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Apostila 1 – AFO I (autoria do Prof. Marcos Antonio Serpa Coelho) Página 2 de 129
Administração Financeira e Orçamentária I (Prof Ronaldo LP Amaral) .
1. INTRODUÇÃO
3. ORÇAMENTOS
3.1. INTRODUÇÃO 43
3.2. ORÇAMENTO EMPRESARIAL 45
3.3. ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTO EMPRESARIAL 48
3.4. ORÇAMENTO DE VENDAS 49
3.5. ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO 50
3.6. ORÇAMENTO DE CONSUMO DE MATÉRIAS PRIMAS 50
3.7. ORÇAMENTO DE COMPRAS 51
3.8. OAMENTO DE MÃO-DE-OBRA DIRETA 52
3.9. ORÇAMENTO DE CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 53
3.10. ORÇAMENTO DOS ESTOQUES FINAIS 54
3.11. ORÇAMENTO DAS DESPESAS OPERACIONAIS 55
3.12. ORÇAMENTO DAS DESPESAS DE CAPITAL 55
3.13. ORÇAMENTO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS 56
3.14. ORÇAMENTO DE CAIXA 56
3.15. CONTROLE ORÇAMENTÁRIO 57
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4. PROJEÇÕES FINANCEIRAS
5. ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA
5.1.INTRODUÇÃO 58
5.2.ESTRATÉGIAS DE CAIXA 60
5.3.SALDO MÍNIMO DE CAIXA 62
5.4.MONTAGEM DO FLUXO DE CAIXA... 62
5.5.COMPARATIVO ENTRE O RESULTADO... 64
5.6.MODELO FINANCEIRO DE PROJEÇÃO DAS NECESSIDADES... 65
5.7.FONTES DE CAIXA 67
5.7.1. Operações com Desconto de Duplicatas 68
5.7.2. Taxas do Mercado Aberto 70
5.7.3. Operações “Hot Money” 71
5.7.4. “Floating” Bancário 72
5.7.5. Crédito Rotativo 73
5.7.6. Leasing 73
6.1.CONCESSÃO DE CRÉDITO 75
6.2.SELEÇÃO DE CRÉDITO 77
6.3.EFEITO DAS POLÍTICAS DE CRÉDITO 78
6.4.ESTUDOS SOBRE A FLEXIBILIZAÇÃO DO CRÉDITO 79
7. ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES
7.1.INTRODUÇÃO 82
7.2.DIFERENTES ENFOQUES SOBRE ESTOQUES 83
7.3.ESTOQUE COMO INVESTIMENTO 83
7.4.CUSTO DE ESTOQUES 84
7.5.RELAÇÃO ESTOQUES X DUPLICATAS A RECEBER 85
7.6.SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES 85
7.7.SELEÇÃO DE COMPRAS 90
7.8.CÁLCULO DA TAXA DE EQUILÍBRIO PARA COMERCIALIZAÇÃO 92
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9. BIBLIOGRAFIA 105
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1
Ver mais em Assaf Neto, 2002 pp 46 -47.
2
Ver mais em Silva, 2001 pp 30-31.
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• Economia – Ciência que ensina como a empresa deve se colocar dentro das
variáveis econômicas e das leis que a regem.
• Direito – Ciência que orienta o disciplinamento legal dos procedimentos
administrativo/financeiros.
• Informática – Ciência recente, mas de grande utilidade para o administrador
financeiro pela rapidez e confiança no ordenamento de dados e elaboração de
relatórios.
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• Orçamento de caixa
• Cadastro
• Câmbio
• Financiamento
• Investimento
• Crédito e Cobrança
• Relacionamento com instituições financeiras
Conselho de Administração
Diretor Diretor de
Diretor de Vendas Administrativo- Produção
Financeiro
Tesoureiro Controller
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1.3 MERCADOS3
3
Ver mais em Gitman, 1997 pp 4 – 24; Cherubim et al, 2002 pp 4 – 26; Fortuna, 2002 pp 45-60.
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Até 1964 o Sistema Financeiro Nacional carecia de uma estruturação racional para
administrar suas necessidades. A partir de então foi montado um organograma funcional
para disciplinar e entender as entidades participantes que é distribuído da maneira a seguir:
A. SISTEMA NORMATIVO
• Conselho Monetário Nacional* - CMN
• Banco Central do Brasil - BACEN
• Comissão de Valores Mobiliários - CVM
• Superintendência de Seguros Privados - SUSEP
• Banco do Brasil - BB
• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
• Caixa Econômica Federal - CEF
4
Ler mais em Hoji, 2001, pp 34-41 e Fortuna, 2002, pp 11-43.
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B. SISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO
• BANCOS
o Comerciais
o Múltiplos
o Caixas Econômicas
o De Desenvolvimento
o De Investimento
• POUPANÇA E EMPRÉSTIMO
o Sociedade de Crédito Imobiliário
o Associação de Poupança e Empréstimo
• MERCADO DE CAPITAIS
o Bolsa de Valores
o Bolsa de Mercadorias e de Futuros
o Sociedade Corretora
o Sociedade Distribuidora
o Agentes Autônomos de Investimento
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Segundo o Novo Código Civil (Lei nº. 10.406/02) Sociedade Simples é a sociedade
constituída por pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens e serviços,
para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados, não tendo por
objeto o exercício de atividade própria de empresário (Art. 981 e 982).
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União
De Direito Interno Estados
Público Municípios
Autarquias e demais entidades criadas por lei
Externo – Estados estrangeiros e pessoas regidas pelo dir. pub. internacional
Pessoas Associações
Jurídicas Fundações
Simples
Em Nome Coletivo
Em Comandita Simples
De Direito Personificadas Limitada
Privado Sociedades Anônima
Em Comandita por Ações
Cooperativas
De Capital e Indústria
Não
Personificadas Sociedades em Conta de Participação
Estas sociedades têm seu capital dividido em ações. Ações são títulos negociáveis e
corresponde à menor fração em que se divide o capital da companhia. Tem natureza
jurídica de título de crédito, ou seja, é o título que dá direito de propriedade sobre parte de
uma companhia.
As ações são representadas fisicamente pelo Certificado de Ação, que só pode ser
emitido após a companhia adquirir personalidade jurídica. Para que os acionistas
confirmem a propriedade de suas ações, elas devem estar inscritas no Livro de Ações
Nominativas.
O estatuto da companhia fixará o número de ações em que se divide o capital social
e será estabelecido se esses títulos terão valor nominal. Se tiver, corresponderá à quantidade
expressa em dinheiro que o subscritor pagará pela ação. Se o estatuto fixar o valor nominal,
este servirá para todas as ações da companhia. Em se tratando de companhias abertas, o
valor nominal das ações não poderá ser inferior ao mínimo fixado pela Comissão de
Valores Mobiliários.
As ações sem valor nominal são aquelas que não expressam em dinheiro o valor que
representam.
5
Ver mais no Novo Código Civil, Lei nº 10.406/02, Art 996 a 1.195.
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seus titulares diretos de créditos contra a empresa emitente, nas condições constantes dos
certificados ou escrituras de emissão dos títulos.
Sua finalidade é captar recursos financeiros de médio e longo prazo, para suprir as
necessidades de novos investimentos ou falta de capital de giro, sem que haja a necessidade
da organização recorrer a empréstimos em instituições financeiras com altas taxas de juros.
As debêntures possuem as seguintes vantagens:
• Os juros pagos são deduzidos como despesas financeiras,
• Capitalizam a empresa sem a necessidade de alteração do quadro acionário,
a menos que haja cláusula de conversão em ações,
• Flexibilidade nos prazos, garantias e condições de pagamento,
• A emissão pode ser dividida em séries a serem integralizadas nos períodos
desejados pela empresa emissora.
• Apresenta custos menores (títulos de longo prazo).
Uma empresa pode efetuar várias emissões de debêntures, de acordo com suas
necessidades. Cada emissão pode ainda ser dividida em séries, de forma a adequar o
montante de recursos às necessidades da empresa ou à demanda do mercado. De acordo
com a lei, a emissão de debêntures não poderá ultrapassar o capital social da companhia. As
debêntures deverão ter um valor nominal, o qual poderá ser diferente da sua emissão, e
quando isso acontece os títulos poderão ser colocados com ágio ou deságio.
As debêntures poderão ser conversíveis ou não em ações. Podem ter garantias reais,
quando garantidas por bens integrantes do ativo da emissora, bens que ficam indisponíveis
para negociação, e não poderá ultrapassar 80% dos bens gravados da empresa. As garantias
flutuantes asseguram privilégios sobre o ativo da emissora, não impedindo, entretanto, a
negociação dos bens que compõem o ativo. Estas garantias são limitadas a 70% do valor
contábil do ativo da emissora, líquido das dívidas garantidas por direitos reais, quando o
valor da emissão ultrapassar o do capital social.
As debêntures podem ser:
• Nominativas – Quando são representadas por certificados emitidos em
nome do titular e registrados em livro próprio mantido pela emissora,
• Escriturais – Quando não possuem certificados representativos, sendo
mantidas em nome do titular em conta de depósito em instituição financeira
depositária designada pela emissora.
As debêntures poderão ser amortizadas pelo pagamento parcelado, periódico e
progressivo, e resgatadas quando retiradas de circulação de forma parcial ou total,
independente da vontade do investidor, desde que previsto na escritura de emissão.
Bônus de subscrição são títulos negociáveis emitidos dentro do limite de aumento
do capital autorizado no estatuto. As sociedades anônimas podem ser abertas ou fechadas,
conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação em
bolsa ou mercado de balcão.
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6
Ver mais em Iudícibus et al, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, 1995, no Novo Código
Civil e na Lei das S.A. e suas alterações posteriores.
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Desvantagens:
Principais vantagens:
Principais desvantagens:
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seu próprio benefício. A firma individual é geralmente uma pequena empresa, registrada
em Junta Comercial, onde o proprietário toma todas as decisões e opera a propriedade
juntamente com alguns poucos empregados. O capital da firma individual advém de
recursos próprios ou de empréstimos a curto prazo. É grande a quantidade de firmas
individuais, porém sua participação é pequena no volume de faturamento de todas as
empresas.
Principais vantagens:
Principais desvantagens:
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Muito embora a empresa fosse lucrativa, teve que encerrar suas atividades por
insolvência, pois não tinha mais dinheiro em caixa para comprar insumos de produção. 7
Com a alta carga tributária atual do Brasil é imprescindível que tenhamos um canal
de discussão permanente nas empresas sobre economia de tributos.
Procurar alternativas de formas lícitas para reduzir a carga tributária das empresas e
estar atento às mudanças da legislação, bem como controle e emissão de relatórios
7
Exemplo extraído de Gitman, Administração Financeira, 1978 p 6.
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contábeis confiáveis, torna-se imprescindível para maximização dos lucros das empresas
para manutenção dos negócios e contribuição para combater o nível de desemprego.
A União poderá instituir mediante lei complementar, impostos não previstos nesta
relação, desde que não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios
dos já discriminados. Na iminência ou no caso de guerra externa, poderá instituir impostos
extraordinários, compreendidos ou não na sua competência tributária, os quais serão
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
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Compra venda
Mão-de-Obra pgto Imobilizado
pgto.
Despesa Indireta
depreciação
Produtos em processo
Disponibilidades
pagamento
Produtos Acabados
restituição
Recebimento
Despesas Operacionais venda de ações
Recebimento quitação
Recompra de ações
Fluxo Operacional
Fluxo de Investimentos
Fluxo de Financiamentos
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Ciclo Operacional
Ciclo de caixa
PMP PMR
PME
Suponhamos que uma empresa disponha dos seguintes dados de Balanço, em Reais:
Calcular:
• Ciclo Operacional
• Ciclo de caixa
• Prazo Médio de Recebimento
• Prazo Médio de Pagamento
• Prazo Médio de Estoques
CO = PME + PMR
Ei + Ef DRi + DRf
CO = 2 × 360 + 2 × 360
CPV vendas
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CC = CO − PMP
Prazo Médio de
Pagamento
LEGENDA
CO = Ciclo Operacional
CC = Ciclo de Caixa
PMP = Período Médio de Pagamento
PME = Período Médio de Estoque
PMR = Período Médio de Recebimento
Ei = Estoques Iniciais Ef = Estoques Finais
DRi = Duplicatas a Receber Inicial
DRf = Duplicatas a Receber Final
DPi = Duplicatas a Pagar Inicial
DPf = Duplicatas a Pagar Final
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
C = Compras
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FLUXO
OPERACIONAL
DISPONIBILIDADES
FLUXO DE
INVESTIMENTOS FLUXO DE
FINANCIAMENTOS
8
Ver mais em Gitman, 1997, pp 588-590; Braga, 1989, pp 227-246; Melo, pp 140-142
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A lucratividade, neste contexto, é a relação entre receitas e custos gerados pelo uso
dos ativos da empresa nas suas atividades produtivas. O lucro de uma empresa pode ser
aumentado de três maneiras:
1. Aumentando as receitas
2. Reduzindo-se custos
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Toda empresa, durante sua gestão corre riscos. O risco operacional é o risco de não
se poder cobrir os custos operacionais. Já o risco financeiro refere-se à impossibilidade de
efetuar os pagamentos fixos programados decorrentes de empréstimos, leasing e dividendos
preferenciais. Uma empresa que não consegue saldar suas dívidas nos vencimentos é
considerada tecnicamente insolvente. Um aumento nos ativos circulantes eleva o CCL e,
portanto, reduz o risco de insolvência técnica. Ademais, as contas dos ativos são
apresentadas no balanço em ordem crescente de risco. Assim, os investimentos em caixa e
aplicações financeiras são menos arriscados que as duplicatas a receber, os estoques e os
ativos permanentes. O investimento em duplicatas a receber apresenta o menor risco do que
em estoques e ativos permanentes. Finalmente o investimento em estoque representa risco
menor que o investimento em ativos permanentes. Em outros termos, quanto mais um ativo
se aproxima da conta caixa no balanço, tanto menos arriscado ele será. Geralmente é mais
fácil transformar duplicatas a receber em caixa do que fazê-lo com estoques. Como
exemplo adicional, os investimentos em ativos permanentes têm maturação a longo prazo e
o surgimento de maquinários e instalações novos e mais eficientes pode tornar os ativos
permanentes de uma empresa relativamente ineficientes ou obsoletos.
Uma das decisões mais importantes que precisa ser tomada com respeito aos itens
circulantes da empresa é como usar os passivos circulantes para financiar os ativos
circulantes. Os credores concedem empréstimos a curto prazo para permitir que a empresa
financie aumentos sazonais de estoque ou duplicatas a receber. Esses recursos não devem
servir para aplicações a longo prazo.
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:
INVESTIMENTO EM CAPITAL DE GIRO
Abordagem
Média
Necessidade sazonal
Abordagem
Abordagem Conserva-
Agressiva Necessidade permanente
dora
Enquanto os ativos fixos geram produtos, cujas vendas propiciam a recuperação dos
custos e despesas e o suprimento dos lucros, os ativos circulantes constituem aplicações de
recursos de baixa rentabilidade, mas necessárias à sustentação das atividades operacionais
da empresa. Alguns dizem que os ativos fixos criam riqueza e que os ativos circulantes
são um mal necessário.
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Necessidade
Ativo Ativo Ativo Mínima Necessidade
Mês Circulante Permanente Total Permanente Complementar
Janeiro 4.000 13.000 17.000 13.800 3.200
Fevereiro 3.000 13.000 16.000 13.800 2.200
Março 2.000 13.000 15.000 13.800 1.200
Abril 1.000 13.000 14.000 13.800 200
Maio 800 13.000 13.800 13.800 0
Junho 1.500 13.000 14.500 13.800 700
Julho 3.000 13.000 16.000 13.800 2.200
Agosto 3.700 13.000 16.700 13.800 2.900
Setembro 4.000 13.000 17.000 13.800 3.200
Outubro 5.000 13.000 18.000 13.800 4.200
Novembro 3.000 13.000 16.000 13.800 2.200
Dezembro 2.000 13.000 15.000 13.800 1.200
Média Mensal 13.800 1.950
9
Tabela extraída de Gitman, opus cit p 623
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Necessidade
17.000 sazonal
Necessidade
13.800 Mínima do Circulante
13.000 Necessidade
Permanente
Necessidade total
0 j f m a m j j a s o n d
Vamos supor que uma empresa tenha as opções de financiamento de seu Ativo
Circulante conforme quadro abaixo:
BALANÇO PATRIMONIAL
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Esta suposição fará que a Demonstração de Resultado das três opções, partindo de um
mesmo Lucro Operacional, sejam as representadas a seguir:
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Vê-se então que a abordagem agressiva é a que traz maior retorno sobre o
Patrimônio Líquido, embora também seja a que tem maior risco.
CCL = AC – PC
CCL = 20 – 10 = 10
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18
10 × = 6 ou DRm/V x 30 = 18 DRm/10x30=18 DRm = R$ 6,00
30
15
0,4 × 40 × = 8 ou Em/CMV x 30 = 15 (Em/0,4 x 40)30=15 Em=R$ 8,00
30
ATIVO CIRCULANTE
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Por outro lado, o PC também tem fontes constantes e fontes sazonais. A conta
Salários a Pagar, por exemplo, pode ser considerada uma fonte constante. A conta
Fornecedores seria sazonal.
APLICAÇÕES X0 X1 X2
Caixa e Bancos 200 250 380
Duplicatas a receber 3.120 4.200 5.850
Devedores duvidosos -93 -126 -175
Estoques 2.400 3.600 5.200
Diversos 373 1.076 995
FONTES
Fornecedores 1.580 2.400 3.540
Empréstimos 2.300 2.300 5.100
Diversos 1.120 1.850 1.910
ATIVO CIRCULANTE 6.000 9.000 12.250
PASSIVO CIRCULANTE 5.000 6.550 10.550
CAP. CIRC. LÍQUIDO 1.000 2.450 1.700
10
Exemplo extraído de apostilha do prof. George Washinton A Melo
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O que mais se destaca nessa análise é que a liquidez, após ter apresentado sensível
melhora em X1, acusou evolução bastante desfavorável no último exercício. Isto fica
evidenciado com a queda de 31% verificada no CCL (de R$ 2.450,00 para R$ 1.700,00).
X1 X2
ORIGENS 1.850 3.500
Lucro Líquido 1.350 1.000
Depreciação 500 700
RECURSOS GERADOS PELAS
OPERAÇÕES 1.850 1.700
Aumento do Exigível a Longo Prazo 1.800
APLICAÇÕES 400 4.250
Aumento no Imobilizado 0 4.000
Dividendos Propostos 400 250
VARIAÇÃO NO CAP. CIRC. LÍQUIDO 1.450 -750
INICIAL FINAL VARIAÇÕES
X1
Ativo Circulante 6.000 9.000 3.000
Passivo Circulante 5.000 6.550 1.550
CCL 1.000 2.450 1.450
X2
Ativo Circulante 9.000 12.250 3.250
Passivo Circulante 6.550 10.550 4.000
CCL 2.450 1.700 -750
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Segundo Hogarty11, os dez erros mais comuns na fase inicial das pequenas empresas são:
11
HOGAARTY, donna Brow. Briting the adds: avoid these mistakes at all. Managements Review, feb 1993,
p. 16-21 apud Sobansky.
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Para tanto sua atividade deve ser planejada. Este processo se inicia com os planos
financeiros de longo prazo (estratégicos) e continua com a formulação de planos e
orçamentos de médio prazo (táticos) e termina com os planos de curto prazo (operacionais).
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Planos Financeiros de Longo Prazo - São as ações planejadas para períodos superiores a
um ano, chegando muitas vezes a alcançar mais de 10 anos, acompanhadas da previsão de
seus reflexos financeiros.
Planos Financeiros de Médio e Curto Prazo - São ações planejadas, normalmente até um
ano, acompanhadas da previsão de seus reflexos financeiros.
Previsão de
vendas
Demonstração de Orçamento de
Resultados Caixa
projetada
Como podemos notar, por um lado começamos com o Balanço Patrimonial atual,
que servirá de base para o balanço patrimonial projetado. Com base nas vendas, que
propiciará um plano de produção, e, por via de conseqüência, a Demonstração de
Resultados. Seu fruto, o Lucro ou Prejuízo previsto será acrescido ao Balanço Patrimonial
atual, e seus pagamentos à curto prazo, lançados no orçamento de caixa. Por outro lado, os
planejamentos de longo prazo, financiamentos de longo prazo e planejamento de
investimentos, ensejarão as mudanças no Patrimônio Líquido, Exigível à Longo Prazo,
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Permanente e Realizável à Longo Prazo, sendo suas parcelas a curto prazo lançadas no
planejamento de caixa. Por fim, este planejamento alimentará o ativo e o passivo circulante.
Todo este processo constitui no que se denominou de Planejamento
orçamentário, ou simplesmente, orçamento.
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12
3.1 INTRODUÇÃO
Segundo Sanvicente (1983), “Planejar é estabelecer com antecedência as ações a
serem executadas, estimar os recursos a serem empregados e definir as correspondentes
atribuições de responsabilidades em relação a um período futuro determinado, para que
sejam alcançados satisfatoriamente os objetivos porventura fixados para uma empresa e
suas diversas unidades”.
Os níveis de planejamento podem ser:
• Estratégico – Onde as decisões são de natureza político-administrativas e estão
geralmente voltadas para o ambiente externo da empresa.
• Administrativo - Onde o foco é na administração interna da empresa, seus
procedimentos e distribuição de recursos humanos.
• Operacional – São os procedimentos de curto prazo, buscando a máxima eficiência
no que foi programado.
O planejamento busca a finalidade de antecipar os fatos através de planos e
orçamentos.
Segundo Welsch13, “orçamento é um meio de coordenar os esforços individuais
num plano de ação que se baseia em dados de desempenhos anteriores e guiado por
julgamentos racionais dos fatores que influenciarão o rumo dos negócios no futuro”. Assim,
orçar é processar o sistema de informações contábeis atual, introduzir as alterações
pretendidas e organizar os dados de acordo com as demonstrações regulamentares.
A origem da palavra orçamento deve-se aos antigos romanos que usavam uma bolsa
de tecido chamada fiscus para coletar impostos. No início da idade média esta bolsa já era
conhecida da Inglaterra sob o nome de fisc. Posteriormente, na França, esta bolsa tomou o
nome de bouge ou bougette, cujo termo procede do latim bouga. A Inglaterra adaptou o
termo para budget.
Em 1860 a França adotou um sistema de contabilidade uniforme que foi aplicado a
todos os departamentos. Era o rudimento dos sistemas orçamentários atuais. Nos Estados
Unidos, já no século XX, foram desenvolvidos conceitos e uma série de práticas para
planejamento e administração financeira que se tornariam, em 1907, o primeiro orçamento
público da cidade de Nova York. Em 1921 estes procedimentos foram universalizados pelo
Congresso norte-americano.
A iniciativa privada começou a adaptá-lo em 1929 através da empresa Du Pont de
Memours.
12
Ler mais em PADOVESE, 2004 pp 498-560, LEONE, 1991 pp 318-403, LUNKES, 2003, SANVICENTE,
1983, MOREIRA, 2002, SOBANSKY, 1994
13
WELSH, 1978, pp 171-265.
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Para consecução destes objetivos se torna necessário uma orientação para objetivos
reais, envolvimento dos participantes com bons índices motivacionais e flexibilidade no
processo de implantação e acompanhamento.
• Estabelecer os objetivos
o Participação No mercado
o Lucro líquido sobre vendas
o Retribuição do investimento
o Possibilidade de ampliação das instalações
o Novos produtos
• Determinar o volume e condições de vendas
• Elaborar os demais orçamentos em função do orçamento de vendas
• Revisar os procedimentos
• Acompanhar os resultados, analisando-os.
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• Vendas
• Produção
• Compras de materiais e estoques
• Despesas indiretas, incluindo mão-de-obra e materiais indiretos.
Dados:
Produto: A
Venda anual: 10.000 unidades
Preço unitário de vendas: R$ 20,00
Estoque Inicial: 1.600 unidades
Estoque Final: 600 unidades
Matérias-primas: X e Y
14
O exemplo foi retirado do capítulo 6 de FIGUEIREDO e CAGGIANO.
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ORÇAMENTO DE VENDAS
ORÇAMENTO DE COMPRA
Dados:
Estoques A B
Final 1.000 1.500
Inicial 2.000 2.500
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Consumo Unitário
Matéria-Prima X Y Z W
Produto A 3 2 1 2
Produto B 1 0 3 2
ORÇAMENTO DE VENDAS
A - 10.000 X 20 = 200.000
B – 15.000 X 15 = 225.000
Total R$ 425.000,00
Produto A B
Estoque Final 1.000 1.500
(=) Vendas 10.000 15.000
(-) Estoque Inicial 2.000 2.500
(=) Produção 9.000 14.000
ORÇAMENTO DE COMPRAS
Matéria-Prima X Y Z W Total
Estoque Final 1.000 1.500 500 2.000
(+) Consumo 41.000 18.000 51.000 46.000
(-) Estoque Inicial 500 1.000 1.000 2.500
(=) Compra (ud) 41.500 18.500 50.500 45.500
(x) Preço Unitário 3,00 4,00 1,00 2,00
(=) Compra (R$) 124.500,00 + 74.000,00 + 50.500,00 + 91.000,00 = 340.000,00
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São eles:
• Orçamento de Vendas
• Orçamento de Produção
• Orçamento de Consumo de Matérias-primas
• Orçamento de Compras
• Orçamento de Mão-de-obra Direta
• Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação
• Orçamento de Estoques Finais
• Orçamento de Despesas Operacionais
• Orçamento de Despesas de Capital
• Orçamento de Custo das Mercadorias Vendidas
• Orçamento de Caixa
Vendas 135.000
(-) Custo dos Prod. Vendidos 80.000
(=) Resultado Bruto 55.000
(-) Desp. Operacionais 25.000
(=) Lucro Operacional (LAIR) 30.000
(-) Imposto de Renda (40%) 12.000
(=) Lucro Líquido 18.000
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Quadro 1
ORÇAMENTO DE VENDAS
(unidades)
Vendas em unidades
3º 4º
Produto 1º trimestre 2º Trimestre Trimestre Trimestre Total $ Unitário
A 1.500 1.000 1.000 1.500 5.000 11,00
B 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000 14,00
Quadro 2
Vendas em R$
Produto 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total
A 16.500,00 11.000,00 11.000,00 16.500,00 55.000,00
B 28.000,00 28.000,00 28.000,00 28.000,00 112.000,00
Total 44.500,00 39.000,00 39.000,00 44.500,00 167.000,00
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De posse do que se vai vender, é necessário agora apurar o que se vai produzir. Para
tanto é necessário ter também as informações sobre os estoques. Assim a empresa
determinou que os estoques finais de cada trimestre devessem ser iguais à metade das
vendas do trimestre seguinte. Para o último trimestre, determinou que fosse igual ao
trimestre anterior.
Quadro 3
Unidades
Produto A 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total
Estoque Final 500 500 750 750 750
(+)vendas 1.500 1.000 1.000 1.500 5.000
(-)Estoque Inicial 750 500 500 750 750
(=)Produção 1.250 1.000 1.250 1.500 5.000
Unidades
Produto B 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total
Estoque Final 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000
(+)vendas 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000
(-)Estoque Inicial 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000
(=)Produção 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000
Com o orçamento acima, já se sabe o quanto produzir por trimestre e por ano de
cada produto. O problema agora é saber o quanto se gasta de matérias-primas na produção.
As matérias-primas são os produtos que são agregados ao produto final. Assim, tem-se que
saber o quanto cada produto usa de matéria-prima na sua confecção. Descobrimos que para
fabricar A se gasta duas unidades da matéria-prima X e para fabricar B se gasta 3 unidades
da matéria-prima Y. Agora se pode orçar o consumo de matéria-prima multiplicando a
produção pelas quantidades componentes. Sabe-se também que o custo unitário de X é R$
0,50 e de Y é R$ 0,30. Assim ter-se-ia:
Quadro 4
ORÇAMENTO DE CONSUMO DE MATÉRIAS-PRIMAS
Consumo por
unidade Custo
Matéria-prima A B Unitário
X 2 0 0,50
Y 0 3 0,30
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Unidades consumidas
Matéria-prima 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total
X 2.500 2.000 2.500 3.000 10.000
Y 6.000 6.000 6.000 6.000 24.000
Unidades
Matéria-prima Y 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total
Estoque Final 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000
(+) consumo 6.000 6.000 6.000 6.000 24.000
(-) Estoque Inicial 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000
(=) compras em Ud 6.000 6.000 6.000 6.000 24.000
Custo unitário 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
Compras em R$ 1.800 1.800 1.800 1.800 7.200
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Quadro 6
MOD - Tempo Salário/H MOD R$
Departamento A B R$ A B
Corte 0,20 0,50 2,00 0,40 1,00
Montagem 0,50 0,50 2,00 1,00 1,00
Total 1,40 2,00
Consumo de Horas/Homem
Quadro 7
Depto de Corte Tempo H/H
Produto 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total
A 250 200 250 300 1.000
B 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000
Total 1.250 1.200 1.250 1.300 5.000
Depto de
Montagem
Produto 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total
A 625 500 625 750 2.500
B 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000
Total 1.625 1.500 1.625 1.750 6.500
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Quadro 8
CUSTO DA MÃO-DE-OBRA DIRETA
Custo - R$
2º 3º 4º
Depto de Corte 1º trimestre Trimestre Trimestre Trimestre Total
Horas trabalhadas 1.250 1.200 1.250 1.300 5.000
Custo unitário 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
total 2.500 2.400 2.500 2.600 10.000
Depto de Montagem
Horas trabalhadas 1.625 1.500 1.625 1.750 6.500
Custo unitário 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
total 3.250 3.000 3.250 3.500 13.000
Quadro 9
2º 3º 4º
Custo Variável 1º trimestre Trimestre Trimestre Trimestre Total
A 625 500 625 750 2.500
B 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000
Total 2.625 2.500 2.625 2.750 10.500
2º 3º 4º
Custo Fixo 1º trimestre Trimestre Trimestre Trimestre Total
Depreciação 2.500 2.500 2.500 2.500 10.000
Taxas e seguros 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000
Salário de supervisores 1.500 1.500 1.500 1.500 6.000
total 5.000 5.000 5.000 5.000 20.000
Custo Ind de
Fabricação 7.625 7.500 7.625 7.750 30.500
Está claro que o total dos custos fixos foi informado. O trabalho foi dividir por
quatro trimestres. Em seguida monta-se o orçamento de estoques finais, com as
informações já existentes.
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Quadro 10
ORÇAMENTO DE ESTOQUE FINAL
MATÉRIA-PRIMA
Matéria-Prima X Y Total Obs.
Estoque Final -ud 1.500 3.000 (Quadro 5)
Custo unitário - R$ 0,50 0,30 (Quadro 4)
Estoque final - R$ 750 900 1.650
PRODUTOS ACABADOS
Quadro 11
Produtos Obs:
A B
Matéria-Prima 1,00 0,90 A = 0,50 x 2 e B = 0,30 x 3
Mão-de-obra Direta 1,40 2,00 Quadro 6
Custos Variáveis Indiretos 0,50 1,00 Informação após quadro 8
Custo Variável Unitário 2,90 3,90 Soma
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Quadro 12
ORÇAMENTO DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS E DE VENDAS
Após este orçamento, orça-se os valores destinados ao Ativo Permanente, que são
os investimentos de capital. Os valores fornecidos referem-se aos valores a pagar pelos
investimentos a realizar. Foram levantados pela empresa e fornecidos.
Quadro 13
ORÇAMENTO DAS DESPESAS DE CAPITAL
3º 4º
1º trimestre 2º Trimestre Trimestre Trimestre Total
Despesas de capital 10.000 15.000 8.000 20.000 53.000
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Quadro 14
ORÇAMENTO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
Obs.
Estoque Inicial de MP 1.650 (Balanço Patrimonial)
(+) Compras 12.200 (Quadro 5)
(=) MP disponível 13.850
(-) Ef de MP 1.650 (Quadro 10)
(=) MP consumida na Prod. 12.200
(+) Custo da MOD 23.000 (Quadro 8)
(+) CIF 30.500 (Quadro 9)
(=) Custo de Produção Orçado 65.700
(+) Ei de produtos acabados 6.025 (Balanço Patrimonial)
(-) Ef de produtos acabados 6.075 (Quadro 10)
(=) Custo dos produtos vendidos 65.650
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Quadro 15
ORÇAMENTO DE CAIXA
2º 3º 4º
Entradas 1º trimestre Trimestre Trimestre Trimestre Ano Obs.
Saldo Inicial 5.325 10.900 11.325 15.275 5.325 Balanço
Clientes 20.000 0 0 0 20.000 Balanço
Vendas a vista (50%) 22.250 19.500 19.500 22.250 83.500
Vendas com 30dd (50%) 0 22.250 19.500 19.500 61.250
total de entradas 42.250 41.750 39.000 41.750 164.750
Caixa disponível 47.575 52.650 50.325 57.025 170.075
Saídas
Compras 2.800 2.925 3.175 3.300 12.200 Q. 5
Mão-de-Obra direta 5.750 5.400 5.750 6.100 23.000 Q. 8
Custos Indiretos de
Fabricação 7.625 7.500 7.625 7.750 30.500 Q. 9
(-) Depreciação 2.500 2.500 2.500 2.500 10.000 Q. 9
Desp. Adm e de Vendas 10.000 10.000 10.000 10.000 40.000 Q. 12
Saídas de capital 10.000 15.000 8.000 20.000 53.000 Q. 13
Taxas e Impostos 3.000 3.000 3.000 3.000 12.000 Balanço
Total de saídas 36.675 41.325 35.050 47.650 160.700
De nada adiantaria todo este trabalho, se ele não fosse acompanhado. Cada empresa
verifica qual a melhor maneira de fazê-lo. Algumas optam por periodicidade mensal, outras
por bimestral, etc. Algumas dão ênfase aos custos de produção, outras aos fatores de
comercialização, e assim por diante. Demonstramos a seguir, como se poderia fazer um dos
acompanhamentos:
Quadro 16
ACOMPANHAMENTO
ORÇAMENTÁRIO
Mensal Acumulado
Realizado Orçado Dif. % Realizado Orçado Dif. %
Receitas
Despesas
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15
• Balanço Patrimonial
• Demonstrativo de Resultados
15
Ver mais em Gitman, 1997 pp 605-606.
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16
5.1 INTRODUÇÃO
Junto aos valores que formam o caixa são somados os recursos, eventuais e
momentaneamente ociosos, que estão aplicados no mercado financeiro sob a denominação
de Títulos Negociáveis, que são considerados quase caixa, pelas suas características de
grande liquidez e risco minimizado.
De uma maneira geral, as empresas evitam manter grandes somas no caixa (aqui se
entende como caixa, caixa e bancos-conta movimento), porque o objetivo da empresa não é
lucrar com a disponibilidade financeira e sim com o resultado de suas operações. Não se
deve admitir como princípio que as taxas de atratividade de mercado (aplicações
financeiras) obtenham remuneração maior que o lucro normal da empresa, muito embora,
em contextos de alta inflação, muitas empresas naveguem nesta direção.
16
Ver mais em Gitman, 1997 pp 673-683; Cherubim e outros, 2002, pp 411-434; Sanvicente, 1981, pp 123-
131; Hoji, 2001, pp 113-121; Ross e outros, 1998, pp 358-365; Machado, 2002, 81-94.
17
KEYNES, John Maynard. A teoria geral do emprego, dos juros e da moeda. São Paulo: Atlas, 1982. Cap.
15.
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BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO X0 X1 PASSIVO X0 X1
Disponível 100 150 Fornecedores 200 60
Dupl. a Receber 140 205 Salários a pagar 50 90
Estoques 150 100 Impostos a recolher 245 245
Tít. a Rec. a LP 110 110 INSS a recolher 80 150
Terrenos 280 180 Financ. a LP 60 60
Máq. e equip. 270 430 Capital Social 300 300
Deprec. Acum. (50) (110) Lucros Retidos 65 160
18
Apud Assaf Neto, opus cit. pp 484-490.
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DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
Receita 2000
(-) CMV 1550
(=) Lucro Bruto 450
(-) Despesas Operacionais 300
Salários 150
INSS 90
Depreciação 60
(=) Lucro Antes do IR 150
(-) Provisão p/ IR (55)
(=) Lucro Líquido 95
Procedimentos
A) Saldo Inicial de Caixa 100
B) Recebimento de Vendas
Vendas 2000
(-) Aumento no saldo de duplicatas a receber 65
1935
C) Determinação de compras
Estoque inicial (150)
Estoque Final 100
Custo das Mercadorias vendidas 1550
1500
D) Pagamento de Fornecedores
Saldo Inicial de fornecedores 200
Pagamento de Compras 1500
Saldo final de fornecedores (60)
1640
F) Pagamento de Salários
Saldo inicial de salários a pagar 50
Despesas de salários 150
Saldo final de salários a pagar 90
110
G) Recolhimento de INSS
Saldo inicial de INSS a recolher 80
Despesas com INSS 90
Saldo final de INSS a recolher 150
20
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Solução:
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venda
Fornecedor Comprador
Transfere o
paga crédito paga
financia
Assume o risco
da inadimplência
Banco
Exemplo:
Qual o desconto de uma duplicata de R$ 40.000,00 vencível em 132 dias para ser paga hoje
a uma taxa de 4% am?
40.000
DS = 40.000 −
0,04 × 132
1+
30
DS = 40.000,00 – 34.013,60 = 5.986,40
Taxa efetiva da operação em 132 dias
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5.986,40
= 0,176
34.013,60
= 3,75% am
(1+0,2136)30/132 = 4,50% am
Inclusão do IOF
Dando seqüência ao exemplo acima (Desconto simples por fora):
IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) = 0,0041% ad
IOF = 0,000041 x 132 x 40.000 = 216,48
Juros do desconto = 7.040,00
Total das despesas 7.256,48
(1+0,2216)30/132 = 4,65% am
Continuando o exemplo:
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7.256,48
= 0,2525 ou 25,25%
28.743,52
Custo mensal
(1+0,2525)30/132 = 5,25% am
(Obs. O cálculo da reciprocidade pode ser acrescido ao não aos encargos financeiros)
Borderô de duplicatas
115.000
Sem a HP-12C
Transformar taxa de 2,7% am do over night em taxa efetiva mensal em 20 dias úteis
0,027/30 = 0,0009 (1+0,0009)20 = 1,0182 ou 1,82% am
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Empréstimo: R$ 150.000,00
Prazo: 5 dias (3 dias úteis)
Juros simples: 3,6% am
Spread (juros compostos): 1,6% am
IOF: 0,0041% ad
Dias úteis do mês: 21
Se as taxas mensais do over night fossem nos três dias: 3,6%, 3,9% e 3,7% e o
spread e os dias úteis fossem os mesmos, pode-se calcular da seguinte forma:
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Taxa do floating
(1+0,001)2 = 1,002001 -1 = 0,002001
Encargos do floating
200.000 x 0,002001 = 400,20
Custos no período:
0,058
Juros = × 40 × 14.000 = 1.082,67
30
IOF = 0,000041 x40x14.000 = 22,96
Encargos 1.105,63
1.105,63
= 0,08574 ou 8,57%
14.000 − 1.105,63
Taxa do floating
Custo do floating
Custo da operação
1.105,63 + 86,64
= 0,09309
14.000 − 1.105,63 − 86,64
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Movimentações
Dia 15/03: Saque de 250.000
Dia 20/03: Saque de 100.000
Dia 01/04: Saque de 50.000
Dia 10/04: Depósito de 40.000
Dia 18/04: Saque de 35.000
Dia 22/04: Saque de 50.000
a b c d e f e xf
data histórico valor d/c saldo nº dias
15/03 Comissão (1) 10.000 d 10.000 0 10.000
15/03 Saque 250.000 d 260.000 5 1.300.000
20/03 Saque 100.000 d 360.000 11 3.960.000
31/03 Juros (2) 6838 d 366.838 0 5.260.000
01/04 Saque 50.000 d 416.838 9 3.751.542
10/04 Depósito 40.000 c 376.838 8 3.014.704
18/04 Saque 35.000 d 411.838 4 1.647.352
22/04 Saque 50.000 d 461,838 8 3.694.704
30/04 juros(3) 15.740,79 d 477.578,79 0 12.108.302
(1) 0,02 x
500.000,00
= 10.000
(2) 5.260.000 x 0,039/30 = 6.838,00
5.7.6 Leasing
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Sale and lease back – É a operação pela qual uma pessoa jurídica vende bens do seu
imobilizado a uma empresa de leasing e a arrenda de volta com opção de compra.
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19
Como era de se esperar, o valor recebido não corre mais risco, entretanto o valor a
receber sim. Este é o principal componente da análise de crédito. Para isso, as empresas
tomam todas as precauções possíveis na concessão de crédito aos seus clientes. Isto se dá
tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.
O crédito pode ser definido como “todo ato de vontade ou disposição de alguém de
destacar ou ceder, temporariamente, parte de seu patrimônio a um terceiro, com a
expectativa que esta parcela volte à sua posse integralmente, depois de decorrido o tempo
estipulado” MATIAS (apud LONGELUPE, 1977 p. 6).
19
Ver mais em Gitman, 1997, pp 696-712; Machado, 2002, pp 97-106; Ross, 1998, pp 367-373; Droms,
2002, pp 166-168; Sanvicente, 1981, pp 134-148; Braga, 1989, pp 113-120
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Vários são os critérios utilizados para selecionar os clientes. Além dos já citados no
item anterior, pode-se citar:
a) Escore – Neste tipo de seleção a empresa distribui pesos e notas e, através de critérios
estudados e pré-determinados avalia os clientes, conforme exemplo abaixo:
Cliente:
peso nota total
Informações cadastrais 0,15 8 1,20
Últimas Compras 0,2 7 1,40
Informações Comerciais 0,25 10 2,50
Informações Bancárias 0,1 8 0,80
Garantias apresentadas 0,3 6 1,80
7,70
Critérios adotados:
• De 0 a 4 – Evitar vendas
• De 4 a 8 – vender com mais garantias
• Acima de 8 – Facilitar a venda
b) Método dos 5 C’s - Brigham e Weston20, por exemplo, citam a análise de risco através
do método dos cinco C’s, a saber:
• Caráter – O histórico do solicitante quanto ao cumprimento de suas obrigações
financeiras, contratuais e morais. Os dados históricos de pagamentos e quaisquer
causas judiciais pendentes ou concluídas contra o cliente seriam utilizadas na
avaliação do seu caráter.
• Capacidade – O potencial do cliente para quitar o crédito solicitado. Análises dos
demonstrativos financeiros, com ênfase especial nos índices de liquidez e
endividamento são geralmente utilizados para avaliar a capacidade do solicitante de
crédito.
• Capital – A solidez financeira do solicitante, conforme indicada pelo patrimônio
líquido da empresa. O total de exigíveis (a curto e congo prazo) em relação ao
patrimônio líquido, bem como os índices de lucratividade são freqüentemente
usados para avaliar o capital demandante de crédito.
• Garantia (Collateral) – O montante de ativos colocados à disposição pelo
solicitante para garantir o crédito. Naturalmente, quanto maior esse montante, maior
será a probabilidade de se recuperar o valor creditado, no caso de inadimplência. O
exame do balanço patrimonial e a avaliação de ativos em conjunto com o
levantamento de pendências judiciais podem ser usados para estimular os colaterais.
• Condição – As condições econômicas e empresariais vigentes, bem como
circunstâncias particulares que possam afetar qualquer das partes envolvidas na
20
BRIGHAM, Eugene F. e WESTON, J. Fred. Fundamentos da administração financeira. 10ª ed São Paulo:
Makron Books, 2000, p 441.
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negociação. Por exemplo, caso a empresa tenha estoques excessivos de um item que
o solicitante deseje comprar a crédito, a empresa poderá propor vendas em
condições mais favoráveis ou vender para clientes com menos condições de obter
crédito.
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As empresas podem ter uma noção sobre que política de crédito adotar, desde que
reúna dados para uma análise preliminar. Assim dispomos a seguir alguns exemplos que
podem esclarecer quais os procedimentos de cálculo que as empresas podem adotar para
determinar se a política de crédito em análise é viável.
1o. Calcula-se o quanto esta atitude contribui para aumento do lucro operacional.
• Aumento das vendas = 0,05 x 60.000 = 3.000 unidades
• Margem de contribuição unitária = 10 – 6 = R$ 4,00
• Contribuição adicional = 3.000 x 4 = R$ 12.000,00
o
2 . Calcula-se o custo do investimento marginal em duplicatas a receber.
Plano atual Plano proposto
600.000 630.000
× 30 = 50.000 × 45 = 78.750
360 360
21
Exemplos retirados de GITMAN, opus cit.
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5 o. Tomada de decisão
• Valores favoráveis à empresa
o Contribuição adicional ao lucro R$ 12.000,00
• Valores desfavoráveis à empresa
o Custo do Investimento marginal R$ 4.312,50
o Custo marginal de devedores duvidosos R$ 6.600,00
• Resultado = 12.000 – 10.912,50 = R$ 1.087,50
Uma empresa tem PMC de 30 dias. Seu giro anual de duplicatas a receber é de 12
(360/30). Suas vendas à crédito somam 60.000 unidades, que são vendidas, cada uma, por
R$ 10,00 e o custo unitário variável é de R$ 6,00. Após análise de sua diretoria, a empresa
deseja tomar as seguintes decisões com as seguintes justificativas:
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6 o. Tomada de decisão
• Valores favoráveis à empresa
o Aumento da margem de contribuição 12.000,00
o Redução do custo de devedores duvidosos 2.850,00
o Redução no custo do investimento marginal 3.562,50
o Total 18.412,50
• Valores desfavoráveis à empresa
o Custo do desconto financeiro 7.560,00
o Total 7.560,00
Como o resultado foi positivo, a empresa pode conceder o desconto financeiro, nestas
condições.
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22
7.1 INTRODUÇÃO
Estoques são itens adquiridos que ficam parados na empresa até serem utilizados.
Quando são vendidos, ou quando o produto a que serão incorporados for vendido, geram
recursos financeiros para serem readquiridos. Portanto, seu controle é muito importante em
todas as empresas que os têm. Enquanto as contas a receber ocorrem após a venda, os
estoques existem antes das vendas.Diversos são os motivos para se manter estoques.
Dentre eles podemos salientar:
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Quanto maior for o volume de estoque, maior será a flexibilidade da empresa. As vantagens
dessa flexibilidade devem ser comparadas com os custos de manutenção de estoques.
• Investimento aplicado
• Armazenagem
• Transferência
• Impostos
• Seguros
• Perdas
• Controle e desuso
Custos de Administração (De pedir) – Para comprar ou repor estoques, devem ser
considerados custos vinculados à compra ou reposição dos produtos em estoque. Esses
custos são importantes, pois muitos deles ocorrem sempre que houver nova compra ou
reposição, e este fato deve influenciar a definição dos níveis de estoques. São estes os
principais custos de administração:
• Pesquisa de preços
• Comunicação (correio, telefone, faz, internet)
• Negociação com fornecedores de bens e serviços
• Emissão de ordens de compra
• Recepção e conferência dos produtos comprados
• Devoluções ocasionais
Custos de Ausência – Além dos dois principais grupos já citados existe um terceiro que é
ocasional. A falta de estoques pode trazer conseqüências negativas sérias para a empresa,
muitas delas imponderáveis, como a perda de venda atual e da futura, pois o cliente
fidelizado pode ir para o concorrente e não voltar mais. Também pode haver
conseqüências negativas para a imagem da empresa e maiores custos de compra, através da
utilização de processos não rotineiros de compras, ficando a empresa com pouco poder de
barganha junto aos fornecedores, dada a urgência da entrega.
Apostila 1 – AFO I (autoria do Prof. Marcos Antonio Serpa Coelho) Página 84 de 129
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Os custos dos estoques e o custo das duplicatas a receber interagem, e muitas vezes
necessita-se saber qual o melhor resultado desta interação. Para melhor entendimento deste
tópico, exemplificaremos a seguir, como se comporta esta relação, através do seguinte
exemplo:
Exemplo
Para manter R$ 1,00 em estoque, uma empresa gasta por ano R$ 0,25.
Para manter R$ 1,00 em duplicatas a receber, gasta por ano R$ 0,15.
Esta empresa tem estoque médio de R$ 300.000,00 e, investimento médio em duplicatas a
receber de R$ 200.000,00.
• Alterar as condições de crédito, e com isso, espera que os clientes comprem mais.
• Com o aumento de vendas, o estoque médio seria reduzido para R$ 150.000,00.
• Em contrapartida, o investimento em duplicatas a receber aumentaria para R$
350.000,00.
Atual Proposto
Custo/retorno Investimento Custo Investimento Custo
Médio Médio
Investimento em Estoque Médio 25% 300.000,00 75.000,00 150.000,00 37.500,00
Investimento em Duplicatas a receber 15% 200.000,00 30.000,00 350.000,00 52.500,00
Total 105.000,00 90.000,00
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Graficamente teríamos:
100
95
80
% acumulado
do faturamento
0 20 50 100
Neste sistema, são traçadas normas de procedimento para administrar cada categoria
de produtos. O exemplo acima pode ser discriminado da seguinte forma:
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Os itens C são formados por bens de pequeno valor unitário e geralmente de fácil
obtenção. Podem ser tratados com menor rigor e controlados de forma mecânica. Os itens B
são bens de valor unitário médio e devem ter maior rigor no controle. Os itens A devem ser
controlados com a máxima segurança e previsibilidade.
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Lote econômico
Custo Total
Custo de Manutenção
Custos R$
Custo de emissão
Custo de manutenção
Valor $
400
Custo de emissão
0 100 200 400 800 1.600
Lote econômico
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Exemplo
Qual seria o lote ideal de compra de uma empresa que utiliza 1.600 unidades de
determinado item de estoque por ano se, para emitir um novo pedido, ela calcula que
gastará R$ 50,00 e para manter este item, em estoque, gastará por ano R$ 1,00?
2 × 1.600 × 50
Q= = 400
1
Exemplo:
Uma empresa sabe que são necessários 10 dias para que chegue a mercadoria que
ela pediu hoje. Sabe também que usa 5 unidades deste item por dia. Quando deverá emitir
novo pedido?
PR = 5 x 10 = 50
Ou seja, quando o estoque estiver próximo de 50 unidades, deve ser emitido novo
pedido.
EM = C x F
EM = Estoque mínimo
C = Consumo médio mensal
F = Número de dias exigido pela empresa como fator de segurança.
Este sistema nasceu no Japão na década de 70, tendo sua primeira aplicação na
Toyota Motor Company, e tomou inicialmente o nome de sistema Kanban. Hoje existem na
Fiat 11 fornecedores em JIT entregando cerca de 5.900 itens à produção, sendo 98% deles
em JIT seqüenciado. Os benefícios com esta entrega foram:
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Esta técnica aproveita a Teoria da Restrição de Goldratt, onde são necessários cinco
passos:
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Dados fornecedores
A B C
Preços unitários sem IPI 120 110 120
Prazo de pagamento 28 dias 21 dias 35 dias
Alíquota de ICMS 18% 12% 18%
Encargo financeiro 5%am 5%am 5%am
Frete por unidade 0 3 1
Preços unitários sem IPI 120 110 120
(+) frete 0 3 1
(=) 120 113 121
(-) ICMS(1) 21,6 13,56 21,78
(=) 98,4 99,4 99,22
(-) Encargos financeiros (2) 4,58 3,45 5,81
(=) 93,82 95,95 93,41
28/30
(2) [(1+0,05) -1]x 98,40 = 4,58
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PME
C PC V = RV
C = Compras
PC = Pagamento das compras
V = Vendas
RV = Recebimento das vendas
PME = Prazo médio de estocagem
Condição de equilíbrio
RV = PC (1+i)PME
Considerar-se-á para este exemplo e para os outros três a seguir, que o preço de
aquisição da mercadoria foi $ 4.000, o preço de venda $ 6.000 e o prazo médio de
estocagem foi de 3 meses.
Isto significa que qualquer taxa de juros inferior a 14,47% am será vantajosa para a
empresa, e quanto mais afastada for deste valor, mais vantajosa será.
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C PC V = RV
PMP
PME
Onde:
Isto significa que qualquer taxa de juros inferior a 22,47% am será vantajosa para a
empresa, e quanto mais afastada for deste valor, mais vantajosa será.
C=PC V RV
PME PMR
Onde:
Isto significa que qualquer taxa de juros inferior a 10,67% am será vantajosa para a
empresa, e quanto mais afastada for deste valor, mais vantajosa será.
Apostila 1 – AFO I (autoria do Prof. Marcos Antonio Serpa Coelho) Página 93 de 129
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C PC V RV
PMP PMR
PME
Onde:
RV = PC (1+i)PMR+PME-PMP
6.000 = 4.000 (1+i)1+3-1
i = 14,47%
Isto significa que qualquer taxa de juros inferior a 14,47% am será vantajosa para a
empresa, e quanto mais afastada for deste valor, mais vantajosa será.
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PONTO DE EQUILÍBRIO23
Representa o nível de vendas necessário para cobrir todos os custos operacionais, ou,
mais especificamente, quando LAJIR = 0.
CUSTOS FIXOS
CUSTOS VARIÁVEIS
Para que uma empresa esteja em equilíbrio, é necessário que suas receitas totais sejam
iguais a seus custos totais. Ou seja,
RT = Receitas totais
CT = Custos totais RT = CT
As receitas totais, por sua vez, são iguais ao seu preço unitário de venda vezes a
quantidade produzida.
RT = vQ
Os custos variáveis serão iguais ao custo variável unitário vezes a quantidade produzida.
23
Ver mais em Hoji, 2001, pp 312-316; Droms, 2002, pp 135-138.
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CV = cQ
CV = Custo variável
c= Custo variável unitário
Os custos fixos são iguais a eles mesmos. Desta forma a fórmula original é igual a:
vQ = cQ + CF
Qv = Qc + CF
Qv – Qc = CF
Q(v-c) = CF
CF
Q=
v−c
Exemplo:
Q = 2.500,00 = 500
10 – 5
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Custos totais
Custos Variáveis
Área de
R$ 5.000,00 Prejuízo Ponto de equilíbrio
Custos Fixos
0 500
Quantidades
O que aconteceria com o ponto de equilíbrio, se:
1. O custo fixo aumentasse para R$ 3.000,00?
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8.3 ALAVANCAGEM24
É o uso de ativos ou recursos, com custo fixo, a fim de aumentar os retornos dos
proprietários da empresa. Quanto maior a alavancagem, segundo a reação do investidor de
aversão ao risco, maior o risco, maior o retorno. A aplicação da alavancagem operacional e
financeira na avaliação de uma empresa permite que se conheça sua viabilidade econômica,
identificando-se claramente as causas que determinaram eventuais variações nos resultados.
ALAVANCAGEM OPERACIONAL
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
Refere-se à relação entre o LAJIR e o LPA (Lucro por Ação). É a capacidade da empresa
para usar encargos financeiros fixos, a fim de maximizar os efeitos da variação do LAJIR
sobre o LPA da empresa. Quanto maior for o uso destes encargos financeiros fixos, maior
será o grau de alavancagem financeira.
ALAVANCAGEM TOTAL
É o uso potencial de custos fixos, tanto operacionais como financeiros, para aumentar o
efeito de variações nas vendas/LPA.
Receitas de Vendas - V
(-) Custo dos Produtos Vendidos – VPV
(=) Lucro Bruto – LB Alavancagem
(-) Despesas Operacionais – DO Operacional
(=) Lucro antes dos juros e do IR – LAJIR
Alavancagem
(+/-) Resultado financeiro (juros) – J Total
(=) Lucro Antes do Imposto de Renda – LAIR
(-) Provisão para o IR – PIR
(=) Lucro Antes das Participações e Contribuições Alavancagem
(-) Participações e Contribuições Financeira
(=) Lucro Líquido do Exercício - LL
24
Ver mais em Sanvicente, 1981, pp 244-246; Cherubim e outros, 2002, pp 80-83; Machado, 2002 pp 173-
181.
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Exemplo:
Uma empresa tem v = R$ 10,00, c = R$ 5,00 e CF = R$ 2.500,00. Calcule o seu LAJIR
para as quantidades de 500, 1.000 e 1.500 unidades produzidas.
- 50% + 50%
- 100% + 100%
Como podemos notar, a uma variação de 50% nas vendas, houve uma variação de
100% no Lucro Antes do Imposto de Renda.
A seguir demonstraremos o que acontece com duas empresas. Uma apenas com
capital próprio e outra com capital de terceiros e despesas financeiras anuais de R$
400.000,00.
Empresa sem capital de terceiros Empresa com capital de terceiros
Ativo Patrimônio Líquido Ativo Passivo Patrimônio Líquido
8.000.000 8.000.000 8.000.000 4.000.000 4.000.000
Nº de ações: 400.000 Nº de ações: 200.000
Valor da ação: R$ 20,00 Valor da ação: R$ 20,00
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LPA 2
400.000 800.000
LAJIR
GAO = ___Q(v-c)__
Q(v-c) - CF
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Exemplo:
Qual o grau de alavancagem financeira do exemplo inicial, ao nível de produção de 1.000
unidades?
1.000(10 − 5)
1.000(10 − 5) − 2.000
GAO = =2
O GAO é igual a 2, ou seja, cada vez que eu vario as receitas, o lucro operacional
varia em dobro.
Exemplo:
100% + 100%
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LAJIR
GAF =
DD
LAJIR − J −
1 − IR
10.000
GAF = = 2,5
2.400
10.000 − 2.000 −
1 − 0,4
Agora poderemos ver o efeito combinado das duas alavancagens, pelo exemplo a
seguir:
Dados
v = R$ 5,00 J = R$ 20.000,00 Nº de ações = 5.000
c = R$ 2,00 PC = R$ 12.000,00 Q1 = 20.000
CF = R$ 10.000,00 IR = 40% Q2 = 30.000
50%
R= 100.000 150.000
(-)CV = 40.000 60.000 GAO = ___20.000(5-2)___ = 1,2
(-)CF = 10.000 10.000 20.000(5-2) – 10.000
(=)LAJIR = 50.000 80.000
300%
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Q(v − c )
GAT =
DD
Q (v − c ) − CF − J −
1 − IR
20.000(5 − 2 )
GAT = =6
20.000(5 − 2 ) − 10.000 − 20.000 −
12.000
1 − 0,4
Para finalizar o estudo de alavancagem, façamos a comparação entre duas empresas,
com composições diferentes de demonstrativo de resultado:
Empresas A % B %
Vendas 100 100
Custos e despesas variáveis 30 30 70 70
Margem de contribuição 70 30
Custos fixos 60 60 20 20
Lucro operacional 10 10 10 10
Como dissemos no início deste tópico, embora pareça, à primeira vista, ilógico,
quanto maior os custos fixos, maior a alavancagem operacional. Para comprovar isto,
vamos supor um aumento de 20% nas vendas de ambas as empresas, e vamos ver como se
comporta o lucro operacional.
Empresas A % B %
Vendas 120 120
Custos e despesas variáveis 36 30 84 70
Margem de contribuição 84 36
Custos fixos 60 50 20 16,7
Lucro operacional 24 20 16 13,3
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vendas o lucro de A passou de 10% para 20% das vendas, enquanto que o lucro de B
passou de 10% para 13,3%.
Calculando a alavancagem operacional de A teremos:
∆LO = = 140%
24
10
∆V = = 20%
120
100
∆LO 140
AO = = =7
∆V 20
∆LO = = 60%
16
10
∆V = = 20%
120
100
∆LO 60
AO = = =3
∆V 20
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ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor – São Paulo: Atlas, 2003.
CORRÊA, Henrique L. e GIANESI, Irineu G.N. Just in time, MRP II e OPT – São Paulo:
Atlas, 1996.
IUDÍCIBUS, Sérgio et al. Manual de contabilidade das sociedades por ações.São Paulo:
Atlas, 1995.
LEONE, George Guerra. Custos, um enfoque administrativo. Rio de Janeiro: FGV, 1981.
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MATIAS, Alberto Borges (coordenador). A gestão do valor do capital de giro –São Paulo:
Atlas, 2007.
ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzato, 2000.
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CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1. Administração financeira é:
a. Ciência
b. Arte
c. A e b
d. Estudo
2. A administração financeira se relaciona mais estreitamente com:
a. Matemática financeira, direito e contabilidade.
b. Economia, direito e sociologia.
c. Informática, contabilidade e marketing.
d. Estatística, matemática financeira e recursos humanos
3. As atribuições do administrador financeiro são:
a. Controladoria e tesouraria.
b. Planejamento e controle.
c. Análise, investimento e financiamento
d. B e c
4. São funções de tesouraria:
a. Cadastro, câmbio e planejamento tributário.
b. Financiamento, orçamento de caixa e orçamento geral.
c. Crédito, cobrança e investimento.
d. Relacionamento com instituições bancárias e controle patrimonial
5. Informe a afirmação falsa:
a. O mercado de capitais se subdivide em primário e secundário
b. As bolsas de valores estão subordinadas à CVM
c. O mercado monetário utiliza o depósito compulsório
d. O mercado de crédito é supervisionado pelo Banco do Brasil
6. Informe a afirmação falsa:
a. O mercado monetário utiliza o mercado aberto
b. O mercado de crédito administra as bolsas de valores
c. O mercado de capitais subdivide-se em primário e secundário
d. O mercado de câmbio utiliza a paridade das moedas
7. São órgãos do sistema normativo do SFN:
a. Conselho Monetário Nacional, Comissão de Valores Mobiliários e Caixa
Econômica Federal.
b. Bolsa de Valores, Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários.
c. Superintendência de Seguros Privados, Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social e Bancos Múltiplos.
d. Caixa Econômica Federal, Seguradoras e Banco do Brasil.
8. São instituições não financeiras:
a. Sociedades distribuidoras
b. Seguradoras
c. Cooperativas de crédito
d. Sociedades de arrendamento mercantil
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23. Com os dados a seguir calcule a diferença percentual entre os retornos sobre o
Patrimônio Liquido conservador e agressivo.
Agressivo Conservador
Ativo Circulante 1.000 1.500
Ativo Permanente 1.000 1.000
Total 2.000 2.500
Passivo Circulante 400 500
Exigível a Longo Prazo 600 750
Patrimônio Líquido 1.000 1.250
Lucro Operacional 1.000 1.000
Despesas Financeiras a Curto Prazo (20%aa)
Despesas Financeira a Longo Prazo (30%aa)
Lucro Antes do Imposto de Renda
Imposto de Renda (30%)
Lucro Líquido
Retorno sobre o Patrimônio Líquido
24. Sabendo que o balanço patrimonial de uma empresa se apresenta na forma abaixo,
Ativo Circulante 1.000 Passivo Circulante 500
Caixa 25 Fornecedores 500
Duplicatas a rec. 300 Exigível a longo prazo 500
Estoques 675 Patrimônio Líquido 3.000
Ativo Permanente 3.000
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Consumo
Matéria Prima unitário Preço Unitário
Haste 1 ud R$ 50/ud
Linha 200 m R$ 0,10/m
Anzol 5 ud R$ 250/cento
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Vendas 405.000
Custo dos Produtos Vendidos 240.000
Lucro Bruto 165.000
Despesas Operacionais 75.000
Lucro Operacional 90.000
Imposto de Renda 27.000
Lucro Líquido 63.000
• Projeção de vendas
Produtos S N
Preço Unitário (R$) 35,00 50,00
Vendas (ud)
1º Trimestre 3.750 4.500
2º Trimestre 3.000 7.500
3º Trimestre 4.500 5.250
4º Trimestre 3.750 6.750
Total 15.000 24.000
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• Custos Diretos
Item Horas/produto $/Hora Custo MOD/ud
Produto S N S N
Departamento de Corte 1,5 1,0 2,00 3,00 2,00
Departamento de Montagem 2,0 1,5 2,00 4,00 3,00
Departamento de Acabamento 0,5 0,5 3,00 1,50 1,50
Total 8,50 6,50
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• Despesas Operacionais
Despesas Administrativas
Salários e administração R$ 54.000,00
Despesas fixas R$ 3.000,00
Outras despesas R$ 3.000,00
Total R$ 60.000,00
Despesas com Vendas
Salários R$ 45.000,00
Propaganda R$ 15.000,00
Total R$ 60.000,00
Despesas Operacionais R$ 120.000,00
Saídas
• Mão-de-Obra Direta, Matérias-Primas e Custos Indiretos de Fabricação são
desembolsados no mês da ocorrência.
• Custos fixos indiretos são pagos trimestralmente em parcelas iguais.
• Outros custos: Taxas no montante de R$ 27.000,00 serão pagas trimestralmente em
parcelas iguais.
• Credores diversos: Saldo de R$ 15.000,00 não serão pagos.
• Despesas de capital
1º Trimestre R$ 15.000,00
2º Trimestre R$ 22.500,00
3º Trimestre R$ 12.000,00
4º Trimestre R$ 30.000,00
1. ORÇAMENTO DE VENDAS
Trimestres 1º 2º 3º 4º ano
Unidades
S
N
Valor R$
S
N
Total
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4. ORÇAMENTO DE COMPRAS
Trimestres 1º 2º 3º 4º ano
A
Estoque final
(+) consumo
total
(-) Estoque Inicial
Compras (ud)
(x) $ unitário
(=) Compras (R$)
B
Estoque final
(+) consumo
total
(-) Estoque Inicial
Compras (ud)
(x) $ unitário
(=) Compras (R$)
Total (A+B) R$
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ATIVO
Circulante
Disponibilidades
Contas a Receber
Estoques
Matérias-Primas
Produtos Acabados
Permanente
Imobilizado
Depreciação Acumulada
PASSIVO
Circulante
Fornecedores
Impostos a Pagar
Patrimônio Líquido
Capital
Reservas
Lucros Acumulados
38. Sabendo que 1.500 unidades anuais do produto A é vendido por R$ 12,00 e 2.000
unidades de B é vendida por R$ 15,00; que o custo dos produtos vendidos é de 60%
das vendas; que as despesas operacionais somam R$ 10.000,00 e ainda, que a
alíquota do IR é de 25%, projetar o lucro líquido da empresa.
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39. Montar o fluxo de caixa a partir das demonstrações financeiras abaixo e comparar
com o resultado contábil.
ano 1 ano 2
ATIVO 1.000 1.200
Circulante 400 500
Caixa e Bancos 20 40
Contas a Receber 180 200
Estoques 200 260
Realizável a Longo Prazo 100 100
Permanente 500 600
Imobilizado 600 750
Depreciações Acumul. (100) (150)
Ano 1 Ano 2
PASSIVO 1.000 1.200
Circulante 400 460
Fornecedores 150 260
Salários 150 200
Empréstimos 100 0
Exigível a Longo Prazo 0 0
Patrimônio Líquido 600 740
Capital 400 400
Reservas 200 200
Lucros Acumulados 0 140
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
Vendas 2.000
Custo das mercadorias vendidas 1.500
Lucro Bruto
Despesas operacionais
Salários 250
Depreciações 50
Lucro Operacional
Imposto de Renda (30%)
Lucro Líquido
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A. Saldo Inicial
B. Receitas
(+) Contas a Receber Inicial
(-) Contas a Receber Final
C. Pagamento a Fornecedores
CMV = EI + C – EF
Compras
(+) fornecedores inicial
(-) fornecedores final
D. Pagamento de salários
Despesas de salários
(+) salários inicial
(-) Salários final
E. Pagamento de empréstimos de curto prazo
Empréstimos inicial
(-) Empréstimos final
F. Aquisição de imobilizado
Saldo final de imobilizado
(-) Saldo Inicial de imobilizado
G. Pagamento do Imposto de Renda
Apuração de IR na DRE
(-) Saldo de IR a pagar no PC
H. Saldo Final
40. Projetar o caixa para o 1º trimestre e informar qual o saldo em caixa e qual o saldo
em aplicações ou empréstimos no fim do trimestre.
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41. Fazer o planejamento diário de caixa pelos dias úteis de uma semana, com os dados
a seguir e informar se na sexta feira terá condições de pagar R$ 2.000,00.
Dias Recebimentos Pagamentos Saldo Inicial: R$ 1.000,00
Segunda-feira R$ 2.000,00 R$ 6.000,00 Saldo mínimo: R$ 1.000,00
Terça-feira R$ 5.000,00 R$ 4.000,00 Custo de Empréstimo: 5%am
Quarta-feira R$ 8.000,00 R$ 3.000,00 Rend. Aplicações: 15%at
Quinta-feira: R$ 6.000,00 R$ 5.000,00
Sexta-feira R$ 4.000,00 R$ 5.000,00
42. De posse das informações abaixo, projetar o caixa para o primeiro trimestre do ano
seguinte. (desprezar os centavos, arredondando os resultado e usar 4 casas decimais
para o cálculo das taxas)
Mês Vendas Compras
Nov 200 120
Dez 300 150
Jan 100 50
Fev 100 50
Mar 200 100
Condições
A vista 25% 30%
30dd 25% 30%
60dd 50% 40%
Saldo inicial R$ 0,00
Saldo Mínimo R$ 10,00
Custo de empréstimo 70% as
Rendimento de aplicações 0,05% à quinzena
Total de recebimentos de dezembro do ano anterior: R$ 200,00
Recebimento pela venda do imobilizado: R$ 50,00 em janeiro
Pagamento de empréstimos: R$ 200,00 em fevereiro
Pagamento de impostos: 10% das vendas pagos no mês seguinte
Pagamento de salários: 10% das compras no mês da ocorrência
Inadimplência sobre recebimento de vendas: 10%
Recuperação da inadimplência: 90% no mês seguinte
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46. Com referência ao problema anterior, qual seria o custo efetivo mensal do desconto
bancário após o IOF e após reciprocidade de 5%?
47. Qual o custo efetivo mensal de um desconto simples bancário concedido sobre uma
duplicata de R$ 72.000,00, vencível em 54 dias a uma taxa de 3,25%am com IOF
de 0,0041%ad e reciprocidade de 7%?
48. Qual o custo efetivo mensal de um desconto simples bancário concedido sobre uma
duplicata de R$ 135.000,00 vencível em 68 dias, a uma taxa de 6%ab e IOF de
0,0041%ad, com reciprocidade de 8%?
49. Qual o custo efetivo mensal do borderô de descontos a seguir, sabendo que o Banco
creditou em conta R$ 120.000,00 referente à operação? (taxa de partida = 11%am)
Título R$ Vencimento (dias)
A 10.000 30
B 20.000 30
C 30.000 60
D 40.000 60
E 50.000 90
50. Transformar a taxa de 3%am do over night em taxa efetiva num mês de 21 dias
úteis.
51. Transformar uma taxa efetiva mensal de 5% num mês de 22 dias úteis em taxa
mensal do over night.
52. Qual o encargo e a taxa efetiva mensal de uma operação “hot money” de
empréstimo de R$ 100.000,00, pelo prazo de 5 dias (3 úteis) a juros de 6% am,
spread de 2% am e IOF de 0,123% am, sabendo que o mês tem 21 dias úteis?
53. Qual o custo efetivo mensal de uma operação “hot money” de R$ 200.000,00, pelo
prazo de 4 dias úteis, a juros de 3%am, spread de 2%am e IOF de 0,0041%ad num
mês de 21 dias úteis?
54. Qual o encargo e a taxa efetiva mensal de uma operação “hot money” de
empréstimo de R$ 50.000,00, pelo prazo de 3 dias (3 dias úteis) a juros de 5%, 6%
e 7%am no período, sucessivamente, spread de 2% am, IOF de 0,0041% ad,
sabendo-se que o mês tem 22 dias úteis?
55. Qual o custo efetivo mensal de uma operação de empréstimo de R$ 370.000,00 com
vencimento em 36 dias, juros de 5%am, IOF de 0,0041%ad e floating de 2 dias?
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62. Para aumentar suas vendas em 10% uma empresa afrouxou seus padrões de crédito.
Seu preço unitário de venda era R$ 50,00, seu custo unitário variável de R$ 30,00 e
suas vendas anuais 10.000 unidades. Em decorrência disto, seu prazo médio de
recebimento subiu de 30 para 45 dias e seus devedores duvidosos cresceram de 2%
para 4%. Sabendo-se que o custo do dinheiro é de 30%aa, a empresa deve tomar
esta atitude?
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69. Sabendo que o consumo anual de um item de estoque e de 50.000 peças, que seu
custo administrativo (de pedir) é de R$ 30/pedido, e ainda, que seu custo de
manutenção é de R$ 3,00/ud/ano, pede-se calcular:
a) O Lote Econômico
b) Quantidade de lotes anuais, considerando nulo o estoque mínimo
c) Intervalo de dias entre os lotes
d) Sabendo que o tempo de espera é de 30 dias, qual o ponto de re-
encomenda?
70. No caso de compra a vista e venda a prazo, qual a taxa mensal de equilíbrio de uma
mercadoria comprada por R$ 200,00 e vendida 60 dias após por R$ 250,00
recebidos 30 dias depois da venda?
71. Qual o Ponto de Equilíbrio de uma mercadoria que tem preço de venda de R$ 80,00,
custo unitário variável de R$ 50,00 e custos fixos de R$ 9.000,00? Trace o gráfico.
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72. Uma empresa que vende 10.000 unidades anuais de determinado produto e tem a
DRE especificada a seguir, tem que graus de alavancagem operacional, financeira e
total?
Receitas 100.000
Custo dos Produtos vendidos 60.000
Lucro Bruto 40.000
Despesas operacionais 20.000
Lucro operacional (LAJIR) 20.000
Despesas financeiras 10.000
Lucro antes do IR (LAIR) 10.000
Imposto de Renda e CS (30%) 3.000
Lucro antes da distr. de dividendos 7.000
Distribuição de dividendos 3.500
Lucro Líq. após distr. Div. 3.500
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1. a
2. a
3. d
4. c
5. d
6. b
7. a
8. b
9. c
10. a
11. c
12. c
13. c
14. a
15. b
16. d
17. c
18. d
19. c
20. PMR = 66dias
PME = 540 dias
PMP = 162 dias
CO = 606 dias
CC = 444 dias
21. PMP = 34,1 dias
PME = 201,6 dias
PMR = 16,2 dias
CO = 217,8 dias
CC = 183,7 dias
22. c
23. 14%
24. R$ 700,00
25. R$ 9,00
26. Diagrama
27. c
28. c
29. a
30. R$ 50.500,00, R$ 120.500,00 e R$ R$ 119.500,00.
31. R$ 145.000,00 e R$ 116.000,00
32. X = 60.000, Y 10.000 e Z = 45.000.Orçamento de compras = R$ 391.500,00
33. R$ 19.200,00
34. R$ 165.600,00
35. R$ 322.500,00
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