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Descartes e Hume:

uma análise
comparativa
Ideias inatas

— Descartes distingue três tipos de ideias.

— As ideias factícias são produzidas pela nossa vontade, imaginativamente, a partir de outras ideias.

— As ideias adventícias são causadas por objetos físicos.

— Por fim, existem ideias inatas.


w Contrariamente às factícias, não são criadas pela nossa imaginação.
w E, contrariamente às adventícias, não são causadas por objetos físicos.
w Segundo Descartes, são conceitos que derivam apenas do nosso poder de pensar.
w Ainda que de uma forma latente, as ideias inatas residem na nossa mente desde que esta
começou a existir.
w Não dependem, portanto, da nossa vontade.
Ideias inatas

— Entre as ideias inatas, Descartes inclui conceitos matemáticos e também conceitos metafísicos,
como os de substância, de verdade e de Deus.
— Ao interrogar-se acerca da origem da ideia de Deus, Descartes declara que ele mesmo, Descartes,
não pode ser seu o autor: um ser imperfeito nunca poderia ter criado a ideia de um ser sumamente
perfeito.
— A ideia de Deus tem de ser causada por Deus.
— Na verdade, é a Deus que se devem todas as nossas ideias inatas. Foi Deus que, por assim dizer,
“equipou” a nossa mente com essas ideias, permitindo-nos, através delas, perceber a verdade com
clareza e distinção.

— Hume nega a existência de ideias inatas. Segundo o princípio da cópia, todas as ideias (até a de
Deus) derivam da experiência.
A natureza da mente

— Para Descartes, uma mente consiste numa substância pensante, sem extensão, e nos
pensamentos que nela ocorrem.
— Os diversos pensamentos que ocorrem numa mente são propriedades – ou, como diz Descartes,
modos – de uma substância pensante.
— Numa mente, os pensamentos variam de momento para momento, mas a substância em que
eles ocorrem não deixa de ser a mesma ao longo do tempo.
— Esta substância é simples: não é possível dividi-la ou decompô-la em várias coisas.

— Hume rejeita a conceção cartesiana da mente. Para Hume, uma mente consiste apenas num
agregado de pensamentos ou perceções. Não existe, para lá desses pensamentos, uma substância
que os sustente.
Conhecimento a priori

— Consideremos estas proposições:


w Deus existe e é a causa de tudo o resto.

w A mente é uma substância inteiramente distinta do corpo.

— Descartes alega que podemos saber a priori que estas proposições são verdadeiras.
— Ambas podem ser demonstradas.

— Hume defende que não podemos descobrir, sem recorrer à experiência, que entidades
concretas existem realmente e qual a sua natureza.
— As respostas a questões de “existência real” só podem ser descobertas empiricamente.
— E, a respeito de muitas dessas questões, nem a experiência nos permite chegar a uma resposta
definida. É esse o caso da questão da existência de Deus.
A realidade do mundo físico

— Descartes argumenta que podemos estar certos da realidade dos objetos físicos.
w Se estes não fossem a causa das nossas perceções sensíveis, Deus seria enganador, o que é
absurdo.

— Tal como Descartes, Hume sustenta que nós não percecionamos objetos físicos, pelo menos
diretamente: aquilo que nós percecionamos diretamente são perceções ou ideias na nossa própria
mente.

— Acreditamos que essas perceções sensíveis são causadas por objetos físicos e assemelham-se a
eles.

— Mas será que poderemos justificar esta crença?


w Hume pensa que não.
A realidade do mundo físico

— Podemos descobrir relações causais apenas através da observação de conjunções constantes.

— Assim, para descobrirmos que as nossas perceções sensíveis são causadas por objetos físicos,
teríamos de observar uma conjunção constante entre perceções e objetos físicos.

— Contudo, argumenta Hume, é impossível observar essa conjunção constante, pois os objetos
físicos nunca podem ser percecionados, pelo menos diretamente.

— Quando registamos uma conjunção constante, esta verifica-se sempre entre perceções ou
impressões de tipos diferentes – e não entre perceções e objetos físicos.

— Portanto, não temos forma de saber que as nossas perceções são causadas por objetos físicos.

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