvisações e composições melódicas (com teclados).
Exercícios de improvisação sobre ritmos populares.
Expressão
Criação e execução de improvisações, arranjos e composições com variação de
caráter, utilizando elementos agógicos e de dinâmicas diversos.
Forma
Aplicação de técnicas de improvisação e elementos compositivos: repetição,
imitação, pergunta-resposta, variação, desenvolvimento, improvisação
minimalista, etc.
7.7.4 (T)écnica
É uma atividade de apoio à Execução, Apreciação e composição. Não deve ser o foco
principal das aulas.
O instrumento
Projeto Político-Pedagógico 97
Coordenação motora
Disposição para atividades corporais. Consciência da importância do
desenvolvimento da corporeidade, desenvolvimento da corporeidade e
consciência corporal. Desenvolvimento da coordenação motora básica.
Lateralidade: coordenação entre lado direito e lado esquerdo (com mãos e pés),
ambidestria.
Coordenação entre membros superiores e inferiores, entre membros e voz,
desenvolvimento de independência entre membros.
Execução de polirritmias.
Técnicas básicas
Desenvolvimento das técnicas específicas de cada instrumento, abordando:
membranofones (com peles) tocados com mãos, membranofones tocado com
baquetas e idiofones diversos, além de teclados.
característica.
Zabumba – desenvolvimento dos seguintes aspectos:
o toque solto e toque abafado na pele de cima;
o bacalhau preso e solto;
o execução de ritmos regionais nordestinos .
Alfaia – desenvolvimento dos seguintes aspectos:
o forma de segurar as baquetas;
o apoios do talarte (cruzado e lateral);
o execução de maracatu de baque virado, coco e outros ritmos regionais
nordestinos.
Surdo – desenvolvimento dos seguintes aspectos:
o toque no centro e na borda da pele;
o abafamento e toque com mão sem baqueta;
o uso de duas baquetas;
o uso do aro;
o execução de levadas de samba: samba enredo, samba reggae, etc.
Repinique – desenvolvimento dos seguintes aspectos:
o toque simples, trinado, toque no aro;
o uso da mão sem baqueta;
o uso de duas baquetas;
o diferenças entre percutir as diversas regiões da pele com a baqueta e
com a mão;
o execução de levadas de samba.
Berimbau: som grave, som agudo, som chiado, uso do caxixi, execução de
levadas de capoeira.
Técnica de tímpanos
técnica de baqueta, toque simples, rulo;
abafamento;
uso do pedal;
execução de repertório básico adequado.
Técnica de bateria
independência de membros: combinações de mãos e pés;
técnica de pedal – apoios de calcanhar;
técnica de baqueta (ver técnica de baqueta em caixa clara);
execução de grooves e viradas;
relação da bateria com outros instrumentos de percussão.
Técnica de acessórios
Chocalhos:
o ganzá, chocalho de platinela – alternância de movimentos para frente e
para trás com acentuação. Execução de levadas e ritmos.
o maracas, caxixis – alternância entre mão direita e mão esquerda com
acentuações. Execução de levadas e ritmos.
o xequerê – movimentos para os lados, para cima e para baixo, para frente
e para trás com acentuações. Execução de levadas e ritmos.
Recos: reco-reco de madeira, reco-reco de mola, guiro – uso de diferentes
varetas para raspar, notas curtas e notas longas, acentuação. Execução de
levadas e ritmos.
Triângulo: nordestino e sinfônico – notas soltas e notas presas, rufo. Execução de
ritmos nordestinos e repertório sinfônico.
Afoxé: movimento para os lados com apoio da mão, controle de dinâmica e
duração, levadas com dedos.
Efeitos: utilização de pau de chuva e carrilhão.
Técnica de teclado
glockenspiel/xilofone: reconhecimento da posição das notas, técnica de
baqueta, execução de escalas, arpejos e melodias.
vibrafone: reconhecimento da posição das notas, técnica de baqueta, execução
de escalas, arpejos e melodias.
campanas: reconhecimento da posição das notas, técnica de baqueta, execução
de escalas, arpejos e melodias.
trabalhado em aula.
Notação não convencional (gráficos, pontos, curvas, etc.). Leitura rítmica
e melódica de grafias não convencionais.
Conhecimento da notação musical nos seguintes aspectos: Pentagrama,
Clave de sol, Nome das notas, Fórmulas de compasso simples e compostos
(2/4, 3/4, 4/4, 6/8), Figuras de notas e respectivas pausas (semibreve,
mínima, semínima, colcheia, e semicolcheia), Barra de compasso
(simples, dupla e final), Barra de repetição, 1ª e 2ª casa (ritornello), D.C
al fine, D.S al fine ao $, Sustenido, bemol e bequadro, Armadura de
Clave, Sinais de dinâmica, Andamento (andante, allegro, moderato, etc.),
Ligadura de valor, ponto de aumento e diminuição. Fermata, Ligadura de
fraseado, Marcação de respiração, Sincopa, Quiálteras.
Leitura do código musical e de seus elementos.
Leitura à primeira vista de obras ou fragmentos simples.
Escrita de ritmos, melodias, acordes e cadências simples e partituras
como apoio para a interpretação e a apreciação.
Aplicação dos conhecimentos gerais da linguagem musical nas
características da escrita e literatura do instrumento.
Interesse pela leitura e escrita como meio de representação da música.
7.7.5 (L)iteratura
É uma atividade de apoio, não deve ser o foco principal das aulas. “Literatura de” e
“literatura sobre” música; inclui “não somente o estudo contemporâneo ou histórico da
literatura da música em si por meio de partituras e execuções, mas também por meio
da crítica musical, histórica e musicológica”.
Conhecimento das famílias da percussão: idiofones e membranofones.
Os principais instrumentos de percussão popular e da percussão erudita.
Conceitos básicos da história da música erudita e popular relacionada com os
estilos musicais.
A bateria.
Conhecimento da origem dos instrumentos de percussão, história e evolução dos
instrumentos de percussão.
Possibilidades sonoras do instrumento segundo sua construção, o seu material e a
forma de tocá-los.
Instrumentistas e suas técnicas: apresentação dos principais instrumentistas
nacionais e internacionais.
Os compositores das músicas apreciadas e executadas.
Associação de estilos musicais a contextos, grupos sociais, e formações
instrumentais.
BÁSICO 1
EXECUÇÃO
Capacidade de interagir coletivamente durante fazer musical;
Capacidade de executar pelo menos 4 peças para percussão com as figuras de
mínima, semínima, colcheia e suas respectivas pausas;
Capacidade de executar pelo menos 2 ritmos brasileiros de forma elementar;
Controle elementar de dinâmica na execução dos instrumentos (piano, mezzo
e forte);
Capacidade de manutenção de andamento durante fazer musical.
COMPOSIÇÃO
Capacidade de improvisar seguindo padrões pré-determinados;
Disposição criativa para jogos musicais e atividades lúdicas de composição;
Criação de pelo menos uma composição individual a partir de improvisação;
Criação de pelo menos uma composição coletiva;
Criação de pelo menos 1 arranjo alternativo de alguma das peças executadas
no semestre.
APRECIAÇÃO
Apreciação ativa com elementos corporais, como palma e voz;
No repertório escutado, reconhecimento e discernimento de: sons graves,
médios e agudos, diferentes andamentos, diferentes timbres e instrumentos
de percussão e diferentes dinâmicas.
TÉCNICA
Postura corporal correta e relaxada;
Desenvolvimento da pulsação por meio de atividades práticas corporais e com
instrumentos;
Postura básica de baquetas (matched grip), toque simples, toque duplo e
paradiddle simples;
Conhecimento técnico de pelo menos 5 instrumentos de percussão, sendo 2
membranofones e 3 idiofones;
Leitura de mínima, semínima, colcheia e suas respectivas pausas;
Conhecimento elementar de dinâmica e agógica;
Conhecimento de escala diatônica e arpejos (polos com teclado).
LITERATURA
Breve história dos instrumentos de percussão abordados nas aulas;
Compreensão dos conceitos básicos da história da música brasileira
relacionados com os estilos musicais executados/apreciados;
Contextualização dos ritmos estudados.
BÁSICO 2
EXECUÇÃO
Execução expressiva e musical;
Execução fluente de pelo menos 2 ritmos populares brasileiros (domínio de
todos os instrumentos da grade);
Execução de pelo menos 6 peças para percussão, com semínimas, colcheias,
semicolcheias e suas respectivas pausas, além de semínimas e colcheias
pontuadas, bem como combinações de diferentes figuras;
Projeto Político-Pedagógico 102
COMPOSIÇÃO
Capacidade de criação de motivos rítmicos;
Capacidade de improviso solo com e sem acompanhamento;
Criação de um arranjo ou peça para percussão a partir dos elementos
trabalhados no curso;
Criação de duas composições coletivas a partir de atividades lúdicas;
Improvisação minimalista com o corpo;
Criação de pelo menos 2 arranjos alternativos de peças executadas no
semestre.
APRECIAÇÃO
Reconhecimento de fórmulas de compasso simples;
Reconhecimento de ritmos brasileiros;
Reconhecimento elementar de motivos rítmicos e melódicos;
Reconhecimento de formas musicais;
Apreciação ativa com elementos corporais, como palma e voz.
TÉCNICA
Coordenação motora e independência entre os membros;
Toque duplo e apojaturas com baqueta;
Conhecimento técnico elementar de todos os instrumentos do pólo;
Leitura de semínimas, colcheias, semicolcheias e suas respectivas pausas,
além de semínimas e colcheias pontuadas, bem como combinações de
diferentes figuras;
Consolidação de conhecimento sobre dinâmica e agógica.
LITERATURA
Breve história dos instrumentos de percussão abordados nas aulas;
Compreensão dos conceitos básicos da história da música relacionados com os
estilos musicais executados/apreciados;
Contextualização dos ritmos estudados.
BÁSICO 3
EXECUÇÃO
Execução expressiva e musical;
Execução de polirritmias corporais e com instrumentos;
Capacidade de executar pelo menos 8 peças para percussão contendo todas
as figuras musicais, bem como quiálteras e suas respectivas pausas;
Capacidade de executar pelo menos 6 ritmos (brasileiros ou não);
Domínio técnico de todos os instrumentos de percussão do pólo.
COMPOSIÇÃO
Improvisação solo;
Improvisação em diversos instrumentos;
Improvisação minimalista com instrumentos;
Composição de 2 peças para percussão abordando elementos trabalhados no
curso;
Criação de pelo menos 3 arranjos alternativos de peças executadas no
semestre.
APRECIAÇÃO
Reconhecimento de fórmulas de compasso simples e compostos, diferentes
Projeto Político-Pedagógico 103
TÉCNICA
Consolidação e aprofundamento do domínio dos rudimentos de baqueta;
Leitura de quiálteras;
Conhecimento de fórmulas de compasso em 5 e em 7;
Execução de polirritmias a 3 vozes.
LITERATURA
Aprofundamento sobre história dos instrumentos de percussão abordados nas
aulas;
Aprofundamento da compreensão dos conceitos básicos da história da música
relacionada com os estilos musicais executados/apreciados;
Contextualização dos ritmos estudados.
As obras escolhidas para compor o repertório dos alunos devem atender à seguinte
diversidade (escolher equilibradamente, tanto com base na preferência dos alunos
quanto para atender a necessidades de desenvolvimento cultural e técnico
complementar):
Música folclórica
Nacional: música folclórica das diversas regiões do Brasil.
Internacional: música folclórica de diversos países.
Música popular
Nacional: conhecimento dos diversos gêneros da música popular
brasileira relacionando-os aos períodos históricos em que foram
desenvolvidos (samba, samba-canção, marcha, choro, bossa nova, MPB,
baião, sertaneja, pagode, maracatu, frevo, forró, ciranda, gêneros
gaúcho lambada, funk, rock, rap, etc.) e outros estilos sugeridos
especificamente para o curso.
Internacional: música popular internacional de diversos estilos (pop,
rock, metal, reggae, jazz, swing, soul, eletrônica, techno, dance, new
age, rap, funk, country, blues, etc.).
Música erudita
Nacional: conhecimento da música erudita brasileira e relacioná-la aos
períodos históricos em que foi desenvolvida.
Internacional: conhecimento da música erudita internacional e
relacioná-la aos períodos históricos em que foi desenvolvida (Idade
Média, Renascença, Barroco, Clássico, Romântico, Moderno).
Este componente curricular faz parte da estrutura curricular dos cursos de instrumento
e coral dos Polos Regionais. Por ora, ainda não será oferecida nos Polos.
O mesmo segue os mesmos princípios básicos dos cursos nos quais está inserida
(principalmente Swanwick, 1979 e 2003). Existem três atividades musicais principais no
currículo: Composição, Apreciação e Execução. Embora elas estejam descritas
separadamente, a intenção é de que, quando possível, elas se integrem, que as técnicas
e sons usados na execução possam ser o ponto de partida para a composição e a
improvisação, e que as atividades práticas possam ser relacionadas com a apreciação da
música composta por outros, incluindo colegas da turma e compositores reconhecidos.
Literatura sobre música, ou informação contextual, não deve ser o foco principal do
curso, mas esse tipo de informação poderá ser útil quando relacionada diretamente com
as atividades de Composição, Apreciação e Execução.
Outros três termos são usados: “materiais”, “expressão” e “forma”. “Materiais” se
referem à percepção aural e o controle dos sons. “Expressão” é o caráter expressivo das
frases demonstrado através das escolhas de tempo, intensidade, dinâmicas e
articulações. “Forma” é a maneira como a música está organizada, a relação entre as
frases, repetição, contraste, variação e transformação.
2. EXECUÇÃO
(T)écnica (L)iteratura
7.8.1 Apreciação
7.8.2 Execução
Materiais: percepção aural e controle dos sons. Materiais, expressão e forma estão
relacionados intensamente na execução. Deste modo, o controle dos sons deverá
conduzir ao contorno expressivo e ao senso de direção musical (forma).
Participação em brincadeiras, jogos cantados e rítmicos, danças e atividades
diversas de movimento e suas articulações com os elementos da linguagem
musical.
Participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos
corporais.
Construção de instrumentos musicais convencionais (dos mais simples) e não-
convencionais a partir da pesquisa de diversos meios e materiais.
Expressão
Exploração, expressão e produção do silêncio e de sons com a voz, o corpo, o
entorno e materiais sonoros diversos.
Audição, experimentação, escolha e exploração de sons de inúmeras
procedências, vocais e/ou instrumentais, de timbres diversos, ruídos, produzidos
por materiais e equipamentos diversos, acústicos e/ou elétricos e/ou
eletrônicos, empregando-os de modo individual e/ou coletivo em criações e
interpretações.
Interpretação de músicas e canções diversas vivenciando um processo de
expressão individual e grupal.
Projeto Político-Pedagógico 107
Forma
A vivência da organização dos sons e silêncios em linguagem musical pelo fazer e
pelo contato com obras diversas.
Reprodução de unidades musicais simples (ostinato, fórmulas rítmicas, melodias,
etc.).
Materiais
Criação a partir do aprendizado de instrumentos, do canto, de materiais sonoros
diversos e da utilização do corpo como instrumento, procurando o domínio de
conteúdos da linguagem musical.
Elaboração rítmica de textos e transformações de textos em ritmos.
Improvisações, composições e interpretações utilizando um ou mais sistemas
musicais: modal, tonal e outros, assim como procedimentos aleatórios,
desenvolvendo a percepção auditiva, a imaginação, a sensibilidade e memória
musicais e a dimensão estética e artística.
Experimentação, improvisação e composição a partir de propostas da própria
linguagem musical (sons, melodias, ritmos, estilo, formas); de propostas
referentes a paisagens sonoras de distintos espaços geográficos (bairros, ruas,
cidades), épocas históricas (estação de trem da época da “Maria Fumaça”,
sonoridades das ruas); de propostas relativas à percepção visual, tátil; de
propostas relativas a ideias e sentimentos próprios e ao meio sociocultural, como
as festas populares.
Arranjos, acompanhamentos, interpretações de músicas das culturas populares
brasileiras, utilizando padrões rítmicos, melódicos, formas harmônicas e demais
elementos que as caracterizam.
Utilização e elaboração de notações musicais em atividades de produção.
Percepção e identificação dos elementos da linguagem musical em atividades de
produção, explicitando-os por meio da voz, do corpo, de materiais sonoros e de
instrumentos disponíveis.
Utilização progressiva da notação tradicional da música relacionada à percepção
da linguagem musical.
Elaboração e leitura de trechos simples de música grafados de modo
convencional e não-convencional, que registrem: altura, duração, intensidade,
timbre, textura e silêncio, procurando desenvolver a leitura musical e valorizar
processos pessoais e grupais.
Expressão
Formação de habilidades específicas para a escuta e o fazer musical:
improvisando, compondo, interpretando e cuidando do desenvolvimento da
memória musical.
Criação e interpretação de jingles, trilha sonora, arranjos, músicas do cotidiano
e as referentes aos movimentos musicais atuais com os quais os alunos se
identificam.
Arranjos, improvisações e composições dos próprios alunos baseadas nos
elementos da linguagem musical, em atividades que valorizem seus processos
Projeto Político-Pedagógico 108
Forma
Utilização e criação de letras de canções, parlendas, raps, etc., enquanto
elementos da linguagem musical.
7.8.4 (T)écnica
É uma atividade de apoio à Execução, Apreciação e composição. Não deve ser o foco
principal das aulas. Porém, no caso da disciplina Fundamentos da Música, em alguns
casos é possível que estas atividades sejam trazidas ao primeiro plano de modo a
auxiliar o aluno a alcançar objetivos musicais em suas aulas de instrumento.
Ressaltamos que o ponto de partida, mesmo das atividades técnicas, deve ser a música
(ex. partir de um repertório em estudo pelos alunos).
Notação não convencional (gráficos, pontos, curvas, etc.).
Interesse pela leitura e escrita como meio de representação da música.
Regras de grafia: cabeça, haste, colchete, ligaduras, linhas suplementares,
compasso, ponto de aumento, distribuição de notas e pausas no compasso.
Leitura à primeira vista de obras ou fragmentos simples.
Leitura do código musical e de seus elementos.
Aplicação dos conhecimentos gerais da linguagem musical nas características da
escrita e literatura do instrumento.
Leitura à primeira vista e escrita de ritmos, melodias, acordes e cadências
simples e partituras como apoio para a interpretação e a apreciação.
Desenvolvimento da audição interior.
Conhecimento de algumas transformações pelas quais passaram as grafias
musicais ao longo da história e respectivas modificações pelas quais passou a
linguagem musical.
Forma
A frase como geradora da forma.
Análise de canções e pequenas peças para prática de fraseado.
As formas musicais e suas características essenciais: eco, pergunta- resposta,
cânone, rondó, tema e variações, AA', AB, ABA, etc.
Análise dos elementos constitutivos da obra musical (ritmo, melodia,
contraponto, harmonia e forma).
Compreensão básica das estruturas musicais nos seus distintos níveis (motivos,
temas, períodos, frases, seções, etc.) para chegar a uma interpretação
consciente.
A superposição de melodias: a textura (homofonia, polifonia, uníssono, duas,
três e quatro vozes).
Sinais de repetição: ritornello, da capo, dal segno, coda, 1ª e 2ª casa.
Inícios tético, anacrúsico e acéfalo.
Terminações masculinas e femininas.
Expressão
Ligadura de fraseado e de portamento.
Ponto de diminuição.
Articulações: legato, non legato, staccato, martellato, portato, tenuto.
Sinais de dinâmica (pp, p,mp, mf, f, ff).
Termos que exprimem intensidade.
Marcação de respiração.
7
O termo agógica designa as variações do tempo que se praticam durante a interpretação de uma obra
musical com o objetivo de a tornar mais expressiva. Este termo foi utilizado pela primeira vez em 1884 pelo
musicólogo alemão Hugo Riemann.
Projeto Político-Pedagógico 110
7.8.5 (L)iteratura
É uma atividade de apoio, não deve ser o foco principal das aulas. “Literatura de” e
“literatura sobre” música; inclui “não somente o estudo contemporâneo ou histórico da
literatura da música em si por meio de partituras e execuções, mas também por meio
da crítica musical, histórica e musicológica”. O trabalho de literatura está basicamente
voltado à diversidade cultural dos estilos musicais que devem ser trabalhados na
execução, na composição e na apreciação.
Informações sobre as obras ouvidas e sobre seus compositores para iniciar seus
conhecimentos sobre a produção musical.
Conceitos básicos da história da música erudita e popular relacionada com os
estilos musicais.
Compositores das músicas escutadas ou tocadas.
Comparação de diferentes estilos e períodos históricos
Disposição para ouvir, compreender e valorizar diferentes gêneros e estilos.
BÁSICO 1 (Fundamentos 1)
EXECUÇÃO
Participação em brincadeiras, jogos cantados e rítmicos, danças e atividades
diversas de movimento e suas articulações com os elementos da linguagem
musical (mínimas, semínimas e colcheias; escala pentatônica; dominante e
tônica).
Execução das formas AA' e AB (estrófica).
Fruição do repertório executado por meio da utilização de recursos
expressivos dinâmicos.
COMPOSIÇÃO
Arranjos, improvisações e composições de músicas das culturas populares
brasileiras, utilizando padrões rítmicos (mínimas, semínimas e colcheias),
melódicos (escala pentatônica), formas harmônicas (dominante e tônica) e
demais elementos que as caracterizam.
As atividades de composição poderão explorar as formas AA' e AB (estrófica).
Elas devem mostrar fruição por meio da utilização de recursos expressivos
dinâmicos.
Projeto Político-Pedagógico 111
APRECIAÇÃO
Apreciação de peças para reconhecer o timbre dos instrumentos e das vozes,
como também de figuras rítmicas (mínimas, semínimas e colcheias).
Reconhecimento das formas AA' e AB (estrófica).
Fruição dos estilos de música folclórica e popular nacional.
TÉCNICA
Conhecimento das figuras rítmicas (semibreve, mínima, semínima, colcheia e
semicolcheia), das notas da escala maior (dó, sol e fá maior), dos sinais de
dinâmica (pp, p, mp, mf, f e ff).
Conhecimento das partes que compõem as formas AA' e AB.
LITERATURA
Conhecimento de características da música folclórica e popular nacional.
BÁSICO 2 (Fundamentos 2 e 3)
EXECUÇÃO
Execução de trechos simples de música grafados de modo convencional e
não-convencional que registrem: altura (escala diatônica), duração
(semibreve, mínima, semínima, colcheia e semicolcheia), intensidade (pp, p,
mp, mf, f e ff), timbre (dos instrumentos e das vozes), textura e silêncio,
procurando desenvolver a leitura musical, valorizar processos pessoais e
grupais.
Executar as formas ABA e Rondó.
Conhecimento do repertório executado por meio da utilização de recursos
expressivos agógicos.
COMPOSIÇÃO
Arranjos, improvisações e composições dos próprios alunos baseadas nos
elementos da linguagem musical (ritmos de semibreve, mínima, semínima,
colcheia e semicolcheia; escala diatônica), em atividades que valorizem seus
processos pessoais, grupais, conexões com a sua própria localidade, suas
identidades culturais, respeitando a produção própria e a dos colegas.
As atividades de composição poderão explorar as formas ABA e Rondó.
Elas devem mostrar fruição por meio da utilização de recursos expressivos
agógicos.
APRECIAÇÃO
Reconhecimento auditivo de células rítmicas (semibreve, mínima, semínima,
colcheia e semicolcheia), intervalos naturais da escala maior e articulações
(legato, staccato, martelato e portato).
Reconhecimento auditivo das formas ABA e Rondó.
Fruição dos estilos de música folclórica, popular e erudita nacional.
TÉCNICA
Conhecimento das figuras rítmicas (semibreve, mínima, semínima, colcheia e
semicolcheia), das notas da escala maior (dó, sol, ré, fá, sib maior), dos
sinais de agógica, dos compassos simples.
Conhecimento das partes que compõem as formas ABA e Rondó.
LITERATURA
Conhecimento de características da música folclórica, popular e erudita
nacional.
Projeto Político-Pedagógico 112
BÁSICO 3 (Fundamentos 4 e 5)
EXECUÇÃO
Criação a partir do aprendizado de instrumentos, do canto, de materiais
sonoros diversos e da utilização do corpo como instrumento, procurando o
domínio de conteúdos da linguagem musical (quiálteras, das notas das
escalas maiores e escalas menores (dó, sol, ré, lá, fá, sib e mib), dos
compassos compostos).
Execução da forma de Tema e variação.
Fruição do repertório executado por meio da utilização de recursos
expressivos dinâmicos e agógicos.
COMPOSIÇÃO
Arranjos, improvisações e composições utilizando um ou mais sistemas
musicais: modal, tonal e outros, assim como procedimentos aleatórios,
utilizando variações da semicolcheia e quiálteras, desenvolvendo, dessa
forma, a percepção auditiva, a imaginação, a sensibilidade e memória
musicais e a dimensão estética e artística.
As atividades de composição poderão explorar a forma de Tema e variação.
Elas devem mostrar fruição por meio da utilização de recursos expressivos
dinâmicos e agógicos.
APRECIAÇÃO
Reconhecimento auditivo de escalas maiores, menores (harmônicas, naturais
e melódicas) e modais, como também de música atonal.
Reconhecimento auditivo da forma de Tema e variação.
Conhecimento dos estilos de música folclórica, popular e erudita, nacional e
internacional.
TÉCNICA
Conhecimento das variações da semicolcheia, das quiálteras, das notas das
escalas maiores e escalas menores (dó, sol, ré, lá, fá, sib e mib), dos
compassos compostos.
Conhecimento das partes que compõem a forma de Tema e variação.
LITERATURA
Conhecimento de características da música folclórica, popular e erudita,
nacional e internacional.
As obras escolhidas para compor o repertório dos alunos devem atender à seguinte
diversidade (escolher equilibradamente, tanto com base na preferência dos alunos
quanto para atender a necessidades de desenvolvimento cultural e técnico
complementar às disciplinas de instrumento e coral):
Música folclórica
Nacional: música folclórica das diversas regiões do Brasil.
Internacional: música folclórica de diversos países.
Música popular
Nacional: conhecimento dos diversos gêneros da música popular
brasileira relacionando-os aos períodos históricos em que foram
desenvolvidos (samba, samba-canção, marcha, choro, bossa nova, MPB,
baião, sertaneja, pagode, maracatu, frevo, forró, ciranda, gêneros
gaúcho lambada, funk, rock, rap, etc.).
Internacional: música popular internacional de diversos estilos (pop,
Projeto Político-Pedagógico 113
rock, metal, reggae, jazz, swing, soul, eletrônica, techno, dance, new
age, rap, funk, country, blues, etc.).
Música erudita
Nacional: conhecimento da música erudita brasileira e relacioná-la aos
períodos históricos em que foi desenvolvida.
Internacional: conhecimento da música erudita internacional e
relacioná-la aos períodos históricos em que foi desenvolvida (Idade
Média, Renascença, Barroco, Clássico, Romântico, Moderno).
Material do CDM
Outros materiais
Livros e CDs do Acervo de Polo
Material do acervo do educador
Suplementos Didáticos (disponíveis nos ambientes EaD, em impressão para
disponibilização em outubro de 2010) e Instrumentais (em produção, brevemente
disponíveis nos ambientes EaD, sendo disponibilizados em versão impressa até o
final de 2010).
Em todos os tipos de polos, as grades curriculares dos alunos dos cursos de instrumento
e coral possuem, dentre seus vários componentes curriculares obrigatórios, o
componente “Prática de Conjunto”. Ao contrário dos demais componentes, onde a
orientação artístico-pedagógica é oferecida pela Gerência Pedagógica com
complemento da Gerência Artística, a Prática de Conjunto está sob orientação principal
da Gerência Artística. Os técnicos de instrumento, nas Regionais, contam com a
orientação para monitorar, oferecer subsídios em termos de repertório e solucionar
eventuais dúvidas. Porém, como será visto adiante, os princípios pedagógicos sob os
quais os demais componentes são fundados também devem ser buscados nestas
atividades.
Conforme já apresentado no item 4.4 Cursos oferecidos e organização das aulas, as
turmas que devem ter acesso a este componente curricular são:
Polos regionais:
em todos os cursos básicos de instrumento e de coral
o Básico 2: prática de conjunto 1 e 2 (no segundo ano do curso, em caráter
obrigatório, com duração de dois semestres - ou seja, durante todo o ano
letivo).
o Básico 3: prática de conjunto 3 e 4 (no terceiro ano do curso, em caráter
obrigatório, com duração de dois semestres - ou seja, durante todo o ano
letivo).
Polos:
em todos os cursos de instrumento
o Nível C: prática de conjunto (em caráter obrigatório, durante todo o ano
letivo ou de permanência de aluno no Projeto Guri).
nos cursos de coral e coral infantil
o não há nível devido à divisão por faixa etária: prática de conjunto (em
caráter obrigatório, durante todo o ano letivo ou de permanência de
aluno no Projeto Guri).
Via de regra, este componente deve ser oferecido no último horário do turno de
funcionamento do polo, simultaneamente para todos os alunos (que podem ter acesso
ao componente em diferentes salas, de acordo com os diferentes grupos formados). Nos
Projeto Político-Pedagógico 114
polos regionais, o componente pode ser organizado no mesmo dia dos demais
componentes curriculares ou em um dia diferenciado. O número de horários em que
este componente curricular será oferecido dependerá da quantidade de grupos musicais
formados.
Nos polos, o componente curricular Prática de Conjunto deve ser oferecido duas vezes
por semana (duas aulas semanais de uma hora ou uma hora e meia de duração cada, de
acordo com a formação do polo 8). No primeiro dia de atividades semanais, os alunos das
turmas cursam este componente curricular terão aula em suas salas regulares,
preparando a parte do repertório que será compartilhado com outras turmas. No
segundo dia de atividades semanais, os alunos poderão compartilhar outra sala com
outra(s) turmas, de acordo com a formação instrumental do repertório em estudo.
Eventualmente, esta organização deverá ser adaptada para que cada turma possa
trabalhar elementos técnicos e musicais específicos, de modo a estar melhor preparada
para a junção das partes. Nos polos regionais, o componente curricular Prática de
Conjunto pode ser oferecido uma vez ou duas vezes por semana, sendo possível que a
carga horária seja a mesma dos polos (duas horas).
Este componente deve oferecer aos alunos a possibilidade de executar, compor
(improvisar e arranjar) e apreciar um repertório variado, em diferentes formações
musicais. Portanto, também possui caráter educativo-musical (com processos de ensino
e de aprendizagem específicos), devendo ser realizadas atividades de execução,
composição, improvisação, arranjo e apreciação, e não apenas “ensaios” de obras a
partir de partituras. As apresentações realizadas pelos grupos musicais podem incluir
composições e arranjos dos próprios alunos, que desta forma se sentirão participativos e
motivados por terem suas contribuições valorizadas. Cabe ressaltar que:
Não é necessário que se forme um grande grupo com todos os naipes/cursos que
existem no pólo. Os educadores (sob orientação dos técnicos) devem avaliar o
momento certo para juntar os naipes e formarem grupos maiores. No entanto,
recomenda-se que se dê o máximo de atenção aos pequenos grupos para que
determinados naipes tenham uma evolução técnico-musical mais sólida. Por
exemplo: grupo de sopros (podendo-se separar até em madeiras e metais), grupo
de cordas; camerata de violões etc.
A formação de grandes grupos como orquestras, ou formações instrumentais com
coral são de extrema importância para o desenvolvimento musical e integral dos
alunos, mas deve ser feita com bastante cautela para não privilegiar apenas os
naipes mais avançados do grupo. Portanto, antes de se realizar uma grande
formação como grupo “estável” do pólo, os naipes já devem ter passado por
formações musicais menores. É possível manter mais de um grupo menor
simultaneamente ao grupo maior.
É importante que se evite formações musicais que não tragam um resultado
sonoro adequado às expressões musicais dos alunos - por exemplo: metais com
camerata de violões. Neste caso, devido ao pouco volume sonoro em comparação
aos metais, os violões não soam tanto, além de ser muito difícil criar um arranjo
musical para este tipo de formação (embora seja possível pensar em formações
como esta para criação de músicas pelos próprios alunos, para atividades
informais nos polos). O educador deve estar sempre muito atento, pois existem
muitos tipos de formações que são inadequadas para grupos formados por
alunos.
A formação dos grupos pode variar no decorrer do tempo, de acordo com o
repertório e outros fatores.
Em alguns casos – principalmente quando o repertório em estudo exigir uma
formação instrumental maior -, é possível que os alunos de outras turmas (níveis
8
Polos: nos polos com até 6 cursos devem oferecer prática de conjunto com uma hora em cada dia de
funcionamento; polos com mais de 6 cursos oferecerão o componente por uma hora e trinta minutos em
cada dia. Polos Fundação CASA: uma hora de atividades em cada dia de funcionamento. Polos regionais:
uma a duas horas, conforme a organização de cada polo regional (mesmo dia dos demais componentes, em
dias diferentes, etc.).
Projeto Político-Pedagógico 115
As obras escolhidas para formar o repertório dos alunos devem atender à seguinte
diversidade (escolher equilibradamente, tanto com base na preferência dos alunos
quanto para atender a necessidades de desenvolvimento cultural e técnico
complementar às disciplinas de instrumento e coral). O repertório deve ser,
preferencialmente, estudado em parte das aulas de instrumento e coral. Além do
repertório escolhido pelo educador, é importante também contemplar o repertório
trazido pelos próprios alunos – e muitas vezes mais facilmente trabalhado na
composição, improvisação ou arranjo.
Música folclórica
Nacional: música folclórica das diversas regiões do Brasil.
Internacional: música folclórica de diversos países.
Música popular
Nacional: conhecimento dos diversos gêneros da música popular
brasileira relacionando-os aos períodos históricos em que foram
desenvolvidos (samba, samba-canção, marcha, choro, bossa nova, MPB,
baião, sertaneja, pagode, maracatu, frevo, forró, ciranda, gêneros
gaúcho lambada, funk, rock, rap, etc.).
Internacional: música popular internacional de diversos estilos (pop,
rock, metal, reggae, jazz, swing, soul, eletrônica, techno, dance, new
age, rap, funk, country, blues, etc.).
Música erudita
Projeto Político-Pedagógico 116
Material do CDM
Acervo do Polo
Suplementos Didáticos (disponíveis nos ambientes EaD, em impressão para
disponibilização em outubro de 2010) e Instrumentais (em produção,
brevemente disponíveis nos ambientes EaD, sendo disponibilizados em versão
impressa até o final de 2010)
Fazer atividades que possam abranger todos os níveis e que possam manter todos
envolvidos, atentos e ativos com atividades motivadoras (brincadeiras musicais).
Manter o diálogo e a troca de ideias com os alunos e envolve-los no próprio
processo de tomada de decisão e avaliação. Os alunos precisam ter espaço para
tecer suas considerações sobre as atividades, procurando um equilíbrio entre as
preferências dos alunos e a proposta do educador. A troca de informações com a
equipe do polo é também um recurso útil para o desenvolvimento dos alunos.
O educador não deve focar seu planejamento na performance do grupo.
9
Conceito relacionado também a musicalidade, segundo pode ser observado em SWANWICK (1994):
“sensibilidade e controle dos materiais musicais, expressão e forma” (p.105).
Projeto Político-Pedagógico 118
10
Texto baseado em Beineke, 1996.
Projeto Político-Pedagógico 119
Tomando como base a literatura existente na área, podemos dizer que a Teoria Espiral
é a primeira que oferece a possibilidade de vincular produtos musicais diferentes
através de um mesmo critério, ou seja, de dizer que um indivíduo alcançou um nível "x"
em composição e um nível "y" em execução. É importante ressaltar que, sem uma teoria
fundamentada na natureza do conhecimento musical, não existe maneira de comparar
as atividades através dos diferentes níveis de conhecimento musical. O que faz a Teoria
Espiral ser única nesta área é o fato de que ela preenche os dois critérios básicos para
avaliação antes citados, que é o da estipulação de critérios objetivos e comparáveis
entre as diversas maneiras de demonstrar o conhecimento musical (ibid. p.53-4).
poderão se matricular no espaço de um mês a partir do início das aulas, caso surjam
vagas. Após esse período, as turmas serão fechadas e novas matrículas só serão
realizadas no início do próximo semestre. Nessa ocasião, será formada uma nova lista,
por ordem de chegada, nos mesmos moldes. Essa nova lista não contemplará os alunos
que porventura tentaram se matricular anteriormente, sendo necessário que iniciem
todo o processo novamente.
Ao término de cada semestre, os alunos serão avaliados por meio de três instrumentos:
diário de classe, trabalhos dados em sala ou para casa e audição semestral. O diário se
constituirá em anotações do educador musical acerca da evolução, assiduidade,
engajamento e outros parâmetros que se julgar necessários do aluno. Além disso, o
educador musical poderá solicitar algum trabalho em sala de aula ou para casa, como
pesquisas, peças e outras atividades, as quais contribuirão para a avaliação final do
aluno. Ao término de cada semestre, todos os alunos do pólo, de todas as turmas,
participarão de uma audição, em conjuntos ou executando peças solo, dependendo de
cada caso. Essas audições serão avaliadas pelo próprio educador musical de cada aluno.
O educador musical terá liberdade para decidir o peso de cada um dos instrumentos na
avaliação final do aluno. Outras formas de avaliação podem ser utilizadas pelo educador
musical, ficando a seu critério.
Projeto Político-Pedagógico 124
9 ELEMENTOS COMUNS
Em 2008 foi dado início ao projeto do Acervo Cultural do Projeto Guri, o qual consiste
em um conjunto de obras de literatura e música. O objetivo é ampliar o universo de
referências culturais dos alunos, educadores musicais e orientadores, colaborando assim
para a sua formação. Para tanto, foi enviada aos pólos uma primeira remessa composta
por 99 itens, dentre eles 49 CDs e 50 livros. Outras obras serão enviadas
posteriormente, em novas etapas.
Compõem este acervo importantes obras da música mundial e brasileira, que poderão
ser utilizadas de três maneiras:
Para consulta interna, no ambiente do próprio pólo, por alunos, prestadores de
serviços (educador musical), e funcionários do pólo;
Para retirada, como em uma biblioteca, por alunos, prestadores de serviços
(educador musical), e funcionários do pólo;
Como material de apoio às aulas, para o educador musical, que será capacitado
para o uso didático das obras.
Junto com o Acervo, foram criados os Suplementos Didáticos, os quais contêm propostas
pedagógico-musicais que podem ser adotadas pelo educador musical nos pólos como
atividades complementares às aulas de ensino musical coletivo.
A fim de facilitar a adoção destes materiais como recursos didáticos, os suplementos
foram trabalhados em cinco cursos de formação continuada. Esta metodologia será
adotada posteriormente, sempre que forem criados materiais adicionais.
Projeto Político-Pedagógico 125
Mundimúsica, 1996
CIT, Simone; TEIXEIRA, Iara; GNATTALI, Roberto. Histórias da Música Popular Brasileira
[livro e CD]. Natura Musical, 2008
COCARELLI, J. M. C. À primeira vista: execução rítmica e melódica. São Paulo: Novas
Metas, 1982.Coleção Crianças Famosas: Ann Rachlin, Susan Hellard, Nereide S.
Santa Rosa, Ângelo Bonito e Edinha Diniz. Ed. Callis. Títulos: Tchaikovsky;
Handel;Haydn; Villa-Lobos; Chiquinha Gonzaga; Beethoven; Chopin; Schumann;
Carlos Gomes; Mozart; Schubert; Bach; Brahms.
Coleção óperas para crianças: Adaptação Ruth Rocha, Ed. Callis, Títulos: O guarani;
Carmen; O Barbeiro de Sevilha; A flauta Mágica.
COPLAND, A. Como ouvir e entender música. Rio de Janeiro: Artenova, 1974.
DELALANDE, François La música es um juego de niños. Buenos Aires, Ricordi Americana,
1984
DÍAZ, M. & GIRAÁLDEZ, A. (coords.). Aportaciones teóricas y metodológicas a la
educación musical – uma selección de autores relevantes. Barcelona: Graó, 2007
DINVILLE,C. A técnica da voz cantada.Tradução: Marjorie B. Couvoisier Hanson. Rio de
Janeiro: Enelivros, 1993.
DUARTE,A. Percepção musical: Para primeiro e segundo graus e curso superior. Método
de solfejo baseado na MPB. Salvador: Boa Nova,1996.
EUFONIA. La formación del profesorado de música. Barcelona: Graó, Vol. 15, 1999
______ Las escuelas de música. Barcelona: Graó, Vol. 22, 2001
______ La música en la educación infantil. Barcelona: Graó, Vol. 14, 1999.
FRANÇA, Cecília Cavalieri. Para fazer música [livro e CD], Belo Horizonte, Editora da
UFMG, 2008
FRANÇA, Cecília Cavalieri; SWANWICK, Keith. Composição, apreciação e performance na
educação musical: teoria, pesquisa e prática. Em Pauta, v. 13, n. 21, p. 5-41,
2002.
FREGA, Ana Lucía. Música para maestros. Barcelona: Graó, 1996.
GAINZA, V. H. La improvisacion musical. Buenos Aires: Ricordi Americana, 1983.
______ La iniciacion musical del nino. Buenos Aires: Ricordi Americana,1964.
______ Fundamentos, Materiales y técnicas de la Educación Musical. Buenos Aires:
Ricordi,1977.
GOODKIN, Doug. Activities for the percussion circle. Schott, 2002.
______ Play, sing and dance: an introduction to Orff Schulwerk. Miami: Schott, 2002.
GRAMANI, J. E. Rítmica viva. A consciência musical do ritmo. Campinas: Unicamp,1996
______ Rítmica. São Paulo: Perspectiva, 1988.
GRIFFITHS, P. A música moderna. Ed. Jorge Zahar.
GROUT, Donald J; PALISCA, Claude V. Historia da música ocidental. Ed.Gradiva.
HARGREAVES, David. Música y Desarrollo psicológico. Barcelona: Graó, 1998
HEGYI, E. Método Kodály de solfejo I e II. Translated by Adela Milán Vela. Madrid:
Pirámide, 1999.
HENTSCHKE, Liane, DEL BEN, Luciana (orgs.). Ensino de Música: propostas para pensar e
agir em sala de aula. São Paulo, Moderna, 2003
HENTSCHKE, Liane; KRUGER, Susana E.; DEL BEN, Luciana; CUNHA, Elisa. A Orquestra
TinTim por Tintim [livro e CD]. São Paulo, Moderna, 2005.
HENTSCHKE, Liane; Souza, Jusamara (orgs.). Avaliação em Música: reflexões e práticas.
São Paulo, Moderna, 2003.
HINDEMITH, P. Harmonia Tradicional. Irmãos Vitale.
______Treinamento elementar para músicos. 4 edição. São Paulo: Ricordi, 1988.
Projeto Político-Pedagógico 127
11 ANEXOS
1 APRESENTAÇÃO
A Associação Amigos do Projeto Guri (AAPG) é uma Organização Social de Cultura sem fins
lucrativos, que tem como missão promover, com excelência, a educação musical e a prática
coletiva de música, tendo em vista o desenvolvimento humano de gerações em formação.
Em seus 15 anos de trabalho, o Projeto Guri, principal programa gerenciado pela AAPG, tem
oferecido aproximadamente 40 mil atendimentos anuais gratuitamente e esta presente em
aproximadamente 320 Municípios do Estado de São Paulo, atuando em cerca de 392 Polos, sendo
que 345 estão distribuídos em todo território do Estado e 47 estão instalados em algumas das
Unidades de Internação e Unidades de Internação Provisória da Fundação CASA (Centro de
Atendimento Socioeducativo ao Adolescente). Com as novas diretrizes da Associação Amigos do
Projeto Guri, visando à descentralização de sua atuação concentrada na Capital para 13 regiões
do Estado, foram criadas Unidades de gestão administrativa, educativo-musical e social,
denominadas Regionais, para acompanhamento dos Polos localizados em sua área de
abrangência. Diretamente conectados às Regionais da AAPG também se configura a atuação dos
Polos Regionais, locais criados para possibilitar a ampliação do atendimento local e para o
desenvolvimento de novas metodologias de ensino-aprendizagem e acompanhamento
sociocultural que possam ser recontextualizadas para os demais Polos do Projeto; hoje o Projeto
conta com 12 Polos Regionais.
O Projeto Guri iniciou suas atividades em 1995, por meio da Secretaria de Cultura do Estado de
São Paulo, na Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, com a missão de resgatar, por meio do
aprendizado musical, a cidadania de crianças provenientes de famílias de baixa renda,
transformando a cultura e a arte em instrumento de inclusão social. Desde o início, o Projeto
obteve excelentes resultados. No mesmo ano, os(as) primeiros(as) 180 alunos(as) já se
apresentavam em concerto com repertório elaborado: Bachianas Brasileiras, Bolero de Ravel e
Beethoven. Seis meses depois, o Projeto Guri tornou-se referência no desenvolvimento da auto-
estima de centenas de crianças e adolescentes.
Em 1997, um grupo de voluntários(as) criou a Sociedade Amigos do Projeto Guri, hoje
denominada Associação Amigos do Projeto Guri - AAPG, para colaborar com o desenvolvimento
do Projeto ao estabelecer uma parceria entre Estado e iniciativa privada. Esse foi um dos
motivos que levou a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo a propor que a Associação
passasse a administrar o Projeto Guri como um todo. Assim, em junho de 2004, a Associação foi
qualificada como uma Organização Social de Cultura e, em novembro do mesmo ano, passou a
gerenciar o Projeto. A AAPG conta com diversos parceiros(as), patrocinadores(as) e
colaboradores(as), sendo a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo a principal mantenedora
do Projeto Guri.
Inúmeras vantagens surgiram a partir da sua qualificação como Organização Social, como a
possibilidade de ter uma gestão mais ágil e flexível, com controles empresariais práticos e
transparentes que também propiciaram o real conhecimento dos custos do Projeto e sua
capacidade de ampliação, mantendo a mesma excelência no ensino musical coletivo.
Projeto Político-Pedagógico 130
3 OBJETO
Constitui objeto deste Plano de Trabalho a atuação conjunta da AAPG e Fundação CASA para
fortalecer a relação de parceria entre as duas Instituições no que diz respeito à execução do
Projeto Guri nas Unidades de Internação e Unidades de Internação Provisória da Fundação CASA.
Por meio da reavaliação e fortalecimento da parceria será garantida a manutenção do Projeto e
a ampliação dos Polos no que concerne a execução das atividades (Oficinas e Acervo)
socioculturais com adolescentes e jovens que cumprem Medida Socioeducativa em regime de
Internação para ambos os sexos.
11
Se utilizará aqui a nomenclatura AAPG para designar a Associação Amigos do Projeto Guri.
Fundação CASA para designar Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente. UIs para
designar Unidades de Internação; UIPs para designar Unidades de Internação Provisória; Polos_Fundação
CASA para designar os Polos do Projeto Guri instalados nas UIs e UIPs da Fundação CASA. GAC para designar
Gerência de Arte e Cultura da Fundação CASA.
12
Se utilizará aqui a nomenclatura oficina para identificar as aulas desenvolvidas nos
Polos_Fundação CASA em consonância com o exposto no art. 39, item V do Regimento Interno da Fundação
CASA.
Projeto Político-Pedagógico 131
Estes objetivos serão alcançados através do ensino coletivo de música. Este busca fomentar a
cooperação e não apenas a colaboração, dado que essa supõe trabalho conjunto, a coordenação
das realizações dos(as) alunos(as) com discussão, troca de ideias, etc. Ela fomenta e incentiva o
desenvolvimento cognitivo e social e, musicalmente falando, ocorre quando os(as) alunos(as) são
incentivados(as) a realmente ouvirem uns aos(as) outros(as), a compartilharem suas experiências
musicais por meio de atividades de execução, composição (improvisação ou arranjo) e
apreciação. Os princípios norteadores (Swanwick, 2003) são:
considerar a música como um discurso - considerar a música como um discurso vai além
de compreendê-la como linguagem. Essa se torna uma conversa musical onde
articulamos ideias sobre nós mesmos e sobre os outros em estruturas sonoras,
promovendo e ampliando compreensão sobre as pessoas e contextos.
considerar o discurso musical dos(as) alunos(as) - Cada aluno(a) traz consigo um domínio
de compreensão musical quando inicia em uma oficina, sendo necessário considerar as
diferenças individuais dos(as) alunos(as), integrando as várias experiências musicais
oferecidas e possibilitando tomadas de decisão que fomentem a autonomia de cada
um(a), tanto em grandes grupos como em grupos menores.
fluência musical do início ao fim das oficinas de música - Nesta visão, a escrita e a
leitura musical apoiam as atividades realmente musicais: a execução musical, a
composição e a apreciação musical. Essas três atividades, aliadas à técnica musical (ou
instrumental) e literatura sobre música constituem o Modelo (T)EC(L)A (Swanwick, 2003).
Durante o ano de 2010, a AAPG promoverá uma revisão na proposta pedagógico-musical do
Projeto Guri na Fundação CASA, visando uma melhor adequação do trabalho a esse contexto
específico. Durante esse processo, serão revistos formatos das oficinas oferecidas, modelos de
planejamento, bem como fundamentação teórica do trabalho pedagógico musical. Os resultados
dessa revisão serão aplicados em algumas Unidades, em caráter piloto, no decorrer do ano de
2010, a fim de que esse trabalho possa ser ampliado a partir de 2011.
Na Fundação CASA, devido à alta rotatividade de alunos(as), não existe uma progressão de níveis
de ensino nas oficinas 13 ou uma divisão por faixa etária.
As oficinas adiante descritas foram organizadas em dois tipos: (1) oficinas de instrumento e
coral, atualmente oferecidas, mas com a reformulação inicial da proposta já em execução na
Fundação CASA; (2) e novas oficinas – projeto piloto, que apresentam resumidamente os
principais pontos das propostas em estudo para futura implementação.
13
Em algumas oficinas, devido a algumas peculiaridades dos(as) adolescentes internados(as) em um
determinado período de tempo nas UIs, as turmas podem ser divididas em níveis: iniciante e intermediário.
Porém, essa organização será feita sobre a análise da equipe de monitoramento pedagógico-musical da
AAPG.
14
Em alguns Polos_Fundação CASA funcionavam oficinas diferenciadas, como Tambores e Escola
de Samba.
Projeto Político-Pedagógico 133
Gerais
Coral 15
Cordas dedilhadas
Violão 12
Bandolim 10
Cavaco 10
Madeiras
Clarinete 3
Flauta Transversal Não há
Saxofone Alto 3
Saxofone Tenor 3
Metais
Trompete 5
Trombone 5
Bateria e percussão
Percussão 10
Porém, a partir de 2010, a AAPG se propõe a oferecer apenas as oficinas abaixo, com a
disponibilidade de vagas, a seguir discriminadas:
Número de Vagas
OFICINAS
Unidade de Internação Unidade de Internação Provisória
Gerais
Coral 15 15
Teclado (piloto) 4 Não há
Cordas dedilhadas
Violão 12 Não há
Bandolim 10 Não há
Cavaco 10 Não há
Guitarra Elétrica (piloto) 5 Não há
Contrabaixo Elétrico (piloto 5 Não há
Bateria e Percussão
Bateria 10 Não há
Percussão 10 10
É necessário observar que a AAPG não dará continuidade, a partir de 2010, às oficinas de cordas
friccionadas e sopros, que continuarão em funcionamento até julho de 2010.
15
Item sob análise, conforme termo dos polos.
Projeto Político-Pedagógico 135
Multiuso –
coordenação e
instrumentos (em 15 m² A estrutura apresentada acima.
substituição às salas
1, 2 e 3)
LOCAIS / SALAS -
Metragem Estrutura
USO
Observações que devem ser consideradas: quanto a prática de conjunto, considerar a metragem
apontada por instrumento musical para acomodação das turmas.
Todos os locais destinados ao Projeto Guri, deverão: ser cobertos com telhado de boa qualidade
- sem goteiras - e forrados, secos, arejados/ventilados, bem iluminados, com boas condições
acústicas (sem vazamento de som de outras atividades/locais próximos), possuir pontos de
energia elétrica (tomada - para teclado e/ou equipamento de som) e lousa;
Estarem disponíveis em dias e horários de atividades do Projeto;
Estarem todos localizados no mesmo imóvel.
Cabe à AAPG:
5.2.8. Disponibilizar vestuário adequado (jaleco) para as empregadas de sexo feminino que
atuam nos Polos_Fundação CASA a ser utilizado durante a permanência nas oficinas.
destruídos, furtados ou roubados dos Polos instalados nas Unidades de Internação e Unidades de
Internação Provisória da Fundação CASA.
7 EVENTOS
7.1 Solicitações
Em todas as solicitações de eventos, a Unidade da Fundação CASA deve encaminhar solicitação
de evento com prazo mínimo de 30 dias de antecedência e simultaneamente lançar no site do
Projeto Guri a solicitação para autorização do setor de eventos.
Os eventos serão autorizados pelo setor de eventos do Projeto Guri após serem checadas as
viabilidades técnicas e estruturais da apresentação. Em seguida serão retificados pela GAC. É
importante ressaltar que a AAPG analisa todas as solicitações com prazos de 10 a 20 dias de
antecedência da realização.
7.1.1. Quanto as providencias de transporte para eventos, os pré requisitos considerados são:
ônibus com janelas lacradas e com ar condicionado. Importante ratificar que a Fundação CASA
providenciará o transporte para deslocamentos dos(as) jovens e adolescentes conforme
Resolução Conjunta SJDC/SSP-1, de 1º-10-2009.
7.1.2. A equipe da AAPG na Fundação CASA acompanhará os eventos em transporte organizado
pela AAPG ou transporte comercial.
Projeto Político-Pedagógico 140
8 COMUNICAÇÃO
8.2 Eventos
Em todos os eventos (bem como entrevistas em rádio, televisão, imprensa escrita ou falada), a
parceria da Fundação CASA com o Governo do Estado de São Paulo, com a Secretaria de Estado
da Cultura e com a AAPG deverá sempre ser mencionada nas falas de abertura ou
agradecimento, como também o nome da Unidade em questão, seja por representante da AAPG
ou Fundação CASA.
8.3.1 Prazo
Devido ao ritmo do trabalho de imprensa no geral, especialmente a televisiva, o prazo para
atendimento das demandas, este entendido como a sinalização positiva ou não à solicitação do
veículo, bem como outros encaminhamentos necessários para sua realização (como, por
exemplo, a definição de dia/hora/local da visita/entrevista), não deve ultrapassar um dia útil.
Exceções deverão ser negociadas caso a caso entre equipe de comunicação da Fundação CASA e
equipe de comunicação da AAPG.
9 ACERVO CULTURAL
9.2.3 Utilização
As obras deverão ser utilizadas didaticamente durante as oficinas do Projeto Guri. Para tanto, a
AAPG disponibilizará um aparelho de som para ser utilizado exclusivamente para as oficinas e nos
dias e horários de funcionamento do Polo.
Como forma de garantir a utilização das obras em sala de aula, a coordenação de
Polos_Fundação CASA da Unidade contemplada deverá compartilhar a agenda com os(as)
profissionais indicados(as) pela Fundação CASA como responsáveis pela guarda do Acervo para
que possa ter acesso livre sempre que necessário.
Os(as) Educadores(as) Musicais da Associação Amigos do Projeto Guri terão direito ao empréstimo
domiciliar, cujo controle dos itens será de responsabilidade do(a) Coordenador(a) de
Projeto Político-Pedagógico 142
10 RECURSOS FINANCEIROS
A AAPG se responsabiliza pelos custos referentes à execução do Projeto mediante repasse de
recursos do Governo do Estado de São Paulo, por meio do Contrato de Gestão firmado entre a
ASSOCIAÇÃO AMIGOS DO PROJETO GURI - ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA e a SECRETARIA DE
ESTADO DA CULTURA.
Dentre as despesas financeiras de responsabilidade da AAPG estão: os recursos humanos da
AAPG, a capacitação de empregados(as) da AAPG, disponibilização de instrumentos (novas
oficinas a serem implantadas) da AAPG e o transporte/manutenção do patrimônio (bens,
instrumentos e Acervo Didático da AAPG) a serem utilizados ao longo do Termo vigente.
11 INFORMAÇÕES GERAIS
Cabe à AAPG encaminhar mensalmente à GAC:
Planilha de Atendimento de Adolescentes;
Alterações no quadro empregados(as): desligamentos e contratações;
Lista dos(as) Educadores(as) Musicais e responsáveis por cada oficina nas respectivas
Unidades;
Os horários das oficinas existentes em cada Unidade, em caso de alteração.
Situações não previstas no presente documento e observadas pela GAC da Fundação CASA por
meio das UIs e UIPs onde funcionam os Polos deverão ser apresentadas ao Núcleo de Parcerias e
Alianças para análise e deliberação. O Núcleo de Parcerias e Alianças em conjunto com as
Diretorias da AAPG tentará solucionar.
Fica expressamente proibida a modificação ou expansão do “Projeto Guri” sem autorização
expressa da AAPG.
Administrador(a) Regional:
Supervisor(a) Administrativo(a)
Técnico(a) em Instrumento
Educador(a) Musical
Auxiliar de Polo
tecnicamente analisado, não considerando (...) relações de timbre ou intensidade que forte e fraco. Podem ser feitas explorações e
estruturais” (Swanwick, 1988, p.153). Como resposta à impressão aparecem não têm nenhuma experimentações com instrumentos. A organização
geral da música, o estudante pode perceber elementos significação estrutural ou é espontânea, possivelmente irregular, pulso é
expressivos, mas não é capaz de justificá-los através dos Materiais expressiva. inconstante e variações de colorido parecem não
musicais ou de associá-los com sentimentos, emoções, humores ter significado estrutural ou expressivo.
vivenciados no mundo extra musical. Podem surgir ainda respostas
MATERIAIS
semelhantes e diferentes” (Swanwick, 1988, p.153); além disso, competência na repetição de técnicos sugeridos pela estrutura física e
descreve características físicas e alguns procedimentos de padrões. Manusear o instrumento características dos instrumentos; tais como
execução dos instrumentos. O estudante torna-se capaz de é a prioridade, o que não glissandi, padrões escalares e intervalares,
acompanhar linearmente o discurso musical e pode responder a evidencia uma forma expressiva trinados e trêmulo. Composições tendem a ser
elementos expressivos da música, mas não é capaz de justificá-los ou de organização estrutural. longas e repetitivas, enquanto o compositor
através dos Materiais musicais ou de associá-los com sentimentos, deleita-se com a sensação de dirigir o
emoções, humores vivenciados no mundo extra musical. Podem instrumento.
surgir ainda julgamentos, respostas referencialistas e tentativas
de identificar o estilo ou gênero da música ouvida.
Projeto Político-Pedagógico 147
“O estudante descreve a atmosfera geral, o humor ou caráter da Expressividade é evidente na A expressividade é aparente nas variações de
passagem” (Swanwick, 1988, pp.153-154) e é capaz de justificá- escolha de andamento e níveis de dinâmica e andamento. Há sinais de frases
Expressão Pessoal
los através dos Materiais musicais utilizados. O estudante é intensidade, mas a impressão elementares – gestos musicais – sem competência
também capaz de reconhecer “mudanças no nível expressivo. A geral é de uma execução constante para a realização de repetições exatas.
música pode ser descrita em termos de incidentes dramáticos, impulsiva e sem previsão de Pode fazer referência a um drama, atmosfera ou
histórias, associações pessoais e imagens visuais ou qualidades de organização estrutural. humor, talvez relacionado a uma ideia
sentimentos” (ibid). O estudante pode emitir julgamentos sobre a 'programática' externa. Há pequeno controle
música e tentar identificar seu estilo, gênero, época ou origem, estrutural e a impressão é de um desenvolvimento
com base nos Materiais musicais utilizados. espontâneo de ideias.
EXPRESSÃO
alguma análise técnica” (Swanwick, 1988, p.154). Podem ocorrer repetidos com articulações iguais ou oito compassos. A organização métrica é
respostas ao caráter expressivo previstas na fase anterior. O e a interpretação é comumente utilizada junto com sugestões de
estudante pode ainda emitir julgamentos sobre a música e tentar razoavelmente previsível. síncopes, seqüências, ostinato, rítmicos
identificar seu estilo, gênero, época ou origem, com base nos melódicos. As composições são regularmente
Materiais musicais utilizados. previsíveis e mostram influências de outras
experiências musicais; tocando, cantando ou
ouvindo.
As composições vão além de repetições
O estudante percebe relações estruturais, as maneiras como Uma execução segura e deliberadas de padrões. Ocorrem desvios e
certos gestos e frases musicais são repetidos, transformados, expressiva contém alguns toques surpresas, apesar de não completamente
Especulativo
contrastados ou conectados. Ele identifica o que é pouco usual ou imaginativos. Dinâmica e integradas à peça. Há caracterização expressiva, a
FORMA
inesperado em uma peça musical; percebem mudanças de caráter fraseado são contrastados qual é sujeita a experimentações, exploração de
com referência a timbre vocal ou instrumental, altura, deliberadamente ou variados possibilidades estruturais, busca de contrastes ou
andamento, intensidade, ritmo e extensão das frases, sendo capaz para gerar interesse estrutural. a variação de ideias musicais estabelecidas.
de discernir o grau em as mudanças ocorrem e na medida em que Depois de estabelecidos certos padrões, uma
estas são graduais ou repentinas. estratégia freqüente é a introdução de um final
original.
Projeto Político-Pedagógico 148