Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
MEDIEVAL
I
P oesía pro fa n a
E D IC IO N B IL IN G Ü E P R E P A R A D A P O R
Abril 1995
I
P oesía p ro fa n a
INTRODUCCION, EDICION, TRADUCCION
Y NOTAS POR
B IB L IO T E C A DE AUTORES C R IS T IA N O S
M AD RID · MCMXCV
© de la presente edición: Biblioteca de Autores Cristianos,
Madrid 1995. D o n Ram ón de la Cruz, 57.
D epósito legal M. 9.251-1995
ISBN: 84-7914-170-0 (Tomo I)
ISBN: 84-7914-172-7 (Obra completa)
Im preso en España. Printed in Spain.
I N D I C E G EN E RA L
Págs.
B ib l io g r a f ía ............................................................................................ x iii
B i b l i o g r a f í a d e l a s n o t a s .............................................................. xix
P r i n c i p a l e s s i g l a s e m p l e a d a s ........................................................ xxi
I n t r o d u c c ió n g e n e r a l .................................................................... 1
Págs-
Págs.
Págs.
Págs.
Págs.
Raby, F. J. E., A history of secular latin poetry in the Middle Ages, 2 vols.,
2.a ed. (Oxford 1957). Amplia bibliografia en el vol.II, 361-399.
R ico, F., «Un poema de Gautier de Chátillon: fuente, forma y
sentido de Versa est in luctum», en Etudes de Philologie Romane et
d’Histoire Littéraire offertes à Jules Horrent (Iieja 1980), 365-78.
R ic h e , P., Écoles et enseignement dans le Haut Moyen Age, 3.a ed. (Paris 1989).
— Éducation et culture dans l’Occident barbare, V Ie-V IIIe siècles (Paris
1973).
Rigg, A. G., «Golias and the other pseudonyms», en Studi medievali
18 (1977) 65-109.
Rossi, P. (ed.), Carmina Burana (Milán 1989).
S a n t a n g e l o , S., Studio sulla poesía goliardica (Palermo 1902).
S ayce , O., The Mediaeval German lyric (Oxford 1982).
S c h il s , L., «Commodien poète rythmique», en Neophilologus 15
(1929) 51-56.
S c h m e id l e r , B., Die Gedichte des Archipoeta (Leipzig 1911).
S c h m e l l e r , J . A., Carmina Burana (S tu ttg a rt 1847. Reediciones en
1883, 1894, 1904, 1928, 1960).
S e s in i , V., Poesía e musica nella latinità cristiana dal I I I al X secolo (T u rin
.1949).
S ik es , J. G., Peter Abailard (Cambridge 1932).
S pies , A., Militat omnis amans, Diss. (Tubinga 1930).
S p it z m u l l e r , H., Poésie latine chrétienne du Moyen Âge (Brujas 1971).
Amplísima bibliografía, p. 1891-1979; es la quinta parte, que lleva
por título «Eléments de Bibliographie».
S t r e c k e r , K., Die Cantadbridger Lieder: Carmina Cantabrigiensa (Monu
menta Germaniae Historica. Scriptores rerum Germanicarum in usum scho
larum separatim editi 40 (Berlín 1926 = 1979).
— «Walter von Chatillon und seine Schule», en Zeitschrift fiir deutsches
Altertum und deutsche Literatur 64 (1927) 97-125, 161-189.
— Die Apocalypse des Golias (Roma-Leipzig 1928).
— Die Cambridge lieder (Berlin 1926).
— Die Apocalypse des Golias (Roma-Leipzig 1941).
— Introduction to Medieval latin, trad. ing. de R. B. Palmer (Berlin
1957).
Symonds, J. A., Wine, Women and Songs, 2.a ed. (Londres 1925). .
— Moralisch-Satirische Gedichte Walters von Chatillon (Heidelberg 1929).
SzöVERFFY, J., Die Annalen der lateinischen Hymnendichtung, 2 vols. (Ber
lin 1964-65).
— Peter Abelard’s Hymnarius Paraelitenäs. An annoted edition with introduc
tion, 2 vols. (Albany 1975).
— Weltliche Dichtungen des Lateinischen Mittelalters. Ein Handbuch. I. Von
den Anfängen bis zum Ende der Karolingerzeit (Berlin 1970).
T a v a n i , G., «Il debattito sui clerico e il cavaliere nella tradizione
mediolatina e volgare», en Romanistiches Jahrbuch 15 (1964) 51-84.
U n g e r , H., De Ovidiana in carminibus buranis... imitatione. Diss. (Berlin,
Estrasburgo 1914).
χ ν ιη Bibliografía
7 Cf. A. M ic h e l , o .e ., p .6 9 .
8 De musica 2,2,2.
9 Sobre la m étrica de Com odiano puede verse L. V e r n ie r , «Notes sur
Com m odien», en Revue de Philologie 15 (1891) 117-130; F. H a n ssen , De arte
metrica Commodiani (E strasburgo 1881); L. ScHiLS, «C om m odien, poète
rhythm ique», en Heophihlogus 15 (1929) 51-56.
10 V er H . V r o o m , Le psaume abécédaire, que ofrece un estudio m uy
acertado sobre la obra de san Agustín.
6 Introducción general
15 Estos versos se han impreso varias veces, por ejemplo en Wiener Blätter
f i r die Fremde der Antike 3 (1925) 114.
8 Introducción general
La versificación m e d ie v a l
- uu - uu - uu - uu - uu u
- u u - u u - // - u u - u u u
u - u - u - u - (acataléctico)
u - u - u - u (cataléctico)
Es el núm . 38 y el 23.
Heptasüabos: 57, 58, 59, 63, 69, 71, 85, 94, 97, 100, 101,
126, 134, 138, 140.
Octosílabos: 7, 56, 68, 74, 79, 80, 92, 93, 95, 108, 115, 118,
122, 137.
Eneasílabos: 87.
21 A history o f secular Latin poetr)/ in the middle ages (Oxford 1957), vol. II, p .l.
22 K. S t r e c k e r , «Leoninische H exam eter und Pentam eter in 9. Jahrh.»,
p.213ss.
14 Introducción general
2. C A R A C T E R IS T IC A S D E LA P O E S IA
L A T IN A M E D IE V A L
T u th alamus pudoris
tu b alsamus odoris
tu libanus candoris
tu clibanus ardoris 24.
1 5 10 15 20 25 30 35
S A N C T E - T V r V A T I S- C A E S A R - M I S E R E R E · S E R E N U S
A V G V S Τ Ε Ό Μ Ν I P O T E N S· A L Μ Ο·Μ O R T A L I A· C V N C T A
N V M I N E - L A E T I F I C A N S · N O B î S· A D- G A V D I A- N O M E N
C O N S T A N T I N E - T V VM- F E C V N D I · C A R M I N I S- EX- H O C
T E - D V C E - D E T - M V S A S - N AM- T R I S T I S - C V R A - R E C V S A T
E G R E G I O S - A C T V S · I A M -S E D E N T- C R I M I N A· P A R C A E
T V N C ' M E L I V S ' D O M I N VM- T E ' V O X ' S E C V R A · S O N A B I T
V I R T V T VM· R E C T O R - P O T V I T· V I X* P A N G E R E - V E R S V
I S T A -M O D O · E T · M A E S T O - S I C - S A L T I M - D I C E R E ' V A T I
V I X' M I H I' C A L i I O P E * P A V I T A N T I - C O N S C I A ' N V T Y
A D N V I T - A V S A - P R E C E M -V A T I S Q .V E· E D I C E R E- F A T A
T R I S T I A - S I G N A T O ' P A R T E S- V T- L I M I T E - C L A V D A T
I V R E * P A R I · C A R M E N * M E D I I S· V T· C O N S O N A - I N - O M N I
S I T- N O T A· P R I M A· S V I· E T- S I T- P A R S· E X T I M A- T A L I S
C E V· M E D I A· E· P R I M I S - O C C V R R E N S ' A P T I V S· I S T I C
A D- L A T E R VM- F I N E S - E T- P A R S· Q V A E- D I V I D I T· O R S A
E ' M E D I O' C A P V T· E S S E - Q V E A T - V E R S V Q V E ' R E F E R R E
S A N C T E - T V I· V A T I S C A E S A R · M I S E R E R E - S E R E N V S
A L M E ' S A L V S O R B I S-ROMAE-DECVS· I N C L Y T E - F A M A
R E - M E L I O R - P I E T A T E· P A R E N S- AD· M A R T I A - V I C T O R
M I T I O R - A D V E N I AM- P E R M V L C E N S - A S P E R A L E G V M
I V S T I T l A ' A E T E R N A E ' V I R E S ' E T ' G L O R I A' S A E C L ï
S P E S ' D A T A ' P L E N A ' B O N I S ' E T ' F E L I X· C O P I A ' R E B V S
E X I M I V M 'C O L V M E N ' V E T E R V M 'V I R T V T E ' F I D E Q. V E
R O M A E· M A G N E · P A R E N S- A R M I S- G I V I L I B V S - V L T O R
ET -SVM MI'LAVS'GRATA'DEI'MENS'CLARA'SVPERNE
R E B V S - M I S S A S A L V S - P E R· T E· P A X· O P T I M E D V C T O R
ET· B E L L I S· S E C V R A· Q, V I E S' S A N C Τ Α Ό Μ Ν I A- P E R - T E
S O L I S - I V R A ' S V I S ' F I D I S S I M A- D E X T R A · M A R I T I S
ET· S O C I A L E· I V G VM· P R A E B E T · C O N S O R T l A V I T A E
R E S P I C E ' M E ' F A L S O* D E* C H I M I NE· M A X I ME· R E C T O R
E X V L I S- A F F L I C T VM· P O E N A- N AM* C E T E R A- C A V S A E
N V N C O B I E C T A ' M I HI · V E N I A ' V E N E R A B I L E - N V M E N
V I N C E ' P I A- E T- S O L I T O S V P E R A N S · F A T A L I A N V T V
S A N C T E T V I V A T I S- C A E S A R M I S E R E R E S E R E N V S
26 Introducción general
43 A H 36, p.5ss.
44 Cf. N o r b e r g , Introduction, p.58.
45 Cf. N o r b e r g , ibid.
46 A sí, por ejemplo, A n g il b e r t o , M G H , Poetae I, p.420.
47 Cf. M G H , Poetae IV, p.426.
48 V er A H 20, 251, 2.
49 Cf. L. M ü l l e r , De re metrica, p.579ss.
50 Anthologia latina, n.800.
51 C f. C u r t k js , Literatura europea, p.403. En esta antología, el lector puede
encontrar otros ejemplos en los poemas 45, 46, 73, etc.
28 Introducción general
que leído al revés d a este otro hexám etro, igualm ente leonino:
3. LA P O E S IA D E L O S G O L IA R D O S
El n o m b r e d e g o lia rd o
l8- S a n B e n it o , Regula, 1 ,6 - 1 0 .
19 Epist. 2 2 , 34: PL 2 2 , 4 1 9 . Collationes 18, 7: PL 4 9 , 1 0 0 2 -1 1 0 8 : «De
Sarabaitarum principio et conversatione».
20 Origini delVUniversità, a cura di G. A m aldi (Bolonia 1976), p.81.
3. La poesía de los goliardos 35
E l e sp ír itu g o lia rd o
El « O rd o » o « S ecta va g o ru m »
C lér ig o s y e s c o la r e s g iróvagos
41 D e entre la inm ensa bibliografía sobre el tem a, señalamos tan sólo los
de m ás fácil acceso p a ra nuestros lectores españoles. R. G a r c ía -V il l o sla d a ,
L a poesía rítmica. E. R. C u r t iu s , Literatura europea y Edad Media latina, trad, de
M . F. Alatorre, 2 vols. (México 1945). J . L. M o r a l e jo , Cancionero de Ripoll
(Anónimo), texto, trad., introd. y notas de... (Barcelona 1986): Exhaustiva
bibliografía, p .127-143. E. M a ssa , Carmina Burana e altri canti della goliardia
medievale (Rom a 1979): Selecta bibliografía, p.175-182. En los Carmina Burana
puede encontrar el lector confirm ación con ejemplos bien elocuentes.
42 Eugenio M assa recoge esta expresión, «famine de povre clerc», tom a
da de J . B é d ie r , Les fabliaux (París 1925), p.391; cf. C am ina Burana e altri canti
della goliardia medievale (Rom a 1979), p.X L. C om o dice este autor, esa ham bre,
llam ada tam bién «Parisiana fames», era como la m adrina que recibía al
estudiante desde el comienzo de su destierro. «Las costumbres de las escuelas
m e concedió esta durísim a m adrina que m e acom pañaba siempre, que
sum ergía a los nobles en el lago profundo de la miseria y les obligaba a
m endigar de puerta en puerta». Antes o después, los estudiantes se veían
obligados a m order el triste lam ento de los C am . Bur.: «O ars dialectica /
num quam esses cognita / que tot facis clericos / exules et miseros» (127, 15),
«Ojalá nunca te hubiera conocido, arte dialéctica, a ti que haces desgraciados
desterrados a tantos clérigos». El destierro, por lo general, llevaba consigo el
sufrimiento, y con frecuencia arrastraba, ju n to con los necesitados, incluso al
clérigo m enos desgraciado. U n a im prudencia, o una locura am orosa, o una
enferm edad, o un robo, o el simple aum ento del precio de las cosas
ordinarias, o u n retraso en los estudios, bastaba para desestabilizar el
presupuesto de los estudiantes que, por lo general, no era m uy desahogado.
3. La poesía de los goliardos 49
D e « c le r ic i v a g a n te s» a « c le r ic i c u r ia le s»
49 A este respecto es paradigm ático el poema 7 del libro III del Liber
amorum de Ovidio, que comienza: «At non formosa est, at non bene culta
puella».
50 Cf. E. F a r a l , Recherches sur les sources latines des contes et romans courtois du
Moyen Age (Paris 1913), p. 194. Sobre estos temas véase tam bién R. B e z z o l a ,
Les origines et la formation de la littérature courtoise en Occident, 2 vols. (Paris
1945-1960).
51 P h ilippu s d e H a r v e n g , De scientia clericorum 28-29: P L 203, 700-702.
En esta antología el lector encuentra un poem a, el n.92, en que se desprecian
los estudios.
52 Introducción general
4. P R IN C IP A L E S C O L E C C IO N E S D E LA P O E S IA
G O L IA R D IC A
C arm in a Burana
13 Cf. Raby, F. J . E., A history o f secular latin poetry in the middle ages (Oxford
1957), II, p.257-258.
14 Camina Burana, p.944.
15_ Cf. W a l sh , P. G., Love lyrics, p.X V II. Sobre Felipe el Canciller, véase
R aby , o.e., vol.ü, p.227-235. M cD onough, C. J., nos ofrece u n resumido
estudio sobre H ugo en su obra The Oxford poems o f Hugh Primas and the Arundel
Lyrics (Toronto 1984).
4. Principales colecciones de la poesía goliardica 61
C arm in a C an t a b r ig e n sia
20 Cf. S z Ovérffy , J., Secular latín lyrics and minor poetic form o f the middle ages
(Concord, N. H ., 1992), p.236-37. V er R ig g , A. G., y W ie l a n d , G. R .,
«A Canterbury Classbook of the Mid-eleventh Century», en Anglo-Saxon
England 4 (1975) 113-130.
21 Cf. R ig g -W ie l a n d , o .e ., p .1 2 8 -1 3 0 .
22 La obra de Strecker de la nota 19 ha sido reeditada en 1955.
23 Se trata del him no Gratuletur omnis caro (AH 1, 195), que se atribuye a
R ábano M auro.
64 Introducción general
C a rm in a A ru n d ellia n a ( m s . 384)
C a r m in a RivipuUensia
44 M o r a l e jo , o .e ., p .6 0 , n .1 8 3 .
45 O.e., p.74-98.
4, Principales colecciones de la poesía goliárdica 71
R a z o n e s d e n u e str a ed ic ió n
1. T em p o ra s i s o lito *
2. Q uo sin e m e m e a lux**
1. Si, c u a l su e le
2. ¿A d ó n d e s in m í?
¿A dó n d e sin m í a los ojos inquietos m i luz se esconde
y n o p e rm ite q u e m i v ista la d escu b ra?
L o m iro to d o a u n tiem p o : cielos, ríos, tierra;
m as c u a n d o n o te veo, to d o m e p a re c e nim io.
5 A u n q u e el cielo se m u estre sereno, al h u ir las nu b es,
si tú o c u lta p e rm a n e c es, de sol carece el día.
Q u e la ru e d a de las horas — lo suplico— gire con curso
[veloz
y los días, ab rev ián d o se, aceleren su m a rc h a .
Q u e m i a c u e rd o y el de las santas h e rm a n a s éste sea:
10 q u e c o n tu p re se n c ia con fo rtes a quien es de a m o r
[m an tien es presos.
82 Siglo VII
3. O m n e b o n u m velo x *
O m n e b o n u m velox fu gitivaque g a u d ia m u n d i;
m o n s tra n tu r terris et cito lap sa ru u n t.
U t d o lo r a d q u ira t vires c u m p e rd it a m a n te m ,
an te p la c e re facit, durius in d e p rem it.
5 H e u la c rim a e 1 re ru m , h e u sors in im ica virorum !
c u r p la c itu ra facis, q u a e d o litu ra rapis?
4. S tra ta so lo recu b o **
* M G H , Auct. ant. 4 = Carm. 4, 26, 1-6, p.95. Recogemos aquí los seis
prim eros versos del Epitaphium Vilithutae, dedicado a una joven noble m uerta
al dar a luz. Ecos bíblicos lejanos sobre la brevedad de la vida. Dísticos
elegiacos.
1 Eco de Enáda 1, 462.
** M G H , Auct, ant. 4 = Carm. 8, 3. El poema, inspirado en el Cantar de
los Cantares, celebra la entrega de la joven doncella consagrada a su esposo
divino. El tem a bíblico inicia u n lirismo místico-simbólico que hallará abun
dantes seguidores en todo el m undo medieval. Dísticos elegiacos.
1 Amomum, flos est Assyrius (S e r v io , A d Buc. 3, 89). Es u n a p la n ta d e la
q u e se e x tra ía u n b á ls a m o m u y a p re c ia d o .
Venancio Fortunato 83
3. T odo bien e s p a s a je r o
4. P o stra d a en e l su elo
5. A cc ip e q u a eso *
A ccipe quaeso,
n u n c b ip ed ali
co n d ita versu
c a rm in u lo ru m
5 m u n e ra p a rv a
tu q u e fre q u e n te r
m u tu a n obis
o b se q u io ru m
d e b ita red d e.
10 N a m v elu t aestu
flantibus austris
a rid a g a u d e n t
im b rib u s arva,
sic tu a nostras
15 m issa fre q u e n te r
laetificab at
p a g in a m en tes.
N o n ego posco
n u n c p e ritu ra e
20 m u n e ra gazae,
n o n q u o d avarus
se m p e r eg en d o
c o n g re g a t a u ru m ,
q u o d sa p ie n tu m
25 lu m in a c a ecat
et v elu t ignis
fla m m a p e ru rit
im p ro b a co rd a.
S aep e n e fa n d a
30 c rim in a m ultis
suggerit au ri
d ira cupido,
e q u ib u s ista
n u n c tib i p a u c a
5. R ecib e, p o r f a v o r , ah ora
R ecib e, p o r favor, a h o ra
de estos poem illas
el reg alo h u m ild e
c o n feccio n ad o
5 co n versos de dos pies,
y a tu vez, frec u e n tem e n te ,
m u é stra te ag rad ecid o
cu al se n os debe
p o r n u e stro obsequio.
10 P u es al ig u al q u e en v e ra n o
c u a n d o el au stro resopla
g o z a n los áridos cam p o s
co n las lluvias,
así las p ág in as tuyas
15 q u e env iab as a m e n u d o
a le g ra b a n
n u e stro espíritu.
N o te solicito a h o ra
el reg alo de u n tesoro
20 d estin ad o a p ere c e r,
n i el o ro q u e el avaro ,
codicioso de co n tin u o ,
se esfuerza en a m o n to n a r;
ese o ro q u e a los ojos
25 de los sabios d eja ciegos
y qu e, cru el lla m a de fuego,
a c a b a p o r a b ra sa r
los c o razo n es m alvados.
A crím en es nefandos, c o n frecu en cia,
30 d el o ro el ansia cru el
a m u ch o s h a in citad o .
D e aquéllos a h o ra
a esb o zarte voy ap en as
u n o s pocos
90 Siglo VII
35 te m p o re prisco
gesta re te x a m
E x titit ingens
cau sa m a lo ru m
a u re a pellis.
40 C o rru it a u ri
m u n e re p a rv o
c e n a d e o ru m ,
et trib u s illis
m a x im a lis est
45 o rta deab u s;
h in c p o p u la v it
T ro iu g e n a ru m
d itia re g n a
D o ric a pu b es.
35 realizad o s
en tiem p o s antiguos.
U n vellocino de o ro
fo n d a m e n ta l cau sa fue
de desgracias.
40 U n b a n q u e te de los dioses
fuese al tra ste p o r m otivo
d e u n p e q u e ñ o reg alo de oro ,
y p a r a aquellas tres diosas
fue el o rig en
45 de u n a in g en te co ntroversia.
D e a h í q u e la d o ria ju v e n tu d
devastase
los ricos reinos
de los troyanos.
E U G E N I O I I I D E TOLEDO
6. Tu v o z, r u ise ñ o r
7. Q u an do p r o fe c tu s f u e r a m *
Q u a n d o p ro fectu s fu e ra m
u sq u e d ira m D o m n o n ia m
p e r c a re n te m G o rn u b ia m
florulentis cespitibus
5 et foecundis gram in ib u s,
e le m e n ta in o rm ia
a tq u e fa c ta in fo rm ia
q u a ssa n tu r sub a e th e re a
convexi caeli c a m e ra ,
10 d u m tre m e t m u n d i m a c h in a
sub v e n to ru m m o n a rc h ia .
E cce, n o c tu rn o te m p o re ,
o rto b ru m a li tu rb in e ,
q u a tie n s te rra m tem p estas
15 tu r b a b a t a tq u e vastitas,
c u m fracto v e n ti federe
b a c h a re n tu r in aeth e re
e t ru p to retin a c u lo
d esev iren t in saeculo.
7. Un d ía q u e h a b ía p a r tid o
U n d ía q u e h a b ía p a rtid o
cam in o de la in h ó sp ita D ev o n ,
a través de la C o rn u alles in d ig en te
— se h a lla b a n e n flor los pastos
5 y g ran ad o s los sem b rad o s— ,
form id ab les elem entos
e in cid en tes h o rrib les
e n tre c h o c a ro n b a jo la b ó v ed a
e té re a d el convexo cielo,
10 m ie n tra s la m á q u in a del m u n d o se estrem ece
som etid a al im p e rio de los vientos.
E n el curso de la n o ch e,
d esa ta d o u n te m p o ra l p ro p io de inv iern o ,
la te m p e sta d y la d evastación,
15 las tierras a z o ta n d o , p e rtu rb a b a n .
Los vientos e n tre ta n to , q u e b ra n d o la co n co rd ia,
furiosos en el é te r se m o stra b a n ,
y, ro m p ie n d o sus am a rra s,
d e sa ta b a n sus iras en la tierra.
SIGLO VIII
PAULO DIACONO
8. Verba tu i f a m u li*
8 . S eren o escu ch a3 re y s u p r e m o
9. Ver tib i s e m p e r in e s t *
9. P eren n e v iv e en ti la p r im a v e r a
L a m a n o , ru iseñ o r, q u e d el zarzal te m e h a ro b a d o
de m i felicidad envidiosa se m o strab a.
E l c o ra z ó n co n tus trin o s arm o n io so s tú m e h en ch ías
y m i espíritu afligido co n tu c a n to m eloso m e c o l
im abas.
5 A cu d a n , p o r ello, de d o q u ie r b a n d a d a s de aves
a llo rarte con m ig o co n u n can to pierio.
P o d ía d esp reciarse tu color, m as n o tu canto:
de tu g a rg a n ta estrech a u n a p o te n te voz se d e sp re n
d ía ,
co n trin o s v a ria d o s e n to n a n d o la d ulce m elo d ía de la
[M usa
10 y a la b a n d o de co n tin u o al C re a d o r co n su canto.
N i en la o b sc u rid a d n o c tu rn a cesó ja m á s tu voz pia-
[dosa
de e n to n a r h im n o s sagrados, ¡oh d o n aire y galanura!
¿C óm o ad m iram o s de que p erp etu am en te Q ueru bines y
[Serafines
al O m n ip o ten te alaben, cuando tu voz p u d o hacerlo
[de tal form a?
15 ¡Feliz, ay, en ex trem o aq u e l que n o ch e y d ía
al S e ñ o r c o n ta l celo de co n tin u o en salza c o n su
[canto!
C o m id a n i b e b id a h a b ía n sido p a r a ti m ás dulces que
[tus h im nos,
n i el lazo co nyugal co n o tra ave.
E sto te dio N a tu ra le z a y el gen ero so C re a d o r d e esa
[N atu ra,
20 al q u e tú co n tu voz in can sab le loaste siem pre,
p a ra en señ arn o s a nosotros, sum idos en el vino y en
[el sueño,
a ro m p e r la in d o len cia a le ta rg a n te del espíritu.
L o q u e tú , c a re n te de ra z ó n y de in telecto , hiciste
con u n a m u e stra b a sta n te m ás n o to ria que la n a tu
r a le z a
25 es algo q u e todos los d o tad o s de talen to y g ra n in te li
g e n c ia
h a b ría n m a n te n id o en sus labios alg ú n tiem po.
112 Siglo V III
M a x im a la u d a n ti m erces in saecla m a n e b it
a e te rn u m reg em p erp es in arce poli.
11. P la n g a m u s cm cnlum *
12* M e c u m T im a v i sa x a *
12. L lo ra d co n m ig o , ro q u e d o s d e l T im a v o
L lo ra d co n m ig o , ro q u e d o s del T im a v o , n u ev e ríos
que b ro ta n p o r n u ev e m a n a n tia le s
y a los q u e engulle la ola salad a d el m a r Jo n io :
D a n u b io , Savo, T heiss, C u lp a , M a ru a ,
5 N atiso, G u rc k y torbellinos del Isonzo.
L lo ra d a E u rico , dulce n o m b re p a r a m í,
vosotras, S irm io n e, Pola, tie rra de A qu ilea,
C ividale, ca m p iñ a s de C o rm o n s,
riscales de O so p p o , m o n ta ñ a s cetenenses;
10 que llore la tie rra del A dige y de A lbenga.
Y tú , ric a c iu d a d de A rg e n to ra to ,
de cuyos aled añ o s o riu n d o era, n o ceses d e llo rarlo
co n g em idos a b u n d a n te s y p ro fu n d o s:
p e rd id o h as u n hijo ilustre,
15 n a cid o de ra ig a m b re n o b le y de p re c la ra sangre.
E stra sb u rg o te lla m a n en e x tra n je ra lengua:
ese n o m b re , célebre a n ta ñ o , h o y p e rd id o ,
u n n o m b re m elodioso q u e yo te restituyo
co m o p r e n d a de a m o r del dulce am igo,
20 a orillas del Q u irn c a a m a m a n ta d o .
- G en e ro so en d o n a r a las iglesias;
118 Siglo V IH
p a u p e ru m p a te r, m iseris subsidium ,
hic v id u a ru m su m m a consolatio
erat: q u a m m itis, caru s sacerdotibus,
25 p o ten s in arm is, subtilis ingenio.
B a rb a ra s gentes d o m u it saevissim as,
cingit quas D ra u v a 13, reclu d it D an u b iu s;
celan t quas iu n co P aludes M aeo tid es 14,
P o n t i 15 c o a rta t q u as u n d a salsiflui,
30 D a lm a tia ru m q u ib u s o b stat term in u s.
T u rre s S trato n is 16, lim itis p rin cip iu m ,
Scythiae m etas, T h ra c ia e q u i c a rd in e m ,
a se se q u e stra t u tra q u e confinia;
h a e c A u stro 17 red d it, h a e c re fu n d it B o rea 1B,
35 te n d it a d P ortas, q u a e d ic u n tu r C asp iae 19.
L ib u rn u m litus 20, q u o re d u n d a n t m a ria ,
m o n s inim ice, L a u r e n tu s 21 q u i diceris,
vos su p er u n q u a m im b e r, ros n e c p lu v ia
d escen d an t; flores n ec tellus p u rp u re o s
40 g erm in et, h u m u s n ec fructus triticeos!
U lm u s n ec v item g e m m a to c u m p a m p in o
su stentet, u v a n e c in ra m is p e n d e a t,
fro n d e a t ficus sicco se m p e r stipite,
fe ra t n e c ru b u s m a la g ran is p ú n ic a ,
45 p ro m a t hirsu tu s n ec g lo b u s 22 castaneas,
u b i cecidit v ir fortis in proelio ,
clipeo fracto , c ru e n ta ta ro m p h e a ;
la n ceae su m m o re tu n so n a m iacu lo ,
sagittis fossum , fundis sax a fo rtia
50 co rp u s in ie c ta contrivisse dicitur.
H e u m e, q u a m d u ru m q u a m q u e triste n u n tiu m
illa sub die d eflen d a percrep u it!
N a m c la m o r in d e h o rre n d u s p e r p lateas
lacrim is d ignus so n u it q u u m tristia
55 eius p e r v e rb a m o rs esset exposita.
M a tre s, m a riti, p u e ri, iuv en cu lae,
d o m in i, servi, sexus o m nis, te n e ra
aetas, p e rv a ld e se c e rd o tu m in clita
caterv a, p u g n is sau ciata p e c to ra ,
60 crin ib u s vulsis, u lu la b a n t p a rite r.
D eu s a e te rn e , lim i q u i de p u lv ere
p lasm asti tu a m p rim o s a d im a g in e m
p a re n te s n ostros, p e r q u o s o m n es m o rim u r,
m isisti tu u m sed d ilectu m filium ,
65 vivim us o m nes p e r q u e m m irab iliter;
san g u in e cuius re d e m p ti p u rp u re o
sum us, sa c ra ta cuius c a rn e p ascim u r,
H e ric o tu o servulo m elliflua
co n ced e, q u aeso , p a ra d isi g a u d ia
70 e t n u n c et u ltra p e r in m e n sa saecula.
13. A e th io p u m te rra s*
14. S i ah ora a m í , ca n sa d o
Si a h o ra a m í, can sad o , tra b a s n o m e p u sie ra el asaz
[largo cam ino,
ni m ied o m e infundiese el a rd u o desarrollo de u n
[p o em a novedoso,
e n g a rz a r d e b e ría los preciosos v ib u rn o s de la rosa
con oro del Pactolo y con niveas gem as de los árabes.
5 Y, pues G e rm a n ia n o los tiñ e co n la p ú rp u ra tiría,
ni del m ú ric e a rd ie n te la espaciosa G alia se env anece,
añ o tras a ñ o re n u e v a en a b u n d a n c ia las am arillas
[sim ientes
de la p u rp ú re a flor, al ex tre m o d e decirse q u e su p e ra
con sus v irtu d es y o lo r a las e n ra m a d a s to d as de las
[hierbas,
10 h a sta el p u n to de ser c o n sid erad a, co n ju sticia, de las
[flores la flor.
Se im p re g n a de u n aceite cuyo n o m b re d el suyo es
[derivado,
y que m u y a m en u d o es efectivo co n tra cuitas m ortales,
las que h o m b re n in g u n o d e re c o rd a r es cap az, ni de
[decirlas.
C o n la rosa rivalizan los afam ados lirios con sus flores,
15 , cuyo olor, al tra n sp ira r, los aires d eja larg am en te sa
tu r a d o s .
Si alguien los b lan co s tallos del niveo b ro te tritu rase,
se e x tra ñ a rá de q u e al p u n to en ra u d o soplo p ereciera
to d a la a u te n tic id a d del n é c ta r esparcido.
Y ello p o rq u e la v irg in id ad , b a s a d a en feliz fam a,
20 rep o sa en esa flor: si desvelo n in g u n o la p e rtu rb a ,
ni el fuego de u n a m o r sórdido y disoluto la m archita,
su olor sigue ex h alan d o . M as si d e su in te g rid a d el
[tim bre
se m a rc h a a p iq u e , en h e d o r tra n sfo rm a rá su a ro m a .
E stas dos especies ínclitas d e flores descollantes
25 sim bolizan p o r los siglos las m ás insignes palm as de la
[Iglesia:
co n la san g re del m a rtirio se consiguen los dones de
las rosas;
en el c a n d o r de la p ro m e sa m a n te n id a se ostenta el
[lirio.
134 Siglo I X
15. Tu v o z , ru ise ñ o r
25 Im p e ra to re m ia m se re n u m K a ro lu m
telluris teg it titu latu s tum u lu s.
H e u m ih i misero!
S p iritu s sanctus, q u i g u b e rn a t o m n ia ,
a n im a m su a m ex altet in re q u ie m .
30 H e u m ih i misero!
V a e tibi, R o m a , R o m a n o q u e p o p u lo ,
am isso su m m o glorioso K a ro lo .
H e u m ih i misero!
V a e tibi, sola fo rm o n sa Italia,
35 cu n ctisq u e tuis ta m honestis u rb ib u s.
H e u m ih i m isero!
F ra n c ia d iras p e rp e ssa iniu rias,
n u llu m ia m ta le m d o lo re m sustinuit,
h e u m ih i m isero!
40 q u a n d o au g u stu m fa c u n d u m q u e K a ro lu m
in A q u isg ran i glebis te rra e trad id it.
H e u m ih i m isero!
N o x m ih i d ira ia m re tu lit so m n ia,
diesq u e c la ra n o n a d d u x it lu m in a ,
45 H e u m ih i misero!
q u a e cu n c ti orbis ch ristian o p o p u lo
vexit a d m o rte m v e n e ra n d u m p rin c ip em .
H e u m ih i m isero!
O C o lu m b a n e , stringe tuas lacrim as,
50 p re c e sq u e fú n d e p ro illo a d d o m in u m ,
H e u m ih i misero!
p a te r c u n c to ru m , m isericors dom in u s,
u t illi d o n e t lo c u m splendidissim um .
H e u m ih i m iserum !
55 O D eu s c u n c ta e h u m a n a e m ilitiae
a tq u e c a e lo ru m , in fe rn o ru m d o m in e,
H e u m ih i misero!
in sa n c ta sede c u m tuis apostolis
suspice p iu m , o tu C h riste, K a ro lu m .
60 H e u m ih i misero!
Camina anónima
25 Y a c u b re a G arlos, el seren o e m p e ra d o r,
u n tú m u lo de tie rra y u n a inscripción.
¡Ay m ísero de mí!
El S an to E ápíritu, q u e to d o lo g o b iern a,
el alm a suya aco ja en el reposo.
30 ¡Ay m ísero de mí!
¡Ay de ti, R om a! ¡Ay del p u e b lo rom ano!
¡que h ab éis p e rd id o al g ra n G arlos glorioso!
¡Ay m ísero de mí!
¡Ay de ti, Italia, la ú n ica e n belleza,
35 y to d a s tus ciud ad es, ta n egregias!
¡Ay m ísero de mí!
F ra n c ia , q u e so p o rtó ta n d u ras cuitas,
n u n c a e x p e rim e n tó d o lo r ta n g ra n d e ,
¡Ay m ísero de mí!,
40 com o c u a n d o al au g u sto y elo cu en te G arlos
en A q u isg rán co n fiaro n al polvo d e la tierra.
¡Ay m ísero de mí!
P resen tó m e la n o c h e h o rre n d o s sueños
y el d ía n o m e tra jo c la ra luz,
45 ¡Ay m ísero de mí!,
la fech a en q u e p a r a los cristianos del o rb e en tero
a la m u e rte a rra stró al v en erab le p rín cip e.
¡Ay m ísero de mí!
¡O h C o lu m b an o ! T u s lágrim as re p rim e ,
50 y p o r él al S e ñ o r eleva tus p legarias,
¡Ay m ísero d e mí!,
al P a d re de to d o s y S e ñ o r clem ente,
p a r a q u e el m ás esp lén d id o lu g a r a él le co n ceda.
¡Ay m ísero de mí!
55 ¡O h D ios de to d a h u m a n a h ueste
y de los cielos, S e ñ o r de los infiernos!
¡Ay m ísero de mí!
E n la sa n ta m o ra d a ju n to co n tus apóstoles
al p iad o so G arlos acógelo T ú , C risto.
60 ¡Ay m ísero d e mí!
146 Siglo I X
17. H ug d u lce n o m en *
H u g dulce n o m e n . H u g p ro p a g o nobilis
K a rli p o te n tis ac seren i principis,
insons sub arm is ta m re p e n te saucius
occubuisti.
5 S ed c u r ad ire K a ro lu m p raesu m eres,
q u e m H lud o v icu s, im p e ra to r inclitus,
re g e m lib e n te r visus est ex filio
constituisse?
S ed n o n ob h o c tu p e rfo ra n d u s lanceis,
10 n ec m e m b ra tu a la n ia n d a fu e ra n t,
c u m plus pro d esse q u a m n o c e re cu iq u e
se m p e r am ares.
N a m re x P ip in u s lacrim asse dicitur,
c u m te vidisset ullis ab sq u e vestibus
15 n u d u m iacere tu rp ite r in m ed io
p u lv ere cam pi.
Q u in im m o de te subsecutus ad d id it:
« H u n c si vidissem sospitem [de] co rp o re,
ta le n ta c e n tu m n o n p la c e re n t a u re a
20 h o c m ih i q u an tu m !
K a r o if h o n e ste co llo cetu r tu m u lo ,
de q u o sacerdos ex titit ac m o n a c h u s
et ubi, vivens, p o stu lav it m o rtu u m
se sepeliri».
25 O q u a m v en u stam , q u a m q u e p u lc h ra m speciem
circu m fereb as o m n ib u s p ra e ceteris,
c u m plus p ro d esse q u a m n o c e re cu iq u e
sem p er am ares.
- - u - - // - u - - J u u
- - U - ~ // - U - - - u u
- - u - - / / - U - - ~ u u
- u u - u
Carmina anónima 147
17 . H ugo, d u lce n o m b re
H u g o , dulce n o m b re . H u g o , n o b le vástago
de C arlo s, p o d e ro so y seren o p rín cip e.
In o c e n te , ta n de p ro n to , h e rid o b a jo las arm as
sucum biste.
5 M a s ¿ p o r q u é osaste e n fre n ta rte a C arlos,
a q u ie n L udo v ico , el ínclito e m p e ra d o r,
p areció le o p o rtu n o de h ijo en m o n a rc a
constituirlo?
M as n o p o r ello d ebías tú ser tra sp a sa d o p o r las lanzas,
10 n i tus m ie m b ro s te n ía n q u e verse desg arrad o s,
p o rq u e siem p re preferías a y u d a r q u e d a ñ a r
a los dem ás.
C u e n ta n q u e el rey P ip in o se ech ó a llo ra r
c u a n d o te vio, d esp o jad o d e vestidos,
15 y a c e r d esn u d o ig n o m in io sam en te e n m ed io
del polv o del cam po.
Y q u e resp ecto a ti h a b ló de esta m a n e ra :
«Si lo h u b iese c o n te m p la d o sano y salvo,
cien talen to s de o ro n o m e h a b ría n
20 p lacid o ta n to .
Q u e sea h o n ro sa m e n te sep u ltad o e n K aro íf,
de d o n d e e ra sacerd o te y m o n je,
y en d o n d e , en v ida, deseó q u e a su m u e rte
se lo e n te rra ra» .
25 ¡Ay q u é h e rm o su ra y q u é bella a p a rie n c ia
m o stra b a s p o r e n c im a de la gen te to d a,
tú , q u e siem p re p referías a y u d a r q u e d a ñ a r
a los dem ás!
148 Siglo I X
18. N o b ilib u s q u o n d a m fu e r a s *
N ob ilib u s q u o n d a m fueras c o n stru c ta p atro n is;
su b d ita n u n c servis, h eu , m ale R o m a ruis!
D e se ru e re tu i ta n to te te m p o re reges,
cessit et a d G raeco s n o m e n h o n o sq u e tuus:
5 in te n o b iliu m re c to ru m n e m o rem an sit,
in g e n u iq u e tu i r u ra P elasga colunt.
V ulgus a b extrem is d istra c tu m p a rtib u s orbis,
serv o ru m servi n u n c tib i su n t dom ini.
C o n stan tin o p o lis florens N o v a R o m a v o catu r:
10 m o rib u s et m u ris R o m a v etu sta cadis.
H o c c a n ta n s p risco p ra e d ix it c a rm in e vates:
R om a , t ib i s u b it o m o t ib u s ib it a m o r .
N o n , si te P e tri m e ritu m P au liq u e foveret,
te m p o re ia m longo, R o m a , m isella fores.
15 M a n z irib u s su b iecta iacens m acu laris iniquis,
inclita q u a e fueras n o b ilitate nitens.
T ra n siit im p e riu m , m a n sitq u e su p e rb ia tecu m ;
cultus av aritiae te n im iu m su p erat.
N o n n e d eo p e rh ib e n te p a te t: « p ro crim in e m a g n o
20 servus av aritiae id o la co rd e colit»?
T ru n c a s ti vivos cred u li v u ln ere sanctos;
v e n d e re n u n c h o ru m m o rtu a m e m b ra soles.
S ed d u m te rra v o ra x a n im a m tu m ro se rit ossa,
tu poteris falsas v en d ere reliquias.
18. A n ta ñ o f u is te
A n ta ñ o fuiste p o r nobles señores erigida;
a esclavos a h o ra som etida, ay R o m a , sucum bes a la
[desdicha.
D esd e h a c e m u c h o tie m p o te a b a n d o n a ro n tus reyes,
y tu re n o m b re y tu gloria p a s a ro n a m a n o s griegas.
5 D e los nobles regidores en ti n in g u n o h a q u ed ad o ;
tus hijos cu ltiv an h o y los cam p o s pelasgos.
U n p u e b lo desgajado de los últim os confines de la
[tierra,
esclavos de o tro s esclavos, son a h o ra tus señores.
L a ric a G o n sta n tin o p la es lla m a d a N u e v a R o m a ,
10 m ien tras tú , v etu sta R o m a , vas p e rd ie n d o tus cos
tu m b r e s y m urallas.
Y a can tan d o lo predijo el vate con u n antiguo poem a:
«E n tre tu m u lto s, R o m a , el a m o r h a c ia ti su cu m b irá
[súbitam ente».
Si los m érito s de P e d ro y d e P ab lo te a y u d a ra n ,
desde h a c e y a ta n to tiem p o , R o m a , n o serías ta n
[cuitada.
15 A las inicuas desverg ü en zas de M a n z e r te hallas som e-
[tida,
tú qu e, ínclita, b rillab as p o r tu nobleza.
P asó el im p erio , m a s la so b e rb ia se q u e d ó contigo;
te so b re p u ja en exceso el gusto p o r la avaricia.
¿N o resulta certera la p a la b ra de Dios: « P o r tu delito
[ingente
20 el esclavo de la avaricia h o n ra co n su co razó n a los
[ídolos?»
C o n h e rid a cru el a los santos p riv aste de la vida
y a h o ra acostum bras a v en d er sus m iem bros m uertos.
M as h a sta q u e la tie rra voraz c o rro a los huesos de los
[cuerpos,
tú p o d rá s seguir v e n d ie n d o falsas reliquias.
150 Siglo I X
C la n g a m , filii,
p lo ra tio n e u n a
alitis cygni,
q u i tra n sfre ta v it a e q u o ra .
5 O q u a m a m a re
la m e n ta b a tu r, a rid a
se dereliquisse
florigera
et petisse alta
10 m a ria ;
A iens: «infelix sum
avicula,
h e u m ihi, q u id ag am
m isera?
15 P en n is soluta
in n iti
lu c id a n o n p o te ro
hic in stilla.
U n d is q u a tio r,
20 procellis
h in c in d e n u n c allidor
exsulata.
A n g o r in te r a rta
g u rg itu m c acu m in a.
25 G e m e n s alatizo
in tu en s m o rtifera,
n o n co n scen d en s su p era.
C e rn e n s copiosa
p isciu m leg u m in a,
30 n o n q u e o in denso
g u rg itu m assum ere
a lim e n ta o p tim a.
L lo ra ré , hijos m íos,
co n u n la m e n to
p ro p io del cisne alad o
q u e em ig ró allen d e el m a r.
5 ¡Oh! Q u é am a rg a m e n te
se la m e n ta b a
de h a b e r a b a n d o n a d o
las floridas soledades,
y h a b e rse dirigido
10 h a c ia a lta m a r,
d iciendo: «Soy u n a d esd ich ad a
avecilla,
¡ay de mí! ¿ Q u é h a ré ,
d esv en tu rad a?
15 A l so b rev en ir la n o ch e
a p o y a rm e
e n m is alas n o p o d ré ,
aq u í, en m ed io de la lluvia.
L as olas m e g o lpean,
20 la to rm e n ta
o ra ac á o ra allá m e z a ra n d e a ,
a m í, exiliado.
A n g u stia siento e n tre las o p reso ras
crestas d e los rem olinos.
25 V u e lo gim iendo,
al p a r q u e in tu y o m o rtales peligros,
sin p o d e r re m o n ta rm e a las alturas.
O b se rv o la a b u n d a n te
p a rv a de peces,
30 m as n o p u e d o , e n la d e n sid ad
de las olas, e n c o n tra r
el a p ro p ia d o alim ento.
152 Siglo I X
O rtu s, occasus,
p lag ae poli,
35 ad m in istra te
lu c id a sidera.
S ufflagitate
O rio n a ‘,
effugitantes
40 tn u b e s occiduas».
D u m h a e c co g ita re t tacita,
v en it ru tila
ad m in icu la a u ro ra .
O p p itu la ta afflam ine
45 co ep it v iriu m
re c u p e ra re fortia.
O v atizan s
ia m a g e b a tu r
in te r alta
50 et co n su e ta n u b iu m
sidera.
H ila ra ta
ac iu c u n d a ta
n im is facta,
55 p e n e tra b a tu r m a riu m
flum ina.
D u lcim o d e c an titan s
volitavit a d a m o e n a
arid a.
60 C o n c u rrite o m n ia
a litu m e t c o n clam ate
agm ina:
«R eg i m a g n o
sit gloria».
¡O rto , ocaso,
regiones celestiales:
35 g o b e rn a d
los astros lum inosos!
S o p lad
h a c ia O rio n ,
p o n ie n d o en fuga
40 las n u b es de occidente».
M ie n tra s en silencio tales cosas cavilaba,
a p a re c ió , ro sad a,
la servicial a u ro ra .
A sistido p o r el viento,
45 co m en zó a re c u p e ra r
la in te g rid a d de sus fuerzas.
T riu n fa n te ,
y a se d eslizaba
e n tre los elevados
50 y fam iliares astros
de los cielos.
A legre
y gozoso
sintióse en ex trem o ,
55 y h e n d ía de los m ares
las co rrientes.
C o n a rm o n ía c a n ta n d o ,
voló h a c ia las am en as
soledades.
60 A c u d id to das
las aves, y e n to n a d
a coro:
«Al R e y su p rem o ,
¡gloria!»
154 Sigh I X
20. A n d e c a v is a b b a s *
Se dice q u e e n A ngers h a y u n a b a d
q u e el n o m b re o ste n ta del p rim e ro de los h o m bres;
y c u e n ta n q u e le g u sta b e b e r vino
m ás q u e a los h a b ita n te s tod o s de A ngers ju n to s.
5 ¡Ea, ea, ea! ¡A labanzas,
ea, ala b a n z as a L íb e r entonem os!
E n to d o m o m e n to ansia el vino;
n o tra n s c u rre n i u n d ía n i u n a n o c h e
sin q u e, sa tu ra d o de vino, n o se b a m b o le e
10 co m o u n á rb o l ag itad o p o r los vientos.
¡Ea, ea, ea! ¡A labanzas,
ea, ala b a n z as a L íb e r entonem os!
E x h ib e él u n c u e rp o in c o rru p tib le ,
to d o vino, a d o b a d o igual q u e co n el áloe
15 y co n la m irra cu rtirse suele el cuero ;
su piel a h o ra p re s e n ta el color del vino.
¡Ea, ea, ea! ¡A labanzas,
ea, ala b a n z as a L íb e r entonem os!
C u b a ta l de b e b e r n o se p re o c u p a
20 en cáliz, c o n sosiego, el v in o b u e n o ,
' sino en p lato s y e n g ran d es m arm itas,
y e n tre ellas las de c a b id a especial.
¡Ea, ea, ea! ¡A labanzas,
ea, ala b a n z as a L íb e r entonem os!
25 V a a p e rd e rlo la c iu d a d de A ngers;
n o e n c o n tra rá co m o él a n in g ú n o tro
q u e p u e d a de c o n tin u o así engullir vino.
¡R egistrad, c iu d ad a n o s, sus hazañas!
¡Ea, ea, ea! A lab an zas,
30 ea, ala b a n z as a L íb e r entonem os!
156 Siglo I X
VER
HIEM S
VER
« O p to m eu s v e n ia t cuculus c u m g e rm in e laeto,
frig o ra d ep ellat, P h o e b o com es alm us in aevum .
P h o eb u s a m a t c u c u lu m crescen ti luce serena».
PRIMAVERA ■
INVIERNO
PRIMAVERA
HIEMS
V ER
HIEMS
VER
HIEM S
VER
INVIERNO
PRIMAVERA
INVIERNO
PRIMAVERA
INVIERNO
PRIMAVERA
HIEMS
PALAEMON
INVIERNO
PALEMON
22. U t r e s f a c ta p r o b a t *
U t res facta p ro b a t, tu rm a s d u c e n d o p ra e ib a t,
ca p tu ru s p o p u lu m M a rte satis tu m id u m :
extitit et solito v ic to r m o x d e n iq u e bello,
eius n o n laeso sanguine p u rp u re o ,
5 gentibus adversis p ro p rio q u o q u e iu re subactis,
cen su m signavit; p a c e d a ta rediit.
C o n tig it e t d u c e n te via se p e rg e re iu x ta
cu iu sd am sa e p ta p a u p e ris opposita;
quis la tu it p ic tu m v e rn a n ti flore locellum ,
10 te c tu m m ultiplicis germ inis a tq u e com is,
n e c n o n fonticulus v itreo c a n d o re serenus
proflu x it rivo r u r a rigans stridulo.
H ic u b i p ra e c la ro s sen io r d ed u x it ocellos,
p erlu stran s liq u id a m fonticuli scateb ram ,
15 frig o reae cap tu s lim p h a e p a u lisp e r a m o re
substitit et placitis ta rd a t ite r m orulis;
et, m itten s p u e ru m , venisse ro g a b a t a d illum
d o m n u m florigeri ipsius ergo loci,
qui, p ra e c e p ta ducis com p len s ex tem p lo iu b entis,
20 q u o fu e ra t iussus, e g re d itu r citius.
H u n c d u x ipse q u id e m d u m resp ex it v en ien tem ,
a g g re d itu r b lan d is p ro tin u s alloquiis,
atq u e ro g a n s hum ilis to ta d u lced in e m entis
fo rm av it lin g u a talia v e rb a sua:
25 «D ulcis am ice, m eis p re c ib u s sis, p o stu lo , largus,
u t v en d as p u ru m h u n c m ih i fonticulum ,
q u i clarus vitreis e t suave so n an tib u s und is
p ro la m b e n s a rv a irrig a t ista tua:
et m o x a rg e n ti tib i p ro m e rc e d e p ro b a ti
30 larg iter in fu n d o p o n d e ra n o n m odica».
A st u b i tin n itu m d a n d o p rom issio la e ta
au res p e rso n a e in tra t in exiguae,
la e ta n ite t facies, to ta e v o lita n t q u o q u e v e n a e
cordis, secreto q u a e la tu e re loco.
35 T u n c m iser in ta le m co ep it p ro ru m p e re vo cem ,
u ltra , q u a m cred as, sp em d u b ia m sciens:
« O n o stra te decus, nulli p ie ta te secundus,
q u e m colit eous m e n te fide p o p u lu s,
q u id tibi, q u id dig n i potis est m e a ligula fari?
40 N o n n e tuis m a n ib u s est sita n o s tra salus?
E t q u ic q u id m ih i p e r v e rb u m sancis facien d u m ,
quam v is difficile sit satis atq u e grave,
a tta m e n est a e q u u m tib i m e p a re re , b eate,
u t d u lu m su m m o exig u u m d o m in o ;
45 si p lacet, h in c v e tu lu m m e tra n sm ig ra re co lo n u m ,
n o n c o n tra lu c to r, sed tu a iussa sequor».
H a e c a it e t pressis fre n a t sua v e rb u la labris,
n e c p o st v erb o sa q u id seq u itu r ligula.
E t c o n tra v ir regalis p ie talia fantis
50 suscepit d icta p ro b o n ita te sua,
et citius dicto solvit p ro m issa m isello
illi cen ten o s attrib u en s solidos;
h a e c u b i perfecit, ra p tim re d e u n d o m ig rav it,
niten s a d p a tria m p e rg e re p o sth ab itam .
Rosvita de Gandersheim 169
23. A n a creu n ti c a rm in e *
A n a c r e u n ti1 carm in e
telam libet co n tex ere 2,
p e d e m p e d í lentiscere 3
et tra m ite m tran sd u cere.
5 S u n t saecla p raeclarissim a,
su n t p ra ta v ern an tissim a,
fo rm o sa g a u d e n t o m n ia,
su n t g ra ta n o stri m o en ia.
10 L a e te n tu r ergo so m ata
e t rid e a n t p ra e c o rd ia,
a m o r p e te n s finitim a
sint c u n c ta vitu lan tia.
P h o e b u s ro ta t p e r te m p o ra
to rq u e n s p o lo ru m lu m in a;
15 so m n u m su su rra n t flum ina,
aves c a n u n t et dulcia.
T u r tu r p rio r dans o s c in a 4,
ra u c e so n at p o st ard ea;
sistem a m iscens m eru la,
20 olos im p let cro ëm ata.
M y rto sedens lusciola,
«vos c a ra — dicens— , p ig n o ra ,
C o n verso a n a c re ó n tico
m e g u sta u rd ir m i tela,
le n to e c h a r u n p ie tra s o tro
y re c o rre r el cam ino.
5 T ie m p o es éste lum inoso;
p rim av erales los p rad o s;
to d o g o za d e h erm o su ra;
g ratas son n u estras m o rad as.
Q u e se alegren, p ues, los cu erp o s
10 y ría n los corazones;
m ie n tra s a m o r b u sc a el colm o,
to d o sea p lacen tero .
P o r las estaciones F eb o c ru z a
h a c ie n d o g ira r los astros d e los cielos.
15 S u su rra n su eñ o los ríos
y e n to n a n las aves dulces trinos.
L a tó rto la , la p rim e ra , sus n o ta s em ite;
ro n c a m e n te , después la g a rz a suena;
m ie n tra s sus aco rd es m ezcla el m irlo,
20 el cisne sus gritos in c re m e n ta .
E l ruiseñorcillo, en u n m irto p o sad o ,
dice: «V osotras, m is p re n d a s en trañ ab les,
174 Siglo X
P a lu m b e s a t iu v en cu la
p ra e s u m it e victoria;
gallus p rio r c u m m e ru la
60 d isru m p ta p la n g u n t ilia;
C icad is inflans ieco ra
c a m p o c re p a t m isellula;
p a lm a m te n e t lusciola
versus tra h e n s p e r sibila.
65 T u r b a ta gens tu m ro stre a ,
exsanguis h in c e t aquila;
frigescit, in p ra e c o rd ia
v irtu sq u e ce d it ossea.
P ra e c o fugae fit u lu la
70 u rg en s g ra d i p e r a b d ita ,
p u d o re m en s n e co n scia
poenas lu a t p e r saecula.
T u n c v ersa c a stra p lu m e a
sp arsim leg u n t a u m a tia 6
75 a u ra e q u e fissa flam ina,
p e tu n tu r te c ta silvea.
6 Aumatia eran, según Fulgendo que cita a Petronio, las «letrinas públi
cas», Sem o 61.
Eugenio Vulgario 177
L a p a lo m a , jo v e n c ita ,
p resu m e de la victoria;
el gallo, m ás q u e n ad ie, co m o el m irlo,
60 rev en tad o s de envidia, se la m e n ta n .
El h íg a d o se le h in c h a a la c ig a rra
y c h irría e n el c a m p o la cu itad a.
L a p a lm a se la lleva el ru iseñ o r,
q u e sus trin o s e n to n a co n sus silbos.
65 E l m u n d o de las aves se c o n tu rb a
y el ág u ila se q u e d a sin resuello:
siente frío, y en sus e n tra ñ a s
la fu e rz a de los huesos se aten ú a.
L a le c h u z a se h a c e h e ra ld o de la fuga,
70 a n im a n d o a m a rc h a r p o r re có n d ito s cam inos,
p a r a q u e el esp íritu , co nsciente de su v erg ü en za,
n o sufra el castigo p o r los siglos.
Los p lu m o so s vivaques tra n sto rn a d o s
b u sca n en d e s b a n d a d a sus espacios reservados
75 y los vientos h en c h id o re s del a u ra ,
y a las m o ra d a s boscosas se dirigen.
SIGLOS X X I
F U L B E R T 0 DE CHA R TRE S
Nacido, sin duda, en Italia de una fam ilia muy modesta (9 6 0 / 75-
1 0 2 8 /2 9 ), Fulberto, en 984, fu e en Reims alumno de Gerberto, elfuturo
papa Silvestre II. Después de estudiada la medicina, hacia 9 9 0 / 92, en
la escuela episcopal de Chartres, llegó a ser canciller y él mismo enseñó
allí con tales cualidades que aumentaron la fam a de la escuela. En 1 0 0 6
fu e nombrado obispo de Chartres. Exegeta, teólogo, hagiógrafo, poeta,
predicador, médico, muy sensible a la influencia platónica, emprendió en
1 0 2 0 la construcción de la catedral con la ayuda de Guillermo V de
Aquitania. Difundió en Francia la importante innovación musical de
Guido de Arezzo.
Escribió algunos himnos: P ara la Epifanía; Al Espíritu Santo.
E s autor de poesías, entre ellas un poema monorrimo D e luscinia o D e
Philom ela, y de otro más importante, D e sancta cruce. Fulberto era
apreciado por su dulzura y su modestia, y también por su elocuencia y
su talento dialéctico. Dotado de una sensibilidad profunda, es el primero
después de Fortunato que expresa un sentimiento sincero de la naturaleza.
A pesar del encanto de algunos pasajes, la rudeza de su form a deja entrever
a menudo que Fulberto, cuyo alto valor intelectual le valió el sobrenombre
de «Sócrates de los francos», era, más que poeta, profesor y hombre de
reflexión. Sus obras están recogidas en P L 141, 189-368.
182 Siglos X - X I
25c H oc s ilic u m tu m u lo *
25. En e s te tú m u lo d e p ie d r a s
U r b a n a p o tiu s n o b ilitate
p ro certo n ih il est, sola, q u o d actus
m u n ito s p r o b a t e t c u n c ta refellit,
q u a e p ro d it levitas, m ax im e p rin cep s.
5 Q u id q u id n e m p e p ro b i p ossidet orbis,
h o c to tu m p ro b ita s fecerat U rb is,
q u a m serv are d o m i m ilitiaeq u e
d ecrev it stabili iu re senatus.
T u v irtu te an im i, corp o ris e t vi
10 A ugustos sequeris, n u lla C a to n is
te v in cit gravitas, solus h ab eris
ex m u n d i dom inis rite superstes.
Q u is ia m fro n d ife ra te m p o ra la u ro
m iles te relig at dignius u sq u am ?
15 Si C a rth a g in is h ic v icto r adesset
consul sp o n te tib i c e d e re t ipse.
T a rp e ia e solitae c e rn e re ru p es
victrices aquilas, p ro tin u s o m n i
p u lsa m aestitia, C aesaris a c ta
20 g a u d e n t p raesid e te posse n ovari.
G allos n a m q u e duces colla ligatos
a n tiq u o gravibus m o re catenis,
n ec vidisse iu v at, n i v id e a n t n u n c
hos a te re p rim i M a rte recenti.
25 P aulos et F abios C o rn elio sq u e
G racch o s, Fabricios, R o m a L ucullos,
te viso m e m o ra t, h isque decen ti,
q u e m v irtu te p a re m m o n s tra t et arm is.
26. M e jo r qu e la n o b le za u rb a n a
M e jo r q u e la n o b le z a u rb a n a
n a d a h ay, cie rta m e n te. Es ella sola q u ie n a p ru e b a
los actos d esp ren d id o s, y q u ie n d e sd e ñ a
cu a n to la lig ereza ejecuta, ¡oh excelso príncipe!
5 C u a n to de ju sto posee el orb e,
to d o ello realizólo la ju stic ia de R o m a ,
que el S e n a d o d e cre tó c o n ley estable
m a n te n e r ta n to en p a z co m o en la g u erra.
P o r el v a lo r de tu án im o y la fu e rz a de tu cu erp o
10 seguid o r eres de A ugustos. E n n a d a te so b rep u ja
la g ra v e d a d de C a tó n . C o n ra z ó n eres ten id o
cual superviviente ú n ico de los señores del m u n d o .
¿ Q u é g u e rre ro m ás d ig n a m e n te q u e tú c e ñ ir p o d ría
sus sienes co n ra m a s de laurel?
15 Si a q u í se hallase de C a rta g o el cónsul ven cedor,
te ced e ría e s p o n tá n e a m e n te el puesto.
L as ro cas de T a rp e y a , a c o stu m b ra d a s a o b servar
las águilas victoriosas, dejando p o r com pleto la tristeza,
se a le g ra rá n de q u e las gestas de C é sa r
20 b ajo tu g u ía re n o v a rse p u t'd a n .
H a b e r visto a los caudillos galos con los cuellos atados
con p esad as c ad en as, a la m a n e ra an tig u a,
es algo q u e n o le satisface, si n o los ve de nuevo
ap lastad o s p o r ti e n la re c ie n te g u erra.
25 Los P aulos, los F abios, los C orneliós,
los G raco s, los F abricios, los L úculos,
los recu erd a R o m a al verte, y digno de ellos considera
a q u ie n e n a rm a s y en v a lo r igual a ellos se m uestra.
192 Siglos X - X l
Q u a n ta g lo ria p u b lic a m
re m tu e n tib u s in d ita
saepe ia m fuerit, tu a m ,
H ild e b ra n d e , scientiam
5 n ec la te re p u tav im u s
N ec p u ta m u s. Id e n sacra
e t L a tin a re fe rt via,
illud et C ap ito lii
c u lm e n ex im iu m , th ro n u s
10 pollens im p erii, docet.
S ed q u id istius a rd u i
te lab o ris et invidae
fraudis a u t p ig et a u t p u d et?
id bonis eten im viris
15 peste p lu s su b ita n o cet.
V iru s invidiae latens
reb u s in m iseris su am
p o n it in v aletu d in em ,
h isque, n o n aliis, n ecem
20 et p e ric u la conferet.
Sic u t invid earis, et
n o n u t invideas, d ecet
te p eritia, q u e m p ro b i
G u a n ta g loria se h u b o co n ced id o
a los v aledores de la p a tria
y a a m e n u d o , n o creim os,
H ild e b ra n d o , q u e tu ciencia
5 o cu ltarla p u d ie ra
ni a h o ra lo creem os. Eso m ism o q u e tu sacra
sap ien cia al p a r q u e la la tin a m anifiestan,
es lo m ism o q u e ta m b ié n en señ a
del C ap ito lio la c u m b re exim ia,
10 p u ja n te tro n o del Im p erio .
M as ¿q u é p u d o del tra b a jo ard u o
o del envidioso d esco n ten to
c o n tra ria rte o v erg ü e n z a p ro d u cirte?
B ien se sabe q u e al v a ró n egregio
15 ' ta l lo d a ñ a co n la m ás súbita peste.
E l ocu lto virus de la envidia
en las circu n stan cias d esdichadas
b u sc a u n apoyo a su debilidad,
y es a ésas, y n o a otras,
20 a q u e la m u e rte a c a rre a o el peligro.
Así q u e, p a r a q u e seas envidiado,
y n o p a ra q u e envidies, la ciencia
te conv ien e a ti, a q u ie n de lo h o n ra d o
et b o n i facit unice
c o m p o te m m eriti sui.
O m n e iudicio tu o
ius favet, sine q u o m ih i
n e m o p ro p o siti m ei
vel favoris in ed iam
p re m iu m v e p o test d are.
C o rd is exim ius vigor,
v ita nobilis, o ptim as
res secuta, p r o b a n t q u id e m
iuris in g en iu m , m o d o
cuius artibus uteris.
E st q u ib u s c a p u t u rb iu m
R o m a , iu stio r et p ro p e
to tu s orbis, eos tim e t
saeva b a rb a rie s a d h u c ,
cla ra stem m ate regio.
H is et arch iap o sto li
fervido gladio P etri
fran g e ro b u r et im p etu s
illius, v etus u t iu g u m
usq u e sen tiat u ltim u m .
Q u a n ta vis anath em atis!
q u ic q u id et M a riu s prius
q u o d q u e Iulius e g e ra n t
m a x im a n ec m ilitum ,
voce tu m o d ic a facis.
R o m a q u id S cipionibus
ceterisque Q u iritib u s
d e b u it m ag e q u a m tibi,
cuius est studiis suae
n a c ta iu ra p o ten tiae?
Q u i p ro b e , q u o n ia m satis
m u lta c o n tu le ra n t b o n a
p a tria e , p e rh ib e n tu r et
p a c e p e rp e tu a frui
lucis et regionibus.
T e q u id e m , p o tio rib u s
p ra e d itu m m eritis, m a n e t
Alfano de Salerno 195
y de lo b u e n o ella h a c e ú n ic a m e n te
25 d u e ñ o de su p ro p io m érito .
M e rc e d a to d o tu criterio
la ju stic ia ap ro v ech a. Sin él a m í
de m i asp iració n o del favor
n a d ie ay u n o d e ja rm e p u e d e
30 o c o n ced erm e el p rem io .
D e tu c o ra z ó n el v ig o r excelso
y tu n o b le vida, de las m á s elevadas
em p resas seguidora, d e m u e stra n c ie rta m e n te
tu p ro fu n d a sap ien cia de las leyes,
35 cuyos recursos h o y d ía tú practicas.
A quien es p o r c a b e z a de to d a s las ciudades
a R o m a tie n e n — n o sólo la m ás ju sta , sino casi
co m p e n d io de la tierra— , a ésos los tem e
la cru el b a rb a rie to d av ía,
40 pu es es aq u élla ilustre p aís p o r su prosapia.
C o n recursos tales y co n la e sp a d a a rd ie n te
d e P ed ro , de los apóstoles cab eza,
su fu erza y sus ím p etu s ab ate,
p a r a q u e ex p erim en te
45 h a s ta el final el viejo yugo.
/¡C u án g ra n d e es el vigor del anatem a!
A quello q u e p rim e ro M a rio
y luego J u lio h icieran
co n m o rta n d a d in m e n sa de soldados,
50 c o n tu voz m o d e ra d a tú lo logras.
¿ Q u é fue lo q u e a los E scipiones
y a los d em ás Q u irites
R o m a debióles m ás q u e a ti,
gracias a cuyos desvelos se fra g u a ro n
55 las leyes q u e c im e n ta n su poder?
A quéllos, p o r h a b e r p ro p o rc io n a d o
beneficios a b u n d a n te s a la p a tria ,
h a n lo g rad o , co n razó n ,
g o zar ta m b ié n de p az e te rn a
60 y de las regiones de la luz.
E n v e rd a d q u e a ti, q u e estás d o ta d o
de las m ejo res p re n d a s, a g u a rd á n d o te está
196 Siglos X - X I
gloriosa p e re n n ite r
vita, civibus u t tuis
65 com p av eris apostolis.
u n a v id a e te rn a m e n te ven tu ro sa;
y p a r a tus co m p atrio tas
65 serás e q u ip a ra d o a los apóstoles.
D ig n o de e n co m io p o ético , a T ra n sm u n d o ,
h e rm a n a s d o ctas, co m p o n e d le u n d u lce can to ;
y, com o q u e rá is vosotras, co n voz a g u d a en to n ad lo
o con la c íta ra del dulce Febo.
5 El, de la filosofía d e A ristóteles
las háb iles d o ctrin as, y de P lató n
la v a c u id a d d e las p a la b ra s, tras e stu d ia r ap en as
u n m es e n to d o el a ñ o , c o n a rte las refuta.
P ero c u a n d o la cien cia á tic a n o p e rm ite im p o nerse,
10 sino la la g u n a de C h ie ti (d añosa siem pre
a los estóm agos delicados y a los v ientres
y a los b azo s q u e sufren e n fe rm e d a d v engadora),
se b u rla de u n estudio q u e d u ra diez años a m e n u d o ,
y, c u a n d o le a p etece, a b a n d o n a n d o este m o n te ,
15 ' alegre, al lleg ar la p rim a v e ra , allá d irige sus pasos
p a r a a p re n d e r ta n rá p id a m e n te m u c h a s cosas.
Se dice qu e, sólo de m e m o ria , a p en as co n leerlas,
se sabe c u a re n ta hom ilías, p e ro allí.
M as después de tantas veces reto rn ar, de esa ganancia
20 se p re s e n ta to ta lm e n te desprovisto, co m o antes.
Se sabe ta n b ie n los versos virgilianos,
ap re n d id o s desd e n iñ o , c u a n to b ie n conoce
198 Siglos X - X l
29. D ete n e l p a s o , m u ch a ch a
« D etén el p aso, m u c h a c h a , cab e el a m e n o Po, te lo
[suplico,
y n o saltes ta n veloz p o r o tras aguas.
D e te n te , m u c h a c h a , p o r la tie rra te lo p id o y p o r el
[m ar te lo ruego:
si al solitario le hab las, n o sufrirás dolo alguno.
5 V estid o , p o rte , ro stro h e rm o so cu al n in g u n o
in d ic a n p o r igual q u e tú p ro c e d e s de esclarecido li
n a je .
P o r las estrellas de tu sem b lan te h e rm a n a de F a e tó n
[pareces;
te cede J u n o el p a so c u a n d o del lad o de J ú p ite r re
to rn a .
D im e, d i q u é inteligentes p a d re s te en g e n d ra ro n ;
10 dim e ta m b ié n la alcu rn ia de tu estirpe y el lugar de
[tu p atria » .
E x tra ñ a d a n o p o co , co n sid e ra n d o esto b a sta n te d e sa
b r id o ,
te m e ta n to el h a b la r co m o el ser a b ra sa d a p o r el
[fuego.
M e d esd eñ ó , evitóm e e, in c lin a n d o la cab eza, negóse
[a co n testar;
m as a la p o stre d eja o ír la voz q u e re te n e r desea.
15 «Si p o r m i estirpe p re g u n ta s, estirpe reg ia es la q u e
[m e o rn a :
n o b le es m i m a d re ; m i p a d re , ta m b ié n noble.
Si in q u ieres p o r m is ancestros, v io le n ta r p a reces a los
[dioses,
de cuya sangre el m u n d o to d o co n o ce q u e p ro cedo.
P a ra q u e e n ello n o y erres, la tie rra tro y a n a m e e n g e n
d ró ,
20 tierra , sabido es, d e d ic a d a a u n dios p a rie n te mío."
P e ro h u y e n d o de alguien q u e a n sia b a m an cillarm e,
cab e este río m e en treg o al cu id a d o de las flores...».
« G om o V e n u s a v e n ta ja a las estrellas, así tú a las m u
chachas;
tu belleza de n ieve o c u p a lugares destacados.
25 Es ev id en te y p a lm a rio : a to d a clase de rosas so brepu-
Qas;
204 Siglos X - X I
30. Si u n p o e m a a n sia s c o m p o n e r
Si u n p o e m a ansias c o m p o n e r en versos épicos
o prefieres u sa r los elegiacos, n a d ie se te m o stra rá
[agradecido;
n in g u n a re c o m p en sa te re p o rta rá el y am b o , com o tam -
[poco el tro q u e o ,
ni el m a c h o cab río será la re c o m p e n sa de tus trá g i
c o s m etros.
5 Igual q u e el áspid al q u e e n c a n ta b a M arso c e rra b a sus
[oídos,
así ta m b ié n sus oídos c ierra el q u e p o d ría d a r algo;
a m en o s q u e te am o ld es a los usos del p e tim e tre u r b a
jo
qu e n o deleita, m as posee y goza de influencias,
a u n q u e c u e n ta te des de ser p o c o deco ro so lo que
[ofreces,
10 si b ie n la g en te escu ch a q u e co n tré m u la voz estás
[pidiendo,
a p e sa r de q u e n o a tie n d a al q u e recita, de n o ser
[p o rq u e, festivo el p e ch o ,
alg u n a e x tra ñ a p re o c u p a c ió n el h íg ad o le o p rim a.
Si V en u s, estrella favorable, p e rm itie ra tal vez q u e en
[nuestros días
naciese u n v ate exim io, M a ró n quizá;
15 si en su g ra ta co n ju n c ió n se co n v in iera
u n n a c im ie n to p ró sp e ro en to d o (M ercu rio que con
[Jú p iter coincide);
y si a c o m p a ñ a d o de sus M usas el p ro p io M a ró n se
[p resen tara,
m o stra ría su ro stro d e m a c ra d o a cau sa del ayuno;
no sólo a n d a ría n ecesitad o de seca piel sobre la que
[escribir,
20 sino q u e ap en as te n d ría u n a tablilla a la q u e confiar
[un rú stico p o e m a.
A escribir estim ulados p o r m ecen as fabulosos
se a fa n a n los p oetas, u n o de los cuales es aquel
a q u ie n M a n tu a envió a R o m a desde sus fértiles cam -
[pos>
y al q u e la c u ria reg ia acogió, a u n q u e de rústica
[cuna.
210 Siglos X - X I
5 H o r a c io , Serm. 1, 6 , 62ss.
6 La fons Bandusia, motivo de la O d a (3,13) de Horacio.
Radulfo o Raúl de La Tourte 211
¡O h de V e n u s la a d m ira b le im ag en ,
n a d a de cu y a m a te ria frívolo resulta!
P ro té ja te el A rq u ite c to q u e estrellas y cielo
hizo, el q u e creó los m a re s y la tie rra .
5 Q u e n o sufras el en g a ñ o p o r in g en io del lad ró n ,
y q u e C lo to te a m e , q u e es la q u e p o rta la rueca.
S alu d o al m u c h a c h u e lo , y n o de fo rm a fingida:
de to d o c o ra z ó n suplico a L áquesis,
de A tro p o s h e rm a n a , q u e cuide n o p e rd e rlo .
10 P o r c o m p a ñ e ro s ten g as a N e p tu n o y a T etis,
c u a n d o seas tra n s p o rta d o p o r el río A dige.
¿A d ó n d e m a rc h a s, p o r favor, a p e sa r de q u e te am o?
¿ Q u é h a ré , triste de m í, c u a n d o y a n o p u e d a verte?
U n a d u ra m a te ria , p ro c e d e n te d e los huesos d e la
[m adre,
15 creó a los h o m b re s al ser las p ie d ra s arro jad as.
U n a de ellas es este m u c h a c h ito ,
216 Siglos X - X I
4 El original latino emplea el verbo rugire, lit. «rugir». Este verbo suele
aplicarse habitualm ente al león y circunstancialm ente al asno (A m ia n o M ar
c el in o , 27,3,1). Lo encontram os, igualm ente, relacionado con el ciervo y así
es glosado en la E dad M edia, cervi rugiunt, cervos rugire, en Gloss. I, 91-93. Es
una alusión a Prov 5,19.
* Ed. de K . S tr e c k er (Berlín 1926), 26. Versos de 15 sílabas, con dos
hemistiquios d e 8 y 7 : 8 p + 7 pp, con única rim a final en -a, reforzada a
Veces por -ia o por -ua.
1 Cf. F. J . E. R aby , «Philomela praevia temporis amoeni», en Mélanges
de Ghellinck (Gembloux 1951), vol.II, p.438.
Carmina Cantabrigensia 217
33. A te n d ed , p u e b lo s to d o s
la . A ten d ed , Ib . U n suevecillo
p u eb lo s todos, c iu d a d a n o de
a u n sim pático suceso, C o n sta n z a ,
y esc u c h a d có m o e n g a p o r t a n d o a lle n d e los
s ó le [m ares
a u n suevo su m u je r m e rcan cías co n sus n a -
y có m o de ella él [ves,
burlóse luego. en su casa h a b ía deia-
[do
a u n a esposa
p o r d em ás lasciva.
6 Sic p erfid am
Suevus con iu g em
deluserat;
sic fraus fra u d e m vicerat:
n a m q u e m g enuit
nix, recte h u n c sol
liquefecit.
34. O m n is so n u s ca n tilen e *
O m n is sonus can tilen e 1 trifariam fit,
n a m a u t fid iu m c o n c e n tu sonus c o n sta t
p u lsu p le c tri m an u sv e,
u t su n t d iscrep an tie v o c u m variis
5 c h o rd a ru m generibus;
A u t tib ia ru m c a n o ru s re d d itu r flatus,
fistu laru m u t su n t discrim in a, q u e q u e
folle v en tris orisque
tu m id i flatu p e rstre p e n tia p u lc h re
10 m e n te m m u lciso n an t;
A u t m u ltim o d is g u ttere c a n o ro id e m sonus re d d itu r
p lu rim a ru m fau ciu m h o m in u m v o lu c ru m a n im a n tiu m -
[que,
sicque in p u lsu g u tte re q u e agitur.
H is m o d o s c a n a m u s c a ro ru m so tio ru m q u e actus,
15 q u o ru m in h o n o re m p re titu la tu r p ro h e m iu m hocce
[pulchre 2
L antifrid i G o b b o n isq u e p e rn o b ili stem m ate.
Q u am v is am icitiaru m
g e n e ra p lu ra leg an tu r,
6. Así de la infiel
esposa burlóse
el suevo,
y u n en g añ o superó a o tro engaño,
p ues aq u el a q u ie n la nieve
h a b ía e n g e n d ra d o , ju sta m e n te
el sol v in o a licuarlo.
34. T odo m u s ic a l so n id o
n o h a y n in g u n o ta n p re c la ro
co m o el de estos am igos,
q u e u n id o s estuvieron
h a sta el p u n to de q u e n in g u n o de am bos
cosa a lg u n a p o sey era co m o p ro p ia,
n i riquezas, n i siervos,
n i cu alq u ier tip o de m u eb le.
L o q u e el u n o de ellos deseara,
sería p o r el o tro ejecutado.
A m bos, iguales de carácter,
ja m á s en cosa alg u n a disen tían
cu al si sólo u n o de los dos fuesen,
e n to d o sem ejantes.
U n a vez em p ezó G o b ó n el p rim e ro
a decirle a su fra te rn o am igo lo siguiente:
«El servicio h a c ia el rey, q u e y a h a c e tiem po
en estos lugares m e retien e,
h a h e c h o q u e, olvidado de los m íos,
n o h a y a ac u d id o a visitar
a h e rm a n o s n i a parien tes.
R e to m a ré , p o r ta n to , allende el m a r
h a sta el lu g a r de d o n d e vine;
re u n ié n d o m e co n ellos,
allí satisfaré
el afecto q u e les tengo».
« M i p ro p ia v id a aq u í ;— dice L a n tfrid o —
m e h a stia ría d e m o d o ta n severo,
q u e solo, lejos de ti, h a b ría de con su m irm e.
Así q u e, co n m i esposa,
exiliado contigo m a rc h a ré , contigo,
co m o co n m ig o hiciste tú h ace tiem po,
c o rre sp o n d ie n d o a m i a m o r de igual m an era» .
D irig ién d o se, p u es, h a c ia la orilla del m a r,
c a m in a n el u n o ju n to al otro.
G o b ó n en to n ces le dice a su am igo:
« H e rm a n o , te ruego q u e te quedes;
volveré a visitarte,
¡ay, am igo del alma!
H azle, h e rm a n o , a tu h e rm a n o
e n tre g a de u n recu erd o :
228 Siglos X - X I
U x o re m , q u a m tibi solam
60 ven d icasti p ro p ria m ,
m ih i d edas, u t licen ter
fru a r eius am plexu».
N ih il h esitan d o m a n u m
m a n u i eius trib u en s hilare:
65 «fruere u t libet, frater, ea,
n e d icatu r, q u o d sem o tim
nissus sim q u id possidere».
C lasse tu n c a p p a ra ta
d u cit secu m in equor.
70 S tans L an tfrid u s su p e r litus
can tib u s c h o rd a ru m ait:
« C o b b o frater, fidem ten e,
h a c te n u s u t feceras,
n a m in d ecen s est affectum
75 se q u en d o voti h o n o re m p erd ere:
d edecus fra te r fra tri ne fiat».
S icque diu c a n e n d o
p o st illum in tuitus,
longius e u m n o n cern en s
80 fregit ru p e tim p a n u m .
A t C o b b o collisum
fra tre m n o n ferens
m o x v e rte n d o m ulcet:
«en h ab es, p erd u lcis a m o r,
85 q u o d dedisti, in ta c tu m
an te am oris e x p erim en tu m .
Ia m n o n est, q u o d e x p e ria tu r u ltra;
cep tu m ite r relin q u am » .
M e n d o sa m q u a m c a n tile n a m ago,
p u eru lis c o m m e n d a ta m d ab o ,
la esposa q u e sola p a ra ti
60 h as reiv in d icad o com o p ro p ia,
e n tré g a m e la a m í, p a r a q u e p lacen tero
de su ab ra z o disfrute».
Sin d u d a r u n m o m e n to , alarg an d o
su m a n o a la del otro, alegre dice:
65 «D isfruta de ella, h e rm a n o , co m o gustes,
n o se d iga que, sep a ra d a m en te ,
m e esforcé p o r p o seer alg u n a cosa».
A p a re ja d a y a la nave,
llevósela consigo h a c ia altam ar.
70 H allán d o se L an tfrid o e n la rib e ra ,
co n las n o tas de sus cu erd as dice así:
« G o b ó n , h e rm a n o , m a n te n te fiel
com o h a sta a q u í lo h a s h ech o ,
p u e s afecto in d eco ro so es
75 el p e rd e r el h o n o r cu m p lien d o u n a prom esa:
n o c o m e ta d esh o n o r u n h e rm a n o co n su h e rm a -
\no».
L arg o tie m p o así c a n ta n d o estuvo,
siguiendo tras de él co n la m ira d a .
G u a n d o a lo lejos lo p e rd ió de vista,
80 el a tab al ro m p ió sobre u n a roca.
P ero G o b ó n , in c a p a z d e so p o rta r
q u e su h e rm a n o se afectara,
al p u n to re to rn a n d o , le dice dulcem ente:
« H e ahí, dulcísim o a m o r,
85 in tacto lo q u e m e diste
antes, co m o p ru e b a de cariño.
Y a n o h a y n a d a q u e p ro b a r.
A b a n d o n o el viaje proyectad o » .
q u o m o d u lo s p e r m en d aces risu m
au d ito rib u s in g e n te m feran t.
5 L iberalis et d e c o ra
cu id a m reg i e ra t n a ta ,
q u a m sub lege h u iu s m o d i
p ro cis o b p o n it q u e re n d a m :
«Si quis m e n tie n d i g n aru s
10 u sq u e a d eo in stet fallendo,
d u m cesaris ore fallax
p re d ic itu r, is d u c a t filiam ».
Ο μ ο a u d ito Suevus
nil m o ra tu s infit:
15 « R ap tis arm is ego
d u m v e n a tu m solus irem ,
lepusculus in te r feras
telo tactu s o c c u m b eb at.
M o x effusis intestinis
20 c a p u t avu lsu m c u m cu te cedo.
C u m q u e cesu m m a n u
le v a ra tu r cap u t,
lesa a u re e ffu n d u n tu r
m ellis m o d ii cen ten i,
25 so tiaq u e auris ta c ta
to tid e m p isa ru m fudit.
Q u ib u s in tra p ellem strictis,
lepus ipse d u m secatur,
crep id in e su m m a cau d e
30 k a rta m re g ia m la te n te m cepi,
Ο μ ε serv u m te firm a t esse m eu m » .
« M e n titu r — c la m a t re x — k a rta et tu!»
Sic rege deluso Suevus falsa
g e n e r regius est a rte factus.
Carmina Cantabrigensia 231
36. L os b o sq u e s v is te n
37. A cu d e, d u lce a m ig a
n e c re ru m ta n ta ru m u b e rta s
u t d ilecta fam iliaritas».
25 « Iam n u n c veni, so ro r electa
et p re cunctis m ih i dilecta,
lu x m ee cla ra pupille
p a rsq u e m a io r an im e m ee».
«E go fui sola in silva
30 e t dilexi loca secreta;
fre q u e n te r effugi tu m u ltu m
e t vitavi p o p u lu m m u ltu m » .
« Ia m n ix glaciesque liquescit,
folium e t h e rb a virescit;
35 p h ilo m e la ia m c a n ta t in alto:
a rd e t a m o r cordis in a n tro .
K arissim a, noli ta rd a re ;
stu d eam u s nos n u n c am are:
sine te n o n p o te ro vivere;
40 ia m d ecet a m o re m perficere.
Q u id iu v a t diferre, electa,
q u e su n t ta m e n p o st facienda?
F a c cito q u o d eris factu ra,
in m e n o n est aliq u a m o ra» .
38. L e v is e x su rg it ze p h ir u s *
n i la a b u n d a n c ia de ta n to s alim entos
co m o la am o ro sa in tim id ad » .
25 «A cude ya, a m a d a h e rm a n a ,
de to d a s p a ra m í la m ás q u e rid a ,
cla ra luz de m is p upilas,
p ie z a esencial de m i alm a».
«E n los b o sq u es sola estuve
30 y los lu g ares a p a rta d o s p referí;
a m e n u d o escapé de los tu m u lto s
y evité la c o n c u rre n c ia de la gente».
«Y a la nieve y el hielo se d erriten ;
las h o jas y el p asto v erd ean ;
35 y a el ru ise ñ o r c a n ta en lo alto,
y en la o q u e d a d del c o ra z ó n el a m o r arde.
P ro c u ra n o ta rd a r, a m a d a m ía;
p o n g a m o s n u e stro a fá n a h o ra e n am arn o s;
sin ti vivir n o m e es posible;
40 h o ra es q u e co n su m em o s n u e stro am o r.
¿D e q u é sirve diferir, am ig a m ía,
aqu ello q u e a la p o stre h a de cum plirse?
H a z al p u n to lo q u e vas a h a c e r u n día;
d e m o ra p o r m i p a rte n o h a y n in g u n a» .
Se le v a n ta el céfiro ligero
y el sol tibio v a surgiendo;
y a la tie rra a b re su seno,
y so b re a b u n d a en d u lzu ra.
5 A p a re c e la p u rp ú re a p rim av era;
co n sus o rn a to s se viste;
238 Siglos X - X I
P h e b i claro n o n d u m o rto iu b a re ,
fert a u ro ra lu m e n terris ten u e;
sp icu lato r pigris clam at: «Surgite!»
L ’alba p a r (t)umet mar
5 a t’ra sol po y pas:
a bigil! mira clar
tenebras!
E n in cau to s ostiu m insidie
to rp e n te sq u e gliscunt in tercip ere,
10 quos su a d e t p re c o , c la m a t surgere.
40. Lingua n eq u it f a r i*
40. In c a p a z e s la lengua d e d e c ir
In c a p a z es la le n g u a de d ecir y m e n te alg u n a es
[capaz de sopesar
c u á n ta es la p a sió n q u e siente m i án im o y cuáles
[son los fuegos q u e m e a b ra san .
T e confieso la v e rd a d , m ás a m a d a p a r a m í q u e
[cu alq u ier cosa:
ig n o ra b a p o r com pleto, h a sta hoy, q u é significaba
[am ar.
5 Y n o p o rq u e p o r vez p rim e ra a h o ra m i co raz ó n
[fuese h e rid o p o r la flecha,
sino p o rq u e m i co ra z ó n ja m á s h a b ía sufrido u n a
[flecha sem ejante.
. P ocas m u c h a c h a s h e a m a d o y m e h a n am ado
[pocas;
m as las am é de m a n e ra q u e alg u n a m e escuchó
[decirle «vete»
y tam p o c o el d o lo r m e destro zó si m e a b a n d o n ó la
[am ad a,
10 p u es m e m o stra b a soberbio y n o q u e ría , e n el
[am or, te n e r igual.
M a s a h o ra d e n tro de m í siento crueles dentelladas,
, u n a llaga en c a rn e viva y u n V esubio en erupción,
y todo aquel sufrim iento que im aginar es posible o
[descubrir.
H u m ild e al fin, p o rq u e u n fuego e n o rm e e x p eri
m e n to ,
15 suplico q u e al d esd ich ad o n o lo arru in es, ¡oh tú , la
[m ás h e rm o sa del m undo!
Pues p o r co m p leto m e sum es, si quieres p a rtir ta n
[presto.
N o te pido q u e del todo tu suelo p atrio abandones,
— a u n q u e ¡ojalá suerte tal D ios q uisiera co n ceder-
K ,
de fo rm a q u e yo p u d ie ra p a ra ti ser m ás q u e rid o
[que tu patria!— .
20 L o qu e p id o es q u e tu m a rc h a p u e d a diferirse u n
[tiem po.
Q u e retrases tu p a rtid a es el g ra n favor que p id o .
248 Siglo X I I
41. M o rib u s e s se f e r i s *
Q u é d a te u n a te m p o ra d a , si n o quieres a rru in a rm e
[p o r co m pleto.
V ive re c o rd a n d o a q u ien de ti se a c u e rd a , y
[consérvam e la p re n d a del am or.
41. D e la p r im a v e r a la a legría
D e la p rim a v e ra la aleg ría m e im p id e te n e r fieras
[costum bres
y e n p réstam o to m o de los elem entos m i form a de
[pensar.
C o n la ley m ism a de la n atu raleza sim patizo, según
[creo.
M il colores v ariad o s d iferen cian a las flores.
5 D e u n h erb o so vellón la tie rra se reviste.
A l bosque vem os v erd ear de fro n d a y d a r su fruto.
D oradillas, m irlos, grajos, picoverdes, ruiseñores
con m érito igual rivalizan en m o d u lar trinos varios.
E n los árboles n o se halla nido alguno q u e polluelos
[no c o n ten g a,
10 y se o cu lta en los zarzales u n a n u e v a p o lla d a a ú n
[im plum e.
Vistosos se m u estran los vergeles al d espuntar de las
[rosas.
A ñ ad e a ellos el c a m p o q u e b la n q u e a co n las espi-
feas;
añ ád ele las vides, y las uvas ta m b ié n , así com o las
[nueces.
P o d rás c o n ta r los coros de n u eras y m atro n as,
15 los ju eg o s de los m ozos, la fiesta, el d ía sereno.
Q u ie n ve ta n ta h erm osura, si n o se conm ueve y no
[se ríe,
in tra ta b le resulta, y en su p e c h o esconde alg ún liti-
[gi°-
Q u ie n n o q u iere p o n d e ra r co n alab an zas la h e r-
[m o su ra de la tierra,
envidioso se m u e stra del C re a d o r, a cuyo h o n o r se
[pliegan
20 el helad o r invierno, el verano, el otoño y la belleza
[de la p rim av e ra.
BA U D R I DE B O U R G U E I L
0 D E MEUJVG
42. In v e n ie s n u llo s f lo r e s *
30 a sp e rn a n tu r eos e t n ih ilu m re p u ta n t.
Q u id m o d o M a r b o d u s 3 v a tu m spectabile sidus?
eclipsim lu n a , sol p a titu r ten eb ras.
N u n c est deflendus, extin ctu s spiritus eius,
n a m n o n est lu x q u e lu c e a t in tenebris.
35 O u tin a m afflasset p le n o m ih i g u ttu re m u sa,
n a m m e nullus h o n o r a studiis raperet!
N u n c q u ia m u sa deest et ra u c o p e c tin e can to ,
E m m a m eis saltem versibus assideas.
43. O bstupui, f a te o r , s u b s ta n s *
O b stu p u i, fateo r, substans in lim in e p rim o ,
Elisios cam p o s esse ra tu s th alam o s.
N a m th a la m o s o p eris a u le a recen tis o b ib a n t,
q u e c u m m ateries tu m p re tia re t opus;
5 serica m ateries, opus est q u o d vivere credas,
q u o d nobis ite re t historias veteres.
H in c vides e le m e n ta n o v o m o d e ra m in e iu n c ta,
e t lib ra ta suis singula p o n d erib u s;
a n tiq u u m q u e chao s videas in p a rte sequestra;
10 aer, te rra m a n e n t insim ul, ignis, aq u a.
A stiterat dictan s o p e ra n tib u s ipsa 1 puellis,
sig n aratq u e suo q u id fa c e re n t rad io .
E ru m p it celum , tellus m a n e t, ignis e t a e r
ia m v elu t e v a d e n t m o b ilitate sua.
15 C o rp o ra iu n c ta sim ul fa c iu n t et c o rp o ra vivunt;
desu p er, u t decu it, est opifex operi.
P igras d ilab en s te rra s in te rlu it am nis,
u n d e co n crete co n ficiu n t m aria.
V iv u n t im p a rite r iu m e n ta , volatile, serpens;
20 o m n ib u s his superest, u t d o m in e tu r, h o m o .
44. P e rg a m a f le r e v o lo *
45. N u p e r e r a m lo cu p les **
46. P a r tib i, R o m a , n ih il *
E legia 1: Allocutio Romae
47. C esa, te lo p id o
C esa, te lo p id o ,
de tus co n tin u o s lam en to s,
y en exceso n o te quejes
de la ley del A m o r
5 q u e te tiene e n c a d e n ad o .
E n tre d u ro s ro q u ed o s
R ó d o p e o Ism a ro
lo en g en d ró ,
n iñ o q u e n o p e rte n e c e
10 a la ra z a o sangre h u m a n a .
A quien es n o se le o p o n e n
los ap lasta cu al rebeldes.
A m e n u d o h a c e engañosos
los consejos m ás sensatos.
15 C o n las risas se alegra;
se aleg ra co n los lam entos.
Se b u rla de los am an tes
exangües y desdichados;
se b u rla de ios suspiros
20 q u e b ro ta n d el co razó n .
E sc a p a r logré de todas
las tra m p a s del infortunio:
sólo m e tra b a este cepo
de d u re z a d ia m a n tin a .
25 Su g racia m e com place,
m e liga su interés.
A ferrad o , en fin, m e tie n e n
sus p a la b ra s, que son únicas.
N o c o n p ro fu n d o s discursos:
30 sólo co n la lira hablo.
¡A cu á n to s e n g e n d ra ro n
los y a p asad o s siglos,
278 Siglo X I I
q u o s insolubili
n e x u graciosa
35 iu n x it am icitia,
N isu m u t E urialo
P irith o u m T h eseo ,
P ollinicem Tideo!
Q u id D a v id e t Io n a th e
40 fedus v enerabile,
q u id am ici m e m o re m
p la n c tu m lacrim ab ilem
p o stq u a m S aul c e c id it2,
Io n a th a s occu b u it,
45 d u m sed eret Sichelec
ceso v icto r A m alech?
V ivit a d h u c P iram u s
T h isb e dilectissim us,
et am o ris conscia
50 parietis rim u la
p rim u m illis cognita,
q u a sibi colloquia
d iv id e b a n t in tim a;
o p tim u s colloquiis,
55 sed invidus osculis,
d isp a ra b a t c o rp o ra
p aries spiritibus
solis q u id e m pervius.
Sevus a m o r u ltim a
60 u rg e t in discrim ina.
N o n ignis in cen d ia,
Bosfori n o n asp e ra
p e rh o rre sc it eq u o ra.
Q u a s d u m sepe salebras
65 iuvenis tem eritas
superasset, v in citu r
ta n d e m m aris estibus.
a quien es tu v o u n id o s
co n lazo indisoluble
35 u n a a m ista d gentil!
T a l, a N iso co n E u ríalo ,
a P irito o co n T eseo,
y, co n T id e o , a Polinice.
¿A q u é ev o c a r de D a v id y J o n a tá s
40 el v e n e ra b le p acto ?
¿ O p o r q u é re c o rd a r del am igo
el llan to lastim ero ,
tra s su c u m b ir Saúl,
c u a n d o J o n a tá s m u rió ,
45 y él se h a lla b a e n Sicelec,
a rra sa d a , v e n c e d o r sobre A m alech?
T o d a v ía P íra m o pervive,
d e T isb e el m ás a m a d o ,
y, de la p a re d , la g rieta
50 cóm plice de su am o r,
q u e ellos solos co n o cían ,
p o r d o n d e in te rc a m b ia b a n
los ín tim o s coloquios:
p a r e d q u e (a esos coloquios a p ro p ia d a ,
55 m as in a d e c u a d a a los besos)
m a n te n ía los cu erp o s separad o s,
d e ja n d o el c a m in o ab ierto
a los suspiros ta n sólo.
C ru e l, a m o r espolea
60 h a sta situaciones lím ites.
N i las llam as d e u n in cen d io ,
ni del Bosforo las aguas
p rocelosas lo am ilan an .
T a m a ñ a s dificultades a m e n u d o
65 la te m e rid a d d e u n jo v e n
su p e ra b a , y a la p o stre fue vencido
p o r las olas de la m ar.
280 Siglo X I I
O p e ritu r Sestias 3.
Sestias in speculis,
70 p o n to p e rit iu v e n is 4.
* * *
F o rm a voce lin g u a b o n u s
g ratus e ra t unice
solus T h ra c a s in te r om nes
O rp h e u s E u rid ice 5,
75 cuius cap to federe,
gestit om n es fugere.
D u m q u e p ro co s fugit illa,
d en te p e tit letifer,
calce pressus, coluber.
80 O rp h e u s illam m odulis
u rg e t insolabilis.
Se le o c u lta la sestiada.
L a sestiada e n la atalaya,
70 en el m a r p erece el jo v en .
* * *
P o r su p o rte , su voz y su p a la b ra
ta n sólo b u e n o y g rato resu ltab a
en tre los tracio s tod o s
O rfe o p a ra E urídice.
75 E n sus redes cautivado,
de todos los d em ás h u ir p ro cu ra.
M ie n tra s d e o tros p re te n d ie n te s ella escapa,
u n a serp ien te letal
c o n su d ien te el calcañ al le m u e rd e .
80 O rfeo , co n sus cantos,
inco n so lab le la sigue.
282 Siglo X I I
Q u e rc u s illu m v a te m sequi
su b ig eb an t cith are
dulces m odi, quos vocalis
85 te m p e ra t C alliope,
sed n e c cu ras p e c to re
efficax est d em ere.
S o lam vates n o n adesse
q u e ritu r E u rid icen ,
90 in g e m it E u rid icen ,
a tq u e sem p er fidicen
re tu lit E u rid icen .
L in q u it a u ra s superiores,
p la c e t in an es visere sedes
95 fidibus in querulis
in c u m b e n d o m odulis.
M a n e s sistit, P e n a s fugit,
C e rb e ri d o m a n tu r ora;
d ire m a n a n t lacrim e
100 p riu s incontigue.
T a n d e m m itis c a rm in e vatis
su p e ru m te rro r in fe ru m recto r:
«T o llat, in q u it, O p h e u s
m e rita m m elodibus,
105 lege certa, n e re sp e c ta
sole g a u d e a t dilecta».
F allit a m o r O rp h e a :
respicit a d p rem ia.
R e p e tita lege,
110 la b itu r E uridice.
R u rsu s vates
p a r a t ire M an es;
v e c to r 6 Stigio 7
p ro h ib e t ab alveo.
115 L u rid u s ab inferis
re d d itu r auris
fa ta m e re n s coniugis.
V in cit a m o r o m n ia 8,
reg it a m o r om nia,
120 fuga ta n tu m
fallitur am a n tu m .
F ra u d e su b d o la
su b n ecten d o m o d u la ,
m a n u s au res oculi
125 stre n u a p a ti
vix n e g a n t C u p id in i.
D o q u ie te m fidibus:
fin em queso luctibus,
tu , cu ras alentibus.
8 Claro eco del virgiliano omnia vincit amor, Eg. 10, 69.
Pedro Abelardo 285
T o d o lo vence A m o r;
A m o r lo rige todo.
120 T a n sólo se le e n g a ñ a
co n la fu g a de los en am o rad o s.
C o n fra u d e astuto,
ard id es m a q u in a n d o ,
m an o s, orejas y ojos
125 se su b straen a d u ras p en as
a las celadas de C u p id o .
R ep o so d o y a la lira.
T ú , p o r favor, p o n fin a tu s lam en to s,
q u e las cuitas a u m e n ta n .
T E ODO R I CO D E S A N TROND
49. D iv e s e r a m e t d ile c tu s *
D ives e ra m et dilectus
in te r p a re s preelectu s,
m o d o cu rv at m e senectus
e t e ta te sum confectus.
5 U n d e vilis et neglectus
a deiectis su m deiectus,
q u ib u s ra u c e so n at pectu s,
m e n sa gravis, p a u p e r lectus,
quis n ec a m o r n ec affectus,
10 sed h o rre n d u s est aspectus.
H o m o m e n d a x a tq u e v an u s
infidelis e t p ro fa n u s
m e d eiecit capellanus
plus avaru s q u a m R o m a n u s
15 v e te ra n u m v eteran u s
et in iecit in m e m an u s
dignus dici D a c ia n u s *.
P rius q u id e m m e dilexit
fra u d u le n te r et illexit.
20 P o stq u a m m eas res transvexit,
fra u d e m su am tu n c detexit.
P rim as sibi n o n p ro sp ex it
n e q u e dolos intellexit,
d o n ec d o m o pulsus exit.
25 Satis e ra t b o n u s an te
b u rs a m e a so n u m d a n te
et d ic e b a t m ih i sancte:
«frater, m u ltu m dilig am te».
R ic o e ra y b ie n a m a d o ,
p re fe rid o e n tre m is pares.
L a vejez m e en c o rv a a h o ra
y la e d a d m e h a consum ido.
5 Así, p o b re y desvalido,
m e d e sd e ñ a el d e sd eñ ad o ,
cuyo p e c h o su en a ro n co ,
m a g ra es su m esa, p o b re la cam a ,
c a re n te de a m o r y afecto
10 y h o rre n d a su ap arien cia.
E x p u lsó m e u n cap ellán ,
h o m b re m e n tiro so y v an o ,
irre v e re n te e infiel,
m ás a v a ro q u e u n ro m an o :
15 ta l tra tó u n viejo a o tro viejo.
S o b re m í p u so sus m anos.
D a c ia n o m ereció llam arse.
P rim e ro , fin g id am en te,
m o stró c a riñ o y afecto.
20 T ra s de llevarse m is cosas,
sacó a la luz su m e n tira .
P o r sí n o m iró el P rim a d o ,
n i c o m p re n d ió los engaños,
h a sta ser de casa ech ad o .
25 E ra m u y b u e n o al principio,
m ie n tra s m i b o lsa sonaba.
M e d ecía san tam en te:
«¡M ucho, h e rm a n o , te querré!»
294 Siglo X I I
H o c d ecep tu s b la n d im e n to ,
30 u t em u n ctu s sum arg en to ,
c u m do lo re, c u m to rm e n to
su m d eiectus in m o m e n to ,
ro ri d a tu s a tq u e vento.
V e n to d atu s a tq u e ro ri,
35 vite p rim a tu rp io ri
re d o n a n d u s e t erro ri;
p e n a d ignus grav io ri
et u t lu d a s d ignus m o ri,
q u i m e tra d e n s tra d ito ri
40 d ig n itatem v estri ch o ri
ta m ho n esti, ta m d eco ri
p e rm u ta b a m viliori.
T ra d ito ri d u m m e tra d o ,
q u i de n o cte n o n est spado,
45 m e de lib ro vite ra d o
et, d u m sp o n te ru e n s cad o ,
est d o le n d u m , q u o d evado.
In co n su lte n im is egi,
in h o c m a lu m m e inpegi.
50 Ip si m ih i co llu m fregi,
q u i vos lin q u en s preelegí,
u t serv irem egro gregi,
vili m alen s veste tegi,
q u a m servire su m m o regi,
55 u b i lu stra to t peregi.
A b errav i, sed p ro D e o
in d ú lg ete m ih i reo!
In c essa n te r e n im fleo,
p ro p e c c a to gem en s m eo .
60 Fleo gem en s p ro peccatis,
iuste ta m e n e t n o n gratis;
et n o n p o ssu m flere satis,
vestre m e m o r h o n estatis
et fra te rn e caritatis.
65 O q u a m d u ra sors Prim atis,
q u a m adversis fe ro r fatis!
S eg reg atu s a b eatis,
Hugo, Pnmado de Orleáns
sociatus segregatis,
vestris ta n tu m fidens datis,
70 p o n d u s fero p au p ertatis.
P a u p e rta tis fero p o n d u s;
m eu s ager, m eu s fundus,
d o m u s m e a to tu s m u n d u s,
q u e m p e re rro v ag a b u n d u s.
75 Q u o n d a m felix et fecu n d u s
et facetus et facundus,
m ovens iocos e t io cu n d u s,
q u o n d a m p rim u s, n u n c secundus
v ic tu m q u e ro v erecu n d u s.
80 V e re c u n d u s v ictu m q u ero .
S u m m en d icu s. U b i v ero
v ictu m q u e ra m nisi clero 2,
en u tritu s in P iero 3,
e ru d itu s sub H o m e ro ?
85 S ed d u m m a n e v ictu m q u ero
et re v e rti co g o r sero,
ia m in b re v i (n am despero)
o n ero su s vobis ero.
O n e ro su s et q u o ibo?
90 A d laicos n o n tran sib o .
P a ru m ed o , p a r u m b ib o .
V e n te r m eu s sine gibbo
et co n ten tu s p a u c o cibo
p len u s e rit p a rv o libo;
95 et, si fam e d ep erib o ,
c u lp a m vobis h a n c ascribo.
V ultis m o d o c au sam scire,
ca u sa m litis, c au sam ire,
q u e coegit n os exire?
100 B revi p o ssu m expedire,
si n o n te d e t vos au d ire.
«N os o p ta m u s h o c a u d ire
plus q u a m so n u m dulcis lyre».
Q u id a m fra te r clau d o p ed e
105 est e a d e m p ulsus ede
v io len ter a tq u e fede;
u t captivus e t p a rs p re d e
alligatus loris red e
a W illelm o P a la m e d e
110 vel p e r n o c te m G a n im e d e 4.
F ra te r m e m b ris dissolutus,
q u i d e b e re t esse tu tu s
(nam p es e ra t p reacu tu s),
nichil m ali p relo cu tu s,
115 sed m a n d a ta n o n secutus,
calciatus et in d u tu s,
est in lu to p ro v o lu tu s:
p ro v o lu tu s et pollutus.
P ro v o lu tu s est in lu to
120 fra te r p e d e p re a c u to .
Q u e m c la m a n te m d u m a d iu to
et p u ta b a m satis tu to ,
fui com es p ro v o lu to
et p o llu tu s c u m polluto.
125 P ro v o lu to com es fui
et in lu to p ulsus rui.
D u m p ro b o n o p e n a s lui,
nullus m eus, om n es sui.
A d iu v a b a n t o m n es eu m ,
130 Iesu b ei Iesu b e u m ,
C hananei G hananeum ,
F erezei F e re z e u m
et m e n e m o p re te r d eu m ,
d u m a d iu to fra tre m m e u m
135 nil m e re n te m n e q u e reu m .
A solas, co n m o v id o , ro m p í en llan to ,
de lág rim as lle n a n d o m is m ejillas,
p o r el c rim e n de aq u e l m a e stro cru el
y el d o lo r de a q u e l p o b re viejecillo.
140 ¿ Q u ié n secos los ojos m a n te n d ría
al v e r ta n in icu a acción?
E n ta n to q u e a la calle lo a rro ja b a n ,
el viejo q u e b ra d o y ach acoso
lle n a n d o co n sus gritos to d o el b a rrio
145 im p lo ra b a a y u d a y co m p asió n
a aq u el sacerd o te im p ú d ico ,
c o rru p to r de m eretrices,
de m a tro n a s y nodrizas,
¡servidor d e los m endigos!
150 P e ro a y u d a n o e n co n tró ,
n i se a p ia d ó el sacerdote.
Así, solo se qu ed ó ,
to d o cu b ie rto de b a rro ,
sin sa b e r a d ó n d e ir.
155 C e n s u ra b a acto ta n to rp e
c o n tra el h e rm a n o lisiado,
viejo cojo y c o n tra h e c h o ,
y m ie n tra s g rito «¡injusticia!»,
ce n su ra d o , di e n la calle.
160 D i e n la calle, cen su rad o .
D esp u és d e ello n o he m o ra d o ,
n i b e b id o , n i co m id o en esa casa,
p o r m a n d a to del m a lv ad o capellán,
q u ie n c u a n to se d a a la Iglesia
165 él se lo d a a P alam edes,
o a G a n im e d e s lo en treg a,
o a su h e rm a n o el h e re d e ro ,
o b ie n las citaristas lo a p a ñ a n ,
y se g a n a la fa m a de ser b u en o .
170 A h o ra , h e rm a n o s, ju z g a d ,
y n o os ap artéis, equivocados,
de la sin cera v e rd a d
en p ro d e vuestro P rim ad o .
¿M erece ta l d ig n id ad
302 Siglo X I I
50. Id ib u s h is M a i*
Id ib u s his M a i m iser ex em p lo M e n e la i
fleb am n e c n o ra m , quis su stu lerat m ih i F lo ram .
T e m p u s e ra t flo ru m , c u m flos m eu s, o p tim u s h o ru m ,
liquit F lo ra to ru m , fons fletus, ca u sa d o lo ru m .
5 N a m d u m , F lo ra, fugis, re m a n e t d o lo r ira q u e iugis,
et d o lo r et cu re, nisi v eneris, h a u d ab itu re.
C u r n o n te p ro m is, dulcis com es e t b e n e com is,
u t re d e u n te p a ri com ites p e lla n tu r am ari?
T e rris a tq u e fretis v ag o r, expers lu ce quietis,
10 p e r n o c te m so m n i c a p to c a p tiv io r om ni.
O m n i cap tiv o vel p a u p e re vel fugitivo
p a u p e rio r vivo; m a d e t e t iugi g e n a rivo
n e c fiet sicca, m a n u s h a n c nisi te rg a t am ica.
Si re m e a re velis, tu n c lib er, tu n c ero felix,
15 m a io r ero v ates q u a m C y ru s sive P h ra a te s,
v in ca m p rim a te s e t re g u m p ro sp eritates.
Q p o d si fo rte lates, aliquos in g ressa p e n a te s,
50. En lo s id u s d e m a y o
4 Las seis estrofas que integran los versos 37-60 que ahora siguen
aparecen en algunas ediciones incorporadas al poem a anterior (que comienza
Aestuans intrinsecus ira... y es generalm ente conocido com o Confessio) detrás del
verso 52, como hemos indicado en su lugar.
E l Archipoeta de Colonia 317
53. O m n ia tem p u s h a b en t*
3 Los únicos datos biográficos del poeta son los que se desprenden de
sus poemas. Según este verso, dirigido al arzobispo de Colonia, parece que
el poeta era com patriota suyo, «transm ontano», de algún lugar al norte de
los Alpes, tal vez de C olonia mismo.
4 M ientras el resto de las estrofas presentan cuatro versos, ésta sólo tiene
tres.
5 Pes, en singular, por la exigencia de la rim a leonina, concierta con inopes
«por el sentido».
E l Archipoeta de Colonia 321
54. C idne, su b a lg en ti re c u b a s *
LADON
CIDNUS
N o n , u t re re , L a d o n , m ih i p a rc e n s o tia capto:
10 n o n ita sum felix u t sim m ih i caru s, et istam ,
q u a m m a la d ila c e ra n t, cu p io p a lp a re iu v en cam .
N a m m ih i si q u a m ei, cred as, m o d o c u ra m a n e re t,
esset p rim a gregis: scis tu, n ec fallere possum ,
u t fu erim solitus ra b id o sub sole p e r agros
15 c u rre re et irrig u i frigus p e rq u ire re fontis,
qu o p ecu s a u t to tas p o ssem re c re a re capellas,
scis b en e, tu q u e m e o req u iesti sepe lab o re.
54. C idno, m ie n tr a s qu e r e p o sa s
LADON
C ID N O
LADON
CIDNUS
LADON
CIDNO
55. P a u p e ra t a r tific is N a tu re *
P a u p e ra t artificis N a tu re d o n a v enustas
T y n d a rid is fo rm e flosculus, oris h o n o r.
H u m a n a m faciem fastidit fo rm a, decoris,
p ro d ig a, sid erea g ra tu ita te nitens.
5 N escia fo rm a p aris, odii p re c o n ia , laudes
iudicis invidie p ro m eru isse potest.
A u ro re p o n d e t co m a, n o n re p lic a ta m ag istro
n o d o , d escensu lib erio re iacet;
disp en sare iu b a r h u m e ris p e rm issa d e c o re m
10 explicat e t m elius d isp a tia ta placet.
P a g in a frontis h a b e t q u asi v e rb a faventis, in escat
visus, n eq u itie nescia, la b e carens.
N ig ra su p ercilia v ia la c te a se p a ra t, arcus
dividui p ro h ib e n t lu x u ria re pilos.
15 Stellis p re ra d ia n t oculi V e n e risq u e m in istri
esse favorali sim plicitate m o n e n t.
C a n d o ri socio r u b o r interfu su s in o re
m ilitat, a roseo flore trib u ta peten s.
N o n hospes colit o ra color, n ec p u r p u r a v ultus
20 languescit, niveo d isp u ta t o re ru b o r.
L in e a p ro c e d it n a ris n o n a u sa iacere
a u t in co n su lto lu x u ria re g rad u .
O ris h o n o r rosei su sp irat a d oscula, risu
su ccin cta m o d ico lege lab ella tu m e n t.
55. L o s d o n es d e la s a b ia N a tu ra le za
Los dones de la sab ia N a tu ra le z a los a m e n g u a el en-
[canto
de la T in d á ric a , la b e ld a d de su h e rm o s u ra y la g ra-
[cia de su ro stro .
S u belleza d e sd e ñ a la a p a rie n c ia h u m a n a , p ró d ig a
de su lindura, resplandeciente con regalados destellos.
5 N o h a y n a d ie q u e la iguale. E lla p u e d e p ro m o v e r del
[odio
las alab an zas, y d e la env id ia ju z g a d o ra los elogios.
C o n el o ro sus cabellos rivalizan, n o tren zad o s p o r
[experto
n u d o , sino suelto y c a y en d o lib rem en te.
E sp arcid a p o r sus h o m b ro s, su cab ellera p e rm ite la
[h e rm o su ra resaltar,
10 y se a c re c ien ta el p la c e r al v erla d e sp a rra m a d a.
L a lisu ra de su fren te nos ofrece com o p a la b ras de
[halago:
las m ira d a s atrae; carece de defectos, d e m a n c h a s
[carece.
U n tra z o b la n q u e c in o se p a ra sus negras cejas; y los
[arcos,
a la p erfecció n tra z a d o s, n o p e rm ite n q u e el vello
[los afee.
15 C o m o estrellas sus ojos re sp la n d e c en y, de V en u s auxi-
[liares,
adv ierten q u e son de u n a sencillez acogedora.
M ez cla d o co n la b la n c u ra , esp arcid o p o r su ro stro , el
[ru b o r
c am p e a , a la ro sa d a flor su trib u to reclam an d o .
N o extrañ a es la color que p in ta el labio; n i languidece
[la p ú rp u ra
20 del rostro : c o m p ite su r u b o r co n el b la n c o de lá
[cara.
L a lín ea de su n a riz n o se p ro lo n g a de u n a atrev id a
[m an era
n i co n u n a g ro su ra e x a g e ra d a re b a sa sus m edidas.
L a belleza de su b o ca sonrosada suspira p o r los besos,
y sus labios gord ezu elo s se so m eten a co n te n id a son-
frisa;
332 Siglo X I I
56. V em a r e d it te m p e r ie s *
V e rn a re d it tem p eries
p r a ta d ep in g en s floribus,
telluris superficies
n o stris a rrid e t m o rib u s,
5 q u ib u s a m o r est requies,
cybus esurientibus.
D u o q u asi c o n tra ria
m iscen t vires effectuum :
a u g e n d o se m in a ria
10 re d d it n a tu ra m u tu u m ,
ex d iscordi c o n c o rd ia
p ro d it fe tu ra fetu u m .
L e te n tu r ergo ceteri,
q u ib u s C u p id o faverit,
15 sed c u m de p la g a v e te ri
m a le m ich i co n tig erit,
v ita solius m iseri
a m o re q u assa d ep erit.
Ille nefastus m e rito
20 dies 1 v o cari d eb u it,
q u i sub n a tu re d eb ito
n a ta m m ic h i constituit,
dies, q u i m e ta m subito
re la tiv u m instituit.
25 C resce ta m e n , puellu la,
p a tris fu tu ra baculus;
in sen ectu te q u e ru la ,
56. R e to m a la e sta c ió n
R e to rn a la estació n p rim a v e ra l
en g a la n a n d o de flores los p rad o s;
la faz de la tie rra
sonríe a n u estras querencias:
5 solaz es el a m o r p a r a nosotros,
y a n ta r p a r a el h a m b rie n to .
D os cosas casi co n trarias
m e z c la n el p o d e r de sus efectos:
a u m e n ta n d o las cosechas,
10 sus d eu d as satisface la N a tu ra ;
de la c o n c o rd ia de lo d isco rd an te
re su lta el e m b a ra z o de los fetos.
A légrense, p ues, to d o s aquellos
a quien es C u p id o favorece.
15 A m í, q u e de la vieja d o len cia
salí m u y m a l p a ra d o ,
m i vida, d e u n m ísero soltero,
p o r el a m o r d estro zad a, se consum e.
C o n ra z ó n debí lla m a r
20 nefasto el d ía
qu e, p o r la d e u d a de N a tu ra ,
m e p ro p o rc io n ó u n a hija:
d ía q u e, de ta n sú b ita m a n e ra ,
en p a d re m e convirtió.
25 C rece, n o o b stan te, n iñ ita,
b ác u lo fu tu ro de tu p a d re ;
en la q u ejo sa vejez,
338 Siglo X I I
d u m caligabit oculus,
m e n te m in istran s sedula
30 plus p ro d e ris q u a m m asculus.
I m p o rtu n a V e n e ri
re d it b ru m e glacies,
re d it eq u o celeri
Iovis intem peries:
5 cicatrice veteri
sq u alet m e a facies:
amor est in pectore,
nullo frigens frigore.
Ia m cutis c o n tra h itu r,
10 d u m flam m is ex erceor;
n o x in som nis ag itu r
e t in die to rq u e o r;
si sic d iu vivitur,
g ra v io ra vereor:
15 amor est in pectore,
nullo frigens frigore
T u q u i colla su p eru m ,
C u p id o , suppeditas,
c u r tuis m e m ise ru m
20 facibus sollicitas?
n o n te fu g at a sp e ru m
frigoris asperitas:
amor est in pectore,
nullo frigens frigore.
25 E le m e n ta vicibus
q u alitates v a ria n t,
d u m n u n c p ig ra n t nivibus,
c u a n d o m i vista se nuble,
c u id á n d o lo con solícito desvelo,
30 le serás de m ás a y u d a q u e u n v aró n ,
E no jo so p a r a V en u s
re to m a el frío invernal;
en el veloz corcel d e J ú p ite r
vuelve de n u ev o el m a l tiem p o .
5 C o n la vieja cicatriz
em p alid ece m i rostro:
dentro del pecho hay amor,
y ningún frío lo enfría.
Se e n tu m e c e y a m i piel,
10 m ie n tra s m e afligen las llam as.
T ra n s c u rre in so m n e la n o ch e,
y el to rm e n to m e aflige p o r el día.
Si así sigo viviendo larg o tiem p o ,
cosas m ás graves m e tem o:
15 dentro del pecho hay amor,
y ningún frío lo enfría.
T ú , C u p id o , q u e som etes
de los dioses la cerviz,
¿ p o r q u é a m í, m iserable,
20 m e a to rm e n ta s co n tus teas?
N o te a h u y e n ta a ti, ta n recio,
la asp e re z a d el invierno:
dentro del pecho hay amor,
y ningún frío lo enfría.
25 A c a d a estació n los elem entos
a ju sta n sus p ro p ied ad es:
340 Siglo X I I
n u n c c a lo re m sentian t;
sed m e a singultibus
30 colla se m p e r in h ia n t:
amor est in pectore,
nullo frigens frigore.
Sole reg en te lo ra
p o li p e r altio ra,
q u e d a m satis d e c o ra
v irg u n cu la
5 sub u lm o p a tu la
c o n sed erat, n a m d e d e ra t
a rb o r u m b ra c u la .
Q u a m solam u t a tte n d i
sub a rb o re , d escen d i
10 e t V en eris o sten d i
m o x iacu la,
d u m n o to singula,
cesariem e t faciem ,
p ectu s e t oscula.
15 « Q u id — in q u a m — ab sq u e p a ri
p la c e t h ic spaciari,
D y o n es a p ta lari
p uellula?
N os n u lla v incula,
20 si p ateris, a V en eris
d isiu n g en t copula».
V irg o d e c e n te r satis
su b in tu lit illatis:
«hec, p re c o r, o b m ittatis
25 ridicula;
su m a d h u c p a rv u la ,
* E d . d e K , S t r e c k e r , o .e., p .5 9 ss. S e tr a ta d e u n a p a s to r e la : e n c u e n tr o
d e u n c a b a lle ro c o n u n a p a s to r c illa a la q u e r e q u ie r e d e a m o re s . E s tro fa s
h e p ta s íla b a s , r im a aaabbcb.
Gualtem de ChátiUón 341
o ra se a d o rm e c e n co n las nieves,
o ra sensibles al c a lo r se vuelven.
E n cam b io , m i g a rg a n ta de co n tin u o
30 d eja e sc a p a r sus suspiros:
dentro del pecho hay amor,
y ningún frío lo enfría.
58. M ie n tra s g o b e rn a b a e l s o l
n o n nubilis n ec habilis
a d h ec opuscula.
H o r a m e rid ia n a
30 tran sit, vide T y ta n a .
M a te r est in h u m a n a ,
ia m p a b u la
sp ern it ovicula.
R e g re d ia r, n e fe ria r
35 m a te rn a virgula».
«Signa, p u ella, p o li
c o n sid erare noli.
R e sta n t im m e n sa soli
curricu la;
40 p la c e b it m o ru la ,
n i te m e re vis sp e rn e re
m e a m u n u scu la» .
« M u n e rib u s oblatis
m e flecti n e credatis,
45 n o n fra n g a m castitatis
rep ag u la.
N o n h ec m e fistula
d ecip iet n e c exiet
a nobis fabula».
50 Q u a m m ire sim u lan tem
ovesque co n g re g a n te m
p ressi n il re lu c ta n te m
sub p e n n u la ,
flores et h e rb u la
55 p re b e n t cubicula.
59. D eclin a n te fr ig o r e *
D e c lin a n te frigore,
p icto te rre c o rp o re
* E d . d e K . S t r e c k e r , o .e ., p .2 9 . S e tr a ta d e u n a p a s to r e la , e n e stro fa
d e siete v e rso s: 7 p p , r im a aabaaba.
Gualtero de Chátillón
c a sa d e ra n o soy, e in e x p e rta
p a r a tales m enesteres.
D el m e d io d ía la h o ra
30 p a sa d o h a , y a h í llega T ita n a .
Es d e sp ia d a d a m i m a d re .
E l p a sto y a
d esp recia el reb añ ito .
V olveré p a r a n o ser a z o ta d a
35 p o r el látigo m a te rn o .»
«A los astros del cielo, m u c h a c h ita ,
n o p restes aten ció n .
T o d a v ía al sol le resta
re c o rre r u n larg o trech o .
40 L a d ilació n será g ra ta
si de fo rm a lig era n o desprecias
estos regalitos m íos.»
« A u n q u e m e ofrezcas regalos,
n o esperes d o b leg arm e.
45 N o q u e b ra n ta ré el cerrojo
de m i p u d o r.
T u flau ta e n c a n ta rm e
n o p o d rá , n i c irc u la rá n p o r ahí
hablillas sob re nosotros.»
50 M ie n tra s ta n a d m ira b le m e n te sim u lab a
y sus ovejas ib a reco g ien d o ,
sin resisten cia a lg u n a poseíla
d e b a jo de u n a e n ra m a d a ,
y las flores y las h ie rb a s
55 y ...................... ...............................
lech o n os p ro p o rc io n a ro n .
el c a m p o p a g a sus d eu d as
c o n m u y crecid o interés.
5 L ev an tém e p o r entonces,
y a tra n s c u rrid a la n oche,
y m e senté b a jo u n árbol.
A l p ie de u n olm o c o p u d o
u n c a n ta rín m a n a n tia l b ro ta .
10 L a p rim a v e ra reviste de h ie rb a
las u m b ría s vecinas a las fuentes,
q u e p o r allá p o r d o fluyen
v a n h u m e d e c ie n d o de rocío
las h o jas d e los retoños.
15 M ie n tra s q u e de las aves el con cierto
y de las fuentes los susurros
— al p a r q u e el ru m o ro so riach u elo —
p o r las h o n d o n a d a s de los m o n tes
a h u y e n ta b a n el hastío,
20 vi q u e G liceria v en ía
m o stra n d o d esn u d o el p ech o .
U n m a n to resp lan d ecien te
de v a rio p in ta la b o r
co lg ab a desde sus h o m b ro s
25 b ro c a d o de m il m an eras.
E l vestido e ra de p ú rp u ra ,
te ñ id o d e carm esí
y tra b a ja d o al b o rd a d o .
Su fren te, sin defectos;
30 tiernísim os sus labios.
«D e to d a s — dije yo— a h í ap arece
p a r a m í. la m ás q u e rid a ,
m i c o ra z ó n y m i alm a:
el lirio d e tu belleza
35 a lim e n ta m is m ás ín tim o s rincones.
P o r ti a b ro m i b o c a de co n tin u o ;
a d u ra s p en as d o m in o m i pasión;
to d o c u a n to llevo a cabo,
c u a n to leo o c u a n to escribo,
346 Siglo X I I
40 c ru c io r e t m e rito ,
n i fru i c o n ced itu r,
q u o d c o n sta n te r o p tito».
A d h e c illa fra n g itu r,
h u m i sedit igitur.
45 E t sub fro n d e te n e ra ,
d u m vix m o ra m p a titu r,
subici com pellitur,
sed quis n escit cetera?
P red icatu s vin citu r.
60. Versa e s t in lu c tu m *
V e rsa est in lu c tu m
c y th a ra W a lth e ri,
n o n q u ia se d u c tu m
e x tra g reg em cleri
5 vel eiectu m d o leat
a u t ab iecti lu g e a t
v ilitatem m o rb i,
sed q u ia co n sid erat,
q u o d finis a c celerat
10 im provisus orbi.
L ib e t in tu e ri
iudices ecclesie,
q u o ru m status h o d ie
p e io r est q u a m heri.
15 U m b ra c u m vid em u s
valles o p eriri,
p ro x im o d eb em u s
n o c te m ex periri;
sed c u m m o n tes videris
20 et colles c u m ceteris
reb u s o b scu rari,
n ec fallis n ec falleris,
40 u n to rm e n to m e resu lta, y c o n ra z ó n ,
a m en o s q u e g o z a r se m e p e rm ita
de aqu ello qu e c o n sta n te m e n te ansio.»
A n te tales p a la b ra s, doblegóse,
to m ó asien to en el suelo,
45 y b a jo la tie rn a fro n d a ,
sin a p e n a s a d m itir d e m o ra ,
o b lig a d a se vio a ser to m a d a .
¿ Q u ié n ig n o ra lo dem ás?
C u a lq u ie r explicació n re su lta p o b re.
L u c tu o sa se h a tro c a d o
la c íta ra de G u a lte ro ,
p e ro n o p o rq u e la m e n te
el h a b e r sido excluido o a rro ja d o
5 de la g rey clerical,
o p o rq u e llore la in fam ia
de u n a e n fe rm e d a d abyecta,
m as p o r e sta r con v en cid o
de q u e y a se a c e rc a el fin del o rb e
10 de u n a fo rm a re p e n tin a .
P o n g am o s n u e stra aten ció n
e n los ju eces de la Iglesia,
cuyo estado el d ía de h o y
es p e o r q u e e ra el de ayer.
15 G u a n d o vem os q u e las som bras
están c u b rie n d o los valles,
p e n s a r d eb em o s q u e p ro n to
la n o c h e so b rev en d rá;
m as c u a n d o se v e a q u e m o n tes
20 y colinas o b scu recen
al p a r q u e el u niverso to d o ,
n o te en g añ as n i e n g a ñ a d o te verás
348 Siglo X I I
si m u n d o tu n c asseris
n o c te m d o m in ari.
25 L ib et in tu e ri
iudices ecclesie,
q u o ru m status h o d ie
p e io r est q u a m heri.
P e r convalles n o ta
30 laicos exleges ',
n o to s tu rp i, n o ta
p rin cip es et reges,
q u o s p a ri iudicio
luxus et am b itio
35 q u asi n o x o b scu rat,
q u o s celestis ulcio
b isacu to gladio
p e rd e re m a tu ra t.
L ib e t in tu e ri
40 iudices ecclesie,
q u o ru m status h o d ie
p e io r est q u a m heri.
R e sta t, u t p e r m o n tes
fig u rate notes
45 sc rip tu ra ru m fontes:
C h risti sacerdotes
colles d icti m ystice,
eo q u o d in vertice
S yon co n stitu ti
50 m u n d o su n t p ro speculo,
si legis o racu lo
v ellen t n o n ab u ti.
L ib et in tu e ri
iudices ecclesie,
55 q u o ru m status h o d ie
p e io r est q u a m h e ri
I u b e n t n o stri colles
d a ri cunctis fe n u m
et p re fe rri m olles
60 san ctitati senum ;
fit h e re d ita riu m
D e i sa n c tu a riu m ,
e t a d C h risti dotes
p re p o n u n tu r h o d ie
65 expertes scientie
p re su lu m nepotes.
Si re m b e n e notes,
su cced u n t in vicium
e t in ben eficiu m
70 te rre n i nepotes.
V e n ia t in brevi,
Iesu b o n e D eu s,
finis h u iu s evi,
a n n u s iubileus!
75 M o ria r, n e v id eam
A n tich risti fra m e a m 2,
cuius p recessores
ia m n o n sani d o g m atis
s ta n t in m o n te erism atis
80 cen su u m c e n s o re s 3.
L ib et in tu e ri
iudices ecclesie,
q u o ru m status h o d ie
p e io r est q u a m heri.
2 Framea: según TA cito (Germ. 6), era una especie de lanza propia de los
germanos. En cam bio, san I sid o r o (.Etim , 18,6,3) la define así: «Framea es una
espada larga de doble filo, a la que se conoce vulgarm ente con el nom bre
de spatha. Se la denom ina tam bién romphea». C om o sinónimo de espada la
em plea tam bién san A g u st ín , Enarr. in ps. 149,12.
3 Lit., «censores de los censos».
Gualtero de Chátillón 351
y se p re fie ra la m olicie
60 a la a u ste ra v id a an tig u a.
E l sa n tu a rio de D ios
se h a to rn a d o h e re d ita rio ,
y a n te las dotes d e C risto
h o y re su lta n preferid o s,
65 caren tes de to d a ciencia,
los sobrinos de prelados.
O b sérv alo co n cuidado:
esos sobrinos c a m ales
en el vicio los su ceden
70 a l p a r q u e en el beneficio.
¡O jalá q u e v e n g a e n brev e,
o h Je sú s, D ios de b o n d a d ,
el final d e este m u n d o ,
n u e stro a ñ o jub ilar!
75 M u e ra y o p a r a n o v er
la fra m e a del A nticristo,
cuyos p red eceso res,
c o n c o rro m p id a d o c trin a ,
se y e rg u e n en el m o n te de la u n c ió n
80 a ten to s ta n sólo a los trib u to s.
P o n g am o s n u e stra aten ció n
en los ju e c e s de la Iglesia,
cuyo estad o el d ía de h o y
es p e o r q u e e ra el de ayer.
352 Siglo X I I
61. M is s u m s u m in v in e a m *
M issus su m in v in eam circa h o ra m n o n a m ,
su am q u isq u e n ititu r v en d ere p e rso n a m ;
ergo q u ia c u rsita n t o m nes ad co ro n am :
sem p er ego a u d ito r ta n tu m , n u n q u a m n e re p o n a m ? 1
5 R ith m is d u m lascivio, versus d u m p ro p in o ,
ro d it forsan aliquis d en te m e can in o ,
q u ia n ec afflatus sum p n e u m a te divino
n e q u e la b ra p ro lu i fon te caballino 2.
L icet a u te m p ro fe ra m v e rb a p a ru m culta
10 et a m e n te p ro d e a n t satis inconsulta,
licet en ig m ática n o n sint vel o cculta,
est q u o d a m p ro d ire ten u s, si n o n d a tu r u l t r a 3.
C u r sequi vestigia v e te ru m refu tem ,
adipisci rim ulis corp o ris salutem ,
15 im p le ri divitiis et c u ra re cutem ?
q u o d d ecu it m ag n o s, c u r m ich i tu rp e p u te m ? 4.
Q u i v irtu tes ap p etit, la b itu r in im u m ,
q u eren s sap ien tiam irru it in lim um ;
im ite m u r ig itu r h e c d ic e n te m m im u m :
20 o cives, cives, q u e re n d a p e c u n ia p rim u m 5.
H e c est, q u e in sinodis co n fid en d o to n at,
in electionibus p rim a g ra n d e sonat;
in tro n iz a t presides, dites im p erso n at:
et genus e t fo rm a m re g in a p e c u n ia d o n a t 6.
61. H e s id o e n v ia d o a la v iñ a
25 A d o ra p e c u n ia m , q u i deos adoras:
c u r struis a rm a ria , c u r libros h o n o ras?
L ongas fac Parisius vel A thenis m oras:
si nichil attuleris, ibis, H o m e re , foras 7.
D isp u te t p h ilo so p h u s v acu o cratere,
30 sciat, q u ia m in u s est scire q u a m h ab ere;
n a m si p a u p e r fueris, foras expellere,
ipse licet v enias m usis com itatus, H o m e re 8.
Sciat artes aliquis, sit a u c to ru m plenus,
q u id p ro d e st si v ix erit p a u p e r e t egenus?
35 Illinc cogit n u d itas v a c u u m q u e pen u s,
h in c u su ra v o rax av id u m q u e in te m p o re f e n u s 9.
Si Io sep h in vinculis C h ristu m p réfig u rât,
si to t plagis P h a ra o d u ru m co r in d u ra t,
si filiis Israel exitus o b tu rat:
40 q u id v alet h ec genesis, si p a u p e rta s ie c u r u ra t? 10
Q u id a d re m , si p o p u lu s sitit a n te flum en,
si m o n tis a scen d erit M oses c a cu m em
et si a rc h a m federis o b u m b ra v it n u m en ?
M a lo saginatas carn es q u a m triste le g u m en n .
45 Illu d est, c u r odiens stu d iu m rep ellam
p a u p e rta te m fugiens v ita m q u e m isellam ;
quis fe rre t vigilias frig id am q u e cellam ?
T u tiu s est iacuisse th o ro , tenuisse p u e lla m '2.
Q u id a m de scientia ta n tu m g lo ria n tu r
50 et de p e d e Socratis se m p e r c o rn ic a n tu r
et d icu n t, q u o d opes his q u i p h ilo so p h a n tu r
n o n b e n e c o n v e n iu n t n e c in u n a sede m o ra n tu r 13.
62. En to d o tie m p o y o
E n to d o tie m p o yo, de la p ro s p e rid a d ay u n o ,
p o r la m u e rte am en azad o , cosas m ás duras lam ento
[que tales am en azas.
M arcó la p a u ta la prim avera; el perverso veran o fiebre
[aportó:
la alim entó el otoño; y ap acentóla el h elado invierno.
5 A m arg as copas a b e b e r m e d a n las n o ches y los días,
a fin de q u e p la c e r n in g u n o en m í ten g a vigencia.
M e qu ejo de la luz, d e rra m o llan to , rego ld o m is sus
p ir o s ,
a ra ñ o m is m ejillas, el p e c h o m e golpeo y a rra n c o
[m is cabellos.
M e sirven de solaz d u ra n te el d ía las h ab las de la g en te
10 y su p a rla r c o n tin u o m e n g u a m is tristezas.
L a an g u stia del d ía es, co n m u c h o , m e n o r que la
[n o c tu rn a ,
que el corazó n m e aten aza con d o lo r de to d a suerte.
El im p ío F u ro r sus furias d esatad as en fu rece d e n o c h e
[co n tra m í
y co n h e rid a m a y o r el co ra z ó n m e va h o ra d a n d o .
15 D e n o c h e gim o, duplico los gem idos, y el cúm ulo de
[los dolores
se a crecien ta, y el a b u n d a n te fuego a b ra sa m i co ra-
[zón.
¡Ay de mí! M is p a la b ra s, m is c o n tin u a s expresiones m e
[conduelen,
m ien tras h a b lo d o lién d o m e co n m ig o co n voces se-
[m ejantes.
L a ira se en fu rece y con saetas in co n tab les m e h ie re
[el co razó n ,
20 y la tu rb a de las p en as c o n fiero to rb ellin o se e n fu
rece.·
M e vuelvo y m e revuelvo; m i lecho, b ie n m ullido, m e
[lacera
co n ag u d as espinas los m iem b ro s desdichados.
O r a se h a lla d e m a sia d o alta, o ra se a b a ja en exceso:
m i a lm o h a d a n o sabe n i u n m o m e n to g u a rd a r el
[justo m edio.
364 Siglo X I I
64. A cu d en a l en cu en tro
65. Sole p o s t A r ie te m *
65. E n tra n d o e l s o l
67. A d ió s, tie m p o in v e rn a l
A diós, tiem p o invernal;
co n su alegría re to rn a ya el v eran o ,
co n su calor, co n su encan to :
éstos son d el v e ra n o los indicios.
5 Florece la tie rra cp m o suele,
los lirios re n a c e n de nuevo,
las rosas, las flores e x p a n d e n perfum es,
trin a n las aves.
D e l seno de la tie rra
10 la p re ñ e z de las cosas
384 Siglo X I I
p ro g re d itu r
e t in p a rtu m solvitur
vivifico calore.
N a ta recentius
15 lenis Favonius
sic re c re at,
n e flos novus p e re a t
T h re ic io rigore.
H e rb is a d h u c teneris
20 e b la n d itu r etheris
tem peries;
rid e t te rre facies
m ultiplici colore.
O m n is a rb o r foliis
25 d e c o ra tu r aliis,
et m eru la,
p en n is fulgens, a u ru la
d ulci g a u d e t can o re.
H e r b a florem , flos h u m o re m ,
30 h u m o r floris, ros h u m o ris
g e n e ra t m a te ria m
sem en tiv am , redivivam ;
re d d u n t cu lta fruge m u lta
e t p ro m ittu n t copiam .
35 F ro n d e sub a rb o re a
F ilo m en a, T e re a
d u m m em in it, n o n desinit,
— sic im p e ra t n a tu ra —
re c e n te r c o n q u e ri
40 d e v eteri ia c tu ra '.
1 Procne, herm ana de Filomela, estaba casada con Tereo. Este, enam o
rado de su cuñada, la violó y la encerró en una torre, después de cortarle la
lengua para que n o pudiera contar lo sucedido. Filomela logró hacer llegar
a su herm ana el relato de su desgracia, bordado en una tela. Proene se vengó
de su m arido m atando a su propio hijo Atis, cuyas carnes le sirvió en la
comida. Luego huyen las dos herm anas. Enterado T ereo del crim en, sale en
persecución de las fugitivas, dándoles alcance en la fócense Dáulide. C uando
se disponía a m atarlas, los dioses m etam orfosean a todos en pájaros: Filomela,
en ruiseñor; Proene, en golondrina; T ereo, en abubilla.
Poemas anónimos 385
su curso sigue
y en p a rto d esem b o ca
gracias al vivífico calor.
Los n acim ien to s recientes
el suave F avonio
de ta l m o d o los re a n im a
q u e la n u e v a flor n o m u e ra
p o r el rig o r del frío tracio.
C o n las h ierb as a ú n tiern as
se suaviza del é te r
el tem p ero ;
ríe la faz de la tie rra
p o r el m ú ltip le color.
T o d o árb o l se e n g alan a
co n otras hojas,
y el m irlo,
co n fúlgidas p lu m as, al vientecillo
se aleg ra co n dulce canto.
L a h ie rb a , flor; la flor g e n e ra h u m e d a d ,
y la h u m e d a d de la flor y el rocío de la h u m e d a d
g e n e ra n m a te ria
se m b ra d o ra , ren o v ad a;
vuelven m u ch o s cultivos a sazón
y p ro m e te n a b u n d a n c ia .
B ajo la fro n d a arb ó rea,
F ilo m en a, al re c o rd a r
a T e re o , n o d escan sa
— p ues así N a tu r a lo h a dispuesto— .
de la m e n ta rse de n u ev o
p o r la p a sa d a desgracia.
386 Siglo X I I
M e n s effertur letior,
o b le c ta tu glorior,
d u m iaceo g ra m in e o
sub a rb o re fro n d o sa
45 rip a rú m m arg in e
c u m virgine form osa.
V e re suo
adolescens m u tu o
re sp o n d e a t am ori;
50 c re b e r erit,
n e defessus cesserit
V e n e re o lab o ri.
V en eris in asperis
castris nolo m ilitem ,
q u i iu v en te lim item
55 tran sierit, p e rd id e rit
calorem .
R id e o , d u m video
v iru m longi tem poris,
60 q u i a d an n o s N estoris 2
p ro g re d itu r et seq u itu r
am o rem .
68. R o s a m e t c a n d en s liliu m *
R o sa m e t can d en s lilium
ia m clausit te rre g re m iu m
aq u ilo n e spirante:
q u i tu rb in o so flam in e
5 p riv av it aves carm in e
2 C uando Hércules m ató a todos los hijos de Neleo, sólo se salvó Néstor,
el más joven de todos. Su m adre, Cloris, hija de Níobe, fue tam bién la única
que escapó de la m atanza a que Apolo y Artemis som etieron a su m adre y
a sus herm anos y herm anas. P ara rep arar tam aña desgracia, Apolo concedió
a N éstor la gracia de vivir la sum a de todos los años que les habría
correspondido a todos sus tíos y tías. Por ello vivió m ás de tres generaciones.
* Ed. de W . W a i t e n b a c h , «Parodies des Doctrinale.», en Anzeiger fü r Kunde
der deutschen Vorzeit 22 (1875) 150. Su tem a es el am or en época invernal.
Estrofas de 10 versos: 5 (7 p) + 5 (8 pp); rim a aabccbdefe.
Poemas anónimos 387
68. Ya r o s a s y b la n co s lirio s
n im b o co o p eran te;
q u o ru m v ig o r et rig o r
in s ta u ra t m e tristari;
n o n in flore set a m o re
10 io c u n d o r p uellari.
N u lla te sta tu r racio
q u o d d e tu r c o m p a ra c io
virginibus a d florem .
N a m quos C u p id o vicerit,
15 c u ra re flos n o n p o te rit,
set virgo p e r a m o rem .
U n d e q u ia tu p ia
m e a m p o rta s salutem ,
tib i digne d o b en ig n e
20 p a ra ta m servitutem .
N a m solam te desidero,
spem p u r a m a te d efero,
q u a m n o llem devitare.
T e diligo p re ceteris;
25 a n n e x u p ie V en eris
m e solvere d ignare.
C ith a re a q u e d ea
ia m agit in m e cu ram ;
ex h a c cau sa sine p a u s a
30 len i m e a m lesuram .
D eco ris tu i claritas,
sim ul tu a b en ig n itas,
flos est m ich i vernalis.
S im ul tu a b en ig n itas
35 p e rd u c it a d solacia:
n o x p e rit yiem alis.
Speciose ia m rose
rid e b u n t in rosetis,
n a m e t aves can tu s suaves
40 d ic ta b u n t in tiletis.
Q u is m e scrib eb at
C h . n o m e n h a b e b a t '.
co n ay u d a de la lluvia.
S u v ig o r y su rig o r
a e n tristecerm e m e llevan.
N o ta n to co n las flores m e recreo
10 cu a n to co n el a m o r de u n a m u ch ach a.
N o se ad u c e n in g ú n ra z o n a m ie n to
p a r a h a c e r co m p a ra c io n es
en tre u n a m u c h a c h ita y u n a flor.
A quien es C u p id o h a d e rro ta d o ,
15 sanarlo s la flor n o p u e d e ,
p e ro sí co n su a m o r u n a doncella.
D e m o d o q u e — p u es, p iad o sa,
m e p ro p o rc io n a s salu d — ,
co n ra z ó n , de b u e n a g a n a ,
20 m e som eto a tu servicio.
A ti sola te deseo,
de ti d erivo m i e sp e ra n z a sim ple
q u e fru stra r n o quisiera.
M á s q u e a n in g u n a te am o.
25 C o n a y u d a de la a m a b le V e n u s
d íg n ate a te n d e r m is ruegos.
L a d io sa d el m o n te C ite ró n
y a m e insufla su cu idado;
p o r sem ejan te m otivo, sin descanso,
30 alivia tú m i h erid a.
E l brillo de tu belleza,
al tie m p o q u e tu d u lzu ra,
flor p rim a v e ra l es p a r a mí.
T u d u lz u ra al m ism o tiem p o
35 consuelo m e p ro p o rc io n a :
la n o c h e in v e rn a l se desvanece.
Y a las rosas m ás g alan as
so n reirán en los rosales,
y las aves sus can to s delicados
40 e n to n a rá n en los tilos.
Q u ie n m e escribía,
el n o m b re de C h . tenía.
390 Siglo X I I
69. P la n g it n on n a f le tib u s *
P lan g it n o n n a fletibus
in e n a rra b ilib u s,
co n d o len s gem itibus,
dicens consocialibus:
5 « h eu misella!
n ih il est deteriu s
tali vita;
c u m en im sim p e tu la n s
et lasciva,
10 S o n o tin tin n a b u lu m ,
re p e to p salteriu m ,
g ra tu m lin q u o so m n iu m
c u m d o rm ire c u p e re m ,
h e u misella!
15 p e rn o c ta n d o vigilo
c u m n o n vellem :
iu v e n e m a m p le c te re r
q u a m libenter!»
70. D u lc is a m o r * *
D ulcis a m o r,
cuius c la m o r
re so n a t p e r e th era,
cuius can tu s
5 m ih i p lan ctu s
d e p e n e tra t viscera;
p a rc e , p re c o r,
decens deco r,
n e m e vellis perdere!
69. L lo ra la m o n ja
L lo ra la m o n ja co n lágrim as
indescriptibles,
d esh acién d o se en gem idos
y d icien d o a sus h erm a n a s:
5 «¡Ay, d esd ich ad a de mí!
N a d a h a y m ás la m e n ta b le
q u e esta vida,
p u es q u e licenciosa soy
y u n a lasciva.
10 T o c o la c a m p a n a ,
el salterio en to n o ,
dejo el dulce sueño
an sia n d o d o rm ir.
¡Ay de m í, cuitada!
15 V elo p o r la n o ch e,
b ie n q u e n o q u erien d o .
¡C on c u á n to p la c e r
a b ra z a ría a u n m uchacho!»
70. Dulce a m or
D u lce am o r,
cuyo clam o r
p o r los espacios resuena.
T u to n a d a ,
5 q u e es u n llan to p a ra m í,
las e n tra ñ a s m e p e n e tra .
T e suplico, te n p ied ad ,
h e rm o s u ra in c o m p a ra b le :
¡no p re te n d a s q u e m e pierda!
392 Siglo X I I
10 D u m ro g a tu r,
c o n v e rta tu r
etas tu a florida;
n a m m arcescet
et vilescet,
15 c u m fu erit m arcid a.
O ta m grave
crim e n cave!
(dixi, dico denuo).
N o n sum id em ,
20 cu i fidem
prom isisti m u tu o ?
Q u e rc u s cesa,
fides lesa
p ro p e su n t sim ilia,
25 q u e tru n c a ta
et p la n ta ta
n o n em ittit folia.
G regis p a s to r T ity ru s,
a sin o ru m do m in u s,
n o ste r est episcopus.
E ia, eia, eia,
5 v o c a n t nos a d g au d ia
T ity ri cibaria.
A d h o n o re m T ity ri
festu m c o la n t b a c u li
satrap e 1 et asini.
* A H 20, p.100. Estrofas de tres versos, con el refrán, tam bién de tres
versos: 7 pp, m onorrim os; y 7 pp, igualmente m onorrim os. Al igual que el
poem a n.63 de esta antología, el poem a pertenece a las celebraciones que
parodiaban los oficios litúrgicos en la «fiesta de los tontos». En esa ocasión
se nom braba burlescam ente un obispo al que se conocía como asinorum
dominus, y al que aquí se llam a Titiro, nom bre conocido en la bucólica griega
γ latina.
1 El término sátrapa alude literalmente al gobernador de una provincia
entre los persas.
Poemas anónimos 393
10 Al tie m p o q u e te im p lo ro ,
deseo q u e resulte
tu e d a d siem pre florida,
p u es se deslu cirá
y a ja d a h a de to rn a rse
15 ta n p ro n to se m arch ite.
P recau cio n es to m a , ¡ay!
de delito ta n culpable.
(T e lo h e dicho, y lo repito.)
¿A caso n o soy el m ism o
20 q u e al q u e h a b ía s p ro m e tid o
u n a m u tu a lealtad?
L a e n c in a ta la d a
y la p ro m e sa in c u m p lid a
u n a m ism a co sa son:
25 u n a vez q u e está tro n c h a d a ,
a u n q u e de n u ev o se p la n te
n u n c a m ás p ro d u c e hojas.
72. D u m g r a n d e m m a te r ia m *
D u m g ra n d e m m a te ria m m e n te m e d ita re r
ru m in a n d o sepius h a n c et te d ia re r,
surgens h o rtu m subii, u t solaciarer,
sationes virides ce rn e n s re c re a re r.
5 D u o cordis oculi a stite ru n t flores
floribus p re ceteris visu p u lch rio res,
c u m d e c o re d ispares n ec u n icolores,
p a re s a t m irab iles sp ira b a n t odores.
D u m c e rta tim re d o le n t, c e rta n t red o lentes,
10 c o m m e n d a re m e rita su a cupientes,
de v irtu te p ro p ria m u lta disserentes,
e ra n t a lte r a lte ri sese p referen tes.
H o ru m c u m subsisterem ra p tu s ex o d o re,
est lo c u ta viola p ro n o p re c a n s ore,
10 E a , ea, ea,
n os co n v o ca a la alegría
el agasajo de T ítiro .
A T ítiro festejem os
co n m elo d ías y órgan o s,
15 con cítaras y p a n d e ro s.
E a, ea, ea,
n os co n v o ca a la alegría
el agasajo d e T ítiro.
A T ítiro v en erem o s,
20 p u es a cau sa de su b ácu lo
a u n b a n q u e te nos invita.
E a , ea, ea,
n os co n v o ca a la alegría
el agasajo de T ítiro .
72. M ie n tr a s m e d ita n d o e s ta b a
73. Forte n e m u s lu s tr a b a t h o m o *
73. C a su a lm en te un h o m b re
74. V inum b o n u m e t su a v e **
V in u m b o n u m et suave,
bon is b o n u m , p ravis p rav e,
cunctis dulcis sap o r, ave,
m u n d a n a letitia!
5 Ave! felix c re a tu ra,
q u a m p ro d u x it vitis p u ra ;
o m nis m e n sa fit secu ra
in tu a p resen tía.
A ve, co lo r v in i clari;
10 ave, sa p o r sine p ari;
tu a n o s in e b ria ri
digneris potentia!
A ve, p lacen s in colore;
ave, fra g ra n s in o dore;
15 ave, sa p id u m in ore,
dulcis lin g u e vinculum !
A ve, sospes in m odestis,
in gulosis m a la pestis!
P ost am issio n em vestis
20 se q u itu r p a tib u lu m .
M o n a c h o ru m g rex devotus,
o m nis o rd o , m u n d u s totus,
b ib u n t a d eq u ales p o tu s
e t n u n c e t in seculum .
25 Felix v e n te r q u e m in tra b is,
felix lin g u a q u a m rigabis,
felix os q u o d tu lavabis,
et b e a ta labia!
S u p p licam u s, h ic a b u n d a
30 p e r te m e n sa fit fe c u n d a ,
et nos, c u m voce iu c u n d a ,
ed d u c a m u s gaudia!
** Ed. de P. L eh m a n n , Parodistische Texte. Beispiele zur lateinische Parodie im
Mittelalter (M unich 1923). Estrofas de cuatro versos: 3 (8 p) + 1 (7 pp),
rim ados aaa; las tres prim eras estrofas y las dos últimas rim an entre sí, y lo
m ismo las tres centrales. El him no ofrece una parodia del célebre him no
Verbum bonum et suave. Es un ejemplo de lo que se puede conseguir cuando se
saca de su contexto una frase cualquiera.
Poemas anónimos 399
75. A n n i p a r te f lo r id a *
a) EL DEBATE
a) EL DEBATE
25 A d a u g m e n tu m docoris et caloris m in u s
fuit secus riv u lu m spatiosa pinus,
v e n u sta ta folio, late p a n d e n s sinus;
n e c in tra re p o te ra t c a lo r p ereg rin u s.
C o n se d e re virgines; h e rb a sed em dedit,
30 Phyllis iu x ta riv u lu m , F lo ra lo n g e sedit;
et d u m sedit u tra q u e e t in sese redit,
a m o r c o rd a v u ln e ra t e t u tra m q u e ledit.
A m o r est in teriu s laten s et occultus
et corde certissim os elicit singultus;
35 p a llo r gen as inficit, a lte rn a n tu r vultus,
e t in v e re c u n d ia p u d o r est sepultus.
Phyllis in suspirio F lo ra m d e p re h e n d it,
et h a n c d e consim ili F lo ra re p re h e n d it;
a lte ra sic alteri m u tu o re p e n d it,
40 ta n d e m m o rb u m d eteg it et v u ln u s ostendit.
Ille serm o m u tu u s m u ltu m h a b e t m o re,
e t est q u id em series to ta de am o re;
a m o r est in anim is, a m o r est in ore:
ta n d e m Phyllis in c ip it et a rrid e t Flore.
45 «M iles — in q u it— inclite, m e a c u ra , P a r is 3,
u b i m o d o m ilitas e t u b i m oraris?
o v ita m ilitie, v ita singularis,
sola d ig n a gaudiis D io n e i laris!» 4.
D u m p u e lla m ilitem reco lit am icu m ,
50 F lo ra rid en s oculos iacit in o b liq u u m
e t in risu lo q u itu r v e rb u m in im icu m :
« am as — in q u it— , p o te ra s d icere, m e n d icu m .
S ed q u id A lc ib ia d e s5 agit, m e a cura,
res c re a ta d ig n io r o m n i c re a tu ra ,
55 q u e m b eav it o m n ib u s gratiis n a tu ra ?
o sola felicia clerico ru m iura!»
3 Paris.
4 Dione = Venus.
5 Alcibiades.
Carmina Burana 405
25 P a ra a u m e n ta r la b elleza y a m in o ra r el calor,
cab e el a rro y o se alzab a u n p in o de ingente copa,
h erm o so p o r su ra m a je y p o r su copiosa fronda:
n o p o d ía e n tra r en él el calo r del exterior.
Se se n ta ro n las doncellas; prestóles la h ie rb a su
[acom odo.
30 J u n to al riach u elo colocóse Filis; y algo m ás lejos,
[Flora.
U n a y o tra se sien tan y q u e d a n ensim ism adas.
Sus corazones el am o r lacera, y a am bas atorm enta.
A m o r está, en su in terio r, oculto y escondido,
y a rra n c a del co ra zó n suspiros inconfundibles.
35 L a palid ez c u b re sus m ejillas; m u d a n de color los
[rostros
y el p u d o r b u sc a refugio en la verg ü en za.
S o rp re n d e Filis a F lo ra su spirando;
descubre F lora a su am iga o b ran d o de igual m odo.
Así am b as se d esq u itan m u tu a m e n te ,
40 h a sta d escu b rir su m a l y m an ifestar su h erida.
L a rg a se vuelve la conv ersació n que tra b a n ,
y su co n ten id o to d o g ira en to rn o del am or;
el a m o r está en sus m e n te s, el a m o r está e n su
[boca.
Al cab o Filis co m ien za, al p a r q u e sonríe a Flora.
45 «A fam ado cab allero , desvelo m ío» — dice— , «¡oh
[Paris!
¿d ó n d e co m b ates a h o ra , d ó n d e tienes tu m o ra d a ?
¡Ay, v id a de la milicia! V id a eres singular,
sola d ig n a de los gozos de los lares de D ione!»
M ie n tra s re c u e rd a la n iñ a a su am igo el caballero,
50 F lora, rien d o , dirige u n a m ira d a de soslayo,
y, b ro m e a n d o , co n testa en son de réplica:
« E n a m o ra d a estás, d ecir p u d ieras, de u n m endigo.
M as, ¿qué es de m i A lcibiades, m i desvelo,
la c ria tu ra m ás d ig n a de todas las creadas,
55 a q u ie n N a tu ra d o tó de to d a gracia?
¡O h, v e n tu ra s de los clérigos, las únicas cabales!»
406 Siglo X I I
F lo ra m Phyllis a rg u it de serm o n e d u ro
et serm o n e lo q u itu r F lo ra m c o m m o tu ro ;
n a m «ecce v irg u n cu lam » , — in q u it— co rd e p u ro
60 cuius p ectu s nob ile servit E picuro!
Surge, surge, m isera de fu ro re fedo!
solum esse clericum E p ic u ru m credo;
nich il elegantie clerico concedo,
cuius im p le t la te ra m oles et p in g u ed o .
65 A castris C u p id in is c o r h a b e t re m o tu m ,
q u i so m n u m d esid erat e t c ib u m e t p o tu m .
O p u e lla nobilis, o m n ib u s est n o tu m ,
q u o d est longe militis ab h o c v o to votum ».
c) SENTENCIA D E CUPIDO
6 C iterea = Venus.
Carmina Burana 409
c) SENTENCIA DE CUPIDO
E cce to rp e t p ro b itas,
v irtus sepelitur;
fit ia m p a rc a largitas,
p arcitas largitur;
5 v e ru m dicit falsitas,
veritas m en titu r.
Refr. O m n e s iu ra le d u n t
e t ad res illicitas
licite reced u n t.
* Ed. CB, n.129, p.432. Es una de tantas canciones de los clerici vagantes,
en estrofas de dos versos de 13 sílabas: 7 pp + 6 p, rimados dos a dos.
1 De todos es conocido el ejemplo de san M artín de Tours, que divide
su m anto en dos p a ra regalárselo a un mendigo.
** Ed. CB, n.3, p.10. C onsta el poem a de tres de los llamados versos
goliárdicos, de 13 sílabas: 7 pp + 6 p, rim ando entre sí cada hemistiquio aaa
bbb. El refrán consta de tres versos: 1 y 3 (6 p aa); el 2, siete sílabas. La
últim a palabra de los versos 1 y 3 es siempre la misma.
Camina Burana 415
V e d q u e lan g u id ece la h o n ra d e z
y la v irtu d se ve d esterrad a;
a v a ra se vuelve la la rg u e z a
y la avaricia se to rn a g enerosa;
5 cosas veraces la falsedad m anifiesta
y la v e rd a d dice m en tiras.
Estr. T o d o s d esp recian las leyes
y a m en esteres ilícitos
co n licitud se dedican.
416 Siglo X I I
10 R e g n a t av aritia,
re g n a n t et avari;
m e n te quivis an x ia
n ititu r d itari,
c u m sit su m m a g loria
15 censu gloriari.
Refr. O m n e s iu ra le d u n t
et a d p ra v a q u elib et
im pie reced u n t.
M u ltu m h a b e t oneris
20 «do das d ed i d are» ';
v e rb u m h o c p re ceteris
n o ru n t ig n o ra re
divites, quos p o teris
m a ri c o m p a ra re.
25 Refr. O m n e s iu ra le d u n t
et in re ru m n u m eris
n u m e ro s ex ced u n t.
C u n ctis est e q u a lite r
insita cupido;
30 p e rit fides tu rp ite r,
nullus fidus fido,
n ec Iu n o n i I u p i t e r 2
nec E n e e D id o .
Refr. O m n e s iu ra le d u n t
35 e t a d m a la devia
licite rec e d u n t.
Si re c te d iscern ere
velis, n o n est vita,
q u o d sic vivit te m e re
1 Do, das... es uno de los ejemplos empleados por los gramáticos y que
encontram os en otros lugares de los Carmina Burana:
10 L a av aricia rein a,
re in a n ta m b ié n los avaros;
c a d a cu al an sio sam en te
se esfuerza en h acerse rico,
p u es la g lo ria m ás excelsa
15 es gloriarse co n el censo.
Esir. T o d o s d e sp recian las leyes
y a m en esteres ilícitos
c o n licitu d se dedican.
R e su lta p o r d em ás p esad o
20 el do, das, dedi, dare,
p a la b ra esta q u e m ás q u e to d a s o tras
a p re n d e n a ig n o ra r
los q u e son ricos, a quien es b ien p o d rías
co n el m a r c o m p a ra r.
25 Estr. T o d o s d e sp recian las leyes
y a m en esteres ilícitos
co n licitud se dedican.
E n todos de igual m a n e ra
la av aricia tiene asiento;
30 p e re c e to rp e m e n te la lealtad ,
n ad ie fiel se m a n tie n e a q u ie n es fiel,
n i J ú p ite r co n J u n o ,
n i D id o co n E neas.
Estr. T o d o s d e sp recian las leyes
35 y a m en esteres ilícitos
co n licitud se dedican.
Si ju z g a r co n re c titu d
deseas, n o es v id a
el q u e así viva te m e ra ria
418 Siglo X I I
40 gens h ec im p erita;
n o n est e n im vivere,
si quis vivit ita.
Refr. O m n e s iu ra le d u n t
et fid em in o p ere
45 q u o lib et excedunt.
79. O lim la cu s c o lu e ra m *
* Ed. CB, n.130, p.432. Estrofas de tres versos (8 pp) rimados aaa y
refrán de tres versos (2 de 4 p) + 1 (6 p) con única rim a. El poeta ha escogido
el símbolo del cisne p a ra representar el esfuerzo del alm a hacia lo divino.
H a escogido al cisne en el asador, no porque esta ave fuera corriente en los
banquetes medievales, sino por contraste con el valor simbólico que su
blancura le había asegurado y, probablem ente, p o r el recuerdo de la secuen
cia del cisne: Clangam, filii, ploratione m a, u otros análogos. Los lam entos del
ave mística desterrada tienen com o contrapartida los sentimientos desespera
dos del cisne asado, que los invitados van a reducir a un silencio definitivo.
Carmina Burana 419
79. En u n lago n o ha m u ch o
E n u n lago n o h a m u c h o q u e vivía,
h e rm o so n o h a m u c h o m e m o strab a,
m ien tras e ra to d a v ía u n cisne.
Estr. ¡D esdichado, desdichado!
5 ¡A hora n eg ro
y c o m p le ta m e n te asado!
M á s b la n c o q u e la n ieve era;
m ás bello q u e c u a lq u ie ra ave;
p e ro a h o ra soy m ás n e g ro q u e los cuervos.
10 Estr. ¡D esdichado, desdichado!
¡A hora n egro
y c o m p le ta m e n te asado!
El fuego m e q u e m a d u ra m e n te ;
el co cin ero m e d a vueltas y revueltas;
15 en la m esa el sirviente m e p re se n ta ah o ra.
Estr. ¡D esdichado, desdichado!
¡A hora n eg ro
y c o m p le ta m e n te asado!
420 Siglo X I I
80. In ta b ern a q u a n d o s u m u s *
In ta b e rn a q u a n d o sum us,
n o n c u ra m u s q u id sit h u m u s,
sed a d lu d u m p ro p e ra m u s,
cui se m p e r in su d am u s.
5 Q u id a g a tu r in ta b e rn a ,
u b i n u m m u s est p in c e rn a ,
h o c est opus u t q u e ra tu r:
si q u id lo q u a r a u d ia tu r.
Q u id a m lu d u n t, q u id a m b ib u n t,
10 q u id a m in d iscrete vivunt.
S ed in lu d o q u i m o ra n tu r,
ex his q u id a m d e n u d a n tu r,
q u id a m ibi v estiu n tu r,
q u id a m saccis in d u u n tu r.
15 Ib i nullus tim e t m o rte m ,
sed p ro B ach o m ittu n t sortem .
P rim u m p ro n u m m a ta vini:
ex h a c b ib u n t libertini.
E n el a g u a vivir p referiría,
20 b a jo el aire siem p re libre,
an tes q u e su m erg id o en esta salsa.
Estr. ¡D esdichado, desdichado!
¡A hora neg ro
y c o m p le ta m e n te asado!
25 A h o ra yazg o d ep o sitad o en u n p la to
y soy in c a p a z de volar.
E stoy v ien d o unos dientes ch irrian tes.
Estr. ¡D esdichado, desdichado!
¡A hora neg ro
30 y c o m p le ta m e n te asado!
C u a n d o en la ta b e rn a estam os
la m u e rte n o nos p re o c u p a :
n os e n tre g a m o s al ju e g o ,
al q u e siem p re d ed icam o s n u e stro afán.
5 Q u é se h a c e en la ta b e rn a ,
d o n d e el e sc a n c ia d o r es el d in ero ,
es cosa n e c e sa ria de aclarar:
e scu ch a lo q u e a h o ra digo.
U n o s ju e g a n , b e b e n otros,
10 otros viven sin m esu ra.
D e los q u e se d a n al ju eg o ,
h a y q u ien es q u e d a n desnudos,
m ien tras se tra je a n otros
y algunos v isten de saco.
15 N a d ie allí te m e la m u erte:
p o r B aco tira n los dados.
Se b rin d a p rim e ro p o r q u ien p a g a el vino;
b e b e n a c o n tin u a c ió n los libertinos.
422 Siglo X I I
S em el b ib u n t p ro captivis,
20 p o st h e c b ib u n t te r p ro vivis,
q u a te r p ro christianis cunctis,
q u in q u ie s p ro fidelibus defunctis,
sexies p ro soro rib u s vanis,
septies p ro m ilitibus silvanis,
25 octies p ro fra trib u s perversis,
novies p ro m o n a c h is dispersis,
dicies p ro n av ig an tib u s,
u nd ecies p ro d isco rd an tib u s,
d u o d ecies p ro p e n ite n tib u s,
30 tred ecies p ro ite r agentibus.
T a m p ro p a p a q u a m p ro rege
b ib u n t om n es sine lege.
B ibit h e ra , b ib it herus,
b ib it m iles, b ib it clerus,
35 b ib it ille, b ib it illa,
b ib it servus c u m ancilla,
b ib it velox, b ib it piger,
b ib it albus, b ib it niger,
b ib it co n stan s, b ib it vagus,
40 b ib it ru d is, b ib it m agus,
B ibit p a u p e r et egrotus,
b ib it exui et ignotus,
b ib it p u e r, b ib it canus,
b ib it p re su l et d ecan u s,
45 b ib it so ro r, b ib it frater,
b ib it anus, b ib it m a te r,
b ib it ista, b ib it ille,
b ib u n t c e n tu m , b ib u n t mille.
P a ru m sexcente n u m m a te
50 d u ra n t, c u m im m o d e ra te
b ib u n t o m n es sine m e ta
q uam v is b ib a n t m e n te leta.
Sic nos ro d u n t om n es gentes,
et sic erim u s egentes.
55 Q u i nos ro d u n t, c o n fu n d a n tu r
e t c u m iustis n o n s c rib a n tu r!1
P o r los cautivos se b eb e u n a ro n d a ;
20 tra s ello b e b e n tres p o r quien es viven;
cu a tro , p o r tod o s los cristianos;
p o r los fieles difuntos, b e b e n cinco;
seis, p o r las h e rm a n a s livianas;
siete, p o r los e rra n te s caballeros;
25 ocho, p o r los h e rm a n o s p ervertidos;
nueve, p o r los m o n jes d escarriados;
diez, p o r los navegantes;
once, p o r los litigantes;
doce, p o r los p en iten tes;
30 trece, p o r quien es v a n de viaje.
S ea p o r el p a p a , sea p o r el rey,
todos b e b e n sin m esu ra.
B ebe el a m a , b eb e el am o,
bebe el cab allero , b e b e el clérigo,
35 bebe él, b e b e ella,
bebe el siervo y la c riad a,
bebe el activo, b eb e el flojo,
bebe el b lan co , b e b e el n eg ro ,
b eb e el co n stan te, b e b e el vago,
40 bebe el zo te, b eb e el m ago.
B ebe el p o b re y el en ferm o ,
b e b e el d e ste rra d o y el desconocido,
b e b e el m u c h a c h o , b e b e el an cian o ,
b e b e el p re la d o , b e b e el d ecan o ,
45 b eb e la h e rm a n a , b e b e el h e rm a n o ,
b eb e el viejo, b eb e la m a d re ,
b eb e ésta, b e b e aquél,
b e b e n ciento, b e b e n m il.
Seiscientas ro n d a s p o c o d u ra n
50 c u a n d o se b e b e sin m o d e ra c ió n
y tod o s sin descanso b eb en ,
a u n q u e lo h a g a n c o n alegre espíritu.
Así, to d a la g en te nos critica
y serem os siem p re pob res.
55 ¡Q uienes nos critican , con fu n d id o s sean
y su n o m b re n o se escrib a e n tre los justos!
424 Siglo X I I
82. P o s tq u a m n o b ilita s **
P o stq u a m nobilitas cu m servis d eg en erare
cepit, nobilitas servilia ce p it a m are.
* * *
N obilitas, q u a m n o n probitas regit atque tuetur,
lap sa iacet nulliq u e p lacet, q u ia n u lla videtur.
* * *
* Ed. GB, n.18, p.46. Se recogen aquí unos dísticos elegiacos y unos
hexám etros. En el 1 y 3, adem ás de versos que rim an entre sí, tenemos rimas
leoninas, lo mismo que en los 4 y 5. E n las cinco breves composiciones
encontram os el tem a de la caducidad de la vida, que se resume en un
hexám etro leonino de los mismos Camina Burana: Regnabo; regno; regnavi'; sum
sine regno, m ediante el juego de la m ism a palabra en diferentes tiempos
gramaticales y reales.
** Ed. de CB, n.7, p.20. Son versos hexám etros más acentuales que
cuantitativos con rim a final de dos en dos. T rata de poner de relieve la
verdadera nobleza, que sabe evitar todo lo torpe, no sólo en sentido religioso,
sino en la acepción natural del término.
Carmina Burana 425
81. ¡O h b re ve F ortuna!
¡O h F ortuna! A q u ie n quieres, le regalas lo que
[quieres;
m as a aquel a q u ien n o quieres, en u n a h o ra se lo
[quitas.
* * *
C o n pasos am b ig u o s la voluble F o rtu n a erra n te
[m arch a
y en lugar alguno p erm an ece estable y constante;
5 o ra se m u e stra risu eñ a, o ra a d o p ta ro stro airado:
co n stan te se m a n tie n e ú n ic a m e n te en su in cons
ta n c ia .
* * *
L a F o rtu n a d a los bienes, p e ro el d o n n o es p e r
d u ra b le ;
to d o lo ec h a a ro d a r, y a u n re y en colono lo c o n
c e rte .
* * *
A q u ie n ella desea, la suerte lo vuelve rico; y a
[quien n o , lo tritu ra co n sus pies.
* * *
10 Q u ie n asp ira a cosas d e m asiad o altas, re sb alan d o ,
[se h u n d e en el abism o.
82. D e sp u é s q u e la n o b leza
D espu és q u e la n o b leza co m en zó a a p re c iar h e
c h o s serviles,
la nobleza, co n los siervos, co m en zó a d eg en erar.
* sK *
83. E s en la tie rr a s u p r e m o re y
84. C ur s u s p e c tu m *
C u r su sp ectu m m e te n e t d o m in a?
c u r ta m to rv a su n t in m e lu m in a?
testo r celu m celique n u m in a ,
qu e v e re tu r n o n n o v i crim in a.
5 tort a vers mei ma dama.
C e lu m p riu s c a n d e b it m essibus,
fe re t a e r ulm os c u m vitibus,
d a b it m a re feras v en an tib u s,
q u a m S od o m e 1 m e iu n g a m civibus!
10 tort a vers mei ma dama.
l i c e t m u lta ty ra n n u s sp o n d eat,
et m e gravis p a u p e rta s u rg eat,
N o n su m ta m e n , cui plus p la c e a t
id q u o d prosit, q u a m q u o d conveniat.
15 tort a vers mei ma dama.
N a tu ra li c o n te n tu s V e n e re
n o n didici p a ti sed agere;
m a lo m u n d u s et p a u p e r vivere
q u a m p o llu tu s dives existere.
20 tort a vers m d ma dama.
P u ra se m p e r ab h a c in fam ia
n o stra fu it m in o r B r ita n n ia 2.
H a p e re a m , q u a m p e r m e p a tria
sordis h u iu s su m a t inicia!
25 tort a vers mei ma dama.
F lo re t tellus floribus,
variis coloribus,
flo ret e t c u m g ram in e.
F a v e a n t a m o rib u s
5 iuvenes c u m m o rib u s
v ario solam ine.
V e n u s assit o m n ib u s
a d e am clam an tib u s,
assit c u m C upidine!
10 A ssit ia m iuvenibus
iu v a m e n p o scen tib u s,
u t p ro sin t his d o m in e.
V e n u s q u e est e t era t,
te la sua p ro fe ra t
15 in a m a n te s puellas!
Q u e a m a n te s m u n e ra t,
iuvenes n o n c o n te ra t
n ec p u lc h ra s dom icellas!
E l a m o r n a tu ra l m e satisface,
y n o sé ser pasivo, sino activo.
P refiero vivir p o b re e im p o lu to
antes q u e ser u n rico in m u n d o .
20 Injusta conmigo es m i dama.
S iem p re al m a rg e n d e esa in fam ia
h a estad o n u e stra B retañ a.
¡Ay, antes m o rir q u e el q u e p o r cu lp a m ía
m i p a tria e m p e z a ra a co n o cer ta l sordidez!
25 Injusta conmigo es m i dama.
86. A u n qu e de án g eles y h o m b re s
8 Cf. C a n t 4,9.
Carmina Burana 437
87. O c o m e s a m o r is , d o lo r *
O com es am o ris, do lo r,
cuius m a la m ale solor,
a n h a b e s rem ed iu m ?
d o lo r u rg e t m e, n ec m iru m ,
to m a n d o lo q u e an h elas, si es q u e en co n trarlo p u e-
[des.»
¿P a ra q u é m ás? A l cuello de la m u c h a c h a eché m is
[brazos;
m il besos yo le di, y recibí otros tantos,
115 al p a r q u e sin descanso diciéndole afirm aba:
«Esto es, e n v e rd a d , lo q u e a n h e la b a tanto».
¿ Q m é n ig n o ra to d o aquello q u e siguió a c o n tin u a
tio n ?
E l do lo r y los suspiros son rech azad o s m u y lejos,
en ta n to q u e nos in v ad en los gozos del p araíso,
120 al tiem p o q u e nos a b o rd a to d o tipo de delicias.
Allí el ab ra z o su p o n e u n p la c e r centuplicado.
Allí se m ultiplica m i deseo al p a r q u e el de m i
[dueña.
Allí el p re m io lo g ré de la victo ria, p ro p io de los
[am antes.
Allí fue m i re n o m b re enaltecido.
125 Q u ien q u iera que se halle en am orado, acuérdese de
[mí,
y n o desespere d e in m ed iato , si su a m o r n o se ve
[corresp o ndido,
' p o rq u e lleg ará alg ú n d ía a m o strársele la gloria
qu e tra s las p e n a s se alcanza.
130 Pues, si bien de la a m arg u ra am arguras se generan,
n o sin trab ajo se logran los triunfos m ás resonantes.
S o p o rta n a m e n u d o el ag u ijó n aquellos que la
[dulce m iel desean;
quienes sufren m ay o res am a rg u ra s esperen ta m -
[bién u n m e jo r p rem io .
5 q u e m a p re d ile c ta d iru m ,
en , v o cat exilium ,
cuius laus est singularis,
p ro q u a n o n cu rasset P aris 1
H e le n e co n so rtiu m .
10 S ed q u id q u e ro r m e re m o tu m
illi esse, q u e d ev o tu m
m e fastidit h o m in e m ,
cuius n o m e n ta m v e re n d u m ,
q u o d n ec m ich i p re s u m e n d u m
15 est, u t e a m n o m in em ? 2
O b q u a m c a u sa m m e i m a li
m e fre q u e n te r v u ltu tali
respicit, q u o n e m in e m .
E rg o solus solam a m o 3,
20 cuius cap tu s su m ab h a m o ,
n e c v icem recip ro cat.
Q u a m e n u trit vallis q u e d a m ,
q u a m u t p a ra d is u m c re d a m ,
in q u a pius collocat
25 h a n c c re a to r c re a tu ra m
v u ltu c la ra m m e n te p u ra m ,
q u a m c o r m e u m invocat.
G a u d e , vallis insignita,
vallis rosis re d im ita ,
30 vallis flos con v alliu m 4.
In te r valles vallis u n a ,
q u a m c o lla u d a t sol e t lu n a ,
dulcis can tu s avium .
T e c o lla u d a t p h ilo m e n a ,
35 vallis dulcis et a m e n a ,
m estis d an s solacium .
88. Sic m e a f a ta ca n en d o s o lo r *
Sic m e a fa ta c a n e n d o solor,
u t n ece p ro x im a facit olor.
B lan d u s h e re t m eo c o rd e dolor,
roseus effugit o re color.
5 C u ra crescente,
lab o re vigente,
vigore lab en te,
m iser m o rio r;
ta n m ale p e c to ra m u lta t a m o r,
10 a m o rio r,
a m o rio r,
a m orior!
d u m q u o d a m e m co g o r e t n o n am or!
F elicitate Io v e m su p ero ,
15 si m e d ig n e tu r, q u a m desidero;
si su a la b ra sem el novero;
u n a c u m illa si d o rm iero ,
m o rte m subire,
p la c e n te r obire,
20 v itam q u e finire
statim p o te ro ,
ta n ta si g a u d ia n o n ru p e ro ;
a p o tero ,
a p o tero ,
25 a p o tero ,
p rim a si g a u d ia concepero!
U b e ra c u m a n im a d v e rte re m ,
o p tav i m a n u s u t involverem ,
sim plicibus m a m m is u t allu d erem .
30 Sic c o g ita n d o sensi V e n e re m ,
sedit in o re
88. A s í e s co m o tra to d e c o n so la r
ro sa c u m p u d o re ,
p u lsatu s a m o re ,
q u o d os la m b e re m ,
35 ............................... .................
h e i la m b e re m ,
h e i la m b e re m ,
h e i la m b e re m ,
lu x u ria n d o p e r ch aracterem !
89. D u m D ia n e v itr e a *
D u m D ia n e 1 v itre a
sero la m p a s o ritu r,
e t a f r a tr is 2 ro sea
luce d u m su ccen d itu r,
5 dulcis a u ra Z ep h y ri
spirans o m n es e th e ri
n u b es tollit;
sic em ollit
vis c h o rd a ru m p e c to ra ,
10 e t im m u ta t
cor, q u o d n u ta t
a d am o ris p ig n o ra .
L e tu m iu b a r H e sp e ri
g ra tio re m
15 d a t h u m o re m
roris soporiferi
m o rta liu m generi.
O q u a m felix est a n tid o tu m soporis,
q u o d c u ra ru m tem p estates se d a t et doloris!
20 D u m su rre p it clausis o c u lo ru m poris,
ip su m gau d io e q u ip e ra t d u lced in i am oris.
co n recato , u n a rosa.
P o r el a m o r im p u lsad o
ansias sentí d e b esarla
35 ¡ay, besarla!
¡ay, besarla!
¡ay, besarla!
a rre b a ta d o p o r su h erm o su ra.
89. A l p a r q u e la c r is ta lin a lá m p a ra
Al p a r q u e la cristalin a lá m p a ra de D ia n a
h a ce su a p a ric ió n al c a e r la ta rd e
y se en cien d e co n la ro sa d a
luz de su h e rm a n o ,
la dulce a u ra del C éfiro
con su soplo b a rre todas
las n u b es del cielo.
D e l m ism o m o d o el p e c h o se en tern ece
a instancias de la m úsica
y tru e c a el co razó n ,
q u e se doblega
a las p re n d a s del am o r.
E l alegre fulgor d e la estrella v esp ertin a
p ro p o rc io n a
g ra to rocío
a d o rm e c e d o r
al g én ero h u m a n o .
¡Ay, q u é co n fo rtab le m e d ic in a resu lta el sueño,
q u e de la trib u lació n y d el d o lo r a m a in a las tem p e s
ta d e s!
C u a n d o b a jo los ce rra d o s p á rp a d o s de los ojos se des-
[liza
su p la c e r se e q u ip a ra a las d u lzu ras del am o r.
448 Siglo X I I
M o rp h e u s 3 in m e n te m
tra h it im p ellen tem
v e n tu m len en , segetes m a tu ra s,
25 m u rm u ra riv o ru m p e r h a re n a s p u ras,
circu lares am b itu s m o le n d in o ru m ,
q u i fu ra n tu r so m n o lu m e n o cu lo ru m .
P ost b la n d a V en eris c o m m e rc ia
lassatu r ce re b ri substantia.
30 H in c calig an t m ira novitate
oculi n a n te s in p a lp e b ra ru m rate!
H ei, q u a m felix tran situ s am o ris a d so p orem ,
sed suavior regressus ad am o rem .
E x alvo le ta fu m u s ev ap o rat,
35 qui capitis tres cellulas irro ra t.
H ic in fu m a t oculos
a d so p o rem p en d u lo s,
et p a lp e b ra s sua fu m ositate
replet, ne visus ex sp acietu r late.
40 U n d e lig an t oculos v irtu tes a n im a le s +,
q u e su n t m agis vise m in iste ria le s5.
F ro n d e sub a rb o ris a m e n a ,
d u m q u eren s c a n it p h ilo m e n a ,
suave est quiescere,
45 suavius lu d ere
in g ra m in e
c u m virgine
speciosa.
Si v a ria ru m
50 o d o r h e rb a ru m
spiraverit,
si d e d e rit
M o rfeo insufla a la m e n te
u n viento suave
que h a c e m o v e r las m ieses y a m a d u ra s,
25 m urm u llo s de arrolluelos p o r e n tre lím pidas arenas,
y giros circu lares de aspas de los m olinos,
q u e de la luz d e los ojos en el su eñ o se a p o d e ran .
G uan d o del am o r concluyen los gozosos intercam bios
el m eollo del c e re b ro q u e d a exhausto:
30 se ven, p o r novedosa m aravilla, invadidos p o r la niebla
los ojos, q u e n a v e g a n e n la b alsa de los p á rp ad o s.
¡Ay, q u é feliz tra n sp o rte el d el a m o r h a sta el sueño!
P ero , ¡cuánto m ás suave es el re to rn o al am or!
D e la g ozosa e n tra ñ a e m a n a u n v a p o r
35 q u e cu b re d e rocío las tres celdillas de la cabeza.
E m p a ñ a los ojos,
q u e se ad o rm ecen ,
y c o n su h u m a re d a co lm a los p á rp a d o s,
a fin de q u e la vista n o se e x p a n d a en dem asía.
40 Los espíritus an im ales los ojos así e n c a d e n a n ,
p o n ie n d o c la ra m e n te en ev id en cia q u e son siervos.
M ie n tra s sus q u ejas e n to n a el ru iseñ o r,
¡de u n á rb o l b a jo la so m b ra a m e n a
q u é g rato y a c e r resulta!
45 P e ro m ás ag ra d a b le es re to z a r
c o n u n a h e rm o sa
m uchacha
p o r el pasto.
Si de v ariad as h ierb as
50 el olor
se e x p an d e,
y si las rosas
450 Siglo X I I
th o ru m rosa,
d u lciter soporis alim o n ia
55 p o st V en eris defessa co m m ercia
ca p ta tu r,
d u m lassis instillatur.
O in q u an tis
an im u s am an tis
60 v a ria tu r vacillantis!
U t v ag a ratis p e r e q u o ra
d u m c a re t a n c h o ra ,
flu ctu at in te r sp em m e tu m q u e du b ia,
sic V en eris m ilic ia 6.
90. E s ta s in e x iliu m *
E stas in exilium
ia m p e re g rin a tu r,
leto n e m u s av iu m
c a n tu v id u a tu r,
5 p allet v iro r fro n d iu m ,
ca m p u s d eflo ratu r.
E x a ru it
q u o d floruit,
q u ia felicem sta tu m n em o ris
10 vis frigoris
sinistra d e n u d a v it
et e th e ra silentio
tu rb av it,
exilio
15 d u m aves relegavit.
S ed a m o re m ,
q u i calo rem
n u trit, n u lla vis
sirven de lecho
du lcem en te, tras el can sad o ju e g o
55 del a m o r, el re p a ra d o r sueño
se logra,
q u e se filtra en los cansados m iem bros.
¡Ay, de cu án tas m a n e ra s
el espíritu
60 del a m a n te indeciso se m uda!
C o m o flota la b a rq u illa a la d eriv a p o r el m a r
c u a n d o carece de ancla,
así e n tre la e sp e ra n z a y el a m o r flu ctú a la inestable
m ilicia de V enus.
Y a el v e ra n o al exilio
e m p re n d e su m a rc h a .
D e l c a n to alegre de las aves
el b o sq u e h u é rfa n o q u ed a.
5 E l v e rd o r de las hojas palidece.
M a rc h ito se to rn a el cam p o .
Y a se seca
lo q u e e sta b a florecido,
pu es del frío
10 el rig o r siniestro
h a d esp o jad o al b o sq u e
de su feliz estado,
y h a tra sto c a d o al cielo
co n su silencio,
15 al m a n d a r a las aves al destierro.
P e ro al am o r,
q u e p ro p o rc io n a
calor, rig o r alg u n o
452 Siglo X I I
frigoris
20 v alet a tte n u a re ,
sed e a re fo rm a re
stu d et, q u e c o rru p e ra t b ru m e to rp o r.
A m a re
cru cio r,
25 m o rio r
v u ln ere, q u o glorior.
E ia, si m e sa n a re
u n o vellet osculo,
q u e co r felici iaculo
30 g a u d e t v ulnerare!
L asciva, b la n d i risus,
o m n es in se tra h it visus;
la b ia
v e n e ria
35 tu m e n tia
— sed castigate— d a n t e rro re m
len io ren ,
d u m d u lco rem
instillant, fav u m m ellis, o scu lan d o ,
40 u t m e m o rta le m n e g e m a liq u a n d o .
L e ta frons ta m n iv era,
lu x o c u lo ru m a u re a ,
cesaries su b ru b e a ,
m a n u s v in cen tes lilia
45 m e tr a h u n t in suspiria:
rid eo
c u m video
c u n c ta ta m eleg an tia,
ta n regia,
50 ta m suavia,
ta m dulcia.
Carmina Burana 453
del frío
20 es cap a z de a te n u a rlo ,
pu es en re p a r a r se a fan a
cu a n to el to rp o r del in v iern o h a estropeado.
A m a rg a m e n te
sufro to rm e n to ,
25 y m u e ro
p o r la h e rid a m ism a de q u e m e ufano.
¡Ay, si q u isiera
sa n a rm e co n sólo u n beso
a q u ella q u e g o za h irie n d o
30 m i c o ra z ó n co n dulce dardo!
S ensual, de c a u tiv a d o ra sonrisa,
h a c ia ella a rra s tra las m ira d a s todas.
Los labios,
am orosos,
35 gordezuelos,
p e ro de co rte p erfecto , p ro d u c e n u n desvarío
m u y suave,
m ie n tra s d estilan
d u lz u ra — p an al de m iel— c u a n d o m e besan,
40 h a sta h a c e r m ás de u n a vez q u e yo m e olvidé
[de ser m ortal.
Su alegre fren te, ta n nivea;
de sus ojos, la d o ra d a luz;
su ta h e ñ a cabellera;
sus m an o s, q u e su p e ra n a los lirios,
45 p ro v o c a n m is suspiros.
S o n río
c u a n d o veo
ta n ta eleg an cia ju n ta ;
m a je sta d ta n ta ;
50 ta n ta suavidad;
ta n ta d u lzu ra.
454 Siglo X I I
91. L e ta b u n d u s r e d iit *
L e ta b u n d u s red iit
av iu m co n cen tu s,
v e r io c u n d u m p ro d iit...
G a u d e a t iuventus
5 n o v a ferens gaudia!
M o d o v e rn a n t o m n ia,
P h e b u s seren atu r,
re d o le n s te m p e rie m
n o v o flore faciem
10 F lo ra 1 re n o v a tu r.
R isu Iovis p ellitu r
to rp o r hiem alis,
altius ex to llitu r
cursus estivalis
15 solis, beneficio
[cuius o m n is regio]
recip it tep o rem .
Sic a d in sta r tem p o ris
n o stri V e n u s p ecto ris
20 reficit ard o re m .
E stu m v ita n t D ry a d e s 2
colle sub u m b ro so ,
p ro d eu n t O re a d e s 3
cetu glorioso,
25 S a ty ro ru m con tio
p sallit c u m trip u d io
T e m p e 4 p e r am en a;
his alludens co n cin it,
c u m io c u n d i m e m in it
30 veris, F ilom ena.
91. L len o s d e g o z o r e to m a n
L lenos de gozo re to rn a n
de las aves los trin o s acord ad o s.
L a alegre p rim a v e ra está de vuelta...
¡Exulte la ju v e n tu d
tra y e n d o deleites nuevos!
5 T o d o resp lan d ece a h o ra .
F eb o se m u e s tra sereno,
y, p e rfu m a n d o los aires,
F lo ra re m o z a su ro stro
10 co n flores nuevas.
E l to rp o r del in v iern o es p u e sto en fu g a
p o r la sonrisa de Jo v e ;
m ás a lta m e n te se eleva
la ó rb ita estival
15 del sol, m e rc e d al cu al
[las tierras todas]
re c ib e n su tibieza.
A se m e ja n z a d el tiem p o ,
V e n u s ta m b ié n d esp ab ila
20 el a rd o r de n u e stro pecho.
D e la co lin a e n la fa ld a u m b ro sa
las h o ras estivales las D ríad es p asan;
en o stentoso cortejo
se p re s e n ta n las O réad es;
25 de los S átiros, la co rte
c a n ta y d a n z a al m ism o tie m p o
p o r los am en o s p a ra je s del T e m p e .
C o n ellos, b ro m e a n d o , sus can to s e n to rn a
el ru iseñ o r, a te n to sólo
30 a la alegre p rim a v e ra .
456 Siglo X I I
E stas ab exilio
re d it ex o p tata,
p icto rid e t grem io
tellus p u rp u ra ta .
35 M iti c u m susurrio
suo dom icilio
gryllus d electatu r.
H o c c a n o re , iubilo,
m u ltifo rm i sibilo
40 n e m u s gloriatur.
A p p la u d a m u s ig itu r
re ru m novitati!
Felix, q u i diligitur
v o ti com pos grati,
45 d o n o letus V en eris,
cuius a ra teneris
floribus o d o rat,
m iser e c o n tra rio ,
q u i su b lato b rav io
50 sine spe laborat!
Camina Burana 457
D e su d estierro re to rn a
el a n h e la d o v eran o .
R ev estid a de p ú rp u ra , la tie rra
de v a rio p in to seno, ríe.
35 C o n su su su rro b la n d o
se deleita
el grillo e n su m o ra d a .
Se enorg u llece el b o sq u e
co n esta m elo d ía, co n sem ejan te jú b ilo
40 y silbo m ultiform e.
O frezcam o s, p o r ta n to , n u e stro aplauso
a la n a tu ra le z a ren o v ad a.
Feliz aq u el q u e es a m a d o
y sus dulces deseos h a visto satisfechos,
45 y q u e se a le g ra co n el d o n d e V enus,
cuyo a lta r e x p a n d e el a ro m a
de tiern as flores.
E n cam b io , m ísero sea
el q u e, p riv a d o del p re m io ,
50 sin e sp e ra n z a se afana.
458 Siglo X I I
92. O m itta m u s s tu d ia *
O m itta m u s studia,
dulce est d esipere,
e t c a rp a m u s d u lcia
iu v en tu tis tenere!
5 R e s est a p ta sen ectu ti
seriis in te n d e re ,
[res est a p ta iu v e n tu ti
le ta m e n te lu d ere].
V elox etas p re te rit
10 studio d eten ta,
lascivire suggerit
te n e ra iuven ta.
V e r etatis la b itu r,
hiem s n o stra p ro p e ra t,
15 v ita d a m n u m p a titu r,
c u ra c a rn e m m a c e ra t.
Sanguis are t, h e b e t pectu s,
m in u u n tu r g au d ia,
n os d e te rre t ia m senectus
20 m o rb o ru m fam ilia.
V elo x etas p re te rit
studio d eten ta,
lascivire suggerit
te n e ra iuventa.
25 Im ite m u r superos!
D ig n a est sen ten tia,
et am oris ten ero s
ia m v e n a n tu r retia.
V o to n o stro serviam us!
30 M o s est iste n u m in u m .
A d p lateas d e scen d am u s
et ch o reas virginum !
92. D e je m o s a un la d o lo s e s tu d io s
93. Veris d u lc is in te m p o re *
V eris dulcis in te m p o re
flo ren ti stat sub a rb o re
Iu lia n a 1 c u m sorore.
D ulcis am or!
5 Refr. Q u i te c a re t h o c tem p o re,
fit vilior.
E cce florescunt arb o res,
lascive c a n u n t volucres,
in d e tep escu n t virgines.
10 D ulcis am or!
En la e s ta c ió n d e la du lce p r im a v e r a
R efr. Q u i te c a re t h o c te m p o re ,
fit vilior.
E cce flo rescu n t lilia,
et virgines d a n t g e m in a
15 su m m o d e o ru m c a rm in a .
D ulcis am or!
R efr. Q u i te c a re t h o c te m p o re ,
fit vilior.
Si te n e re m , q u a m cupio,
20 in n e m o re sub folio,
o sc u la re r c u m g audio.
D ulcis am or!
Refr. Q u i te c a re t h o c te m p o re ,
fit vilior.
A l d e sp u n ta r la estrella m a tu tin a
salió la m u c h a c h u e la p re sta m e n te ,
co n faz p rim av eral,
a c o n d u cir, sum isa, su re b a ñ o
5 co n p asto ril cayado.
Sus rayos esp arcien d o ,
el sol d eja sen tir calo r extrem o.
L a h e rm o sa jo v e n
evita el sol nocivo
10 b ajo u n frondoso árbol.
Al p a r q u e m e ap ro x im o p aso a paso,
de m i len g u a d esato la a ta d u ra :
«¡D igna de u n rey, yo te saludo!
E scucha, p o r favor, a tu esclavillo.
15 ¡Sém e propicia!»
«¿P or q u é a u n a jo v e n saludas
q u e v a ró n ja m á s h a conocido
desde q u e fue nacida?
464 Siglo X I I
S ciat D eus! N e m in e m
20 in v en i p e r h ec p rata» .
F o rte lup u s a d e ra t,
q u e m fam es e x p u le ra t
g uttu ris avari.
O v e ra p ta p ro p e ra t,
25 cupien s satu rari.
D u m p u e lla c e rn e ret,
q u o d sic o v em p e rd e re t,
p le n o c la m a t ore:
«Siquis o v em re d d e re t,
30 m e g a u d e a t uxore!»
M o x u t v o c e m au d io ,
d e n u d a to gladio
lup u s im m o la tu r,
ovis ab exitio
35 re d e m p ta re p o rta tu r.
95. Vere d u lc i m e d ia n te *
V e re dulci m e d ia n te ,
n o n in M a io , p a u lo a n te ,
luce solis ra d ia n te ,
virgo v u ltu eleg an te
5 fro n d e sta b a t sub v e m a n te
can en s c u m cicuta.
Illuc v en i fato d an te.
N y m p h a n o n est fo rm e ta n te ,
equip o llen s eius plante!
10 Q u e m e viso festin an te
grege fugit c u m b a la n te ,
m e tu dissoluta.
C la m a n s te n d it a d ovile.
H a n c se q u e n d o p reco r: «Sile!
¡Sépalo Dios! A n ad ie
20 p o r estos pastizales h e e n c o n trad o .»
Q u iso el a z a r q u e u n lo b o allá llegase
p o r el h a m b re estim u lad o
de sus fauces insaciables,
y, c a p tu ra n d o u n a oveja, se afanase
25 en calm ar, a n h e la n te , su apetito.
G u a n d o la m u c h a c h a o b serv a
q u e p e rd ía de ta l m o d o aq u e lla oveja,
a g ran d es voces grita:
«¡Si alguien m i oveja m e to rn ase,
30 goce de m í cu al si su esposa fuera!»
A p en as su grito escucho,
d e se n v a in a d a la esp ad a,
el lo b o resu lta m u e rto .
L a oveja, de su ra p to lib erad a,
35 to rn a a su d u eñ a.
95. A m e d ia d o s d e la d u lce p r im a v e r a
A m e d ia d o s de la dulce p rim a v e ra ,
— en m a y o no, u n p o c o an tes— ,
c u a n d o la luz del sol b rilla ra d ia n te ,
u n a d o n cella de ro stro delicad o
5 b ajo u n a flo rid a fro n d a se e n c o n tra b a
to c a n d o u n caram illo.
H a s ta allá m e c o n d u jo m i destino.
¡No h a y n in fa de ta n g ra n b e ld a d
q u e la iguale en su figura!
10 V e rm e ap en as, e m p re n d ió veloz h u id a
co n su b a la d o r re b a ñ o
p e rtu rb a d a p o r el m iedo.
G rita n d o , se dirige c o rrie n d o a la m ajad a.
Y o, tras ella, le suplico: «¡Galla!
466 Siglo X I I
S tetit p u e lla
ru fa tun ica;
si quis e a m tetigit,
tu n ic a crep u it,
5 eia.
S tetit p u e lla
ta m q u a m ro su la
facie splenduit,
e t os eius floruit,
10 eia.
* Ed. de CB, n.177, p.530. La edición de Carl Fischer contiene una estrofa
más. Estrofas de cuatro versos: 2 (5 pp) + 1 (7 pp) + 1 (6 pp). Rima: aabb.
Carmina Burana 467
15 N o tem as d a ñ o nin g u n o » .
M is súplicas desd eñ a; y u n collar
q u e le m o stra b a , desd eñ ó lo tam b ién .
Y así m e dijo:
«N o q u ie ro v u estro regalo,
20 p o rq u e sois u n em bustero».
Y al p a r se d efen d ía c o n su ru eca.
T ra b á n d o la , tu m b é la sob re el suelo.
¡N ada h a y b a jo el cielo m ás h erm o so
qu e lo q u e o cu lta b a la a n d ra jo sa in d u m en taria!
25 H a rto d u ro resultóle a ella;
en cam b io , p a r a m í fue cosa g ra ta y dulce.
«¡M alvado! ¿ Q u é has h ech o ? — dice— .
¡Ay, ay de ti! ¡M árch ate, ea!
Y ¡cuidado c o n decirle n a d a a n ad ie
30 p a ra q u e en m i casa m e halle a salvo!
Si se e n te ra ra m i p a d re ,
o M a rtín , el m a y o r d e m is h erm a n o s,
sería p a r a m í u n d ía aciago.
O si lo sabe m i m a d re ,
35 que es c u a tro veces p e o r q u e u n a serpiente,
m e tu n d iría a palos.»
C o n tú n ic a ro jiza
e sta b a la m u c h a c h a .
C u a n d o alg u ien la to cab a,
la tú n ic a reso n ab a.
5 ¡Ay!
Ig u a l q u e u n a rosita
e sta b a la m u c h a c h a .
S u c a ra resp lan d ecía,
su b o c a se h a lla b a en flor.
10 ¡Ay!
468 Siglo X I I
E xiit diluculo
ru stic a p u ella
c u m grege, c u m b acu lo ,
c u m la n a novella.
5 S u n t in grege p a rv u lo
ovis et asella,
v itu la c u m vitulo,
c a p e r e t capella.
C o n sp e x it in cespite
10 sch o larem sedere:
Q u id tu facis, d o m in e?
V e n i m e c u m lu d ere.
Salió de m a ñ a n ita
la rú stica m u c h a c h a ,
co n su re b a ñ o , c o n su cay ad a,
co n su vellón de la n a nuevecito.
5 E n su h u m ild e h ato ,
u n a oveja y u n a b o rriq u illa,
u n a te rn e ra co n su tern erillo ,
u n chivo y u n a cabrilla.
V io q u e en el p ra d o se halla
10 u n e stu d ian te sentado:
« ¿Q u é estás h a c ie n d o , señor?
V e n a re to z a r conm igo».
98. D u lce su e lo de la p a tr ia
Q u o t su n t apes in H y b le 1 vallibus,
q u o t v estitu r D o d o n a 2 fro n d ib u s
15 e t q u o t n a ta n t pisces equorib u s,
to t a b u n d a t a m o r d o lo rib u s 3.
99. R u m o r le ta lis *
R u m o r letalis
m e c re b ro v u ln e ra t
m eisq u e m alis
dolo res aggerat;
5 m e m a le m u lta t
vox tu i crim inis,
q u e ia m re su lta t
in m u n d i term inis.
In v id a fa m a 1
10 tib i n o v e rc a tu r;
cau tiu s a m a
n e c o m p e ria tu r.
Q u o d agis, age ten eb ris;
p ro c u l a fam e palp eb ris.
15 L e ta tu r a m o r lateb ris
et d ulcibus illecebris
et m u rm u re iocoso.
N u lla n o ta v it
te turpis fa b u la
20 d u m nos ligavit
am o ris cop u la;
99. Un m o rta l r u m o r
U n m o rta l ru m o r
m e h ie re a m e n u d o ,
y a m is m ales
dolores agrega.
5 D u ra m e n te m e d a ñ a tu delito
q u e c o rre de b o c a e n b o c a
y q u e es y a co n o cid o
en los confines d el m u n d o .
L a fa m a envidiosa
10 te tr a ta co n asp ereza:
sé d iscreta e n el a m o r,
p a r a q u e n o se d escu b ra.
C u a n to haces, h azlo a obscuras,
lejos de las p u p ilas de la fam a.
15 L e g u stan al a m o r los lu g ares solitarios,
las dulces seducciones
y el aleg re cu ch ich eo .
N in g u n a p a tr a ñ a
c o n o c ie ro n los chism osos
20 m ie n tra s n os tu v o u nidos
el lazo d el am o r.
472 Siglo X I I
sed frigescente
n o stro cu p id in e
sordes re p e n te
25 fu n e b ri crim ine.
F a m a letata
novis hym eneis,
irre v o c a ta
ru it in plateis.
30 P a te t lu p a n a r o m n iu m
p u d o ris, en, p a la tiu m ,
n a m virginale lilium
m a rc e t a ta c tu vilium
c o m m ercio p ro b ro so .
35 N u n c p la n g o florem
etatis ten ere,
n itid io rem
V en eris sidere...
tu n c c o lu m b in a m
40 m en tis d u lced in em ,
n u n c se rp e n tin a m
a m a ritu d in e m .
V e rb o ro g an tes
rem o v es hostili;
45 m u n e ra d an tes
foves in cubili.
Illos a b ire p recipis
a q u ib u s n ih il accipis;
cecos clau d o sq u e recipis;
50 viros illustres decipis
c u m m eile v enenoso.
Carmina Burana 473
P ero a p e n a s se enfrió
aq u ella p asió n n u estra,
al p u n to te m a n c h ó
25 u n delito h o rre n d o .
E l ru m o r, solazado
p o r los nuevos h im eneos,
im p a ra b le
ru e d a p o r las plazuelas.
30 Se m u e stra y a co m o p ú b lico pro stíb u lo
¡ay! el p alacio del p u d o r,
p u es el lirio virginal
es aja d o p o r m an o s despreciables
e n d esh o n ro so com ercio.
35 L lo ro a h o ra p o r la flor
d e la tie rn a ju v e n tu d ,
m ás fulgente
q u e la estrella de V en u s...
y aq u ella d u lz u ra de p a lo m a
40 q u e en to n ces tu espíritu ten ía,
se h a tro c a d o a h o ra
en a c íb a r de serpiente.
C ó n a g ria p a la b ra
rech azas a los suplicantes,
45 m as e n tu a lc o b a co n h alag o acoges
a los q u e te h a c e n regalos.
M a n d a s alejarse a aquellos
de quien es n a d a recibes,
p e ro ad m ites a ciegos y a cojos.
50 E n g añ as a h o m b re s ilustres
co n tu m iel venenosa.
474 Sigh X I I
100. H ue u sq u e } m e m ise r a m !*
H u c u sq u e, m e m iseram !
re m b e n e celev eram ,
et am a v i callide.
R es m e a ta n d e m p a tu it,
5 n a m v e n te r in tu m u it,
p a rtu s in sta t gravide.
H in c m a te r m e v e rb e ra t,
h in c p a te r im p ro p e ra t,
a m b o tr a c ta n t aspere.
10 Solo d o m i sedeo,
eg red i n o n a u d e o ,
nec in p a la m lu d ere.
C u m foris eg red io r,
a cunctis inspicior,
15 q u asi m o n s tru m fu erim .
C u m v id e n t h u n c u te ru m ,
a lte r p u lsa t a lte ru m ,
silent d a m tra n sie rim .
S e m p e r p u lsa n t cu b ito ,
20 m e d e sig n a n t digito,
ac si m iru m fecerim .
N u tib u s m e in d ic a n t,
d ig n a m ro g o iu d ic a n t,
q u o d sem el p eccav erim .
25 Q u id p e rc u rra m singula?
ego su m in fab u la,
et in o re o m n iu m .
E x eo v im p a tio r,
ia m d o lo re m o rio r,
30 se m p e r su m in lacrim is.
* Ed. CB, n.126, p.424. Estrofas rítmicas de tres versos: 7 pp, rimados
aab. El poeta nos describe a una m ujer que no puede ocultar p o r más tiempo
su aventura — res mea tándem patuit— y sus consecuencias, con frases sencillas,
sin reminiscencias clásicas.
Carmina Burana 475
H a s ta hoy, triste de m í,
lo h a b ía m a n te n id o b ie n oculto
y p ra c tiq u é el a m o r d iscretam en te.
P ero al fin m i situ ació n se hizo p a te n te :
5 m i v ien tre está a b u lta d o
y la h o ra d el p a rto se ap ro x im a.
M i m a d re p o r ello m e golpea;
m i p a d re p o r ello m e d en o sta,
y am b o s m e tra ta n d u ra m e n te .
10 Sola m e q u e d o en casa
sin a tre v e rm e a salir
n i a e n tre te n e rm e en p úblico.
C u a n d o salgo a la calle
to d a la g en te m e m ira
15 com o si yo fu e ra u n m o n stru o .
Y al re p a r a r en m i v ien tre
unos a o tro s se h a c e n señas
y g u a rd a n silencio m ie n tra s paso.
S iem p re se d a n c o n el codo,
20 y m e a p u n ta n co n el dedo,
co m o si h u b ie ra h e c h o algo excepcional.
C o n sus gestos m e señalan,
m e c o n sid e ra n d ig n a de la h o g u e ra ,
p o rq u e u n a vez p e q u é .
25 ¿ P a ra q u é voy a c o n ta r c a d a detalle?
A n d o de b o c a en b o c a
y estoy en labios de todos.
P o r ello sufro violencia,
m e m u e ro y a d e d o lo r
30 y c o n tin u a m e n te lloro.
476 Siglo X I I
H o c d o lo re m cu m u lat,
q u o d am icus ex u lat
p ro p te r illud p a u lu lu m .
O b p a tris sevitiam
35 recessit in F ra n c ia m
a finibus ultim is.
S u m in tristitia
d e eius ab sen tia
in doloris cu m u lu m .
C o n g a u d e n te s ludite,
ch o ro s sim ul ducite!
Iu v en es su n t lepidi,
senes su n t decrepiti!
5 A udi, bel’amia,
m ille m o d o s V eneris! hahi zevaleria!
M ilitem us V en eri,
nos q u i sum us teneri!
V en eris te n to ria
10 res est am atoria!
A u d i, bel’amia,
m ille m o d o s V eneris! hahi zevaleria!
Iu v en es am abiles,
igni com p arab iles;
15 senes su n t horrib iles,
frigori consimiles!
A udi, bel’amia,
m ille m o d o s V eneris! hahi zevaleria!
* Ed. CB, n.94, p.332. Estrofas rítmicas, con un refrán medio latín,
m edio rom ance. C uatro versos: 7 pp, rim ados aabb; en la últim a estrofa, aaaa.
Refrán: 6 p + 7 pp + 7 p.
Carmina Burana 477
Y h a y algo q u e a u m e n ta m i aflicción:
el q u e esté d e ste rra d o m i a m a d o
p o r u n a cosa ta n nim ia.
P o r la c ru e ld a d de su p a d re
35 a F ra n c ia se h a tra sla d a d o
desde lejanos confines.
S u m id a en la tristeza
p o r su ausencia,
m e h allo e n el co lm o d el dolor.
¡R egocijaos, gozad,
d a n z a d co n ju n tam en te!
Festivos son los jóvenes;
decrépitos, los viejos.
5 ¡Escucha, b ella am iga,
los m il m o d o s de V enus! ¡H ete la caballería!
¡En las filas d e V e n u s m ilitem os
a h o ra q u e som os mozos!
¡El c a m p a m e n to de V e n u s
10 es el a rte del am or!
¡Escucha, b e lla am iga,
ios m il m o d o s de V enus! ¡H ete la caballería!
D e a m o r son dignos los m ozos,
y c o m p arab les al fuego;
15 h o rrib les los viejos son
y sem ejantes al frío.
¡Escucha, b e lla am ig a,
los m il m o d o s de V enus! ¡H ete la caballería!
478 Siglo X I I
102. E gre f e r o q u o d eg ro to *
E g re fero, q u o d egroto;
n a m ex to to
m e o voto
V e n u s obviat,
5 d u m m e sauciat,
n e c concedit,
d u m m e ledit,
m e a m m ic h i cedere.
Refr. M o ria r in V enere!
10 N u p e r senex, iuvenesco,
desenesco
nec com pesco
m o tu s anim i.
N a m c u m p ro x im i
15 m e castigant,
plus in stig an t
e t m e c o g u n t fu rere.
Refr. M o ria r in V enere!
U r o r igne consum ptivo;
20 ia m n o n vivo.
R ecidivo
m o rb o cru cio r,
vivens m o rio r.
Plus led itu r,
25 q u i p re m itu r
invitus sub on ere.
Refr. M o ria r in V enere!
P e n o sa m e n te m i e n fe rm e d a d so p o rto
P e n o sa m e n te m i e n fe rm e d a d soporto,
p u e s a todos
m is deseos
V en u s se o p o n e ,.
5 co n ta l de h erirm e,
e im p id e,
p a r a m i m al,
q u e m i a m a d a se m e en treg u e.
Refr. ¡M uera yo de am or!
10 V iejo an tes, reju v en ecid o m e siento,
m e rem o zo ,
y n o soy cap az de re fre n a r
del c o ra z ó n los im pulsos.
C u a n d o los allegados
15 m e lo re p ro c h a n ,
m ás m e estim u lan
y m ás a en lo q u e c e r m e em p u ja n .
Refr. ¡M u era yo de am or!
P o r fuego co n su m id o r soy ab rasad o .
20 N o vivo ya.
R e ite ra d a d o len cia
m e a to rm en ta :
viviendo, m u ero .
D a ñ o m a y o r e x p e rim e n ta
25 q u ien , en c o n tra de su v o lu n tad ,
a p lastad o se ve p o r u n a carga.
Refr. ¡M u era yo de am or!
480 Siglo X I I
103. Q u is f u r o r e s t in a m o re *
Q u is fu ro r est in am ore!
co rd e, sim ul ore
cog o r in novari;
cordis ag en te d olore
5 fluctuantis m o re
vid eo r m u ta ri
V en eris a d n u tu m ,
c o rq u e p riu s tu tu m ,
curis n o n im b u tu m ,
10 sentio
V en eris officio
tu rb ari.
A d D ry a d e s ego veni,
ia m q u e visuleni
15 cepi sp eculari
q u a sq u e d ecoris am en i;
sed u n a m inv en i
p u lc h ra m ab sq u e p a ri.
S u b ito p ro c e lla m
20 volv o r in n ovellam ,
cep itq u e p u e lla m
oculus
cordis h a n c p re a m b u lu s
venari.
104. N o b ilis, m e i m is e r e r e **
* Ed. CB, n. 110, p.388. Estrofas rítmicas, con algunas medidas dactilicas:
Quís fiiror ést in amére (1); córdis agénte dolóre (4); quásque decóris améni (16); etc.
Estrofas de 12 versos: 3 (8 p); 8 (6 p), 2 (1 pp + 1 p). Rima: aabaabcccddb.
** Ed. CB, n.115, p.398. Estrofas rítmicas de cuatro versos: 5 + 6 p; 3
pp. El refrán: 2 (11 pp + 3 pp). Rim a: aaabcb.
Camina Burana 481
103. ¡Q ué lo cu ra h a y en e l a m o r !
¡Q ué lo c u ra h a y en el am or!
E n el c o razó n , al tie m p o q u e en el rostro,
m e siento rem o zar.
P o r la p a sió n q u e m i p ech o ,
5 cu al n av e flu ctu an te, agita,
c a m b ia rm e veo
al c a p ric h o de V enus;
y el co razó n , antes seguro
y n o so m etid o a congojas,
10 n o to
q u e en el servicio de V en u s
se ve tu rb ad o .
M e ap ro x im é a las D ríad es
y co n p lá c id a m ira d a
15 a o b serv ar com encé
a las de m ás bella h e rm o su ra ;
m as e n c o n tré m e a u n a
e n c a n ta d o ra sin p a r.
A l p u n to soy a rra stra d o
20 a u n a to rm e n ta n u n c a sufrida,
y co m en zó la caza
d e la m u c h a c h a ,
siendo el ojo
h e ra ld o del corazón.
5 R efr. A m o r im p ro b u s o m n ia superat:
subveni!
G om e sperulas tu e eliciunt,
cord i sedulas flam m as ad iciunt;
h e b e t an im u s, vires deficiunt:
10 subveni!
R efr. A m o r im p ro b u s o m n ia su p e ra t
subveni!
O d o r roseus sp irat a labiis;
speciosior p re cunctis filiis,
15 m eile dulcior, p u lc h rio r liliis,
subveni!
Refr. A m o r im p ro b u s o m n ia superat:
subveni!
D e c o r p re v a le t c a n d o ri etheris.
20 A d p re to riu m p re s e n ta r V eneris.
E cce p e re o , si n o n subveneris!
subveni!
R efr. A m o r im p ro b u s o m n ia superat:
subveni!
105. Ver r e d it o p ta tu m *
V e r re d it o p ta tu m
c u m g audio,
flore d e c o ra tu m
p u rp u re o .
5 A ves e d u n t can tu s
q u a m dulciter!
revirescit n em u s,
ca m p u s est am en u s
totaliter.
10 IuVenes, u t flores
accip ian t
5 Refr. E l a m o r au d a z lo v en ce todo.
¡Ayúdame!
C hisp as d e sp re n d e n tus cabellos
y en el c o ra z ó n suscitan activas llam as;
el espíritu se e m b o ta; las fu erzas a m e n g u an .
10 ¡Ayúdam e!
Refr. E l a m o r au d a z lo v en ce todo.
¡Ayúdame!
R o sa d o olor e m a n a de tus labios.
E res la m ás g racio sa de to d as las m u ch ach as;
15 m ás dulce q u e la m iel, m á s b e lla q u e los lirios.
¡Ayúdam e!
Refr. E l a m o r au d a z lo v en ce todo.
¡Ayúdam e!
T u belleza a v e n ta ja la h e rm o s u ra del cielo.
20 Soy re q u e rid o a n te el trib u n a l d e V enus.
¡V ed q u e p e re z c o si n o m e socorréis!
¡Ayúdame!
Refr. E l a m o r au d a z lo v en ce todo.
¡Ayúdame!
105. La d e se a d a p r im a v e r a
L a d e se a d a p rim a v e ra to rn a
co n gozo,
o rn a d a d e flores
p u rp ú re a s.
5 ¡C on q u é d u lz u ra
c a n ta n las aves!
E l b o sq u e reverdece;
la c a m p iñ a es a m e n a
p o r com pleto.
10 Q u e flores los jó v en es
reco jan
484 Siglo X I I
et se p e r o dores
reficiant,
virgines assu m an t
15 alacriter
et e a n t in p ra ta
floribus o rn a ta
com m uniter!
106. O c o n so cii *
O consocii,
q u id vobis v idetur?
q u id negotii
nobis ad o p te tu r? 1
5 L e ta V en u s a d nos iam in g re d ie tu r,
illam ch o ru s D ry a d u m seq u etu r.
O vos, socii!
te m p u s est io c u n d u m ,
dies otii
10 re d e u n t in m u n d u m ;
ergo c o n g au d ete, c e tu m le ta b u n d u m
tem p u s salu tan tes io cu n d u m .
V e n u s abdican s
co g n a tu m N e p tu n u m 2,
15 v en it applicans
B a c h u m o p o rtu n u m 3,
q u e m d e a p re cunctis a m p le x a tu r u n u m ,
q u ia tristem sp ern it e t ieiu n u m .
H is n u m in ib u s
20 volo fam ulari!
ius est o m nibus
q u i v o lu n t beari;
* Ed. CB, n.162, p.500. Estrofas de seis versos: 2 (5 pp), 2 (6 p), 1 (12 p),
1 (10 p). Rima: ababbb.
1 Se trata de las vacaciones escolares.
2 Neptuno, dios de las aguas.
3 En cuanto que el prim er dios lo era del agua y este segundo lo es del
vino, m ás apropiado p a ra los escarceos amorosos propiciados p o r la prim a-
Carmina Burana 485
y e n sus olores
se em b riag u en ;
p r e n d a n co n p asió n
15 a las m ozuelas;
y en su co m p añ ía,
m a rc h e n a las p ra d e ra s
de flores ad o rn a d a s.
106. ¡Ea, a m ig o s!
¡Ea, amigos!
¿ Q p é os p arece?
¿C u ál es la decisión
q u e a d o p tarem o s?
L a alegre V en u s y a se a c e rc a h a sta nosotros,
y la aco m p a ñ a rá el coro de las D ríades.
¡O h, cam aradas!
A legre ép o c a ésta.
D el ocio los días
re to rn a n al m u n d o .
Así q u e ¡disfrutadlos, c o m p a rsa divertida,
salu d an d o al ju b ilo so tiem po!
A b a n d o n a n d o V en u s
a N e p tu n o , su p a rie n te ,
viene cogida del b ra z o
de Baco, m ás ad ecu ad o .
D e entre todos es el único al q u e la diosa abraza,
p o rq u e a l triste y al q u e a y u n a los desprecia.
¡De estas divinidades
q u iero ser siervo!
Ley es ésta aplicable
a cu an to s g o z a r desea.
486 Sigh X I I
q u e d a n t excellenti p o p u lo scolari,
u t a m e t e t faciat am ari.
25 E rg o litteris
cetus h ic im b u tu s
signa V en eris
m ilitet secutus!
E x tu rb e tu r a u te m laicus u t b ru tu s,
30 n a m a d a rte m surdus est et m utus.
107. Laboris r e m e d iu m *
L abo ris re m e d iu m ,
ex ulantis g a u d iu m
m itig a t exilium
virginis m em o ria:
5 u n ic u m solatium
eius m ih i g ratia.
N il p ro p o n e n s te m e re
d ilig eb am ten ere,
q u a m scieb am d eg ere
10 sub e ta te te n e ra ,
n il au d en s exigere
p re te r m en tis fed era.
I n a b se n te m ard e o ,
V e n u s e n im a u re o
15 n e c tit cordis la q u e o
co rp o ris d istan tia,
m e re n s ta m e n g a u d e o
absentis p resen tía.
Ia m etas invaluit,
20 ia m a m o r in caluit,
ia m virgo m a tu ru it,
* Ed. CB, n.167, p.512. Recogemos las dos partes de este carmen 167.
E n la edic, de Fischer, las estrofas 2 y 3 están en distinto orden. Estrofas
rítmicas, de seis versos: 6 pp, rima: aaabab. El prim er verso de la estrofa 6
aparece así: Uvam dulcem premere.
Camina Burana 487
107. En e l tra b a jo , s o la z
E n el tra b a jo , solaz;
del exiliado, alegría;
de la m u c h a c h a el re c u e rd o
el d estierro dulcifica:
5 el ú n ic o consuelo
es p a r a m í su gracia.
S in h ac e rle p ro p u e sta s atrev id as
la a m a b a tie rn a m e n te :
sab ía q u e a ú n e ra ella
10 de u n a tie rn a ed ad .
N o m e atrev ía a p ed irle
m ás q u e am istad.
M e a b ra so co n su ausencia:
co n u n lazo de o ro
15 el c o ra z ó n V e n u s m e tie n e atad o
a p e s a r de la distancia.
A u n q u e triste, m e alegro
co n la p re se n c ia de la ausente.
Y a h a crecid o la edad;
20 y a el a m o r se h a avivado;
y a h a m a d u ra d o la jo v en ;
488 Siglo X I I
ia m tu m e sc u n t u b e ra ,
ia m fru stra c o m p la c u it
nisi fia n t cetera.
25 E rg o iunctis m e n tib u s
iu n g a m u r op erib u s,
m ellitis am p lex ib u s
fru a m u r c u m gaudio:
flos p r e cunctis floribus
30 colludem us serio.
Q u a m dulce, vi p re m e re
m ei, de favo sugere!
Q u id h o c sit, ex p o n e re
tibi, virgo, cupio.
35 N o n v erb o sed o p ere
fiat expositio.
108. Si p u e r c u m p u e llu la *
Si p u e r c u m p u ellu la
m o ra re tu r in cellula
Refr. F elix co n iu n ctio ,
am o re succrescente
5 p a ri rem ed io
p ro p u lso p ro c u l tedio!
F it lu d u s ineffabilis
m e m b ris [lacertis, labiis...]
Refr. F elix co n iu n ctio ,
10 a m o re succrescente
p a ri rem ed io
p ro p u lso p ro c u l tedio!
* Ed. CB, η. 183, ρ.546. Estrofa rítmica: 2 (8 pp). Refrán: cuatro versos:
2 (6 pp), 1 (7 p), 1 (8 pp). El segundo verso de la segunda estrofa aparece
en la edic. de Fischer: membris desertis labilis. No consta de la verdadera lectura.
Camina Burana 489
y a sus p ech o s se h a n h in ch ad o ;
y a n o m e co m p lace n a d a
si n o alcan zo lo d em ás.
25 Si estam os, pues, u n id o s p o r los afectos,
u n á m o n o s ta m b ié n p o r n uestros hechos:
co n dulces ab razo s
disfrutem os co n gozo.
¡O h, flor, la m ás b e lla de las flores!
30 J u g u e m o s y a de veras!
¡Q ué dulce es el e x p rim ir la m iel
y c h u p a r el panal!
Q u é significa esto, en señ ártelo
deseo, m u c h a c h ita .
35 M as la e n se ñ a n z a sea
n o de p a la b ra , sino de p rá c tic a m a n e ra .
108. S i e l m o z o y la m u ch a ch a
Si el m o zo y la m u c h a c h a
a solas en el c u a rto se q u e d a ra n ,
Refr. ¡gozosa u n ió n ,
co n el a m o r creciente
5 m a n d a n d o , co n sim ilar rem ed io ,
b ie n lejos el hastío!
U n inefable ju e g o de m iem b ro s
[brazos, labios] se p ro d u c e ...
Refr. ¡gozosa u n ió n ,
10 co n el a m o r crecien te
m a n d a n d o , c o n sim ilar rem ed io ,
b ie n lejos el hastío!
490 Siglo X I I
* Ed. de CB, n.108, p.380. T am bién en la Col. Arundel, n .l4 , p.95 (ed.
M cDonough). Poem a en form a de las secuencias carolingias, en versos de
diferentes sílabas y núm ero. Su autor — ¿Pedro de Blois?— logra una
secuencia en la que se advierte el balanceo de los sentimientos del enam orado
que vacila en renunciar a sus amores o a sus estudios, dentro de un am biente
perfecto en sus sonidos. Son estrofas de diferente núm ero de versos: 2 de 14,
2 de 18 y 2 de 13. Los versos variados en sílabas, rim adas al arbitrio del
poeta, como puede apreciar el curioso lector.
1 Dione} ninfa m adre de Venus (— Afrodita). A veces su nom bre se emplea
como sinónimo de la propia Venus, como en el caso presente o en Ovidio,
Fast. 2, 461.
Carmina Burana 491
109. S u sp en d id a en e l p la tillo
S u sp e n d id a e n el platillo
de u n a v ersátil b alan za,
m i a lm a titu b e a
y se agita
5 en angustiosos vaivenes,
m ie n tra s se re tu e rc e
y d e sg a rra
en e n c o n tra d o s im pulsos.
R efr. ¡Ay, languidezco!
10 D e m i lan g u id ez v eo la cau sa,
y n o to m o p recau cio n es.
V ién d o lo estoy
y co n scien tem en te
m u ero .
15 Q u e a los estudios m e e n treg u e
p re te n d e m i razó n ;
en ta n to q u e el a m o r
m e im p ele a o tra s tareas:
en d ireccio n es o p u estas soy a rra stra d o .
20 E n el co m b a te
e n tre ra z ó n y D io n e,
soy y o q u ien sufre.
R efr. ¡Ay, languidezco!
D e m i lan g u id ez v eo la causa,
25 y n o to m o p recau cio n es.
V ién d o lo estoy
y co n scien tem en te
m u ero .
492 Siglo X I I
S icut in arb o re
30 frons trem u la,
nav icu la
levis in eq u o re,
d u m ca re t a n c h o re
subsidio,
35 co n trario
flatu concussa fluitat;
sic agitat,
sic tu rb in e sollicitat
m e d u b io
40 h in c a m o r, in d e ratio .
R tfr. O langueo!
C a u s a m lan g u o ris v id eo
n ec caveo,
videns
45 et p ru d e n s
p ereo .
S u b lib ra p o n d e ro ,
q u id m elius,
e t dubius
50 m e c u m delibero.
N u n c m e n ti refero
delicias
venerias;
q u e m e a m ic h i F lo r u la 2
55 d e t oscula;
q u i risus, q u e labellula,
q u e facies,
frons, n a ris a u t cesaries.
R efr. O langueo!
60 C a u sa m lan g u o ris video
n ec caveo,
videns
et p ru d e n s
pereo .
C o m o en el árb o l
30 el trém u lo follaje;
cual la leve
b a rq u illa en alta m ar,
del a m p a ro del an cla
desprovista,
35 a la deriv a b o g a
p o r v ientos co n tra rio s a zo tad a,
así m e z a ra n d e a n
y a su in cierto to rb ellin o
m e so m eten
40 el a m o r y la ra z ó n de fo rm a altern a.
Refr. ¡Ay, languidezco!
D e m i lan g u id ez v eo la causa,
y n o to m o p recauciones.
V ién d o lo estoy
45 y co n scien tem en te
m u ero .
Sopeso en la b a la n z a
qu é es lo m ejo r,
e in m erso en d u d as
50 conm igo m ism o deb ato .
Así le expongo a m i m en te
las delicias
am orosas,
de m i P io lita,
55 los besos,
cuáles sus risas, sus labiecillos,
su cara,
su fren te, su n ariz y sus cabellos.
Refr. ¡Ay, languidezco!
60 D e m i lan g u id ez v e o la causa,
y n o to m o p recauciones.
V ién d o lo estoy
y co n scien tem en te
m u ero .
494 Siglo X I I
65 H is in v itat
et irrita t
a m o r m e blandiciis;
sed aliis
ra tio sollicitat
70 et ex citat
m e studiis.
Refr. O langueo!
C a u s a m lan g u o ris video
n ec caveo,
75 videns
e t p ru d e n s
p ereo .
N a m solari
m e scolari
80 c o g ita t exilio.
S ed, ratio ,
p ro c u l abi! V in ceris
sub V en eris
im p erio .
85 R eß. O langueo!
C a u sa m lan g u o ris video
n ec caveo,
videns
et p ru d e n s
90 p ereo .
110. E l tie m p o f r ío y a p a s a
lu cid io r
10 et len io r
a e r ia m seren atu r;
ia m florea,
ia m fro n d e a
silva com is d en satu r.
15 L u d u n t su p e r g ra m in a
virgines decore,
q u a ru m n o v a c a rm in a
d ulci so n a n t ore.
A n n u u n t favore
20 volucres can o re,
favet e t o d o re
tellus p ic ta flore.
C o r ig itu r
e t cin g itu r
25 et ta n g itu r a m o re ,
virginibus
e t avibus
strep en tib u s sonore.
T e n d it m o d o re tia
30 p u e r p h a re tra tu s ';
cui d e o ru m c u ria
p re b e t fam u latu s,
cuius d o m in atu s
n im iu m est latus,
35 p e r h u n c triu m p h a tu s
su m et sauciatus:
p u g n a v e ra m
et fu e ra m
in p rim is relu ctatu s,
40 sed ite ru m
p e r p u e ru m
sum V e n e ri p ro stratu s.
U n a m , h u iu s v u ln ere
saucius, am avi,
m ás claro
10 y m ás suave
y a el aire se serena.
Y a florido
y frondoso
el ra m a je del b o sq u e se espesa.
15 J u e g a n p o r las p ra d e ra s,
co n g racia, las m u ch ach as.
Sus nuev o s can to s
co n dulce b o c a e n to n a n .
A ello rep lican
20 las aves co n sus trinos.
C o n su o lo r ta m b ié n co n cu rre
la tie rra de flores re c a m a d a .
Y es q u e el co ra z ó n resulta
en lazad o
25 y tu rb a d o p o r el am o r,
p o r las m u c h a c h a s
y p o r las aves
qu e a lb o ro ta n co n su canto.
A h o ra tien d e las redes
30 el n iñ o de la faretra.
L a a sa m b le a de los dioses
a él le m u e stra servidum bre.
Sus d om inios
son so b re m a n e ra dilatados.
35 D e rro ta d o p o r él,
ta m b ié n yo h e sido herid o :
co m b atí,
y al p rin cip io
opuse resistencia;
40 m as de n u ev o
p o r el m u c h a c h o
h e sido so m etid o a V enus.
E n a m o ra d o m e e n c u e n tro
de q u ie n m e cau só la herida.
498 Sigh X I I
45 C o n u n p a c to indesligable
h e q u e d a d o u n id o a ella.
L a le a lta d q u e le ju ré
n u n c a ja m á s la h e violado:
a p r e n d a ta n d elicad a
50 m e co nsagré p o r com pleto.
¡C u án dulces
son los besos
d e la m u ch ach a! ¡Los h e probado!
N i el cin am o m o ,
55 n i el bálsam o,
n i el p a n a l serían ta n dulces.
o m n i p este sevior
re d d e re sollicitum
15 n o n p o tu it,
q u e m p u e lla d o m u it;
iugo cessit V en eris
vir, q u i m a io r superis
celu m tu lit h u m eris
20 A tlan te fatigato.
C aco 4 tristis h alitus
et fla m m a ru m v o m itu s
vel fuga N esso 5 duplici
n o n p ro fu it,
25 G ery o n H esp eriu s 6
ia n ito rq u e S ty g iu s 7
u te rq u e fo rm a triplici
n o n te rru it,
q u e m c a p tiv u m te n u it
30 p u e lla risu sim plici.
Iu g o cessit te n e ro ,
so m m o q u i letifero
h o rti cu sto d em 8 divitis
im p licuit,
m ás cru el q u e to d a peste,
de h a c e r te m b la r
15 fue in cap az
a q u ie n u n a m u c h a c h a d o m eñ ó .
Al yugo de V en u s som etióse
el h é ro e q u e, m a y o r a ú n q u e los dioses,
el cielo so p o rtó sob re sus h o m b ro s
20 al fatigarse A tlan te.
A C a c o su h o rre n d o alien to
y el v ó m ito d e sus llam as,
o a N eso su doble h u id a ,
de n a d a les sirvieron;
25 n i el h e sp e rio G erio n es,
n i el estigio p o rte ro ,
am b o s de triples cabezas,
con sig u iero n a te rra r
a q u ie n c a u tiv a r lo g rara
30 u n a m u c h a c h a co n su sencilla sonrisa.
A u n tie rn o yugo som etióse
q u ie n co n u n su eñ o m o rta l
al g u a rd iá n del rico h u e rto
envolvió;
502 Siglo X I I
35 frontis A cheloie 9
c o rn u d e d it copie,
a p ro 10, leo n e 11 dom itis
en ituit,
T h ra c e s equos 12 im b u it
40 c ru e n ti cede hospitis.
A n th e i L ib y c i13
lu c ta m sustinuit,
casus sophistici
frau d es cohib u it,
45 c ad ere d u m vetui;
sed q u i sic explicuit
lu cte nodosos nexus,
v in citu r e t v in citu r 14,
d u m la b itu r
50 m a g n a Iovis soboles
a d Ioles
am plexus.
T a n tis flo ru e ra t
la b o ru m titulis,
55 q u e m b lan d is c a rc e ra t
p u e lla vinculis,
e t d u m la m b it osculis,
n e c ta r h u ic labellulis
v e n e re u m p ro p in a t;
9 Aqueloo, dios del río etolio del mismo nom bre. Se enfrentó a Hércules
adoptando la form a de un toro, al que el héroe derrotó después de arrancarle
u n cuerno, que algunos autores consideran que luego sería el «cuerno de la
abundancia». Otros, en cambio, vinculan la cornucopia a la cabra Amaltea.
O v id io , Met. 8 , 5 5 0 ss. H ig in o , Fab. 31.
10 El jabalí del E nm anto, tercer trabajo de Hércules. H i g i n o , Fab. 30.
11 El león de N em ea. H ig in o , Fab. 30. H e sío d o ,7 « > ¡j. 326 ss.
12 Los caballos (o yeguas) de Diomedes, rey de Tracia, se alim entaban
de carne hum ana. Hércules les dio a com er el cuerpo de su dueño. H ig in o ,
Fab. 3 0 . O v id io , Met. 11, 194ss.
13 Gigante, hijo de la Tierra. Su m orada se ubicaba en Libia (o, según
otros, en Marruecos). C on él se .enfrentó Hércules cuando se dirigía al Ja rd ín
de las Hespérides. C ada vez que, durante el com bate, Anteo caía a tierra,
su m adre le infundía nuevas fuerzas. Hércules logró darle m uerte levantán
dolo en vilo y asfixiándolo. H i g i n o , Fab. 31. L u c a n o , Fars. 4, 590ss.
14 Juego de palabras: víndtur (de vinco, vencer) y vincitur (de vindo, atar).
Carmina Burana 503
35 el q u e de la fre n te de A q u elo o
el c u e rn o a rra n c ó d e la a b u n d a n c ia ;
el q u e, v en c ie n d o al ja b a lí y al león,
salió triu n fan te;
el q u e d o m a ra a los caballos tracios
40 tra s la m u e rte c ru e n ta de su du eñ o .
D e l libio A n te o
resistió el co m b ate,
y d e la falsa c a íd a
ab o rtó el en g añ o
45 al im p ed irle r o d a r p o r tierra.
M as a q u e l q u e así supo liberarse
de la estre c h a tra b a z ó n de la pelea,
es v en cid o y re su lta e n c a d e n a d o ,
al su c u m b ir
50 el g ra n re to ñ o de J ú p ite r
a los ab razo s
de Y ole.
Q u ie n de fa m a ta n en o rm e
p o r sus tra b a jo s gozab a,
55 p risio n ero lo tien e u n a m u c h a c h a
co n u n a s b la n d a s cadenas:
m ie n tra s lo cu b re de besos,
co n sus labiecillos a b e b e r le d a
el n é c ta r de V enus.
504 Siglo X I I
60 v ir solutus otiis
veneriis
la b o ru m m e m o ria m
et gloriam
inclinat.
65 S ed A lcide fo rtio r
ag g red io r
p u g n a m c o n tra V e n e re m ,
u t su p erem
h a n c , fugio,
70 in h o c e n im p relio
fugiendo fortius
et m elius
p u g n a tu r,
sicque V e n u s v in citu r,
75 d u m fugitur,
fugatur.
D ulces n o d o s V en eris
et carceris
b la n d i seras resero,
80 de cetero
a d alia
d u m tra d u c o r studia.
O L y c o r i15, valeas
et voveas
85 q u o d vovi,
ab a m o re sp iritu m
sollicitum
rem o v i
R efr. 16 A m o r fam e m e ritu m
90 deflorat;
am a n s te m p u s p e rd itu m
n o n plo rat;
sed te m e re
diffluere
95, sub V e n e re
la b o ra t.
15 Licoris, nom bre de una ninfa. Así se llam aba tam bién la am ada del
poeta Galo. V i r g i l i o , B uc. 10, 22. O v i d i o , Ars A , 3, 537.
16 Es el refrán final, que resum e el contenido de todo el poema.
Carmina Burana 505
112. O d ecu s, o L ib ye re g n u m *
* Ed. de CB, n.100, p.346. Los dos primeros versos form an un dístico
elegiaco. EI resto está en form a de secuencia. El poeta canta el llanto de la
reina Dido.
1 El herm ano llam ado Pigmalión.
2 Eneas y sus compañeros.
3Recuérdese el papel de Ju n o en la historia de los troyanos y de Eneas.
4 Recuerda el poeta nom bres que tienen una im portancia en los viajes
de Eneas. Celeno es una de las arpías, cf. V ir g il io , A m . 3, 2 11.
5 Sinécdoque, el todo por la parte: T roya estaba en Frigia.
Carmina Burana 507
112. ¡Ay} h o n ra m ía !
ac T y r io s 6
30 subieci!
A c h i dolant!
ach i dolant!
ia m v o lan t
carbasa!
35 Ia m n u lla spes D idonis!
ve T yriis colonis!
plan g ite, S idonii \
q u o d in o re gladii
d ep erii
40 p e r a m o re m Phrygii
predonis!
E neas, hospes Phrygius,
Ia rb a s °, hostis T y riu s,
m u lto m e te m p ta n t crim ine,
45 sed v ario discrim ine,
n a m sitientis Libye
reg in a sp reta lin q u itu r,
et th alam o s L avinie 9
T ro ia n u s hospes sequitur!
50 Q u id ag am m isera?
D id o re g n a t altera!
h ai, vixi nim ium !
m o rs a g a t cetera!
D e se rta siti regio
55 m e gravi cin g it p relio,
fratris m e te rre t feritas
e t N u m a d u m crudelitas,
in su lta n t h o c pro v erb io :
«D ido se fecit H ele n a m :
60 reg in a n o stra grem io
T ro ia n u m fovit advenam !»
gravis conditio,
furiosa ratio,
y tirios
30 h e co n v ertid o en vasallos?
¡Ay, tristeza!
¡Ay, tristeza!
Y a se h in c h a n
las velas!
35 ¡Ya n o q u e d a e sp eran za p a r a Dido!
¡Ay, colonos tirios!
¡Llorad, sidonios,
p o rq u e al filo de la e sp ad a
m u e ro
40 p o r a m o r de u n frigio
pirata!
E neas, el h u é sp e d frigio,
y Y arb as, h ostil p a r a los tirios,
m e a m e n a z a n co n la m u e rte ,
45 m as de fo rm a diferente.
D e la sed ien ta L ibia
la re in a , d esp reciad a, a b a n d o n a d a se ve.
Y el h u é sp e d tro y a n o a m b icio n a
casarse co n L avinia.
50 ¿ Q u é h a c e r, triste de mí?
¡U n a D id o d istin ta re in a ahora!
¡H e vivido, ay, y a dem asiado!
¡A c ab o lleve la m u e rte lo que resta!
U n país d esierto p o r la sed
55 m e ased ia co n d u ra g u erra;
m e a te rra n la fiereza de m i h e rm a n o
y la c ru e ld a d de los n ú m id as.
Y m e in su lta n de este m o d o :
«D ido se tru e c a en H elen a:
60 n u e stra re in a en su regazo
cobija al h u é sp e d tro y an o » .
¡D u ra condició n ,
c o n tra p a rtid a in a u d ita ,
510 Siglo X I I
si m a la p e rfe ra m
65 p ro b e n e fic io !10
A n n a vides,
q u e sit fides
decep to ris perfidi?
frau d e ficta
70 m e relicta
re g n a fugit Punica!
nil sorori
nisi m o ri,
soror, restat, u nica.
75 S evit Scylla,
n e c tra n q u illa
se p ro m ittu n t eq u o ra;
solvit ra te m
te m p e sta te m
80 n ec e x h o rre t Phrygius.
D ulcis soror,
u t q u id m o ro r,
a u t q u id cessat gladius?
F u lg et sidus O rio n is,
85 sevit hiem s A quilonis,
Scylla re g n a t eq u o re.
T em p estatis te m p o re ,
P a lin u re n ,
n o n secure
90 classem solvis litore!
Solvit ra te m d u x T ro ia n u s;
solvat en sem n o stra m a n u s
in ia c tu ra m sanguinis!
V ale, flos C arthaginis!
95 H ec, E n e a ,
fer tro p h e a ,
cau sa ta n ti criminis!
O dulcis a n im a ,
vite spes unica!
si a cab o de u n favor
65 recib o daño!
A na, ¿estás vien d o
cu ál es la fidelidad
del p érfid o seductor?
¡C on falsa excusa,
70 abandonándom e,
se aleja de los reinos púnicos!
N a d a a tu h e rm a n a ,
m á s q u e el m o rir,
¡mi ú n ic a h e rm a n a ! le q u ed a.
75 Escila se enfurece
y los m ares
n o p ro n o stic a n m o strarse tranquilos.
L eva anclas
sin q u e la te m p e sta d
80 espante al frigio.
D u lce h e rm a n a ,
¿qué m e detiene?
¿ P o r q u é en acción n o e n tra la espada?
B rilla la estrella d e O rio n ,
85 A qu iló n enfurece la to rm e n ta
y Escila re in a en el m ar.
M ien tras h a y tem p estad ,
P alin u ro,
n o es p ru d e n te
90 q u e a la flota la alejes de la costa.
E l caudillo tro y a n o al m a r saca su nave.
¡Q ue la e sp a d a n u e stra m a n o saque
p a ra h a c e r c o rre r la sangre!
¡Adiós, flor de C artago!
95 ¡T om a, E neas,
trofeos sem ejantes,
m otivo de ta n g ra n delito!
¡O h, dulce alm a,
el ú n ico deleite d e la vida!
512 Siglo X I I
113. A n n a so ro r, u t q u id m o r i *
A n n a so ro r 1
u t q u id m o ri
ta n d e m m o ro r?
cu i d o lo ri
5 reserv o r m isera?
o h a n im is a sp e ra
vite conditio!
113. A n a, h e rm a n a
A n a, h e rm a n a ,
¿p o r q u é m i m u e rte
al fin d em o ro ?
¿A q u é d o lo r
5 m e reservo, desdichada?
¡Ay, e n e x tre m o rig u ro sa
co n d ició n de la vida!
514 Siglo X I I
m o rtis dilatio
m ih i m o rs altera.
10 U t e x p o n a t
m e to rm en tis,
v ela d o n a t
ille ventis;
n o n h o rre t m a ria .
15 O h a fides P h ry g ia 2,
o fides hospitis,
q u e sic p ro m eritis
re p e n d it odia!
A b it ille,
20 q u eren s Scylle 3
se vel C h a ry b d i tra d e re .
A q u ilo n i
q u a m D id o n i
m agis elegit cred ere.
25 F estin at classem solvere 4
c u m federe;
n ec d ate m e m o r d ex tere 5
d a t te m e re
v ela fid em q u e ventis.
30 H o sp es abi:
q u id elabi
fu rtive fu g a m ra p e re ?
Q u id lab o ras?
D id o m o ra s
E l d ila ta r la m u e rte
o tra m u e rte m e supo n e.
10 P a ra e n tre g a rm e
al to rm e n to
las velas a los vientos
él despliega.
Los m a re s n o lo asustan.
15 ¡Ay, p a la b ra frigia!
¡Ay, p a la b ra de m i h u é sp e d
q u e así p o r tales favores
m e re c o m p e n sa c o n odios!
Z a rp a él
20 b u sc a n d o a E scila
o a C a rib d is en treg arse.
P refiere confiarse
al A q u iló n
an tes q u e a D id o .
25 Se a p re su ra a so ltar a m a rra s
al p a r q u e su p ro m esa.
O lv id ad o de la d iestra p ro m e tid a ,
confía te m e ra rio
v ela y p ro m e s a a los vientos.
30 ¡M arch a, huésped!
¿ P o r q u é fu rtiv a m e n te
p re te n d e s e m p re n d e r la h u id a?
¿A q u é esforzarte?
N o se a p re s u ra D id o
516 Siglo X I I
35 a cau sarte n in g ú n im p ed im en to .
Sin e m b a rg o , e n este tiem p o in v ern al
desea p re se rv a rte
a ti y a tu tie rn o d escen d ien te
y n o e n treg aro s
40 de N e re o a los peligros.
¿P o r q u é, E neas,
te ufan as
de ser el hijo de V enus?
¡Pérfido!
45 ¡Por q u é aireas tu linaje?
E l ro stro co n q u e aq u élla te d o tó
lo m u e stra co m o falaz
la fiereza de tu espíritu.
A firm as co n ro stro p la c e n te ro
50 q u e V en u s es tu m ad re;
m as tu espíritu rev ela
q u e tuviste p o r m a d re a u n a tigresa.
M a s co n quejas
sem ejantes
55 el h u é sp e d cru el n o se conm ueve.
¿ Q u é h a c e r, pues?
¿ Q u é le re sta a la infeliz?
¿ Q u é p u e d o h a c e r, d esd ich ad a?
Lleve a c a b o la m u e rte lo q u e falta.
60 M u e rte es p a r a m í seguir viviendo.
C ie rre la m u e rte el ciclo de la vida.
A rra stre la m u e rte este cú m u lo de m ales.
O ste n te insigne títulos de g lo ria
aq u el q u e se b u rló de su h o spedaje.
65 ¿ C o n te m p la ré tal vez cóm o d estru y en
las m u rallas q u e alcé
de la n u e v a ciudad?
D e la L ib ia cru el
los odios nos circ u n d a n .
518 Sigh X I I
70 H in c Y arb as em ulus 9
N u m a d u m q u e p o p u lu s,
in d e fratris rabies 10
n o s odiis
e t preliis infestat.
75 M eo s q u o q u e T yrios
ia m d ubios
ia m offensos video;
displiceo
m eis ipsis civibus.
80 U rb e to ta can itu r:
« D id o sp re ta lin q u itu r
suis a b hospitibus;
d e P hry g io
suffragio
85 n il restat».
Ip sa m e p erd id i:
q u id P h ry g es arguo?
M e ro ri su b d id i
v itam p e rp e tu o .
90 H e u m e m iseram :
igni c re d id e ram ;
n u n c u r i m e tu o .
Q u a n ta sit sentio
m ih i co n d itio
95 supplicii,
n i gladii
fru a r o bsequio.
O luce clario r,
A n n a p a rs a n im a e ,
100 his q u ib u s c ru c io r
m e m alis ad im e.
Q u o u sq u e p a tia r?
n e se m p e r m o ria r,
m e sem el p e rim e .
114. P la u d it h u m u s, B oree *
P la u d it h u m u s, B oree
fu g am ridens exulis.
P u llu la n t a rb o re e
nod is co m e patulis.
5 G a u d e t R e a 1 c o ro n a ri
novis fro n te m flosculis,
olim gem en s c a rc e ra ri
nivis sevis vinculis.
Rejr. Felix m o rb u s, q u i sa n a ri
10 n escit sine m o rb o pari!
E th e ra Favonius
in d u it a vinculis.
O r n a t m u n d u m C y p riu s 2
sacris dive copulis.
15 C a stra V e n u s re n o v a ri
novis o v at populis
et tenellas c o p u la ri
b lan d is m en tes stim ulis.
Refi. F elix m o rb u s, q u i sa n a ri
20 n escit sine m o rb o pari!
T u u m , V en u s, h a u rio
venis ig n em bibulis.
T u is, F lo ra, sicio
fav u m de labellulis.
25 F lo ra, flore s in g u la ri3
p re m in e n s puellulis,
solum sola m e solari
soles in periculis.
Refr. F elix m o rb u s, q u i sa n a ri
30 n escit sine m o rb o pari!
R a p it nobis lu d ere
dictis livor em ulis,
nos obliquis ledere
g au d en s lingue iaculis.
35 N o lo volens ab sen tari,
votis u ro r pendulis.
Fugi, tim en s te n o ta ri
nigris fam e titulis.
Refr. F elix m o rb u s, q u i san ari
40 nescit sine m o rb o pari!
In discessu dulcibus
n o n fru e b a r osculis;
salutabas nutib u s
p e n e loquens garrulis.
45 Fas n o n e ra t p a u c a fari:
fuere p ro verbulis,
quas, h eu , vidi d eriv ari
lacrim as ex oculis.
Refr. Felix m o rb u s, q u i san ari
50 nescit sine m o rb o pari!
G o zar, la envidia n os im p id e
co n celosas p alab ras,
sin tien d o p la c e r en ofendernos
co n los aviesos d a rd o s de la lengua.
35 Q u e rié n d o lo , n o q u ie ro p a r tir lejos,
y en deseos o puestos m e desgarro.
H u id o h e p o r te m o r a v erte ex p u esta
a los n egros b a ld o n es de la fam a.
Refr. ¡Feliz dolen cia, q u e sólo san arse p u ed e
40 co n u n a d o len cia igual!
E n m i m a rc h a n o gocé
de tus dulces besos;
m e despedías co n señas,
m as co n p o cas p alab ras,
45 que n o e ra perm itido pronunciar.
E n lu g a r de palabrillas
¡ay! lo q u e vi fue d esp ren d erse
las lágrim as de tus ojos.
Refr. ¡Feliz d o len cia, q u e sólo san arse p u ed e
50 co n u n a d o len cia igual!
N o b is yem p s v e r a m e n u m
nullo fuscata nu b ilo ,
d u m fa v e re t sors a d p le n u m ;
40 sed n obis n u n c flat aquilo.
D u m e ru m p it in v e n e n u m
sinistro livor sibilo,
fam e d a m p n a tu r iubilo
no stre sortis v e r seren u m .
45 Refr. Felicibus stipendiis
suos V en u s re m u n e ra t,
d u m lusibus e t basiis
m e d e tu r his, quos v u ln erat.
V iv a t a m o r in yd ea,
50 n e d iv u lg etu r opere,
viv am tu u s, vive m e a ,
n e c p ro p e re m u s tem ere!
d a b it a d h u c C y th e re a
v id ere, lo q u i, lu d ere:
55 nos p a ri iu n g a t fed ere
relacio D i o n e a 6.
Refr. Felicibus stipendiis
suos V eu s re m u n e ra t,
d u m lusibus e t basiis
60 m e d e tu r his, q u o v u ln erat.
116, D io n e i s id e r is *
D i o n e i 1 sideris
fav o r elucescit
et a m a n tu m ten eris
votis allubescit.
D e la estrella de D io n e
la in flu en cia brilla,
y a los tiern o s votos de los am an tes
d a cum plim iento.
530 Siglo X I I
5 D u m assistit n o n re m o ta
sibi stacione,
celsiore fulget ro ta
filius L a to n e 2,
cuius a u ra g ratiam
10 sp o n d et n o n m in o re m .
D u m salu tat M a ia m 3,
h i s 4 in tro ced en s m ed iu s
M ercu riu s
devotus o b te m p e ra t
15 e t a g g e ra t
favorem .
R e n ite n ti pallio
C ybele vestita
flore c o m a m vario
20 v e rn a t red im ita.
R id e t au la Iovialis,
e th e r expolitur;
senectutis S aturnalis
to rp o r sepelitur,
25 d u m re sp ira t te n e re
g ratus o d o r florum .
Florentis in u b e re
c a m p i c a n o ra resid et
n ec invidet
30 talia so roribus 5
n ec sedibus 6
so ro ru m .
E x u lat p a rs a c rio r
an n i renascentis;
35 sp irat a u ra g ra tio r
veris blandientis.
R o se ru b o r suis a u d e t
nodis explicari,
aq u ilo n e m sibi g a u d e t
2 Apolo, el Sol.
3 M aya, m adre de Mercurio.
4 Es decir, de Venus (= Dione) y de Apolo, el hijo de Latona.
5 Las Musas.
6 El Helicón, en el Parnaso.
Carmina Arundelliana 531
5 M ie n tra s asiste en n o re m o ta
m o ra d a ,
co n m u y refulgente ru e d a
b rilla el hijo d e L ato n a,
cuya a u ra es a u g u rio
10 de u n influjo n o m en o r.
M ie n tra s a M a y a saluda,
p o r e n tra m b o s av an zan d o ,
M ercu rio ,
b ie n dispuesto, se m u e stra co m placiente,
15 y a p o rta
su influencia.
C o n m a n to resp lan d ecien te
vestida C ibeles
y co n v ario p in tas flores sus cabellos
20 c o ro n a d a , reverdece.
R íe la co rte de J ú p ite r
y el é te r se eng alan a;
de la vejez p ro p ia de S atu rn o
la to rp e z a es e n te rra d a ,
25 m ie n tra s tie rn a m e n te se resp ira
el g rato o lo r de las flores.
E n la fertilid ad d el ca m p o florido
tien e su sede el ave c a n o ra
y n o envidia
30 a las h e rm a n a s,
n i las m o ra d a s
de las h e rm a n a s.
A l exilio m a rc h a la p a rte m ás d esab rida
del añ o q u e ren ace.
35 E x h a la o lo r el a u ra m ás a g rad ab le
d e la e n c a n ta d o ra p rim av era.
E l ru b o r d e la ro sa y a se atreve
a b ro ta r saliendo de sus yem as.
El aq u iló n n o siente y a p la c e r
532 Siglo X I I
40 ia m n o n nov ercari;
a n n i triste sen iu m
v e r infans excludit.
A quilonis ocium
te rre d ep in g it faciem ;
45 te m p e rie m
d a n s a u ra V en eriis
im periis
alludit.
Carmina AnindeUiana
en m o strarse violento.
A l triste a n c ia n o del añ o
la p rim a v e ra n iñ a lo desplaza.
D e l aq u iló n el reposo
p in ta la faz de la tierra.
P ro p o rc io n a n d o la brisa
u n tiem p o b o n an cib le, las ó rdenes
de V e n u s
a c e p ta com placida.
CAR MI NA R I V I P U L L E N S I A
117. A p r ilis te m p o re *
A prilis te m p o re , q u o n em u s fro n d ib u s
e t p ra tu m roseis o rn a tu r floribus,
iuven tu s te n e ra fervet am o rib u s.
F erv et am o rib u s iuv en tu s te n e ra ,
5 pie cu m co n cin it o m nis avicula
et c a n ta t d u lc ite r silvestris m eru la.
A m o r tu n c m i lita t1 cu m m a tre V e n e re ,
a rc u m e b u rn e u m n o n cessat flectere,
u t m atris v a le a t re g n u m ex ten d ere.
10 V e n a tu red ien s e o d e m te m p o re ,
sol c u m d e sc e n d e ret v e rg en te card in e,
e rra n te s catulos cepi re q u ire re .
Q u o s circum spiciens n u s q u a m rep erio ,
u n d e n o n m o d ic u m sed satis doleo
15 n o n cessans, ig itu r p erd ito s q u erito .
Illos d u m q u e rito , filius V en eris,
in a rc u 2 residens, a d in sta r num inis,
inquit: « Q u o p ro p e ra s, dilecte iuvenis?
D ia n e p h a re tre fracte su n t d en u o ,
20 arcus C u p id in is su m e tu r am o d o :
la b o re m 3, itaq u e, dim ittas m oneo.
D im ittas m o n e o la b o re m itaq u e;
n o n est conv en ien s h o c tali tem p o re:
V e n e ri p o tiu s d e b em u s lu d ere
117 . En tie m p o d e a b r il
E n tie m p o de abril, c u a n d o se a d o rn a n
de fro n d a el b o sq u e y el p ra d o d e flores sonrosadas,
la tie rn a ju v e n tu d hierve d e am ores.
D e am o res h ierv e la tie rn a ju v e n tu d ,
5 c u a n d o c a n ta n a co ro tie rn a m e n te las avecillas todas
y trin a co n d u lz u ra el m irlo m o n ta ra z .
E ntonces A m o r en liza e n tra ju n to a su m a d re V en u s,
ten sa n d o sin cesar su e b ú rn e o arco
p a ra p o d e r d ila ta r el re in o de su m ad re.
10 E ra p o r ese tie m p o c u a n d o , to rn a n d o de caza,
m ie n tra s el sol y a caía tra s g ira r sobre su eje,
com en cé yo a b u sc a r m is ca c h o rro s errab u n d o s.
E n p a rte alg u n a los hallo tra s m ira r p o r todos lados,
p o r lo cual m e aflijo, n o p o co , sino m u ch o ,
15 de m o d o q u e sin rep o so b usco m is p e rro s perdidos.
M ie n tra s los a n d o b u sc a n d o , el h ijo de V en u s,
ap o y ad o sobre el arco, a la m a n e ra de u n dios,
m e dice: «¿A donde te ap resu ras, q u e rid o joven?
D e n u ev o se h a n q u e b ra d o las aljabas de D iana;
2 0 ' es el arco de C u p id o el q u e se u s a rá d esde ahora:
te aconsejo, p u es, q u e a b a n d o n e s tu tarea.
Ο μ ε ab a n d o n e s, pues, tu ta re a te aconsejo,
q u e n o re su lta a p ro p ia d a en u n tie m p o co m o éste:
deb em o s sobre to d o p ra c tic a r el ju e g o del am or.
538 Siglo X I I
118. M ato m en se d u m p e r p r a tu m *
M a io m en se d u m p e r p ra tu m
p u lch ris floribus o rn a tu m ,
ire m fo rte sp atiatu m ,
v id i q u id d a m m ih i g ra tu m .
5 V id i q u ip p e C y th e re a m
V e n e re m , am o ris d e a m ,
a tq u e v irg in u m c h o re a m ,
q u e tu n c se q u e b a tu r eam .
In te r q u as e ra t C u p id o ,
10 arcus cuius refo rm id o ,
sepe q u i d ic e b a t «io!»
v o cem q u a m a m a n tu m scio.
Ip sa flores colligebat,
q u ib u s calath o s rep le b a t;
15 ch o ru s v irg in u m c a n e b a t
m o d is m ille, q u o d d eceb at.
P o stq u a m v id i tales actus,
p e n itu s p e rte rre fa c tu s
ipsa d u lced in e can tu s
20 ab a m o re fui cap tu s.
118. En el m e s de m ayo
E n el m es de m ay o , m ie n tra s ib a p asean d o ,
casu alm en te, p o r u n p ra d o
e n g a la n a d o de h e rm o sa s flores
vi algo q u e m e resultó m u y ag rad ab le.
5 Y es que vi a V e n u s C itérea,
la diosa del am o r,
y al co ro de doncellas
q u e en ese m o m e n to la seguía.
Ib a e n tre ellas C u p id o
10 cuyo arco ta n to tem o ,
y u n a y o tra vez d e c ía «¡lo!»,
q u e sé q u e es el g rito de los en am o rad o s.
E lla reco g ía flores
co n q u e lle n a b a cestillos.
15 E l co ro d e doncellas e n to n a b a
can cio n es m il, lo cu al e ra m u y bello.
D esp u és de v e r sucesos tales,
c o m p le ta m e n te a tu rd id o
p o r la d u lz u ra del can to ,
20 q u ed é cau tiv o de am o r.
540 Siglo X I I
Ib i v irg in em h o n e sta m ,
g en ero sam e t m o d e sta m
ad am av i, q u a m su sp ectam
nulli p u to n ec m o lestam .
25 O c u li su n t relu cen tes,
n ivei su n t eius d entes,
n e c p ap ille su n t tu m en tes
sed su n t q u asi n ix can d en tes.
F ro n s ipsius can d en s; gula,
30 m a n u s, p ed es a tq u e c ru ra
can d escen tes sicut lu n a,
c a re n t v etu statis ru g a.
H a n c am av i, h a n c a m a b o ,
d u lciter h a n c co n serv ab o ,
35 h u ic soli m e d ö n a b o
p ro q u a sepius d ictab o .
E ius n o m e n , si quis q u e rit,
d icam , q u ia p u lc h ru m erit:
I in o rd in e p re c e d it,
40 V p o st sibi iu n c tu m venit.
D p o st te rtiu m p o n e tu r,
q u a rtu s locus I d o n e tu r,
T in fine reserv etu r:
to tu m n o m e n sic h a b e tu r.
45 H u iu s lo n g a si sit v ita,
m e a erit, cred as ita;
fin ie tu r sed si cita,
m o ria r h a c p ro am ica.
Sidus c la ru m
p u e lla ru m ,
Allí m e e n a m o ré de u n a p ú d ic a m u c h a c h a ,
de b u e n lin aje y com ed id a;
n o creo q u e n a d ie sospechase de ella,
n i la ju z g a ra m olesta.
25 R elu cien tes son sus ojos;
niveos sus dientes son;
n o e ra n sus senos tu rg en tes,
sino b lan co s co m o nieve.
A lb a e ra ta m b ié n su fren te; su g arg a n ta ,
30 m an o s, pies, p ie rn a s ta m b ié n ,
e ra n b lan co s cu al la lu n a
y c a recían de a rru g a s de la vejez.
A ésta am é, a ésta a m a ré ,
la g u a rd a ré d u lcem en te;
35 m e e n tre g a ré sólo a ella;
p o r ella m il veces e n to n a ré m is versos.
S u n o m b re (si alg u ien m e lo p re g u n ta ra )
lo rev elaré, p u es será herm o so :
en o rd e n p re c e d e n te , la J ;
40 tras ella la U la sigue u n id a;
la D , después, se co lo c a rá e n te rc e r lugar;
el c u a rto se le a sig n a rá a la I;
a la T se le re se rv a rá el final:
así se te n d rá el n o m b re com pleto.
45 Si su v id a fu e ra larg a,
la rg a lo será la m ía, créem e;
m as si se extinguiese m u y p ro n to ,
m o riré p o r ta l am iga.
C la ra estrella,
de las m u c h a c h a s to d as
542 Siglo X I I
flos e t decu s o m n iu m ,
ro sa veris,
5 q u e videris
c la rio r q u a m lilium ;
T u i fo rm a
m e de n o rm a
re g u la ri p roiicit.
10 T u u s visus
a tq u e risus
V e n e ri m e subicit.
P ro te dee
C y th e re e
15 libens p o rto v incula,
e t alati
sui n a ti
co rd e fero spicula.
U t in lignis
20 a rd e t ignis
siccis c u m su b d u c itu r,
sic m en s m e a
p ro te, d ea,
ferv et et c o m b u ritu r.
25 D ic, quis d u ru s,
quis ta m p u ru s,
caren s o m n i crim in e,
esse potest,
q u e m n o n dotes
30 tu e p o ssin t flectere?
V iv a t C a to ,
D e i d a to
q u i sic fu it rigidus,
in a m o re
35 tu o flore
cap tu s e rit fervidus.
F o re su u m
c rin e m tu u m
V e n u s ip sa c u p e re t,
40 si videret;
Carmina Rivipullensia 543
flor y gloria;
ro sa de la p rim a v e ra
5 q u e te m u estras
m ás fulgente q u e el lirio.
T u belleza
de la n o rm a re g u la r
m e desplaza.
10 T u m ira d a
y tu risa
m e so m eten a V en u s.
P o r ti co n gusto p o rto
de la diosa C ité re a
15 las cad en as;
y de su alad o hijo
en el c o ra z ó n
llevo los dard o s.
D el m o d o q u e el fuego
20 a rd e e n la m a d e ra
c u a n d o ella está seca,
así m i espíritu
p o r ti, diosa,
h ierv e y se co n su m e.
25 D im e , ¿q u ié n ta n d u ro ,
q u ié n ta n p u ro ,
c a re n te de to d a ta c h a
p u e d e ser,
q u e tus dotes
30 n o lo p u e d a n d oblegar?
Si p o r m e rc e d de D ios
C a tó n viviera
— él, q u e ta n rígido fue— ,
a rd ie n d o en tu a m o r,
35 p o r tu flor
sería cautivo.
V e n u s m ism a d esearía
q u e tu cab ellera
fu e ra suya,
40 si la viese;
544 Siglo X I I
et d o leret
su u m q u o d ex u p eret.
F ro n s e t gula
sine ruga.
45 et visus angelicus
te celestem ,
n o n te rre stre m ,
d e n o ta n t h o m in ib u s.
T ib i d entes
50 su n t can d en tes,
p u lc h re sed en t lab ia,
q u e siq u an d o
o re ta n g o
m ellea d a n t suavia.
55 E t tu a ru m
p a p illa ru m
fo rm a satis p a rv u la
n o n tu m escit,
sed albescit,
60 nive m agis ca n d id a .
Q u o d q u o d m an u s,
v e n te r p lan u s
et sta tu ra gracilis
te sic fo rm a n t
65 et c o o rn a n t
q u o d nim is es habilis.
N ite n t c ru ra ...
sed q u id p lu ra?
deas p u lc ritu d in e
70 et celestes
et terrestres
su p eras et g enere.
E t idcirco,
p ia virgo,
75 nulli sit m irab ile,
si m en s m e a
p ro te, d ea,
lesa sit a V en ere.
Carmina Rwipullensia 545
y sufriría
p o rq u e a la suya supera.
F re n te y cuello
sin arru g as,
45 y tu faz angelical,
te p re s e n ta n a n te los h o m b res
co m o ser celestial,
q u e n o terrestre.
T ien es los dientes
50 m u y blancos;
h erm o so s se m u e s tra n tus labios,
q u e si a lg u n a vez
ro zo co n m i b o c a
m e d a n besos de m iel.
55 D e tus senos
la fo rm a, m u y p e q u e ñ a ,
n o se h in c h a ,
sino q u e alb ea
y es m ás b la n c a
60 q u e la nieve.
E n c u a n to a tus m an o s,
a tu p la n o v ien tre
y a tu g racio sa estatu ra,
te fo rm a n de ta l m a n e ra
65 y te a d o rn a n ,
q u e resultas s o b re m a n e ra atractiva.
R e sp la n d e c e n tus p iern as...
P ero , ¿ p a ra q u é seguir?
E n belleza
70 y e n linaje
su p eras a las diosas celestiales
y terrestres.
P o r ello,
p ia d o sa m u c h a c h a ,
75 a n a d ie le e x tra ñ a rá
q u e m i espíritu
p o r ti, diosa,
h a y a sido h e rid o p o r V en u s.
546 Siglo X I I
Q u a re p re c o r,
80 m u n d i deco r,
te satis su m m o p ere,
u t am oris,
n o n doloris,
c a u sa sic h o c p e c to re .
120. . Si v e ra s o m n ia f o r e n t *
Si v e ra so m n ia fo ren t, q u e som nio,
m a g n o p e re n n ite r re p le re r gaudio.
A prilis te m p o re , d u m solus d o rm io ,
in p ra to viridi, ia m satis florido,
5 virgo p u lc h e rrim a , v u ltu sidereo,
et p ro les san g u in e p ro cessa regio,
an te m e visa est, q u e suo pallio
a u ra m m ih i facit c u m m a g n o studio.
A u ra m d u m v en tilat, in te rd u m d u lcia
10 ore m ellifluo iu n g e b a t b asia,
et latu s la te ri iunxisset p a rite r,
sed p rim u m tim u it n e fe rre m graviter.
T a n d e m sic lo q u itu r, m o n itu V eneris
«A d te devenio, dilecte iuvenis,
15 face C u p id in is succensa p ecto re;
m e n te te diligo c u m to to co rp o re.
N i m e dilexeris sicut te diligo,
cred as q u o d m o ria r d o lo re nim io.
Q u a re te d e p re c o r, o decus iu v en u m ,
20 u t n o n m e negligas, sed des solatium .
N ec iuste p o teris n u n c m e negligere,
q u ip p e su m regio p ro g re ssa sanguine.
A u ru m e t pallia, vestes p u rp u re a s,
re n o n e s gríseos et pelles v a r ia s 2
P o r ta n to , te suplico,
80 g lo ria del m u n d o ,
co n to d o e n carecim ien to
q u e en m i co ra z ó n
de a m o r seas m otivo,
n o de dolor.
120. Si v e r d a d e ro s fu e ra n
121. R e d it e s ta s c u n c tis g r a ta *
R e d it estas cunctis g ra ta ,
v ire t h e rb a ia m p e r p ra ta ;
n e m u s fro n d ib u s o rn a tu r,
sic p e r fro n d es re n o v a tu r.
5 B ru m a vilis, n eb u lo sa,
e ra t nob is tediosa.
C u m A prilis re d it g ratu s
floribus circu m stip atu s,
P h ilo m e n a c a n tile n a
10 re p le t n em o ris a m e n a ,
et p u elle p e r p lateas
in tric a ta s d a n t choreas.
O m n is erg o adolescens
in a m o re sit fervescens,
15 q u e ra t c u m q u o d e le c te tu r
et, u t a m e t, sic a m e tu r.
25 te lo d a ré e n a b u n d a n c ia si m e co rresp o n d ieras,
y si co m o te am o , así m e a m a ra s tú.
Si u n ro stro h e rm o so y e n c a n ta d o r es lo q u e buscas,
aq u í estoy yo: p o séem e, p u e s q u e te am o.
G om o m ás h erm oso que tú en el m u n d o no hay nadie,
30 m i deseo es q u e ten g as u n a am ig a h erm o sa» .
P o r estas p a la b ra s de la m u c h a c h a in flam ad o ,
la estrech o al p u n to e n a p re ta d o a b razo .
M ie n tra s beso sus m ejillas, p a lp o sus senos,
y luego colm o aq u el m ás d u lce secreto.
35 P u ed o , pues, su p o n e r q u e y o sería
en dem asía feliz y a ú n m ás q u e e n d em asía,
si p o sey era d esp ierto a a q u e lla m ism a m u c h a c h a
q u e p o seí en el p ra d o m ie n tra s e sta b a d o rm id o.
T o r n a el v e ra n o p a r a to d o s g rato ,
y p o r los p ra d o s y a v e rd e a la h ierb a.
D e fro n d as se a d o rn a el b o sq u e
y así, co n las fro n d as, se rem o za.
5 E l in v iern o repulsivo, con sus nieblas,
nos re su lta b a ab u rrid o .
G u a n d o ab ril r e to rn a a m en o ,
e n g a la n a d o de flores,
el ru ise ñ o r co n sus trinos
10 co lm a del b o sq u e los lugares gratos.
P o r las p lazas las m u c h a c h a s
a in trin c a d a s d a n zas se dedican.
Así, p ues, q u e to d o jo v e n
de a m o r se sien ta in flam ad o ,
15 b u sq u e co n q u ié n deleitarse
y, co m o am e, sea a m ad o .
550 Siglo X I I
E t a m ic u m virgo decens
ta le m q u e ra t, q u i sit recens
atq u e v elit m o d o p a ri
20 ta m a m a re q u a m a m a ri.
lu v en is et virgo p u lc ra
in o b scu ro p e rm a n t fulcra,
et vicissim p e r co n n ex u s
dulces sibi d e n t am plexus.
25 O sc u le tu r os, m ax illam ,
iuvenis d u m te n e t illam ;
ta n g a t p ectu s et p ap illa m
satis a p ta m e t pau x illam .
F e m u r fem o ri iu n g a tu r,
30 fructus V e n e ris su m a tu r,
tu n c o m n in o cesset clam o r:
a d im p le b itu r sic am o r.
Carmina Rivipullensia 551
B u sque la h e rm o sa d o n cella
am ig o a p ro p ia d o y jo v e n ,
y q u ie ra del m ism o m o d o
20 ta n to a m a r cu al ser a m a d a .
J o v e n y m u c h a c h a b ella
g rav en a o scuras la cam a,
y en lazad o s m u tu a m e n te
dulces ab ra z o s se den.
25 E l jo v e n , m ie n tra s la goza,
bese su b o c a y m ejilla;
to q u e sus p ech os, su p ezo n cito ,
ta n p ro p o rc io n a d o y p e q u e ñ o .
U n a se m u slo co n m uslo,
30 gócese el fru to de V en u s,
y los g em idos cesen p o r co m p leto entonces:
el a m o r será colm ado.
SIGLOS XII-XIII
ALAN DE LILLE
122. O D e i p r o le s *
O D ei proles, g en etrix q u e re ru m ,
v in cu lu m m u n d i, stabilisque nexus,
g e m m a terren is, specu lu m caducis,
lucifer orbis.
5 Pax, am o r, virtus, reg im en , potestas,
o rd o , lex, finis, via, lux, origo,
vita, laus, sp len d o r, species, figura,
regula m u n d i,
Q u e , tuis m u n d u m m o d e ra n s h ab en is,
10 c u n c ta co n c o rd i stab ilita n o d o
nectis, et pacis glutino m a rita s
célica terris.
Q u e n o y s 1 p u ra s recolens ideas,
singulas re ru m species m o n etas,
15 re m tog an s fo rm a, ch lam y d em q u e form e
pollice form as.
C u i favet celum , fa m u la tu r aer,
q u a m colit tellus, v e n e ra tu r u n d a ,
cui v elu t m u n d i d o m in e trib u tu m
20 singula solvunt.
Q u e d iem n o cti vicibus caten an s,
ce re u m solis tribuis diei,
lu cid o lu n e speculo so p o ran s
n u b ila noctis.
122. H ija d e D io s
25 Q u e p o lu m stellis variis in a u ra s,
etheris n o stri solium 2 serenans;
sid eru m g em m is, v a rio q u e celu m
m ilite com p len s.
Q u e novis celi faciem figuris
30 p ro th e a n s m u ta s, a n im u m q u e vulgus
aeris n o stri reg io n e d o n a n s
leg eq u e s trin g is3;
C u iu s a d n u tu m iu v en escit orbis,
silva c rip a tu r folii capillo,
35 et su a flo ru m tu n ic a ta veste
te rra superbit.
Q u e m in as p o n ti sepelis et auges,
sy ncopans c u rsu m p elag i furoris,
n e soli tra c tu m tu m u la re possit
40 equ o ris e s tu s 4.
T u m ih i causas re s e ra p e te n ti,
cu r petis te rra s, p e re g rin a celis?
C u r tu e n o stris deitatis offers
m u n e ra terris?
45 O r a c u r fletus p lu v ia rig a n tu r?
Q u id tu i v ultus lacrim e p ro p h e ta n t?
F letus in te rn i satis est doloris
lin g u a fidelis.
123. O m n is m u n d i c re a tu ra *
O m n is m u n d i c re a tu ra
q u a si lib e r et p ic tu ra
nob is est in speculum ;
2 Lit., «el asiento de nuestro cielo», es decir, «el horizonte».
3 Referencia a la astronom ia y a la astrologia.
4 Lit., «la prolongación del suelo», es decir, p a ra que no pueda sumergir
la costa y, m ás particularm ente, las playas.
* Ed. PL 210, 579. Poem a en estrofas de seis versos: 4 (8 p) + 2 (7 pp).
Rim a: aabccb. Ofrecemos parte del poem a, atribuible a Alán de Lille. El
poem a entraña un pensam iento religioso, o com porta un m oralism o que
concuerda con ciertos aspectos de la filosofía antigua. El autor ha sabido
com binar recuerdos del Eclesiastés con rem iniscencias de H oracio y de Persio.
Podem os ver en ella, m ás bien, una m editación de fondo filosófico acerca de
la fragilidad hum ana y acerca de la om nipotencia de la m uerte.
Alán de Lille 559
T o d a c ria tu ra del m u n d o ,
cu al u n libro, cu al u n cu ad ro ,
viene a servirnos de espejo;
560 Siglos X II -X I II
124. E s t lo c u s a n o str o s e c re tu s *
124. H a y u n lu g a r aleja d o
1 Com párese el contraste existente entre los versos que vienen a conti
nuación y aquellos otros del propio Alán de Lille en el poem a 123, Omnis
mundi creatura, de esta antología.
Alán de Lille 563
125. D u m iu v e n tu s f lo r u it *
D u m iuven tu s floruit,
licuit e t lib u it
facere, q u o d p lacu it,
iu x ta v o lu n ta te m
5 c u rrere, p e ra g e re
carn is volu p tatem .
A m o d o sic agere,
vivere ta m libere,
ta le m v ita m d u cere
10 viri v e ta t etas:
p e rim it et exim it
leges assuetas.
E tas illa m o n u it,
docuit, consuluit,
15 sic et etas an n u it:
«N ihil est exclusum !».
O m n ia c u m v en ia
co n tu lit a d usum .
V o lo resipiscere,
20 lin q u ere, co rrig ere
q u o d com m isi tem ere;
d einceps in te n d a m
seriis p ro vitiis
v irtu tes re p e n d a m .
* Ed. CB, n.30, p.70. Estrofas rítmicas de seis versos: 4 (7 pp) + 2 (6 p).
Rim a: aaabcb.
Pedro de Blois 569
125. En ta n to flo r e c ió
E n ta n to floreció la ju v e n tu d ,
lícito fue y n o m en o s gustoso
h a c e r c u a n to placía;
siguiendo sus dictados,
5 co rre r y cu m p lir
los cap rich o s de la carne.
O b r a r e n el fu tu ro de este m odo,
vivir ta n lib re m e n te
y llev ar u n a v id a de este tip o
10 la m a d u re z al h o m b re se lo im pide:
ella destru y e y abóle
las leyes aco stu m b rad as.
L a e d a d ju v e n il aco n sejab a,
e n se ñ a b a y sugería
15 (y en ello e stab a d e acuerdo):
«N o h a y cosa alg u n a p ro h ib id a» ;
p erm isiv a m e n te to d o
en p rá c tic a lo po n ía.
Q u ie ro re c o b ra r el tino;
20 d e ja r a u n lad o y co rreg ir
las faltas q u e co m etí tem erario :
in te n ta ré en ad elan te
cosas serias; y aquellos vicios
h a b ré de com p en sarlo s co n virtudes.
PED R O RIGA
126. S in tién d o se p r e ñ a d a la e sp o sa
Sintiéndose p re ñ a d a la esposa d e T iresias y con su
[vientre h in c h ad o ,
a los dioses con su ltó el significado de sem ejante hin-
[chazón.
« V aró n será», le dijo Febo: m as V e n u s contestó: « S erá
[m ujer»;
« N iñ a-n iñ o m ás bien » , te rc ia n d o afirm ó N e p tu n o .
5 L a realidad se atuvo a sus palabras, pues ella concibió,
[y su re to ñ o
m ujer, varón, n i lo u n o n i lo otro, a u n tiem po nació
[todo.
R esultó él o ella, u n solo n o sé q u é que era dos cosas,
ni lo u n o n i lo otro, u n o y o tra, niño, n iñ a, m u ch o ,
[nada.
A ú n n o h ab ía dejado tal criatu ra los años m ás floridos,
10 cuando consulta a los dioses lo relativo a su m uerte.
V en u s p red ijo q u e m o riría en u n lazo; q u e con u n
[arm a,
M arte; N ep tu n o , que en las aguas. C a d a contestación
[tiene su peso.
A la v e ra del a g u a h a b ía u n p in o , al q u e el jo v e tre p ó ;
[y la e sp ad a
se le resb ala al in c a u to , y sobre ella él resbala.
15 T ra b ó le u n a r a m a el pie; la e sp a d a hun d ió se e n su
[pecho;
su m erg id a en el a g u a su c ab eza quedó. E l h o m b re
[pereció tres veces.
Las causas de su m u erte fuero n tres: la ram a, la espada,
[el ag u a.
L o a h o rc a la p rim e ra al enlazarlo ; lo m a ta la segun-
[da; lo a h o g a la terce ra.
A l colg ar p o r el pie, q u e d a de la ra m a suspendido; al
[ser a trav esad o su costado,
20 es h erid o p o r la espada; al ser sum ergida su cabeza,
[el río le d a m u e rte.
L a ra m a enlazó co n su n u d o el cuerpo; la espada con
[su p u n ta
p e n e tró p o r su p ech o ; el lago co n su o n d a le a rre-
[bató la vida.
G ODO F RE D 0 D E VI N SA U F
127. U nius a s tr in g it d u o co rp o ra *
U n iu s astrin g it d u o c o rp o ra n o d u s am oris;
c o rp o ra d isiungit n o v a causa. S ed a n te recessum
oscula p refigit os ori; cin g it u tru m q u e
m u tu u s e t stingit am plexus; fons o c u lo ru m
5 in faciem lacrim as derivat; e t u ltim a v e rb a
singultus m ed iu s in tersecat. E stq u e doloris
calcar a m o r viresq u e d o lo r te s ta tu r am oris.
V e ri ced it hiem s. N e b u la s diffibulat a e r
et celu m b la n d itu r h u m o . L ascivit in illam
10 h u m id u s et calidus; et q u o d sit m ascu lu s a e r
fem in a sentit h u m u s. Flos, filius eius, in au ras
exit et a rrid e t m atri; c o m a p rim u la co m it
arb o reo s apices; p re m o rtu a sem in a su rg u n t
in v itam ; v e n tu ra seges p rev iv it in h e rb a .
15 H o c te m p u s titillat aves, h ec te m p o ris h o ra ,
quos n o n d u m divisit a m o r, divisit am an tes.
128. P re fo rm e t c a p iti n a tu re **
127. E l n u do d e u n ú n ico a m o r
128. T race e l c o m p á s d e N a tu ra
T ra c e el co m p ás de N a tu ra el círculo a la cabeza.
D el o ro la color p o r sus cabellos se esparza. Lirios flo
re z c a n
en la a ltu ra de su frente. E l tra z o de sus cejas se e q u i
p a re
a los n egros a rá n d a n o s; am b o s arco s sean cortados
5 p o r la b la n c a fo rm a de u n a raya. D e la n ariz tra c e el
[rasgo
578 Siglos X II -X I II
129. N a tu re s e c re ta v id e t *
129. E l h o m b re in te lig e n te o b se rv a
130. H a b ía u n a fo n ta n a refresca n te
H a b ía u n a fo n ta n a refrescan te, a la q u e so m b ra d a b a
[un m a d ro ñ o :
h e rm o sa p o r la fro n d a, v erd o sa p o r el césped, b ri
lla n te p o r las aguas.
A llá, b ajo el refugio verd e, h ab íase llegado solitaria
[u n a doncella
a b a ñ a r en las te m p lad as aguas su d elicado cu erpo.
584 Siglos X l b X l I I
131. B ulla fu lm in a n te *
B ulla fu lm in an te,
sub iudice to n a n te
reo ap p ellan te,
sen ten tiam g rav an te
5 veritas o p p rim itu r
d istra h itu r
et v en d itu r,
iustitia p ro sta n te ;
itu r e t re c u rritu r
10 a d c u riam , n ec a n te
q u id co n seq u itu r,
q u a m e x u itu r q u a d ra n te .
Si q u eris p re b e n d a s,
fru stra v itam c o m m en d as,
15 m o res n o n p re te n d a s,
ne iu d icem offendas,
fru stra tuis litteris
inniteris,
m o rab eris
20 p e r p lu rim a s calendas;
ta n d e m expectaveris
a ceteris feren d as,
p a ris p o n d e ris
p re tio nisi co n ten d as.
* Ed. CB, n.l3 1 a, p.436. EI Codex Buranus tiene tan sólo tres estrofa
Composición rítmica, con estrofas de 12 versos. 1 (5 pp) + 2 (4 pp) + 2 (6
p) + 4 (7 p) + 2 (7 pp) + 1 (8 p). Rim a: aaaabbbababa. Esta poesía m uestra
el carácter polémico del autor, que tiene que emplearse a fondo en las luchas
entre los enseñantes y la adm inistración y contra el papado.
1 Monstruoso perro de tres cabezas, guardián de la entrada a los
Infiernos.
2 Orfeo, gracias a su música, consiguió de Plutón la gracia de descender
a los Infiernos para rescatar a su esposa Eurídice, m uerta por la m ordedura
de una serpiente.
Felipe el Canciller 589
M ie n tra s la b u la fu lm in a
b ajo u n ju e z q u e la n z a tru en o s,
en ta n to q u e el re o ap ela
y se a g ra v a la sentencia,
5 la v e rd a d es o p rim id a,
a rra stra d a ,
p u e sta en v en ta,
h a c ie n d o p ro stitu irse a la justicia.
Se a c u d e y se re c u rre
10 an te la C u ria , p e ro n a d a
se consigue sin q u e antes
se suelte to d o el d inero.
Si a n d a s b u sc a n d o p re b e n d a s,
en v a n o gastas tu vida.
15 N o exhib as b u e n a s co stum bres,
n o sea q u e al ju e z ofendas.
Es in ú til q u e te apoyes
e n tu sapiencia:
te n d rá s que estar ag u a rd a n d o
20 p o r u n tie m p o in te rm in a b le .
Y tra s de m u c h o e sp erar
verás q u e otros se las llevan,
si e n la p u ja
n o los aven tajas co n tu oferta.
25 A los p o rte ro s d el P ap a,
m ás sórdidos q u e C e rb e ro ,
con v a n a e sp e ra n z a im p lo rarás,
n i a u n q u e fueses O rfeo ,
aq u el a q u ie n p restó oídos
590 Siglos X II -X I II
30 P lu to deus
T a rta re u s;
n o n id eo p ero res,
m alleus arg en teu s
n i feriat a d fores,
35 u b i P r o te u s 3
v a ria t m ille colores.
Iu p ite r d u m o ra t
D ä n e n , fru stra la b o ra t,
sed e a m d e f lo r a t4,
40 a u ro d u m se colo rat;
au ro n il p o ten tiu s,
nil gratius,
n ec T ulliu s 5
facu n d iu s p e ro ra t,
45 sed hos u rit acrius,
quos am p liu s h o n o ra t,
n ih il iustius,
calid u m C rassus d u m v o r a t 6.
132. Q u isq u is c o r d is e t o cu li *
30 P lu tó n , el dios
del T á rta ro .
E n v a n o p e ro ra rá s
si tu m artillo de p la ta
n o d a golpes e n la p u e rta ,
35 d o n d e P ro te o
a d o p ta m il ap arien cias.
E n ta n to q u e J ú p ite r suplica
a D á n a e , to d o su esfuerzo es inútil;
p e ro e n c a m b io la seduce
40 ta n p ro n to co m o to m a del o ro la ap arien cia.
N a d a m ás p o d e ro so q u e el oro;
n a d a m ás grato.
N i siqu iera T u lio
p e ro ra ría c o n m a y o r facu n d ia.
45 P e ro a b ra sa c o n m a y o r violencia
a aquellos a quien es m ás h o n ra .
N a d a m ás ju s to h a existido
q u e el q u e C ra so lo trag ase hirvien d o .
Q u ie n q u ie ra q u e d el c o ra z ó n y el ojo
n o sien ta en sí el litigio,
ig n o ra q u é son los aguijones,
q u é cosas las sim ientes de la culpa;
5 la cau sa desconoce del peligro;
p o r q u é se re p ro c h a n m u tu a m e n te ;
592 Siglos X U -X U !
c u r p ro caces et em uli
resplicent in se vitia.
C o r sic affatu r oculum :
10 « T e p eccati p rin c ip iu m ,
te fom item , te stim u lu m ,
te voco m o rtis n u n tiu m ;
tu , d o m u s m ee ia n ito r,
hosti n o n claudis ostium ,
15 fam iliaris p ro d ito r
adm ittis ad v ersariu m .
N o n n e fe n e stra diceris,
q u a m o rs in tra t a d an im a m ? 1
N o n n e , q u o d vides, sequeris
20 u t bos d u ctu s a d victim am ?
G u r n o n saltem , q u as ingeris,
sordes lavas p e r lacrim am ?
A u t q u a re n o n erueris
m e n te m ferm e n ta n s azy m am ?» 2.
25 G o rd i re sp o n d e t oculus:
«Iniuste de m e q uereris,
servus su m tib i sedulus,
ex seq u o r q u id q u id iusseris;
n o n n e tu m ih i precip is
30 sicut et m e m b ris ceteris?
N o n ego, tu te decipis:
n u n tiu s sum , q u o m iseris.
C u r d a m n a tu r ap e rtio
co rp o ri necessaria,
35 sine cuius obseq u io
c u n c ta la n g u e n t officia?
Si q u e fiat irre p tio ,
cu m sim fen estra v itrea,
si, q u o d recep i, n u n tio ,
40 q u e p u ta tu r iniuria?
p o r qu é, p ro c a c e s y ém ulos,
en c a ra se e c h a n los vicios.
El c o ra z ó n al ojo así le dice:
10 «Principio del p ec a d o ,
fo m en to , estím ulo,
y n u n c io de la m u e rte yo te llam o.
T ú , de m i casa p o rte ro ,
n o cierras la p u e rta al enem igo;
15 in filtrad o tra id o r,
das cobijo al adversario.
¿N o se te lla m a v e n ta n a
p o r d o al a lm a la m u e rte se intro d u ce?
¿N o m a rc h a s tra s lo q u e ves,
20 co m o b u e y c o n d u c id o al m a ta d e ro ?
¿ P o r q u é al m en o s c o n tus lág rim as n o lavas
las m a n c h a s q u e tú provocas?
¿ P o r q u é n o p o n e r e n evid en cia
q u e eres q u ien fe rm e n ta al alm a p u ra?»
25 R e sp ó n d e le el ojo al co razó n :
«Sin ra z ó n de m í te quejas,
a p e sa r de q u e te soy u n siervo diligente,
y cu m p lo c u a n to m e o rdenas.
¿A caso a m í n o m e m a n d a s
30 igual q u e a los otros m iem b ro s?
N o soy yo, sino tú el q u e te engañas:
de e m b a ja d o r ac u d o allá d o n d e m e envías.
¿ P o r q u é c o n d e n a r u n a a b e rtu ra
al c u e rp o necesaria,
35 y sin cuyo co n cu rso
los otros co m etid o s lan g u id ecen ?
Si h a y algo q u e p e n e tre
— pues q u e v e n ta n a cristalina soy—
y si de lo e n tra d o d o y aviso,
40 ¿Po r q u é im p u ta rm e la culpa?
594 Siglos X II -X I II
A d d o , q u o d nullo p u lv ere
q u e m im m itta m pollueris,
n u llu m m a lu m te led ere
potest, nisi consenseris.
45 D e co rd e m a la p ro d e u n t,
nihil in v itu m pateris;
virtutes n o n in te re u n t,
nisi c u lp a m com m iseris».
D u m sic u te rq u e d isp u ta t
50 soluto pacis osculo,
ra tio litem a m p u ta t
definitivo calculo;
re u m u tru m q u e re p u ta t,
sed n o n p a ri p ericu lo ,
55 n a m co rd i c a u sa m im p u ta t,
occasio n em oculo.
A ñ a d o q u e p o r polv o alg u n o
q u e p e n e tra serías m ancillado,
n i a d a ñ a rte m al n in g u n o
a lcan zaría, si n o lo consintieras.
45 D e l co ra z ó n b ro ta n los m ales,
q u e n o te afectarían si tú n o lo quisieses.
L as v irtu d es n o p e re c e n
si n o com etes delito».
M ie n tra s q u e e n tra m b o s d isp u tan ,
50 ro to d e la p a z el beso,
la R a z ó n c o rta el litigio
co n su v oto decisivo.
A u n o y o tro cu lp ab le considera,
a u n q u e en g rad o diferente:
55 im p u ta al c o ra z ó n la causa,
y al ojo la ocasión.
133. A n s ia m o s con em p eñ o
A nsiam os co n e m p e ñ o lo vedado;
deseam os lo p ro h ib id o ;
e n la lu c h a e n tre la c a rn e y el espíritu,
resu ltam os d erro tad o s.
5 A l vó m ito to rn a m o s
y la vista volvem os h a c ia atrás.
L o q u e y a e stab a abolido
lo escribim os en el libro d e la m u erte.
A u n d esastre a ú n m a y o r
10 nos lleva n u e stra ú ltim a locura.
El q u e llo ra y n o se aleja
se expone a cosas m ayores,
com o q u ie n h a c e p ro m esas
y falla en su cu m p lim ien to ,
15 co m o aq u el q u e sie m b ra p lan tas,
p e ro n o obtien e p rovecho.
596 Siglos Χ Π -Χ Π Ι
u t q u i p la n ta s inserit,
tran sferen s nil proficit,
sic, q u i m e n te co n te rit
et p ro m issu m abiicit,
u t m a te r, q u e p e p e rit,
20 et p a rtu m interficit.
S e ra p a rsim o n ia
est in fu n d o loculi,
sera p e n ite n tia ,
c u m c la u d u n tu r oculi,
25 talis est u t v itia
fatentis latru n cu li,
c u m in s ta n t stip en d ia
tim o re p atib u li,
q u e rit m a le co n scia
30 m en s fu g am latibuli.
V irgines in tro itu m 3
sero q u e ru n t fatu e,
c la u d u n tu r p o st p e rd itu m
e q u u m sero ian u e.
35 Festines a d ex itu m ,
p re v e n iri m etu e;
in in fe rn o p o situ m
ta m q u a m oves p ascu e
tritu m et c o m m o litu m
40 m o rs p ascet assidue.
Q u id erg o , m iserrim e,
q u id dices, q u id facies?
C e n se tu r, c u m u ltim e
v e n e rit illa dies,
45 c u m p asch alis victim e
v u ln e ra conspicies;
tu n c in an es lacrim e,
tu n c n ih il proficies,
passiones a n im e
50 fetor, ignis, glacies.
Q u ie n p ie rd e el tie m p o p e n sa n d o
y e c h a ab ajo sus p royectos,
es co m o m a d re q u e a lu m b ra
20 y d a m u e rte a su reto ñ o .
A h o rro ta rd ío h ay
al fo n d o d e la gaveta;
ta rd ía la p e n ite n c ia
cu a n d o se c ie rra n los ojos.
25 Es ig u al q u e los defectos
del soldado m e rc e n a rio ,
q u e c u m p le c o n su d e b e r
p o r el te m o r a la h o rca;
conscien te de su m a ld a d , el p e n sa m ie n to
30 b u sc a a m p a ro de u n refugio.
Las v írgenes necias
ta rd e a c u d e n a la e n tra d a .
T a rd e se c ie rra n las p u e rta s
después de q u e el caballo se h a p erd ido.
35 C o rre p re sto a la salida;
tem e el q u e c u a lq u ie ra te aventaje:
al a rro ja d o al in fiern o ,
tritu ra d o y b ie n m olido,
lo a p a c e n te rá la m u e rte sin descanso,
40 cu al ovejas p asto read as.
P o r lo ta n to , d esd ich ad o ,
¿qué es lo q u e dices?, ¿q u é haces?
J u z g a d o serás, c u a n d o p o r fin
llegue aq u el p o stre ro día;
45 c u a n d o de la V íc tim a P ascu al
co n tem p les las herid as.
V a n a s lág rim as entonces;
ento n ces n o h a b rá prov ech o ,
sino dolores del alm a,
50 h ed io n d ez, fuego, hielo.
J U A N PEC K A M O P E C K H A M
134. P h ilo m en a , p r e v ia te m p o r is a m e n i *
* Ed. de AH, 50, n.398, p.602. EI fragm ento que ofrecemos pertenece
al comienzo del poem a titulado Philomena. Poem a rítmico, en estrofas de
cuatro versos de 13 sílabas, verso tradicional de la poesía goliárdica. C ada
verso está dividido en dos hemistiquios: 7 pp + 6 p. Estrofas m onorrim as.
Juan Peckam o Peckham 601
su g a rg a n ta p a re c e q u e se ro m p e — ta n to la voz se
[en g ran d ece—
y c u a n to m ás c a n ta , se e n a rd e c e ta n to m ás.
C u a n d o el sol al m e d io d ía se e n c u e n tra en p leno apo-
[geo,
enton ces d e sg a rra sus e n tra ñ a s co n los m ás agudos tri-
[nos:
35 oci, oci, c lam a el ave, siguiendo su co stu m b re,
y así sensiblem ente su c a n to v a a m e n g u a n d o p o r el
[en o rm e esfuerzo.
Q u e b ra n ta d o s así del ru ise ñ o r los órganos,
su pico a p en as p a lp ita n te , se q u e d a casi exangüe;
pero al llegar la h o ra n ona, se m u ere ya p o r com pleto,
40 pues se ro m p e n las v enas de su c u e rp o to d o .
A m igo del alm a: de m a n e ra su cin ta has escu chado
la h isto ria de esta ave; p e ro re c u e rd as tal vez
q ue al p rin cip io dijim os q u e su can to
se a d a p ta m ísticam en te a la ley de Jesu cristo .
45 R e sta sólo q u e c o m p re n d a s q u e re su lta el ru iseñ o r
a lm a llen a de v irtu d es y d e am o r,
q u e m ien tras en su m e n te está p e n sa n d o en la p a tria
[deleitosa,
con p rim o r v a en tre te jie n d o su a g ra d a b le cantilena.
P a ra servir de in c re m e n to a la e sp e ra n z a santa,
50 u n m ístico sen tid o e n tra ñ a p a r a él u n d ía cu alq u iera:
beneficios q u e de la m a n o de D ios
el h o m b re o b tien e, las h o ra s del d ía son.
El a m a n e c e r o el a lb a es d el h o m b re aq u el in stan te
en el q u e A d á n m a rav illo sam en te fue cread o .
55 L a h o ra p rim a , aq u e lla en la q u e C risto se en carn ó ;
lla m a te rc ia al in terv alo e n q u e vivió en este m u n d o ;
la sexta, aquella en que quiso ser p o r bellacos prendido,
flagelado, escupido, c ru e lm e n te to rtu ra d o ,
in ju stam en te tra ta d o p o r los p érfidos ju d ío s,
60 crucificado a la p o stre, y p o r clavos h o ra d a d o .
604- Siglos Χ Π -Χ ΙΙΙ
2
fabulus = diabolus.
Juan Peckam o Peckham 605
135. D e r a m is c a d u n t f o lia *
D e ram is c a d u n t folia,
5 n a m v iro r totus periit;
ia m calo r liq u it o m n ia
et abiit;
n a m signa celi u ltim a
sol petiit
Ia m n o c e t frigus ten eris,
et avis b r u m a led itu r,
et p h ilo m e n a ceteris
10 c o n q u e ritu r,
q u o d illis ignis etheris
a d im itu r.
N e c ly m p h a c a re t alveus,
n e c p r a ta v ire n t h e rb id a ;
15 sol n o stra fugit au reu s
confinia;
est in d e dies niveus,
n o x frigida.
M o d o frigescit q u ic q u id est,
20 sed solus ego caleo;
im m o sic m ih i co rd i est
q u o d ard eo ;
h ic ignis ta m e n virgo est,
q u a lan g u eo .
25 N u tritu r ignis osculo
e t leni ta c tu virginis:
in suo lu c e t oculo
lu x lum inis,
V in u m dulce, g loriosum
p in g u e facit et ca rn o su m
a tq u e p ectu s aperit.
5 E t m a tu ru m , gustu p le n u m ,
v ald e nobis est a m e n u m ,
q u ia sensus acuit.
V in u m forte, v in u m p u ru m
re d d it h o m in e m secu ru m
e t depellit frigora.
10 S ed a c e rb u m linguas m o rd e t,
in te stin a c u n c ta so rd et
c o rru m p e n d o co rp o ra.
V in u m v ero q u o d est g lau cu m
p o ta to re m facit ra u c u m
15 et fre q u e n te r m ingere.
V in u m v ero tu rb u le n tu m
solet d a re co rp u s le n tu m
et colo rem tingere.
y n o h a y en to d o el m u n d o
30 n a d a m ás divinal.
El fuego griego se a p a g a
co n vino y a av in ag rad o ;
p e ro éste n o se extingue
p a r a m í, desv en tu rad o ;
35 se ac re c ien ta , m ás b ie n , co n co m bustible
ab u n d an tísim o .
E l v in o dulce, glorioso,
vuelve g o rd o s y carnosos
y e n sa n c h a el p ech o .
E l m a d u ro , c o lm ad o de sabor,
5 e n ex trem o gustoso n os resulta,
p o rq u e ag u za los sentidos.
E l v in o fu erte, el v in o p u ro
d a se g u rid a d al h o m b re
y e sp a n ta el frío.
10 P u n z a el a m a rg o la len g u a,
en su cia los in testinos
el c u e rp o c o rro m p ien d o .
P e ro el vino q u e es clarete
vuelve ro n c o al b e b e d o r
15 y h a c e q u e m ee co n frecuencia.
E n cam b io , el v in o q u e es tu rb io
suele al c u e rp o h a c e rlo to rp e
y cam b iarle la color.
612 Siglos Χ ΙΙ-Χ ΙΠ
V in u m ru b e u m subtile
20 n o n est r e p u ta n d u m vile,
n a m co lo rem g en erat.
A u ro sim ile c itrin u m
v ald e fovet in te stin u m
e t lan g u o res suffocat.
25 A lb a lim p h a m a le d ic ta
sit a n obis in te rd ic ta ,
q u ia sp len em p ro v o cat.
137. J a m lu c is o rto s id e r e *
E l sutil v in o ro sa d o
20 n o d eb e ser d esp reciad o
p o rq u e colo r n o s confiere.
E l cetrin o , al o ro sem ejan te,
al in testin o ay u d a e n g ra n m a n e ra
y ex tingue las languideces.
25 E l a g u a b la n c a m a ld ita
sea p ro sc rita p o r noso tro s,
p o rq u e p e iju d ic a al bazo.
137. A p e n a s a p a recid a
A p en as a p a re c id a la estrella d e la m a ñ a n a ,
conviene b e b e r al p u n to .
B eb am o s a h o ra a lo g ra n d e
y to rn em o s de n u ev o a b e b e r hoy.
5 Q u ie n q u ie ra ser n u e stro h e rm a n o
b e b a u n a vez, dos, tres, cu atro ;
b e b a u n a vez y o tra m ás
h a sta n o d e ja r en el fo n d o n i u n a gota.
B eba éste, b e b a aquél,
10 beba el siervo y la c riad a,
beba el a m a , b e b a el am o:
n ad ie a b e b e r sea rem iso.
P o r tod o s los b e b e d o re s,
p o r cautivos y difuntos,
15 p o r el e m p e ra d o r y p o r el p a p a ,
a p u ro el vino sin agu a.
614 Siglos Χ ΙΙ -Χ Ι Π
138. C u m a n im a d v e r te r e m *
C u m a n im a d v e rte re m ,
v e n e ra n d o V e n e re m 1
m e lav are la te re m 2,
sensi, q u o d su ccu m b erem ,
5 nisi c u lp a m v eterem
c u m a n im a d v e rte re m .
C u m a n im a d v e rte ro ,
q u e, q u a n ta , q u o t egero,
re c te flere p o te ro ,
10 nisi declin av ero ,
nisi m e d e cetero
c u m a n im a d v e rte ro .
C u m an im a d v e rte ris,
in q u ib u s d eliqueris,
15 b o n i nihil operis,
n ihil, in q u a m , rep eris,
erg o nisi falleris,
c u m an im ad v erteris.
H e a q u í la fe de los b eb ed o res,
de los am igos la ú n ic a esperan za:
« Q u ie n n o b e b ie re b ien,
20 salvarse n o p o d rá » .
L ib a c ió n p ro lo n g a d ísim a
nos resu lte salutífera,
y q u e ta l n o rm a p e rd u re
p o r los siglos d e los siglos.
A m én .
138. A l d a r m e cu en ta
A l d a rm e c u e n ta
de q u e, a V e n u s v e n e ra n d o ,
e c h a b a a p e rd e r m i tiem p o ,
sentím e m o rir,
5 a n o ser de la a n tig u a cu lp a
al d a rm e cu en ta.
C u a n d o c u e n ta m e dé
de qu é, c u á n g ra n d e y c u á n to necesito,
con ra z ó n p o d ré llo ra r,
10 si n o c a m b io de ru m b o ,
a n o ser, resp ecto a to d o lo dem ás,
c u a n d o c u e n ta m e dé.
C u a n d o te h ay as d a d o c u e n ta
de las cosas e n q u e yerras,
15 n a d a b u e n o de p ro v ech o
— n a d a , re p ito — o b te n d rá s,
si n o cam b ias de o p in ió n ,
c u a n d o te h ay as d a d o cu en ta.
616 Sighs X I l- X lI I
G u m a n im a d v e rte re
20 te p o tes in scelere,
v e rte re , rev ertere,
d u m po tes, resu rg ere,
m en tis h o m o libere,
c u m an im a d v e rte re .
25 C u m a n im a d v e rtitu r,
d u m in c a rn e vivitur,
q u id a n o b is ag itu r,
n ih il si quis ig itu r
ra tio n e reg itu r,
30 c u m a n im a d v e rtitu r.
139. Veris a d im p e r ia *
V eris a d im p e ria
re n a s c u n tu r o m n ia,
am o ris p re m ia
c o rd a p re m u n t sau cia
5 q u e ru la m elo d ia
g ratia previa,
c o rd a m a rc e n tia
m ed ia.
Refr. V ite v e rn a t flos
10 in tra nos.
S u sp ira t luscinia,
n o stra sibi conscia
im p e tre n t suspiria
q u o d se q u a tu r v enia;
15 dirige, vite via,
g ratia previa,
vie d isp en d ia
gravia.
Refr. V ite v e rn a t flos
20 in tra nos.
G u a n d o d a rte c u e n ta p u ed es
20 de q u e vives en p ec a d o ,
to rn a y re to rn a de nuev o ,
m ie n tra s p u e d a s, a e n m e n d a rte ,
h o m b re de esp íritu libre,
c u a n d o d a rte c u e n ta puedes.
25 C u a n d o u n o se d a cu en ta,
m ie n tra s se vive en la carn e,
d e có m o nos c o m p o rta m o s,
n a d a — si u n o lo p ien sa—
lo g o b ie rn a la ra z ó n ,
30 c u a n d o u n o se d a cu en ta.
139. D e la p r im a v e r a a l m a n d a to
D e la p rim a v e ra al m a n d a to
re n a c e n to d a s las cosas.
L os p relu d io s d el a m o r
o p rim e n los h erid o s co razo n es
5 co n su can to q u eju m b ro so ,
siendo la g racia el h e ra ld o ,
esos co razo n es q u e lan g u id e c e n
en n u estro p echo.
Refr. R e v e rd e c e la flo r de la v id a
10 d e n tro de nosotros.
S u sp ira el ru iseñ o r.
C o n scien te de n u estras faltas,
o b te n g a n n u estro s suspiros
q u e se c o n c e d a el p e rd ó n .
15 D irig e n u estro s pasos, C a m in o de la V id a,
siendo la g racia el h e ra ld o ,
p o r estos d u ro s vericuetos
del sendero.
Refr, R e v e rd e c e la flor d e la v id a
d e n tro de nosotros.
618 Siglos X II -X I U
140. L u x u ria n t a n im i *
L u x u ria n t an im i
reb u s sepe pro sp eris,
vile ia c e n t infim i
casibus in asperis,
5 in g ra ti p ro g ra tia
g ra ti sub inopia;
in o p es su n t h um iles,
p ro p te r opes labiles
in flatu r superbia.
10 E xhaustis c o n c ip iu n t
viles virus viribus,
q u o d v o m e n d o p a riu n t
secundis successibus,
expost facto clarius
15 p a te t h o c e t plan iu s,
e x h a u sta p e c u n ia
m o n s tra t im p o te n tia
q u o d v o lu ere priu s.
141. V eneris p r o s p e r is **
V e n e ris p ro sp eris
u sa successibus,
tu rb a , n ascen tib u s
floribus ten eris,
5 exeq u aris
p risc u m m o re m ,
a d a m o re m
accingaris
sceleris
10 preterm issis ceteris.
141. A ten d ie n d o a lo s p r ó s p e r o s
A te n d ie n d o a los p ró sp ero s
sucesos de V enus,
¡oh turb a! en el n acim ien to
de las delicadas flores
5 in te n ta im ita r
la a n tig u a costum bre:
al a m o r
en trég ate
d ejan d o a u n lado
10 o tro cu alq u ier afán.
620 Siglos X I I - X I I l
142. N a tu re th a la m o s*
N a tu re th alam o s in tra n s re se ra n sq u e p o e ta
cuilibet in te n tu s m e ru it re p e rire q u o d audis.
D o rm iv it visusque fuit sibi p e r n e m u s ire.
n o x su cced eb at claro te n e b ro sa diei;
5 solus e ra t n ig ru m q u e n e m u s to tu m q u e fre m e b a t
occu rsu sonitu v a ria c u m voce fe ra ru m .
T alib u s atto n itu s d u b iu sq u e q u id esset a g e n d u m ,
visa fo rte d o m o v eteri p e rv e n it a d illam .
In m e d io n em o ris p la n o c irc u m d a ta p a rv o
10 visa fuit vetus illa d o m u s q u a si sola relicta.
A d q u a m p erv e n ie n s m o d ic u m q u asi lum inis intus
v id it e t in m ed io q u asi n u d e virginis instar.
L etus in asp ectu recip i se p o stu la t intus.
A ltus e ra t p aries in e o q u e fo ra m in a p a rv a .
15 C la u se ra t ostio lu m m u lie r cla u su m q u e te n e b a t.
A dv en ere fere circu m v allare volentes
sep ta d o m u s sta n te m q u e foris ia m p e n e v o rantes.
H ic m agis ille tim en s p e tit u t q u e a t intus latere.
Illa ca re n s p a n n is d o rsu m v e rte b a t a d illum ,
20 crin ib u s e t p alm is n iten s v elare p u d e n d a ,
cu m q u e p reces o cu lo sq u e viri to le ra re n e q u ire t,
talia v e rb a d e d it vix in tellecta p re c a n ti:
«S ta p ro c u l et n o li m ih i p lu s in fe rre p u d o re m .
In m e a te secreta fui vix p assa v en ire,
25 d e b u e ra sq u e m ih i d eferre fid e m q u e p e re n n i
* Ed. de F. J. E. R aby , ' The Oxford Book o f Medieval Latin Verse (Oxford
1959), p.363ss. Gf. F. J . E. R a b y , A History o f secular Latin Poetry in the Middle
Ages (Oxford 1957), vol.II, p.28ss, C. S. L ew is , The Allegory o f Love (Oxford
1936), p . l l l . Poem a en hexám etros dactilicos.
Flor de anónimos 621
Págs.
Págs.
Pâgs.
LA U S D EO V IR G IN IQ U E M ATR I