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FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA – FDV

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS


ESPECIALIZAÇÃO “LATO SENSU” NA ÁREA DE SEGURANÇA PÚBLICA

CAPITÃO PM LUCÍNIO CASTELO DE ASSUMÇÃO


CAPITÃO PM ROGER DE OLIVEIRA ALMEIDA

VIDEOMONITORAMENTO
SOLUÇÃO TECNOLÓGICA INOVADORA NO CAMPO DO POLICIAMENTO MODERNO
INTRODUÇÃO

A violência no Brasil encontra-se em estado alarmante.


INTRODUÇÃO

A segurança dos indivíduos e de suas propriedades é um tema central e se


resume numa preocupação cada vez mais acentuada em quase todo o mundo.
INTRODUÇÃO

A intimidação do ato criminoso constitui um recurso valioso à proteção de toda a


sociedade, assim como a identificação e punição do infrator.
INTRODUÇÃO

Uma das soluções oferecidas é o sistema de videomonitoramento


INTRODUÇÃO

Inicialmente utilizados em estabelecimentos particulares.


INTRODUÇÃO

Várias cidades brasileiras estão investindo em sistemas de videomonitoramento.


INTRODUÇÃO

No estado do Espírito Santo: Vitória e Serra


1 A SEGURANÇA PÚBLICA

Segurança – conceito gramatical

Segurança: derivado de segurar exprime, gramaticalmente, a ação e efeito de tornar


seguro, ou de assegurar e garantir alguma coisa. Assim, segurança indica o sentido de
tornar a coisa livre de perigos, de incertezas. Tem o mesmo sentido de seguridade que
é a qualidade, a condição de estar seguro, livre de perigo e riscos, de estar afastado de
danos ou prejuízos eventuais (SILVA apud. SANTOS FILHO, 2007).
1 A SEGURANÇA PÚBLICA

busca pela preservação e manutenção da ordem pública, permitindo que todos exerçam
suas atividades sem perturbação de outrem.
1 A SEGURANÇA PÚBLICA

Maslow apud Azamor dos Santos Filho (2007), Segurança = necessidade indispensável,
especialmente nos grandes centros urbanos, onde a criminalidade é crescente.
1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES

Segurança pública e proteção: primórdios da nossa origem enquanto civilização.


1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES

“O aparecimento real da cidade ocorreu como resultado final de uma união mais remota
entre os componentes paleolíticos e neolíticos” (MUMFORD, 1998, p. 28).
1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES

O foco da segurança muda um pouco quando, além de proteger as moradias, o homem


passa a se preocupar com a defesa dos alimentos que produzia e do gado.
1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES

Passagem da “cultura de aldeia” para a “cultura urbana”.


‘muralhas altivas e fortes’ – onde “a própria muralha valia por um exército para controlar
os rebeldes, manter os rivais sob vigilância e bloquear a fuga dos desesperados”.
Introduziu-se a segregação de classe, o controle autoritário e a violência extrema por
intermédio da agressividade militar (MUMFORD, 1998, p. 56 e 57).
1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES
A partir da mescla da questão dos conflitos internos gerados pela complexidade urbana
(MUMFORD, 1998, p. 61) e do controle dos ataques externos (LE GOFF, 1998, p. 72),
muralhas e homens armados velavam pelas pólis para lhes proporcionar segurança,
“uma obsessão urbana”.
1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES

Com o fim da Idade Média e o nascimento da Idade Moderna – com o advento das
incursões do mercantilismo, em meados do ano de 1.500 d.C. – os Estados passaram a
deter um maior controle social, atraindo para si todas as responsabilidades, tanto nos
quesitos de proteção dos seus cidadãos, quanto em suas políticas de desenvolvimento.
1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES

Termo inicial a Revolução Francesa.


Construção da soberania estatal.
Interferência nos interesses dos particulares.
Garantias individuais e interesses coletivos : Segurança pública, tão almejada desde os
tempos remotos.
1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES

Constitucionalismo - Era Grega.


Aristóteles definia: o conjunto de princípios compreendidos nos aspectos da vida
jurídica, política, social, religiosa e econômica como “a organização das funções do
Estado”, que determinava “qual o órgão governante e qual o fim de cada comunidade”
de acordo com o entendimento de Walter Vieira do Nascimento (1998, p. 99).
1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES
Inglaterra - Direito Constitucional passou a se desenvolver melhor
manutenção dos costumes legais pelos monarcas da época
até o advento do primeiro texto legal constitucional escrito, no reinado do monarca
inglês João Sem Terra (1199-1216).
1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES

Doutrina da separação dos poderes - Aristóteles, em sua obra “Política”.


Fundamento de todo o Estado Democrático: doutrina dos “freios e contrapesos”.
1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES

Em 1787, com a Constituição rígida e escrita dos Estados Unidos da América, após a
independência das 13 colônias, e em 1791, com a elaboração da Constituição
Francesa, a partir da Revolução Francesa: início ao constitucionalismo formal.
1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES

O constitucionalismo moderno = constitucionalismo histórico, medieval, inglês e, ainda,


no norte americano. Neste último, “é onde se há de buscar a origem de nossas
constituições escritas (...). A Revolução Francesa aceita a idéia americana, e da
francesa estendeu-se aos demais Estados europeus” (NASCIMENTO, 1998).
1.1 SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA NAS SOCIEDADES

O Estado Democrático brasileiro, em sua Carta Política, assume a responsabilidade da


Segurança Pública em conjunto com os demais setores sociais.
1.3 COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL

Polícia Militar - & 5º do artigo 144 da CF:


preservação da ordem pública e policia ostensiva.
1.3.1 A origem histórica da Polícia Militar

Feijó e o modelo francês bonapartista da Polícia de Estado, com funções policiais e


administrativas, de guerra e de paz.
1.3.1 A origem histórica da Polícia Militar

A estruturação da Polícia de Estado: Duque de Caxias. (MOULIN, 2003):


1.4 SEGURANÇA PÚBLICA E TECNOLOGIA

Conflitos sociais aterrorizantes: necessidade de imposição de leis mais severas e de


penas elevadas a fim de reprimir a criminalidade.
1.4 SEGURANÇA PÚBLICA E TECNOLOGIA

O trabalho da polícia ostensiva, rápido e expressivo:


função preventiva antes da prática do delito.
1.4 SEGURANÇA PÚBLICA E TECNOLOGIA

Da década de 70 do século passado até os dias atuais, os dispositivos de vigilância,


evoluíram sobremaneira. (BRUNO, [200-?], p. 1).
1.4 SEGURANÇA PÚBLICA E TECNOLOGIA

Aspecto da segurança pública objetivado:


aquele exercido nas medidas de coordenação da circulação de pessoas.
1.4 SEGURANÇA PÚBLICA E TECNOLOGIA

Policiamento efetivo tendente a melhorar a segurança e a utilização de métodos de


controle da violência urbana e de cumprimento das leis.
1.4 SEGURANÇA PÚBLICA E TECNOLOGIA

“aos poucos, polícia passa a significar a atividade administrativa tendente a assegurar a


ordem, a paz interna, a harmonia e, mais tarde, o órgão do Estado que zela pela
segurança dos cidadãos”. TORNAGHI apud LYRA (1989, p. 23)
1.4 SEGURANÇA PÚBLICA E TECNOLOGIA

Método de vigilância dos detentos:


rastreamento eletrônico por tornozeleira, em pessoas condenadas.
2 VIOLÊNCIA SOCIAL

A violência e sua definição pelos dicionaristas J. Fernando e Rosa Maria Cardoso


(1999, p. 619) : “Violência. Qualidade de violento; ato violento; ato de violentar”.
2 VIOLÊNCIA SOCIAL

Toda violência, quando não legitimada pelo Estado, deve ser retaliada de modo direto e
preciso tendo por azo as leis, a justiça e todos os órgãos institucionalizados, como é o
caso das policias, dentro do contexto da política de segurança pública.

AS LEIS

VIOLÊNCIA

POLÍCIAS A JUSTIÇA
2.1 CRESCIMENTO DA VIOLÊNCIA NOS CENTROS URBANOS BRASILEIROS

A violência aflora nos grandes conglomerados populacionais.


Medidas para uma melhora na qualidade de vida da sociedade.
2.1 CRESCIMENTO DA VIOLÊNCIA NOS CENTROS URBANOS BRASILEIROS

A segurança pública no Brasil têm sofrido graves ataques por parte da delinqüência que
se instalou nas suas grandes cidades, fruto de uma sociedade desigual e injusta que
não oferece as condições de evolução aos jovens residentes em subúrbios infectos
(SANTOS FILHO, 2007).
2.1 CRESCIMENTO DA VIOLÊNCIA NOS CENTROS URBANOS BRASILEIROS

Particulares, encastelados em seus condomínios de luxo, utilizam-se de aparatos


tecnológicos para coibir a violência que tanto lhes amedronta.
2.1 CRESCIMENTO DA VIOLÊNCIA NOS CENTROS URBANOS BRASILEIROS

Segurança Pública está pautado em um modelo coletivo de pesquisa e


desenvolvimento.
3 DESENVOLVIMENTO DO POLICIAMENTO E AS TECNOLOGIAS
DE INFORMAÇÃO

Príncipe regente D. João: Divisão Militar da Guarda Real de Polícia (Moulin, 2003).
3 DESENVOLVIMENTO DO POLICIAMENTO E AS TECNOLOGIAS
DE INFORMAÇÃO

Getúlio Vargas e o seu particular modo de condução do Estado e da segurança pública:


3 DESENVOLVIMENTO DO POLICIAMENTO E AS TECNOLOGIAS
DE INFORMAÇÃO

Investimento na qualificação dos profissionais da segurança pública e nas mais


avançadas tecnologias a serviço da polícia.
3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

O primeiro método de comunicação foi o rádio criado pelo cientista italiano Guglielmo
Marconi, nascido em 1874 na cidade de Bolonha.
3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

A fase seguinte - difusão da comunicação com a televisão


e por volta de 100 anos depois - a Internet.
3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

A segurança, para aprimorar seus métodos de trabalho e de conduta, lança mão da


tecnologia.
3.1.1 Tecnologias de informação e a polícia

Há muito a polícia vem desejando que a tecnologia possa facilitar os problemas que
mais a atormentam.
3.2 SURGIMENTO DOS SISTEMAS DE CIRCUITO
FECHADO DE TELEVISÃO E VIDEOVIGILÂNCIA

O líder da videovigilância, na Europa, é a Grã-Bretanha. Em Londres, as câmeras de


Circuito Fechado de Televisão (CFTV) surgiram em 1961 no metrô.
3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

Paul Virilio e Andrés Vitalis apud Marta Mourão Kanashiro (2006): os primeiros sistemas
de vigilância foram instalados na realidade européia no início da década de 1970.

St. Paul's Catedral


3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
VIRILIO e VITALIS apud KANASHIRO (2006, p. 2): “nessa época, existiriam na França
um milhão de sistemas de câmeras de vigilância de circuito fechado e,
aproximadamente, 150 mil instalações em lugares públicos”.
3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

O Sistema de Circuito Fechado de TV (CFTV) é um conjunto de equipamentos que tem


como função monitorar ambientes a partir de um conjunto de câmeras que gera
imagens a um sistema de televisionamento com monitoração exclusiva.
3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

Ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos da América”


(VIANNA, Túlio Lima, 2007, p. 2).
3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

O videomonitoramento de Londres (KANASHIRO, 2006, p. 2).


3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

CFTV em espaços públicos = olhar onipresente.


3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

Câmeras com visualização inclusive em locais com baixa luminosidade.


3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

O crescimento do mercado privado de segurança.


3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

CFTV do setor privado para o setor público.


3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

Década de 90 - avanços tecnológicos + agravamento da insegurança pública =


vigilância eletrônica em espaços públicos (GUIMARÃES, 2007, p. 1).

Foto Arquivo Assecom/PME


3.1 SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

Inicio embrionário da implantação das câmeras de segurança nas ruas da cidade.


4 O PANÓPTICO E A VISÃO CONTEMPORÂNEA DA VIGILÂNCIA ELETRÔNICA

Origem da expressão panóptico: Jeremy Bentham (2000)


Controle visual e disciplinador: sistema penitenciário por ele desenvolvido.
4 O PANÓPTICO E A VISÃO CONTEMPORÂNEA DA VIGILÂNCIA ELETRÔNICA

Panoptismo presente nas prisões, nas escolas, fábricas, hospitais, casernas.


4 O PANÓPTICO E A VISÃO CONTEMPORÂNEA DA VIGILÂNCIA ELETRÔNICA

O poder não se desgasta politicamente.


A crueldade praticada na época do soberano se reduz drasticamente.
Mecanismo altamente eficaz.
4 O PANÓPTICO E A VISÃO CONTEMPORÂNEA DA VIGILÂNCIA ELETRÔNICA
O olhar da torre central sobre o indivíduo reflete um olhar para dentro de si mesmo.
Surge o regulamento, discriminado por FOUCAULT como “um pequeno mecanismo
penal” (FOUCALT apud, BRUNO, 2004, p. 112.)
Atitudes regulares catalogadas externamente e, internamente, produzidas pelos próprios
seres analisados.
4 O PANÓPTICO E A VISÃO CONTEMPORÂNEA DA VIGILÂNCIA ELETRÔNICA

O ser autovigiado não quer possuir condutas anormais. A norma passa a ser valorizada
até mesmo cobiçada, registra BRUNO (2004, p.113).
4 O PANÓPTICO E A VISÃO CONTEMPORÂNEA DA VIGILÂNCIA ELETRÔNICA

Mecanismos de vigilância modernos: a cura.

Mecanismos de vigilância contemporâneos: predição e prevenção do crime.


4 O PANÓPTICO E A VISÃO CONTEMPORÂNEA DA VIGILÂNCIA ELETRÔNICA

Os dispositivos eletrônicos de vigilância: face negativa e perversa da visibilidade.


Temores de atentados à privacidade e à liberdade dos indivíduos.
4 O PANÓPTICO E A VISÃO CONTEMPORÂNEA DA VIGILÂNCIA ELETRÔNICA

O caráter preditivo e preventivo do Videomonitoramento (Bruno, 2004)


4 O PANÓPTICO E A VISÃO CONTEMPORÂNEA DA VIGILÂNCIA ELETRÔNICA

“Enquanto dispositivo de poder as câmeras de monitoramento devem ser vistas além da


aproximação com a análise foucaultiana do panóptico de Jeremy Bentham”
(KANASHIRO, 2006, p.89).

ATÉ AQUI, BOBO.


4 O PANÓPTICO E A VISÃO CONTEMPORÂNEA DA VIGILÂNCIA ELETRÔNICA

Aproximação das câmeras ao panóptico: “A possibilidade de começar a vislumbrar


vigilante+câmera+usuário [...]”, (KANASHIRO, 2006, p.89)
Participação ativa no sistema de vigilância.
5 VIDEOMONITORAMENTO

O sistema de Videomonitoramento nos grandes centros urbanos tem sido uma


excelente arma no combate à violência, pois auxilia em muito os trabalhos das forças
públicas de segurança, e se torna cada vez mais um método eficaz para o aumento da
sensação de segurança na população, vez que permitem a identificação de pessoas
infratoras e possibilitam a pronta atuação da força policial no combate à prática de
delitos.
5 VIDEOMONITORAMENTO

Na trajetória histórica as políticas de segurança pública foram elaboradas em cima da


compreensão de que a única saída para o crime era uma forte ação repressiva, capaz
de inibir, reprimir e/ou isolar os maus cidadãos(ãs), criando-se um espaço seguro aos
bons cidadãos. Pode-se considerar rara, a política de segurança construída a partir de
uma análise mais profunda das causas que movem o crescimento deste fenômeno
social – a criminalidade-, agregando a intervenção repressiva qualificada, ações de
enfrentamento aos fatores geradores e motivadores das escolhas pela prática do crime.
Assim, as câmeras de vídeo, são incluídas nas medidas atuais de enfrentamento do
crime [...] (GUIMARÃES, 2007, p. 1 e 2).
5 VIDEOMONITORAMENTO

As câmeras de Videomonitoramento, também chamadas de câmeras de vigilância, são


dispositivos de vídeo que capturam as imagens e as transmitem via circuito fechado de
televisão para uma central direcionada de videomonitoramento, onde as imagens
podem ser visualizadas pelo operador no momento dos acontecimentos nas telas dos
monitores.
5 VIDEOMONITORAMENTO
Já ao encontro de esclarecimentos sobre os tipos de câmeras de Videomonitoramento
existentes, Marta Mourão Kanashiro (2006), em sua dissertação de mestrado “Sorria,
você está sendo filmado: as câmeras de monitoramento para segurança em São Paulo”,
salienta que o sistema das câmeras de vídeo podem ser analógico ou digitais, variando
sua forma de exercício.
De uma forma abrangente, pode-se dizer que as câmeras analógicas são estabelecidas
de forma definitiva ou fixa em um ponto específico e estratégico pela equipe de
segurança. Já nas câmeras digitais, a comunicação das imagens, gravações e emissão
de sensores são funções componentes de um software, monitoradas e controladas por
um computador programado (KANASHIRO, 2006).

O sistema de câmeras pode ser analógico ou digital, e sua forma de funcionamento, em


ambos os casos, varia bastante. Focalizando o monitoramento em sistemas de
segurança, pode-se dizer que, de forma geral, as câmeras analógicas são fixas em um
ponto considerado estratégico pela equipe de segurança [...]. Nesse segundo caso, a
interferência humana pode ser menor, pois a transmissão das imagens, as gravações e
o controle de sensores de alarmes são funções integradas por um software,
monitoradas e controladas por computador (KANASHIRO, 2006, p. 43).
5 VIDEOMONITORAMENTO

Segundo KANASHIRO (2006), no sistema analógico as imagens capturadas são


propagadas e gravadas em fitas de vídeo sendo o material reabastecido pelos
funcionários competentes nessa função, que acionam a polícia nos casos de
cometimento de delitos. Todavia, a diferença do sistema digital, é que se pode realizar o
controle de vários locais ao mesmo tempo com ângulos diferentes entre si, uma vez que
esses tipos de câmeras de videomonitoramento são rotativos, podendo girar até 360
graus, abrindo possibilidades desse sistema com outros, como é o caso de pessoas
procuradas pela polícia. Destacou ainda a autora que a armazenagem de dados no
sistema digital é muito superior comparada ao sistema analógico.

KANASHIRO (2006) destaca ainda que existe diferença quanto à transmissão das
imagens do sistema analógico para o sistema digital, mas que ambas as imagens
podem ser combinadas, interagindo com os bancos de dados informatizados:

A par do que cada tecnologia disponibiliza ao videomonitoramento, salutar importância


ela exerce no controle eficaz de informações úteis à sociedade e autoridades
competentes, sendo importantes também aos meios televisivos, como por exemplo,
telejornais, no momento de passar ao povo imagens concretas dos episódios que estão
sendo noticiados:
5 VIDEOMONITORAMENTO

Dessa forma, para melhor esclarecimento acerca da evolução social em concomitância


com o desenvolvimento tecnológico, podemos citar dois períodos distintos de nosso
país: a Ditadura e a República pós Constituição de 1988. Na Ditadura, todos os meios
de informação – primitivos se comparados aos atuais – pertenciam ao Estado, que ao
seu bel jugo manipulava, omitia ou proibia a propagação da informação.

Em contrapartida, no período depois da Constituição Cidadã, e com a liberdade de


imprensa e desenvolvimento tecnológico, as informações são divulgadas quase que ao
mesmo tempo do evento noticiado, dando mais credibilidade e certeza ao que está
sendo transmitido, sendo que as imagens dos circuitos fechados de TV também são
utilizadas pelos comunicadores.
5.1 O QUE É O VIDEOMONITORAMENTO

As câmeras de Videomonitoramento são equipamentos de segurança com alto poder de


resolução. Algumas têm a capacidade de um giro de 360 graus sobre o próprio eixo
uma média de alcance de até quatro quilômetros de área cada uma, podendo ainda
ampliar as imagens em até duzentas vezes sobre o tamanho original da imagem.
5.1 O QUE É O VIDEOMONITORAMENTO
GUIMARÃES (2007) manifesta importância quanto à aproximação das imagens
concluindo que uma vez que o operador utiliza-se do subterfúgio do zoom proveniente
da câmera, a imagem transmitida se limita ao aumento perdendo a visualização geral
dos acontecimentos no local, naquele momento, sendo, portanto, de extrema
importância que os operadores estejam atentos para somente ajustar as lentes onde
precisam ser ampliadas as efígies.
5.1 O QUE É O VIDEOMONITORAMENTO

A fim de uma melhor resolução e captação de imagens, são colocadas em uma altura
tornando possível abranger todo o espaço do foco, de tal maneira que sua visão
panorâmica seja comparável com uma pessoa colocada na mesma posição, porém com
um diferencial, pois as imagens produzidas pelas câmeras de vigilância são ampliadas
na medida de suas necessidades, “a semelhança de uma pessoa no mesmo local com
binóculo” (GUIMARÃES, 2007, p. 3).
5.1 O QUE É O VIDEOMONITORAMENTO

GUIMARÃES (2007) destaca que as câmeras de Videomonitoramento instaladas em


ambientes públicos têm duas funções essenciais:
[...] São duas funções básicas da vigilância eletrônica em via pública: 1ª - visualizar,
registrar e guardar a imagem de um fato ocorrido, no intuito de tirar o anonimato da
autoria [considerando um fator facilitador/estimulador do crime] e produzir provas para
a investigação policial [diminuir a impunidade – outro fator facilitador/estimulador]; e,
2ª - vigilância ostensiva em tempo real, que possibilite identificar as condições de
início de uma ocorrência, criando a possibilidade de reação (GUIMARÃES, 2007, p.
2).

Acrescenta ainda o autor supra identificado, que quando as câmeras de vigilância são
alojadas em tais ambientes, contribuem para os serviços dos agentes policiais que
estão interligados a uma central da polícia:
[...] consiste na colocação de câmeras de vídeo em espaços públicos, a serviços dos
agentes policiais, para propiciar a observação simultânea de vários locais, a
identificação de anormalidades e a adoção das providências para reação imediata. Este
sistema funciona com câmeras ligadas a uma central da polícia que, a princípio, deve
monitorar as imagens e adotar os procedimentos necessários para o envio de policiais
para o local, ou guardar as imagens para utilização pela investigação criminal
(GUIMARÃES, 2007, p. 2).
5.1 O QUE É O VIDEOMONITORAMENTO

O acompanhamento das imagens, enviadas pelas câmeras em tempo real, contribui


para a rápida ação dos policiais militares em caso de flagrante delito, ou mesmo na
identificação de suspeitos de crimes, pela Polícia Civil.
Ademais, as imagens são gravadas em aparelhos específicos e podem ser utilizados
posteriormente, caso seja necessário. Mas esta não é a sua destinação principal:
O sistema, segundo a coordenação da Polícia Militar, baseia-se no conceito
desenvolvido em Londres, cidade que tem o maior número de câmeras de vigilância
instaladas em espaços públicos no mundo, apresentando resultados similares na
diminuição de índices de criminalidade naqueles espaços onde operam esses
dispositivos, cujo objetivo principal é atuar na prevenção de crimes a partir da
identificação de atitudes consideradas suspeitas (BERNARDO, 2007, p. 198).
Logo, o intuito precípuo das câmeras de monitoração é a prevenção de delitos e
orientação dos transeuntes, conforme exposto por Aglair Bernardo, referindo-se a
Polícia Militar do Estado de Santa Catarina.
5.2 FUNCIONALIDADE E EFICÁCIA DO VIDEOMONITORAMENTO

Para se avaliar uma estratégia organizacional no setor público da polícia moderna, é


necessário considerar se a nova estratégia é bem fundamentada e se é eficiente na
moderação da criminalidade.
Segundo Lawrence W. Sherman (1992), por exemplo, na última década, tem sido uma
das áreas mais inovadoras da América, o policiamento do crime relacionado a drogas:
À preocupação de reduzir a oferta, vigente há tempo, gradualmente vem sendo
somado o desejo de restringir a demanda. No rastro da epidemia do crack, contudo,
ambos objetivos ficaram em segundo lugar, sendo ultrapassados pela redução da
violência e desordem na vizinhança em torno dos pontos de venda (LAWRENCE, apud
TONRY; MORRIS, 2003, p. 234).
5.2 FUNCIONALIDADE E EFICÁCIA DO VIDEOMONITORAMENTO

Visualizando a ação do infrator no exato momento do cometimento ou tentativa de


cometimento do delito, as câmeras de Videomonitoramento poderão chamar a atenção
do infrator, identificando-o, ou mesmo acionando o policiamento adequado para tal ato
delituoso.
A estratégia de Videomonitoramento tem como foco a minimização e prevenção da
violência urbana, ampliando dessa forma a abrangência do policiamento, em face da
monitoração. Têm também, poder educativo, conscientizando os infratores de seus
atos.
José Bittencourt Filho afirma que “As câmeras têm fim educativo, é uma forma de coibir
a conduta irregular. A intenção é muito boa e já é aplicada em outros países”.
Nesse mesmo sentido o secretário de Defesa Social da Serra, Ledir Porto, acrescenta
que: “Todo o trabalho é educativo, punição só se for necessário. Mas quem cometer
uma infração de trânsito, por exemplo, pode ser multado mesmo sem a presença de um
guarda no local” (PORTO apud RIBEIRO, F., 2008, p. 15).
5.2 FUNCIONALIDADE E EFICÁCIA DO VIDEOMONITORAMENTO
5.2 FUNCIONALIDADE E EFICÁCIA DO VIDEOMONITORAMENTO

O professor de Política e Administração em Justiça Criminal da cátedra Daniel e


Florence V. Guggenheim, na John F. Kennedy School of Government da universidade
de Harvard, em Cambridge, Prof. Mark Harrison Moore (1992), nesse sentido, destaca:
[...] é necessária a articulação de uma série de valores que podem servir como um
contrato básico para orientar o trabalho conjunto da polícia e da comunidade, enquanto,
juntas, elas buscam definir e resolver os problemas do crime e do medo. Há uma
questão adicional que vale a pena considerar quando se pensa no policiamento para
solução de problemas e no policiamento comunitário como possíveis formas de
estratégia de policiamento. Tem a ver com a questão de como os problemas das drogas
e a aparente ameaça do aumento da violência generalizada vão afetar o potencial
sucesso destas estratégias. Para muitos, a urgência de tais problemas constitui uma
razão importante para ficar com o que já foi usado e comprovado, e resistir a qualquer
experimento. Minha tendência é pensar o oposto. Se há âmbitos em que as estratégias
de policiamento para solução de problemas e policiamento comunitário são mais
necessárias, é onde existe tais problemas específicos. (MOORE, apud TONRY;
MORRIS, 2003, p. 170).
5.2 FUNCIONALIDADE E EFICÁCIA DO VIDEOMONITORAMENTO

Para Mark Harrison Moore (1992), um fator importante para controlar os distúrbios
urbanos é ter uma rede de relações que alcancem todas as comunidades, dando ímpeto
a futuro desenvolvimentos no policiamento para solução de problemas comunitários.
Portanto, deve haver uma aproximação da responsabilidade da polícia na segurança
urbana e melhor acesso aos cidadãos na visualização de seus direitos. Nesse aspecto,
acrescentou Ledir Porto apud Fernando Ribeiro que: “O papel da câmera é tornar a
cidade cidadã e segura. Segurança é qualidade de vida [...]” (PORTO, apud RIBEIRO,
F., 2008, p. 15).
5.2 FUNCIONALIDADE E EFICÁCIA DO VIDEOMONITORAMENTO

De acordo com Luiz Antônio Brenner Guimarães (2007):


O princípio ativo de emprego da vigilância eletrônica é o do controle do comportamento
das pessoas, pela inibição e modelagem, através do vigiar e punir, na perspectiva
de resolver ou controlar a criminalidade, pela ocupação dos espaços e
endurecimento das penas (GUIMARÃES, 2007, p. 1) (grifo nosso).
As câmeras de videomonitoramento foram implantadas a fim de minimizarem a violência
urbana através de seu poder de rápida atuação, vez que são capazes de visualizar o
ato criminoso dentro de seu grau de alcance, possibilitando a pronta atuação policial e
identificação dos infratores.
Uma das principais promessas dos projetos de videomonitoramento em via pública tem
sido a ampliação dos espaços de vigilância e da ação do estado através da visão
eletrônica, permitindo uma ação efetiva do policiamento na intervenção dos fatos que
estão ocorrendo ou, então, na identificação e na descrição do ocorrido e de seus
autores para as devidas responsabilizações, o que inibiria comportamentos criminosos
e/ou violentos e preveniria os delitos (GUIMARÃES, 2007, p. 2).
5.2 FUNCIONALIDADE E EFICÁCIA DO VIDEOMONITORAMENTO

É certo que as câmeras de monitoramento diminuem os espaços que estão isentos de


vigilância e proteção. Além disso, como dito em tópico anterior, algumas câmeras de
Videomonitoramento também possuem aparelho de áudio acoplado ao vídeo,
permitindo ao controlador emitir um alerta ao autor do delito no exato momento do
cometimento da conduta, funcionando dessa forma, como repressão e orientação.
É oportuna, porém, a lição do professor Carlos Ari Sundfeld, ao concluir que: “Tem de
se controlar o uso posterior dessa imagem, ver onde ela será guardada, não deixar
divulgar” (SUNDFELD apud BRITO, 2007).
5.2 FUNCIONALIDADE E EFICÁCIA DO VIDEOMONITORAMENTO

É necessário, pois, a devida administração e armazenamento das imagens sob pena de


abuso e ilegalidade por parte da administração pública, violando, dessa forma, diversos
preceitos constitucionais basilares da democracia, tendo, a título exemplificativo, a
violação do direito à privacidade e da dignidade da pessoa humana, em tese.
BRITO aporta-se a SUNDFELD e conclui que: “Na opinião de Sundfeld, o ideal é
preservar as imagens por um longo tempo porque mesmo que não haja ação suspeita
no material gravado ele pode servir para outras investigações” (BRITO, 2007). Assim,
todo e qualquer tipo de gravação das imagens podem beneficiar a identificação futura
de criminosos.
José Serra apud Mariana Garbim e Manoel Schlinwein (2008) acrescenta:
[...] as câmeras têm tecnologia avançada, giram 360º e possibilitam a visualização de
objetivos a uma distância aproximada de 600 metros. As imagens ficam armazenadas
durante 15 dias nos computadores da corporação para eventuais consultas e depois
são eliminadas (GARBIN; SCHLINDWEIN, 2008).
5.2 FUNCIONALIDADE E EFICÁCIA DO VIDEOMONITORAMENTO

As informações guardadas em um banco de dados são de grande valia se devidamente


utilizadas para a guarda da ordem pública, não podendo ser utilizadas de outro modo,
sob pena de graves violações ao Estado Democrático de Direito, conforme
anteriormente aduzido.
Dessa maneira, Marcos Rolim (2004) em seu artigo denominado “Câmeras”, acentua
questões pertinentes ao favorecimento da implantação do sistema de vigilância
eletrônica, concluindo que os crimes sofrerão uma diminuição significativa: ”A depender
do sistema de vigilância montado, então, muitos crimes sofrerão redução significativa e
é exatamente esse o resultado que se deve procurar” (ROLIM, 2004).
5.3 FUNCIONALIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE
VIDEOMONITORAMENTO NO MUNICÍPIO DE SERRA-ES

No final do ano de 2006, em virtude dos festivos referentes ao Santo padroeiro da


cidade e o verão do ano de 2007, foi realizado um projeto piloto no município de Serra,
onde nos meses de janeiro e fevereiro, as praias de Jacaraípe e Manguinhos, foram
monitoradas por vídeo, melhorando sensivelmente o atendimento aos turistas e
freqüentadores do balneário.
As imagens obtidas através das câmeras eram monitoradas vinte e quatro horas de
uma central por policiais militares do 6º BPM e em tempo real, sendo que as
informações contribuíram para uma rápida ação dos policiais militares do policiamento
ostensivo em casos de flagrante delito, ou mesmo na identificação de suspeitos de
furtos e roubos pela Polícia Civil.
5.3 FUNCIONALIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE
VIDEOMONITORAMENTO NO MUNICÍPIO DE SERRA-ES

O projeto de videomonitoramento no município de Serra-ES, foi implantado em caráter


experimental na orla de Jacaraípe e Manguinhos, desde o dia 27 de dezembro de 2006,
beneficiada com seis câmeras de alta resolução, com capacidade de alcance de 4
quilômetros de área cada uma, com funcionamento 24 horas por dia. O serviço
funcionou em conjunto com o Centro Integrado de Segurança e o 6° Batalhão da Polícia
Militar. Os investimentos com o Videomonitoramento no Município de Serra-ES
contaram com uma gestão participativa entre a Polícia Militar e a Prefeitura Municipal de
Serra-ES.
Atualmente o sistema foi implantado em outras regiões do município, com um total de
12 (doze) câmeras, distribuídas da seguinte forma: 07 (sete) na região comercial do
bairro Laranjeiras, 03 (três) no bairro Feu Rosa e 02 (duas) na avenida Abdo Saad no
bairro Jacaraípe, monitorada no turno diurno por policiais aposentados, que são
contratados pela empresa executora do contrato.
5.3 FUNCIONALIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE
VIDEOMONITORAMENTO NO MUNICÍPIO DE SERRA-ES

A central de Videomonitoramento fica localizada na sede do grupamento ciclístico de


Laranjeiras, onde existe um local reservado e apropriado para o monitoramento das
imagens, tendo no local equipamentos de telefonia e rádio local e com Centro de
Comunicações da PMES, de forma a providenciar os recursos necessários para o
cumprimento de suas atribuições.

No município de Serra, existem 04 (quatro) câmeras que possuem o recurso de áudio


adaptado ao vídeo e popularmente são chamadas de “câmeras tagarelas”, permitindo
que o controlador possa assim chamar a atenção dos infratores no exato momento dos
fatos ou passar informações educativas ou de emergências à populares. Fernando
Ribeiro destaca:
Monitoradas por um policial, as “tagarelas” avisam quando o motorista estaciona em
local proibido ou quando um pedestre joga lixo no chão, por exemplo. É só cometer a
infração que ela está lá, pronta para dar um puxão na orelha dos infratores (RIBEIRO,
F., 2008, p. 9).
5.3 FUNCIONALIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE
VIDEOMONITORAMENTO NO MUNICÍPIO DE SERRA-ES
Podem, ainda, as câmeras de videomonitoramento, ser utilizadas para inibir as ações
de delinqüentes que por ventura tenham conduta suspeita e, em assim sendo, a critério
do policial em vigília, percebendo que a medida é necessária e conveniente, aplicar a
intervenção sonora.
Funciona, por paradigma, ao se verificar situações e pessoas suspeitas, ocorrendo o
acionamento de policiais que se dirigem ao local próximo e efetuam a prevenção,
inibindo a ação delituosa que porventura viria a se concretizar. Assim, no caso do
Videomonitoramento, a exposição ao perigo por parte do policial é bem menor e o seu
campo de visão é em muito aumentado.
Fernando Ribeiro (2008) apresenta um exemplo do funcionamento das câmeras de
videomonitoramento:
No primeiro dia em que a câmera funcionou, ontem, alguns motoristas foram alertados.
Um dos avisos foi o proprietário da camionete cinza estacionada na curva da praça
retirasse o veículo. Dois avisos foram suficientes para que o motorista retirasse o carro
(2008, p. 09).(VERIFICAR SE FALTA ALGO A SER DIGITADO ENTRE ESSAS
PALAVRAS)
Serra está incluído no programa Nacional do PRONASCI, sendo contemplada com
recursos financeiros para serem investidos em projetos da Segurança Pública, desta
forma existindo uma previsão de ampliação do sistema de Videomonitoramento, onde
há previsão de serem instaladas mais trinta e cinco câmeras.
5.3 FUNCIONALIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE
VIDEOMONITORAMENTO NO MUNICÍPIO DE SERRA-ES

O Secretário de Defesa Social da Serra, Ledir da Silva Porto, em entrevista (ANEXO B),
ratifica a importância da participação do município no contexto da Segurança Pública,
ao “ressaltar que o Estado não consegue obter bons resultados nessa área trabalhando
sozinho, bem como, os municípios também não conseguem atender a contento seus
munícipes tomando iniciativas isoladas”.
5.4 FUNCIONALIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE
VIDEOMONITORAMENTO NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA-ES
5.4 FUNCIONALIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE
VIDEOMONITORAMENTO NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA-ES

Em Vitória, o projeto de Videomonitoramento teve início em dezembro do ano de 2007,


contando inicialmente com 05 (cinco) câmeras de vídeo e posteriormente o número
passou para 06 (seis) câmeras, distribuídas nas avenidas Jerônimo Monteiro (Praça
Costa Pereira), no Parque Moscoso, na Avenida Reta da Penha, na Avenida Dante
Micheline, na Avenida Princesa Isabel e na Avenida Marcos Azevedo (Vila Rubim).
A Central de monitoramento é situada na sala do CIODES – Centro Integrado
Operacional de Defesa Social, em Vitória, sendo que as imagens são monitoradas
diuturnamente por Agentes da Guarda Municipal, que dentre suas atribuições, também
estão a de observação de fatos que necessitem intervenção do poder público, no
âmbito da Segurança Pública. A ação conjunta entre a Guarda Municipal e as polícias é
que garante a eficiência do serviço.

De acordo com o Major Nylton Rodrigues, chefe do Centro Integrado Operacional de


Defesa Social, “as câmeras serão mais uma forma de garantir a presença da autoridade
policial em vários pontos da região metropolitana” (RODRIGUES apud RANGEL, 2007).

As câmeras de Videomonitoramento têm como objetivo gerar maior eficiência nas


intervenções preventivas e repressivas realizadas pelo policiamento ostensivo e
auxiliam no processo investigativo para identificação de infratores.
5.4 FUNCIONALIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE
VIDEOMONITORAMENTO NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA-ES
Especificamente, o município de Vitória-ES não implantou até o presente momento
nenhuma câmera “tagarela”, como é chamada no município de Serra-ES.
Conforme entrevista, o Coordenador de Pesquisa e Monitoramento da Violência Urbana
e Gestor do Contrato de Videomonitoramento da Prefeitura Municipal de Vitória-ES, Sr.
Everaldo Francisco Costa (ANEXO D, 2008), “não descarta o uso das câmeras
tagarelas, entretanto, a maior preocupação da prefeitura é dar a contra-resposta aos
delitos e crimes visualizados pelas câmeras de forma imediata”.

Ressalta, ainda, que o município de Vitória tem assumido de forma pró-ativa a questão
da segurança, atuando com um conjunto de políticas públicas na área social, como por
exemplo: Programa Vitória da Paz, Guarda Municipal e o Videomonitoramento.

O município de Vitória já tem convênio assinado com o Ministério da Justiça, com


previsão de recursos para a instalação de 35 (trinta e cinco) câmeras, possibilitando
uma ampliação do sistema, de forma a atender outras localidades da cidade, de acordo
com as informações prestadas por Everaldo Francisco Costa.
5.5 FUNCIONALIDADE DO SISTEMA DE VIDEOMONITORAMENTO NOS ESTADOS
FEDERATIVOS

Nesse aspecto, mister ressaltar o funcionamento das câmeras de vigilância eletrônica


em ambientes públicos de alguns dos estados da federação, apresentando estatísticas
significativas.

O Cel. Luiz Antônio Brenner Guimarães (2007), referindo-se a capital Porto Alegre do
Estado do Rio Grande do Sul, quanto a implantação do sistema de
Videomonitoramento, apresenta:

Em dezembro de 2004, ao analisar os dois meses de implantação das primeiras dez


câmeras, no Bairro Floresta e São Geraldo na Capital do estado, as autoridades fizeram
um balanço deste período em comparação com o mês anterior a instalação.
Constataram que no 1° mês de funcionamento houve uma redução de 55,34% das
ocorrências e no segundo mês (ainda em comparação aos 30 dias anteriores à
instalação) apresentou uma diminuição de 24,52%, sendo que os crimes que
apresentaram quedas foram furtos a pedestres e estabelecimentos comerciais, lesão
corporal leve e roubo de telefone celular. O balanço referia-se somente aos locais onde
estavam instaladas as câmeras GUIMARÃES, 2007, p. 9 e 10).
5.5 FUNCIONALIDADE DO SISTEMA DE VIDEOMONITORAMENTO NOS ESTADOS
FEDERATIVOS
GUIMARÃES (2007), ainda tratando sobre o assunto, relatou que “Em novembro de
2006, o Secretário Municipal de Transporte, Trânsito e Segurança de Novo Hamburgo,
declarou que nos locais monitorados pelas câmeras de vídeo desde abril de 2002,
houve uma redução de 90% das ocorrências [...]” (GUIMARÃES, 2007, p. 10).
Fazendo o comparativo no Estado, descreveu ainda GUIMARÃES (2007), que no
município de Caxias do Sul, depois da instalação das câmeras, “as ocorrências
diminuíram em 70%, em 2004 foram 345 flagrantes, em 2005, 119 e [...] 2006 até
outubro, 62 flagrantes [...]” (GUIMARÃES, 2007, p. 10).
Já em Florianópolis, Santa Catarina, com o apoio da Secretaria de Segurança Pública e
de Defesa do Cidadão de Florianópolis, a Associação de Comerciantes da Rua
Bocaiúva contratou o projeto piloto de Videomonitoramento.

De acordo com o Fórum de Segurança, Ildo Raimundo da Rosa apud Maria de Fátima
Guimarães Oliveira (2008), destaca que tal implementação já trouxe resultados
evidentes para a comunidade:
[...] Além da vigilância preventiva de segurança voltada à proteção dos cidadãos,
estamos em sintonia com outras visões de monitoramento, com a preservação do
patrimônio histórico e cultural da cidade, considerando o local no qual as câmeras estão
operando [...] (ROSA apud OLIVEIRA, M., 2008).
5.5 FUNCIONALIDADE DO SISTEMA DE VIDEOMONITORAMENTO NOS ESTADOS
FEDERATIVOS

Gustavo Almeida Paolinelli de Castro (2007) salienta que no Estado de Minas Gerais,
Belo Horizonte possui 72 câmeras distribuídas em locais de grande comércio, e
acrescenta que:
[...] Em relação à efetividade da medida, a Polícia Militar tem defendido sua eficiência,
apontando uma redução de 7,91% da criminalidade no primeiro semestre de 2005, em
comparação com o mesmo período de 2004 [...] (CASTRO, 2007, p. 84).
De acordo com Mariana Garbin e Manoel Schlindwein (2008), no Estado de São Paulo,
os equipamentos de videovigilância são usados por um grupo de operadores e
supervisores, e em caso de visualização de ocorrência, o operador da câmera transfere
os dados ao COPOM – Centro de Operações da Polícia Militar.
As câmeras de videovigilância implantadas no estado possuem tecnologia avançada,
com visualização aproximada de 600 metros e as imagens são armazenadas por um
período de 15 dias:
[...] as câmeras têm tecnologia avançada, giram 360º e possibilitam a visualização de
objetivos a uma distância aproximada de 600 metros. As imagens ficam armazenadas
durante 15 dias nos computadores da corporação para eventuais consultas e depois
são eliminadas (GARBIN; SCHLINDWEIN, 2008).
Nota-se que o sistema de videomonitoramento tem sido bem sucedido e apresentando
bons resultados com a diminuição da violência na grande maioria dos municípios que
utilizam o sistema de circuito fechado de TV.
5.6 INVESTIMENTOS NO VIDEOMONITORAMENTO
É importante considerar não apenas o aumento das despesas com a Segurança
Pública. Deve-se preponderar que o sistema de Videomonitoramento é um investimento
necessário à modernização da segurança, pois busca obter resultados positivos em
favor da sociedade.
As prefeituras de Vitória e de Serra são atendidas pela mesma empresa de
Videomonitoramento (Empresa START Tech Solução em Tecnologia Ltda), como será
visto um pouco mais adiante. Ao se analisar os contratos firmados, pode-se constatar
uma variação nos valores dos contratos, após ser analisado o custo total do projeto nos
dois referidos municípios. Na Serra o valor é superior em R$ 1.737,16 (um mil,
setecentos e trinta e sete reais e dezesseis centavos) por câmera.
A justificativa se dá em virtude das particularidades de equipamentos compatíveis em
cada região, bem como, à quantidade de câmeras e o custeio com pessoal. A diferença
nos valores se dá ainda posto que no município de Serra já estão inclusas as despesas
dos operadores, que são policiais aposentados.
5.6.1 Investimentos no Videomonitoramento no município de Vitória-ES

No município de Vitória, segundo Everaldo Costa (2008), tendo em vista que o projeto
ainda é novo e com modernos recursos tecnológicos, o custo do sistema ainda é
considerado elevado, entretanto, com novos processos licitatórios, e com a experiência
adquirida com a atual funcionalidade do sistema, é bem provável que os valores sejam
reduzidos.
Para regular os procedimentos e valores a serem custeados pela Prefeitura de Vitória,
foi firmado no dia 14 de novembro do ano de 2007, um Contrato de Prestação de
Serviços de n° 278/2007 com a Empresa Start Tech Solução em Tecnologia Ltda.
Item Descrição Valor mensal Valor Global
( 12 meses )

01 Prestação de serviços de videomonitoramento, R$ 41.575,00 R$ 498.900,00


incluindo instalação e manutenção dos
equipamentos.

Total R$ 498.900,00
5.6.1 Investimentos no Videomonitoramento no município de Vitória-ES

Analisando os valores acima expostos na tabela, observamos um custo anual unitário


de cada câmera no valor de R$ 83.150,00 (oitenta e três mil, centro e cinqüenta reais),
enquanto que o valor mensal por cada câmera instalada fica em torno de R$ 6.929,16
(seis mil, novecentos e vinte e nove reais e dezesseis centavos).

Para a instalação do sistema de Videomonitoramento em vias públicas e conservação


de uma central de monitoramento, tem-se um custo total. Quando se acrescenta um
número maior de câmeras em vias públicas a tendência é que o impacto de custo
unitário seja reduzido. (Anexo D).

O contrato firmado entre a Prefeitura de Vitória e uma empresa privada, tem prazo
estipulado em 12 (doze) meses, destacando que todas as despesas de instalação e
manutenção do sistema são da empresa contratada.
5.6.2 Investimentos no Videomonitoramento no município de Serra-ES

No dia 14 de dezembro do ano de 2006, o município de Serra-ES, firmou o contrato de


n°.° 609/2006 SEDES – Secretaria de Defesa Social, de caráter emergencial para
prestação de serviços. O objetivo inicial de sua implantação era de atender as festas de
fim de ano na Sede do município e atender a programação do verão de 2007 na orla,
de forma a melhorar a sensação de segurança dos freqüentadores dos balneários de
Jacaraípe e Manguinhos.
O primeiro contrato celebrado no município teve vigência do dia 24/12/2006 até
21/02/2007, ano esse que foi celebrado novo contrato, conforme será abordado
adiante.
5.6.2 Investimentos no Videomonitoramento no município de Serra-ES

De acordo com o contrato de prestações de serviços de Videomonitoramento celebrado


no município de Serra-ES no ano de 2006 à 2007, podemos observar os seguintes
valores referentes ao investimento no sistema de videomonitoramento:
Item Descrição Valor mensal Valor Global
( 02 meses )

01 Prestação de serviços de videomonitoramento, R$ 39.925,00 R$ 79.850,00


incluindo instalação e manutenção dos
equipamentos.

Total R$ 79.850,00
5.6.2 Investimentos no Videomonitoramento no município de Serra-ES

A tabela acima descrita informa os valores investidos pela Prefeitura de Serra-ES no


início do projeto de Videomonitoramento, que ocorreu no final do ano de 2006, com 05
(cinco) câmeras instaladas no balneário do município no período do verão, onde foi
possível observar uma despesa média mensal de R$ 7.985,00 (sete mil, novecentos e
oitenta e cinco reais) por câmera instalada.
Conforme destacado, o segundo contrato de videomonitoramento no município de
Serra-ES, o qual ainda está vigente, teve como termo de início o dia 21/12/2007.
Item Descrição Valor Mensal

01 Prestação de serviços de videomonitoramento, incluindo instalação e R$ 104.000,00


manutenção dos equipamentos.

Total R$ 104.000,00
5.6.2 Investimentos no Videomonitoramento no município de Serra-ES

O custo mensal do sistema na Serra é de R$ 104.000,00 (cento e quatro mil reais) –


conforme pode ser observado do quadro supramencionado – sendo incluídas todas as
despesas com pessoal, sala de operações e despesas de manutenção dos
equipamentos.
Como demonstrado, o Contrato de Prestação de Serviço de Locação de
Videomonitoramento de n° 543/2007, firmado no dia 21 de dezembro do ano de 2007,
com instalação de 12 (doze) câmeras, em um valor fixado em R$ 416.000,00
(quatrocentos e dezesseis mil reais), destinados para o período de dezembro de 2007 a
março de 2008, dividindo o valor total pela quantidade de câmeras instaladas (12),
temos o custo mensal do sistema de R$ 104.000,00 (cento e quatro mil reais).
Considerando que a despesa mensal do sistema é de R$ 104.000,00 (cento e quatro mil
reais), onde funciona 12 (doze) câmeras instaladas, dividindo esse valor total mensal
pelo número de câmeras instaladas (12), temos o valor mensal de cada câmera em R$
8.666,66 (oito mil, seiscentos e sessenta e seis reais e sessenta e seis centavos).
De acordo com a SEDES – Secretaria de Estado de Desenvolvimento (2008) no dia 01
de abril de 2008, foi realizado um Termo aditivo ao contrato, de forma a prorrogá-lo por
mais 96 (noventa e seis) dias. Da mesma maneira foi realizado um segundo Termo
aditivo em 06 de julho de 2008. Prorrogando o contrato, novamente, por mais 96
(noventa e seis) dias.
5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO

A seguir, serão realizadas comparação e análise dos dados estatísticos acerca da


implantação do sistema de Videomonitoramento dos municípios de Vitória e Serra.
2008
2006 2007

JACARAIPE

Jan Fev Jan Fev Jan Fev

AV NOSSA SENHORA NAVEGANTES 08 11 25 13 12 13

2006 2007 2008

MANGUINHOS

Jan Fev Jan Fev Jan Fev

AV BEIRA RIO 1 0 2 1 1 3

AV MANGUINHOS 3 2 1 1 0 3

Total 4 2 3 2 1 6

Tabela 04 – Principais Crimes: Contra Pessoa, Contra o Patrimônio registrados no município de


Serra no verão no Balneário de Jacaraípe e Manguinhos em 2007 e 2008. Fonte: GEAC/SESP.
5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO
2006 2007 2008

JACARAIPE
Ja Fe Ja Fe Ja
n v n v n Fev

AV NOSSA SENHORA NAVEGANTES 48 49 47 50 30 29

2006 2007 2008

MANGUINHOS
Ja Fe Ja Fe Ja
n v n v n Fev

AV BEIRA RIO 4 2 6 2 4 7

AV MANGUINHOS 6 9 9 7 4 7

Total 10 11 15 9 8 14

Tabela 05 – Atendimentos registrados no Verão no Balneário de Jacaraípe e


Manguinhos em 2007 e 2008. Fonte: GEAC/SESP.

O sistema de videomonitoramento foi instalado no ano de 2007, porém, no verão de


2006, não estava ainda em prática tal sistema, dito isto, ao se avaliar os dados
estatísticos das tabelas 04 e 05, destaca-se uma redução de 39,17% do número de
atendimentos no comparativo entre 2006 e o mesmo período em 2008.
5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO

2006

Bairro Local

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Total

DOUTOR PEDRO F ROSA


RUA DOS CRAVOS     2   5 3 10

AV ABDO SAAD 21 10 19 21 11 12 94
JACARAIPE

N S DOS NAVEGANTES 8 11 3 8 4 2 36

AV CENTRAL 1 6 8 8 7 7 37

AV PRIMEIRA AVENIDA     1   1   2
PRQ R LARANJEIRAS

AV SEGUNDA AVENIDA   1 1     1 3

RUA PITAGORAS            

Total 30 28 34 37 28 25 182
5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO

2007

Bairro Local

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Total

DOUTOR PEDRO F ROSA


RUA DOS CRAVOS 1 1 4 2 2 1 11

AV ABDO SAAD 22 20 19 12 17 14 104


JACARAIPE

N S DOS NAVEGANTES 7 3 3 1 1 3 18

AV CENTRAL 7 7 4 4 5 9 36

AV PRIMEIRA AVENIDA 1   2       3
PRQ R LARANJEIRAS

AV SEGUNDA AVENIDA 1           1

RUA PITAGORAS            

Total 39 31 32 19 25 27 173
5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO
2008

Bairro Local

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Total

DOUTOR PEDRO F ROSA


RUA DOS CRAVOS   7 2     1 10

AV ABDO SAAD 30 17 19 11 22 22 121


JACARAIPE

N S DOS NAVEGANTES 2 4 5 2 2 1 16

AV CENTRAL 4 11 10 9 3 4 41

PRQ R LARANJEIRAS AV PRIMEIRA AVENIDA     1   2 1 4

AV SEGUNDA AVENIDA   1         1

RUA PITAGORAS         1   1

Total 36 1 37 22 1 23 194
Variação Absoluta 2008 - 2007 21

Variação Percentual 2008/2007 12,14


Variação Absoluta 2008 - 2006 12

Variação Percentual 2008/2006 6,59

Tabela 06 – Principais Crimes: Crimes contra Pessoa e Crimes contra Patrimônio registrados no município de
Serra 1º Semestre 2007/2008 - Locais de Câmeras. Fonte: GEAC/SESP.
5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO

Em relação à tabela 06, vale ressaltar que somente em meados do mês de abril de
2008, foi instalado o Videomonitoramento nas regiões de Laranjeiras e Feu Rosa,
portanto, um período curto para se ter uma melhor avaliação em termos estatísticos.
Assim sendo, para termos de análise foi disponibilizado números estatísticos no período
de janeiro a junho dos anos de 2006, 2007 e 2008. Com relação aos crimes contra a
pessoa e contra o patrimônio no período 2008, comparado ao mesmo período do ano
de 2006, houve um aumento nos registros de 6,59%. Há uma pequena variação em
termos de número no período referenciado no período de 2007/2008, registrando um
aumento de ocorrências de crimes contra a pessoa e patrimônio em 6,59%.
5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO

2006

Bairro Local

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Total

FEU ROSA RUA CRAVOS     2   5 3 10

JACARAIPE AV ABDO SAAD 104 84 72 83 66 60 469

AV N S NAVEGANTES 48 49 23 31 23 16 190

AV CENTRAL 1 6 8 8 7 7 37

AV PRIMEIRA AVENIDA     1   1   2
PRQ R LARANJEIRAS

AV SEGUNDA AVENIDA   1 1     1 3

RUA PITAGORAS             0

Total 153 140 107 122 102 87 711


5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO

2007

Bairro Local

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Total

FEU ROSA RUA CRAVOS 11 4 11 8 6 6 46

JACARAIPE AV ABDO SAAD 128 121 90 85 83 100 607

AV N S NAVEGANTES 47 50 28 17 14 18 174

AV CENTRAL 25 22 20 18 21 20 126

AV PRIMEIRA AVENIDA 1   4       5
PRQ R LARANJEIRAS

AV SEGUNDA AVENIDA 2 1 4   1   8

RUA PITAGORAS         1 1 2

Total 214 198 157 128 126 145 968


5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO
2008

Bairro Local
Ma
Jan Fev r Abr Mai Jun Total
FEU ROSA RUA CRAVOS 8 14 10 6 5 5 48

JACARAIPE AV ABDO SAAD 133 85 100 66 87 85 556


AV N S NAVEGANTES 30 29 29 16 20 9 133
AV CENTRAL 19 24 24 26 15 21 129

AV PRIMEIRA AVENIDA 1 2 1 2 4 2 12
PRQ R LARANJEIRAS
AV SEGUNDA AVENIDA 3 1 2 2 2 1 11
RUA PITAGORAS   1 2   1   4

Total 194 156 168 118 134 123 893


Variação Absoluta 2008 - 2007 -75

Variação Percentual 2008/2007 -7,75


Variação Absoluta 2008 - 2006 182

Variação Percentual 2008/2006 25,60

Tabela 07 – Atendimentos registrados no município de Serra 1º Semestre 2006/2007/2008 - Locais de Câmeras. Fonte: GEAC/SESP.

Na tabela 07, percebe-se o aumento do número de ocorrências atendidas no período de


janeiro a junho de 2006, comparado ao mesmo período de 2008, em 25,60%. No
primeiro semestre dos anos de 2007 e 2008, houve uma redução em -7,75%.
5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO
2007 2008 Total
Var
Local Var %
Abs
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jan Fev Mar Abr Mai Jun 2007 2008

AV JERONIMO
MONTEIRO 48 55 51 48 46 44 37 44 52 51 47 84 292 315 23 7,88

AV PRINCESA
ISABEL 35 26 32 32 28 36 36 24 29 32 22 28 189 171 -18 -9,52

AV N S DOS
NAVEGANTES 31 25 28 29 27 31 25 28 28 20 44 44 171 189 18 10,53

AV DANTE
MICHELINE 108 81 86 64 67 55 107 80 82 62 63 47 461 441 -20 -4,34

AV N S DA PENHA 56 25 52 47 44 51 33 30 36 40 45 43 275 227 -48 -17,45

TOTAL 278 212 249 220 212 217 238 206 227 205 221 246 1.388 1.343 -45 -3,24

Var. abs. : variação absoluta


Legendas Var. % : variação percentual
Tabela 08 – Atendimentos registrados no município de Vitória 1º Semestre 2007/2008 - Locais de Câmeras. Fonte: GEAC/SESP.

Em relação à tabela acima, vale ressaltar que no 1º Semestre de 2007, ainda não havia
o Videomonitoramento no município de Vitória-ES, tendo iniciado somente em
dezembro de 2007, sendo disponibilizado dados no período de janeiro à junho de 2008.
No período referenciado, nota-se uma pequena diminuição dos números de
atendimentos em – 3,24%.
5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO

Em relação à tabela 8, vale ressaltar que no 1º Semestre de 2007, ainda não havia o
Videomonitoramento no município de Vitória-ES, tendo iniciado somente em dezembro
de 2007, sendo disponibilizado dados no período de janeiro à junho de 2008. No período
referenciado, nota-se uma pequena diminuição dos números de atendimentos em –
3,24%.

Embora as câmeras possuam recursos que permitem a aproximação da imagem e


capacidade de visualização de até 04 (quatro) Km, não é possível cobrir toda a via onde
estão instaladas, pois existem trechos com obstáculos ou curvas que prejudicam a
captação de imagens – como por exemplo, a avenida Dante Micheline (Praia de
Camburi), que possui uma vasta extensão e com curvas e contornos próprios.
5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO
2007 2008 Total
Var Var
Local
Abs %

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jan Fev Mar Abr Mai Jun 2007 2008

AV JERONIMO
MONTEIRO 9 5 6 15 5 7 7 6 6 6 5 6 47 36 -11 -23,4

AV PRINCESA
ISABEL 10 18 13 16 10 8 10 11 7 9 6 11 75 54 -21 -28

AV N S DOS
NAVEGANTES 6 7 5 9 7 6 8 9 2 3 5 7 40 34 -6 -15

AV DANTE
MICHELINE 14 13 10 12 10 11 17 12 18 6 11 7 70 71 1 1,4

AV N S DA PENHA 17 9 27 12 12 14 16 6 11 17 21 14 91 85 -6 6,59

13,3
TOTAL 56 52 61 64 44 46 58 44 44 41 48 45 323 280 -43 %

Var. abs. : variação absoluta


Legendas Var. % : variação percentual
Tabela 09 – Principais Crimes: Crimes contra Pessoa e Crimes contra Patrimônio registrados no município de Vitória 1º Semestre 2007/2008 -
Locais de Câmeras. Fonte: GEAC/SESP.
5.7 COMPARATIVOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SERRA E DE VITÓRIA: ANTES E
DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO VIDEOMONITORAMENTO

Com a implantação do sistema de videomonitoramento nas regiões mencionadas nas


tabelas analisadas, observa-se o efeito pró-ativo dos órgãos de segurança pública, pois
há uma maior facilidade de registro de fatos criminosos, e em muitos casos, o próprio
acionamento da polícia que vai ao encontro do cidadão, mesmo antes deste tentar
acionar a polícia pelo telefone (190).

Desta forma o estudo em relação à análise de dados estáticos é bem complexo, sendo
que nem sempre o aumento do número de registros, significa o aumento de
criminalidade.

Os investimentos do Estado em novas tecnologias na área de Segurança Pública


permitem aos órgãos policiais uma maior facilidade de acesso do cidadão aos serviços
de urgências como, por exemplo, o Centro Integrado Operacional de Defesa Social
(CIODES), que atende pelo número de telefone 190. Esse serviço de atendimento à
população na Grande Vitória, foi notoriamente reconhecido através do prêmio INOVES
2007.
6 VIGILÂNCIA ELETRÔNICA: PERSPECTIVAS DOS DIREITOS À
PRIVACIDADE E À SEGURANÇA

Com o aumento da criminalidade, o medo e a insegurança dos cidadãos acabam por


legitimar a interferência do Estado no âmbito privado. A solução encontrada por alguns
como uma das tentativas de conter os atos ilícitos, foi a instalação de câmeras de
Videomonitoramento em locais públicos a fim de inibirem atos de vandalismo, fazendo
com que as pessoas respeitem às normas estabelecidas de um melhor convívio social.

Marcos Rolim (2004) afirma que tal medida tem contribuído a fim de inibir a prática de
crimes. Assim destacou:
Quando as pessoas sabem que estão sendo observadas tendem a agir em
conformidade com as normas de convívio. Quando, ao contrário, têm certeza de que não
se saberá das suas ações ou que não serão identificadas, agem mais facilmente em
desrespeito às mesmas normas (ROLIM, 2004).
Desta forma, a medida implantada de Videomonitoramento, precedente da
Administração Pública, releva questões acerca dos princípios constitucionais da
privacidade e da segurança devido à instalação de câmeras filmadoras em locais
públicos.

No Brasil, somente após o advento da Constituição da República Federativa do Brasil


de 1988 que o direito à privacidade foi positivado e considerado princípio constitucional.
6 VIGILÂNCIA ELETRÔNICA: PERSPECTIVAS DOS DIREITOS À
PRIVACIDADE E À SEGURANÇA

Reza o inciso X, do artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil,


promulgada em 05 de outubro de 1988 que:
Art. 5°.[...]
X – São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação.
O artigo 5.º, inciso X da Constituição Federal de 1988 oferece guarnição ao direito à
preservação da intimidade, assim como ao da vida privada. Segundo Celso Ribeiro
Bastos e Ives Gandra Martins, a intimidade consiste:
[...] na faculdade que tem cada indivíduo de obstar a intromissão de estranhos na sua
vida privada e familiar, assim como de impedir-lhes o acesso a informações sobre a
privacidade de cada um, e também impedir que sejam divulgadas informações sobre
esta área da manifestação existencial do ser humano (BASTOS, [200-?], p. 63).
Não se pode, pois, colocar em evidência as pessoas a constrangimentos ou mesmo
interferir em sua vida particular de maneira a violá-la e expô-la.
6 VIGILÂNCIA ELETRÔNICA: PERSPECTIVAS DOS DIREITOS À
PRIVACIDADE E À SEGURANÇA

Uma das maiores problemáticas levantadas com o uso de câmeras de


Videomonitoramento é quando essas imagens ultrapassam os seus objetivos principais
e passam a visualizar além do objetivo pelo qual foram instaladas, adentrando em
estabelecimentos particulares, flagrando atos pessoais de cada um, por exemplo, e
violando os direitos da privacidade dos cidadãos.
Marcos Rolim (2004) salienta que as pessoas devem ter conhecimento das áreas onde
existem as câmeras de Videomonitoramento. “Todos devem saber dessas áreas até
para as decisões cotidianas” a fim das pessoas poderem, por exemplo, escolher se irão
sair para um local videomonitorado ou se preferirão locais sem vigilância eletrônica.

O professor da PUC de Minas e Doutor em Direito pela UFPR, Túlio Vianna (2007)
destaca a problemática quando o operador ultrapassa os limites permitidos violando a
privacidade, ressaltando que “não é porque se pode registrar que se pode
necessariamente divulgar”:

[...] é aqui que se encontra uma das principais dificuldades na correta compreensão do
direito à privacidade: não é porque alguém tem o direito de monitorar outrem que se
pode deduzir daí, necessariamente, que este alguém pode também registrar as cenas e
gravar os sons. De forma semelhante, não é porque se pode registrar que se pode
necessariamente divulgar [...] (VIANNA, 2007).
6 VIGILÂNCIA ELETRÔNICA: PERSPECTIVAS DOS DIREITOS À
PRIVACIDADE E À SEGURANÇA

Como cediço, o direito à privacidade está inserido entre os direitos da personalidade, na


medida em que a intimidade é elemento essencial à condição humana, sem
julgamentos morais na sociedade.

Carlos Alberto Bittar apud Priscila Madallozzo Pivatto (2005, p. 488 e 489), enfatiza que
o direito à privacidade “consubstancia-se em mecanismos de defesa da personalidade
humana contra injunções, indiscrições ou intromissões alheias”.
A seu turno, José Serpa de Santa Maria, lembrado por Priscila Medallozzo Pivatto
(2005, p. 489) considera a privacidade como ”modo de vivência reservada, sob a
resistência moral, a qualquer intromissão, bem como na razoável exclusão do
conhecimento público de fatos, idéias e emoções pessoais do interessado”.

Desta forma, deve-se ter cautela e observância ao princípio da privacidade quando da


divulgação das imagens, não podendo ser publicadas nos meios de comunicação em
massa sem os devidos cuidados.

Túlio Vianna (2007), destaca que existem três graus de violação a serem observados
quando um indivíduo encontra-se em locais públicos videomonitorados: no caso da
monitoração, do registro e principalmente, da divulgação, ressaltando que
independentemente do indivíduo se encontrar em local público e estar sendo tele-
assistido, tais imagens não podem ser divulgadas sem as devidas cautelas.
6 VIGILÂNCIA ELETRÔNICA: PERSPECTIVAS DOS DIREITOS À
PRIVACIDADE E À SEGURANÇA

Nesse aspecto acrescenta o Doutor:


[...] O simples fato de se encontrar em um local público não gera em ninguém a
expectativa de ter sua imagem ou suas conversas divulgadas posteriormente para um
número potencialmente infinito de pessoas. Toda e qualquer análise do direito à
privacidade deve partir do pressuposto de que há três graus possíveis de violação
desse direito fundamental: a monitoração, o registro e a publicação. Os limites desse
direito estarão condicionados à expectativa de privacidade de cada um em cada
momento (VIANNA, 2007).
Nesse sentido, abre-se a discussão acerca da ponderação entre o conflito existente
entres os direitos à privacidade e a necessidade de novas técnicas para combate à
criminalidade, como é o caso do Videomonitoramento de maneira a não violar a
intimidade e privacidade dos indivíduos. Deve haver ponderação e cautela no que
concerne à necessidade de segurança de implementação de novas técnicas a fim de
rebaixar a criminalidade sem que para que isso ocorra, precise, necessariamente, expor
e levar ao conhecimento do público, os indivíduos ao ridículo.
6.1 POSSIBILIDADES DE PONDERAÇÃO NO CONFLITO ENTRE OS
DIREITOS À PRIVACIDADE E À SEGURANÇA

A partir da instalação de câmeras de filmagens é possível verificar a existência de


colisão entre os princípios constitucionais de privacidade e segurança em áreas
públicas. Ao mesmo tempo em que a utilização de câmeras é essencial para
preservação de direitos e segurança dos indivíduos, podem acabar revelando a
privacidade e a intimidade de alguns.

Através da matéria Publicada XIII Encontro Nacional do CONPEDI (Conselho Nacional


de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito), realizado em Florianópolis, Priscila
Meddalozzo Pivatto (2005), destaca que os usos de câmeras de filmagens podem
ultrapassar limites da esfera da privacidade na medida em que objetivam a segurança
pública:

Na hipótese concreta do monitoramento com câmeras filmadoras, é possível considerar


que a tutela do direito à segurança ultrapasse limites da esfera da defesa da
privacidade. Em certa medida, as câmeras, objetivando garantir a segurança pública,
penetram na vida privada dos indivíduos. Além de filmar, registrar e armazenar imagens
de indivíduos em atividades corriqueiras, as pessoas têm cerceadas nuances de sua
liberdade, pois agem como se estivessem sendo constantemente observadas.
(PIVATTO, 2005, p. 492-493).
6.1 POSSIBILIDADES DE PONDERAÇÃO NO CONFLITO ENTRE OS
DIREITOS À PRIVACIDADE E À SEGURANÇA

Nesse sentido, João Bosco Araújo Fontes Júnior (2005) ensina que “[...] os conceitos de
intimidade e domicílio são indissociáveis, de forma que a proteção do domicílio constitui
uma manifestação diretamente vinculada à tutela da intimidade [...]” (FONTES JUNIOR,
2005, p. 125).

Gustavo Almeida Paolinelli de Castro, em sua obra “Direitos Humanos e Segurança


Pública: a modernização do espaço público” ([200-?]), completa:

Em princípio, é necessário observar que uma política pública que pretenda a instalação
de câmeras como forma de exercício da ordem, deve considerar, com apurado rigor, a
existência dos direitos fundamentais, como o direito à intimidade [...] (CASTRO,
[200-?], p. 8).

O importante aqui a se destacar, é a cautela que se deve ter quando do


direcionamento das câmeras de Videomonitoramento para obtenção de imagens e a
restrição da divulgação dessas imagens, resguardando a privacidade de cada um,
sendo permitidas as divulgações de pessoas quando autorizadas por estas, caso
contrário, deve-se resguardar sua privacidade utilizando métodos de proteção à
imagem da pessoa.
6.1 POSSIBILIDADES DE PONDERAÇÃO NO CONFLITO ENTRE OS
DIREITOS À PRIVACIDADE E À SEGURANÇA
Na capital de Portugal, Lisboa, todas as imagens captadas e gravadas através do
Videomonitoramento são notificadas para serem autorizadas ou não pela entidade
administrativa independente chamada de CNPD – Comissão Nacional de Proteção de
Dados, que funciona conjuntamente com a Assembléia da República daquele país.
Tal comissão, segundo informações extraídas da comissão em Portugal (2008), destaca
que a notificação deve ser realizada pelo responsável pelo processamento de dados. A
CNPD, nesse aspecto, tem como atribuições:

Controlar e fiscalizar o cumprimento das disposições legais e regulamentares em


matéria de proteção de dados pessoais. Emitir parecer prévio sobre quaisquer
disposições legais, bem como sobre instrumentos jurídicos comunitários ou
internacionais relativos ao tratamento de dados pessoais. Exercer poderes de
investigação e inquérito, podendo para tal aceder aos dados objeto de tratamento.
Exercer poderes de autoridade, designadamente o de ordenar o bloqueio, apagamento
ou destruição dos dados, assim como o de proibir temporária ou definitivamente o
tratamento de dados pessoais. Advertir ou censurar publicamente o responsável do
tratamento dos dados, pelo não cumprimento das disposições legais nesta matéria.
Intervir em processos judiciais no caso de violação da lei de proteção de dados.
Denunciar ao Ministério Público as infrações penais nesta matéria, bem como praticar
os atos cautelares necessários e urgentes para assegurar os meios de provas ([20--?]).
6.1 POSSIBILIDADES DE PONDERAÇÃO NO CONFLITO ENTRE OS
DIREITOS À PRIVACIDADE E À SEGURANÇA
O objetivo da CNPD ([20--?]) é emitir pareceres relativos ao tratamento de dados
pessoais fixando prazos na conservação de dados, em função da finalidade,
assegurando o acesso de retificação e atualização. Pode ainda, a pedido de qualquer
pessoa, verificar a ilicitude de um tratamento de dados no caso de acesso indireto
promovendo a divulgação e esclarecimento dos direitos à proteção de dados dando
publicidade periódica à sua atividade.

Aqui no Estado, existe a Lei de n° 2.903/2005, promulgada em 28 de dezembro de 2005


que tem por objetivo dispor sobre a instalação de câmeras filmadoras no município de
Serra-ES e sobre outras providências. Já no município de Vitória-ES ainda não existe
uma lei regulamentadora específica.

CASTRO (2007), referindo-se aos direitos da intimidade e privacidade tendo em vista a


segurança pública, expressa que:

Não se trata, pois, de dizer que o princípio da segurança pública é superior ou inferior
ao da intimidade. Tal postura, aliás, é totalmente rechaçável se analisada sob uma
lógica reflexiva e construtivista-discursiva de aplicação dos direitos fundamentais [...]
(CASTRO, 2007, p. 89).
6.1 POSSIBILIDADES DE PONDERAÇÃO NO CONFLITO ENTRE OS
DIREITOS À PRIVACIDADE E À SEGURANÇA

Significa dizer que, deve haver ponderação quanto ao sistema tecnológico de


segurança pública e os direitos da privacidade preservados. Acrescenta ainda o autor
que:
Nesse sentido, o ponto fundamental para o equilíbrio sociojurídico está na harmonia do
programa com os princípios erigidos na Constituição, e na sua aceitabilidade racional
por parte de todos os possíveis afetados pela medida, o que nem de longe se avistou
(CASTRO, 2007, p. 89).

Desta forma, a medida implantada pelos governos como ferramenta de controle da


criminalidade não deve ser vista como violação dos direitos à intimidade e à privacidade
e sim como técnica inovadora no combate a criminalidade, destacando que os
administradores e controladores do sistema de Videomonitoramento devem ter cautela
na administração e captação das imagens e principalmente quanto à divulgação destas.

Luísa Brito (2008), reportando-se à visão dos advogados em um modo geral colaciona
que “é preciso regulamentar o sistema para que as câmeras sejam colocadas somente
em locais onde realmente haja necessidade como pontos com alto índice de
criminalidade ou de vandalismo” (BRITO, 2008).
6.1 POSSIBILIDADES DE PONDERAÇÃO NO CONFLITO ENTRE OS
DIREITOS À PRIVACIDADE E À SEGURANÇA

O presidente do IBDE - Instituto Brasileiro de Direito do Estado e professor da Pontifícia


Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Mário Cammarosano apud BRITO,
acrescenta que:

Tem que haver uma conciliação entre o princípio do direito à privacidade e o da


segurança pública. A polícia não pode usar o sistema para monitorar uma pessoa
individualmente [...] a imagem só deve ser aproximada por meio de zoom quando
houver suspeita do comportamento de alguém. O professor defende também que seja
disciplinado o uso das imagens para que apenas pessoas determinadas tenham acesso
ao que é filmado (CAMMAROSANO, apud BRITO, 2008).

Assim, algumas empresas se destacam apresentado e concluindo estudos acerca do


posicionamento das lentes das câmeras a fim de focarem pontos estratégicos
específicos, sem que para isso precisem adentrar na intimidade e privacidade de seus
cidadãos.
6.2 POSICIONAMENTO E DIRECIONAMENTO DA IMAGEM PRODUZIDA PELAS
CÂMERAS DE VIDEOMONITORAMENTO COMO MEDIDA ALTERNATIVA PARA NÃO
VIOLAÇÃO DOS DIREITOS À INTIMIDADE E À PRIVACIDADE

Para melhor compreensão acerca do tema, mister se fazer alguns esclarecimentos


quanto ao significado de foco de imagem e profundidade de foco ou também chamado
de profundidade de campo. Conforme informações da empresa Fazendo Vídeo (2007), o
foco é o local onde a imagem é projetada pela objetiva da câmera dentro da
profundidade do campo da área:

[...] foco é o local onde forma-se a imagem projetada pela objetiva da câmera. Quando
um feixe de raios de luz atinge a superfície de uma lente instalada em uma câmera, a
mesma desvia sua trajetória de maneira que para determinado ponto. [...] profundidade
de foco da mesma forma como a profundidade de campo é a área na frente da lente
(em frente à câmera) para a qual todos os pontos ali localizados apresentam-se nítidos
à visão humana [...] (2008).
6.2 POSICIONAMENTO E DIRECIONAMENTO DA IMAGEM PRODUZIDA PELAS
CÂMERAS DE VIDEOMONITORAMENTO COMO MEDIDA ALTERNATIVA PARA NÃO
VIOLAÇÃO DOS DIREITOS À INTIMIDADE E À PRIVACIDADE
Exemplifica ainda a empresa, que quando a imagem é desviada para outro ponto
denominado ‘A’, “situado em um objeto na frente da câmera seja formada a imagem do
mesmo ponto no interior da mesma” (2008). De maneira a exemplificar tais informações,
a empresa Fazendo Vídeo apresentou uma figura exemplificativa, conforme pode se
observar abaixo.
6.2 POSICIONAMENTO E DIRECIONAMENTO DA IMAGEM PRODUZIDA PELAS
CÂMERAS DE VIDEOMONITORAMENTO COMO MEDIDA ALTERNATIVA PARA NÃO
VIOLAÇÃO DOS DIREITOS À INTIMIDADE E À PRIVACIDADE

Contudo, se o anteparo sobre o qual se desenvolveu a imagem for deslocado para trás
ou para frente, a imagem não estará mais focalizada, e sim fora de foco, isto é, se for
movido o anteparo será possível obter vários pontos dispersos e não mais um único
foco em específico (2008).

A empresa conclui que “Se ao invés de se deslocar o anteparo, deslocar-se o objeto


(ponto A) o resultado será o mesmo: a imagem ficará desfocalizada”, ou seja, o campo
do foco e de imagem será aumentado, vez que possibilitará visualizar vários pontos ao
mesmo tempo(2007).
6.2 POSICIONAMENTO E DIRECIONAMENTO DA IMAGEM PRODUZIDA PELAS
CÂMERAS DE VIDEOMONITORAMENTO COMO MEDIDA ALTERNATIVA PARA NÃO
VIOLAÇÃO DOS DIREITOS À INTIMIDADE E À PRIVACIDADE

A imagem, quando focalizada, mostra-se nítida sobre o anteparo; pode-se deslocar


então o anteparo para frente ou para trás, por uma fração de milímetro e a imagem
continuar nítida. Esta é a profundidade de foco, como exemplifica a imagem abaixo:

E acrescentam que “Enquanto a profundidade de campo corresponde a uma área


medida normalmente em metros (podendo variar de alguns centímetros, [...], até
dezenas ou centenas de metros [...]), a profundidade de foco, [...], é extremamente
menor [...]” (2008).
6.2 POSICIONAMENTO E DIRECIONAMENTO DA IMAGEM PRODUZIDA PELAS
CÂMERAS DE VIDEOMONITORAMENTO COMO MEDIDA ALTERNATIVA PARA NÃO
VIOLAÇÃO DOS DIREITOS À INTIMIDADE E À PRIVACIDADE

Como salientado no tópico anterior, as câmeras podem ter os seus focos desviados ou
distorcidos na medida de suas necessidades, dessa forma, pode-se desviar o foco
imediatamente para o local onde mereça melhor observação. A empresa Fazendo
Vídeo ressalta ainda essa questão:
[...] ajustando o foco no anel da objetiva x rack focus o efeito rack focus consiste em
mudar rapidamente o foco de um elemento da cena para outro, para chamar a atenção
do público, como em uma sala com pessoas conversando ao fundo (local onde está
inicialmente o foco) e um telefone em primeiro plano (desfocado). Quanto o telefone
toca, o foco muda das pessoas para ele (2008).

Uma questão bastante interessante levantada pela empresa é que existem maneiras de
fazer com que o fundo da imagem fique fora de foco, concentrando o foco em primeiro
plano. Esse tipo de procedimento pode-se enquadrar como um tipo de ponderação
entre o direito à privacidade sem desmerecer a segurança da sociedade.
6.2 POSICIONAMENTO E DIRECIONAMENTO DA IMAGEM PRODUZIDA PELAS
CÂMERAS DE VIDEOMONITORAMENTO COMO MEDIDA ALTERNATIVA PARA NÃO
VIOLAÇÃO DOS DIREITOS À INTIMIDADE E À PRIVACIDADE

Tal procedimento pode ser usado no intuito de preservar os direitos da privacidade do


cidadão uma vez que o operador não terá a visibilidade da imagem projetada no fundo
da tela quando esta se tratar de, por exemplo, de imóvel residencial ou ambientes
particulares, possuindo o operador do sistema somente a imagem de interesse da
segurança social.

[...] existem algumas maneiras de fazer com que o fundo da imagem fique fora de foco,
concentrando o foco no primeiro plano. Uma delas é aumentar a abertura do diafragma
manualmente, quando a câmera permite este controle direto. Neste caso, quando isto é
feito, aumentará a quantidade de luz que entra pela objetiva e o sistema de exposição
automática da câmera aumentará a velocidade do obturador para compensar esta
quantidade extra de luz. [...] Se a câmera não possuir controle manual direto sobre a
abertura do diafragma, pode ser tentado o aumento da velocidade do obturador -
controle este presente na maioria das câmeras - que produzirá o mesmo efeito. A outra
alternativa para se desfocar o fundo é simplesmente mover a câmera para mais próximo
do objeto a ser focalizado: quanto menor esta distância, mais desfocado ficará o fundo
atrás do mesmo (2008).
6.2 POSICIONAMENTO E DIRECIONAMENTO DA IMAGEM PRODUZIDA PELAS
CÂMERAS DE VIDEOMONITORAMENTO COMO MEDIDA ALTERNATIVA PARA NÃO
VIOLAÇÃO DOS DIREITOS À INTIMIDADE E À PRIVACIDADE

Desta forma, deve-se haver ponderação no armazenamento e divulgação das imagens


obtidas através do controle de videomonitoramento, bem como a realização de novos
estudos de técnicas alternativas para o uso e manutenção das câmeras sem que para
isso necessite violar a privacidade e a intimidade de cada um como bem asseverado no
presente estudo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

É histórico no contexto mundial que a violência aumentou nos grandes conglomerados


populacionais gerando medo e insegurança. Diante disso, medidas mais urgentes foram
adotadas a fim de propiciarem uma melhora da segurança, e conseqüentemente, da
qualidade de vida da sociedade.
Uma das novas soluções tecnológicas encontradas para o resguardo da Segurança
Pública foi a aplicação de câmeras de Videomonitoramento em locais públicos a fim de
inibirem atos criminosos, fazendo com que as pessoas respeitem às normas
estabelecidas, favorecendo um melhor convívio social.

Essa é uma tendência verificada em outras nações, notadamente na Inglaterra, onde a


aplicabilidade ganhou mais forma a partir de um ataque terrorista ao centro de
investimentos londrino em 1993, causando uma morte e dezenas de feridos. Mais
recentemente, após ocorrência de outro ataque terrorista, nas torres gêmeas em Nova
York, Estados Unidos, no ano de 2001, espalhou-se em nosso país o sistema de
Videomonitoramento em vias públicas, não como instrumento de combate aos
terroristas, mas como ferramenta auxiliadora na redução da criminalidade.
Diante dos conflitos sociais exacerbados na sociedade, os órgãos policiais adotaram
esse sistema revolucionário de combate à criminalidade e de revelação de infratores
que ferem a ordem constitucionalmente estabelecida, permitindo assim, que todos os
cidadãos exerçam suas atividades sem perturbação de outrem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse contexto, as câmeras de vídeo são instaladas em locais estratégicos, facilitando
dessa forma o trabalho da polícia local, tanto na atividade de antecipação do fato
delituoso, quanto na sua prevenção.

Os índices criminológicos verificados após a implantação do sistema, bem destacados


no presente trabalho comprovam a sua eficácia na medida em que se começa a utilizar
desses artifícios tecnológicos com planejamento e sem suplantação de outras
atividades de segurança.

Essas aplicabilidades se tornaram muito mais visíveis no projeto desenvolvido na cidade


de Serra, onde se notou um melhor planejamento estrutural do Videomonitoramento,
além de um corpo profissional específico para o acompanhamento das imagens
angulares das câmeras. Em Vitória, o acompanhamento ainda é parcial e mesclado com
outras atividades policiais, diminuindo o ângulo favorecedor do fator predição. Porém o
fator visibilidade, ou seja, “ver-ser-visto” conforme bem asseverou Fernanda Bruno
(2004), está inibindo muitas pré-concepções delituosas nos logradouros
videomonitorados.

O que se deve destacar quanto à obtenção de imagens captadas através das lentes das
câmeras é a importância da preservação dessas imagens e resguardo quanto à
publicação das imagens, de modo a não se violar a privacidade e a intimidade de cada
um.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um detalhamento esmiuçado nessa monografia encontra escopo na literatura de


Priscila Meddalozzo Pivatto (2005), João Bosco Araújo Fontes Júnior (2005) e outros
autores, haja vista ser imprescindível a preservação dessas garantias fundamentais,
fatores que não se sobrepõe à segurança, mas andam primordialmente de mãos dadas.

Deve-se, portanto, haver equilíbrio no conflito existente entre a captação e


armazenamento de imagens, e os direitos à privacidade e à intimidade dos indivíduos,
de maneira que se preserve a privacidade e a intimidade da sociedade e ao mesmo
tempo consiga se obter um excelente resultado com o uso das câmeras na prevenção
da ordem pública e a identificação de criminosos como bem asseverado no presente
estudo.
É oportuna, porém, a lição do professor Carlos Ari Sundfeld, ao concluir que: “Tem de
se controlar o uso posterior dessa imagem, ver onde ela será guardada, não deixar
divulgar” (SUNDFELD apud BRITO, 2007).

A devida administração e armazenamento das imagens sob pena de abuso e


ilegalidade por parte da administração pública deve ser necessário, não violando, dessa
forma, diversos preceitos constitucionais basilares da democracia, tendo a título
exemplificativo, a violação do direito à privacidade e da dignidade da pessoa humana,
em tese.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vale ressaltar, por oportuno que o emprego do sistema de Videomonitoramento não


substitui a atuação presencial das forças policiais. Muito pelo contrário, ele auxilia o
trabalho policial, fazendo com que os operadores do sistema visualizem as infrações no
exato momento dos acontecimentos, ampliando desta forma, o “campo de visão policial”
para prevenção e controle da violência social.

Em suma, os recursos disponibilizados pela redução da demanda nos espaços de


Videomonitoramento agora poderão ser mais bem empregados em outras áreas com
taxas de criminalidade acentuadas e que ainda não foram contempladas por esse
sistema.

Algumas câmeras de Videomonitoramento também possuem aparelho de áudio


acoplado ao vídeo, permitindo ao controlador emitir um alerta ao autor do delito no exato
momento do cometimento da conduta, funcionando dessa forma, como repressão e
orientação. A “autovigilância” relatada por Foucault (apud Bruno, 20004) ganha aqui
uma nova matiz na medida em que o olho que tudo vê agora se comunica com o
indivíduo e o repreende se o caso requerer.

Portanto, esse trabalho discorreu essencialmente sobre a boa funcionalidade do


Videomonitoramento, que foi devidamente constatada através dos dados estatísticos
apresentados, apesar do pouco tempo em que o sistema está em funcionamento.

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