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TOPOGRAFIA II
ALTIMETRIA
SUMÁRIO
1. ALTIMETRIA................................................................................................................. 2
1.1 Aplicação ..................................................................................................................... 2
1.2 Conceitos ..................................................................................................................... 2
2. EQUIPAMENTOS......................................................................................................... 7
2.1 Níveis........................................................................................................................ 7
2.2 Nível Ótico ................................................................................................................... 9
2.3 Acessórios ................................................................................................................. 10
3. NIVELAMENTOS........................................................................................................ 13
3.1 Nivelamento Geométrico ........................................................................................... 14
3.2 Erros nas leituras de mira .......................................................................................... 18
4. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................... 21
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1. ALTIMETRIA
A altimetria é a parte da topografia que trata dos métodos e instrumentos empregados no
estudo e representação do relevo do solo. O estudo do relevo de um terreno consiste na
determinação das alturas de seus pontos característicos e definidores da altimetria, relacionados
com uma superfície de nível que se toma como elemento de comparação.
1.1 Aplicação
A determinação da cota/altitude de um ponto é uma atividade fundamental em engenharia.
Projetos de redes de esgoto, de estradas, planejamento urbano, entre outros, são exemplos de
aplicações que utilizam estas informações. A determinação do valor da cota/altitude está baseada
em métodos que permitem obter o desnível entre pontos. Conhecendo-se um valor de referência
inicial é possível calcular as demais cotas ou altitudes. Estes métodos são denominados de
nivelamento. Existem diferentes métodos que permitem determinar os desníveis, com precisões
que variam de alguns centímetros até sub-milímetro. A aplicação de cada um deles dependerá da
finalidade do trabalho.
1.2 Conceitos
1.2.1 Altitude
É a distância medida na vertical entre um ponto da superfície física da terra e a superfície
de referência altimétrica, que no caso das altitudes, é o nível médio dos mares prolongado nos
continentes.
1.2.2 Cota
É a distância medida ao longo da vertical de um ponto até um plano de referência
qualquer, arbitrado. A diferença entre cota e altitude encontra-se ilustrada na figura abaixo.
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1.2.3 Datum
A origem das altitudes é o nível médio dos mares (superfície geoidal),
determinado por um equipamento chamado marégrafo (que faz os registros do
nível do mar), e materializada em um RN que é denominado de “DATUM
VERTICAL”.
O “Datum Vertical” Oficial para todo o território brasileiro é um RN
materializado no porto de Imbituba/SC, com altitude obtida em função do
marégrafo ali instalado. Um esquema simplificado do funcionamento de um
marégrafo é apresentado na figura ao lado.
1.2.4. Desnível
Distância vertical que separa os pontos topográficos considerados, podendo ser positiva
ou negativa, conforme os pontos estudados estejam acima ou abaixo daquele tomado com nível
de comparação.
É possível obter as informações sobre a rede altimétrica brasileira através do site do IBGE
(www.ibge.gov.br). Para tal, deve-se conhecer o nome da RN e sua posição (latitude e longitude),
tendo em vista que as informações foram organizadas com base nas folhas da Carta Internacional
do Mundo ao Milionésimo.
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1.2.7 Ponto de Segurança (PS)
Pontos materializados em campo para controle do nivelamento topográfico.
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1.2.10 Apoio Topográfico Altimétrico
Conjunto de pontos, materializados no terreno, com suas alturas referidas a uma
superfície de nível arbitrária (cotas) ou ao nível médio do mar (altitudes), que serve de suporte
altimétrico ao levantamento topográfico. Estes pontos são hierarquizados pelo seu erro médio
quilométrico da sua determinação, classificando-os como de ordem superior e de ordem inferior.
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Sendo o zero do limbo na direção do centro da Terra, o Nadir, este equipamento mede
ângulos chamados Nadirais. São raros os equipamentos deste tipo, sendo este tipo de ângulo
pouco utilizado.
Ressalta-se que no caso das Estações Totais, a origem da medida do ângulo vertical pode
ser configurada, tanto no Zênite, quanto no Horizonte.
dH
Inclinação(%) = × 100
Dist.Horiz.
Em equipamentos como estação total e teodolitos eletrônicos, há a opção de se visualizar,
ou o ângulo vertical, ou a inclinação da luneta. Nos clinômetros, há também a opção de leitura da
inclinação, além do ângulo vertical.
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2. EQUIPAMENTOS
2.1 Níveis
Os níveis são equipamentos que permitem definir com precisão um plano horizontal
ortogonal à vertical definida pelo eixo principal do equipamento.
São três os eixos principais de nível, conforme figura abaixo:
• Luneta;
• nível de bolha;
• sistemas de compensação (para equipamentos automáticos);
• dispositivos de calagem.
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Partes de um Nível ótico automático (Berger, modelo CST)
Quanto ao funcionamento, os equipamentos podem ser classificados em ópticos, digitais
e a laser. Nos digitais, a leitura na mira é efetuada automaticamente empregando miras em código
de barra. Nos níveis lasers, o equipamento lança um feixe de raios laser no plano horizontal,
invisível ou visível, e em 360º. Este feixe pode ser captado por um sensor acoplado, ou a uma
mira, ou a alguma máquina de terraplenagem. Se visível, o feixe pode ser visto diretamente sobre
a mira.
Os níveis ópticos podem ser classificados
em mecânicos e automáticos. No primeiro caso, o
nivelamento "fino ou calagem" do equipamento é
realizado com o auxílio de níveis de bolha bi-
partida. Nos modelos automáticos a linha de
visada é nivelada automaticamente, dentro de um
certo limite, utilizando-se um sistema
compensador (pendular). Os níveis digitais
podem ser enquadrados nesta última categoria.
Nível Digital – Leica, Modelo: DNA03
2.1.1 Classes de níveis e seus empregos:
a) Níveis de precisão baixa: (> ± 10 mm/km)
Emprego: construção civil, nivelamento em
linhas de curta distância, perfis longitudinais e
transversais (seções), nivelamento de áreas.
b) Níveis de precisão média: (≤ ± 10
mm/km)
Emprego: Construção civil, nivelamento de
linhas; perfis longitudinais e seções transversais;
nivelamento de áreas.
Nível a Laser– Leica, Modelo: DNA03
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c) Níveis de precisão alta: (≤ ± 3 mm/km)
Emprego: nível de engenheiro; construção civil; grandes obras; nivelamento de linhas de
3ª ordem; perfis longitudinais e seções transversais; nivelamento de áreas.
d) Níveis de precisão muito alta: (≤ ± 1 mm/km)
Emprego: nivelamento de precisão, nivelamentos de 1ª e 2ª ordens; medições de controle
vertical; construção civil e mecânica de precisão.
e) Níveis de precisão altíssima: (≤ ± 0,5 mm/km) com emprego de placa plano-paralela e
miras de ínvar (não cogitado pela NBR 13.133)
Emprego: nivelamento de precisão, nivelamentos de 1ª e 2ª ordens, controle vertical na
construção civil e na mecânica de precisão, controle do movimento vertical da crosta terrestre.
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2.3 Acessórios
2.3.1 Mira:
São réguas graduadas que servem para taqueometria e nivelamento geométrico. Existem
no mercado diversos modelos de miras, conforme pode ser visualizado na figura anterior. Quanto
ao material, as miras podem ser de madeira, fibra de vidro, alumínio e ínvar.
Mira de madeira: são fabricadas com madeira seca e de pouca dilatação linear. A
graduação pode ser pintada diretamente na madeira ou através de adesivos especiais.
Mira de fibra de vidro: Estas miras não são fabricadas no Brasil, sendo importadas do
Japão, e possuem pouca dilatação linear. A gravação é feita diretamente sobre a mira, que é
revestida por uma camada de PVC.
Mira de alumínio: São fabricadas em alumínio, o qual possui um grande coeficiente de
dilatação linear, que pode ser corrigido através de uma tabela de temperatura gravada na própria
mira.
Mira de Ínvar: O ínvar é uma liga de aço e níquel numa proporção de 65% de
aço e 35% de níquel. É o material com o menor coeficiente de dilatação linear
conhecido. As miras de ínvar são utilizadas apenas em nivelamento geométrico de
primeira ordem.
Quanto ao comprimento, as miras podem ser de 2 ou 4 m . Podem ser ainda
de imagem inversa ou imagem direta, em função da imagem do equipamento a ser
utilizado.
Quanto ao modo de articulação, a mira pode se de encaixe (telescópica) ou
mira de dobradiça. As miras de encaixe são mais leves e de fácil transporte. A mira de
dobradiça resiste à trabalhos mais intensos e têm a graduação do mesmo tamanho em
toda a sua extensão, facilitando a leitura.
Mira de código de barras,
para níveis digitais
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2.3.2 Leitura de Mira
Durante a leitura em uma mira convencional
devem ser lidos quatro algarismos, que corresponderão
aos valores do metro, decímetro, centímetro e milímetro,
sendo que este último é obtido por uma estimativa e os
demais por leitura direta dos valores indicados na mira.
2.3.3 Exercício:
1) Faça as leituras de mira dos fios superior e inferior na figura abaixo. Compare a soma
das duas com o dobro da leitura do fio médio.
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2) Indicar nas miras ao lado, as
seguintes leituras:
1,615m 1,705m 1,658m 1,600m
1,725m 1,605m 1,713m 1,595m
1,698m 1,635m 1,685m
Sapata de nivelamento.
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3. NIVELAMENTOS
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resultados mais precisos, exigidos pelas normas topográficas, este método de obtenção de
altitudes não deve ser utilizado.
•Método Fotogramétrico (fotografias aéreas):
• Utilizado para determinação de curvas de nível em grandes áreas.
• Utiliza fotografias aéreas.
• Precisão métrica ou sub-métrica.
•Método Trigonométrico (Estação Total, Teodolitos):
• Utilizado no levantamento de curvas de nível, perfis de terrenos (que servirão para o
cálculo dos volumes de corte e aterro) e determinação de cotas de novos pontos a partir
de um ponto de cota conhecida.
• Utiliza as Estações Totais, que efetuam leitura de ângulos (horizontais e verticais) e
distâncias (inclinadas). Após a coleta destes dados, se aplicam relações trigonométricas
(senos e cossenos) e conseqüentemente calcula-se a distância vertical e horizontal entre
2 pontos. Pode-se utilizar ainda, teodolitos, sendo que neste caso deve-se obter as
distâncias com medidas a trena.
• Precisão de centímetros.
•Método Geométrico (Nível ótico automático, Nível Digital, Nível Laser):
• Utilizado para determinação das diferenças de cotas dos pontos de um terreno,
nivelamento de poligonais, transporte de cotas e altitudes, etc.
• Utiliza as leituras de ré e vante de um Nível Ótico Automático, Nível Digital ou Nível a
Laser;
• Precisão milimétrica.
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3.1.1 Nivelamento Geométrico Simples
Através de uma única estação do instrumento, se determina as diferenças de nível dos
pontos a nivelar. Se o instrumento ficar eqüidistante dos extremos, então evitará os erros de
curvatura terrestre e refração atmosférica pelo fato da anulação. A distância máxima preconizada
pelas normas técnicas é de 80m, sendo ideal a distância de 60m para cada lado.
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Os comprimentos das visadas de ré e de vante devem ser aproximadamente iguais e
de, no máximo, 80 m, sendo ideal o comprimento de 60 m, de modo a compensar os efeitos da
curvatura terrestre e da refração atmosférica, além de melhorar a exatidão do levantamento por
facilitar a leitura da mira.
Para evitar os efeitos do fenômeno de reverberação, as visadas devem situar-se acima de
50 cm do solo.
As miras devem ser posicionadas aos pares, com alternância a vante e a ré, de modo que
a mira posicionada no ponto de partida (lida a ré) seja posicionada, em seguida, no ponto de
chegada (lida a vante), sendo conveniente que o número de lances seja par.
As miras, devidamente verticalizadas, devem ser apoiadas sobre chapas ou pinos e, no
caminhamento, sobre sapatas, mas nunca diretamente sobre o solo.
A qualidade dos trabalhos deve ser controlada através das diferenças entre o nivelamento
e o contranivelamento, seção a seção, e acumulada na linha, observando-se os seguintes valores
limites:
a) Classe IN - Nivelamento geométrico para implantação de referências de nível (RN) de
apoio altimétrico.
Tolerância de Fechamento: 12mm
Onde k, é a extensão nivelada em km, medida num único sentido.
b) Classe IIN - Nivelamento geométrico para determinação de altitudes ou cotas em
pontos de segurança (PS) e vértices de poligonais para levantamentos topográficos destinados a
projetos básicos, executivos, como executado, e obras de engenharia.
Tolerância de Fechamento: 20mm
c) Classe IIIN - Nivelamento trigonométrico para a determinação de altitudes ou cotas em
poligonais de levantamento, levantamento de perfis para estudos preliminares e/ou de viabilidade
de projetos.
Tolerância de Fechamento: 0,15 a 0,20 m
O valor da constante pode variar. Se for uma linha seção de nivelamento, principal, utiliza-
se 0,15m, ou for uma linha secundária, utiliza-se.
d) Classe IVN - Nivelamento taqueométrico destinado a levantamento de perfis para
estudos expeditos.
Tolerância de Fechamento: 0,30 a 0,40 m
Os resultados dos cálculos devem ser registrados até milímetros, centímetros e
decímetros, respectivamente, para as altitudes ou cotas obtidas por nivelamento geométrico,
nivelamento trigonométrico e nivelamento estadimétrico.
As referências de nível do apoio topográfico devem ter as suas altitudes ou cotas
assinaladas até o milímetro, se estas foram obtidas por nivelamento e contranivelamento
geométrico, e até o centímetro, se por nivelamento trigonométrico.
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Tipos de Leituras e cálculos no nivelamento Geométrico Composto:
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3.1.3 Exercício:
Com base nos dados da planilha abaixo, calcule as cotas dos pontos 2 ao 15.
LABORATÓRIO DE TOPOGRAFIA
NIVELAMENTO GEOMÉTRICO
SERVIÇO: Exercício - Nivelamento Geométrico DATA: 15 / fev./ 08
PROPRIETÁRIO: CEFET CIDADE: Florianópolis/SC
LOCAL: Av. Mauro Ramos, 950 - Centro
OPERADOR: FOLHA: única
LEITURA
EST. PTO AI COTA OBS.
RÉ VANTE
A 1 3,456 100,000
2 1,354
3 0,865
4 1,476
5 2,045
6 1,648
B 6 2,343
7 2,876
8 3,126
9 1,469
10 3,023
11 2,348
C 11 1,058
12 1,568
13 2,444
14 1,770
15 3,421
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retículos. Reconhece-se que a focalização está bem feita quando não há paralaxe, isto é, quando
deslocando-se a vista em frente à ocular, as imagens do retículo e dos objeto permanecem na
mesma posição relativa.
A focalização simultânea dos fios estadimétricos é impossível de ser realizada
exatamente. Em todo o caso, quando a focalização do fio médio é cuidadosamente realizada, os
resíduos de paralaxe, os fios superior e inferior não exercem influências sensíveis nas leituras da
mira.
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3.2.5 Situações com impossibilidades de visadas eqüidistantes
Se no terreno é impossível colocar o aparelho eqüidistante dos pontos a serem nivelados,
usa-se então o método das visadas recíprocas, para eliminar os erros de esfericidade, de refração
e de inclinação.
Procedimentos de campo:
a) posiciona o aparelho a uma distância (x) bastante próxima da mira de ré e faz-se as
leituras RA e VB ;
b) a seguir, posiciona o aparelho a uma distância (x) da mira de vante e faz-se as leituras
R’A e V’B ;
c) a diferença de nível será dada pela média das diferenças de nível das duas
observações:
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4. BIBLIOGRAFIA
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