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CENTRO UNIVERSITARIO DE CIÊNCIAS APLICADAS DOUTOR LEÃO

SAMPAIO

DISCIPLINA: PRATICAS DE PESQUISA EM PSICOLOGIA

PROFESSOR (A): CLARISSA NOGUEIRA

TURMA: 109.8 / TURNO: MANHÃ

FRANCISCO WALISSON DOS SANTOS

AV2

PROBLEMA DE PESQUISA: QUAL A RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO


ANARQUISTA E OS MOVIEMENTOS DE RESISTÊNCIA POLITICA?

JUAZEIRO DO NORTE - CE

DEZEMBRO DE 2016
A educação libertaria surge como modo de subversão do status quo do
modelo capitalista vigente, tendo por objetivo desestruturar as diferenças de
classes para produzir uma nova sociedade, em que o Homem seja senhor de
suas escolhas e possa se efetivar enquanto singularidade em meio ao
universal e o individual (GALLO, 2012).

O movimento anarquista, diferente do socialismo, pretende fundamentar


uma sociedade em que não tenha dominação e alienação dos sujeitos sociais,
que em sua grande maioria é formada pela classe dos trabalhadores e esses
ficam restritos a um mundo onde prevalece à servidão, não se ver como
solução para a liberdade a formação de um novo Estado, como é proposta pelo
socialismo. Dessa forma há uma supressão das relações de poder frente aos
interesses anarquistas, já que o anarquismo tem como fundamento a
autogestão dos grupos sociais e não hierarquização das relações (KASSICK,
2008).

A pedagogia anarquista serve como meio para se alcançar tal objetivo,


libertar o homem das engrenagens da fabrica e do trabalho sem consciência, e
formar sujeitos capazes de se fazerem de acordo com suas experiências, e
exercendo o compromisso ético de ser responsável por si mesmo (GALLO,
2012).

Neste sentido é necessário fazer uma breve apresentação do modelo de


educação que não tem serviço algum para a classe proletariada, que visa
somente a manutenção da desigualdade, servidão, autoritarismo e ignorância,
ficando claro a quem a educação realmente servi, que são os senhores donos
de fabricas e empresários e claro o Estado, enquanto dominador das massas,
precisando criar uma grande população servil e docilizada (KASSICK, 2008).

Deste modo, a educação oferecida pelo Estado, tem duas bases


fundamentais, onde se exige o servilismo absoluto dos educandos sem
questionamento, onde a primeira é a humanista, que tem por objetivo criar
letrados ou eruditos, que seus estudos ficam restritos a clássicos e nada mais.
O segundo é a corrente realista, onde os sujeitos são adestrados para o
trabalho, ou seja, o estudo da tecnologia para formar bons profissionais que
não queiram oferecer infortúnios para o modo de produção (GALLO, 2012).
No Brasil, no inicio do século XX, esse tipo de pedagogia ou forma de
controle social, fica sobre o domínio do Estado e da religião, em que esta
última viu os movimentos de pedagogia anarquista como uma ameaça ao que
estava edificado enquanto sociedade, passando a mensagem que causaria a
desordem sendo orquestradas por terroristas. Durante esse período, a escola
anarquista era vista como vandalismo e perigo para o Estado (KASSICK,
2008).

Como contraponto a educação tradicional, Gallo (2012), apresenta a


educação a partir do pensamento nietzschiano e stirneriano, como fundantes
para uma educação que visa antes de qualquer coisa, uma tomada de
consciência e formação e cuidado de si, tendo uma atitude ativa frente a
realidade e consigo, já que a primeira metodologia visava ter bons cidadãos. O
projeto educacional que segue tal premissa tem como possibilidade construir a
diferença em meio ao coletivo.

A educação deve ser um elemento de resistência e modificação social,


segundo Soares e Henn (2011), se faz necessário agora uma separação
radical entre escola e Estado, já que o processo que tende libertar os sujeitos
do sistema vigente, não pode ter como mote a conveniente presença de uma
autoridade.

Como proposta a desenvolver as potencialidades dos sujeitos, a


pedagogia anarquista trabalha com o modelo de educação integral na qual a
igualdade entre os membros da sociedade é contraposta a ideia individualista
da ofertada pelo Estado. Além disso, a educação integral desenvolve não
apenas o aspecto intelectual do sujeito, mas todas as suas habilidades como:
Fisica, moral, intelectuais, relacionais e capacidade para o trabalho (GALLO,
2012).

Segundo Gallo (2012) o modelo de educação anarquista foi importado


do estrangeiro para os moldes brasileiros, com isso autores de grande
representação no anarquismo, como Bakunin e Phroudon, estabeleceram as
bases para a educação anarquista, principalmente Phroudon com a introdução
do ensino politécnico, que havia uma junção da teoria e pratica, se utilizando
do trabalho artesanal. Sendo posteriormente remodelado, por conta do sistema
industrial. É nesse sentido, que a educação integral ver o sujeito em sua
globalidade.

Entre as facetas exploradas nessa metodologia, a moral é a que se


destaca, enquanto forma de produção de relações sociais que tem como
fundamentos, a solidariedade, respeito e liberdade, que vai se ramificar em
todas as relações do sujeito, desde a relação educando e educador, até
educando e comunidade a que pertence (GALLO, 2012).

Diante disso, a educação não se voltaria somente as crianças, mas um


grupo social como um todo, havendo palestras, panfletagem e comunicações
com anarquistas estrangeiros, desenvolvendo rico material pedagógico, com o
único objetivo de proporcionar maior consciência e responsabilização dos
sujeitos frente à sociedade e formar uma ordem social que seja sustentada
pelos seus princípios já expostos anteriormente (SILVA, 2011).

Além disso, Educação integral corrobora para a amplificação das


relações dos trabalhadores, contornando as vulnerabilidades educativas que as
pessoas vivenciam, como o analfabetismo. Em um sistema dito anárquico, é
explorado de todas as formas maneiras de expandir suas mensagens, no Brasil
no fim do século XIX, se utilizava de leituras publicas para que todos
estivessem em contato com o referencial que estava sendo criado (SANTOS,
2009).

Segundo Gallo (2012), educação seguindo uma leitura Deleuzeana deve


se enveredar por uma construção de si, ecoando assim as leituras de
Nietzsche e Stirner sobre a educação, saber que o processo de ensino
aprendizagem se faz por uma dobra daquilo que é exterior, ou seja, múltiplo e
coletivo e interior, que carrega em si as particularidades e o desejo de uma
singularidade.

Portanto, a educação é vista como um processo de individuação,


agrupando aspectos da coletividade e particularidade dos sujeitos, para formar
uma singularidade, que irá agir sobre o mundo de maneira ativa, movido pelo
desejo enquanto produção (GALLO, 2012).
REFERENCIAS

GALLO, S. ANARQUISMO E EDUCAÇÃO: os desafios para uma pedagogia


libertária hoje. Politica & Trabalho, n. 36, 2012.

KASSICK, C. N. A pedagogia libertária na história da educação


brasileira. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 32, p. 136-149, 2008.

SANTOS, L. E. A trajetória anarquista do educador João Penteado: leituras


sobre educação, cultura e sociedade. Universidade de São Paulo, 2009.

SILVA, D. A. Anarquistas: criação cultural, invenção pedagógica. Educação &


Sociedade, v. 32, n. 114, p. 87-102, 2011.

SOARES, E. S.; HENN, L. G. Pedagogias anarquistas e a pedagogia marxista


socialista soviética: um olhar comparativo. Disciplinarum Scientia Ciências
Humanas, v. 13, n. 1, p. 43-53, 2012.
ESTRUTURA DO REFERENCIAL TEORICO

Anarquismo: da historia aos seus desenvolvimentos contemporâneos.

Os modos de educação: pensando os desafios metodológicos do ensino


aprendizagem.

Movimentos sociais e de resistência politica.

Da educação a revolução: destruindo os mecanismos servis e de poderio do


Estado.

A educação anarquista e resistência sobre o olhar da psicologia politica.

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