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A SOCIEDADE MODERNA E A FORMAÇÃO DE OPINIÃO

Marta T. Motta Campos Martins

Professora da Universidade Estadual de Londrina

Quando se observam as tendências em termos de apreciação de opiniões, nota-se que a


subjetividade, que inegavelmente desencadeia a formação da opinião pública, torna-se objeto
de estudo para os profissionais mais atentos às transformações sociais.

As emoções de indivíduos isolados levam-nos a observar ou apreciar determinados fatos


decorridos no seu ambiente, pois, quando agrupados, suas emoções transformam-se em
sentimento coletivo, o qual expressa a forma de percepção de um grupo sobre um assunto,
podendo estar presente na multidão, massa e no público.

Ilustrando essa idéia, lembramos que, para orientar candidatos em suas campanhas políticas,
grandes institutos de pesquisa buscam mensurar sentimentos a partir da aplicação de
avançadas tecnologias, pelas quais a percepção individual, a cerca de um tema previamente
selecionado e apresentado, é registrada pelo grupo por meio de um controle conectado ao
computador, o qual, por sua vez, registra os impulsos num gráfico indicativo dos vários
sentimentos individuais em relação às imagens e sons apresentados em videocassete.

Os resultados apontam aquilo que, com base na definição de Andrade denomina-se


comportamento coletivo e é por ele descrito como todas as ações elementares e espontâneas
praticadas, principalmente por multidões, massa e públicos, à procura de ação conjugada.

Numa fase subseqüente, o representante do órgão de pesquisa apresenta os dados e as


pessoas – não mais indivíduos isolados – passam a discutir um problema claramente
delimitado, identificando uma controvérsia. A evolução do debate aponta para a visão comum
do grupo a qual reflete nitidamente a opinião do público, exatamente por não mais apresentar
a opinião resultante do somatório de várias opiniões, mas sim, indicar o resultado da discussão
do assunto controvertido.

Todo este esforço visa respaldar os profissionais de marketing político na definição das
estratégias de campanha para o cliente-candidato, de modo a prognosticar propostas mais
condizentes com a expectativa do público eleitor, no que tange aos assuntos públicos. Tal
prática comprova a forte influência do subjetivo na capacidade reflexiva da sociedade
moderna, a qual busca combinar a manifestação de seus sentimentos com o referencial de
informação obtido por meio dos veículos de comunicação, não mais se permitindo ser
persuadida por discursos vazios.

A opinião pública é mais consistente na medida em que o nível de informação dos indivíduos é
decisivo para a manifestação de sua opinião pessoal; contudo, não despreza os sentimentos
diretamente relacionados à racionalidade social e exige dos profissionais de comunicação uma
sensibilidade apurada para absorver a percepção do público diante de assunto controvertido.

Para os profissionais de Relações Públicas, as manifestações do sentimento coletivo


apresentam-se como indicativo das técnicas de comunicação que melhor se dirijam aos
agrupamentos de públicos, abastecendo-os de informação que facilitará a cooperação destes
com uma organização de modo a edificar um conceito positivo qualitativamente reconhecido
como de opinião do público.
A comunicação é o elemento facilitador da competitividade no mercado moderno e define os
relacionamentos das organizações com seus ambientes interno e externo promovendo tanto a
cooperação dos funcionários, quanto a confiança nas relações com a sociedade, a partir da
transparência e seletividade no teor informativo de suas mensagens.

A sociedade da informação, detentora de alta capacidade de discussão de assuntos


controvertidos, desloca-se de um sentimento coletivo desencadeado pelo envolvimento direto
com as suas necessidades, antes de tudo psicológicas, para se posicionar frente ao seu meio.

Portanto, conciliar a emoção dos públicos com a respectiva e inquestionável racionalidade é o


desafio maior e fator imprescindível de aprimoramento e modernidade nas relações humanas,
sejam elas de negócios ou de caráter sociológico. Disseminar, então, equaciona a fórmula para
a concorrência quando a informação disseminada é comunicação estabelecida, a qual alimenta
uma dinâmica de insigths e outsights entendidos como produtividade, competitividade e
lucratividade.

Disponível em: http://www.portal-rp.com.br/bibliotecavirtual/opiniaopublica/0004.htm

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