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2 RODOVIAS&VIAS
RODOVIAS&VIAS 3
editorial Ano 12 - Edição 50 - Fevereiro/2011
Distribuição dirigida e a assinantes
Uma publicação da Rodovias Editora e Publicações Ltda.
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João Rodrigo Bilhan João Augusto Marassi
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No início do mês, o governo federal lançou a nova lo- Carlos Marassi Fábio Eduardo C. de Abreu
gomarca com o slogan: “País rico é país sem pobreza”. marassi@rodoviasevias.com.br
Paulo Roberto Luz
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Edemar Gregorio
O compromisso assumido pela Presidente Dilma, após paulo@rodoviasevias.com.br edemar@rodoviasevias.com.br
reais e tantas outras moedas para deixar o Brasil menos Mari Iaciuk
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Raquel Coutinho Kaseker
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pobre. Colaboradores
Webdesign
locomoção não podem ser um entrave nas suas viagens, Juvino Grosco
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Ricardo Adriano da Silva
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e sim um acessório que torne o passeio mais interessan- Marcelo C. de Almeida
marcelo@rodoviasevias.com.br
Tiago Casagrande Ramos
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te, porém isso está longe de ser uma realidade. Alexsandro Hekavei Aélcio Luiz de Oliveira Filho
O turismo pode ser a indústria sem chaminé, que alex@rodoviasevias.com.br
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Central de Jornalismo
Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Revista, sendo de total responsabilidade do autor.
ÍNDICE nesta edição:
EM TEMPO 14
Política 16
Senado 20
rodovias 22
olimpíadas 25
Londres 2012
pontes Móveis 42
Aeroportos 44
Capa
28 Infraestrutura para o turismo
infopágina 48
Avenida Paulista
Tecnologia 50
Detonação
Ferrovias 54
Hidrovias 62
64
9 57 Mercado 66
Intermodal
vias concretas 68
cidades 70
São José do Rio Preto
exclusiva
renato casagrande são Paulo
imagem do mês 72
86
energia 74
moblidade urbana 76
na medida 78
artigos 81
6 RODOVIAS&VIAS
RODOVIAS&VIAS 7
8 RODOVIAS&VIAS
exclusiva
GESTÃO DE RESULTADOS
RODOVIAS&VIAS 9
exclusiva
10 RODOVIAS&VIAS
exclusiva
RODOVIAS&VIAS 11
exclusiva
área de infraestrutura, pois são obras de sua Se simbolicamente o nosso maior pro-
jurisdição. No que depender do Espírito San- blema é o aeroporto, concretamente o nos-
to, faremos questão em colaborar, mas nes- so maior problema são os portos. Profundi-
te momento precisamos muito da ação do dade de canal pequena, naturalmente um
governo federal. calado pequeno. Um projeto de dragagem
que se arrasta por muito tempo, apesar de
Até porque vemos empresas aéreas uti- a licitação ter sido feita no ano passado. O
lizarem o Espírito Santo como escala para TCU detectou problemas e o então Ministro
outros pontos do país. Pedro Brito, acertadamente, achou por bem
Realmente, vemos Vitória se transforman- suspender, anular a licitação para adequar o
do em escala para outras regiões, como o projeto e iniciar novamente este processo.
Nordeste. É de crucial importância a integra- Estamos na expectativa de que em alguns
ção do Espírito Santo com o Nordeste brasi- meses este assunto tenha resolução, nesta
leiro. Além da própria aviação regional, a Azul que é uma questão fundamental para dar
tem voos para o Nordeste, a Trip, bem como uma sobrevida aos nossos portos públicos,
TAM e Gol. A demanda é muito grande e não uma vez que os portos privados de minério,
temos mais condições de suportá-la. celulose e grãos são excelentes. As cargas
gerais e de contêineres nos portos públicos
Com relação aos portos, temos acom- de Vitória e Vila Velha precisam ter mais in-
panhado a exportação das commodities e fraestrutura disponível. Dragagem, conten-
os reflexos da falta da intermodalidade nos ção e ampliação do cais. Há também um
custos de transporte. Os sete portos de que projeto futuro, que é o porto de águas pro-
o estado dispõe, uma vez integrados às de- fundas, cujo projeto nós agora estamos con-
mais melhorias que se projeta promover, tratando. O Ministério dos Portos, por meio
terão condições de suprir o provável au- da Codesa (Companhia de Docas do Espíri-
mento de fluxo?
12 RODOVIAS&VIAS
exclusiva
to Santo), vai contratar este projeto. Temos tendida a todos os gestores, uma cobrança
ciência de estar deixando de render mais da população. Afinal, o dinheiro público pre-
nas atividades econômicas por conta destas cisa ser aplicado para dar qualidade de vida,
limitações. Repito: o aeroporto é o símbolo, segurança às pessoas.
mas o porto é o gargalo mais estreito e pre-
mente que temos de resolver. E a questão dos royalties?
Temos a expectativa de que o Congresso
Com relação ao projeto “Espírito Santo Nacional aprove o projeto que o ex-Presi-
sem lixão”, que já figurou em nossas pági- dente Lula encaminhou no final de 2010, fru-
nas, está tendo continuidade? to do acordo feito com RJ e ES, que preserva
Daremos sequência. É uma prestação as áreas licitadas, não altera os contratos fei-
de serviço de forma regionalizada, que am- tos e que também preserva a Constituição. E
pliaremos para outros setores. Temos 12 ao mesmo tempo aponta para uma divisão
microrregiões, que precisam ter sustenta- mais equitativa para os recursos do pré-sal.
bilidade. Quem quiser viver nelas, terá que Queremos preservar a Constituição, que pre-
ter acesso aos diversos aparatos, benefícios vê um tratamento diferenciado para os esta-
e benfeitorias que o estado proporciona. dos e municípios produtores, além de pre-
servar o equilíbrio federativo. Uma derrota
Este seria um exemplo do que o senhor do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, é negati-
sinalizou no início da conversa, de fazer va para a federação brasileira. Não queremos
uma gestão efetiva, de resultados? derrotar nenhum estado, porém vemos pos-
Veja, nós temos que produzir. Apresen- sível uma distribuição mais igualitária destes
tar resultados. Quatro anos passam muito recursos, vislumbrando o atendimento a to-
rápido. Logo, buscar resultados é uma de- dos os estados e municípios do Brasil.
terminação, tem que ser uma cobrança es-
RODOVIAS&VIAS 13
em tempo
Pesagem em movimento
Florianópolis receberá, entre os dias 3
e 7 de abril, o 1.º Seminário Internacional
de Pesagem em Movimento. O encontro é
promovido pela Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), Associação Catarinense
de Engenheiros (ACE) e International Society
for Weigh in Motion (ISWIM) e será realizado
na sede da ACE.
Foto: Divulgação
e o Governador do Mato Grosso do Sul,
André Puccinelli, reuniram-se em Curitiba
no início do mês para unir esforços em torno
de um projeto de integração ferroviária
entre os dois estados através da Ferroeste.
O objetivo é viabilizar a construção de um
ramal ferroviário interligando a Ferrovia do
Pantanal, na região de Maracaju e Dourados,
no Mato Grosso do Sul, até Cascavel, no
Paraná, passando por Mundo Novo/MS e
Guaíra/PR. O traçado da ferrovia foi incluído
no PAC 1 (Programa de Aceleração do
Crescimento), do governo federal, em 2008,
mas o projeto não progrediu. A intenção é
incluir a obra – que tem custo estimado de
R$ 1,6 bilhão – no PAC 2.
14 RODOVIAS&VIAS
em TEMPO
ABECE e ABPE
promovem congresso Fórum quer
de pontes e estruturas reunir governadores
A Associação Brasileira de Engenharia e Um fórum pretende reunir todos os
Consultoria Estrutural (Abece) e a Associação governadores (eleitos e reeleitos) em uma
Brasileira de Pontes e Estruturas (ABPE) grande discussão nos dias 15, 16 e 17 de
promovem, nos dias 4 e 5 de abril, o IV março na capital paulista. O Biosforum 2011
Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas, – Brasil: Investimentos e Oportunidades
como parte da programação de conferências Sustentáveis quer debater o crescimento
da Brazil Road Expo 2011. Sob o tema acelerado e contínuo do Brasil, de forma
“Estruturas emblemáticas: projetos que plena e sustentável, assegurando benefícios
desafiam o futuro”, o evento quer divulgar nos cenários político, social e econômico.
grandes obras atualmente em execução, bem
como trabalhos recentes e relevantes nas áreas
de pesquisa e aplicação.
engenheiro do futuro
Vem de Belo Horizonte a ilustração deste
moderno aeroporto. A obra é de autoria do
nosso pequeno leitor Marcus Welley, que é
desenhista de meios de transporte e, sem
dúvida, um grande engenheiro em potencial.
RODOVIAS&VIAS 15
política
Governar é
repartir o poder
Após eleições para a Presidência da Câmara e do
Senado, o Congresso Nacional começa a pintar o cenário
político dos próximos anos.
16 RODOVIAS&VIAS
GOVERNAR É REPARTIR O PODER
RODOVIAS&VIAS 17
política
Foto: Divulgação
“Nós vamos prosseguir na moder-
nização da Casa. Vamos prosseguir
na preservação dos valores éticos e
morais que nós devemos seguir na vida
pública. Vamos prosseguir na votação
das reformas. A mais importante de
todas é a reforma política que o país es-
pera e que vai melhorar, sem dúvida,
o desempenho da classe política no
Brasil.”
José Sarney (PMDB-AP)
Presidente do Senado
18 RODOVIAS&VIAS
GOVERNAR É REPARTIR O PODER
RODOVIAS&VIAS 19
Senado
homenagem a
Eliseu Resende
Senado Federal se reúne para homenagear ícone do rodoviarismo
nacional. Senador completaria 82 anos no dia 7 de fevereiro.
Foto: Rodovias&Vias/Paulo Negreiros
20 RODOVIAS&VIAS
eLISEU RESENDE
que tive com ele. Todos os pensamen- em rodovias como em outras áreas”, afir-
tos dele me ensinaram muito.” mou. Além de parlamentares, participa-
O autor do pedido de homenagem, ram da sessão representantes do gover-
o Deputado Federal Eduardo Azeredo no de Minas Gerais, deputados estaduais
(PSDB-MG), considera que Resende teve e a senhora Dinah Nogueira de Resende
papel fundamental na estruturação do (viúva do Senador), acompanhada de fi-
Brasil moderno. “Depois de Juscelino, foi lhos e netos.
o homem que deu seguimento a uma
política de ligação por todo o país, tanto
RODOVIAS&VIAS 21
A Parceria QUE DÁ RESULTADOS
A concessionária Nascentes das Gerais, responsável pelo Sistema MG-
050, uma das mais importantes rodovias mineiras, apresenta o balanço dos
primeiros quatro anos.
Fotos: Divulgação
22 RODOVIAS&VIAS
Obras Públicas de Minas Gerais (Setop-
-MG), uma reformulação no cronogra-
ma da concessão. Obras de ampliação
foram antecipadas visando uma distri-
buição de investimentos mais uniforme
ao longo do sistema, aumentando a flui-
dez do tráfego e a segurança da rodovia.
Desde março, a rodovia virou um verda-
deiro canteiro de obras. Em 2010, graças
a essa ação estratégica, a PPP mineira fi-
cou definitivamente consolidada.
Como o governo de Minas reagiu à
proposta de antecipação das obras?
O sistema PPP demonstra que o es-
tado tem uma visão de longo prazo e
enxerga a necessidade dos usuários. O
governo de Minas, de maneira eficiente,
não mediu esforços para agilizar a ade-
quação do cronograma proposto.
O modelo PPP pressupõe uma con-
Emerson Bittar, Diretor-Presidente da Nascentes das Gerais. trapartida paga pelo estado. Como a
Nascentes das Gerais é avaliada?
Rodovias&Vias: Como o senhor ana- A Nascentes das Gerais é avaliada
lisa esses quatro anos da PPP do Sistema permanentemente pelo governo de
MG-050, um modelo inédito até então? Minas Gerais por meio do Quadro de In-
Emerson Bittar: A primeira Parceria dicadores de Desempenho (QID). Nesse
Público-Privada do setor de infraestru- sentido, os resultados operacionais, am-
tura rodoviária brasileiro completará, em bientais, sociais e financeiros determi-
junho de 2011, quatro anos de operação nam o desempenho da concessionária
com um saldo amplamente positivo. mensalmente. A média de nossa nota
Somente no ano de 2010, a concessio- QID nesses primeiros anos é 9,4, ou seja,
nária Nascentes das Gerais investiu mais supera a meta estabelecida no nosso
de R$ 89 milhões em obras de melhoria Plano de Negócios. Lembramos que o
no Sistema MG-050/BR-265/BR-491, na desempenho acima de 9 é considerado
prestação de serviços aos usuários e na pela Secretaria de Transportes como ex-
operação da principal via de ligação do cepcional. À medida que os investimen-
centro-oeste e sudoeste de Minas Gerais. tos forem se realizando, essa média ten-
Desde que entrou em vigor, em junho de de a aumentar ainda mais.
2007, a PPP contabiliza R$ 241 milhões Já houve atraso no pagamento da
em aportes na estrada. contrapartida pelo governo?
O contrato de PPP foi assinado É preciso destacar o modelo admi-
pouco antes de eclodir a crise econô- nistrativo implantado pelo governo de
mica mundial. Como a Nascentes assi- Minas Gerais. Jamais houve atraso no re-
milou os efeitos da crise sem prejuízos passe de recurso.
ao usuário? Atualmente, há obras em toda a
O último ano marca, definitivamente, rodovia. Do ponto de vista da atuação
a consolidação da PPP mineira. A par- socioambiental, a Nascentes das Gerais
tir do final de 2009 e início de 2010, em realiza algum trabalho?
uma ação que deixou para trás os resquí- Temos muito orgulho de mantermos
cios da crise econômica mundial, a Nas- nosso Plano de Gestão Social (PGS) e Pla-
centes das Gerais, numa prova de visão, no de Gestão Ambiental (PGA). De junho
agilidade e conhecimento do Sistema de 2007 até hoje, mais de 1,5 milhão de
MG-050, propôs ao governo do estado, pessoas já foram beneficiadas pela Nas-
por meio da Secretaria de Transportes e centes das Gerais.
RODOVIAS&VIAS 23
a parceria que dá Resultados
24 RODOVIAS&VIAS
OLIMPÍADAS 2012
Vida longa
a Londres
Em 2014, teremos a Copa do Mundo no
Brasil, mas, muito antes disso, no ano que
vem, Londres sediará os Jogos Olímpicos,
evento esportivo mais importante do planeta.
Foto: Divulgação
Fotos: Divulgaçao
Centro
financeiro
Londres é um dos principais
centros financeiros do mundo.
A infraestrutura de transportes é
farta. A cidade conta com a mais
extensa rede de trens metropoli-
tanos (408 km). Seu aeroporto, o
Londres Heathrow, recebe voos
dos cinco continentes e dezenas
de milhões de passageiros pas-
sam por ali anualmente. É a cida-
de mais populosa da União Euro-
peia, com 8,2 milhões de habitan-
tes, e o trânsito sente isso.
Passagem livre
para atletas
As vias da cidade estão entre
as mais congestionadas do mun-
do. O Presidente do Comitê Orga-
nizador, Sebastian Coe, defende
o projeto de transportes deno-
minado Olympic Route Network
Tower Bridge.
26 RODOVIAS&VIAS
Vida longa a Londres
RODOVIAS&VIAS 27
Infraestrutura
para o turismo
A beleza natural do Brasil é indiscutível. Mas, para melhorar nossa posição no
ranking de países mais visitados, é preciso investir (e muito) em infraestrutura.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo, a terra do samba, futebol e
feijoada ocupa a 37.ª posição no ranking dos destinos mais procurados do mundo.
28 RODOVIAS&VIAS
Foto: Rodovias&Vias/Oberti Pimentel
Foto: Rodovias&Vias/Leonardo Pepi
Fonte: Abdib
30 RODOVIAS&VIAS
infraestrutura para o turismo
Foto: Rodovias&Vias/Leonilson Gomes
O pai do turismo
O Brasil nunca teve tantos mi-
nistérios na sua história – entre as
autarquias, secretarias e órgãos
com status de ministério, o país
possui 38 pastas nos mais diversos
setores. Criado em 2003 pelo en-
tão Presidente Lula, o Ministério
do Turismo (MTur) vem ganhando
cada vez mais destaque no grupo.
A explicação é simples: dian-
te da confirmação do Brasil como
sede da Copa do Mundo de 2014
e das Olimpíadas de 2016, a pasta
se transformou em peça-chave no
projeto de estruturação e adequa-
ção do país. Uma prova concreta
do papel do MTur está no tama-
nho do seu orçamento. Em 2003,
quando foi criado, a verba desti-
nada para investimentos em tu-
rismo era de R$ 377,7 milhões. No
ano passado, o valor ultrapassou a
casa dos R$ 7 bilhões. Parte desta
quantia, R$ 1,33 bilhão, foi inves-
tida em infraestrutura. A modo de
comparação, o Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento
teve R$ 7,7 bilhões.
Transporte
Foto: Rodovias&Vias/Oberti Pimentel
e logística
Diante do desafio de incre-
mentar a infraestrutura nacional
para atender bem os visitantes, os
especialistas apontam os setores
de transporte e logística como
prioridades. Apesar dos avanços
BR-262 no Espírito Santo.
32 RODOVIAS&VIAS
infraestrutura para o turismo
Foto: Ascom
“
“Os principais meios de
locomoção podem ser contem-
plados por ações do MTur.”
RODOVIAS&VIAS 33
em um único
lugar, todas as
soluções para
o cotidiano
da obra.
Para facilitar o dia a dia das empresas de construção, a SOBRATEMA — Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos
e Manutenção, sempre atenta ao mercado, lança a CONSTRUCTION EXPO 2011. A feira reunirá empresas dos setores
responsáveis por atender a todas as necessidades da área, com um público decisor pelas contratações em toda a cadeia de
materiais, prestação de serviços e soluções para a execução de uma
CONSTRUCTION
obra. Participe da CONSTRUCTION EXPO 2011, o evento ideal para
a geração de negócios.
confortos e filas sejam rotina na vida to deverá receber 1.200 voos por ano.
de quem precisa utilizar o meio de Terminais aéreos em Parnaíba, litoral
transporte. do Piauí, e Aracati, outra região turísti-
Alguns aeroportos brasileiros, ca do Ceará, também estão recebendo
principalmente regionais, já estão recursos do Ministério do Turismo. “Es-
passando por reforma e ampliação sas obras fazem parte do Programa de
com recursos do Ministério do Tu- Desenvolvimento Nacional do Turismo
rismo. Existe caso de construção de (Prodetur). É uma das possibilidades
novos aeroportos, como em Jericoa- do MTur para fazer ação de infraestru-
coara, no Ceará, que depois de pron- tutura”, explica Edimar da Silva.
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capa
36 RODOVIAS&VIAS
infraestrutura para o turismo
38 RODOVIAS&VIAS
infraestrutura para o turismo
São Paulo
RODOVIAS&VIAS 39
capa
40 RODOVIAS&VIAS
RODOVIAS&VIAS 41
pontes
Exército opera
ponte móvel em Goiás
Estrutura metálica adquirida pelo governo federal está sendo
usada no local onde uma ponte foi destruída pelas chuvas no início
de janeiro.
Foto: Divulgação
E m novembro, Rodovias&Vias
noticiou a aquisição de pontes
móveis pelo governo federal. As oito
ás, importante produtor de frango do
estado goiano, tem 35 mil habitantes
e economia baseada na agricultura e
estruturas compradas em convênio pecuária. As chuvas do início do ano
pelo DNIT e Exército Brasileiro são de atingiram em cheio a região. E as rodo-
origem inglesa, do tipo Logistic Sup- vias, tanto federais quanto estaduais,
port Bridge – LSB (ponte para suporte ficaram bastante destruídas. Na GO-
logístico). A principal utilidade está no 070, a ponte sobre o rio das Pedras caiu
auxilio às comunidades repentinamen- no dia 3 de janeiro, e agora a estrutura
te isoladas por desastres naturais, em montada pelo Exército Brasileiro está
apoio às ações da Defesa Civil. dando vazão ao fluxo de veículos entre
A primeira ponte móvel que che- as cidades da região.
gou ao Brasil está sendo usada em Ita- A montagem, executada pela 23.ª
beraí. O município do interior de Goi- Companhia de Engenharia de Com-
42 RODOVIAS&VIAS
poNTES MóVEIS
Reconstrução de pontes
O processo de licitação da obra de reconstrução da ponte sobre o ribeirão João
Leite, na GO-222, no trecho entre Nerópolis e Anápolis, foi iniciado. De acordo com
levantamentos de projeto, o orçamento para a execução da obra ficou em R$ 1,495
milhão e o recurso será proveniente dos cofres públicos. A ponte, que fica próxima
ao povoado de Goialândia, caiu no fim do ano passado devido ao transbordamen-
to do ribeirão João Leite. Para dar tráfego aos usuários, a Agetop providenciou um
desvio, com cerca de 12 km, que passa pela zona rural da região.
RODOVIAS&VIAS 43
Infraero anuncia ampliação de
aeroporto em Minas
No início do ano, foi lançado um edital para ampliação do terminal de
passageiros do Aeroporto Internacional de Confins. A previsão é que ele tenha
capacidade para receber 8,5 milhões de passageiros por ano.
Fotos: Divulgação
44 RODOVIAS&VIAS
Orçamento milionário cionalização do processo objetiva am-
pliar a disputa e obter condições mais
O orçamento para execução dessas vantajosas para a Infraero”, afirma Murilo
obras é de R$ 295,2 milhões. Com isso, o Marques Barboza, Presidente do órgão
terminal passará dos atuais 60,3 mil m2 vinculado ao Ministério da Defesa. As
de área para 67,6 mil m2. O edital é para propostas serão abertas em 21 de feve-
concorrência internacional. “A interna- reiro, também em Brasília.
RODOVIAS&VIAS 45
Aeroportos
Mais vagas
Em julho de 2010, foram con-
cluídas as obras de construção
de um novo estacionamento.
Chamado de Estacinamento E, o
espaço praticamente dobrou a
capacidade do aeroporto de Con-
fins. Foram criadas 1.538 novas
vagas. Agora podem estacionar
2.938 veículos ao mesmo tempo.
Obras futuras
A Infraero promete mais in-
vestimentos para o aeroporto mi-
neiro. Está em fase de elaboração
o edital para extensão da pista de
pouso e decolagem. Serão 600 m a
mais. Além disso, o pátio de mano-
bras das aeronaves será ampliado.
De acordo com uma nota oficial,
publicada pela assessoria de im-
prensa, será aumentado dos atuais
86 mil m2 para 300 mil m 2.
Aeroporto de Confins.
46 RODOVIAS&VIAS
galeão
RODOVIAS&VIAS 47
infopágina
48 RODOVIAS&VIAS
Fonte: Associação Paulista Viva
RODOVIAS&VIAS 49
Desmonte explosivo
A tecnologia que tira as pedras do caminho da infraestrutura
brasileira está se modernizando. Detonações, implosões e explosões
estão fazendo tremer o mercado nacional.
Fotos: Rodovias&Vias /Leonardo Pepi
50 RODOVIAS&VIAS
co que será causado pela detonação,
A regulamentação e suas consequências. Tais medidas,
do processo além de visar o máximo de segurança
na ação, também são previstas por leis e
O estrondo ecoa nos ares depois de normas, como, por exemplo, as Normas
estremecer a terra dos arredores. Uma Reguladoras de Mineração (NRM), para
nuvem de poeira levanta repentina- Operações com Explosivos e Acessórios,
mente e, aos poucos, baixa para revelar do Ministério de Minas e Energia (MME).
o aglomerado de destroços ou rochas Tais normas do MME preveem re-
desmontadas. Após a explosão – capaz gras para o manuseio dos explosivos,
de remover centenas de toneladas do transporte, execução do plano de fogo,
lugar em poucos segundos –, o traba- armazenagem, desmonte de rochas
lho ainda não terminou, apenas passa com uso de explosivos, procedimentos
para uma nova etapa. de retirada de fogos falhados, confirma-
Caminhões e máquinas devem en- ção das condições de estabilidade da
trar em ação para remover o material área, entre outras. São diversos os tipos
proveniente do desmonte, como são de serviços prestados pelas empresas
tecnicamente chamadas algumas ex- do setor (veja abaixo). E a tecnologia é
plosões em locais rochosos como minas parte fundamental deles.
e pedreiras, por exemplo. Em detonações em espaços urba-
O que poucos sabem é que, antes nos, por exemplo, é preciso controlar
de acontecer, uma detonação em área rigorosamente as explosões observan-
de mineração é precisamente calcula- do-se os limites para a emissão de vibra-
da, medida, estudada e planejada por ção, propagação de ruídos, lançamento
uma equipe de profissionais ampara- de pedras e sedimentos, a sobrepressão
da por modernos equipamentos para atmosférica, a pressão acústica. Muitas
variadas funções, desde a escolha dos destas preocupações também se mos-
locais onde serão introduzidos os ex- tram presentes em detonações do setor
plosivos até o impacto sonoro e sísmi- de mineração.
SERVIÇOS
Desmonte de rochas com uso de explosivos.
Desmonte de rochas com argamassa expansiva.
Desmonte com uso de rompedores.
Desmonte de rochas com uso de explosivos em obras e dutos e construção civil.
Detonação controlada com uso de explosivos em áreas urbanas.
Implosões.
Detonação com uso de explosivos em rodovias.
Detonações de risco.
Detonação com uso de explosivos em sapatas e fundações.
Detonação para a construção de sapatas para linhas de transmissão de energia.
Perfurações.
Dimensionamentos de plano de fogo.
Controle sismográfico de detonações.
Serviços de carregamento e detonação a céu aberto, túneis e galerias.
RODOVIAS&VIAS 51
52 RODOVIAS&VIAS
desmonte explosivo
Explosão wireless
A empresa paranaense Britanite foi A utilização dos detonadores eletrô-
pioneira na realização das primeiras de- nicos é uma evolução não só por reduzir
tonações eletrônicas wireless do país. O custos (13% de redução em operações
sistema SmartShot, que utiliza o deto- de perfuração e desmonte) e o impac-
nador eletrônico sem fio, representa um to ambiental (menor vibração gerada
avanço tecnológico para sistemas de dis- pelas explosões em comunidades vi-
paro e traz inovações para o setor. zinhas), mas por tornar o processo de
“A introdução dos detonadores ele- detonação mais produtivo. Após a de-
trônicos na mineração, com sua capaci- tonação, com a entrada das máquinas
dade de precisão dos tempos de retardo, e caminhões que devem remover o
proporciona uma ferramenta de otimi- produto final do local, o trabalho gera
zação para os desmontes (como aumen- ganhos no carregamento, transporte e
to de malhas), melhor fragmentação. beneficiamento do material.
Isso permite refinar os resultados, satis- As principais empresas que atuam
fazer necessidades operacionais, além no segmento no Brasil são, além da Bri-
de trazer maior confiabilidade para os tanite (Grupo CR Almeida), no Paraná, a
desmontes. Os operadores podem revi- Dinamite (Erechim/RS), Detonações Ca-
sar a funcionalidade do sistema antes de pital (Palhoça/SC), Serrana Detonações
iniciar o disparo. Com isso, aumenta-se (Caxias do Sul/RS), Gouvêa e Gouvêa
ainda mais a prevenção de erros no pro- (Jandira/SP), Desmaq (Magé/RJ), Arco-
cesso”, explica o Gerente de Assessoria enge (São Paulo/SP), Desmonte Explosi-
Técnica da Britanite, Ricardo Silva. Com vos (São Carlos/SP), Desmontec (Juiz de
sede em Quatro Barras/PR, a empresa Fora/MG), Emex – Empresa Mineira de
possui mais de 300 itens em seu portfó- Explosivos (Teófilo Otoni/MG) e Orica
lio, entre explosivos e acessórios de de- Chemicals Brasil (Lorena/SP, São Paulo/
tonação. Está presente em oito estados e SP e Itajaí/SC).
exporta para mais de 13 países.
Fotos: Rodovias&Vias /Paulo Negreiros
RODOVIAS&VIAS 53
Destravando
as sapatas
A terminologia ferroviária tem muitas especificidades que às vezes
chamam a atenção do leigo pela saborosa sonoridade que exibem. Quem já
andou em meio a composições estacionadas, quando criança exploradora,
pode ter se deparado com a inscrição “sapatas fenólicas” próximo ao reboque.
São elas as responsáveis por parar o trem, são o freio que detém o ímpeto e a
força da locomotiva. Memórias à parte, finalmente parece que no Planalto se
inicia o processo para desbloqueio do avanço da força ferroviária.
Fotos: Rodovias&Vias /Oberti Pimentel
54 RODOVIAS&VIAS
Promessas Se por um lado houve pouco investi-
mento governamental, por outro as
Norte-Sul, Oeste-Leste. Os pontos concessionárias focaram em manter o
cardeais aprendidos nas aulas de Geo- patrimônio já existente, sem grandes
grafia nomeiam importantes eixos fer- investimentos em ampliações e novos
roviários estruturais, que estão sendo tramos. Ao olhar para trás, fica a im-
tocados pelo governo. A Norte-Sul che- pressão de que a concessão pública,
gou a ser tema de capa na edição 34 de que deveria trazer consigo a celeridade
Rodovias&Vias. As contas do PAC 2 e do característica do setor de negócios, se
Plano Nacional de Logística e Transporte escorou timidamente nas dificuldades
(PNLT), que anunciam pouco mais de R$ alegadas de um sistema travado em
37 bilhões do governo federal destina-
licenças e contas. A troca de justifica-
dos ao setor ferroviário, causam um “frio
na barriga” e dão a percepção de que ha- tivas entre os dois “parceiros” descarri-
verá avanços, mesmo que não no ritmo lou o país até o momento – bem agora
desejável. em que as perspectivas fundamentais
para preparar o setor produtivo (quem
dirá o de transportes) fazem frente às
projeções de demanda e crescimento.
Amor e ódio Devolver o país aos trilhos é, no míni-
Iniciativa privada e governo pare- mo, uma alternativa acertada em tem-
cem finalmente estar deixando a con- pos de eficiência, redução de emissões
dição de amásios para engajarem-se e em que sobram exemplos de sucesso
em um relacionamento mais formal. deste modal pelo mundo.
Investimentos em números
Fonte: Ipea
RODOVIAS&VIAS 55
56 RODOVIAS&VIAS
São Paulo
O novo piloto da
supermáquina
Em entrevista à Rodovias&Vias, o Secretário de Logística e Transportes
do governo do estado de São Paulo se mostra disposto e cheio de vontade
para encarar uma corrida contra o tempo, rumo aos ideais de transporte
no estado com o maior orçamento para obras públicas do Brasil.
Fotos: Rodovias&Vias /Leandro Dvorak
RODOVIAS&VIAS 57
São Paulo
58 RODOVIAS&VIAS
Logística e transportes
RODOVIAS&VIAS 59
são paulo
60 RODOVIAS&VIAS
Logística e transportes
Foto: Rodovias&Vias/ Oberti Pimentel
rias que possam preservar o nível de sociedade pode ser melhor. É impos-
investimentos recente, que foi muito sível prescindir de engenheiros num
elevado. órgão em que algumas das principais
atribuições estão ligadas a obras de
O senhor escolheu como Diretor- engenharia.
-Geral do DER uma pessoa reconhe-
cidamente de sua confiança, porém Falando de administrar pessoas,
também sem perfil técnico. Isso pode o senhor é visto como um homem de
ser entendido como uma releitura do posições muito firmes, o que alimen-
modelo para gestão pública, na qual ta a fama de durão. Como responde a
o fato relevante passa a ser a capa- tais colocações?
cidade de gerir recursos e pessoas e Algumas vezes, a franqueza é vista
não mais a formação técnica? de maneira equivocada por algumas
O Clodoaldo Pelissioni tem sólida pessoas. Tenho, sim, atitudes firmes,
formação acadêmica em administra- fruto da forma como eu encaro o meu
ção e gestão pública. É um quadro trabalho e as missões que me são de-
capaz de assumir qualquer desafio no signadas. Mas não sou intransigente
governo e foi por esta razão que eu e costumo dar espaço para que meus
o escolhi para comandar o DER. Ter assessores e minha equipe se mani-
bons gestores na Secretaria de Lo- festem. Esta é, a meu ver, a melhor for-
gística e Transportes não colide com ma de obter bons resultados: com se-
dispor também de bons técnicos; uns riedade e somando esforços. É assim
complementam os outros, e o resul- que eu atuo. Tem dado certo.
tado em termos de benefícios para a
RODOVIAS&VIAS 61
Rio Amazonas
em grande estilo
O luxuoso barco-hotel da rede hoteleira espanhola Iberostar
navega o ano todo pelos rios Negro e Solimões, no Amazonas.
Batizado de Grand Amazon, opera no Brasil desde 2005. Já recebeu
mais de 20 mil turistas e navegou mais de 50 mil km.
62 RODOVIAS&VIAS
Fotos: Divulgação
“
O Iberostar Grand Amazon é o
único cruzeiro fluvial cinco es-
trelas no Brasil que opera durante o
(todas externas com vista para a paisa-
gem), dois restaurantes, sendo um com
culinária local e outro com internacio-
ano todo, sem interrupções. Além de nal, dois bares, salão de baile e de even-
proporcionar uma verdadeira imersão tos, lavanderia, paramédicos, fitness
na selva Amazônica, garante uma ex- center e duas piscinas.
periência singular com todos os ele- Para entretenimento, estão previs-
mentos que uma viagem inesquecível tas excursões, aulas de dança, pescaria,
deve ter: aventura, segurança, luxo e palestras ecológicas sobre fauna e flora
conforto”, comenta Orlando Giglio, Di- nativas, música ao vivo, shows temáti-
retor Comercial e de Marketing da Ibe- cos do folclore local, passeios de lancha,
rostar Brasil. trilhas e passeios pela floresta e lagos.
Saindo do porto de Manaus fre- Uma equipe de seis chefes de expe-
quentemente, é possível escolher en- dição e biólogos proporciona a possibi-
tre três itinerários: o primeiro é um lidade de agregar valores com temáti-
cruzeiro de três noites e navega pelo cas regionais, técnicas de sobrevivência,
rio Solimões; há também a opção para agricultura local, cultura indígena, entre
quatro noites, que navega pelo Negro; outros, para que o turista possa com-
quem desejar percorrer o circuito com- preender a magnitude de um dos ecos-
pleto fará o trajeto pelos dois rios em sistemas mais complexos do mundo. Os
sete noites. passeios pelos afluentes e igarapés são
A infraestrutura completa está so- liderados por guias treinados pelo Exér-
breposta a 2.200 toneladas e 70 pés de cito e que têm muitas histórias e dicas
comprimento, compondo 72 cabines de sobrevivência para contar.
64 RODOVIAS&VIAS
RIO AMAZONAS EM GRANDE ESTILO
Fotos: Divulgação
Infraestrutura de luxo em meio à floresta.
Solimões
O rio começa no Peru e ao entrar no de quatro noites, é possível conhecer
Brasil é que recebe o nome de Solimões. o arquipélago das Anavilhanas (maior
Sua extensão é de aproximadamen- arquipélago fluvial do mundo, forma-
te 1.700 km. Neste trajeto, o cruzeiro do por 400 ilhas), fazer uma excursão
de três noites oferece caminhada em noturna em lancha, praticar trilha, ob-
trilhas na região de Manacapuru/AM, servar os botos-cor-de-rosa em Novo
que exibe grandes e antigas árvores, Airão/AM e os pássaros nativos, visitar
além de plantas cultivadas pelos povos a comunidade indígena e Praia Grande,
locais; passeio em lanchas por igara- vislumbrar o encontro das águas e ain-
pés e igapós do rio Manacapuru e para da conferir o show de folclore.
observação de aves; pesca de piranha
em flutuantes no lago Jacaré; passeios
noturnos; caminhada na região Janaua-
cá, habitat de uma variedade de árvo- Conveniências
res, plantas, cipós e flores, bem como
da cultura local; show de folclore; e o
encontro das águas – onde é possível Em 2011 , o cruzeiro fluvial passou
participar de um dos fenômenos natu- a proporcionar pacotes personalizados
rais mais belos que existem, quando as e flexíveis, mais opções de datas para
águas do Solimões confluem-se com as saídas, inclusão de crianças a partir de
do rio Negro. 10 anos, inauguração de um espaço de
relaxamento para os hóspedes e dis-
ponibilidade de quick massage ao ar
Rio Negro livre, no deck do navio. O city tour pela
capital amazonense agora passa a ser
Considerado o maior afluente da vendido na recepção do navio, em par-
margem esquerda do rio Amazonas, é ceria com a Amazon Ecosight Viagens e
também o rio mais extenso de água ne- Turismo. O transporte até o local do em-
gra do mundo. Nascente na Colômbia, barque é terceirizado e conta com lan-
é navegável por 720 km. No itinerário chas próprias, sem custo adicional.
RODOVIAS&VIAS 65
mercado
Encontro de
gigantes
Intermodal South America, maior e mais importante encontro de negócios
dos setores de logística, comércio exterior e transporte de carga das Américas,
acontece em abril e vai reunir 550 expositores e 43 mil profissionais.
Foto: Divulgação
66 RODOVIAS&VIAS
iNTERMODAL
RODOVIAS&VIAS 67
HISTÓRICO DO PAVIMENTO
DE CONCRETO NO BRASIL
Autores:
Marcos Dutra de Carvalho, Engenheiro Especialista riquezas do interior do Estado de São Paulo. Todas
Ronaldo Vizzoni, Gerente de Infraestrutura essas estradas foram marcos do desenvolvimento
Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) rodoviário brasileiro, que auxiliaram a construção do
progresso do país e ampliaram o uso do concreto
As rodovias são responsáveis pela modalida- na pavimentação de rodovias. Diversos pavimen-
de de transporte mais utilizada no Brasil, uma vez tos de concreto foram construídos nessa década,
que por elas são feitas a movimentação de 95% das particularmente no Estado de Pernambuco, como
pessoas e de 60% das cargas transportadas. por exemplo, a Rodovia Recife a Jaboatão dos Gua-
A paixão dos brasileiros pelos veículos automo- rarapes (Figura 6). É tão marcante a presença do
tores vem desde o início do século passado, com concreto nas estradas pernambucanas e nas vias
a chegada dos primeiros automóveis no Brasil em urbanas de Recife, que essa capital é chamada da
1916. Em 1918, o país já possuía 5.000 veículos que “Capital do pavimento de concreto”.
trafegavam por péssimas estradas. Em 1919, a Ford Na mesma época e como em todo o mundo, a
instala sua primeira fábrica de automóveis no Brasil. maioria das pistas dos aeroportos brasileiros era de
Em 1922 - ano das comemorações do centená- terra. Um fato relevante foi a entrada em operação
rio da independência - o marco fundamental na his- no fim da 2ª guerra mundial, dos aviões DC3, ver-
tória dos transportes e do crescimento econômico são civil do C47 militar. Isso fez com que as primei-
do Brasil foi a pavimentação do trecho em declive ras pistas militares e civis dos principais aeroportos
da “Estrada Caminho do Mar” (Figuras 1e 2), a pri- brasileiros fossem implantadas em concreto. De to-
meira estrada construída com concreto de cimento dos os aeroportos que tiveram suas pistas pavimen-
portland na América do Sul e uma das primeiras do tadas com o material, apenas o Aeroporto Interna-
mundo, ligando São Paulo, a principal cidade brasi- cional Antônio Carlos Jobim (Galeão), na cidade do
leira, ao maior porto da América do Sul. Rio de Janeiro, permanece com sua pista original de
Nos anos seguintes, o pavimento de concreto concreto, a qual se encontra em operação há mais
de cimento portland, ou simplesmente pavimento de 30 anos, sem qualquer ocorrência registrada.
de concreto ganhou espaço nas estradas brasileiras Igualmente importantes são os pavimentos
e, em 1936, foi fundada a Associação Brasileira de urbanos executados com concreto, nas principais
Cimento Portland (ABCP), tendo como objetivo prin- cidades brasileiras, alguns em uso há mais de 50
cipal o desenvolvimento e aplicação dessa tecnolo- anos, praticamente sem qualquer manutenção. (Fi-
gia de pavimentação. Em 1937, o trecho da rodovia guras 7 e 8).
BR 040, conhecido como Serra de Petrópolis (Figura Até meados da década de 70 diversos pavimen-
3), no Rio de Janeiro, recebeu o pavimento de con- tos de concreto foram construídos, quando essa
creto, assim como a principal estrada do país até os tecnologia, por diversas razões, praticamente desa-
dias de hoje, a rodovia Rio-São Paulo (Figura 4). pareceu do mercado brasileiro, sendo retomada na
Em 1947, logo após a Segunda Guerra Mundial, década de 90.
com uma economia fortalecida, o país dá amplos
passos em direção à industrialização. No Estado BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
de São Paulo, o mais importante do País, a rodovia Pavimento de concreto, um moderno Ovo de Colombo
Anchieta (Figura 5), pavimentada com concreto, é (Márcio Rocha Pitta - ABCP).
inaugurada para substituir o já saturado Caminho Pavimento de Concreto – Reduzindo o custo social
do Mar. Tal fato permite o crescimento acelerado da (Marcos Dutra de Carvalho - ABCP).
região do ABC, berço de uma nova classe operária e “Governar é abrir estradas”
do crescimento da indústria do país. Nessa mesma (JourneyCom Publicidade e Propaganda Ltda).
época, a rodovia Anhanguera, também pavimenta- A memória da pavimentação no Brasil
da com concreto, é construída para transportar as (Atahualpa da Silva Prego, ABPv)
68 RODOVIAS&VIAS
Caminhos do Mar Figura 1 Caminhos do Mar Figura 2
RODOVIAS&VIAS 69
cidades
RIO PRETO
ANTIENCHENTE
Programa contra cheias traz tranquilidade e qualidade de vida
para o interior de São Paulo.
Foto:s Rodovias&Vias/Leonardo Pepi
70 RODOVIAS&VIAS
RIO PRETO ANTIENCHENTE
Extensão Total
5 km (2,5 km cada margem)
Vazão:
de 80 m³ para 320 m³ por segundo
Recursos: Governo Federal; Ministério das Cidades; Caixa Econômica Federal;
Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto
Valor Total
Construtora: Constroeste R$ 28.719.682,82
RODOVIAS&VIAS 71
Foto: Rodovias&Vias/Oberti Pimentel
FotoLegenda
BR-050, MG.
72 RODOVIAS&VIAS
iMAGEM DO MÊS
As obras de duplicação da BR-050, em Minas Gerais,
guardam surpresas como esta. Durante o trajeto de
nossas equipes rumo à capital federal, flagramos
as máquinas contratadas pelo DNIT traçando linhas
coloridas feitas de terra avermelhada, de solo mineiro.
RODOVIAS&VIAS 73
ENERGIA
Bahia quer
usina nuclear
Eletronuclear estuda implantação de usina no Nordeste. Quatro
estados estão na briga: Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Bahia.
Fotos: Rodovias &Vias/Leonilson Gomes
74 RODOVIAS&VIAS
bAHIA quer usina nuclear
Edson Kuramoto
Presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear
Silvano Ragno
Superintendente de Energia e Comunicações
do governo baiano
RODOVIAS&VIAS 75
Sinal verde para
pedestres e bicicletas
Paranaguá será a primeira cidade brasileira a receber o Programa de
Mobilidade e Acessibilidade em Áreas Tombadas. O estacionamento será
retirado para ampliar a calçada, o fluxo de algumas vias será modificado, o
tráfego de veículos pesados será proibido, além de haver a retirada de postes
e a implantação de fiação subterrânea.
Fotos: Rodovias &Vias/Oberti Pimentel
Paranaguá/PR.
76 RODOVIAS&VIAS
“O objetivo é prestigiar pedestres, estão definidos. Somente quando a pro-
bicicletas e deficientes físicos. Em al- posta estiver fechada e aprovada será
guns lugares, o estacionamento será possível fazer a estimativa de valores.
retirado para ampliar a calçada. O fluxo
de algumas vias poderá ser modificado.
Tudo para que o espaço seja um local Outras cidades
de permanência, não só de passagem”,
explicou em entrevista a Rodovias&Vias Além de Paranaguá, o Iphan está de-
o Coordenador do Programa, George senvolvendo o Programa de Mobilida-
Alex da Guia. O projeto também prevê de e Acessibilidade em Áreas Tombadas
a proibição do tráfego de veículos pesa- de outras três cidades: Ouro Preto/MG,
dos, a retirada de postes e a implanta- São Francisco do Sul/SC e Laguna/SC.
ção de fiação subterrânea. No município catarinense de Laguna,
Depois de dois anos de estudos, le- a matriz do programa já está fechada e
vantamentos técnicos e discussão com em breve será apresentada à população
o grupo de acompanhamento local, a local. Nas outras duas cidades, as pro-
matriz do programa foi desenvolvida. No postas técnicas ainda estão em desen-
dia 25 de janeiro, o Iphan e a Prefeitura volvimento.
de Paranaguá apresentaram o conjunto “Cada local tem sua característica
de propostas para a população local. Al- própria que demanda um trabalho es-
guns estão resistentes às propostas do pecífico. A programação é fechar o es-
plano. Comerciantes locais acreditam tágio de audiências públicas nas quatro
que as mudanças precisam ser adap- cidades ainda este ano”, destaca o Co-
tadas à realidade da cidade. Segundo ordenador. Segundo ele, esses são pro-
dados do IBGE, Paranaguá tem 140 mil jetos pilotos. O Instituto quer ampliar o
habitantes e uma frota de 21 mil auto- programa para outros municípios bra-
móveis. sileiros. “O nosso plano é estender. Esse
Segundo George Alex, os valores é um trabalho articulado para que cida-
que serão investidos na implantação do des com bens tombados possam rece-
programa na cidade litorânea ainda não ber investimentos.”
Fotos: Rodovias &Vias/Leonilson Gomes
Aeroportos livres
Foto: Duvulgação
O Ministério da Defesa, o Conselho Nacional de
Justiça e a Infraero estão desenvolvendo o Progra-
ma Espaço Livre. Pretendem retirar 119 aeronaves
estacionadas nos aeroportos brasileiros que estão
sob custódia do Poder Judiciário pelos mais di-
versos motivos – falência, recuperação judicial ou
apreensão de crime. O processo de remoção dos
aviões começa em março no aeroporto de Congo-
nhas, em São Paulo.
78 RODOVIAS&VIAS
NA MEDIDA
BR-174
Foram retomadas as obras de restauração no tre-
cho sul da BR-174, em Roraima, segmento que vai da
Foto: Divulgação
RODOVIAS&VIAS 79
NA MEDIDA
Foto: Divulgação
070, BR-158, BR-174, BR-163 e BR-364,
no Mato Grosso. As intervenções fazem
parte do Programa Crema 2.ª Etapa e
compreendem serviços mais profundos
de manutenção, aumentando a vida útil
do pavimento e garantindo a trafegabi-
lidade durante cinco anos. As empresas
contratadas precisam cumprir metas
para que as rodovias garantam segu-
rança e conforto aos usuários. Elas tam-
bém são responsáveis em refazer, sem
qualquer custo adicional, os serviços
executados e que não tenham atingido
a qualidade ou o desempenho previsto
em contrato. No total, serão recupera-
dos mais 2.400 km de rodovia no estado,
com investimento de R$ 1,5 bilhão.
Congestionamento aéreo
80 RODOVIAS&VIAS
RODOVIAS&VIAS 81
ARTIGO
Renato Giusti
Pavimento de concreto:
Engenheiro e Presidente da Associação
Brasileira de Cimento Portland (ABCP)
Feito para durar
E stradas de qualidade são aquelas que du- Considerando que apenas 4% da malha na-
ram mais de vinte anos sem reparos, que cional possue pavimento de concreto, concluí-
ajudam a evitar acidentes, a economizar energia mos que há uma enorme frente para o aprovei-
elétrica, pneus, combustível e também a redu- tamento dessa tecnologia na recuperação e am-
zem o Custo-Brasil. As estradas pavimentadas pliação das estradas brasileiras, principalmente
com concreto apresentam essas características. nas vias de tráfego pesado, que também estão
O pavimento de concreto traz economia tan- presentes nas grandes cidades, como os corre-
to para o poder público como para o usuário, dores de ônibus e vias expressas, nas áreas por-
pois de acordo com o Banco Mundial, cada dó- tuárias e nos pátios e pistas dos aeroportos.
lar investido em uma estrada de qualidade cor- Rodoanel Mário Covas, Rodovias dos Imi-
responde à economia de três dólares em custo grantes, BR 101 NE são algumas das estradas pa-
operacional. vimentadas em concreto.
Para caminhões, a economia de combustível O Brasil passa por um momento econômico
chega a ser 20% maior quando trafegam sobre muito favorável, onde a Construção Civil é um
o pavimento de concreto segundo estudo da grande alavancador do desenvolvimento do
Arizona State University. E quanto mais pesado o país. Dados recentes mencionam que até 2022
veículo maior é a economia de combustível. serão necessários investimentos de mais de R$ 2
O pavimento de concreto ajuda a poupar trilhões em infraestrutura.
energia de iluminação, uma vez que sendo de As obras que serão resultado dos investi-
superfície clara, reflete melhor a luz, permitin- mentos nesse setor, necessitarão de equipa-
do a utilização de menos postes de iluminação. mentos e tecnologias de última geração. E isso
Também esquenta menos, qualidade pela qual tem sido encontrado no Concrete Show, o maior
é apontado como ecoamigável e muito indicado evento internacional de tecnologia do concreto
para parques naturais, porque não aumentam da América Latina, cuja 5ª edição acontecerá de
a temperatura ambiente já que reflete rapida- 31 de agosto a 2 de setembro de 2011, em São
mente os raios solares, dispersando o calor re- Paulo.
cebido, e contribuindo para reduzir as ilhas de O Concrete Show tem feito com que a cadeia
calor. produtiva da construção disponha anualmente
No concreto, devido ao maior atrito entre de abundante informação e conhecimento, que
a superfície e os pneus, a distância de freagem permite a escolha das melhores práticas e tecno-
pode ser 40% menor. Com as novas tecnolo- logia, além da oferta de seminários técnicos de
gias, a construção do pavimento de concreto é alta qualidade. A feira é uma excepcional opor-
rápida, podendo até ser liberado ao tráfego em tunidade para expositores apresentarem seus
questão de horas. equipamentos, técnicas e serviços, neste e nos
E o domínio da tecnologia utilizada para a próximos anos de uma construção civil tão pu-
construção de estradas em concreto no Brasil é jante.
amplo e disseminado nas principais empresas Portanto, ninguém pode deixar de partici-
construtoras do seguimento. E o potencial de par ou de visitar todos os anos o Concrete Show,
construção de cada máquina pode chegar a um uma feira também feita para durar, como o pavi-
quilômetro por dia. mento de concreto.
82 RODOVIAS&VIAS
203% EM 4 ANOS
ConCreteshow2011
CONCRETE SHOW SOUTH AMERICA REFLETE CRESCIMENTO DO
MERCADO E EXCELENTE MOMENTO DE INVESTIMENTOS NO PAÍS
Você, leitor da Rodovias e Vias, não pode ficar de fora do maior evento do setor.
Agende-se: dias 31/08, 01 e 02/09 você terá um encontro marcado com as principais empresas
da cadeia de concreto do Brasil e exterior
RODOVIAS&VIAS 83
ARTIGO
Pavimentação ecológica:
Cláudio de Castro uma solução para evitar
Engenheiro civil, trabalha há 30 anos em
projetos que utilizam paralelepípedo as tragédias com chuvas
84 RODOVIAS&VIAS
ARTIGO
APLICAÇÃO DO GEORREFERENCIAMENTO EM
“ PROJETOS GEOTÉCNICOS E
André H. CamposTeixeira
Mestre em Engenharia Geotécnica pela
GEOMÉTRICOS de rodovias
Universidade Federal de Ouro Preto
RODOVIAS&VIAS 85
da redação
É pau, é pedra,
é o fim do caminho...
86 RODOVIAS&VIAS
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RODOVIAS & VIAS É
Apoio
88 RODOVIAS&VIAS